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Estrutura do esmalte humano e sua interface com sistemas adesivos

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(1)

MARCELO FAVA DE MORAES

ESTRUTURA D O ESM ALTE H UM AN O E SUA I N TERFACE COM SI STEM AS AD ESI V OS

Tese sist em at izada apresent ada ao Depar t am ent o de Odont ologia Social e Clínica I nfant il da Faculdade de Odont ologia da UNESP / São José dos Cam pos, par a obt enção do Tít ulo de Livr e- Docent e

(2)

Mor aes, Mar celo Fava de

Est r ut ur a do esm alt e hum ano e sua int er face com sist em as adesivos / Marcelo Fava de Moraes. – São José dos Cam pos, 2007

191..f. : il.

Tese ( Livre- Docência) Faculdade de Odont ologia de São

José dos Cam pos. Univer sidade Est adual Paulist a; 2007

1. Esm alt e hum ano - 2. Cam ada apr ism át ica - 3. Condicionam ent o ácido - 4. Selant es

Aut or izo a reprodução e div ulgação t ot al ou parcial dest e t r abalho, por

qualquer m eio conv encional ou elet rônico, desde que cit ada a font e.

São José dos Cam pos, / /

Assinat ura:

(3)

Aos m eus pais, FLAVI O e ENI CE, r esponsáv eis pela m inha for m ação

m or al e profissional.

A m inha esposa CRI STI NA e ao m eu filho

ENZO por est ar em ao m eu lado em t odos os

(4)

Aos pr ofessor es da Disciplina de Odont opediat r ia, Profa. Dr a. Rebeca Di Nicoló, Prof.Dr. Silvio I ssáo My aki e Prof.Dr. João

Car los da Rocha, pela am izade e a ót im a conv iv ência dur ant e est es

anos.

Ao Pr of. Dr. Flavio Fava de Mor aes, pela valiosa

cont r ibuição na análise prévia dest e t r abalho e pelo exem plo e incent ivo

const ant es.

Ao Pr of.Dr. Vict or Ar ana- Chavez pelo aprendizado em

m icr oscopia elet r ônica de v arr edur a, em especial, sobre as est r ut ur as

dent ais m iner alizadas.

Ao Pr of.Dr . Myak i I ssáo, pela am izade, ensinam ent os

t r ansm it idos e part icipação na nossa form ação odont opediát r ica ( I n

Mem or ian) .

Ao Pr of.Dr . I I - Sei Wat anabe, por sua or ient ação e

confiança dur ant e a r ealização do m est r ado e do dout or ado.

À Pr ofa.Dr a. Maria Am élia Maxim o de Ar auj o, agr adeço

a confiança em m im deposit ada pelo convit e par a int egr ar o Cor po

Docent e da Pós- Graduação.

Ao Prof. I van Balducci, pela realização da m aioria das

análises est at íst icas dos nossos t rabalhos.

À Dir et or ia e ao cor po docent e da Faculdade de

Odont ologia de São José dos Cam pos / UNESP e, em especial a t odos os

pr ofessor es e funcionár ios do Depar t am ent o de Odont ologia Social e

Clínica I nfant il

A Sr a. Creuza Paiola de Alm eida Sant os, pelo

(5)

RESUMO ... 7

ABSTRACT ... 8

LI STA DE PUBLI CAÇÕES ORI GI NAI S ... 9

1. I NTRODUÇÃO ... 12

2. PROPOSI ÇÃO ... 19

3. MATERI AL E MÉTODOS ... 20

3.1 Cam ada aprism át ica ... 20

3.2 Condicionam ent o ácido ... 20

3.3 Ret enção dos selant es ... 21

3.4 Técnica inv asiva e não invasiva par a selant es ... 22

3.4.1 Técnica inv asiva ... 23

3.4.2 Técnica não inv asiv a ... 23

3.5 Microscopia elet rônica de v arr edur a ... 24

3.6 Mensur ações ... 24

3.7 Microinfilt r ação de sist em as adesivos ... 25

3.8 Cisalham ent o ... 27

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ... 29

4.1 Ult r aest r ut ur a da cam ada apr ism át ica do esm alt e ao m icroscópio elet r ônico de v ar r edura ... 29

4.2 Ult r aest r ut ur a do esm alt e apr ism át ico em fissur as de m olar es decíduos er upcionados ... 30

4.3 Obser vações do esm alt e apr ism át ico de t er ceir os m olar es não er upcionados ao m icroscópio elet r ônico de v ar redur a ant es e após condicionam ent o ácido ... 32

4.4 Observações ao m icr oscópio elet rônico de v ar r edura do esm alt e condicionado de m olar es decíduos não er upcionados... 33

(6)

32% sobr e a super fície do esm alt e dent al ... 35

4.7 Efeit o de difer ent es agent es condicionadores e t em pos de aplicação sobre o esm alt e de dent es decíduos ... 36

4.8 Micr om or fologia do esm alt e de dent es decíduos condicionados pelo ácido m aléico a 10% ou fosfórico a 35% ... 37

4.9 Efeit o do condicionador não laváv el no esm alt e de dent es decíduos ... 39

4.10 Avaliação pela m icr oscopia elet rônica de v arr edura do condicionam ent o ácido na superfície do esm alt e hum ano 39 4.11 A int erface selant e- esm alt e em fissuras de pré- m olar es em pr egando a t écnica inv asiv a: Est udo ao m icroscópio elet r ônico de var redur a ... 41

4.12 Com paração da penet r ação das pr oj eções r esinosas de selant e sem carga e com carga. Est udo ao m icr oscópio elet r ônico de var redur a ... 44

4.13 Av aliação clínica com par at iva de v int e e quat r o m eses do Fluor shield e do Vit r em er ut ilizados com o selant es de fossas e fissur as ... 46

4.14 A int erface selant e- esm alt e em fissuras de pré- m olar es usando t écnica invasiva e não invasiv a. Est udo ao m icroscópio elet r ônico de Varredur a ... 48

4.15 Microinfilt r ação de difer ent es sist em as na est rut ur a dent al ... 55

4.16 Resist ência adesiv a de sist em as adesivos ao esm alt e dent ário hum ano ... 57

5. CONSI DERAÇÕES GERAI S ... 58

6. REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS ... 66

(7)

RESU M O

Est a t ese sist em at iza um a sér ie de est udos dedicados à

com pr eensão da int er face do esm alt e e sist em as adesivos.

Par a t ant o, a est rut ur a da cam ada apr ism át ica do esm alt e

em alt a r esolução pela m icroscopia elet r ônica de v ar redur a foi av aliada

quant o a sua cont inuidade, espessur a, dist ribuição nas faces cor onár ias

e em fossas e fissur as, predom inant em ent e em dent es decíduos não

erupcionados.

Foi t am bém analisado pela m icroscopia elet r ônica de

varredura os efeit os do condicionam ent o de difer ent es t ipos de ácido e,

em especial, do ácido fosfórico em diferent es concent r ações,

m et odologias e t em pos de aplicação. Est es t r abalhos perm it ir am

visualizar as pr incipais ações ácidas desm iner alizant es e os t ipos de

r et enções no cent r o ou per ifer ias dos pr ism as ou em am bas as r egiões,

bem com o a pr ofundidade e form a dos “ t ags” r esinosos com car ga e

sem car ga na int im idade do esm alt e. No caso part icular da aplicação

dos selant es em fossas e fissur as foi t am bém avaliada

com parat iv am ent e a eficácia das t écnicas inv asivas ou não inv asiv as.

Os últ im os exper im ent os for am dedicados ao est udo da

m icr oinfilt ração de diferent es sist em as adesivos e da resist ência dest es

sist em as adesiv os na est r ut ura do esm alt e.

Nov os est udos m er ecem dar cont inuidade à linha de

pesquisa de sem pr e pr iorizando o pr opósit o de v incular os

procedim ent os aplicados com um a consist ent e e indispensáv el

fundam ent ação de pesquisa básica no int er esse da clínica

odont opediát r ica.

Palav ras chave: Esm alt e hum ano; cam ada aprism át ica; condicionam ent o

(8)

ABSTRACT

This t hesis r epr esent s a syst em at izat ion of sever al prev isious paper s r elat ed t o t he under st anding of t he int er face bet w een

dent al enam el and adhesiv e sy st em s.

Specific research w as dedicat e t o t he pr ism less layer using

t he scanning elect ron m icroscopy w it h t he evaluat ion of it s t hickness,

cont inuit y, cor onal dist ribuit ion and pr esence or absence in pit s and

fissur es. The non- erupt ed deciduous t eet h receiv ed pr ior it y at t ent ion.

The scanning elect r on m icr oscopy w as also t he m et hodology

elect ed t o st udy t he effect s of t he acid et ching m ainly w it h phosphoric

acid under differ ent concent rat ions, m et hodologies and applicat ion

t im es. I t w as possible t o obser v e t he essent ial dem iner alizat ion effect s

by t he acid perfor m ance and t he var ious t y pes of r et ent ions pr om ot ed in

t he prism cor e ( head) , int erpr ism at ic per ipher y or in bot h ar eas. The

shape and dept h of t he resinous t ags ( filled or unfilled) in t he st r uct ure

of t he enam el w as also det er m ined. I n r elat ion t o t he sealant applicat ion

and it s effect iv eness in cor onal pit s and fissur es it w as also evaluat ed by

com par ison bet w een invasive and non- invasive t echniques.

The pur pose of t he m ost r ecent inv est igat ions w as t he

m icr oleakage st udy am ong different adhesiv e sy st em s, as w ell as, t he

shear bond st r engt h of t he adhesiv es in t he enam el st r uct ure.

New st udies m ust be developed in our r esearch pr ogr am

w it h t he sam e pr ior it y for t he pedodont ics im prov em ent considering

quest ions fr om clinical pr ocedures w it h a subst ancial backgr ound of

basic r esear ch.

(9)

LI STA D E PUBLI CAÇÕES ORI GI N AI S

Est a t ese est á baseada na seleção dos seguint es art igos

originais, publicados em r ev ist as cient íficas index adas, que são cit ados

no t ex t o com núm er os rom anos.

I . Fa va M , Wat anabe I S, Fava- De- Moraes F, Cost a LRRS. Prism less enam el in hum an non- er upt ed deciduous m olar t eet h: a scanning

elect ron m icroscopy st udy. Rev Odont ol Univ São Paul. 1997;

11( 4) : 239- 243.

I I . Fa v a M , My ak i SI , Ram os CJ, Wat anabe I S. Obser v ações ao m icroscópio elet r ônico de v ar r edura do esm alt e aprism át ico em

fissur as de m olar es decíduos er upcionados. Pós- Gr ad Rev Fac

Odont ol São José dos Cam pos. 1999; 2( 2) : 87- 92.

I I I . Fa v a M , Wat anabe I S, Fava- De- Moraes F. Scanning elect ron m icroscopy obser v at ions of t he enam el sur face befor e and aft er

et ching by ort hophosphor ic acid. Rev Odont ol Unesp. 1994;

23( 2) : 231- 239.

I V . Fa va M . Wat anabe I S, Fava- De- Mor aes F. Obser vat ions on et ched enam el in non- er upt ed deciduous m olar s: a scanning elect ron

m icroscopy st udy . Rev Odont ol Univ São Paulo. 1997; 11( 3) :

157-160.

V . Cost a LRR, Wat anabe, I S Fa v a M . Thr ee- dim ensional aspect s of et ched enam el in non- erupt ed t eet h. Braz Dent J. 1998; 9( 2) :

(10)

V I . Neves ACC, Penna LAP, Seraidar ian PI , Fa v a M , My aki SI . Efeit o do ácido fosfór ico nas concent r ações de 10% ou 32% sobr e a

super fície do esm alt e dent al: est udo ao m icr oscópio elet rônico de

var redur a. Pós- Gr ad Rev Fac Odont ol São José dos Cam pos. 1999;

2( 1) : 35- 39.

V I I . Fa v a M , Myak i, SI , Navar ro RS. Efeit os de difer ent es agent es condicionador es e t em pos de aplicação sobr e o esm alt e de dent es

decíduos. RPG Rev Pós- Gr ad. 2000; 7( 1) : 52- 56.

V I I I . Fa v a M , Ram os CJ, Lacava LMA. Microm or fologia do esm alt e de dent es decíduos condicionados pelo ácido m aléico a 10% ou

fosfórico a 35% . Cienc Odont ol Bras. 2002; 5( 3) : 69- 74.

I X . Fa va M , Myaki SI , Arana- Chavez VE, Fava- De- Moraes F. Effect s of a non- r inse condit ioner on t he enam el of prim ar y t eet h. Br az Dent

J. 2003; 14( 3) : 168- 171.

X . Zanet CG, Ar ana- Chavez VE, Fa v a M . Scanning elect ron m icr oscopy evaluat ion of t he effect of et ching agent s on hum an enam el sur face.

J Clin Pediat r Dent . 2006; 30( 3) : 247- 250.

X I . Fa v a M , Wat anabe I S, Fava- De- Moraes F, I ssao M. A int erface selant e- esm alt e em fissur as de pr é- m olares em pr egando a t écnica

invasiva: est udo ao m icroscópio elet r ônico de v arr edura. Rev

Odont UNESP. 1995; 24( 2) : 335- 344.

(11)

“ com car ga” . Est udo ao m icr oscópio elet rônico de v ar r edur a. Rev .

Odont ol Univ São Paulo. 1996; 10( 2) : 129- 135.

X I I I . Villela LC, Fa va M , Vieira MC, Hayashi PM, Myaki SI . Av aliação clínica de vint e e quat r o m eses do Fluorshield e do Vit r em er

ut ilizados com o selant e de fossas e fissuras. Rev . Odont ol Univ

São Paulo. 1998; 12( 4) : 383- 387.

X I V . Fa v a M , Wat anabe I S, Fav a- De- Mor aes F. The sealant - enam el int er face in pr em olar fissures using t he inv asiv e and non- inv asiv e

t echniques: a scanning elect r on m icr oscopy st udy . Rev Odont ol

Univ São Paulo. 1996; 10( 4) : 265- 273.

X V . Banzi ECF, Bar bosa DML, Yam am ot o ETC, Fa va M . Micr oinfilt ração de difer ent es sist em as adesivos na est r ut ur a dent al. Arq Odont ol

2006; 42( 1) : 14- 24.

(12)

1 – I N TROD UÇÃO

O esm alt e é a est r ut ur a dent ár ia de rev est im ent o

coronár io que possui o m aior índice de m ineralização do or ganism o.

( 97% ) .

Sua espessura é diferent e conform e a região

considerada num m esm o dent e, além de variar consideravelm ent e de

um t ipo de dent e par a out r o.

Suas funções relacionadas com as pr opr iedades que

apr esent a, not adam ent e pela dur eza, são inquest ionáveis e, por t ant o,

facilm ent e com pr ovadas quando ocor r e sua per da em pr ocessos

t r aum át icos e pat ológicos.

Muit os est udos sobre o esm alt e, em especial sobre a

cam ada ext er na do esm alt e hum ano, t êm sido obj et o de pesquisa de

v ár ios aut or es ( POOLE e BROOKS43, 1961; RI PA et al47- 48. 1966, 1967;

HOFFMAN et al26- 27., 1968, 1969a; SPEI RS54, 1971; BOYDE3, 1975 e

GUSTAFSON e SUNDSTROM18, 1975) por ser ela o local onde se inicia e

se inst ala a cárie, além de est ar em cont at o com os diversos m at eriais

r est aurador es, relacionados ou não ao condicionam ent o ácido.

GUSTAFSON17 ( 1959) ; RI PA et al46- 48. ( 1966, 1967) ;

GWI NNETT19- 21 ( 1966a, 1967) , est udando o esm alt e de dent es

hum anos ou de anim ais, descr ever am var iações est rut ur ais ent re as

cam adas int erna e ex t er na. A cam ada ex t erna é conhecida com o

cam ada aprism át ica t endo sido relat ada por GWI NNETT19- 20- 21 ( 1966a,

1966b, 1967) ; HOFFMAN et al27. ( 1969a) ; WHI TTAKER60 ( 1982) ;

HAI KEL e FRANK24 ( 1982) e const it ui o pr incipal obj et iv o dest a t ese.

São descr it os basicam ent e dois t ipos de cam ada

apr ism át ica. A pr im eir a, com um a configur ação lam inar , m ais com um

nos dent es perm anent es m encionada por GWI NNETT20 ( 1966b)

(13)

per m anent es m as, considerav elm ent e m ais fr eqüent e nos dent es

decíduos, ocor r e com o um a cam ada cont ínua, r ecobr indo a super fície

ex t er na do dent e ( CRABB7, 1964) .

A ocor rência dest a cam ada apr ism át ica em dent es

decíduos e per m anent es dev e ser consider ada com o um a est rut ur a

hist ológica nor m al do esm alt e sendo um pr odut o final dos am eloblast os

e não um com ponent e adquir ido pós- er upt ivam ent e ( RI PA et al., 1967) .

GWI NNETT21 ( 1967) , RI PA46 ( 1966) e NEWMAN e

POOLE41 ( 1974) afir m am que na cam ada aprism át ica, a orient ação dos

crist ais de hidr ox iapat it a é per pendicular à superfície, e unifor m em ent e

arr anj ados, par alelos ent e si, difer indo da região pr ism át ica subj acent e

onde ocor r em var iações nas or ient ações dos cr ist ais.

Em 1966, RI PA46 est udando lesões brancas em dent es

decíduos, descr eveu a pr esença de um a cam ada de esm alt e super ficial,

com ausência de pr ism as, cham ando- a t am bém de cam ada apr ism át ica.

Vár ios t r abalhos m ost ram a cam ada aprism át ica,

apr esent ando um a v ar iação na espessura e localização, bem com o sua

m aior prevalência nos dent es decíduos ( NEWMAN e POOLE41 1974;

HORSTED et al29., 1976; HAI KEL e FRANK24, 1982) .

O condicionam ent o ácido aplicado na super fície do

esm alt e dent al é um pr ocesso im por t ant e na pr át ica odont ológica, vist o

que pr oduz com eficiência a dissolução de crist ais de hidr oxiapat it a,

form ando um a super fície irr egular que possibilit a um a m elhor ret enção

dos m at eriais adesivos e r est aurador es ( TEN CATE56, 1986) .

Nest e sent ido, v ár ios pesquisador es realizar am

experiências para ver ificar os efeit os decor r ent es do condicionam ent o

ácido ( POOLE e JOHNSON44, 1967; HOFFMAN et al28., 1969b; JOHNSON

et al32., 1971; SHEYKHOLESLAM e BUONOCORE51, 1972; GWI NNETT23,

(14)

TI NANOFF37, 1977; BRÄNNSTRÖM et al4., 1978; NORDENVALL et al42.,

1980; NATHANSON et al.40, 1982 e WHI TTAKER60, 1982) .

Tais est udos são decorr ent es do fat o de que a

cam ada apr ism át ica sem pr e ser á um a pr ot eção nat ur al ao dent e ou um

obst áculo a m ais par a a penet ração de m at er iais rest aur ador es adesivos

dependent es de pr évio condicionam ent o ácido. I st o por que, é com est e

procedim ent o, que se procura obt er a m aior descalcificação possível

dest a cam ada apr ism át ica, com sim ult ânea form ação de cav idades que

propor cionem adequadas m icror et enções par a a r esina r est aurador a no

esm alt e decíduo ( RI PA47, 1966; EI DELMAN11 et al., 1976) .

Os locais de m aior incidência de cár ie dent al,

inicialm ent e, são sulcos, fóssulas e fissur as, par t icularm ent e em m olar es

e pr é- m olares, onde a configur ação anat ôm ica dessas ár eas facilit a a

r et enção de m icr oor ganism os e r esíduos alim ent ar es.

As super fícies oclusais r epr esent am som ent e 12,5%

do t ot al das super fícies da dent ição per m anent e, m as apresent am

apr oxim adam ent e 50% das lesões de cár ie em cr ianças em idade

escolar ( NAGANO38, 1961) .

Além dos aspect os cit ados, t ant o a fluor et ação t ópica

com o sist êm ica prot egem o dent e das lesões de cár ie com m aior

r elevância em super fícies lisas, não at uando com a m esm a eficácia nas

super fícies oclusais, dev ido pr incipalm ent e a com plexidade anat ôm ica

dos sulcos e fissuras dessa face ( I SSAO e ANDO31, 1983) .

Obser vando a gr ande incidência de lesões de cár ie de

fóssulas e fissur as nas superfícies oclusais de pr é- m olares e m olar es

per m anent es, HYATT30 ( 1923) pr econizava a odont ot om ia pr ofilát ica

at rav és do prepar o de fossas e fissuras sadias e suas rest aur ações com

am algam a, enquant o BODECKER2 ( 1929) , preconizav a a err adicação das

fóssulas e fissur as das superfícies oclusais de pr é- m olares e m olar es

(15)

fissur as oclusais est r eit as e profundas per m it indo um a m elhor

higienização dest a superfície e conseqüent em ent e pr ev enindo a

inst alação de cár ie dent al. Est as t écnicas não t iver am gr ande aceit ação

pelos clínicos da época, pr incipalm ent e pela relut ância dos pr ofissionais

r em over t ecido ínt egro da super fície dent al.

BUONOCORE5, em 1955, publicou um t r abalho

pioneir o no qual ut ilizou o ácido or t ofosfórico a 85% durant e 30

segundos, com a finalidade de aum ent ar a ár ea de super fície do esm alt e

par a se obt er um a m elhor r et enção de r est aurações com r esinas

acr ílicas.

Est e t r abalho foi fundam ent al par a pesquisas

post er iores sobr e selant es de fóssulas e fissur as, nas quais os aut or es

obt iver am dados ex pr essiv os na r edução da cárie oclusal, com diret a

r elação a r et ent ividade dest es m at eriais.

O condicionam ent o ácido para ser efet iv o dever á

ult r apassar a cam ada apr ism át ica e at ingir o esm alt e prism át ico.

SI LVERSTONE et al.52 ( 1975) at r av és da m icr oscopia elet r ônica,

obser v ar am t rês t ipos difer ent es de padrões de var iações de

condicionam ent o ácido no esm alt e de pr é- m olar es: t ipo I , que

apr esent ava um a aspereza generalizada dev ido a rem oção dos cent r os

dos pr ism as de esm alt e enquant o que as r egiões per iféricas est av am

r elat iv am ent e int act os; o t ipo I I a per iferia dos pr ism as de esm alt e foi

r em ovida e o cent r o dos m esm os não foi afet ado e o t ipo I I I , onde

obser v ou- se a com binação de car act er íst icas dos padr ões I e I I . Os

“ t ags” na int er face ent re o adesivo e o esm alt e m ediant e a

desm iner alização e corr osão da est rut ur a dent al são car act er íst icas

obt idas na int er face adesiv o- esm alt e. As ex t ensões do adesiv o ocorr em

na per iferia e nos cent r os do pr ism a de esm alt e. Est es “ t ags” t am bém

podem envolver os com ponent es de crist ais do esm alt e, prom ovendo

(16)

r esina ou selant e com o esm alt e pr eviam ent e condicionado apresent am

“ t ags” com difer ent es for m as de cone que v ariam t ant o nas for m as

com o na lar gur a. O condicionam ent o ácido, quando t em um efeit o

preferencialm ent e nas cabeças dos pr ism as, result a em cones de r esina,

enquant o que o efeit o ocor r endo na per ifer ia do pr ism a poder á pr oduzir

form as de cr at er as.

Ao pr ocedim ent o clínico se o esm alt e condicionado

pelo ácido int er agir com a saliv a, est a int erfere na qualidade da adesão

do com pósit o à est rut ur a do esm alt e. O cont at o com saliv a pr om ov e a

form ação de película adquir ida ( “ adher ing film ” ) que cobr e os

m icr opor os que são criados pelo agent e condicionador , im pedindo a

form ação de proj eções r esinosas que são responsáveis pela ret enção

m icr om ecânica do adesiv o ao esm alt e, EL- KALLA e GARCI A- GODOY12,

1997. Tr adicionalm ent e, o esm alt e condicionado é ex ecut ado com ácido

fosfór ico em concent r ações que var iam de 30 a 40% , num per íodo de

15 a 30 segundos. Sabe- se que os novos sist em as adesivos t êm

pr econizado o condicionam ent o ácido sim ult âneo do esm alt e e dent ina,

ut ilizando diferent es t ipos e concent rações de agent es condicionador es.

( SI NHORETI et al53., 2000; KUGEL e FERRARI34, 2005) .

Um gr ande núm er o de est udos t em sido r ealizado nos

últ im os anos com a pr opost a de se analisar o efeit o do condicionam ent o

ácido na dent ina, m as m enor at enção t em sido dispensada ao

condicionam ent o ácido do esm alt e. Em r elação a dent ina, há debat es

sobr e quão fort e dev e ser o efeit o de descalcificação para r em ov er o

m iner al da dent ina sem afet ar os com ponent es or gânicos

r em anescent es, em especial o colágeno. Por est a r azão, v ários ácidos

fr acos t êm sido est udados na dent ina com o int uit o de subst it uir o ácido

fosfórico. ( SWI FT JUNI OR et al55, 1995; LOPES et al35, 2002)

Ent r e os novos sist em as adesivos disponíveis

(17)

fr acos e o segundo cont em m onôm eros ácidos. Mesm o assim m uit os

aut ores com o DUKE10 ( 2002) ; SHULZE et al50. ( 2005) e TOLEDANO et

al57 ( 2001) t êm afir m ado que est es dois agent es condicionador es

pr om ovem um leve condicionam ent o super ficial do esm alt e que pode

ser desv ant aj oso par a o sucesso dos pr ocedim ent os adesiv os, usados

rot ineir am ent e quando t ant o est r ut ur as do esm alt e e dent ina são

sim ult aneam ent e condicionadas. Além disso, alguns agent es

condicionador es não necessit am de lav agem enquant o out r os j á

incluídos no sist em a adesiv o. Baseados em t odas as observações at é

aqui refer idas t or na- se óbv ia a not ória com plex idade de fat or es que

est ão env olvidos nos pr ocedim ent os clínicos consider ados.

I niciam os com os est udos básicos sobr e a cam ada

apr ism át ica, quer em dent es decíduos quer em dent es per m anent es,

principalm ent e em dent es não erupcionados, que ainda não foram

subm et idos a ação do m eio bucal.

Apr esent ada em linhas ger ais a quest ão da cam ada

apr ism át ica, t or nou- se com pr eensível a im por t ância que o seu pleno

conhecim ent o passou a adquir ir no cont ex t o de at os clínicos, em

especial no da clínica odont opediát rica em relação a: reversão de

m anchas br ancas; feit ur a de biseis cav o- super ficiais nos pr epar os

cav it ários; casos dependent es de t em po e concent r ação do

condicionam ent o ácido com o par a aplicação de selant es, colagem de

“ br acket s” , prót eses adesiv as, aprov eit am ent o de fr agm ent os de dent es

fr at urados, rest aur ações com resina fot o- polim er izáveis, et c.

Com o decor rência, um a sér ie de exper im ent ações

post er iores deu cont inuidade a nossa linha de pesquisa aplicada visando

obt er result ados út eis às difer ent es et apas dos pr ocedim ent os clínicos.

Dest a for m a obj et iv ou- se cont r ibuir par a a m elhor pr át ica

(18)

com a ciência dos m at eriais e a eficiência dos processos pr event iv os

(19)

2 . PROPOSI ÇÃO

2.1 - Est udar as cor r elações ent re a est r ut ura e função do esm alt e de

dent es hum anos subm et idos a condicionam ent os ácidos e sua

int er face com com pósit os adesivos.

2.2 – Est es est udos for am realizados at r avés das seguint es abordagens:

2.2.1 - análise est rut ur al e ult raest rut ur al ao m icroscópio

elet r ônico de var redur a do esm alt e hum ano em dent es

decíduos e per m anent es, t ant o er upcionados com o não

erupcionados. Em especial est udo específico sobr e a sua

cam ada aprism át ica.

2.2.2 - av aliação do efeit o de difer ent es condicionador es na

est r ut ura do esm alt e, em especial, sobre a form ação de

ár eas ret ent iv as na est r ut ura dos pr ism as de esm alt e.

2.2.3 - análise da eficácia da adesão de com pósit os r est aur ador es

na int er face com o esm alt e, not adam ent e quant o ao

(20)

3 . M ATERI AL E M ÉTOD OS

Todos os nossos est udos for am sem pre r ealizados em

dent es hum anos t ais com o: dent es decíduos e perm anent es

erupcionados e não er upcionados.

I m ediat am ent e após a r em oção, os dent es foram

lavados com água dest ilada e ar m azenados pr edom inant em ent e em

álcool 70% , par a não se pr oduzir efeit os severos sobr e a est r ut ura do

esm alt e ( BOYDE3, 1976) .

Ant es de qualquer pr eparo post er ior, os dent es

decíduos e per m anent es não er upcionados foram lavados em água e

lim pos com aux ílio de um a escov a com a finalidade de assegur ar t oda a

r em oção dos r est os or gânicos da super fície do esm alt e ( m em br ana de

Nasm it h) .

3.1. Cam ada aprism át ica – Trat am ent o: Os dent es for am

seccionados ao nív el do t erço cer vical da r aiz. As cor oas

foram frat ur adas no sent ido v est íbulo- lingual, com o

aux ílio de um a m or sa par a o est udo das superfícies

vest ibular es e linguais. Par a um est udo ult r aest r ut ur al

m ais det alhado, as duas super fícies for am divididas em

t er ço cervical, m édio e oclusal.

3.2. Condicionam ent o ácido: Após a fr at ur a no sent ido v est íbulo

lingual e o polim ent o cor onár io com past a de pedr a- pom es

e água com t aça de bor r acha m ont ada em baix a

velocidade, os fr agm ent os foram lav ados com água e

ent ão secos com j at o de ar por 15 segundos. Os espécim es

foram condicionados com os seguint es ácidos:

Ácido fosfór ico a 10% , 35% , 36% e 37% ; ácido m aleico a

(21)

SE Bond ( CSEB) com difer ent es int er valos de t em po, 7” ,

15” , 30” e 60” .

Em t odos os espécim es o condicionam ent o ácido foi

r ealizado no t erço m édio das faces vest ibulares ou linguais,

r espeit ando- se os difer ent es ácidos e t em po de

t rat am ent o. Após o condicionam ent o ácido, foi r ealizada a

lavagem abundant e com spr ay de ar - água dur ant e 30

segundos e secagem com j at os de ar por 15 segundos

( excet o o NRC e o clear SE Bond) .

3.3. Ret enção do selant e: Os dent es selecionados for am

divididos aleat oriam ent e em dois gr upos.

Grupo A – Vint e e t r ês pré- m olares superiores e inferiores

do lado direit o dos pacient es que r eceber am o

selant e Fluorshield ( Dent sply) .

Grupo B – Vint e e t r ês pré- m olares superiores e inferiores

do lado esquer do dos pacient es que r eceber am

cim ent o de ionôm er o de vidr o – Vit r em er ( 3M) .

Os m at eriais ut ilizados par a o selam ent o de fossas e fissur as

est ão r elacionados na Tabela 1.

Tabela 1 – Mat eriais em pregados para o selam ent o de fossas e fissuras.

Gr upo Mat er ial Fabr icant e Tipo de polim er ização

A Fluor shield Dent sply Fot opolim er izáv el

B Vit r em er 3M Aut o e fot opolim er izável

Os dent es a ser em selados receber am isolam ent o absolut o,

pr ofilaxia com pedr a pom es e água com aux ílio de escov a de

(22)

água-ar por 20 segundos e secos com j at o de água-ar; condicionados

com ácido fosfórico a 37% em for m a de solução por 60

segundos e nov am ent e lav ados e secos. No Gr upo A, os

dent es r eceber am o Fluor shield, segundo as r ecom endações

do fabr icant e, t ant o na m anipulação quant o no t em po de

polim er ização do m at er ial. Já no Gr upo B, os dent es for am

selados com Vit rem er , obedecendo os m esm os passos do

Grupo A, sendo que após o condicionam ent o ácido,

aplicou-se o pr im er, que foi fot opolim erizável por 20 aplicou-segundos,

seguido da aplicação do cim ent o de iom er o de vidr o na

pr opor ção 1: 3 ( pó- líquido) , visando a m enor viscosidade do

m at er ial par a selam ent o, e post er iorm ent e aplicou- se o

“ glaze” ( Finishing gloss) , que foi fot opolim erizado dur ant e

20 segundos.

A pr im eir a avaliação foi realizada após seis m eses da

aplicação dos m at er iais por um avaliador at rav és do ex am e

t áct il- visual, ut ilizando- se sonda exploradora, espelho clínico

e luz ar t ificial, sob isolam ent o relat ivo. Dest a form a, cada

dent e foi classificado segundo os cr it érios pr opost os por

TONN e RYGE58 ( 1982) , a saber : ret enção t ot al ( RT) ,

r et enção par cial ( RP) e per da t ot al ( PT) .

3.4. Técnica inv asiva e não inv asiv a par a selant es:

Selant es: Os dent es foram divididos em dois gr upos

subm et idos a dois diferent es pr ocedim ent os clínicos par a a

colocação do selant e sealit e ( Sy bron. Kerr I ndúst ria e

Com ér cio Lt da) na fissur a pr é- m olar , a saber: t écnica

(23)

3.4.1 - Técnica invasiva: ut ilizou- se 30 dent es, que foram

pr eviam ent e t rat ados na clínica, fazendo- se

isolam ent o absolut o, pr ofilax ia e aber t ura da fissur a

pr é- m olar com a pont a 1191 ( Kg Sor ensen) , em alt a

r ot ação “ Dabi- At lant e” da Clínica de Odont opediat ria

da Faculdade de Odont ologia da Univer sidade de São

Paulo, seguido de condicionam ent o ácido com

solução de ácido or t ofosfór ico a 37% dur ant e 60

segundos, lav agem por 30 segundos, secagem e

pr eenchim ent o com o selant e, ut ilizando o pincel

indicado pelo fabr icant e.

3.4.2 - Técnica não invasiva: Ut ilizaram - se de 5 dent es,

adot ando o m esm o pr ocedim ent o da t écnica

inv asiv a, ex cet uando- se ex clusivam ent e a aber t ur a

da fissura com a broca.

Todos os dent es for am ext r aídos cir ur gicam ent e 7

dias após a colocação do selant e e m ant idas em

solução de álcool 70% par a pr ev enir efeit os adv er sos

sobre a est rut ur a do esm alt e dent al ( BOYDE3, 1976) .

a) 20 dent es ( 5 gr upos da t écnica não invasiva e 15

do gr upo da t écnica inv asiv a) for am

descalcificadas com ácido nít rico a 20% dur ant e

um a sem ana, par a r em oção do esm alt e e

obt enção isolada da am ost ra do selant e com suas

(24)

b) 15 dent es ( do gr upo da t écnica invasiva) for am

fr at ur ados longit udinalm ent e, com um a m or sa, no

sent ido vest íbulo- lingual com a finalidade de

obser v ar a adapt ação do selant e e suas proj eções

na est r ut ur a do esm alt e pr eviam ent e

condicionado.

3.5. Micr oscopia Elet r ônica de Varr edura: Após a frat ur a ou

descalcificação com ácido nít rico a 20% , t odas as peças

foram lavadas em água dest ilada e desidr at ada em série

cr escent e de álcoois at é o absolut o. Em seguida as m esm as

foram secadas, m ont adas sobre um a base apropriada par a

cober t ur as com íons de our o ( com apar elho “ Í ons Sput t er ” ,

Balzer s” ) .

Todas as peças for am fot ografadas em m icroscópio

elet rônico de var redur a JEOL, m odelo JSM- P- 15; JEOL JSM

T530A, r egulado par a 15Kv do depar t am ent o de Miner alogia

do I nst it ut o de Quím ica do Cam pus de Ar araquar a;

St er oscan 240 Cam br idge, r egulado par a 15v per t encent e

ao Depar t am ent o de Pat ologia da Faculdade de Medicina da

Univer sidade de São Paulo; JEOL JSM – 4600 e JEOL JSM –

6.100 do Depar t am ent o de Biologia Celular e do

Desenvolvim ent o do I nst it ut o de Ciências Biom édicas da

Univer sidade de São Paulo.

3.6. Mensuração: As m edidas dos com prim ent os das pr oj eções

do selant e for am feit as em elet r om icrogr afias, ut ilizando- se

paquím et r o de pr ecisão de 0,01m m com leit ur a digit al

( MI TUTOYO) . Em cada elet r om icr ogr afia for am m edidas 10

(25)

Post eriorm ent e, t odos os v alor es foram t r ansform ados em

m icr ôm et ros e t abulados com a finalidade de pr oceder a

análise est at íst ica, usando t est e de v ar iação de Fisher ’s

( KEMPHORNE; FOLKS, 1971) .

3.7. Micr oinfilt r ação de sist em as adesiv os: Nos dent es

selecionados par a est udo da m icroinfilt ração na est rut ur a

dent al foram confeccionados prepar os cavit ários

ocluso-pr oxim ais do t ipo “ slot ver t ical” , de dim ensões de

aproxim adam ent e 3m m de alt ura x 2m m de largur a x

2m m de pr ofundidade, nas fases m esiais e dist ais, com o

aux ílio de um inst rum ent o cort ant e r ot at ór io cilíndrico

diam ant ado, nº 1090 ( KG- Sorensen) , m ont ado em t urbina

de alt a velocidade, sob refr iger ação com água, com

t ér m ino gengiv al em esm alt e. Após as rest aur ações com

r esina com post a híbr ida t r adicional e o acabam ent o e

polim ent o das r est aurações com discos soft - lex as

am ost r as foram arm azenadas em solução fisiológica à

t em per at ur a am bient e por, no m ínim o, 24 hor as sendo

r ealizado em seguida, o pr ocedim ent o de ciclagem t ér m ica

( 500 ciclos - 5º C e 55º C – 30 segundos de im er são em

cada banho confor m e descrit o por RI NO et al45. ( 1998) e

DI AS et al.8 ( 1999) . Os espécim es foram ent ão,

im per m eabilizados na r egião do ápice r adicular com

dur epox ( Alba Quím ica I ndust ria e Com ér cio) e duas

cam adas de esm alt e de unha ( Color am a- CEI L) ,

deixando-se um a j anela de apr ox im adam ent e 1m m na r egião da

par ede cervical, nas faces prox im ais.

Todas as am ost ras foram im ersas em solução de azul de

(26)

água cor r ent e e secadas com papel t oalha. A seguir

sofrer am um cor t e t r ansv er sal no sent ido m ésio- dist al,

com disco de car bur undum , m ont ada em peça de m ão em

baixa rot ação. Todas as secções for am polidas em lixas

d’água ( 220, 320, 400, 600 granulações) um edecidas em

água.

As am ost r as for am fot ografadas em slides com aum ent o

original de 3x, e avaliado o grau de infilt r ação m ar ginal de

acor do com a escala de not as pr opost a por RETI EF et al49.

0 – sem infilt r ação m arginal

1 – infilt r ação at é a j unção am elo- dent ária

2 – infilt ração ult rapassando a j unção am elo- dent inária

e at ingindo dent ina

3 – infilt r ação at ingindo a par ede axial do pr eparo.

Após a aplicação das not as, est as for am t r at adas

est at ist icam ent e. Os dados obt idos for am subm et idos ao

t est e não par am ét r ico de Kr sukal – Wallis ( kw = 2,19; gl =

(27)

Quadro 1: Caract erização dos Gr upos Am ost rais

Gr upo Descrição do sist em a

adesiv o ut ilizado Abreviação

Fabr icant e Núm er o ( n) I Pr im e & Bond 2.1

( adesiv o convencional)

I ( PB) Dent sply I nd. e Com . Lt da., Br asil

10

I I Clearfil Bond ( adesiv o aut ocondicionant e de dois passos)

I I ( CSB) Kubar ay Medical I n.,

Japan 10

I I I Xeno ( Adesiv o aut o-condicionant e de um passo

I I I ( XE) Dent sply I nd. e Com . Lt da., Br asil

10

3.8. Cisalham ent o: Os dent es ext r aídos par a o t est e de

cisalham ent o, foram arm azenados em solução de

clor am ina 0,5% , por não m ais de 1 sem ana. Após est e

per íodo, os dent es foram arm azenados em água dest ilada

a 4º C, por não m ais de 6 m eses, com r enov ações

sem anais de água. As cor oas dos dent es for am analisadas

em st er eo m icr oscópio ( Zeiss / St em i 2000c – MC – 80 –

DX, Berlin, Ger m any ) e os dent es com t rincas de esm alt e

det ect áveis for am elim inados do est udo.

As am ost ras foram seccionadas m ésio- dist alm ent e com

um a br oca diam ant ada ( KG Sorensen, Reference 7020,

São Paulo, SP, Br azil) , sob refr igeração com água e ar e as

super fícies v est ibular e lingual foram em bebidas em r esina

acrílica, polida at é um a lix a de gr anulação 600, at é que

um a super fície plana de esm alt e de 5m m de diâm et r o

fosse expost a. Os espécim es foram aleat oriam ent e

divididos em grupos exper im ent ais.

A ár ea de t est e dos sist em as adesiv os foi delim it ada

(28)

4m m de diâm et r o. Os sist em as adesivos foram usados de

acor do com as inst r uções dos fabr icant es. Um m olde de

t eflon ( 4m m x 5m m ) foi usado para const r uir o cilindr o de

r esina na super fície de t est e. O m at er ial foi

fot opolim erizado

por 40 segundos usando apar elho de fot opolim er ização.

Os espécim es foram ent ão ar m azenados em água dest ilada

a 37º C por 24h, t er m ociclados por 500 ciclos ( 5º C – 55º C)

e subm et idos ao t est e de cisalham ent o em um a m áquina

de t est e univ er sal ( I nst r on, Modelo 411, Chicago, I L, USA)

pr ogram ado para oper ar a um a velocidade ( “ crosshead

speed” ) de 0,5m m / m in at é a r upt ur a. Os espécim es for am

posicionados num m olde de aço inoxidável de for m a a

m ant er um ângulo de 90º em relação à for ça aplicada.

Os dados obt idos ( Kgf/ cm ²) for am t r ansfor m ados MPa e

subm et idos a análise est at íst ica par am ét r ica, ANOVA e

TUKEY ( 5% ) . Após o t est e de cisalham ent o, os espécim es

t iv eram seus t ipos de fr at ura analisados sob

est er eom icr oscópio. As fr at ur as for am classificadas com o

adesiv as, coesivas ( r esina ou esm alt e) ou frat uras m ist as,

e os dados for am subm et idos à análise est at íst ica do

(29)

4 . RESULTAD OS

4 .1 – Ult r a e st r u t u r a da ca m a da a pr ism á t ica do e sm a lt e a o m icr oscópio e le t r ôn ico de v a r r e du r a

Em ger al a super fície vest ibular do t erço oclusal de dent es m olar es

super iores e inferior es, apr esent a um a cam ada de esm alt e aprism át ico

r ev est indo t oda a ex t ensão das cúspides. A cam ada aprism át ica

apr esent a um a nít ida disposição obser v ada nas faces de fr at uras.

A cam ada apr ism át ica, em especial de t odos os dent es m olar es decíduos

não erupcionado foi observada nas super fícies v est ibular e lingual.

Na r egião oclusal, a cam ada aprism át ica apr esent ou um a espessur a

unifor m e ( Fig. 1 / Pu blica çã o I ) . Em m aior aum ent o m icr oscópico, a

est rut ur a da cam ada apr ism át ica m ost rou- se const it uída por cr ist ais de

hidrox iapat it a que est ão par alelos ent re si, e, de um a m aneir a geral,

per pendiculares à super fície ext erna do esm alt e ( Fig. 2 / Pu blica çã o I ) .

Na face vest ibular do t er ço m édio de dent es m olares super ior es e

inferiores, foi observada um a cam ada delgada de esm alt e aprism át ico

em t odos os dent es analisados. A superfície frat urada m ost r a um lim it e

clar o ent re cam ada apr ism át ica e esm alt e pr ism át ico. ( Fig. 3 /

Pu blica çã o I ) . Em m aior aum ent o, a disposição paralela dos crist ais de hidrox iapat it a é clar am ent e obser v ada. A super fície ex t er na do esm alt e

é lisa com algum as depr essões circulares. Fig. 4 / Pu blica çã o I )

Na r egião cer vical, o esm alt e aprism át ico m ost rou um a cam ada

hom ogênea com um a delgada espessur a e est r ut ur a bem definida

(30)

O result ado r efer ent e à espessura da cam ada apr ism át ica obt idos nas

t r ês r egiões ( oclusal, m édia e cer vical) for am avaliados est at ist icam ent e

at rav és da análise de v ariância “ one- w ay” ANOVA ( Tabela 1) .

Tabela 1 – Cam ada apr ism át ica, Espessur a da cam ada apr ism át ica em dent es m olares decíduos não erupcionados

Font es de Variação Região

Am ost r a Média

Micrôm et ros

Desv io

Padr ão

Err o

Padr ão

Oclusal 37 7.312 2.193 0.365

Média 20 7.191 1.551 0.357

Cer v ical 14 7.270 1.955 0.542

Um a probabilidade de 98% foi obt ida in t he one- w ay Anov a

dem onst r ando que não houve difer enças est at ist icam ent e

significant es na espessur a da cam ada aprism át ica ent r e o t er ço

oclusal, m édio e cer v ical de m olar es deciduais não

erupcionados. A m édia geral da espessur a da cam ada

apr ism át ica foi 7,257 m icrôm et r os.

* * *

4 .2 – Ult r a e st r u t u r a do e sm a lt e a pr ism á t ico e m fissu r a s de m ola r e s de cídu os e r u pcion a ldos

As t r ês r egiões: super ior , m édia e inferior da par ede da fissur a oclusal

(31)

const it uído por crist ais de hidr oxiapat it a par alelos ent re si e

per pendicular es a super fície ext er na, for m ando um nít ido degr au com o

esm alt e prism át ico ( r espect ivam ent e, Figs. 1, 2, 3 / Pu blica çã o I I ) .

Um a cam ada cont ínua e unifor m e de cam ada apr ism át ica t am bém foi

obser vada no fundo da fissur a ( Fig. 4 / Pu blica çã o I I ) . A est r ut ur a

dessa cam ada é sem elhant e aquela encont r ada nas r egiões super ior ,

m édia e inferior.

A Tabela 1 m ost r a ( M) as m édias em m icrôm et r os, freqüência e

localização da cam ada de esm alt e apr ism át ico da fissur a de

t odos os dent es analisados.

M Fr eqüência Localização

Região Super ior 5,03 X V - L

Região Média 5,03 X V – L

Região I nfer ior 5,10 X V – L

Fundo da Fissura 5,46 X F

X: I ndica a per m anência const ant e

V – L: I ndica faces vest ibular e lingual do int er ior da fissur a

F: I ndica o fundo ( base) da fissur a

A análise est at íst ica dos dados obt idos at ravés da aplicação do t est t

st udent , dem onst r ou não hav er diferença est at ist icam ent e significant e

quando da com par ação ent r e as m édias das r egiões super ior e m édia

(32)

Ent r et ant o a com paração da região do fundo da fissur a com as regiões

Super ior ( RF x RS, t = 0,416) ; Média ( RF x RM, t = 0,473) e I nfer ior

( RF x RI , t = 0,616) , m ost r ou- se est at ist icam ent e significant e par a P <

2% .

Todas as m edidas r ealizadas est ão discr im inadas nas diversas t abelas

const ant es do t r abalho or iginal.

* * *

4 .3 - Obse r va çõe s do e sm a lt e a pr ism á t ico de t e r ce ir os m ola r e s n ã o e r u pcion a dos a o m icr oscópio e le t r ôn ico de v a r r e du r a a n t e s e a pós a con dicion a m e n t o á cid o

A cam ada apr ism át ica dos t er ços oclusal, v est ibular e lingual dos

t erceiros m olares decíduos super ior es e inferiores car act eriza- se por

apr esent ar super fície lisa com ondulações ent rem eando- se com

pequenas depr essões ( Fig. 1 / Pu blica çã o I I I ) .

O condicionam ent o ácido r ealizado com ácido or fosfórico a 37% dur ant e

60 segundos, prov oca a form ação de difer ent es cavidades. A Figur a 3 /

Pu blica çã o I I I , r ev ela a form ação de v árias depressões ou cav idades localizadas sobre a superfície do esm alt e.

Os efeit os do condicionam ent o ácido difer em de região par a r egião,

podendo- se not ar além de pequenas r anhuras for m adas na super fície,

depr essões ou cavidades ir r egulares espalhadas em t oda a ext ensão da

superfície do esm alt e. Elet rom icrografias de m aior aum ent o, dem ost r am

(33)

par alela de crist ais e, at é cer t o pont o, m ost r am a super fície do pr ism a

de esm alt e. ( Fig. 5 / Pu blica çã o I I I ) .

As r anhur as for m adas em t oda a ext ensão do esm alt e, às vezes,

apr esent am t am anhos sem elhant es ( Fig. 6 / Pu blica çã o I I I ) . Sua

super fície é form ada pela cam ada de esm alt e, evidenciando a por ção

super ficial de algum as ár eas de pr ism a de esm alt e e sulcos profundos

bem nít idos e bem delim it ados. ( Fig. 7/ Pu blica çã o I I I ) .

Dependendo da por osidade do esm alt e super ficial, o condicionam ent o

ácido pode form ar im agens difer ent es, ou sej a, cavidades localizadas e

profundas, t endo ext ensas ár eas de esm alt e apr ism át ico int act o. No

int erior dest as cavidades pode- se not ar a pr esença de num er osos

pr ism as de esm alt e dispost os paralelam ent e. ( Fig. 8 / Pu blica çã o I I I ) .

* * *

4 .4 - Obse r v a çõe s a o m icr oscópio de v a r r e du r a do e sm a lt e con dicion a do de m ola r e s de cídu os n ã o e r u pcion a dos.

Obser v ações ao m icroscópio elet r ônico de var redur a da r egião vest ibular

de m olar es decíduos não er upcionados m ost r ou um a super fície

apr esent ando algum as depr essões ar r edondadas. ( Fig. 1/ Pu blica çã o

I V ) .

O condicionam ent o ácido das superfícies do esm alt e ut ilizando ácido

fosfórico a 35% em difer ent es t em pos ( 15, 30 ou 45 segundos)

prom ov e um v ariável padrão de dissolução. Baseado na classificação

descrit a por SI LVERSTONE et al52 ( 1975) , dois t ipos de efeit os foram

(34)

Após 15 segundos de condicionam ent o, o padr ão t ipo I I foi m ais

prevalent e ( Fig. 2 / Pu blica çã o I V) . Em m aior aum ent o, a im agem ao

m icr oscópio elet r ônico de v ar r edur a m ost r ou det alhes dos cent ros dos

prism as int act os e per da na sua per iferia. ( Fig. 3 / Pu blica çã o I V ) .

Em um a vist a geral, a superfície do esm alt e condicionada por 30

segundos m ost rou um padr ão t ipo I , que t inha essencialm ent e perdido

os cent ros dos prism as, car act eríst icas bem not adas em algum as ár eas.

( Fig. 4 / Pu blica çã o I V ) . Em ár eas adj acent es, o padr ão t ipo I I foi

encont r ado com o esm alt e int er pr ism át ico condicionado.

A superfície v est ibular condicionada por 45 segundos r ev elou

pr edom inant em ent e o padr ão Tipo I I com dissolução da subst ância

int erprism át ica ( Fig. 6 / Pu blica çã o I V ) . Em m aior aum ent o, com o na

Fig. 7, caract eríst icas est r ut ur ais do padr ão do t ipo I I são nit idam ent e

obser vadas.

* * *

4 .5 – Asp e ct os t r idim e n sion a is do e sm a lt e con dicion a do de d e n t e s de cídu os n ã o e r u pcion a dos.

A superfície v est ibular de dent es decíduos ant er ior es não er upcionados

( Fig. 1A / Pu blica çã o V) m ost r ou um aspect o car act er íst ico de esm alt e

liso ( zona apr ism át ica) com depr essões circular es de pr ofundidades

v ar iáveis. O condicionam ent o ácido de super fícies de esm alt e usando

ácido fosfór ico a 35% por difer ent es t em pos exibiu padr ões de

(35)

A ex posição ao ácido por 15 segundos causou clar as m odificações na

r egião ex t er na, incluindo um a am pla per da super ficial da espessur a do

esm alt e ( Fig. 1B / Pu blica çã o V ) . Os aspect os de dissolução t ipo I I I

( SI LVERSTONE et al52, 1975) for am m ost r ado t ant o no condicionam ent o

do esm alt e apr ism át ico ou pr efer encialm ent e per da do esm alt e

prism át ico ou int er pr ism át ico ( Figs. 1B e 1C / Pu blica çã o V ) . Em m aior

aum ent o, det alhes da dist ribuição aleat ór ia do padrão t ipo I I I após 15

segundos de condicionam ent o ácido são m ost r ados na Fig. 1D /

Pu blica çã o V .

Um a m or fologia t r idim ensional foi t am bém pr oduzida pelo

condicionam ent o ácido de 30 segundos. O Padr ão t ipo I ( SI LVERSTONE

et al, 1975) m ost r ando um a dissolução dos cent ro dos pr ism a,

predom inou em algum as ár eas ( Fig. 2A / Pu blica çã o V ) . O padr ão t ipo

I I , com esm alt e int er prism át ico predom inant em ent e condicionado, foi

encont r ado em out r as r egiões ( Fig. 2B / Pu blica çã o V ) , enquant o o

padr ão t ipo I I I foi r ar am ent e encont rado.

A super fície v est ibular do esm alt e condicionado por 45 segundos

m ost r ou aspect os v ariados com o áreas aprism át icas, perda prefer encial

de prism as com m aiores diâm et ros côncav os ( Fig. 2C / Pu blica çã o V ) ,

ou dissolução pr edom inant em ent e na est rut ur a int erpr ism át ica ( Fig. 2D

/ Pu blica çã o V) .

* * *

(36)

As im agens t r idim ensionais ao m icroscópio elet r ônico de var r edur a

dem onst r am que independent em ent e da concent r ação e do t em po de

aplicação do agent e condicionador, houve form ação de inúm er as

m icr opor osidades sobr e a super fície vest ibular do esm alt e de pr

é-m olares hué-m anos hígidos, coé-m padr ões de dissolução var iáv el no

esm alt e.

Quando ut ilizou- se o ácido fosfórico t ant o a 10% com o a 32% dur ant e

15 segundos, obt ev e- se um padr ão de condicionam ent o t ipo I I I de

( SI LVERSTONE et al ( 1975) , sendo est e m ais evident e quando ut iliza- se

a concent r ação de 32% ( Figuras 1 e 2 / Pu blica çã o V I ) .

Aum ent ando- se o t em po de condicionam ent o par a 30 segundos, em

am bas as concent r ações, obser vou- se padr ão de condicionam ent o ácido

t ipo I de SI LVERSTONE et al52 ( 1975) , com pr edom inância de dissolução

pr ism át ica, not ando- se que a ação do ácido foi m ais evident e quando a

concent ração de 32% foi ut ilizada ( Figur as 3 e 4 / Pu blica çã o V I ) .

Quando o esm alt e dent al foi condicionado por 60 segundos, obser vou- se

um a pr edom inância do padr ão t ipo I de SI LVERSTONE et al ( 1975) .

Novam ent e quando ut ilizou- se a concent ração m aior ( 32% ) , as

m icr opor osidades apr esent ar am - se m ais pr ofundas ( Figur as 5 e 6 /

Pu blica çã o V I ) .

* * *

(37)

A análise das elet r om icrogr afias obt idas ao m icr oscópio elet r ônico de

var r edur a dem onst r ou que o ácido fosfór ico, t ant o na concent r ação de

10% com o na de 35% , pr om oveu a for m ação de m icr opor osidades nos

esm alt es de dent es decíduos com padr ões var iados de condicionam ent o

( Tipo I , I I ou I I I de SI LVERSTONE et al52 1975) , independent e do t em po

de aplicação ( 7, 15, 30 ou 45 segundos) .

Quando se ut ilizou o ácido fosfórico a 10% dur ant e 7 ou 30 segundos ou

em concent ração de 35% dur ant e 45 segundos, obser v am os um padrão

de condicionam ent o ácido t ipo I I , com dissolução pr efer encial do

esm alt e int er pr ism át ico ( Figur as 1, 3 e 8 / Pu blica çã o V I I ) . A aplicação

do ácido fosfórico a 10% dur ant e 15 segundos pr om ov em a form ação do

padr ão t ipo I I I de condicionam ent o do esm alt e, com dissolução do

esm alt e pr ism át ico ou int erpr ism át ico ( Figur a 2 / Pu blica çã o V I I ) .

Já o padr ão t ipo I de condicionam ent o, com pr edom inância da

dissolução prism át ica do esm alt e, foi obser vada quando se aplicou o

ácido fosfór ico a 10% dur ant e 45 segundos e o ácido fosfórico a 35%

dur ant e 7, 15 ou 30 segundos ( Figur as 4, 5, 6 e 7 / Pu blica çã o VI I ) .

Quant o m aior a concent ração e o t em po de aplicação do condicionador

ácido m ais evident es t or nam - se os padr ões do esm alt e de m olar es

decíduos.

* * *

(38)

A análise das elet r om icrogr afias obt idas ao m icr oscópio elet r ônico de

v ar r edura dem onst r ou a for m ação de m icropor osidades nas super fícies

v est ibular es do esm alt e de m olares decíduos em t odos os gr upos

experim ent ais. I ndicando assim a ocor r ência de desm ineralização das

superfícies analisadas.

Nas am ost r as per t encent es aos gr upos 1, 2 e 3, que r eceber am

aplicação de ácido fosfórico a 35% , por 7, 15 e 30 segundos

r espect ivam ent e, foi obser vado o padr ão t ipo I de SI LVERSTONE et al52.

( 1975) com o o m ais pr evalent e, r ev elando a dissolução pr efer encial do

cent r o dos pr ism as do esm alt e, m ant endo int act o a per iferia dos

m esm os ( Figura 1 / Pu blica çã o V I I I ) . Diferindo das am ost r as do gr upo

4 ( ácido fosfórico 35% - 45 segundos) , em que se not ou predom inância

da dissolução pr efer encial da per ifer ia dos pr ism as do esm alt e,

per m anecendo int act a sua por ção cent r al, e assim car act er izando o

padr ão t ipo I I de SI LVERSTONE et al52. ( Figur a 2 / Pu blica çã o V I I I ) .

Nas am ost r as exper im ent ais per t encent es ao gr upo 5, 6 e 7, t r at adas

com ácido m aléico a 10% , pode- se const at ar que conform e aum ent av a

o t em po de condicionam ent o ácido das superfícies t r at adas, ( 7, 15 e 30s

a pr ofundidade da desm ineralização do esm alt e dent ár io t am bém

aum ent av a, por ém não sendo suficient e par a classificá- las de acordo

com os padr ões de t ipo I , I I ou I I I ( Figur a 3 / Pu blica çã o V I I I ) .

Som ent e nas am ost r as que receber am a aplicação do ácido m aléico a

10% , por 45 segundos ( gr upo 8) , foi possível obser var a for m ação m ais

pr ev alent e do padr ão de condicionam ent o ácido t ipo I I de SI LVERSTONE

et al52. ( Figur a 4 / Pu blica çã o V I I I ) .

* * *

(39)

4 .9 - Efe it o de con dicion a dor n ã o la v á v e l n o e sm a lt e de de n t e s de cídu os

As elet r om icrografias r ev elaram que am bos os agent es ( ácido fosfór ico a

36% e NRC) ( Condicionador não lavável Dent sply) criar am

m icr opor osidades na super fície de esm alt e dos dent es decíduos.

Ent r et ant o, um a m arcant e difer ença pode ser observ ada quando da

ut ilização do ácido fosfórico a 36% .

A Figur a 1 / Pu blica çã o I X , m ost r a em difer ent es gr aus de det alhes, o

esm alt e condicionado com ácido fosfór ico a 36% por 20 segundos, onde

indicando um a dissolução pr efer encial do cent r o do pr ism a de esm alt e,

car act erizado pelo padrão t ipo I .

O condicionam ent o ácido da super fície do esm alt e pelo NRC por 20

segundos causou a form ação de m icropor osidades com preferencial

r em oção do m at er ial per iférico do prism a, caract erizando o t ipo I I de

padr ão, com o é vist o na Figur a 2 / Pu blica çã o I X , em duas difer ent es

am pliações de elet r om icr ogr afias.

Em algum as am ost r as a aplicação do agent e condicionador não lavável

( NRC) criou um padr ão de condicionam ent o indefinido, com o pode ser

obser v ado na Figur a 3 / Pu blica çã o I X .

* * *

(40)

A área condicionada das super fícies vest ibulares das cor oas dent árias

m ost r ou- se com o um a superfície opaca clar am ent e dist inguível do

esm alt e liso cir cundant e não condicionado em t odos os espécim es,

m esm o quando exam inados em pequenos aum ent os. ( Figura 1 /

Pu blica çã o X ) .

A pesquisa av aliou t r ês diferent es condicionadores ácidos, a saber: ácido

fosfórico à 37% , condicionador não lav ável ( NRC) e “ Clear fil SE Bond

( CSEB) .

Os espécim es condicionados com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos

r ev elar am um a clara difer ença ent re a área t r at ada e o esm alt e int act o

circundant e. Em bor a m uit as r egiões apresent em a superfície do esm alt e

com difer ent es aspect os, o m ais com um foi a r em oção do cent r o dos

pr ism as. Por t ant o, as r egiões pr ism át icas per ifér icas apar eceram m ais

proem inent es, enquant o as r egiões cent r ais dos prism as ficar am

côncavas. ( Figura 2 / Pu blica çã o X ) .

Em out r as ár eas m enor es, as per ifer ias dos pr ism as foram rem ov idas, e

for am visualizadas com o sulcos cir cundando as pr oem inent es par t es

cent r ais dos pr ism as.

Nos espécim es condicionados com NCR por 20 segundos, a super fície

ex t er na do esm alt e ex ibiu um a profundidade m enor do que com ácido

fosfórico. O padr ão de condicionam ent o pr edom inant e obser vado nest e

gr upo foi a r em oção da per ifer ia do pr ism a o que r esult ou um a

pr oem inência dos cent r os dos pr ism as ( Figur a 3 / Pu b lica çã o X ) .

Em bor a a ár ea condicionada fosse dist inguível quando os espécim es

(41)

pequenos aum ent os, ficou clar o que o efeit o condicionador na super fície

ext er na do esm alt e foi m uit o pequeno. Mesm o assim , o exam e em

aum ent os m aior es foi incapaz de ident ificar crist ais de esm alt e expost os

e por t ant o a superfície do esm alt e condicionado per m aneceu lisa. O lev e

efeit o desm iner alizant e dest e agent e condicionant e apenas per m it iu o

discer nim ent o do cont or no dos cent r os dos pr ism as e das suas

periferias, que j unt os exibir am um a aparência de “ buraco de fechadura” .

( Figur a 4 / Pu blica çã o X ) .

* * *

4 .1 1 - A in t e r fa ce se la n t e - e sm a lt e e m fissu r a s de pr é - m ola r e s e m pr e ga n do a t é cn ica in v a siv a : e st u do a o m icr oscópio e le t r ôn ico d e va r r e du r a

As fissuras cor onár ias oclusais v ar iam na sua anat om ia geom ét r ica, m as

preferencialm ent e rasa e na for m a de V ou est r eit a, pr ofunda e com

t érm ino bulboso. Quando com cárie o seu pr eparo com t écnica invasiv a

par a facilit ar seu adequado pr eenchim ent o com selant e é de uso

fr eqüent e e m ereceu av aliação de alt a r esolução m icr oscópica.

Nos dent es frat ur ados longit udinalm ent e, obser vados ao m icroscópio

elet r ônico de var redur a, not ou- se que a super fície da fissur a evidenciou

a adapt ação do selant e na int er face com o esm alt e ( Figur a 1 /

Pu blica çã o X I ) .

Em m aior aum ent o, pode- se observar que a super fície do selant e

fr at urado m ost r a sulcos longit udinais com pequenos gr ânulos

(42)

Na super fície da r egião cavo- super ior, not a- se a for m ação de proj eções

r esinosas do selant e com for m as cônicas de bases alargadas e out r as

proj eções m enor es que confer em um aspect o ir regular às ár eas

adj acent es. ( Figur a 3) .

A r egião superior da fissura nas am ost ras de selant e r ev ela

m icr opr oj eções r esinosas de for m as cônicas e cr at er as. ( Figur a 4 /

Pu blica çã o X I ) .

Quando se obser v a a r egião m édia da fissura, not a- se a disposição

par alela dos pr ism as de esm alt e e as m icr opr oj eções resinosas e as

par t ículas inorgânicas do selant e ader idas a super fície do esm alt e.

( Figur a 5 / Pu blica çã o X I ) .

Na r egião inferior das am ost r as do selant e, ver ificou- se a pr esença de

num er osas pr oj eções r esinosas de t am anhos v ar iáveis. A disposição

t r idim ensional dessas pr oj eções m ost ra que elas são dist ribuídas em

várias orient ações, não apresent ando, port ant o um arranj o t ípico.

( Figur a 6 / Pu blica çã o X I ) . Em peças fr at ur adas, m ant eve- se a

adapt ação do selant e j unt o à super fície do esm alt e, com nít ida for m ação

de pequenas pr oj eções r esinosas. ( Figur a 7 / Pu blica çã o X I ) .

A r egião do fundo rev ela um a super fície ir regular , cont endo num er osas

proj eções r esinosas de defer ent es t am anhos, not adam ent e quando é

observada a am ost ra isolada do selant e ( Figura 8 / Pu blica çã o X I ) .

Os r esult ados obt idos pela m ensur ação das pr oj eções do selant e após a

(43)

Tabela 1 – Núm er o de am ost ras, m édia, desvio padr ão e er r o padr ão do

com pr im ent o das pr oj eções do selant e na fissur a de

pré-m olar do gr upo da t écnica inv asiva nas r egiões

cavo-super ficial ( I RCS) , Super ior ( I RS) , m édia ( I RM) , I nfer ior

( I RI ) e do fundo ( I RF) .

Font es de

Var iações/ r egiões

Am ost r a Média ( m icr ôm et r os)

Desvio padr ão

Err o padr ão

I RCS 7 4,239 1,60 0,608

I RS 15 8,012 2,342 0,605

I RM 31 11,587 3,196 0,574

I RI 9 7,457 1,197 0,399

I RF 7 13,953 3,181 1,202

Na com par ação das m édias de cada um a das cinco r egiões est udadas

nesse grupo da t écnica inv asiv a, obser v a- se o v alor de F = 18,13, o

qual r ev ela um a difer ença est at ist icam ent e significant e ( p= 0,0001) no

nível de pr obabilidade de 5% .

A análise de v ariância m ost r ou hav er difer enças est at ist icam ent e

significant es das pr oj eções r esinosas quando se com par ou a m édia, em

m icr ôm et ros, das pr oj eções da r egião cav o- super ficial ( 4,239 ± 0,399) , com as m édias das r egiões superior ( 8,012 ± 0,605) , m édia ( 11,587 ± 0,574) , inferior ( 7,457 ± 0,399) e do fundo ( 13,953 ± 1,202) .

Quando se com par ou os r esult ados da região super ior com as da infer ior

não houve difer enças significat ivas. Ent r et ant o, houve difer enças

significant es dos result ados ent r e as difer ent es regiões da fissura:

(44)

0,399) e do fundo ( 13,953 ± 1,202) e r egião inferior ( 7,457 ± 0,399) com fundo ( 13,953 ± 1,202) .

* * *

4 .1 2 - Com pa r a çã o da pe n e t r a çã o da s pr oj e çõe s r e sin osa s de se la n t e se m ca r g a e com ca r ga . Est u do a o m icr oscópio e le t r ôn ico d e va r r e du r a .

Foi avaliada com parat iv am ent e a eficiência na penet r ação no esm alt e

condicionado de um selant e sem carga ( m ais fluido) com um selant e

com car ga ( m ais viscoso) .

No gr upo 1 ( selant e sem carga Delt on) e no gr upo 2 ( selant e com carga

Sealit e) a r egião superior r ev elou pr oj eções resinosas de for m a cônica e

de difer ent es t am anhos. ( Figuras 1 e 2 / Pu blica çã o X I I ) .

As proj eções r esinosas, em bor a cont inuem sem pre present es, j á

apr esent am form as var iáv eis t ant o na r egião m édia com o na infer ior

( Figur as 3, 4, 5 e 6 / Pu blica çã o X I I ) , sendo que a única difer ença

const at ada foi no com pr im ent o das m esm as.

A r egião do fundo da fissura sem pre apresent ou ausência de proj eções

na sua superfície ( Figur as 7 e 8 / Pu blica çã o X I I ) .

No gr upo 1 ( selant e “ sem carga” – SC) , as m edidas em m icr ôm et ros das

pr oj eções do selant e subm et idas à análise de v ar iância m ost r ou hav er

difer enças est at íst icas alt am ent e significant e quando com par ada a

(45)

e inferior ( 7,487 ± 0,425) ou a r egião m édia ( 8,638 ± 0,358 m icr ôm et ros) com a infer ior ( 7,487 ± 0,425) .

Nest e gr upo 1 em nenhum a das am ost r as o selant e at ingiu o fundo da

fissur a, sendo, por t ant o, desconsider ada est a r egião.

No gr upo 2 ( selant e “ com car ga” – cc) , a análise de v ar iância

dem onst r ou não haver diferenças est at ist icam ent e significant es quando

com par ada a r egião super ior ( 8,104 ± 0,875 m icrôm et r os) com as r egiões m édia ( 8,052 ± 2,820 m icr ôm et r os) e inferior ( 6,800 ± 0,537 m icr ôm et ros) ; ou a r egião m édia ( 8,052 ± 2,820 m icrôm et r os) com a inferior ( 6,800 ± 0,537 m icr ôm et ros) .

Tam bém nest e grupo 2, em nenhum a das am ost r as o selant e at ingiu o

fundo da fissur a, sendo por t ant o, desconsider ada a região.

Selant e sem carga ( SC) x selant e com carga ( CC)

A com par ação dos dados ent re os gr upos do selant e sem car ga ( SC) e

do selant e com carga ( CC) encont r a- se nas Tabelas 1 e 4 e, de for m a

agr egada, na Tabela 5. A análise est at íst ica est á na Tabela 6.

Quando da com par ação das m édias em m icrôm et r os das r egiões do

selant e “ sem car ga” ( SC) com as m édias das regiões do selant e “ com

car ga” ( CC) , respeit adas as m esm as r egiões par a am bos os gr upos,

obt ivem os os seguint es result ados: na r egião super ior ( S) , é alt am ent e

significant e a diferença ent r e as m édias obt idas com o gr upo do selant e

(46)

Quando da r egião m édia ( M) do selant e “ sem car ga” ( SCM) ( 8,638 ± 0,358) foi com par ada com a r egião m édia do selant e com car ga ( CCM)

( 8,104 ± 0,875) , não se obser v ou um v alor est at ist icam ent e significant e.

A com par ação de m édias da região infer ior ( I ) obt idas com o selant e

sem car ga ( SCI ) ( 7,487 ± 0,425) e do selant e com car ga ( CCI ) ( 6,800 ± 0,537) foi est at ist icam ent e significant e. Na r egião do fundo da fissur a,

houv e ausência de proj eções em am bos os gr upos e, por t ant o, inexist e

com par ação de dados.

* * *

4 .1 3 - Av a lia çã o clín ica com pa r a t iv a de v in t e e qu a t r o m e se s do Flu or sh ie ld e do V it r e m e r u t iliz a dos com o se la n t e s de fossa s e fissu r a s.

A face oclusal de 46 pr é- m olar es inferior es ou super ior es, após

condicionam ent o ácido com ácido fosfórico a 37% por 60 segundos,

foram selados com Fluor shield ou Vit rem er.

Após seis, doze e v int e e quat ro m eses, os pacient es for am cham ados

par a av aliação quant o a ret enção dos selant es e à presença de cárie.

Não houv e per da da am ost r a, ist o é, 100% dos pacient es ret ornar am

par a avaliação.

Aos seis m eses iniciais, obt iv em os os r esult ados que podem ser

obser vados na Tabela 3. Verificou- se que houve 100% de r et enção t ot al

par a o m at erial Fluor shield, não hav endo, por t ant o, nenhum caso de

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