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Adaptação cultural e validação do instrumento Diabetes - 39 (D-39): versão para brasileiros com diabetes mellitus tipo 2 - fase 1.

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ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALI DAÇÃO DO I NSTRUMENTO DI ABETES - 3 9 ( D- 3 9 ) :

VERSÃO PARA BRASI LEI ROS COM DI ABETES MELLI TUS TI PO 2 - FASE1 ¹

Fláv ia Alline de Queir oz² Ana Em ilia Pace³ Claudia Benedit a dos Sant os4

Est e est u do t ev e com o obj et iv os adapt ar , cu lt u r alm en t e, par a o Br asil o “ Diabet es – 3 9 – D- 3 9 ” , t est ar a v alid ad e d a v er são ad ap t ad a, em u m a am ost r a d e p essoas com d iab et es m ellit u s t ip o 2 , e d escr ev er os part icipant es do est udo, segundo os escores obt idos por m eio da aplicação da escala t ipo Likert . O processo de adapt ação do inst r um ent o seguiu as seguint es et apas: t r adução do inst r um ent o, obt enção do consenso em por t uguês, avaliação por um com it ê de j uízes, back- t r anslat ion, obt enção do consenso em inglês, com par ação das v er sões or igin ais e con sen so em in glês, an álise sem ân t ica e pr é- t est e das v er sões em por t u gu ês. Os r esu lt ad os m ost r ar am q u e o in st r u m en t o, em su a p r im eir a f ase d e ad ap t ação cu lt u r al p ar a o p or t u g u ês, apr esent ou índices elev ados de consist ência int er na dos seus it ens.

DESCRI TORES: qualidade de v ida; diabet es m ellit us t ipo 2; est udos de v alidação

CROSS-CULTURAL ADAPTATI ON AND VALI DATI ON OF THE I NSTRUMENT DI ABETES - 3 9

( D-3 9 ) : BRAZI LI AN VERSI ON FOR TYPE 2 DI ABETES MELLI TUS PATI ENTS - STAGE 1

The st udy aim ed t o accom plish a cross- cult ural adapt at ion of t he " Diabet es - 39 - D- 39" inst rum ent for Brazil, t o t est t he validit y of t he adapt ed version in a sam ple of t ype 2 diabet es m ellit us pat ient s and t o describe t he part icipant s of t he st udy, according t o t he scores obt ained on t he Likert - t ype scale. The inst rum ent adapt at ion process followed several st eps: inst rum ent t ranslat ion; achievem ent of t he consensus in Port uguese; evaluat ion by an expert com m it t ee; back- t ranslat ion; achievem ent of t he consensus in English; com parison of t he original and consensus v er sions in English; sem ant ic analy sis and pr e- t est of t he Por t uguese v er sion. Result s show ed t h at t h e in st r u m en t it em s, in t h e f ir st st age of cu lt u r al adapt at ion t o Por t u gu ese, pr esen t ed h igh in t er n al con sist en cy lev els.

DESCRI PTORS: qualit y of life; diabet es m ellit us, t y pe 2; v alidat ion st udies

ADAPTACI ÓN CULTURAL Y VALI DACI ÓN DEL I NSTRUMENTO DI ABETES - 3 9 ( D-3 9 ) :

VERSI ÓN PARA BRASI LEÑOS CON DI ABETES MELLI TUS TI PO 2 - FASE 1

Est e est udio t uvo com o obj et ivos adapt ar, cult uralm ent e, para el Brasil el “ Diabet es – 39 – D- 39” , com probar la v alidez de la v er sión adapt ada, en una m uest r a de per sonas con diabet es m ellit us t ipo 2, y descr ibir los par t icipant es del est udio, según los punt aj es obt enidos por m edio de la aplicación de la escala t ipo Liker t . El pr oceso de adapt ación del inst r um ent o siguió las siguient es et apas: t r aducción del inst r um ent o, obt ención del con sen so en p or t u gu és, ev alu ación p or u n com it é d e j u eces, b ack - t r an slat ion , ob t en ción d el con sen so en inglés, com paración de las versiones originales y consenso en inglés, análisis sem ánt ica y prueba pilot o de las v er sion es en p or t u g u és. Los r esu lt ad os m ost r ar on q u e el in st r u m en t o, en su p r im er a f ase d e ad ap t ación cult ur al par a el por t ugués, pr esent ó índices elev ados de consist encia int er na de sus ít em s.

DESCRI PTORES: calidad de v ida; diabet es m ellit us t ipo 2; est udios de v alidación

(2)

I NTRODUÇÃO

O

d i a b e t e s m e l l i t u s ( D M) é u m g r u p o

h e t e r o g ê n e o d e d i st ú r b i o s m e t a b ó l i co s q u e apr esent am em com um a hiper glicem ia, r esult ant e de defeit os na ação e/ ou na secreção da insulina. A classificação at ual est á baseada em sua et iologia e, no pr esent e est udo, dest aca- se DM t ipo 2 que é a form a presente em 90- 95% dos casos e se caracteriza por defeit os na ação e na secreção da insulina. Sua im por t ância par a a saúde pública j ust ifica- se pelas cr escen t es t ax as de pr ev alên cia, pelo im pact o da m o r t a l i d a d e e d o s p r o b l e m a s d e sa ú d e q u e com prom et em a qualidade de vida ( QV) das pessoas

acom et idas e de seus fam iliares( 1).

O estudo da relação entre o m etabolism o da glicose alterado e a qualidade de vida ( TAPP) m ostrou gradual dim inuição da QV, por m eio das cat egor ias d e t o l e r â n ci a à g l i co se , D M r e ce n t e m e n t e diagnost icado e pr eviam ent e conhecido. Os aut or es m o st r a r a m q u e QV p o b r e p o d e a u m e n t a r a probabilidade de desenvolver DM t ipo 2, bem com o pode estar associada às opções de estilo de vida m enos

sau dáv eis( 2 ). Por ou t r o lado, o DM poder á cau sar

p o b r e QV d e v i d o a o a u m e n t o d e si n t o m a s d a hiperglicem ia e a out ras m orbidades relacionadas à

DM e à obesidade( 3).

A im port ância de um inst rum ent o específico para avaliar a QV das pessoas com DM reside no fato de esse t ipo de in st r u m en t o est ar dir ecion ado às ca r a ct e r íst i ca s m a i s r e l e v a n t e s d a d o e n ça , o u co n d i çã o e m e st u d o , b e m co m o d a s p e sso a s a co m e t i d a s, co n si d e r a n d o q u e m e d i d a s d e QV ofer ecem supor t e às est r at égias de int er v enção na

busca de m inim ização do im pacto do DM tipo 2( 4).

A q u alid ad e d e v id a r elacion ad a à saú d e ( QVRS) r ep r esen t a a i n t en ção d e q u an t i f i car as co n se q u ê n ci a s d e u m a e n f e r m i d a d e e se u s t r at am en t os, d e acor d o com a p er cep ção q u e as pessoas possuem sobr e a sua capacidade par a t er um a vida út il e para desenvolver suas capacidades. Sendo assim , sua m edição é subj etiva, j á que m uitas d as su as d i m en sões n ão p od em ser m ed i d as d e m an eir a f ísica d ir et a, e, t am b ém , p or n ão est ar relacionada t ant o com a visão que a pessoa t em do

im pacto da sua disfunção quanto da sua existência( 5).

Têm - se d esen v olv id o, at u alm en t e, m u it os in st r u m en t os p ar a av aliar a QVRS, b asead os em diferent es definições do conceit o. Em relação a isso, a proliferação de instrum entos da m edida reflete, em

p a r t e , cr e sce n t e n e ce ssi d a d e d e d e m o n st r a r a e f e t i v i d a d e d e u m cu i d a d o o u t r a t a m e n t o , a u m e n t a n d o , a ssi m , o co n se n so e m t o r n o d a necessidade de est abilizar os efeit os de um a dada doença ou t rat am ent o sobre a vida do pacient e, ou m esm o olhar além da doença, a fim de garantir visão m ais holíst ica do pacient e e incorporar a perspect iva

do pacient e nas int ervenções avaliadas( 6).

Em bor a ex ist a div er sidade de inst r um ent os dispon ív eis par a av aliar a QVRS das pessoas com DM, não se ident ificou, na lit er at ur a, est udos que d e scr e v e sse m a u t i l i za çã o d e i n st r u m e n t o s e m p o r t u g u ê s p a r a a v a l i a r a QVRS e q u e f o sse m e sp e cíf i co s p a r a p e sso a s b r a si l e i r a s co m D M, independent e do t ipo.

O D i a b e t e s- 3 9 ( D - 3 9 ) é u m a e sca l a m ult idim ensional, elaborada nos EUA, com post a por 3 9 it en s qu e av aliam a QVRS em r elação a cin co

dom ínios da vida do pacient e: ener gia e m obilidade

( 15 itens) , cont role do diabet es ( 12 itens) , ansiedade

e pr eocupação ( 4 it ens) , sobr ecar ga social ( 5 it ens) e f u n c i o n a m e n t o s e x u a l ( 3 i t e n s) . Ca d a i t e m é

calcu lad o a p ar t ir d a av aliação f eit a p elo p r óp r io pacient e com DM, com r elação à sua qualidade de vida, o quant o foi afet ada durant e o últ im o m ês por ação ou atividade que expressa cada item , colocando um “ X” em um a escala que se apresent a com o um a linha cont ínua, com m arcas vert icais que delim it am espaços nos quais se identifica os núm eros de 1 a 7, e m q u e , n a s e sca l a s d e v a l o r e s, o n ú m e r o 1 r epr esen t a a qu alidade de v ida n ada af et ada, em absoluto, e o núm ero 7, extrem am ente afetada. Para a av aliação d a con f iab ilid ad e d o in st r u m en t o, os

aut or es da escala( 6) ut ilizar am o coeficient e de alfa

de Cr onbach ( á) , v ar iando de 0, 81 a 0, 93, dent r o d as cin co d im en sões, con sid er an d o- se os v alor es aceit áveis m aiores ou iguais a 0,70.

Em 2006, o instrum ento D- 39 foi adaptado e validado para a cult ura do México em um a am ost ra d e 2 4 9 p a ci e n t e s, m o st r a n d o se r i n st r u m e n t o confiável e válido para m edir a qualidade de vida dos pacientes m exicanos com DM tipo 2 ( alfa de Cronbach

= 0,95 para o escore total)( 7).

(3)

D-39”, t est ar a confiabilidade e a v alidade da v er são

adaptada, em um a am ostra de pessoas com diabet es

m ellit us tipo 2, e descrever os participantes do estudo, segundo os escores obtidos por m eio da aplicação da escala t ipo Likert .

MÉTODO

O desenvolvim ent o dest e est udo foi iniciado após a aprovação do proj et o pelo Com it ê de Ét ica e Pesquisa da Faculdade de Medicina de Rio Pr et o -FAMERP, São José do Rio Pret o, SP.

O instrum ento utilizado foi o Diabetes- 39que,

no present e est udo, apresent a um a barra horizont al

div idida em caix as que cont êm em seu int er ior os núm eros de 1 a 7, substituindo a linha do instrum ento or iginal, sugest ão essa feit a pelos par t icipant es da p esq u isa e au t or izad a p r ev iam en t e p elo au t or d o in st r u m en t o( 6 ). Par a a an álise d as r esp ost as, f oi

consider ado o núm er o assinalado com um “ X” sem haver aproxim ações de 0,5 ponto ( para m ais ou para m enos, de 1 a 7) , caso a m arcação tocasse um a das b o r d a s d a ca i x a , d e f o r m a a si m p l i f i ca r a

classificação( 6). A som a das pont uações obt idas em

cada seção, a pont uação t ot al e as classificações de aut opercepção da qualidade de vida e da gravidade do diabet es foram t ransform adas em um a escala de 0 a 100 com o auxílio da aplicação da fórm ula que se se g u e , p a r a a su a t r a n sf o r m a çã o l i n e a r, n o s r espect iv os dom ín ios: ( cl assi f i cação b r u t a – v al o r

m ínim o) / ( valor m áxim o – valor m ínim o) X 100, essa

fór m ula independe de inst r um ent os, ela é genér ica para qualquer t ransform ação de valores que variem entre dois lim ites, inferior e superior, em escala m ínim o 0 % e m á x i m o 1 0 0 % . Esse a r t i f íci o f o i u t i l i za d o v isando som ent e facilit ar a com par ação de escor es dessa escala com qualquer out ra, desde que sej am am bas explicit adas ent re 0 e 100% .

P R O CED I M EN T O S P AR A AD AP T AÇÃO

CULTURAL

Obt eve- se a perm issão, inicialm ent e, para a ut ilização do D- 39. Descreve- se, a seguir, o processo de adaptação cultural do D- 39, utilizado neste estudo,

o qual segue a propost a apresent ada na lit erat ura( 8),

j unt am ent e com a m udança, na ordem das et apas,

propost a para essa adapt ação( 9- 10).

A av aliação pelo com it ê de j uízes ant es da

back- t ranslat ion perm ite a detecção de possíveis erros

ou pr oblem as de com pr eensão os quais podem ser

m odificados na versão t raduzida( 9- 10). A realização da

a n á l i se se m â n t i ca d e ca d a u m d o s i t e n s d o inst rum ent o, ant es da realização do pré- t est e, t eve com o obj etivo verificar a com preensibilidade de todos os it ens par a t odo o inst r um ent o por um gr upo de r e p r e se n t a n t e s d a p o p u l a çã o p a r a o q u a l o

inst rum ent o se dest ina( 9).

Tr a d u çã o d o i n st r u m e n t o D - 3 9 p a r a a l ín g u a por t uguesa

Foi realizada por duas brasileiras, um a com m ais de 20 anos de experiência em lecionar a língua inglesa, a outra com experiência enquanto enferm eira e professora de inglês em um a escola de línguas, por m ais de cin co an os. Essa et apa r esu lt ou em du as versões em português: denom inadas versão traduzida para o port uguês ( VTP) , respect ivam ent e, VTP - 1 e VTP - 2.

Ob t e n çã o d o p r i m e i r o co n se n so d a v e r sã o e m por t uguês

As versões traduzidas para o português foram co m p a r a d a s p e l o s p e sq u i sa d o r e s e n v o l v i d o s n o pr oj et o ( or ient anda e or ient ador a) e, dessa for m a, foi elaborada um a versão consensual, em port uguês, cham ada consenso das v er sões em por t uguês – 1 ( CVP – 1) .

Avaliação por um com it ê de especialist as

(4)

idiom át ica, cult ural e conceit ual dos it ens da versão traduzida ( CVP – 1) . Nessa etapa, foi distribuída um a cópia da versão original do inst rum ent o D- 39 ( VO) , j u n t a m e n t e co m su a r e sp e ct i v a t r a d u çã o e m port uguês ( CVP – 1) para cada m em bro do Ccm it ê. Em seguida, um a das pesquisador as lia a t r adução feit a, e os par t icipant es discut iam as equiv alências entre a versão inglesa e a versão traduzida para cada um dos 39 it ens do inst rum ent o. Quando algum dos part icipant es não concordava com a t radução, eram feitas sugestões para a m udança da redação do item , e a ap r ov ação d as m u d an ças ocor r ia q u an d o, n o m ín i m o , se i s p a r t i ci p a n t e s ( a ci m a d e 8 0 % ) concor dav am com a nov a pr opost a. Essa et apa foi co n cl u íd a o b t e n d o - se o co n se n so v e r sã o e m port uguês 2 ( CVP – 2) .

A r et r ot r adução (back - t r an slat ion) e o consenso da

versão em inglês

Fo r a m f e i t o s p o r d o i s t r a d u t o r e s

independent es, fluent es no idiom a inglês, resident es no Brasil, e que m oraram por vários anos nos Estados Un id os d a Am ér ica – EUA. Esses t r ad u t or es n ão t inham conhecim ent o dos obj et ivos do est udo e não conheciam a v er são or iginal do inst r um ent o. Cada um deles elaborou um a versão em inglês, denom inada v e r sã o e m i n g l ê s t r a d u t o r 1 e t r a d u t o r 2 , respect ivam ent e, VI - 1 e VI - 2. Foi feit a um a reunião entre a orientanda e os tradutores que não conheciam a versão do colega. A pesquisadora apresentou, então, os obj et ivos do est udo, a finalidade do inst rum ent o

D- 39( 6) e de sua aplicabilidade. Diante do exposto, as

d u as v er sões f or am av aliad as, e d ef in iu - se u m a versão final em inglês ( VI F) .

Com paração das versões original em inglês e a versão consenso em inglês

Após a definição da VI F, foi ent r egue um a cópia do inst r um ent o or iginal ( VO) a cada um dos t r adut or es, par a que fizessem com par ações com a VI F. Nesse m om en t o, cad a p ar t e d o in st r u m en t o ( instruções, itens e escala de respostas) foi lida, e as t r aduções feit as for am av aliadas, buscando aquela q u e er a m ais ad eq u ad a q u an t o às eq u iv alên cias conceit ual e cult ural. Aj ust es foram feit os quant o à r e d a çã o d e a l g u n s i t e n s n a v e r sã o i n g l e sa , necessit ando, ent ão, de reform ulações na versão em

port uguês CVP- 2, obt endo- se, assim , o consenso da versão em port uguês 3 ( CVP- 3) .

A versão final em inglês ( VI F) , do D- 39 foi com par ada com a v er são or igin al do in st r u m en t o ( l ín g u a i n g l e sa ) , v i sa n d o a v e r i f i ca çã o d a r e p l i ca b i l i d a d e d a e sca l a q u e e st a v a se n d o cult uralm ent e adapt ada. Após o cum prim ent o dessas etapas, encam inhou- se a respectiva versão em inglês

ao autor do instrum ento( 6), para que sugestões fossem

at ribuídas à nova versão do inst rum ent o. Após t rês d i a s, o a u t o r r e sp o n d e u q u e h a v i a r e v i sa d o cu i d a d o sa m en t e a b a ck - t r a n sl a t i o n, e q u e ca d a qu est ão lh e par ecer a r eflet ir o r eal sign ificado da versão original e, dessa form a, foi dada a perm issão para a cont inuidade dest e t rabalho.

Análise sem ânt ica dos it ens

Análise sem ânt ica obj et iv a a v er ificação de t od os os it en s d e u m in st r u m en t o q u an t o à su a com pr eensibilidade pelos m em br os da população à q u a l o i n st r u m e n t o se d e st i n a . Pa r a t a n t o , é recom endado que esse procedim ent o sej a realizado

em pequenos grupos de pessoas ( de três a quatro)( 9).

Tal an álise foi r ealizada com qu at r o pacien t es em seguim ent o na Unidade Básica de Saúde Anchiet a, visando a com preensão da redação dos 39 itens e de su as r esp o st as. Os p aci en t es f i zer am su g est õ es relacionadas às m udanças de palavras pouco usadas, em seus cot idianos, por out ras m ais coloquiais sem alterar, porém , os seus significados. Com isso, obteve-se a versão em port uguês conobteve-senso 4 ( CVP- 4) . Os pacien t es r elat ar am qu e as qu est ões são de f ácil ent endim ent o, enquant o, para a escala de respost a, todos eles afirm aram que as respostas são m ais fáceis de ser em at r ibu ídas por eles, qu an do as m esm as est iverem diret am ent e relacionadas aos núm eros que são m ost rados na escala, com o m ost ram as opções de 1 a 7. Dessa form a, optou- se por seguir a sugestão dos pacientes, ou sej a, as respostas com os núm eros com o eles se m ost ram , sem haver aproxim ações de 0 , 5 , d if er en t em en t e d e com o acon t ece n a escala original, pois caso o “ X” assinalado se aproxim e das m argens da caixa de respostas, atribui- se a pontuação ( - 0,5) à esquerda ou ( + 0,5) à direit a ao escore do it em . Essa form a de analisar os escores t am bém foi a d o t a d a p o r o u t r o s a u t o r e s( 7 ), n o e st u d o q u e

r eal i zar am d e ad ap t ação e v al i d ação d o m esm o

instrum ento D- 39, para pessoas com diabet es m ellit us

(5)

Análise das pr opr iedades psicom ét r icas

Análise da confiabilidade: foi analisada pela consistência interna dos itens de cada dom ínio do D-39, aplicando- se o alfa de Cronbach – valores m aiores

ou iguais a 0,70( 11- 12). O teste de correlação

produto-m oproduto-m ent o de Pear son foi ut ilizado par a acessar as intercorrelações entre cada item do D- 39 com o total da escala.

A n á l i s e d a v a l i d a d e : f o i co n si d e r a d a a

validade de const ruct o, no que se refere à validade conv er gent e e discr im inant e do inst r um ent o D- 39, m e d i a n t e o e st u d o d a co r r e l a çã o e n t r e i t e n s e d o m ín i o s, u t i l i za n d o se a a n á l i se m u l t i t r a ço -m ulti-m étodo. O progra-m a utilizado para essa finalidade

foi o Mult it rait Analysis Program ( MAP)( 13). A validade

discr im inant e t am bém foi av aliada descr it iv am ent e por m eio da com par ação ent r e os escor es obt idos par a os gr u pos de pessoas qu e f azem u so e n ão fazem uso de insulina.

Co l e t a d e d a d o s : a co l e t a d e d a d o s f o i r ealizad a d e acor d o com a r ot in a d o ser v iço, em hor ár io que ant ecede as consult as de enfer m agem e / o u m é d i ca s, e m sa l a p r i v a t i v a . As p e sso a s receberam , previam ent e, as inform ações necessárias e foi apresent ado o t erm o de consent im ent o livre e esclarecido ( TCLE) , sendo esse t erm o assinado pelo p a r t i ci p a n t e d a p e sq u i sa e p e sq u i sa d o r, a p ó s a concordância dos m esm os. Em seguida, aplicou- se o inst rum ent o D- 39 adapt ado.

A popu lação do est u do foi con st it u ída por p e sso a s co m d i a b e t e s m e l l i t u s t i p o 2 ( D M 2 ) , acom panhadas na Unidade Básica de Saúde Anchieta, em São José do Rio Preto, SP. Os critérios de inclusão foram : idade acim a de 30 anos, independent em ent e d o se x o e t r a t a m e n t o , a p r e se n t a r r a ci o cín i o preservado e sem lim it ações ou incapacidades para o p r een ch im en t o d o in st r u m en t o e con cor d ar em participar do estudo, nos horários que antecediam as consult as m édicas ou de enferm agem . A am ost ra foi com post a por 52 pessoas que com par ecer am par a consulta na unidade de saúde, no período de outubro de 2007 a j aneiro de 2008. Nest e est udo, os dados sociod em og r áf icos e clín icos f or am ob t id os p elos registros constantes na ficha do HI PERDI A ( adaptada) da pr ópr ia UBS An ch iet a e n o pr on t u ár io m édico, at r av és de in st r u m en t o específ ico, elabor ado pela pesqu isador a.

RESULTADOS

Após as sugest ões dos pacient es, t rês it ens sofreram m odificações, considerando que t odos eles

r efer ir am que g licose e açú car são com pr eendidos

da m esm a for m a, por t ant o, m ant ev e- se glicose; a

palavra provenient e tam bém não foi bem aceita pelos

r e sp o n d e n t e s, se n d o su b st i t u íd a p o r d e v i d o a o

diabet es; da m esm a form a com a palavra frequência,

que foi subst it uída por ...descansar v ár ias v ezes no

d ia.

Pr é- t est e d a v er são ad ap t ad a: o D- 3 9 , na sua versão final em português ( VFP) , foi subm etido a um pré- teste com quatro pacientes da população para a q u a l o i n st r u m e n t o f o i a d a p t a d o . Ap ó s o p r een ch im en t o d o in st r u m en t o, cad a p acien t e f oi q u e st i o n a d o so b r e a co m p r e e n si b i l i d a d e e a r elevância do D- 39. Nessa et apa, não se const at ou n en h u m p r ob lem a q u an t o ao p r een ch im en t o e à co m p r e e n sã o d o s i n st r u m e n t o s. Co m i sso , consider ou- se finalizada essa et apa, passando par a a etapa de validação prelim inar do instrum ento. Após o pr é- t est e, denom inou- se a v er são do D- 39 com o versão final em port uguês ( VFP) .

A versão em port uguês do Diabet es- 39 ( D-39 VFP) foi aplicada em um grupo de pacient es com DM- 2, no período de out ubro de 2007 a j aneiro de 2008. Cinquent a e dois par t icipant es at ender am os crit érios de inclusão, dos quais 18 ( 34,6% ) eram do sexo m asculino. A idade variou de 45 a 84 anos, com m édia de 62,8 ( DP= 8,6) anos e m ediana de 63 anos d e id ad e. Com r elação ao n ív el d e escolar id ad e, constatou- se baixa escolaridade ( 31/ 52; 59,6% ) , com en sin o fu n dam en t al in com plet o ou n ão sabe ler e escr ev er ou alfabet izado. Ao se analisar a dur ação da doença ent re os part icipant es, verificou- se m édia de 9,15 ( DP= 4,2) anos de convivência com a doença DM- 2, m ediana de 9 anos, sendo que o tem po m ínim o de doença obser v ado na am ost r a foi de 1 ano e o m áx im o d e 2 0 an os. Ob ser v ou - se p r ed om ín io d e m ulheres fazendo uso de insulina, 20 ( 68,9% ) dentre 29 usuárias. Com relação ao índice de m assa corporal ( I MC) da am ost ra est udada, oit o pacient es ( 15,38% ) e n co n t r a v a m - se n a f a i x a d e n o r m a l i d a d e , e 4 4 ( 84,6% ) foram classificados nas categorias sobrepeso e o b e si d a d e( 1 4 ). Os p a r t i ci p a n t e s d e st e e st u d o

(6)

sobrepeso e obesidade em grande part e da am ost ra ( 4 4 ; 8 4 , 6 % ) ; u su ár ios d e in su lin a t ot alizar am 2 9 part icipant es, dos quais 20 eram do sexo fem inino. Quan t o às com or bidades, encon t r ou - se ex pr essiv o núm ero de m ulheres hipert ensas ( 28; 82,3% ) . Perfil clínico esse que se assem elha àqueles relat ados no est udo de desenvolvim ent o da versão original do D-39(6).

Ho u v e v a r i a çã o e n t r e o s v a l o r e s d o coeficient e de cor r elação de Pear son de cada it em do D- 39 com o t ot al da escala ( 0,24 a 0,70) , o que n ão in t er f er iu , d e f or m a ex p r essiv a, n os v alor es obt idos do alfa de Cronbach, obt endo- se variação de 0,913 a 0,918.

Os result ados referent es aos dom ínios do D-39 est ão apresent ados na Tabela 1.

Tabela 1 - Est at íst ica descr it iva e confiabilidade dos dom ínios do D- 39 e do escor e t ot al par a a am ost ra est udada ( n= 52) . São José do Rio Pret o, SP, 2008

9 3 -D o d s o i n í m o

D Nºde tiens AfladeCronbach Intervalopossível Intervaloobitdo Mediana Média (DP)

s e t e b a i d o d e l o rt n o

C 12 0,85 12-84 14-77 51,5 48,8 (14,5)

o ã ç a p u c o e r p e e d a d e i s n

A 4 0,58 4-28 6-27 18 17,8 (5,2)

l a i c o s a g r a c e r b o

S 5 0,62 5-35 5-30 18,5 17,2 (6,5)

l a u x e s o t n e m a n o i c n u

F 3 0,83 3-21 3-21 13 12 (5,5)

e d a d il i b o m e a i g r e n

E 15 0,79 15-105 20-83 60 56,5 (15,3)

l a t o t e r o c s

E 39 0,92 39-273 49-217 163 152,5 (38,6)

Os valores do alfa de Cronbach variaram de

0,58 (ansiedade e pr eocupação) a 0,85 (cont r ole do

d i a b e t e s) , se n d o v a l o r e s a d e q u a d o s( 1 1 ) p a r a a

a v a l i a çã o d a co n si st ên ci a i n t er n a d o s i t en s n o s dom ínios. O escor e t ot al m ost r ou boa consist ência int erna com um alfa de Cronbach de 0,917.

Foi realizada a descrição da dist ribuição dos p ar t icip an t es seg u n d o r esp ost as ao in st r u m en t o,

obj etivando a verificação de existência de efeitos floor

( m ínim o) e ceiling ( m áxim o) . Esses efeitos não foram

verificados nos dom ínios do D- 39, pois cada dom ínio concent r ou m enos do que 1 5 % das r espost as nos e sco r e s m ín i m o e m á x i m o , d o s q u a i s se t e m a co n ce n t r a çã o d o s e sco r e s m e n o r e s e m a i o r e s,

respect ivam ent e: cont r ole do diabet es: 2,78 igual a

1 ( 1 , 9 % ) e 9 0 , 2 8 igu al a 1 ( 1 , 9 % ) ; an si ed ad e e

preocupação: 8,33 igual a 1 ( 1,9% ) e 95,83 igual a 2

( 3,8% ) ; sobrecarga social: 0 igual a 3 ( 5,8% ) e 83,33

igual a 1 ( 1,9% ) ; funcionam ent o sexual: 0 igual a 7

( 1 3 , 5 % ) e 1 0 0 , i g u a l a 3 ( 5 , 8 % ) ; e n e r g i a e

m obilidade: 56 igual a 1 ( 1,9% ) e 75,56 igual a 1

( 1,9% ) . A v alidade conv er gent e e discr im inant e do inst rum ent o foi acessada segundo análise m ult it raço-m ult iraço-m ét odo ( MTMM) , que ex araço-m ina as cor r elações ent r e it ens e dom ínios. A análise MTMM explor a as relações entre itens e dim ensões do instrum ento, por m eio da qu al ev iden cia a v alidade con v er gen t e e discrim inant e. É um m ét odo bast ant e út il quando o n ú m er o de it en s do in st r u m en t o é gr an de, o qu e im plica em núm ero considerável de correlações. Em

est udos iniciais de validação, a validade convergent e é satisfeita, se a correlação entre um item e o dom ínio ao qual pert ence for superior a 0,30 e, em est udos finais, super ior a 0, 40. A v alidade discr im inant e é satisfeita sem pre que a correlação entre um item e a dim ensão a qual ele hipoteticam ente pertence é m aior

do que sua correlação com as out ras dim ensões( 15).

Pa r a o t est e d e v a l i d a d e d e co n st r u ct o , observou- se a validade convergent e e discrim inant e, segundo análise m ult it r aço- m ult im ét odo, avaliando-se as correlações ent re o it em e a dim ensão a qual per t ence e ent r e o it em e a dim ensão a qual não pert ence. No caso em que a correlação ent re o it em e a dim ensão a qual per t ence apr esent ar um valor m aior do que a sua correlação com um a dim ensão a qual ele não per t ence ex ist e v alidade conv er gent e. No ca so e m q u e u m i t e m co r r e l a ci o n a - se m od er ad am en t e ( r e” 0 , 3 ) com a d im en são a q u al

pert ence há validade convergent e( 15).

Se g u n d o o p r o g r a m a MAP( 1 5 ), a s

(7)

correlação do item com a escala a que pertence m aior do que sua correlação com escala a que não pertence, v alor - 1 denot a cor r elação do it em com a escala a que per t ence m enor do que sua cor r elação com a

e sca l a à q u a l n ã o p e r t e n ce e v a l o r - 2 d e n o t a cor r elação d o it em com a escala a q u e p er t en ce significat ivam ent e m enor do que sua correlação com escala a que não pert ence.

Tabela 2 – Resultados da análise MAP para os escores do D- 39, versão para brasileiros. São José do Rio Preto, SP, 2008

Co n si d e r a n d o q u e , p a r a a v a l i d a d e discrim inant e, a concent ração das porcent agens das respostas deve estar na som a das escalas 1 e 2, tem -se : c o n t r o l e d o d i a b e t e s ( 8 5 , 4 % ) , a n s i e d a d e e p r e o cu p a çã o ( 8 1 , 2 % ) , so b r e ca r g a so ci a l ( 5 5 % ) ,

funcionam ent o sex ual ( 100% ) , ener gia e m obilidade

( 78,3% ) e par a o escor e t ot al ( 79,5% ) . Por t ant o,

t e m - se u m d o m ín i o p o u co d i scr i m i n a n t e p a r a

sob r ecar g a social.

O t est e U d e Man n - Wh i t n ey f o i ap l i cad o adicionalm ent e para a validação discrim inant e ent re os grupos que faziam ou não uso de insulina para o controle m etabólico do DM – 2. E o que foi observado é que pacient es que faziam uso de insulina t iveram

os valores de p estatisticam ente significantes ( p< 0,05)

para os dom ínios cont r ole do diabet es e sobr ecar ga

social. Com parando- se as m edianas de cada dom ínio, considerando os participantes que faziam e não faziam u so d e in su lin a, v er if ica- se q u e os g r u p os f or am

discr im inados em r elação aos dom ínios con t r ole do

d i a b et es e so b r eca r g a so ci a l, com os r esp ect iv os valores 56/ 47; 20/ 16.

DI SCUSSÃO

Est e est udo t eve com o finalidade realizar a a d a p t a çã o t r a n scu l t u r a l d e u m i n st r u m e n t o d e avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde

das pessoas com diabet es m ellit us tipo 2, considerando

a inexist ência de inst rum ent os elaborados, no Brasil, que se dest inassem a essa população, no cont ex t o da nossa cult ura.

s a l a c s E s o i n í m o D o d e l o r t n o C s e t e b a i d e e d a d e i s n A o ã ç a p u c o e r

p Sobrecargasocial

o t n e m a n o i c n u F l a u x e s e a i g r e n E e d a d il i b o

m Escoretotal

s n e t i e d º N s e t n a t s e r % s n e t i e d º N s e t n a t s e r % s n e t i e d º N s e t n a t s e r % s n e t i e d º N s e t n a t s e r % s n e t i e d º N s e t n a t s e r % s n e t i e d º N s e t n a t s e r % 2

- 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1,7 1 0,6

1

- 7 14,7 3 18,8 9 45 0 0 12 20 31 19,9

1 32 66,7 11 68,8 10 50 7 58,3 40 66,7 100 64,1

2 9 18,7 2 12,4 1 5 5 41,7 7 11,6 24 15,4

A am ostra foi constituída por 52 pessoas, com idade m édia de 62, 8 anos, pr edom inant em ent e do sex o fem inino, casadas ou v iv endo em com panhia dos filhos e com baixa escolaridade.

As e q u i v a l ê n ci a s se m â n t i ca , i d i o m á t i ca , conceit ual e cult ural do inst rum ent o foram avaliadas por u m com it ê de j u ízes, após a pr im eir a v er são t r ad u zi d a ( CVP – 1 ) . Esse com i t ê con t ou com a par t icipação de pr ofissionais de difer ent es ár eas da saúde, com dest acado conhecim ent o nas ár eas de d i a b e t e s e q u a l i d a d e d e v i d a e a d a p t a çã o d e inst rum ent os de avaliação, bem com o a part icipação de um a pessoa com DM 2, os quais contribuíram para a avaliação dos itens do D- 39 quanto à pertinência e com pr een são da r edação dos m esm os. Após essa avaliação da versão revisada, foram m odificadas as r e d a çõ e s d a s i n st r u çõ e s d o i n st r u m e n t o , pr incipalm ent e r efer ent es às opções que afet am a qualidade de vida da pessoa, assim com o o exem plo

ao qual fazia r efer ência - d u r an t e o m ês p assad o,

quant o sua qualidade de vida foi afet ada por: t er um v e íc u l o e f o i m o d i f i ca d o p a r a - d u r a n t e o m ê s p assad o, q u an t o su a q u alid ad e d e v id a f oi af et ad a p o r : t e r u m p r o b l e m a d e s a ú d e . As d e m a i s m odificações foram m ínim as e est ão relacionadas à colocação d e p r ep osições an t es d e cad a it em d o

inst rum ent o (por , pelo[ a]) .

(8)

D - 3 9 , e m i n g l ê s, a sse g u r a r a m q u e n ã o h o u v e a l t e r a çõ e s d e si g n i f i ca d o d o s i t e n s, o q u e f o i confirm ado pelo aut or do inst rum ent o.

A validade de const rut o foi avaliada at ravés d a v a l i d a d e co n v e r g e n t e , a q u a l f o i a ce ssa d a descr it iv am ent e, com par ando- se os escor es obt idos no D- 39 entre cada um dos itens com os respectivos escores dos dom ínios, de m odo a avaliar, neste estudo

inicial, se o item correlaciona m oderadam ente ( r ≥0,3)

co m o d o m ín i o a o q u a l p e r t e n ce . A v a l i d a d e discrim inante foi avaliada por m eio da correlação entre um item e a dim ensão à qual ele pertence, de m odo a checar se sua correlação com os dem ais dom ínios é m aior.

Par a a análise da consist ência int er na dos itens da versão adaptada, total e respectivos dom ínios, for am calculados os coeficient es alfa de Cr onbach, chegando- se, de m odo geral, a valores considerados adequados: alfa igual a 0,91 para a escala t ot al, e v ar iação en t r e 0 , 5 8 e 0 , 8 5 p ar a os d om ín ios. O

dom ínio que obt ev e o m enor v alor foi an siedade e

pr eocupação ( 0,58) , enquant o o dom ínio cont r ole do d iab et es, o m aior ( 0, 85) . Sabendo que v alor es do

alfa de Cronbach m enores que 0,70 podem prej udicar

a consistência interna do instrum ento( 11- 12),

esclarece-se que, nessa faesclarece-se inicial de adapt ação e validação d o i n st r u m en t o D - 3 9 , a a m o st r a se a p r esen t o u pequena par a a quant idade de it ens, necessit ando, port ant o, de núm ero m aior de respondent es.

A an álise da in t er cor r elação en t r e it en s e dom ínios do inst r um ent o m ost r ou, em sua m aior ia, correlações significat ivas e posit ivas, com valores de coeficiente de correlação fortes e m uito fortes para o

escore t ot al do inst rum ent o e de m edianos a fort es par a os r espect iv os dom ín ios. Hou v e ex ceções n a

cor r elação ent r e os dom ínios f u n cion am en t o sex u al

e a n si ed a d e e p r eo cu p a çã o q u e ap r esen t ar am os m enor es valor es de cor r elação ent r e eles, var iando d e 0 , 2 1 (a n s i e d a d e e p r e o c u p a ç ã o ) a 0 , 3 4 (sobr ecar ga social) .

CONCLUSÃO

O D- 39, originalm ent e na língua inglesa, foi traduzido para o português, seguindo todos os passos r e f e r i d o s n a m e t o d o l o g i a . D e a co r d o co m o s r e su l t a d o s, o b se r v o u - se q u e a s e q u i v a l ê n ci a s i d i o m á t i ca , se m â n t i ca , cu l t u r a l e co n ce i t u a l d o instrum ento original foram m antidas, da m esm a form a q u e as p r op r ied ad es d e v alid ad e e con f iab ilid ad e ( consist ência int erna) . Diant e dessas considerações, os result ados m ost ram que a versão adapt ada do D-39 para a cult ura brasileira poderá se const it uir em um inst rum ent o válido e confiável para se m ensurar QVRS de pessoas com DM 2.

Dian t e dessas con sider ações, r eit er a- se a i m p o r t â n ci a d e e st u d o s d e ssa n a t u r e za p o r co n t r i b u ír e m p a r a a co m p r e e n sã o d o s f a t o r e s en v olv id os com a q u alid ad e d e v id a n o con t ex t o cultural e de valores da pessoa e com a avaliação de u m a d et er m i n ad a si t u ação d e saú d e- d o en ça, d e a co r d o co m d i f e r e n t e s co m p o n e n t e s f ísi co s,

psicológicos, culturais e sociais( 16)

, contribuindo, dessa

form a, para a prát ica clínica da enferm agem .

REFERÊNCI AS

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(9)

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Referências

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