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Efeito de ação educativa sobre o conhecimento de familiares a respeito de queimaduras infantis em ambiente doméstico.

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Academic year: 2017

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EFEI TO DE AÇÃO EDUCATI VA SOBRE O CONHECI MENTO DE FAMI LI ARES A RESPEI TO DE

QUEI MADURAS I NFANTI S EM AMBI ENTE DOMÉSTI CO

1

San dr a Regin a Gim en iz- Pasch oal2 Débor a Mor ais Per eir a3 Edinalv a Nev es Nascim ent o4

O obj et ivo dest e t rabalho foi avaliar o efeit o de ação educat iva sobre o conhecim ent o de fam iliares de crianças a r espeit o de queim adur as em am bient e dom ést ico. Par t icipar am 40 fam iliar es de cr ianças m enor es de quat r o anos, divididos igualm ent e em grupos int ervenção e cont role. Foram realizadas ent revist a inicial, ação educat iva com f older de qu eim adu r as e en t r ev ist a após u m a sem an a. As r espost as f or am com par adas, u t ilizan do- se t est e est at íst ico de Fisher . Na pr im eir a ent r ev ist a, r egist r ou- se 60 r espost as de sit uações de r isco no gr upo con t r ole e 6 2 n o gr u po in t er v en ção; n a segu n da, au m en t ou par a 6 1 e 8 0 in dicações, r espect iv am en t e. Na prim eira ent revist a, 90% dos part icipant es do grupo cont role e 80% do grupo int ervenção verbalizaram acredit ar qu e a qu eim adu r a in fan t il pode ser ev it ada; n a segu n da, a in dicação dim in u iu par a 8 4 % e au m en t ou par a 1 0 0 % , r espect iv am en t e. Est e est u do m ost r ou a im por t ân cia da or ien t ação com f older de qu eim adu r as em am bien t e dom ést ico.

DESCRI TORES: queim adur as; educação em saúde; or ient ação; fam ília

EFECT OF AN EDUCATI VE ACTI ON ON RELATI VES’ KNOW LEDGE ABOUT

CHI LDHOOD BURNS AT HOME

This ar t icle aim ed t o evaluat e t he effect of an educat ive act ion on t he know ledge of childr en’s r elat ives about bur ns at hom e. Par t icipant s w er e 40 r elat ives of childr en under four year s of age, equally divided bet w een an int ervent ion and cont rol group. An init ial int erview was held, t he educat ive act ion involved a folder about burns and, aft er one w eek, anot her int er v iew t ook place. The answ er s w er e com par ed using Fisher ’s st at ist ical t est . I n t he first int erview, 60 answers on risk sit uat ions were regist ered in t he cont rol group and 62 in t he int ervent ion group; in t he second, t he result s increased t o 61 and 80, respect ively. I n t he first int erview, 90% of t he cont rol gr oup and 8 0 % of t he int er v ent ion gr oup ex pr essed t he belief t hat childhood bur ns can be av oided; in t he second, t his indicat ion decreased t o 84% and increased t o 100% , respect ively. This st udy showed t he im port ance of t he advisor y folder on bur ns at hom e.

DESCRI PTORS: bur ns; healt h educat ion; or ient at ion; fam ily

EFECTO DE UNA ACCI ÓN EDUCATI VA SOBRE EL CONOCI MI ENTO DE LOS MI EMBROS DE

LA FAMI LI A RELACI ONADO CON QUEMADURAS I NFANTI LES EN UN

AMBI ENTE DOMÉSTI CO

El obj et ivo de est a invest igación fue evaluar el efect o de una acción educat iva sobr e los conocim ient os de los fam iliares de niños en lo que se refiere a quem aduras en el am bient e dom ést ico. Part iciparon 40 fam iliares de niños con m enos de cuat ro años de edad, divididos equit at ivam ent e ent re un grupo cont rol y ot ro de int ervención. Fueron realizadas: una ent revist a inicial, una acción educat iva con un im preso propagandíst ico sobre quem aduras y una nuev a ent r ev ist a después de una sem ana. Las r espuest as fuer on com par adas con la pr ueba est adíst ica de Fisher . En la pr im er a ent r ev ist a, fuer on r egist r adas 60 r espuest as de sit uaciones de r iesgo en el gr upo de cont rol y 62 en el grupo de int ervención; en la segunda, aum ent ó para 61 y 80 indicaciones, respect ivam ent e. En la prim era ent revist a, 90% de los part icipant es del grupo de cont rol y 80% del de int ervención dij eron creer que la quem adura puede ser evit ada. En la segunda, la indicación dism inuyó para 84% y aum ent ó para 100% , r espect iv am en t e. Est e est u dio m u est r a la im p or t an cia d e la or ien t ación u san d o im p r esos pr opagan díst icos sobr e quem adur as en el hogar .

DESCRI PTORES: quem adur as; educación en salud; or ient ación; fam ília

1Financiam ent o do Conselho Nacional de Desenvolvim ent o Cient ífico e Tecnológico, CNPq, e do Minist ério da Saúde, DECI T;

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I NTRODUÇÃO

A

s qu eim adu r as ocor r em f r equ en t em en t e entre a população infantil. Em um período de 10 anos ( 1 9 9 5 - 2 0 0 5 ) , cau sar am g r av es m or b id ad es e/ ou óbit os em m ais de 8 000 crianças m enores de cinco a n o s e e m m a i s d e 3 0 0 0 e m f a i x a s e t á r i a s su p er i o r es( 1 ). As cr i an ças m en o r es d e t r ês an o s

a p r e se n t a m m a i o r r i sco , d e v i d o à cu r i o si d a d e , im pulsiv idade e falt a de ex per iência em av aliar os p e r i g o s( 2 ). O d e sco n h e ci m e n t o d a s f a se s

caract eríst icas do crescim ent o e desenvolvim ent o das cr i a n ça s é u m d o s f a t o r e s r e co n h e ci d o s co m o f av or áv eis p ar a a ocor r ên cia d os acid en t es( 3 ). As

queim aduras infant is ocorrem predom inant em ent e no am bient e dom ést ico, especialm ent e na cozinha( 4). A

escaldadura e a queim adura térm ica são os tipos m ais frequent es de queim adura, e est ão m ais associadas à preparação das refeições( 2). Os agent es agressores

m ais com uns são os alim ent os, as bebidas, o óleo e outros produtos quentes os quais atingem , na m aioria das vezes, o t ronco, om bro, braço e ant ebraço( 5).

A recuperação física da pessoa queim ada é desafiadora e duradoura. Requer cuidados agudos e procedim ent os cirúrgicos ( o que a t orna suscept ível às in f ecções e ou t r as com plicações) ; cau sa dor es intensas que, segundo depoim entos de pacientes, não m elhoram com a adm inist ração de m edicam ent os( 6).

Além disso, quase sem pre result am em t ranst ornos psicológicos para o acidentado e sua fam ília, além de gerar enorm es gast os financeiros( 7- 8).

Estudos m ostram que a m aioria dos acidentes pode ser pr ev enida, no ent ant o, os pr ogr am as de p r e v e n çã o d e a ci d e n t e s, e m e sp e cíf i co d e queim aduras, são escassos no Brasil( 9). A educação

para a prevenção pode reduzir o risco de acident es na infância, m as, par a isso, r equer m obilização de vários segm entos da população( 10). O aconselham ento

na atenção prim ária à saúde, voltado para o aum ento d o con h ecim en t o sob r e seg u r an ça e à ad oção d e com port am ent os m ais seguros devem ser os pilares para a redução da incidência das inj úrias físicas( 11). A

u t i l i za çã o d e m a t er i a l i m p r esso p o d e f a ci l i t a r o p r o ce sso d e a q u i si çã o , a p r o v e i t a m e n t o e ap r of u n d am en t o d esses con h ecim en t os, além d e reforçar as inform ações e discussões orais realizadas ent re os educadores e a população( 12).

Est udo realizado ant eriorm ent e em am bient e h o sp i t a l a r m o st r o u a u m e n t o si g n i f i ca t i v o d o apr endizado de fam iliar es sobr e esse t em a. For am

a p l i ca d a s e n t r e v i st a s e st r u t u r a d a s, a n t e s e im ediat am ent e após ação educat iv a com folhet o e int ervenção verbal, em 37 responsáveis por crianças e a d o l e sce n t e s i n t e r n a d o s n o Se t o r Pú b l i co d e Pediat ria de dois hospit ais de um a cidade do int erior do Est ado de São Paulo. Os r esult ados m ost r ar am q u e h o u v e au m en t o em t o d as as r esp o st as d as q u est ões q u e f or am ab or d ad as n o r ot eir o, o q u e m ostrou bom potencial da ação educativa no contexto hospitalar, sendo sugestiva tam bém para outros locais com o, por exem plo, unidades de at enção prim ária à saúde( 13).

Com o os acident es dom ést icos em cr ianças são pot encializados pela inobservância, ausência de com port am ent o prevent ivo por part e das fam ílias e falha na vigilância do adulto responsável( 14), j

ustifica-se a ação educat iva volt ada para a prevenção desustifica-se t ipo de aciden t e, en v olv en do os pais e/ ou ou t r os r e sp o n sá v e i s n e sse p r o ce sso . Assi m , d i a n t e d a m agnit ude do problem a das queim aduras infant is, da possibilidade de prevenção por m eio de orient ações e m odificações am bientais, dos resultados e sugestões de pesquisas ant er ior es e da escassez de est udos dessa natureza em nosso m eio, este trabalho avaliou o efeito de um a ação educativa sobre o conhecim ento de fam iliares de crianças a respeit o de queim aduras infant is em am bient e dom ést ico.

MÉTODO

Est e t r abalho foi apr ov ado pelo Com it ê de Ét i ca d a Un i v er si d ad e Est ad u al Pau l i st a Jú l i o d e Mesquita Filho ( Protocolo 1337/ 2006-A) . Faz parte de um conj unt o de diferent es ações do proj et o t em át ico Açõ e s e d u ca t i v a s p a r a p r e v e n çã o d e a ci d e n t e s i n f a n t i s: co l e t a d e su b síd i o s, e l a b o r a çã o d e est r at ég ias, ap licação e av aliação, ap r ov ad o p elo Conselho Nacional de Desenv olv im ent o Cient ífico e Tecn ológico. Tr at a- se de u m delin eam en t o qu ase-experim ent al( 15) de nat ureza quali- quant it at iva( 16).

Am bien t e

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foi selecionada em razão de apresent ar, nos últ im os t r ês anos, o m aior índice de m or bidade por causas ex t er n as do m u n icípio, dado esse obt ido j u n t o ao Núcleo de I nfor m ações da Secr et ar ia Municipal de Higiene e Saúde.

Apenas três unidades de saúde da respectiva região t inham o predom ínio de usuários m enores de quat r o anos de idade, as quais for am dest inadas a est e t rabalho. Assim , por m eio de sort eio, um a ficou para o est udo pilot o, out ra para o grupo cont role e ou t r a par a a in t er v en ção. As dem ais u n idades de saúde da região foram designadas para est udos com o u t r o s t e m a s d e p r e v e n çã o d e a ci d e n t e s, pert encent es à pesquisa m ais am pla.

Mat er iais

Ut ilizou- se cart a de apresent ação, t erm o de co n se n t i m e n t o l i v r e e e scl a r e ci d o , r o t e i r o d e en t r ev ist a est r u t u r ado ( com solicit ação dos dados pessoais do part icipant e, sit uações favorecedoras da q u ei m a d u r a i n f a n t i l , o co r r ên ci a e p r ev en çã o d o aciden t e, assim com o r ecebim en t o de in f or m ação sobre o tem a) e folder educativo sobre prevenção de queim aduras infant is ( t rat ando sobre o m om ent o de pr epar o e r ealização das r ef eições, do ban h o das crianças e dos cuidados com t om adas, fios elét ricos e pr odu t os in f lam áv eis) . Esse f o l d er f oi o m esm o u t ilizad o em p esq u isa n o am b ien t e h osp it alar( 1 3 ),

por ém , houv e difer ença dur ant e a ação educat iv a, u m a v ez qu e n esse t r abalh o for am pr ior izados os a sp e ct o s p r e v e n t i v o s e , n a q u e l e , o s a sp e ct o s epidem iológicos.

Par t icipant es

As t rês unidades de saúde list aram t odas as f am íl i as q u e ap r esen t av am cr i an ças m en or es d e quat ro anos na sua área de abrangência, sendo essa f aix a et ár ia selecion ad a em r azão d e a lit er at u r a indicar a m aior prevalência de queim aduras infant is. Após várias visitas realizadas nas residências dos usuários, no t em po que havia para a conclusão do proj eto j unto ao CNPq, 40 participantes aceitaram p a r t i ci p a r d o e st u d o e a ssi n a r a m o t e r m o d e consent im ent o livre e esclarecido. Foram dist ribuídos 2 0 p a r a o g r u p o co n t r o l e e 2 0 p a r a o g r u p o int er v enção, confor m e as duas Unidades de Saúde às quais pert enciam .

Procedim ent os de elaboração dos m at eriais

A e l a b o r a çã o d o s r o t e i r o s d e e n t r e v i st a est r ut ur ada e do m at er ial educat iv o baseou- se na literatura sobre o tem a e na experiência em pesquisa o b t i d a j u n t o a o Gr u p o d e Pe sq u i sa Ed u ca çã o e Acident es ( EDACI ) . Esses m at eriais foram avaliados p r ev iam en t e p or j u ízes ( p esq u isad or es m est r es e d o u t o r e s) p a r a a d e q u a çã o d a e st r u t u r a e d a linguagem .

Foi realizado est udo pilot o com 20 fam iliares de cr ian ças m en or es de qu at r o an os, u su ár ias de duas unidades prim árias de saúde da m esm a região. Os resultados foram novam ente avaliados pelos j uízes e perm itiram realizar m odificações no roteiro de coleta de dados de form a a adequá- lo à população estudada. Após m odificações no inst r um ent o de pesquisa foi realizada a colet a de dados definit iva.

Procedim ent os de colet a dos dados

A colet a de dados consist iu na realização de duas entrevistas dom iciliares, um a antes e outra após a ação educat iva.

Todos par t icipar am da pr im eir a ent r ev ist a. Sequencialm ent e, foi r ealizada um a ação educat iv a d ialog ad a com o g r u p o in t er v en ção com d u r ação a p r o x i m a d a d e 3 0 m i n u t o s, o f e r e ce n d o - l h e i n f o r m a çõ e s so b r e o co n t e ú d o d o f o l d e r d e queim aduras infant is, bem com o deixando um a cópia do m at er ial educat ivo a t odos os int egr ant es desse gr upo. Com o gr upo cont r ole foi adot ado o m esm o procedim ento, no entanto, foi utilizado um folder sobre hipertensão arterial, sendo que o form ato do m aterial er a sem elhant e, m as as infor m ações difer ent es. A d u r a çã o d e ssa a çã o f o i se m e l h a n t e à d o g r u p o int er v enção.

A se g u n d a e n t r e v i st a f o i r e a l i za d a u m a sem ana após a prim eira, com o obj et ivo de verificar se a s i n f o r m a çõ e s t r a b a l h a d a s d u r a n t e a a çã o educativa perm aneceriam de form a clara durante esse i n t e r v a l o d e t e m p o. Tr ê s p e sso a s n ã o p u d e r a m par t icipar ( u m do gr u po con t r ole e dois do gr u po intervenção) , porque não foram encontrados em casa durante as visitas dom iciliares ou não se interessaram em part icipar dessa fase da pesquisa. Sendo assim , o total foi de 77 entrevistas.

(4)

hiper t ensão ar t er ial, foi r ealizada ex plicação sobr e queim aduras infantis após a segunda entrevista, com a f in alid ad e d e in f or m á- lo t am b ém a r esp eit o d a pr ev enção desse acident e.

Procedim ent os de análise dos dados

As r e sp o st a s d o s e n t r e v i st a d o s f o r a m agrupadas de acordo com cada questão, sob a form a de fr equência absolut a e r elat iv a. Ressalt a- se que, na m aioria das questões, foi perm itida a apresentação de m ais de um a r espost a, ent r et ant o, a fr equência d e cad a cat eg or ia f oi calcu lad a d e acor d o com o núm ero total de participantes de cada grupo ( controle e int er v enção) .

As frequências das categorias dos dois grupos foram subm etidas ao teste estatístico exato de Fisher,

e u q s o t e j b o e s e õ ç a u t i S s a r u d a m i e u q m e c e r o v a f o ã ç n e v r e t n i o p u r

G Grupocontrole

0 2 = N a t s i v e r t n e a r i e m i r

P SegundaentrevistaN=18PrimeiraentrevistaN=20SegundaentrevistaN=19

f % f % f % f %

o ã g o

F 15 75 10 56 16 80 17 89

a p u o r r a s s a p e d o r r e

F 11 55 12 67 11 55 12 63

s i e v á m a lf n i e s o c i m í u q s o t u d o r

P 10 50 11 61 8 40 4 21

o r i e u q s i e o r o f s ó

F 6 30 8 44 7 35 5 26

s e t n e u q s o t n e m il a e a l e n a

P 5 25 11 61 10 50 9 47

a d a m o

T 5 25 11 61 5 25 5 26

o g o

F 3 15 2 11 1 5 1 5

s e t n e u q s o t e j b

O 1 5 2 11 1 5 1 5

s o r t u

O 6 30 13 83 1 5 7 37

com nív el de significância de 5% , par a v er ificar se h ou v e au m en t o sig n if icat iv o n as d eclar ações d os part icipant es ant es e após a ação educat iva.

RESULTADOS

Ref er en t e às si t u açõ es f av o r eced o r as d a queim adur a infant il, na pr im eir a ent r ev ist a, for am registradas 60 respostas corretas de situações de risco n o g r u p o co n t r o l e e 6 2 n o g r u p o i n t e r v e n çã o , enquant o que, na segunda, esse núm ero aum ent ou para 61 e 80 indicações, respectivam ente, m ostrando e st a b i l i d a d e n a s r e sp o st a s d o g r u p o co n t r o l e e aum ent o naquelas do grupo que part icipou da ação ed u cat i v a so b r e q u ei m ad u r as i n f an t i s, co n f o r m e apresent ado na Tabela 1.

Tabela 1 - Dist ribuição das respost as dos part icipant es de am bos os grupos a respeit o das sit uações e obj et os que podem favorecer um a queim adura infant il em am bient e dom ést ico

De form a geral, foram observadas flutuações na fr equência da m aior ia das cat egor ias de am bos os grupos, porém , essa variação foi um pouco m ais acent uada no grupo em que ocorreu a int ervenção.

As si t u ações d e r i sco i d en t i f i cad as p el os part icipant es est avam , em sua m aioria, relacionadas à cozinha ( fogão, panela e alim entos quentes, fósforo e isqueiro, fogo) e durant e o preparo das refeições, principalm ent e com panelas e fogão.

A análise est at íst ica dos result ados do grupo int ervenção indicou aum ent o significat ivo na m aioria das respost as obt idas na segunda ent revist a: m uit o significat iv o par a “ cabo de panela v ir ado par a for a do fogão” ( p= 0,0067) ; significat iva para “ subst âncias quím icas e inflam áveis próxim as ao fogo” ( p= 0,0415) e “ fio de apar elh o elét r ico ao alcan ce de cr ian ça” ( p= 0,0415) e parcialm ente significativo para “ tom ada ao alcance de criança” ( p= 0,0869) e “ água do banho

m uit o quent e” ( p= 0,0967) . Por out ro lado, a análise do grupo controle não identificou aum ento significativo nas respostas, som ente um a redução na subcategoria “ criança puxar cabo de panela” ( p= 0,0471) .

Na prim eira entrevista do grupo intervenção, ant es da ação educat iva, 16 ent revist ados disseram a cr e d i t a r n a p o ssi b i l i d a d e d e p r e v e n çã o d e queim adura infant il, dois disseram que nem sem pre as queim aduras poderiam ser evitadas, um disse que n ã o sa b i a e o u t r o q u e n ã o a cr e d i t a v a n e ssa p ossib ilid ad e. Na seg u n d a en t r ev ist a, ap ós ação educat iva, t odos os ent revist ados relat aram acredit ar n a p o ssi b i l i d a d e d e p r e v e n çã o d e q u e i m a d u r a s infant is.

(5)

sim ilar id ad e d e r esp ost as d os p ar t icip an t es. Dos d ezen ov e p ar t icip an t es, d ezoit o m an t iv er am su as respost as e um m udou de opinião.

Antes da ação educativa, os participantes do grupo int ervenção forneceram o t ot al de 47 relat os de m edidas preventivas. Após a m esm a, esse núm ero aum ent ou para 67 respost as. Já no grupo cont role, h ou v e pr at icam en t e m an u t en ção da fr equ ên cia de r e sp o st a s. Na p r i m e i r a f a se , a p r e se n t a r a m 5 0 respost as de m edidas prevent ivas e na segunda 47 indicações.

Em relação às possíveis m edidas prevent ivas p ar a se ev it ar q u eim ad u r as in f an t is n o am b ien t e dom ést ico, as m ais indicadas est iveram relacionadas às atitudes dos cuidadores frente à criança, ao cuidado com f ogão, pan ela e alim en t os qu en t es, pr odu t os quím icos e inflam áveis, fósforo e isqueiro, t om adas e ferro de passar roupa.

A aplicação do t est e est at íst ico m ost rou no grupo int ervenção aum ent o m uit o significat ivo par a a subcat egoria “ m ant er cabo de panela virado para d en t r o d o f og ão” ( p = 0 , 0 0 6 7 ) e sig n if icat iv o p ar a “ m ant er panela quent e for a do alcance de cr iança” ( p= 0,0415) e “ prot eger as t om adas” ( p= 0,0424) . No grupo cont role não houve variação significat iva.

Quant o à ocorrência de queim aduras infant is e r eceb i m en t o d e i n f o r m a çã o so b r e o t em a , n a p r i m e i r a e n t r e v i st a d o g r u p o i n t e r v e n çã o o s p a r t i ci p a n t e s r e f e r i r a m a o co r r ê n ci a d e ci n co q u e i m a d u r a s i n f a n t i s. Ta m b é m f o r a m ci n co o s e n t r e v i st a d o s q u e r e l a t a r a m j á t e r r e ce b i d o i n f o r m a çã o so b r e q u e i m a d u r a i n f a n t i l . To d o s af ir m ar am ach ar im p or t an t e r eceb er in f or m ações par a pr ev enção desses acident es.

No grupo cont role t am bém se ident ificou, a p a r t i r d e r e l a t o s d o s p a r t i ci p a n t e s n a p r i m e i r a entrevista, a ocorrência de cinco queim aduras infantis. No v e e n t r e v i st a d o s r e l a t a r a m j á t e r r e ce b i d o i n f o r m a çõ e s so b r e q u e i m a d u r a i n f a n t i l e t o d o s consideraram im port ant e receber inform ações sobre m edidas prevent ivas de queim aduras infant is.

Dentre os 14 entrevistados que relataram ter r e ce b i d o i n f o r m a çã o d e q u e i m a d u r a , q u a t r o a f i r m a r a m q u e a s i n f o r m a çõ es er a m d e ca r á t er preventivo e dez disseram ser de caráter rem ediador. Daqu eles qu e r elat ar am t er r ecebido in f or m ações preventivas, todos afirm aram tê- las recebido por m eio de profissionais de Unidades Prim árias de Saúde. As in f or m ações r em ed iad or as er am p r ov en ien t es d e cu r so p ar a o b t en ção d e car t ei r a d e h ab i l i t ação ,

car t azes em UBS, USF e h osp it al, b om b eir o, TV,

int ernet e em USF, após a ocorrência de queim adura. Na segunda ent revist a, nenhum ent revist ado relatou a ocorrência de queim aduras ou o recebim ento de novas inform ações no período decorrido ent re as e n t r e v i st a s. No v a m e n t e t o d o s o s p a r t i ci p a n t e s consideraram im port ant e receber inform ações sobre o assunt o.

DI SCUSSÃO

Os p ar t i ci p an t es r el at ar am co r r et am en t e grande variedade de situações de risco e de possíveis m edidas pr ev ent iv as par a queim adur as infant is no am bient e dom ést ico, no ent ant o, a m aior ia dessas sit uações foi cit ada por poucos part icipant es, o que r ef or ça a im p or t ân cia d e r ealizar p er iod icam en t e at ividades de educação em saúde j unt o à população, no sentido de m axim izar a lem brança e a identificação dos riscos e de providências de prot eção em relação aos acidentes com queim aduras. No dia- a- dia, m uitos com por t am ent os e sit uações acabam colocando em risco a integridade física de adultos e crianças, assim , t al com o pr econ iza a lit er at u r a, é pr eciso qu e as f a m íl i a s co n h e ça m o s r i sco s q u e p o d e m se r encont rados no am bient e dom ést ico para am pliar as p o ssi b i l i d a d e s d e se a d o t a r co m p o r t a m e n t o prevent ivo, pois o desconhecim ent o colabora para a ocorrência desses event os( 14).

Ho u v e a p e r ce p çã o d a p o ssi b i l i d a d e d e pr ev enção desse t ipo de acident e pela m aior ia dos ent revist ados, dado im port ant e que pode indicar que esses est ão m ais suscept íveis a aceit ar m odificações de com por t am en t o e do am bien t e dom iciliar par a evit ar as queim aduras infant is.

Os result ados desse est udo m ost raram que o grupo que recebeu orient ações por m eio da ação educat iv a com o folhet o educat iv o de queim adur as relat ou m ais riscos e m edidas prevent ivas, durant e a segunda ent revist a, em relação ao grupo cont role. O n ão r ecebim en t o de n ov as in f or m ações du r an t e o per íodo ent r e as ent r ev ist as pode indicar que não houv e out r as font es de infor m ação int er fer indo na avaliação da ação educat iva desse est udo.

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e f og ão. Esses d ad os coin cid em com a lit er at u r a cient ífica, um a vez que est udos m ost ram a cozinha com o principal local de ocorrência, assim com o o fogo e os líqu idos qu en t es com o os pr in cipais agen t es agr essor es( 5).

Em r e l a çã o à s m e d i d a s p r e v e n t i v a s f o i d ad a ên f ase, além d e m od if icações am b ien t ais e d e h áb i t os, às at i t u d es d o cu i d ad or p ar a com a cr iança. A im por t ância da super v isão adequada da c r i a n ç a e o r i e n t a ç ã o d a m e s m a f o i b a s t a n t e r e l a t a d a . Qu a n t o à s m e d i d a s a m b i e n t a i s e a o s hábit os, for am focalizados os cuidados com fogão, pan ela e alim en t os qu en t es, pr odu t os qu ím icos e inflam áv eis, fósfor o e isqueir o, t om adas e fer r o de passar roupa. Assim , tal com o os riscos identificados, as at it udes pr ev ent iv as for am bast ant e focadas na cozinha. Esse dado deve ser levado em consideração, pois “ qualquer m edida pr ev ent iv a, par a ser eficaz, necessit a sem pre levar em consideração a percepção d a so ci e d a d e . Fr e q u e n t e m e n t e , a co m u n i d a d e p e r ce b e o s r i sco s d e m o d o d i f e r e n t e a o s det erm inados cient ificam ent e”( 17).

Div er sos est udos apont am par a a ur gência de m edidas de controle e de prevenção( 7). O Ministério

da Saúde se com prom et e em part icipar, j unt am ent e com a sociedade civil e out ros set ores, na discussão e resolução do problem a, propondo diret rizes para a prom oção da saúde e prevenção de acident es( 18).

Esforços por part e de polít icas públicas vêm sendo realizados, no ent ant o, se faz necessário um esforço conj unt o de profissionais de saúde no int uit o de conscient izar as pessoas de que a m aior par t e d os acid en t es é p assív el d e p r ev en ção m ed ian t e ed u cação, m od i f i cações am b i en t ai s e su p er v i são adequada. Par a se m ant er a consciência a r espeit o de m edidas para um a casa segura se faz necessário const ant e processo de educação( 19).

CONCLUSÃO

Conclui- se que a int ervenção realizada nest e e st u d o t e v e e f e i t o f a v o r á v e l n o a u m e n t o d e inform ações corret as declaradas sobre o assunt o.

O m at er ial ed u cat iv o u t ilizad o d esp er t ou d i scu ssõ e s i m p o r t a n t e s so b r e o t e m a co m o s participantes, sugerindo utilização posterior em outras p esq u isas, p or ex em p lo, q u e av aliem o m at er ial educat ivo após diferent es int ervalos de t em po a fim v e r i f i ca r se o s co n h e ci m e n t o s a p r e n d i d o s sã o

m ant idos. Tam bém são necessárias novas pesquisas no int uit o de pr oduzir out r os m at er iais educat iv os n essa ár ea ( v íd eo s, car t azes, p an f l et o s et c. ) , e apr im or ar os j á ex ist ent es (f older s) . Além disso, é im portante capacitar os diversos profissionais da área d a sa ú d e e d a e d u ca çã o p a r a t r a b a l h a r co m in f or m ações d essa n at u r eza j u n t o à p op u lação e verificar se houve im pacto não só nos conhecim entos, m as t am bém na m udança de com port am ent os e nos ar r anj os am bient ais.

A com u n icação em saú de t em se t or n ado ferram ent a bast ant e út il nos program as de educação e m sa ú d e . Su a e f i cá ci a r e su l t a d a co r r e t a com unicação da m ensagem , sua base científica e uso de canais adequados para at ingir o público- alvo( 12).

Em se tratando dos acidentes, em especial a queim adur a, os escassos t r abalhos div ulgados, em su a m ai or i a, t r azem d ad os sob r e l ev an t am en t os epidem iológicos( 10), consequências dos acident es( 6) e

a l g u n s r e l a t o s d e p a ci e n t e s e f a m i l i a r e s d e acident ados( 3- 9). Pouco se produz sobre m edidas de

pr ev en ção qu e est ão sen do colocadas em pr át ica. Os r esult ados dest e est udo r efor çam a im por t ância da r ealização de pr ogr am as edu cat iv os v isan do a prevenção dos acident es infant is.

Est e est udo apresent ou lim it ações, por isso sugere- se a realização de novas pesquisas, incluindo m aior núm ero de part icipant es, a m ediação da ação com diferent es m at eriais educat ivos, a int egração de inform ações fornecidas em am bient e dom iciliar com aqu elas qu e ser iam of er ecidas em in st it u ições de sa ú d e e e d u ca ci o n a i s, o a co m p a n h a m e n t o d a u t i l i za çã o p o st e r i o r d o m a t e r i a l e d u ca t i v o e d a d i sse m i n a çã o d a s i n f o r m a çõ e s, o i m p a ct o e m m udanças de estilo de cuidado com as ações rotineiras dos fam iliares com as crianças e com o am bient e, a a v a l i a çã o d a g e n e r a l i za çã o d e r e su l t a d o s e m difer en t es am bien t es e n o decor r er do t em po e o apr im or am ent o dos inst r um ent os e da avaliação de t o d o o p r o ce sso . Al é m d i sso , é su g e st i v a a part icipação de profissionais de diferent es áreas, em for m ação e at uant es, com ações int er set or iais que envolvam o m aior núm ero possível de segm ent os da com u n idade.

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