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F LUXOGRAMA DO S ISTEMA DE V IGILÂNCIA DA M ALÁRIA

No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 79-83)

Caso suspeito

Resultado do exame (positivo)

Unidade de saúde, agente de saúde (coleta de sangue, início da notificação)

Laboratório (exame e registro de resultado)

Resultado do exame (negativo)

Unidade de saúde, agente de saúde

(tratamento)

Unidade de saúde

(notificação) Unidade de saúde

(pesquisar outros agravos)

Análise de

informações Secretaria Municipal

de Saúde (digitação)

Divulgação de informações

Análise de

informações Regional Estadual de

Saúde (consolidação dos dados)

Divulgação de informações

Análise de

informações Secretaria Estadual de

Saúde (consolidação dos dados)

Divulgação de informações

CORE - FUNASA

(avaliação) LACEN

(controle qualidade)

Análise de

informações CENEPI - FUNASA

(consolidação dos dados)

Divulgação de informações

G G G G

GU I AU I AU I AU I AU I A D ED ED ED ED E VVVVVI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I AI G I L Â N C I A EEEEEP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C AP I D E M I O L Ó G I C A

FUNASA 573

Quando o paciente residir em área endêmica, a caracterização do local de transmissão é facilitada. Entretanto, a história dos deslocamentos, de todos os casos suspeitos, permitirá se definir, com maior certeza, o local provável de infecção.

Lembrar que a identificação da área, onde se deu a transmissão, é de fundamental importância para nortear a extensão das medidas de controle.

Para determinação da extensão da área de transmissão

ð Em áreas rurais e urbanas: após a identificação do local provável de infecção, faz-se a busca ativa de outros casos, delimitando a área de transmissão. Uma equipe treinada em pesquisa de vetores, deve ser deslocada para esta área, para a captura de vetores. Os espécimes coletados devem ser enviados ao laboratório de entomologia, para identificação e densidade da espécie transmissora da malária;

4.5.3. Coleta e remessa de material para exames: a coleta e remessa da amostra de sangue, para exame de malária, devem ser feitas por técnicos, devidamente preparados pelo serviço de saúde, de acordo com os procedimentos abaixo:

coleta da amostra de sangue e preparação da lâmina;

identificação da lâmina;

coloração da lâmina: gota espessa, pelo método de Walker; esfregaço, pelos métodos de Giemsa ou Wright;

exame da lâmina e registro do resultado;

em locais que somente coletam amostras de sangue, após preparação e identificação da lâmina, estas devem ser enviadas ao laboratório de referência, juntamente com a ficha de notificação de caso. O resultado do exame deverá ser enviado, posteriormente, ao local da coleta.

4.5.4. Análise de dados: a análise dos dados da notificação, deve permitir a avaliação da magnitude, segundo as características de pessoa, tempo e lugar. O nível local deverá fazer as primeiras avaliações, de forma que se possa adotar as ações adequadas e oportunas ao controle da malária. Estas ações serão constan- temente reavaliadas, para medição do impacto sobre a transmissão da doença, e redirecionamento, caso seja necessário.

4.5.5. Encerramento de casos: confirmado o diagnóstico laboratorial e iniciado o tratamento, encerra-se o caso de malária.

Caso descartado: caso suspeito notificado, cujo resultado do exame laboratorial foi negativo.

4.5.6. Relatório final: os dados da investigação deverão ser sumarizados, em um relatório com as principais conclusões, das quais destacam-se:

distribuição da doença, por sexo e faixa etária;

identificação do local provável da infecção, e período da ocorrência;

descrição dos fatores de risco envolvidos na transmissão;

descrição das espécies de plasmódio causadoras da doença;

análise da situação da doença, segundo os indicadores de risco de transmissão e de gravidade (IPA, IFA, coeficiente de internação, mortalidade e letalidade);

descrição dos criadouros potenciais de Anopheles e respectivas espécies vetoras, responsáveis pela transmissão.

5. I

NSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONTROLE

5.1. I

MUNIZAÇÃO

Vários antígenos plasmodiais foram identificados nas últimas décadas. Ensaios de campos foram realizados, para avaliar a eficácia de algumas vacinas, porém os resultados destes estudos ainda não são satisfatórios, para a implantação da vacinação.

5.2. C

ONTROLEVETORIAL

O controle vetorial da malária deve ser desenvolvido, preferencialmente, ao nível municipal, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão, prevenindo a ocorrência de epidemias, com a conseqüente diminuição da morbi-mortalidade. Os principais métodos empregados são o controle de larvas e de mosquitos adultos.

Para o controle larvário, podem ser utilizados: o ordenamento do meio (drenagem, aterro, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática); larvicidas químicos (em pequenas coleções de água); controle biológico (bactérias, peixes larvífogos, e outros).

Para o controle de mosquitos adultos, utiliza-se o controle químico (aplicação intradomiciliar de inseticida de efeito residual, e pulverização espacial de inseticida).

A partir de 1999, vem ocorrendo, na Região Amazônica, a implantação do controle seletivo de vetores. Esse novo direcionamento, para as ações de controle, origina- se da necessidade de implantar estratégias criativas para o enfrentamento do problema. O controle seletivo, pode ser entendido como a seleção de medidas de controle mais efetivas, seguras, de baixo custo, que causem menor impacto ambiental, e que sejam adaptadas à realidade local.

5.3. A

ÇÕESDEEDUCAÇÃOEM SAÚDE

A população deve ser informada sobre a doença, da necessidade de se procurar a unidade de saúde aos primeiros sintomas, a importância do tratamento, os cuidados com a proteção individual e coletiva.

Várias técnicas pedagógicas podem ser utilizadas, tanto para educação em saúde coletiva (teatro, música, imprensa falada, escrita, entre outras) quanto individual (cartilhas, “folders” e outros).

Tendo em vista que os determinantes, da ocorrência de malária, não são exclusivos do setor saúde, é necessário que a comunidade esteja mobilizada, para se articular, junto aos demais setores envolvidos com o controle da endemia.

G G G G

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FUNASA 575

5.4. E

STRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

Utilizam-se, como medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não, com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes, e evitar freqüentar os locais de transmissão, nos horários de hábitos alimentares dos vetores.

Como medidas de prevenção coletiva, são utilizadas: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia, uso racional da terra.

Programas coletivos de quimioprofilaxia não têm sido adotados, devido à resistência do P. falciparum à cloroquina e outros antimaláricos, à toxicidade e custo mais elevado de novas drogas. Porém, em situações especiais, como missões militares, religiosas, diplomáticas e outras, em que haja deslocamento para áreas maláricas dos continentes africano e asiático, recomenda-se entrar em contato, com os setores responsáveis pelo controle da malária, nas secretarias municipais e estaduais de saúde, e do Ministério da Saúde.

No Brasil, a política adotada, atualmente, é centrada nas medidas de proteção individual, pois existe estrutura na rede pública de saúde, para diagnóstico e tratamento da malária.

No documento guia de Vigilância Epidemiológica (páginas 79-83)