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Coleta de dados clínicos e epidemiológicos

No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 194-197)

D ENGUE

2. A SPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS

4.5.1. Coleta de dados clínicos e epidemiológicos

Casos de Dengue Clássico: preencher todos os campos dos itens da Ficha de Investigação Epidemiológica do SINAN, relativos aos dados gerais, notificação individual e dados de residência, exames laboratoriais e conclusão do caso. Não preencher a ficha de investigação. Essa medida visa garantir a oportunidade da notificação.

Casos de dengue complicada e FHD: preencher, além dos campos de notificação, os campos referentes às manifestações clínicas, exames laboratoriais e conclusão do caso. Consultar o prontuário dos casos, com suspeita de Dengue Hemorrágico ou SCD, e entrevistar o médico assistente para completar as informações clínicas (Item 2.1) e dos exames laboratoriais inespecíficos realizados (principalmente plaquetas e hematócrito), inclusive os de evolução do paciente.

Verificar e anotar se foi realizada a prova do laço e qual foi o resultado. Cópia do prontuário do paciente sempre é útil para o encerramento dos casos.

Busca ativa de casos graves: a busca ativa de casos suspeitos de DH deve ser realizada diariamente nas Unidades de Saúde, não devendo se aguardar apenas a notificação passiva. Quando o evento estiver ocorrendo em um grande Centro Urbano, além desta busca, deve-se alertar os serviços de emergências para a possibilidade de DH, e solicitar que toda suspeita seja notificada ao Serviço de Vigilância (se possível divulgar número de telefone só para esta atividade).

Este alerta facilita a busca ativa e a mensuração da magnitude da ocorrência de casos graves.

Fazer o acompanhamento ativo dos óbitos, visando identificar serviços que estão tendo dificuldades no diagnóstico precoce, e adoção das condutas terapêuticas adequadas para impedir o êxito letal.

Exames laboratoriais específicos: em situações epidêmicas, recomenda-se a coleta de material para exames específicos, em apenas uma amostra dos pacientes com Dengue Clássico, pois a confirmação da maioria dos casos será feita pelo critério clínico-epidemiológico. Em geral, tem-se estabelecido que se colha um, a cada dez pacientes, com suspeita de dengue. A coleta é obrigatória para 100% dos casos suspeitos de DH e para os casos de dengue grave. Atentar para as normas e procedimentos de coleta, de acordo com o Anexo 1.

ð Vigilância entomológica

- Determinação e/ou acompanhamento dos níveis de infestação vetorial: verificar quais os índices de infestação de cada área da cidade.

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Caso não se disponha destes índices, buscar fazer o levantamento visando identificar as áreas de maior risco.

- Intensificação do combate ao vetor: mesmo tendo-se conhecimento de que a circulação do vírus da dengue é extremamente rápida, mesmo em áreas com índices de infestação considerados baixos (IIP < 3%), em situações epidêmicas tem-se preconizado a intensificação do combate ao Aedes aegypti mediante:

· ações de educação em saúde que visem reduzir a disposição no meio ambiente de criadouros potenciais deste mosquito. Definir estratégia de ação para educação/comunicação em saúde, tanto para os serviços como para a comunidade.

· combate direto (químico, físico e biológico), de acordo com as diretrizes do Item 5.

Medidas de Controle

ð Acompanhamento dos índices de infestação do Aedes aegypti: períodos de circulação endêmica constituem-se no momento ideal para a adoção de medidas, visando impedir epidemias futuras. Para isto, é imprescindível que:

- a vigilância entomológica e as ações de combate vetorial sejam desenvolvidas, em todo o território de cada cidade;

- sejam estabelecidas metas de índices de infestação que não podem ser superiores a 1% (zero é o ideal), e manutenção ativa da vigilância do vetor;

- a VE acompanhe os trabalhos do setor de combate vetorial, de modo a garantir o cumprimento dos princípios da universalidade, sincronicidade e continuidade das ações; se os ciclos de trabalho estão sendo cumpridos e qual a efetividade de cada um deles, em cada bairro;

- se necessário, propor estratégias que aumentem esta efetividade (novas formas de mobilização comunitária, redução de pendências, rodízio de inseticidas, etc);

- análise contínua do impacto, sobre a população de mosquitos, das ações que forem sendo desenvolvidas.

ð Vigilância

- Acompanhar sistematicamente a evolução temporal da incidência de casos, em cada área da cidade, e confrontar com os índices de infestação vetorial.

214 FUNASA

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endêmicas a implantação de um sistema ativo de vigilância epidemiológica e virológica. Para isso, deve-se definir unidades de referência, em cada área da cidade, e se fazer coleta de material de indivíduos com suspeita de dengue, para isolamento e/ou sorologia. Este procedimento permitirá o monitoramento da circulação viral e poderá detectar mais precocemente a introdução de um novo sorotipo na cidade.

Coleta de Dados Clínicos e Epidemiológicos: coletar dados das manifestações clínicas, consultando-se o prontuário, e entrevistando o médico assistente para completar as informações clínicas. Coletar amostras de material o mais rapidamente possível (ideal até o 5o dia de doença para isolamento viral), respeitando-se as normas e procedimentos do Anexo 1.

ð Investigar qual local provável de infecção: verificando cuidadosamente a possibilidade de ser caso autóctone.

ð Busca ativa de casos: nestes municípios é imperiosa a busca ativa de outros casos no local de residência, trabalho, passeio, etc, do paciente suspeito, e se proceder à coleta de exames, caso se encontre indivíduos com sinais clínicos de dengue. Se esta busca ativa e/ou os resultados dos exames laboratoriais específicos forem negativos, encerrar o caso. Se forem positivos, acionar o “alerta de epidemia”: comunicar imediatamente aos níveis hierárquicos superiores e aos órgãos de combate vetorial, incrementar as atividades de Educação em Saúde (informar a população, mobilizando-a para intensificar a destruição dos criadouros do Aedes); promover reuniões com os responsáveis pelo combate vetorial e com os profissionais e dirigentes dos serviços de saúde, visando discutir e implementar a estratégia definida para enfrentamento do problema. Caso as medidas de intensificação de combate ao vetor necessárias, ultrapassem a capacidade operativa do município, solicitar apoio das autoridades locais, estaduais e federais de saúde.

4.6. R

ISCO DEURBANIZAÇÃO DEFEBREAMARELA

A atual situação de dispersão e elevada densidade do Aedes aegypti estão favorecendo o risco de reurbanização da Febre Amarela. Presentemente, um dos principais objetivos da VE do país é o de impedir esta ocorrência. A conduta a ser adotada difere, se for área indene de Febre Amarela Silvestre, ou se for área onde existe circulação endêmica do vírus amarílico.

Área indene de febre amarela silvestre: implantar a vacinação de rotina contra a febre amarela na Rede Básica de Saúde; as ações de Educação em Saúde devem estar voltadas para a destruição dos criadouros potenciais e devem informar sobre a situação de dengue e do risco de urbanização da febre amarela;

intensificar as medidas de combate ao vetor urbano.

Área endêmica de febre amarela silvestre: acompanhar as atividades de imunização contra febre amarela, buscando atingir 100% de cobertura vacinal.

Manter a vacina de rotina, nas salas de vacinação, para as crianças a partir de um ano de idade; notificar, imediatamente, todo caso suspeito de febre amarela, lembrando que se trata de doença de notificação compulsória internacional.

Proceder a investigação de acordo com o roteiro do capítulo sobre Febre Amarela.

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No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 194-197)