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II. Capítulo Etapas do cerimonial diplomático

1. Chegar, (re)conhecer e comprazer

1.5. Visitas formais e encontros informais

«[...] O terceiro exercicio é a communicação dos estrangeiros: [...] porque como os que assistem nas côrtes ou são homens de muito sangue e qualidade [...] sempre d’elles se colhe uma doutrina mui avantajada para o cortezão, que é saber as gentilesas de outras côrtes, as leis de outros reinos, [...] o estylo de outros reis,

e finalmente os costumes e institutos de outras gentes»511.

A criação e a manutenção da rede de contactos ou, como diríamos nos dias de hoje, networking, constituía uma das principais ocupações da diplomacia. No século XVIII, as visitas a outros ministros estrangeiros, à nobreza e aos altos dignitários da Corte, como os Conselheiros de Estado, não só eram aconselháveis, como

508 Vide Embajada Extraordinaria del Marqués de Los Balbases á Portugal en 1727 […] p. 14. 509 Vide Instrução que se deu antes de lhe dar o carácter de Embaixador Plenipotenciário, Santo

Ildefonso 17 de Octubro de 1743. AGS, Estado, Legado 7192.

510 Vide Ofício do Marquês de la Candia para o Marquês de Villarias, Lisboa, 13 de Novembro de 1743. AGS, Estado, Legado 7195.

511 Vide Francisco Rodrigues Lobo, Corte na Aldeia e Noites de Inverno, Lisboa, Companhia Nacional Editora, Porto, 1890, p. 66.

obrigatórias. Funcionavam numa troca por troca e, salvo raras excepções, a primeira visita a alguns destes indivíduos deveria ser executada pelo ministro recém- chegado512. Com maior ou menor formalidade, independentemente da ocasião ou de quem a realizasse, todos deveriam agendá-la com antecipação, garantindo-se assim que um diplomata não fosse apanhado desprevenido, nem corresse o risco de receber alguém em preparos pouco dignos, em «roupa de chambre, [ou] jogando uma espadilha, sendo aliás esta visita em respeito da dignidade e caracter de Ministro, que se deve achar como Embaixador, e não como um particular»513. Estes cumprimentos rotineiros poderiam, no entanto, trazer inconvenientes para aqueles que, por algum motivo, pretendiam passar despercebidos. Em 1743, por não estar ainda oficialmente acreditado na Corte de Lisboa, o Marquês de la Candia preferiu levar uma vida recatada, passando os dias entre a sua pousada, as idas à missa e as visitas que fazia aos vários monumentos e igrejas da capital portuguesa. Pretendia ser visto como um mero turista e evitar que outros ministros notassem que ainda não os tinha visitado, para que não considerassem que lhes faltava «en la mas minima atencion»514.

A fama de um Embaixador numa Corte poderia depender da assiduidade e regularidade com que endereçava ou aceitava certos convites515. Só assim conseguiria estabelecer relações de confiança que o auxiliassem na sua integração, criar aliados fiéis ou úteis espiões que lhe segredassem as inclinações políticas daquele governo e pessoas dispostas a interceder em seu favor junto do rei em determinado negócio. O elitismo devia ficar de lado. Era conveniente estar disponível para receber qualquer um que desejasse falar-lhe. A pessoa mais improvável poderia trazer-lhe informações cruciais para a sua missão516. Como vimos, até 1719, importou aos diplomatas portugueses agradarem homens como o Cardeal Alberoni. Em meados dos anos 40, Filipe V sabia que todas as urbanidades deveriam ser dirigidas ao Cardeal da Mota, pois, conforme relembrou ao Marquês de la Candia, este podia ser útil aos interesses espanhóis517. Para além disso, um Embaixador deveria rapidamente estabelecer contacto com os representantes das potências tradicionalmente aliadas da nação que

512 Veja-se, por exemplo, Estilo que se observa na Corte de França com os Embaixadores e Enviados. BGUC, Manuscrito nº 502, fols. 53-61.

513 Vide José da Cunha Brochado, op.cit., p. 51.

514 Vide Ofício do Marquês de la Candia para o Marquês de Villarias, Lisboa, 12 de Janeiro de 1744. AGS, Estado, Legado 7369, fol. 11v.

515 Vide Maximiliano Barrio Gozalo, op.cit., p. 241. 516 Vide idem, ibidem, p. 270.

517 Vide Instrução que se deu antes de lhe dar o carácter de Embaixador Plenipotenciário, Santo

representava. Contudo, em 1716, Filipe V optou pela estratégia inversa, relembrando ao Marquês de Capecelatro as nacionalidades dos ministros estrangeiros acreditados em Lisboa, cujos soberanos não o tinham apoiado na sua pretensão ao trono espanhol, anos antes518. De facto, as decepções eram constantes. Em 1727, D. João V deu instruções ao Marquês de Abrantes para que este tivesse especial atenção em Madrid com o núncio apostólico, com os Ministros de Inglaterra e da Holanda e, sobretudo, com o representante do Imperador. Este último poderia trazer «alguma vantagem ao interesse do meu serviço»519, até porque o próprio Filipe V mantinha com ele uma relação privilegiada. Não obstante, o monarca ter-se-á rapidamente desiludido, quando se apercebeu que o Conde de Konisseg, utilizando «pretextos de achaques verdadeiros, ou fingidos»520, nem sequer se dignara a visitar o seu Embaixador. Isto obrigou o rei português a comunicar «tão temeraria ousadia» ao Imperador, exigindo que aquele ministro se redimisse e visitasse de imediato o Marquês de Abrantes521. «Les allemands sont toujours allemands»522. O Marquês de Abrantes preferiu resumir a situação com estas palavras.

Segundo D. Luís da Cunha, a principal preocupação de um diplomata deveria passar por ser «bem quisto de todos» 523. E, em Madrid, isso significava ser pontual e assíduo nas visitas que fazia aos ministros e aos nobres castelhanos, nas quais deveria ter o cuidado de elogiar os seus costumes, as suas famílias e até ter «o clima de Madrid pello mais sadio, e o seu ceo pello mais azul [...] e que até as marés lhe não offendem os narizes»524. Porém, o convívio com a fidalguia espanhola nem sempre terá sido fácil para os ministros portugueses. O Marquês de Abrantes lamentava-se constantemente do «desenfado» que passava naquela Corte, por serem escassas as «casas de conversação», referindo que aquelas que existiam eram frequentadas por pessoas que pouco lhe agradavam, nomeadamente os dois Inquisidores espanhóis,

518 Vide Ynstruzion al Marques de Capicelatro para servir el empleo de Embajador Ôrdinario de

Portugal, Madrid, 2 de Março de 1716. AGS, Estado, Legado 7082, fols. 13-13v.

519 Vide Instrucção que levou o Marquêz de Abrantes quando foi por Embaixador para Castella [...], Lisboa, 2 de Fevereiro de [1727]. BNP, Reservados, Cód. 9562, fol. 62.

520 Vide Carta de Diogo de Mendonça Corte Real para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 22 de Abril de 1727. BNP, Reservados, Cód. 9562, fol. 96v.

521 Vide Carta do Secretário de Estado português para o Conde de Tarouca [?], Lisboa, 10 de Junho de 1727. BNP, Arquivo Tarouca nº 180, fol.1v; Carta de Diogo de Mendonça Corte Real para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 13 de Maio de 1727. BNP, Reservados, Cód. 9562, fols. 104-104v.

522 Vide Correspondência do Marquez d’Abrantes com o Conde de Tarouca [...], Santo Ildefonso, 29 de Setembro de 1727. ANTT, MNE, Caixa 913, Maço 4, fol. 34.

523 Vide D. Luís da Cunha, Breve informação [...]. ANTT, MNE, Livro 789, fol.636. 524 Vide idem, ibidem, fol. 636.

que, na sua opinião, eram «ainda peóres que os nossos [...]»525. No entanto, a cortesia era uma arma ao alcance de todos, independentemente do seu carácter ou estatuto. Ao chegar à capital espanhola em 1719, D. Luís da Cunha não deixou de reparar na capacidade do Encarregado de Negócios português em fazer uso desta poderosa ferramenta. Encontrou-o plenamente integrado e «estimado dos principaes Senhores desta Corte», sobretudo, pelo Cardeal de Alberoni526. Manuel de Sequeira havia sido, por isso, o primeiro a estranhar que, o seu antecessor, Pedro de Vasconcelos e Sousa tivesse sempre a casa «muito pouco frequentada»527. Seria este um reflexo das reclamações que tanto o monarca português, como o espanhol tiveram do seu procedimento e do pouco êxito da missão daquele Embaixador em Madrid528?

O recebimento, o assento e o acompanhamento eram os três termos mais importantes da cortesia nestes encontros de natureza formal529. Receber mais à frente ou mais atrás, nas escadas, no primeiro degrau, descer até ao saguão, dar a porta ou a cadeira, tudo variava conforme o carácter do ministro que recebia e a categoria do seu convidado (Embaixador, Enviado, Conselheiro de Estado, Cardeal, etc). No interior das casas, a distinção dos espaços definia as hierarquias, ainda que, em certos casos, houvesse margem para o diplomata impor a sua própria etiqueta530. Filipe V instruiu o Marquês de Capecelatro com indicações específicas acerca das visitas formais a realizar e a admitir em sua casa. Em primeiro lugar, deveria cumprimentar todos os ministros estrangeiros com o mesmo cerimonial com que o Embaixador francês em Lisboa, Abade de Mornay, os havia cumprimentado. E, por estar ajustado o «recíproco tratamento» entre ministros franceses e castelhanos em todas as Cortes da Europa, deveria também tratar e receber este último com as maiores cerimónias531. O Embaixador espanhol esforçou-se por relatar minuciosamente todos estes encontros, mencionando as distinções que fez consoante o carácter de cada um. Por exemplo, notificou o Cardeal da Cunha, os dois núncios e o Embaixador francês da sua chegada através do secretário da sua embaixada e, para diferenciá-los com

525 Vide Correspondência do Marquez d’Abrantes com o Conde de Tarouca [...], Santo Ildefonso, 29 de Setembro de 1727. ANTT, MNE, Caixa 913, Maço 4, fol. 32.

526 Vide Ofício de D. Luís da Cunha para o Secretário de Estado português, Madrid, 17 de Maio de 1719. ANTT, MNE, Livro 789, fol. 22.

527 Vide Ofício de Manuel de Sequeira para o Secretário de Estado português [?], Madrid, 20 de Janeiro de 1719. ANTT, MNE, Caixa 913, fol.1.

528 Cf. infra, p. 204.

529 Vide Francisco Rodrigues Lobo, op.cit., p. 42. 530 Vide Maximiliano Barrio Gozalo, op.cit., p. 272.

531 Vide Ynstruzion al Marques de Capicelatro para servir el empleo de Embajador Ôrdinario de

diferente mensageiro, informou os Enviados inglês e holandês através do seu cavalheiriço. Depois de todos corresponderem de igual forma, agendaram (hierarquicamente) as suas visitas a casa do ministro de Filipe V. Apesar de ter recebido todos com a maior dignidade no seu palácio, as grandes cortesias ficaram reservadas para o Embaixador francês e para os núncios, Monsenhor Firrao e Bichi. De acordo com o que estava estabelecido no cerimonial português, os Embaixadores deveriam ser os primeiros a visitar os Cardeais. E, por isso, poucos dias depois da sua chegada, dirigiu-se a casa do Cardeal da Cunha, que fez a delicadeza de dar ao Embaixador o melhor lugar sentado, mas não a passagem na porta. Pagou as visitas aos restantes ministros estrangeiros apenas no próprio dia e nos dias seguintes à primeira audiência que obteve de D. João V e, como era costume, todos o receberam com as mesmas civilidades com que este os havia recebido anteriormente532.

Em 1727, chegou a Lisboa o rumor que durante jornada do Marquês de Abrantes até Madrid, o Embaixador português se terá recusado a dar o melhor assento em sua casa ao Governador de Badajoz. Mais tarde, foi novamente acusado de repetir este procedimento com os nobres castelhanos, que se queixavam de que este só os acompanhava até à antecâmara da sala das visitas de sua casa. O rei D. João V, apesar de ter estranhado tais afirmações acerca do seu diplomata, limitou-se a perguntar-lhe se, por algum motivo, estava em desacordo com o cerimonial castelhano estabelecido para aquelas visitas e se por essa razão agia daquela forma. Rapidamente, a Corte de Lisboa acusou o Marquês de los Balbases de ser o autor deste burburinho, tendo inventado esta situação por julgar que o Marquês de Abrantes ao chegar a Madrid não havia visitado as suas irmãs. O diplomata de Filipe V, não sabendo que estava enganado, jurou que se vingaria e que receberia em sua casa os nobres portugueses com a mesma falta de cortesia. Todavia, o Embaixador ordinário, Marquês de Capecelatro, demoveu-o dessa ideia, garantindo-lhe que se procedesse daquela forma ninguém o visitaria também533. De facto, este era um tema delicado para as duas Coroas. Em 1716, Filipe V havia aconselhado o Marquês de Capecelatro a tratar com igualdade os fidalgos e ministros portugueses, para que estes em nada ficassem desagradados com o seu comportamento, como acontecera com alguns dos seus

532 Vide Ofício do Marquês de Capecelatro para D. Juan Elizondo, Lisboa, 14 de Abril de 1716. AGS, Estado, Legado 7082, fols. 1-6v.

533 Vide Carta do Padre António Baptista para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 23 de Abril de 1727 e 14 de Maio de 1727. BNP, Cód. 9562, fols. 98-99v, 107-107v.

antecessores534. Apesar das advertências que, como vimos, fez anos mais tarde ao seu colega, aquando da sua chegada à Corte joanina, o Marquês de Capecelatro recusou- se a notificar os Conselheiros de Estado, por não ter a certeza de que estes o visitariam em primeiro lugar535. Pela ocasião da embaixada do Marquês de los Balbases536, estabeleceu-se entre Lisboa e Madrid, «por ajuste recíproco»537, que os Conselheiros de Estado ficariam obrigados a tomar a iniciativa de visitar primeiramente os Embaixadores da Alemanha e de Castela. Relacionar-se-á este assunto com o documento que redigiu, em 1720, o Enviado António Guedes Pereira acerca do cerimonial das visitas que os diplomatas portugueses e castelhanos deveriam fazer nas duas Cortes538?

O Marquês de Capecelatro sempre fora, sem dúvida, bastante zeloso nesta matéria. No início da sua missão, negou-se igualmente a visitar o Patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida, por estar em desacordo com o cerimonial estabelecido e por ter tomado conhecimento de que aquele prelado não fazia a delicadeza de ceder o melhor lugar em sua casa aos ministros estrangeiros539. No entanto, anos mais tarde, D. João V exigiu que o Marquês de los Balbases o visitasse e, em troca, o seu Embaixador em Madrid faria a mesma cortesia ao Arcebispo de Toledo, apesar do rei português considerar que este último tinha dignidade inferior ao primeiro 540. Uma vez que as duas Cortes não chegavam a um consenso acerca desta matéria, chegou a ponderar-se elaborar um “tratado de cerimonial”, no qual se ajustasse reciprocamente o modelo destas duas visitas541. Ao invés disso, em 1728, o Embaixador de Filipe V encontrou uma forma muito (pouco) diplomática de ceder neste litígio sem, no

534 Vide Ynstruzion al Marques de Capicelatro para servir el empleo de Embajador Ôrdinario de

Portugal, Madrid, 2 de Março de 1716. AGS, Estado, Legado 7082, fols. 3 e 3v.

535 Vide Ofício do Marquês de Capecelatro para D. Juan Elizondo, Lisboa, 14 de Abril de 1716. AGS, Estado, Legado 7082, fols. 4v e 5.

536 De facto, em 1727, o Marquês de los Balbases deu conta da sua chegada aos Conselheiros de Estado, que o visitaram de imediato. Cf. Embajada Extraordinaria del Marqués de Los Balbases [...], p. 13.

537 Vide Formalidade que a corte Portuguesa tem com os Embaixadores das Potencias coroadas

rezumidas por Monsenhor Moreira e escritas do seu punho. BGUC, Manuscrito 629, fol. 3.

538 Vide Livro para o rezisto das cartas do officio que o Secretario de Estado dos Negócios

Estrangeiros escreve ao Il.mo e Ex.mo Senhor Bisconde de Vila Nova de Cerveira Embaxador extraordinario na Corte de Madrid [...], Lisboa, 23 de Setembro de 1746. ANTT, MNE, Livro 825, fol.

1v.

539 Vide Ofício do Marquês de los Balbases para o Marquês de la Paz, Lisboa, 21 de Janeiro de 1728. AHN, Estado, Legado 2590, fols. 1-2.

540 Vide Cartas do Padre António Baptista para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 23 de Abril de 1727 e 14 de Maio de 1727. BNP, Reservados, Cód. 9562, fols. 98, 99v e 108.

541 Vide Carta do Secretário de Estado para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 23 de Dezembro de 1727. BNP, Reservados, Cód. 9562, fol. 250.

entanto, ceder verdadeiramente. Encontrando o Patriarca de Lisboa “ocasionalmente” no palácio real, sob o pretexto de o presentear por ter celebrado os esponsais referentes à união de D. Maria Bárbara com o príncipe das Astúrias, deu por realizada a sua visita sem se sujeitar ao cerimonial que o Patriarca impunha em sua casa542. Parece-nos, contudo, que os ministros de Filipe V nunca viram com bons olhos o estatuto de D. Tomás de Almeida junto de D. João V. Em 1743, o Marquês de la Candia queixou-se ao Cardeal da Mota, que era especialmente afecto ao Embaixador espanhol, que o Patriarca ainda não lhe devolvera a visita que este lhe havia feito quando chegara àquela Corte. Porém, no dia seguinte e sob o pretexto de o conglatular pela publicação do seu carácter, o Patriarca «rompió la etiqueta»543 sem esperar que, como era costume, o diplomata o fizesse primeiramente depois da sua audiência com o monarca.

Um Embaixador, enquanto «homem político», deveria ser cortês e agradável, não só no «trato dos principes», como na «comunicação das pessoas»544, escreveu Lobo Rodrigues. Requeria-se a um diplomata, a «obediencia, a cortezia, a inclinação, a mesura, a discrição no falar, [...], a confiança no apparecer, a vigilancia no servir, a gentileza e bisarria [...]»545. Assiduidade, civilidade e reciprocidade estas eram as palavras de ordem para os encontros e visitas que fazia e admitia durante a sua missão.

542 Vide Ofício do Marquês de los Balbases para o Marquês de la Paz, Lisboa, 21 de Janeiro de 1728. AHN, Estado, Legado 2590, fol. 2; Carta do Padre António Baptista para o Marquês de Abrantes, Lisboa, 29 de Janeiro de 1728. BNP, Reservados, Cód. 9562, fols. 274-275v.

543 Vide Carta do Marquês de la Candia para o Marquês de Villarias, Lisboa, 26 de Dezembro de 1743. AGS, Estado, Legado 7195, fol.1v-2v.

544 Vide Francisco Rodrigues Lobo, op.cit., p. 65. 545 Vide idem, ibidem, p. 65.

2. A construção da reciprocidade diplomática