• Nenhum resultado encontrado

RC – O que torna uma marca gráfica eficaz? Consideram mais importante o conceito ou a forma?

WNA – Parto do princípio que estamos a falar só do swoosh e não da identidade da marca.

Conceito e forma não podem ser separados. Para mim, há várias coisas que são chave: o ser fácilmente apreendida ou visualmente acessível, no sentido lato, já pode ser uma forma abstracta. O ser aceite pelo tipo de pessoa liderante, ou ser ‘cool’, algo a aspirar, um símbolo com plena confiança em si próprio.

RC – Como pensam que vai ser o futuro das identidades visuais?

WNA – Penso que os valores ou qualidades essenciais não irão mudar. As suas aplicações irão obviamente seguir as inevitaveis mudanças culturais e tecnológicas.

RC – Quando faz uma marca gráfica, começa por desenhar à mão ou vai logo para o computador?

WNA – Depende da situação, mas, normalmente, começa no papel.

RC – Qual o seu processo de trabalho quando faz uma marca gráfica? Resulta de um acaso ou de um processo? Já agora, qual o vosso software de eleição?

WNA – Neste momento, é possivel fazer praticamente tudo no Indesign. Devo dizer que especificamente para trabalho vectorial uso o FontLab.

RC – O que é mais importante, para si, numa marca gráfica? (Síntese, adaptação, por exemplo?)

WNA – Penso que acima já respondi um pouco a esta pergunta, mas síntese e adaptação não podem ser vistas como factores competidores mas sim paralelos e essenciais. Acima de tudo, tem de ser atraente – nao há volta a dar-lhe, por mais purista do design que eu queira ser – se não for atraente (e há muitas formas em que essa atração se pode manifestar) irá falhar. Ao mesmo tempo precisa de ser confiante e inspirar confiança, coerente e consistente na sua identidade, linguagem e aplicações.

RC – O que pensa sobre os silent designers, a tecnologia: acha que se faz sentir nas marcas gráficas actuais?

WNA – A tecnologia, na identidade e suas aplicações, sem dúvida que tem um impacto incrível. Veja-se que há dois ou três anos atrás faziamos um site em Flash para podermos manter os tipos de letra da identidade, mas hoje temos de ter em conta que o cliente quererá o seu site a funcionar num iPad ou iPhone, que não suportam Flash.

Estúdio dos Why Not Associates aquando da nossa visita.

ou <http://logomaid.com> com signos identitários gráficos pré-fabricados?

WNA – Não há muito a dizer. Fazem-me rir até. Alguém arranjou ali um negócio, e se continua a existir, é porque existe mercado para ele. Nós só temos que conseguir instruir melhor o mercado e os clientes. Todos os tipos de negócio têm extremos de qualidade. Como designers, não interessa nada condenar essa prática e pedir ao Rick Poynor que escreva uma tese acerca disso e publique num livro qualquer. A realidade é que existem empresas que têm identidades terriveis e que prosperam (veja-se a Ryanair). O melhor que temos a fazer, é passar a nossa cultura visual de uma forma mais aberta e integrada, explicando por exemplo ao senhor Ryan que, apesar de ter sucesso, parte do facto de a sua marca não inspirar confiança tem a ver com o facto de ela própria não ter confiança na sua própria identidade (para além, claro, de tratarem os clientes de forma arcaica).

anexos

RC – When you’re designing a picture mark, do you start sketching by hand or go immediately to the computer? Can you tell us why?

AV – A little of both; there is no right or wrong for me. It’s whatever makes sense at the time.

RC – Tell me a bit, briefly, about your design process, when you’re designing a mark. Do you follow a concept from start to finish, by trial and error, or do you go to the drawer where you keep some ideas that you’ve always wanted to do, or forms that know work, and at the end you think about what happened in the process?

AV – Always from scratch. I hate going back to the drawer. Each project is unique and deserves its own thinking and process.

Armin Vit – Brand New

RC – What are for you, the most important characteristics of a mark’s design?

AV – Simplicity and boldness: it must be quickly understood and it must stand out in the contexts within which it exists.

RC – Do you prefer marks with synthesis, simplicity and geometry like the ones in the 50s and 60-70s, or on the other hand, with flexibility, complexity?

AV – I tend to prefer the older, simple marks, but I find some of today’s more complex identities quite appealing.

RC – Do you think silent designers (the software) make their own presence noticed in most recent marks? Do you think the technology implies a certain visual language or a trend?

AV – Yes, it’s very easy for the computer to take the upper hand and dictate a lot of the decisions.

RC – What do you feel about picture marks in websites such as <www.logoworks.com> or <http://logomaid.com> in which we can buy a non-exclusive ‘identity’ for 25€? Or a pre-fabricated exclusive one for 150€? What do you think are the major differences between such marks and one that is designed within a methodological process?

AV – It’s as simple as this: you get what you pay for. One gives you solutions in a can, like tuna; the other is like a feast prepared by a chef.

Tom Dorresteijn: Studio