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Ato no principio das visitas ao Santíssimo Sacramento, pág. 15. XIX – O Melhor Amigo

Se é coisa tão doce achar-se a gente em companhia de um amigo querido, será possível que nós, neste vale de lágrimas, não sintamos nenhum prazer na companhia do melhor dos amigos, dum amigo que pode encher-nos de todos os bens, dum amigo que nos ama apaixonadamente e que, por isso, quer entreter-se continuamente conosco? Pois bem; aqui, no Santíssimo Sacramento, podemos en- treter-nos com Jesus à vontade, abrir-Lhe o nosso cora- ção, expor-Lhe as nossas necessidades, pedir-Lhe graças; numa palavra, neste Sacramento adorável, podemos tra- tar com o Rei do céu com toda a confiança e singeleza.

Diz a Sagrada Escritura que José do Egito se sentiu sumamente feliz, quando Deus se dignou descer ao cár- cere para fortificá-lo com a Sua graça:

A divina Sabedoria desceu com ele ao fosso, e não o deixou nas cadeias (Sb 10,13)

Porém, muito mais felizes somos nós por possuirmos sempre no meio de nós, neste vale de lágrimas, o nosso Deus feito homem, que com tanto amor e compaixão, nos honra continuamente com a Sua presença real.

Quanto consola a um pobre encarcerado o amigo ter- no que vai entreter-se com ele, e o consola e reanima sua esperança, procura-lhe socorros e esforça-se por aliviá-lo no seu infortúnio!

Ora, eis aí o que é Jesus Cristo, nosso bom amigo, que do tabernáculo nos faz ouvir estas palavras consola- doras: Convosco estou todos os dias (Mt 28,20)

Eis-me aqui, diz Ele, todo para vós, vindo do céu à vossa prisão para vos consolar, ajudar e libertar. Aco- lhei-Me, permanecei comigo, uni-vos a Mim; deste modo não sentireis as vossas misérias; depois vireis co- migo para o Meu reino, onde vos farei plenamente feli- zes.

Ó Deus, ó amor incompreensível, visto que quisestes ser tão bom para conosco, a ponto de descerdes do céu aos nossos altares para morardes no meio de nós, propo- nho-me Visitar-Vos muitas vezes; quero gozar, quanto possível, da Vossa dulcíssima presença que faz a felici- dade dos bem-aventurados no paraíso. Oh! Se eu pudes-

se estar sempre diante de Vós para adorar-Vos e ofere- cer-Vos atos de amor!

Despertai a minha alma, eu vo-lo rogo, quando, en- torpecido pela tibieza ou absorvido pelos cuidados da terra, me descuidar de Visitar-Vos. Acendei em mim um grande desejo de estar sempre perto de Vós neste Sacra- mento. Ah! Meu amoroso Jesus, não Vos ter eu amado sempre! Não ter procurado sempre agradar-Vos!

Consolo-me ao pensar que ainda me resta tempo de o fazer não só na outra vida, mas nesta. Quero amar-Vos, sim quero amar-Vos verdadeiramente, ó meu sumo bem, meu tesouro, meu tudo. Quero amar-Vos com todas as minhas forças.

Meu Deus, ajudai-me a Vos amar.

Agora reza-se a Comunhão Espiritual, pág. 18.

19ª Visita a Nossa Senhora

XIX – Oração de Raimundo Jordão

Impeli-me depois de Vós, ó Virgem Maria, a fim de que eu corra ao odor do vosso perfume. Impeli-me, para que eu preso pelo peso dos meus pecados, e da malicia dos meus inimigos. Já que ninguém vai ao vosso Filho, se o Divino Pai não o atrair, então eu ouso dizer, de certo modo, que ninguém vai ao vosso Filho, se Vós não o atrair com as vossas santas intercessões. Vós sois aquela que ensinais a verdadeira sabedoria; Vós sois aquela que impetrais a Graça aos pecadores, porque sois a nossa Ad- vogada; Vós sois aquela que prometestes a Glória a

quem vos honrar, porque sois o Tesouro de Deus, e a Te- soureira das graças.

Ó Salvação Vos invocamos, Salvai-nos. [5]

XIX – Vamos a Maria

Ó pecador, diz o piedoso Bernardino de Bústis, não percas a confiança, mas recorre a esta Augusta Senhora com a certeza de seres socorrido; acha-la-ás com as mãos cheias de misericórdia e de graças. E fica bem per- suadido de que esta caridosíssima Rainha mais deseja fa- zer-te bem do que tu mesmo obteres a sua assistência, ó Senhora minha, eu agradeço incessantemente a Deus a insigne mercê que me fez de vos conhecer. Infeliz de mim, se de vós me esquecesse, grande perigo correria a minha salvação. Mas, minha Mãe, eu vos bendigo, eu vos amo e tanta confiança tenho em vós, que nas vossas mãos entrego a minha alma.

Ó Maria, feliz de quem vos conhece e em vós confia!

Agora reza-se a oração a Nossa Senhora, pág. 19.

19ª Visita a São José

XIX – Oração para evitar o Pecado

Glorioso São José, eu desejaria nesta hora, uma parte da enorme dor que experimentastes quando perdestes o amabilíssimo Jesus no Templo. Quão grande pena sentis- tes em vosso coração!

Eu me envergonho e me confundo de não experimen-

tar nenhum desgosto, depois de ter perdido a divina gra- ça, tantas vezes, por meus pecados. Ó São José, alcançai- me uma dor verdadeira e perfeita das minhas culpas.

Obtende-me fervor para fazer um firme propósito de não mais ofender a Deus. Arrependo-me de ter ofendido a Deus, tão bom e digno de ser amado e resolvo nunca mais ofendê-lo.

Confio também que por vosso poderoso Patrocínio os agonizantes se arrependerão dos seus pecados, Confessa- los-ão todos com viva dor e, assim purificados e reconci- liados com Deus, terão direito às alegrias do céu.

XIX – Guardai vossos filhos

Ó grande Santo, já que um Deus se dignou vos servir, a vós quero também eu servir, honrar e amar como a meu Senhor. Recebei-me sob vosso patrocínio, e man- dai-me o que for do vosso agrado, ó São José, rogai a Je- sus por mim; certamente não vos recusará nada Aquele que sobre a terra obedeceu a todas as vossas ordens. Di- zei-lhe que me perdoe os meus pecados, me desapegue das criaturas e de mim mesmo, me inflame do seu santo amor, e depois faça de mim o que lhe aprouver.

São José, guardai vossos filhos.

Agora reza-se a oração a São José, pág. 21.