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Auditoria de enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura

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Academic year: 2017

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Art igo de Revisão

Audit oria de enferm agem e a qualidade da assist ência à saúde: um a revisão da lit erat ura1

N ursing Audit and t he qualit y of t he assist ance t o t he healt h: a revision of lit erat ure Audit oria de Enferm ería y de la calidad de la ayuda a la sa lud: una revisión de la lit erat ura

Silvia Helena Henriques Cam eloI, Aline PinheiroI I, Dom itila Cam posI I I, Tat iana Lentz de OliveiraI V

1 Trabalho de Conclusão de Curso apresent ado para obt enção do Tít ulo de Bacharel em Enferm agem do Cent ro Universit ário Barão de Mauá ( CBM).

I Enferm eira. Dout ora em Enferm agem . Docent e do curso de graduação em Enferm agem do CBM. Ribeirão Pret o, SP. E- m ail:

j scam elo@uol.com .br.

I I Aluna do curso de graduação em Enferm agem do CBM. Ribeirão Preto, SP. E-m ail: alinne- pinheiro@hotm ail.com. I I I Aluna do curso de graduação em Enferm agem do CBM. Ribeirão Preto, SP. E- m ail: dom itila_cam pos@yahoo.com .br. I V Aluna do curso de graduação em Enferm agem do CBM. Ribeirão Preto, SP. E- m ail: t at ianalent z@yahoo.com .br. RESUMO

A fim de garant ir a qualidade dos serviços prest ados, instit uições de saúde t êm - se preocupado em ut ilizar a audit oria. Est e est udo t eve com o obj etivo ident ificar na produção nacional art igos sobre audit oria de enferm agem , publicados no período de 2001 a 2008 analisando a contribuição dest es na m elhoria da qualidade da assist ência e no desem penho do papel do enferm eiro nessa área. Trata- se de um a revisão de lit erat ura constituída de artigos científicos nacionais da tem ática auditoria de enferm agem . Os dados encont rados foram agrupados em cat egorias: “ Audit oria de enferm agem e a qualidade da assist ência” , “ o papel das anot ações de enferm agem para a audit oria” e “ at ribuições do enferm eiro audit or” . A análise dos art igos m ost rou que a efet ivação da audit oria de enferm agem facilit aria a avaliação da qualidade da assist ência prest ada ao cliente oferecendo condições para a sua m elhoria. Observou- se que as anotações de enferm agem represent am um dos obj et os de invest igação na audit oria e que o enferm eiro é o profissional de enferm agem habilit ado para a função de audit or. Sabendo que a enferm agem passa por um a reform a curricular, ent endem os que é m om ento para reflexão sobre a responsabilidade que as instituições de ensino têm em preparar profissionais para desem penhar a função de audit or nos serviços de enferm agem e de saúde.

Descrit ores: Audit oria de enferm agem ; Avaliação em saúde; Qualidade da assistência à saúde; Papel do profissional de enferm agem .

ABSTRACT

I n order to guarantee the quality of the given services, health institutions have been worried in using the auditorship. This st udy it had as obj ect ive t o ident ify in t he nat ional product ion art icles on nursing audit orship, published in t he period of 2001 the 2008 analyzing the cont ribut ion of these in the im provem ent of the quality of t he assistance and in the perform ance of the paper of the nurse in this area. This is review of literat ure contends national scientific articles of t he them atic auditorship of nursing. “ The dat a had been grouped in cat egories: “ Audit orship of nursing and t he qualit y of t he assist ance” , “ t he paper of the notations of nursing for the auditorship” and “ at tributions of the nurse auditor” . The analysis of articles showed that the nursing auditorship would facilitate to the evaluat ion of t he qualit y of t he assist ance offered t o t he pat ient / custom er offering condit ions for it s im provem ent . I t was observed t hat t he nursing regist er represent one of obj ect s of inquiry in t he audit orship and t hat t he nurse is t he professional of nursing qualified for t he audit or funct ion. I n view of t hat t he nursing passes for a curricular reform , underst ands t hat is m om ent for reflection on the responsibility that the educat ion institutions have in form ing and launching in t he work m arket , professionals t o play t he funct ion of audit or in t he healt h and nursing services.

Descript ors: Nursing Audit ; Healt h evaluat ion; Qualit y of Healt h Care; Nurse's Role.

RESUMEN

Para garant izar la calidad de los servicios dados, las inst ituciones de salud han estado preocupadas al usar el audit orship. Est e estudio que t enía com o obj etivo a identificar en los artículos nacionales de la producción sobre el auditorship del oficio de enferm era, publicado en el período de 2001 el 2008 que analiza la contribución de éstos en la m ej ora de la calidad de la ayuda y en el funcionam ient o del papel de la enferm era en esta área. Esto es una invest igación bibliográfica afirm a los artículos científicos nacionales del auditorship tem ático del oficio de enferm era. “ Los dat os habían sido agrupados en t res categorías: “ Auditorship del oficio de enferm era y de la calidad de la ayuda” , “ el papel de las notaciones del cuidado para el auditorship” y “ atribuciones del int erventor de la enferm era” . El análisis de artículos dem ostró que el audit orship del oficio de enferm era facilit aría a la evaluación de la calidad de la ayuda ofrecida a las condiciones de ofrecim iento del pacient e/ del client e para su m ej ora. Fue observado que el regist ro del oficio de enferm era representa uno de obj etos de la investigación en el auditorship y que es la enferm era el profesional del oficio de enferm era calificó para la función del interventor. Debido a eso los pasos del oficio de enferm era para una reform a del plan de estudios, entienden que sea m om ento para la reflexión en la responsabilidad que las inst ituciones de la educación tienen en la form ación y el lanzam iento en el m ercado del trabaj o, profesionales para j ugar la función del interventor en la salud y los servicios de cuidado.

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I N TRODUÇÃO

Com a globalização e o atual cenário político-financeiro do país, o setor de saúde passou a procurar novas alt ernat ivas para a gest ão, com o foco na necessidade das organizações de saúde adaptar- se a um m ercado cada vez m ais

com petit ivo( 1). A necessidade de garant ir resultados

positivos e clientes satisfeitos requer que as organizações aprendam a associar baixos custos com excelência de qualidade para os seus client es.

O principal obj etivo dos serviços de atenção à saúde é o de atender com a m elhor qualidade possível, ou sej a, com efetividade, eficiência, equidade, aceitabilidade, acessibilidade e

adequabilidade( 2) e a enferm agem encont ra- se em

local privilegiado dentro das instituições para atuar

neste contexto, fato com provado por Cunha( 3) que

afirm a que, entre os trabalhadores da área da saúde envolvidos nos cuidados e t rat am ent o, a enferm agem é a única categoria que perm anece 24 horas assist indo o cliente.

A fim de garantir a qualidade dos serviços prestados aos clientes, nos dias atuais, grandes em presas têm - se preocupado em utilizar a auditoria, de form a cont ínua em suas organizações, vist o que os clientes estão cada vez m ais convictos de seus direitos.

A palavra auditoria t em sua origem no lat im “ audire” que significa ouvir, e que toda pessoa que possui a função de verificar a legitim idade dos fatos econôm ico- financeiros, prest ando cont as a um

superior, poderia ser considerado com o auditor( 4). No

setor saúde, a prim eira auditoria foi realizada em 1918 com o obj etivo de avaliar a prática m édica. De início, esta atividade se caracterizava com o um a ação policialesca, m as aos poucos, foi recebendo um a

nova conot ação( 5).

O serviço de auditoria sem pre est eve associado ao controle adm inistrativo- financeiro das organizações. Erros em cobranças, gerando prej uízo financeiro à instituição de saúde, são relacionados à falha de registros de m ateriais e m edicam entos utilizados, tanto pela equipe de enferm agem quanto

m édica( 6). Nesse caso, a auditoria que visa à

dim inuição de perdas financeiras é de grande relevância, porém não deve ser a prioridade em auditoria em saúde para não haver perda de seu obj etivo, que é a garantia da qualidade de assistência( 7).

No Brasil, em 1990 a Lei nº 8080, conhecida com o Lei Orgânica da Saúde estabeleceu a necessidade de criação do Sistem a Nacional de Auditoria – SNA. Em 1993, a Lei nº 8689, de 27 de j ulho de 1993, criou o SNA e estabeleceu com o com petência sua o acom panham ent o, a fiscalização, o controle e a avaliação técnico cientifica, contábil, financeira e patrim onial das ações e serviços de saúde( 8).

De acordo com Motta( 9) auditoria de enferm agem

é a avaliação sistem ática da qualidade da assistência prestada ao cliente pela análise dos prontuários,

acom panham ento do cliente in loco e verificação da

com patibilidade entre o procedim ento realizado e os itens cobrados na conta hospitalar, visando garant ir j ust a cobrança e pagam ento adequado.

A audit oria de enferm agem pressupõe avaliação e revisão detalhada de registros clínicos selecionados por profissionais qualificados para verificação da qualidade da assistência, sendo, portant o, um a atividade dedicada à eficácia de serviços, que utiliza com o instrum entos o controle e análise de registros( 10).

Considerando que a auditoria de enferm agem é um a área ainda pouco invest igada, que serve com o um instrum ento de avaliação da qualidade da assistência nas instituições de serviços de saúde questiona- se: Qual a produção científica nacional acerca de auditoria em enferm agem ? Qual a repercussão da auditoria de enferm agem para o cuidado prestado aos usuários destes serviços e o papel que o enferm eiro desem penha nesta área?

Este estudo j ustifica- se pela necessidade de fundam ent ar a im port ância da audit oria de enferm agem para a qualidade da assistência prestada ao cliente, bem com o provocar um a reflexão dos profissionais enferm eiros acerca da necessidade de conhecer o seu papel no processo de auditoria.

O estudo t eve com o obj etivo identificar na produção nacional artigos sobre audit oria de enferm agem , publicados no período de 2001 a 2008 analisando a contribuição destes na m elhoria da qualidade da assistência e no desem penho do papel

do enferm eiro nessa área.

METODOLOGI A

Para atingir o obj etivo proposto foi realizada um a revisão de literatura. A principal vantagem deste tipo de estudo reside no fato de perm itir investigar um a am pla gam a de fenôm enos por m eio de pesquisa em m ateriais j á elaborados, possibilitando o aprim oram ento de ideias e conceitos, sendo constituídos de livros de leitura corrente, artigos científicos, teses e dissertações, periódicos de indexação, e anais de encontros científicos de bases

de dados digitais( 11). A pesquisa bibliográfica pode ser

entendida com o um processo que envolve as seguintes et apas: escolha do tem a, levantam ento bibliográfico, form ulação do problem a, elaboração do plano provisório de assunto, busca de font es, leitura do m at erial, t om ada de apont am ent os, confecção de fichas, construção lógica do trabalho e redação do relatório( 11).

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tem a os pesquisadores consideraram o interesse próprio e aptidão na área pesquisada.

Este estudo baseou- se na pesquisa de artigos publicados no período de 2001 a 2008, em periódicos científicos nacionais disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde ( BVS) , Scientific Electronic Library Online ( Scielo) , Literatura Latino- Am ericana e do Caribe em Ciências da Saúde ( Lilacs) e Banco de Dados Bibliográficos da Universidade de São Paulo Catálogo on- line global ( Dedalus) , que apresent am periódicos nacionais com artigos pertinentes ao tem a, sendo eles: Revista Brasileira de Enferm agem , Revista Nursing, Revista Eletrônica de Enferm agem , Revista Meio Am bient e Saúde, Act a Paulist a de Enferm agem , Revista de Adm inistração em Saúde, Revista Form ação, Arquivos de Ciências da Saúde e Revist a O Mundo da Saúde.

Para estabelecer a am ostra do est udo foram selecionados os seguintes descritores em Ciências da Saúde ( DECS) : Auditoria de enferm agem , avaliação em saúde, qualidade da assistência à saúde, papel do profissional de enferm agem .

A escolha do ano de 2001 para a coleta de dados deve- se à aprovação das atividades do enferm eiro audit or, pelo Conselho Federal de Enferm agem – COFEN at ravés da resolução 266 de 05 de out ubro de 2001.

Durante a coleta foi elaborado pelas autoras um instrum ento com tópicos com o: ano da publicação, periódico, obj etivos e resultados encontrados que perm itiram selecionar de form a adequada os artigos que respondessem ao obj et ivo propost o.

Em um prim eiro m om ent o da colet a, foram identificados 19 artigos dos quais foram selecionados 16 que respondiam ao obj etivo deste estudo. Post eriorm ent e, realizam os leit uras cuidadosas do m aterial selecionado extraindo conceitos abordados e de nosso interesse, de acordo com o obj eto de estudo, com parando- os e agrupando- os sob a form a de categorias em píricas.

Assim , unidos por sim ilaridade de conteúdos, const ruím os categorias para análise, com o apresent adas a seguir.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

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Quadro 1 . Distribuição dos artigos selecionados e analisados sobre a tem ática auditoria de Enferm agem , no período de 2001 a 2008. Ribeirão Preto, 2009.

PERI ÓDI COS/ N ÚMERO DE

ARTI GOS AUTORES AN O TÍ TULO

Revista Nursing 7 Trabalhos

Bert i e

Alm eida 2007

Percepção dos gestores m unicipais de saúde sobre qualidade da assistência e controle social. Buzat i e

Chianca 2005

Auditoria em enferm agem : erros e custos envolvidos nas anot ações.

Cunha et al 2003 Serviço de enferm agem : um passo decisivo para a

qualidade. Riolino e

Kliukas 2003

Relato de experiência de enferm eiras no cam po de auditoria de prontuário – um a ação inovadora.

Scarparo 2005 Auditoria em enferm agem : revisão de literatura.

Sousa 2001

Enferm eiro audit or de contas hospitalares versus enferm eiro gerente da assistência – é possível haver

um acordo quanto à relação custo- benefício da assistência de enferm agem ?

Souza 2005 Auditoria em Enferm agem : visão das enferm eiras do

m unicípio de São Paulo.

Revista Brasileira Enferm agem

3 Artigos

Scarparo e

Ferraz 2008

Auditoria em Enferm agem : identificando sua concepção e m étodos.

Faraco e

Albuquerque 2004 Auditoria do m étodo de assistência de enferm agem .

Costa et al 2004 Auditoria em Enferm agem com o estratégia de um

m arketing profissional. Revista Meio Am biente

Saúde Cam elo e Silva 2006

Trat am ent o do t em a audit oria de enferm agem em base eletrônica de dados.

Revista O Mundo da Saúde Fonseca et al 2005

Auditoria e o uso de indicadores assistenciais: um a relação m ais que necessária para a gestão assistencial

na atividade hospitalar. Revist a Elet rônica de

Enferm agem Luz et al 2008

Características de anotações de enferm agem encontradas em auditoria.

Revist a de Adm inist ração em Saúde

Paim e

Ciconelli 2007

Auditoria de avaliação da qualidade dos serviços de saúde.

Enferm agem Virtual Paulino 2006 Conhecim ento dos enferm eiros acerca da auditoria

hospitalar. Arquivos de Ciências da

Saúde

Rodrigues et

al 2004

Glosas hospitalares: im portância das anotações de enferm agem .

A análise dos artigos referentes à tem ática audit oria de enferm agem , conform e os descritores estabelecidos possibilitou o agrupam ento dos dados em três cat egorias: “ Auditoria de enferm agem e a qualidade da assistência à saúde” , “ o papel das anotações de enferm agem para a auditoria” e “ at ribuições do enferm eiro audit or” .

Audit oria de enferm agem e a qualidade da assist ência à saúde

Quando o assunto tratado é a qualidade da assistência em saúde, é com um o com entário por m eio da m ídia e no nosso próprio dia a dia com o cidadão, que grande part e de clientes, usuários de serviços de saúde estão insatisfeitos. A cada dia que passa, est es clientes est ão m ais convictos dos seus direitos e exigindo o grau m áxim o de excelência no seu atendim ento. A necessidade de garantir resultados positivos e clientes satisfeitos, num

m ercado com petit ivo, requer qualidade na form a de at uar.

Dessa form a, quando falam os em qualidade na área de saúde devem os nos atentar ao nível de satisfação de nossos clientes e as variáveis present es no am biente da saúde e seus prováveis im pactos na credibilidade da instituição. Diante dest es problem as, alguns serviços de saúde preocupados com a qualidade da assistência prestada, est ão utilizando a auditoria.

Nesta cat egoria incluím os os artigos selecionados que trazem conceitos/ definições de auditoria, auditoria de enferm agem , a sua inserção no m ercado de t rabalho e o seu papel na qualidade do atendim ento e cuidados prestados ao paciente/ cliente( 4,7,9,12- 13).

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verificação das deficiências podem ser tom adas decisões corretivas e ou preventivas para rem odelar

essas ações( 12). A auditoria de enferm agem , por sua

vez, é um processo pelo qual as at ividades de enferm agem são avaliadas. E em um a concepção m ais abrangente, trat a- se de avaliação da qualidade da assistência de enferm agem prestada ao cliente pela análise dos pront uários, e verificação da com patibilidade entre o procedim ento realizado e os

itens que com põem a conta hospitalar cobrados( 9).

A equipe de auditoria geralm ente é com posta por diferentes profissionais, que realizam a análise qualitativa e quantitativa do prontuário previam ente ao faturam ento e posterior a ele verificando as glosas efetuadas e redigindo relatórios finais para a tom ada de decisão( 7).

A audit oria de enferm agem apresent a crescent e inserção no m ercado de t rabalho, t anto às at ividades voltadas à área de contábil com o as voltadas à qualidade, sej am de serviços, docum entos ou processos. No m om ento, ela cum pre um a finalidade institucional que est á paut ada em um enfoque em presarial e m ercadológico. Porém há um a tendência do enfoque do m ercado voltado para o cliente, portanto, pautado na qualidade do produto ou serviço, havendo adequações das ações da

auditoria de enferm agem nesse sentido( 13).

Hoj e a auditoria é im portante para subsidiar o planej am ento das ações de saúde, sua execução, gerenciam ento e avaliação qualitativa dos resultados. O que se busca at ualm ent e é a audit oria da qualidade da assistência com redução de custos, agregando os

valores financeiros aos valores qualit ativos( 4).

Melhorar a assistência de enferm agem deve ser o foco de atenção da equipe de enferm agem , para que possam estar em consonância com as expectat ivas do client e.

A auditoria pode ser considerada um elem ento essencial para m ensurar a qualidade da assistência de enferm agem , oferecendo subsídios aos

profissionais para ( re) orientar suas atividades( 12). O

m étodo de auditoria de enferm agem deve ser um guia com obj etivos claros, que identifique pontos

fracos do serviço( 7). A audit oria de enferm agem vem

tom ando novas dim ensões ao longo dos anos e m ostrando sua im portância dentro das instituições

hospitalares e operadoras de planos de saúde( 9).

Dessa form a, a aplicação do m étodo de auditoria de enferm agem beneficia os clientes que t erão um a assistência de m elhor qualidade através dos serviços oferecidos com m ais eficácia. Os benefícios atingem tam bém a equipe de enferm agem que revendo as atividades desem penhadas e os resultados que se desej a alcançar obtém subsídios que estim ulam a reflexão profissional, possibilitando um a enferm agem cientifica. E a instituição recebe um a contribuição significativa pelo fato de verificar o alcance dos seus

obj etivos, constituindo base para prováveis m udanças int ernas.

O papel das anot ações de enferm agem para a Audit oria

Para a const rução dest a cat egoria foram selecionados os artigos que destacaram características relevantes da anotação de enferm agem no prontuário do paciente,

principalm ente em âm bito hospitalar( 4,6,15). O

prontuário do pacient e ( tam bém denom inado prontuário m édico) contém inform ações diárias, de âm bito m ultiprofissional, que refletirão os atendim entos prestados desde a internação à alta

hospitalar( 4). Considerando todas as atribuições legais

e responsabilidades contidas no prontuário, além de seu carát er m ultiprofissional, est e conj unt o de inform ações é susceptível a im precisões em seus registros, fazendo- se necessário um a análise apurada e im parcial de seu cont eúdo, realizada at ravés da auditoria( 4).

As questões que norteiam a prática profissional de enferm agem , relacionadas às anotações ou registros, têm pouco a pouco am pliado espaço de

interesse por m eio de auditoria( 4). Em enferm agem ,

pesquisadores trazem que auditoria refere- se à avaliação e revisão detalhada de registros clínicos selecionados por profissionais qualificados para verificação da qualidade da assist ência, sendo, portanto, um a atividade dedicada à eficácia dos serviços, que utiliza com o instrum entos o controle e a

análise de registros( 4).

Todos os procedim entos e ações de enferm agem geram custos e o principal m eio de assegurar o recebim ento do valor gasto durante a assistência de enferm agem prestada, evit ando glosas, é pela realização adequada das anotações de enferm agem , sendo estas de grande im portância para m ostrar o

cuidado prestado( 14). A Lei 7498, de 25 de j unho de

1986 em seu Art. 14, ressalta a incum bência a todo pessoal de enferm agem da necessidade de anotar no prontuário do paciente todas as atividades da

assistência de enferm agem( 14).

Assim , o registro de intervenções de enferm agem e suas respectivas ações ou atividades em prontuário faz parte da responsabilidade legal da

enferm agem( 14). Devido às anot ações de enferm agem

em sua m aioria ser inconsistentes, ilegíveis e subj et ivas, a prát ica de glosar itens do fat uram ent o das contas hospitalares tem sido significativa para o

orçam ento das instituições( 15). Dessa form a, as

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Os cuidados de enferm agem podem ser avaliados através dos registros. Logo, a avaliação dos registros consequent em ente, reflete a qualidade da

assistência de enferm agem( 15). Assim , os m em bros

da equipe de enferm agem devem planej ar o tem po para o registro no prontuário de cada paciente, enfatizando a im portância de um registro com pleto

dos cuidados de enferm agem prestados( 14).

O regist ro de enferm agem , com o font e de inform ações, t em sido, às vezes, criticado sob a alegação de que são avaliados os registros e não os cuidados de enferm agem . Ent ret ant o, pode- se considerar óbvio que há correlação positiva entre os registros e a qualidade do cuidado.

A Anot ação de enferm agem obj et iva e criteriosa é garant ia de m enores perdas econôm icas, além de ser um requisito válido para defesa legal do ponto vista j urídico. Ela deve m ostrar o que a equipe de enferm agem faz no atendim ento ao cliente, podendo funcionar com o um inst rum ent o que confere

visibilidade à enferm agem( 6).

At ribuições do enferm eiro audit or

As at ribuições do enferm eiro audit or foi um t em a frequente em vários artigos selecionados sobre a

tem ática desenvolvida( 4,7- 8,16- 20). Segundo as leis de

diret rizes profissionais, Lei nº 7948/ 86, art . 11, inciso I , alínea h, e Decreto nº 94406/ 87 que regulam ent a a lei, cabe ao enferm eiro privativam ente a consultoria, a auditoria e a em issão de parecer sobre m at éria de enferm agem . Conform e const a na resolução 266 de 05 de outubro de 2001, do Conselho Federal de Enferm agem ( COFEN) , este profissional, enquanto auditor no exercício de suas atividades deve organizar, dirigir, planej ar, coordenar e avaliar, prestar consult oria, audit oria e em issão de parecer sobre os serviços de enferm agem ; devendo ainda ter um a visão holística, com o qualidade de gestão, qualidade de assistência e quântico – econôm ico – financeira, visando sem pre o bem est ar

do ser hum ano( 16).

O trabalho do enferm eiro auditor apresenta- se com o um a tendência de m ercado, sendo um ram o em ascensão com vertentes de enfoques diversos, com o auditor de contas, qualidade da assistência na pesquisa e processos. A valorização do enferm eiro auditor é um a realidade nas instituições hospitalares que visam neste profissional à consolidação do

atendim ento prestado por suas equipes( 4).

O enferm eiro auditor é, antes, um enferm eiro cuj a form ação inclui a cadeira de Adm inist ração

Aplicada à Enferm agem( 17). É subsidiado a discernir

as prát icas de enferm agem , oferecendo qualidade de

assist ência por um cust o real( 7).

A auditoria é um cam po de atuação desafiador para os enferm eiros por ser um a variante ainda pouco explorada num set or em constante evolução e aprim oram ento. As atribuições do enferm eiro auditor

estão intim am ente ligadas às necessidades das instituições de saúde em garantir a uniform idade dos registros pela equipe m ultiprofissional, respeit ando as diretrizes definidas pela instituição para o

preenchim ent o de docum entos( 4).

As atribuições do enferm eiro auditor estão direcionadas para evitar desperdícios, reduzir custos e garantir que todos os procedim entos e equipam entos reem bolsáveis utilizados sej am cobrados nas contas hospitalares. Esta prática está condicionada à pressão exercida pelo setor financeiro do hospital, para atender os interesses de seus contratantes e pouco se relaciona com a equipe de Enferm agem e com as necessidades do usuário, porém os conceitos estabelecidos descrevem a auditoria com o form a de avaliar a qualidade da

assistência prestada( 18).

Diariam ente o enferm eiro auditor realiza a

auditoria in loco, na qual verifica o relatório dos

clientes internados utilizando com o critério para a escolha dos prontuários clientes com perm anência igual ou superior a cinco dias. A análise do prontuário ocorre por am ost ragem : o enferm eiro auditor, com o

instrum ento de avaliação – im presso de auditoria in

loco - , realiza o levantam ent o, verificando, por

depart am ent o de internação, as m elhorias que poderão ser feitas quant o à elaboração dos registros( 8).

O enferm eiro auditor atua em diversos setores dos serviços de saúde, e o caráter abrangent e das funções exercidas por ele garant e sua atuação em sugerir aj ustes contratuais nas form as de adendos e/ ou protocolos no sentido de coibir divergências, rotinas organizacionais e subsidiar a educação continuada com o cerne na prestação de serviços de

qualidade e controle de perdas econôm icas( 7). Neste

inevit ável processo de m udança, deve- se contar com a im portância da atividade dos enferm eiros na criação de condições políticas de m elhoria contínua da qualidade dos serviços prestados, em busca da

excelência do exercício profissional( 8).

Para colocar em prática esse processo, a equipe de enferm agem necessita de orientações e instrum entos bem definidos para o planej am ento assistencial. Tais instrum entos perm it irão não só a operacionalização das ações assistenciais, m as tam bém a necessidade de m ensurá- las sob óticas do paciente e da instituição, que verifica o resultado operacional e financeiro decorrente das diversas

atividades inerentes à assistência de enferm agem( 8).

A percepção dos profissionais de enferm agem com o sendo um dos principais contribuintes no processo de auditoria, torna m ais eficiente a assistência ao paciente. Por ser um a área onde ainda há poucos profissionais atuando, exist e um a grande necessidade de m elhor orientação aos enferm eiros quanto à im portância de sua contribuição, bem com o

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Dentro deste cont exto a audit oria é um a área a ser explorada pelos enferm eiros, que se dotados de experiência poderão fazer com que a auditoria traga benefícios para a enferm agem e para o paciente, pois isso poderá ser traduzido em qualidade, baixo custo, rápida recuperação do paciente visto a sistem atização da assistência e m aior satisfação do paciente/ cliente( 20).

CON SI DERAÇÕES FI N AI S

Este estudo obj etivou identificar os artigos científicos nacionais sobre auditoria de enferm agem , publicados no período de 2001 a 2008 analisando na produção científica, a im portância da auditoria de enferm agem para a qualidade da assistência com vistas a subsidiar o papel do enferm eiro nesta área. Em bora a t em át ica que envolva a quest ão da auditoria de enferm agem sej a am pla, acreditam os que nosso estudo deixa pontos im portantes para reflexão.

A análise dos art igos m ost rou que a efet ivação da auditoria de enferm agem facilitaria a avaliação da assistência oferecida ao cliente sendo que as anotações de enferm agem têm um papel fundam ental e representam um a das fontes de dados de investigação na sua execução; o enferm eiro é o profissional habilitado para a função de auditor na equipe de enferm agem , porém necessita aprim orar conhecim ent os sobre est a função em sua form ação. Nesta área o enferm eiro pode atuar sugerindo m udanças de rotinas organizacionais e subsidiar a educação continuada com o enfoque na prestação de serviços de qualidade.

Com preendem os que, para realizar a audit oria de enferm agem , nos dias de hoj e, é preciso que se reconheçam as t ransform ações, no plano econôm ico, político e tecnológicos que vêm passando as organizações de um m odo geral, o que não é tarefa fácil e faz com que no cam po da auditoria estej am os vivendo um a crise profunda. A aplicação do m ét odo de auditoria deve est ar de acordo com os obj etivos e m etas organizacionais.

Tendo em vista que a enferm agem passa por um a reform a curricular, ent endem os que é m om ent o para reflexão sobre a responsabilidade que as instituições de ensino têm em form ar e lançar no m ercado de t rabalho, profissionais para desem penhar a função de auditor nos serviços de enferm agem e de saúde, que sej am com prom etidos com o desenvolvim ento de pessoas com o form a de fort alecer os obj et ivos das organizações.

REFERÊN CI AS

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Artigo recebido em 12.11.08.

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