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C ONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO

No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 180-183)

C OQUELUCHE

6. I NSTRUMENTOS D ISPONÍVEIS PARA C ONTROLE

6.2. C ONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO

Medidas gerais para pacientes hospitalizados

ð Isolamento: recomenda-se isolamento, tipo respiratório por gotículas, durante o período de transmissibilidade, a fim de reduzir o risco da transmissão para outras crianças expostas. Especial atenção deve ser dada aos lactentes, a fim de evitar o contágio.

ð Quarto privativo: enquanto o paciente estiver transmitindo a bactéria. Pode haver compartilhamento, com mais de um paciente, com o mesmo diagnóstico.

O quarto deve ser mantido com a porta fechada.

ð Lavagem de mãos: deve ser feita antes e após o contato com o paciente, após a retirada das luvas, de máscara e quando houver contato com materiais utilizados pelo paciente.

ð Uso de máscara: recomenda-se o uso de máscara comum, para todos os que entram no quarto. Após o uso, deve ser descartada, em recipiente apropriado, e o indivíduo deve lavar as mãos.

ð Transporte do paciente: deve ser limitado ao mínimo possível e, quando realizado, o paciente deverá usar máscara comum.

ð Limpeza e desinfecção: recomenda-se desinfecção concorrente e terminal dos objetos contaminados com as secreções nasofaríngeas. A solução indicada é o hipoclorito de sódio a 1%. Após a desinfecção, os objetos devem ser enxaguados em água corrente. Objetos de metal podem ser desinfetados com álcool etílico a 70%.

Medidas gerais para pacientes não hospitalizados: os pacientes não hospitalizados devem ser afastados de suas atividades habituais (creche, escola, trabalho):

ð por, pelo menos cinco dias, após o início de tratamento com antimicrobiano;

ð nos casos não submetidos a antibioticoterapia, o tempo de afastamento deve ser de três semanas após o início dos paroxismos.

6.3. C

ONTROLEDOSCOMUNICANTES

Vacinação: os comunicantes íntimos, familiares e escolares, menores de sete anos não vacinados, inadequadamente vacinados ou com situação vacinal desconhecida, deverão receber uma dose da vacina contra coqueluche e orientação de como proceder para completar o esquema de vacinação.

Importante: Para os menores de um ano, indica-se a vacina DTP+Hib e para as crianças com idade entre 1 ano e 6 anos completos (6 anos, 11 meses e 29 dias), indica-se a vacina DTP.

G GG G

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Quimioprofilaxia

ð Indicações da quimioprofilaxia

- comunicantes íntimos menores de 1 ano, independente da situação vacinal e de apresentar quadro de tosse;

- menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desco- nhecida ou que tenham tomado menos de 4 doses da vacina DTP ou DTPa;

- adultos que trabalham em profissões que envolvem o contato freqüente com crianças menores de 5 anos ou imunodeprimidos devem ser submetidos a quimioprofilaxia e afastados das atividades junto às crianças, por 5 dias, após o início do uso do antimicrobiano;

- pacientes imunodeprimidos.

ð Medicamentos indicados para a quimioprofilaxia: o medicamento de escolha é a Eritromicina (de preferência o estolato), na dose de 40 a 50 mg/Kg/dia (máximo de 2 gramas/dia), dividida em 4 doses iguais, durante 10 dias.

No caso de intolerância à Eritromicina, pode-se usar Sulfametoxazol +Trimetoprim (SMZ+TMP), por via oral, de 12 em 12 horas, durante 10 dias, na seguinte dosagem:

- Crianças: 40mg (SMZ)/Kg/dia e 8mg (TMP)/Kg/dia. Com a ressalva de que a segurança e a eficácia de SMZ+TMP nos menores de 2 meses não está bem definida (Sanford, 1996).

- Adultos e crianças com mais de 40 Kg: 800mg (SMZ)/dia e 160mg (TMP)/dia, de 12 em 12 horas.

A imunoglobulina humana não tem valor profilático ou terapêutico comprovado.

6.4. A

ÇÕESDE EDUCAÇÃOEMSAÚDE

Informar às pessoas da comunidade quanto à importância da vacinação, como medida de prevenção e controle da coqueluche. Deve-se dar ênfase à necessidade de se administrar o número de doses, preconizado pelo calendário vigente.

Também deve ser ressaltada a importância da procura aos serviços de saúde, se forem observadas as manifestações que caracterizam a definição de caso suspeito de coqueluche.

198 FUNASA C

CC C

CO Q U E L U C H EO Q U E L U C H EO Q U E L U C H EO Q U E L U C H EO Q U E L U C H E

A técnica da cultura, para o isolamento da Bordetella pertussis, da secreção nasofaríngea, é considerada como “padrão ouro” para o diagnóstico laboratorial da coqueluche, pelo seu alto grau de especificidade, embora sua sensibilidade seja variável. Como a Bordetella pertussis apresenta um tropismo pelo epitélio respiratório ciliado, a cultura deve ser feita a partir da secreção nasofaríngea. A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes do início da antibioticoterapia ou, no máximo, até 3 dias após seu início.

Em condições ideais, a probabilidade de crescimento da bactéria é em torno de 60 a 76%. Interferem no crescimento bacteriano nas culturas:

• uso de antimicrobianos;

• coleta realizada após a fase aguda, pois é raro o crescimento após a 4ª semana da doença;

• uso de swab com algodão, pois este material interfere no crescimento da Bordetella pertussis;

• coleta e transporte inadequados.

Em relação aos testes sorológicos, até o momento, não se dispõem de testes adequados nem padronizados. Os novos métodos em investigação apresentam limitações na interpretação, sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade.

É importante salientar que o isolamento e detecção de antígenos, produtos bacterianos, ou seqüência genômicas de Bordetella pertussis, são aplicáveis ao diagnóstico da fase aguda.

1. C

OLETA DE SECREÇÃO DE NASOFARINGE

• Realizar preferencialmente na fase aguda da doença.

• Realizar antes do início do tratamento com antimicrobiano ou, no máximo, até três dias após a sua instituição.

• Utilizar swabs finos com haste flexível, estéreis e alginatados.

• Coletar o material das duas narinas utilizando dois swabs distintos.

• Utilizar dois tubos de ensaio com meio de transporte específico (Regan-Lowe), um com antibiótico e o outro sem antibiótico.

• Identificar os dois tubos com o nome, indicando se é caso suspeito ou comunicante, e data da coleta.

• Introduzir o swab na narina até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe. Deve-se manter o swab em contato com a nasofaringe por cerca de 10 segundos

A

NEXO

1 - N

ORMAS PARA

P

ROCEDIMENTOS

L

ABORATORIAIS

G GG G

GU I AU I AU I AU I AU I A D ED ED ED ED E VVVVVI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I A EEEEEP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C A

• Em seguida, retirar o swab.

• Após a coleta, estriar um swab na superfície levemente inclinada do tubo (+

2cm) e a seguir introduzir na base do meio de transporte para coqueluche com antibiótico. Repetir o procedimento com o outro swab no meio de transporte sem antibiótico.

Na impossibilidade de coletar material das duas narinas, coletar apenas de uma narina e dar preferência ao meio de transporte com antibiótico.

Atenção: os swabs devem permanecer dentro dos respectivos tubos.

No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 180-183)