XXVIII Congresso de Iniciação Científica
Mecanismos de ação antioxidante e fragilidade osmótica eritrocitária em lagartos Salvator merianae (Squamata: Teiidae)
Gabriel Spanghero Vicente Ferreira, Claudia Regina Bonini-Domingos e Danilo Gruning Humberto da Silva, Gabriela de Sousa Martins. Campus São José do Rio Preto, Instituto de Ciências Biológicas, Letras e Exatas, Ciências Biológicas, spangheri@gmail.com.
Palavras Chave: Salvator merianae, estresse oxidativo, hibernação.
Introdução
Lagartos da espécie Salvator merianae, popularmente conhecidos como “teiús”, possuem comportamento de hibernação em determinada época do ano1,2. A hibernação, pode durar até cinco meses, e é caracterizada por alterações fisiológicas e metabólicas nos sistemas do animal1. Todo seu metabolismo decai drasticamente, assim como sua frequência cardíaca e respiratória3. Após a hibernação, os lagartos despertam e seguem para o período reprodutivo subsequente, mas para isso, é necessário uma rápida disponibilidade de oxigênio para a produção de ATP3. Entretanto, essa disponibilidade abrupta de oxigênio pode gerar a produçao de espécies reativas de oxigênio (ERO)7. Caso as enzimas antioxidantes sejam insuficientes ou ineficazes na neutralização dessas espécies reativas, o sistema fisiológico em questão pode apresentar o quadro de estresse oxidativo4. Consequentemente, esses radicais livres podem causar danos em diversas estruturas biológicas, como proteínas, nucleotídeos e lipídeos4.
Objetivos
Investigar os padrões do sistema antioxidante e a ocorrência de produtos gerados pela peroxidação lipídica durante e após o período de hibernação de Salvator merianae, e também averiguar os efeitos da peroxidação lipídica na integridade da membrana eritrocitária.
Material e Métodos
Serão utilizados amostras de sangue de oito espécimes. As amostras serão coletadas durante os meses Julho e Setembro; representando os períodos de hibernação e pós-hibernação, respectivamente.
As metodologias bioquímicas abordadas para cada período serão: 1) T-BARS: para análise de metabólicos gerados pela peroxidação lipídica; 2) teste de fragilidade osmótica: para analisar o a integridade das membranas eritrocitárias 3) avaliação enzimática da Glutationa Peroxidase (GPx) e quantidade de Glutationa reduzida (GSH), como indicação do sistema de defesa antioxidante.
Resultados e Discussão
Similar a situação de hipóxia, os animais quando retornam a ventilar normalmente, sofrem reperfusão sanguínea, e esta pode induzir a formação de espécies reativas no sangue e possivelmente causar estresse oxidativo5,6.
Sendo assim, esperamos observar, que a quantidade enzima antioxidantes aumente durante o período de hibernação, como preparo para o estresse oxidativo (POS). Caso esta quantidade esteja aumentada, relacionaremos com a quantidade de produtos formados pela peroxidação lipídica e com a fragilidade eritrocitária para verificar se o preparo para o estresse é o suficiente para prevenir a liporoxidação ou não durante o despertar.
Devido as datas de coleta e tempo necessário para as análises, ainda não foi obtido resultado para ser apresentado no resumo. Mas esperamos que os resultados de fragilidade eritrocitária serão obtidos e analisados até a realização do congresso e desse modo, resultados parciais serão apresentados no painel.
Conclusões
Sem conclusões até o momento.
Agradecimentos
Agradeço ao CNPq Edital 04/2017.
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1 Abe, A. S. Braz. J. Med. Biol. 1995. 28, 1241-1247.
2 Bibron, G.; Duméril, A. Erpé Gén ou Hist Nat Com d s Repts. 1854, 822.
3 de Andrade, D. V.; Abe, A. S. J. of Exp. Bio. 1999. 202, 3677-3685.
4 Halliwell, B.; Gutteridge, J. M. Free Rad Bio and Med. 2002. 779.
5 Hermes L, M., et al. Comp Bio and Phy. 2009. 153, 213-221.
6 Hermes L, M., et al. Free Rad Bio and Med. 2015. 89, 1122-1143.
7 Hermes L, M.; Zenteno S, T. Com. Bio and Phy. 2002. 133, 537-556.
