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Avaliação dos percentis de crescimento de crianças com cardiopatias congênitas.

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Academic year: 2017

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AVALI AÇÃO DOS PERCENTI S DE CRESCI MENTO

DE CRI ANÇAS COM CARDI OPATI AS CONGÊNI TAS

1

Viv iane Mar t ins da Silv a2 Mar cos Venícios de Oliv eir a Lopes3 Thelm a Leit e de Ar auj o3

O pr opósit o do pr esent e est udo foi avaliar a cor r elação ent r e as m edidas ant r opom ét r icas de cr ianças com car d iop at ias con g ên it as com os p er cen t is q u e r ep r esen t am seu s in d icad or es d e cr escim en t o. For am r ealizadas 135 av aliações ant r opom ét r icas de cr ianças com car diopat ias congênit as, int er nadas num hospit al especializado em doen ças car díacas da cidade de For t aleza / Cear á. Par a av aliação do cr escim en t o, f or am calculados os percent is de alt ura por idade, peso por alt ura e peso por idade. A m édia de idade das crianças foi d e 4 , 7 4 m eses ( + 3 , 7 8 ) e 6 6 , 7 % d as cr ian ças er am d o sex o m ascu lin o. As m ed ian as d os t r ês p er cen t is apr esent ar am v alor es abaix o do per cent il 10, indicando gr ande pr opor ção de v alor es na faix a consider ada de r isco. A pr ega su bescapu lar est ev e cor r elacion ada de f or m a posit iv a com os t r ês per cen t is. Os v alor es dos per cent is est udados indicar am at r aso de cr escim ent o.

DESCRI TORES: car diopat ias congênit as; ant r opom et r ia; cont inuidade da assist ência ao pacient e

EVALUATI ON OF THE GROW TH PERCENTI LES OF

CHI LDREN W I TH CONGENI TAL HEART DI SEASE

The purpose of t his st udy was t o evaluat e t he correlat ion bet ween ant hropom et ric m easures of children wit h congenit al heart disease wit h percent iles t hat represent t heir growt h indicat ors. Ant hropom et ric evaluat ions of 135 hospit alized childr en w it h congenit al hear t disease w er e per for m ed in a hospit al specialized in car diac diseases in Fort aleza, CE, Brazil. For t he growt h evaluat ion, percent iles of height by age, weight by height and w eight by age w er e calculat ed. Childr en’s av er age age w as 4.74 m ont hs ( + 3.78) and 66.7% of t he childr en w er e m ale. Th e m ed ian s of t h e t h r ee p er cen t iles p r esen t ed v alu es b elow p er cen t ile 1 0 , in d icat in g a h ig h

proport ion of values considered of risk. The subscapular t hickness present ed posit ive correlat ion w it h t he t hree per cent iles. The v alues of per cent iles st udied indicat ed gr ow t h delay .

DESCRI PTORS: Hear t defect s, congenit al; Ant hr opom et r y ; Cont inuit y of pat ient car e

EVALUACI ÓN DE LOS PERCENTI LES DE CRECI MI ENTO

EN NI ÑOS CON CARDI OPATÍ AS CONGÉNI TAS

El pr opósit o del pr esen t e est u dio f u e ev alu ar la cor r elación en t r e las m edidas an t r opom ét r icas de

n iñ os con car d iop at ías con g én it as con los p er cen t iles q u e r ep r esen t an los in d icad or es d e cr ecim ien t o. Se r ealizar on 1 3 5 ev aluaciones ant r opom ét r icas de niños con car diopat ías congénit as int er nados en un hospit al especializado en enferm edades cardíacas de la ciudad de Fort aleza / Ceará. Para evaluar el crecim ient o fueron calculados los percent iles de t alla por edad, peso por t alla y peso por edad. La m edia de edad de los niños fue de 4, 74 m eses ( + 3, 78) , siendo que 66, 7% de los niños er an del sex o m asculino. Las m edianas de los t r es per cen t iles pr esen t ar on v alor es por debaj o del per cen t il 1 0 , lo qu e in dica u n a gr an pr opor ción de v alor es dent r o del gr upo consider ado de r iesgo. El pliegue subescapular est uv o cor r elacionado de for m a posit iv a con los t r es per cent iles. Los v alor es de los per cent iles est udiados indicar on r et r aso en el cr ecim ient o.

DESCRI PTORES: car diopat ías congénit as; ant r opom et r ía; cont inuidad en la at ención al pacient e

1 Est u d o d esen v olv id o com ap oio f in an ceir o d o CNPQ - Pr ocesso n o. 5 0 6 3 9 / 0 3 - 5 ; 2 En f er m eir a, Dou t or an d a em En f er m ag em , e- m ail:

vivianem artinsdasilva@hotm ail.com ; 3 Enferm eiro, Doutor em Enferm agem , Docente, e-m ail: m arcos@ufc.br, thelm aaraujo2003@yahoo.com .br. Universidade

(2)

I NTRODUÇÃO

A

s m edidas antropom étricas são im portantes indicador es de saúde na av aliação do cr escim ent o d a s cr i a n ça s. Pa r a o Br a si l , n a a v a l i a çã o d o crescim ento a partir dos percentis de peso por altura, peso por idade e idade por altura, consideram - se com o padr ão de nor m alidade v alor es acim a do per cent il 10, sendo considerados faixa de risco para o déficit de cr escim en t o, aqu elas cr ian ças qu e apr esen t am v alor es ent r e os per cent is 3 e 10 ( 1). Em cr ianças por t ador as de car diopat ia congênit a, as alt er ações h e m o d i n â m i ca s p r e se n t e s p r o v o ca m a l t e r a çõ e s nut r icionais, déficit de cr escim ent o e com plicações relacionadas à sobrevida pós- cirúrgica ( 2).

Nesse âm b it o, u m a ad eq u ad a assist ên cia de enfer m agem à cr iança por t ador a de car diopat ia con g ên it a é n ecessár ia n os p er íod os p r é, t r an s e pós- cirúrgicos. Ênfase especial é dada aos cuidados de enfer m agem que com põem a pr im eir a par t e do t r a t a m e n t o d a s c a r d i o p a t i a s , d i r e c i o n a d o s à det ecção pr ecoce de sin ais de descom pen sação e à m anut enção de condições ót im as para a cirurgia. O pr ocesso de enfer m agem aplicado ao cuidado de cr i an ças co m car d i o p at i as co n g ên i t as au x i l i a n a i d e n t i f i ca çã o d o s d i a g n ó st i co s d e e n f e r m a g e m , e s t a b e l e c i m e n t o d e m e t a s e d e u m p l a n o a s s i s t e n c i a l p a r a r e s o l u ç ã o d o s p r o b l e m a s lev ant ados, im plem ent ação e av aliação da eficácia do plano( 3).

En t r e o s p o ssív e i s d i a g n ó st i co s d e enferm agem que podem ser identificados em crianças com cardiopat ias congênit as int ernadas em unidades cl ín i ca s e ci r ú r g i ca s, d e st a ca m - se : n u t r i çã o d eseq u ilib r ad a, r isco p ar a in f ecção, d esob st r u ção ineficaz das vias aéreas, t roca de gases prej udicada, h i p e r t e r m i a , d o r a g u d a , cr e sci m e n t o e d e se n v o l v i m e n t o r e t a r d a d o s, p a d r ã o d e so n o perturbado, risco de constipação e integridade da pele prej udicada( 3- 4).

No t a d a m e n t e , o s d i a g n ó st i co s d e enferm agem relacionados à nutrição e ao crescim ento e desenvolvim ent o apresent am elevadas proporções e a sso ci a çõ e s cl ín i ca e e st a t íst i ca i m p o r t a n t e s. Adem ais, a invest igação de problem as colaborat ivos apr esent ados por essas cr ianças t em dem onst r ado um a fort e associação est at íst ica ent re a com plicação potencial: pneum onia e o diagnóstico de enferm agem “ crescim ent o e desenvolvim ent o ret ardados”( 4).

Acr escen t e- se, ain da, qu e m u it as cr ian ças com cardiopat ias congênit as apresent am dificuldades com a n u t r ição n o pr im eir o an o de v ida, sen do o vôm it o um dos problem as m ais com uns( 5).

Com isso, a m or bidade e m or t alidade em t ransplant es cardíacos são aum ent adas em crianças com car d iop at ia con g ên it a, p or cau sa d o est ad o nut r icional pobr e e o conseqüent e pr ej uízo final do ór gão( 6).

Nesse âm bit o, as m edidas ant r opom ét r icas são im port ant es indicadores do est ado de saúde na a v a l i a çã o n u t r i ci o n a l e d o cr e sci m e n t o e desenv olv im ent o dessas cr ianças, pois aux iliam no diagnóst ico de alt er ações nut r icionais, na av aliação d as car act er íst icas m or f ológ icas in d iv id u ais e n a det erm inação do prognóst ico dos defeit os de base e su a s co m p l i ca çõ e s. No Br a si l , o s i n d i ca d o r e s usualm ent e ut ilizados incluem o cálculo de percent is de altura por idade, peso por altura e peso por idade, além das m edidas dos perím et ros cefálico, t orácico e abdom in al, e das pr egas cu t ân eas su bescapu lar e t ricipit al( 1).

Ap e s a r d e u m a i n f l u ê n c i a g l o b a l n o t rat am ent o de crianças com cardiopat ias congênit as, a r elação ex at a en t r e cr escim en t o e d if icu ld ad es a l i m en t a r es a i n d a n ã o est á b em el u ci d a d a( 2 ). É necessário acrescent ar que exist em poucos est udos q u e a v a l i a m a r e l a ç ã o e n t r e a s m e d i d a s an t r op om ét r icas e os in d icad or es d e cr escim en t o n e s s a p o p u l a ç ã o . Al é m d i s s o , o p r o c e s s o d e hospit alização é r elat ado com o fat or agr av ant e do desenvolvim ent o infant il( 7). Por t udo isso, o propósit o do present e est udo foi avaliar a correlação ent re as m e d i d a s a n t r o p o m é t r i c a s d e c r i a n ç a s c o m c a r d i o p a t i a c o n g ê n i t a c o m o s p e r c e n t i s q u e r e p r e s e n t a m o s i n d i c a d o r e s d e c r e s c i m e n t o . Es p e c i f i c a m e n t e , b u s c o u - s e d e s c r e v e r s e u s indicadores de crescim ent o, dados ant ropom ét ricos, b e m co m o su a s d i f e r e n ça s p o r se x o e t i p o d e car diopat ia.

MATERI AL E MÉTODOS

(3)

cr ianças int er nadas no per íodo de j unho a dezem br o d e 2 0 0 4 q u e ap r esen t ar am os seg u in t es cr it ér ios p ar a i n cl u são : i d ad e at é 1 2 m eses; d i ag n ó st i co m é d i c o c o n f i r m a d o d e c a r d i o p a t i a c o n g ê n i t a acian ót ica ou cian ót ica; e o f at o d e n ão t er sid o su bm et ida à cor r eção cir ú r gica car díaca def in it iv a o u p al i at i v a. Co m o cr i t ér i o s d e ex cl u são , f o r am d ef in i d os: saíd a d a cr ian ça d a u n id ad e lócu s d o e s t u d o p o r a l t a o u t r a n s f e r ê n c i a , e acom p an h am en t o d a cr ian ça p or p essoa in cap az d e f or n ecer os d ad os n ecessár ios. O p er íod o f oi delim it ado com base na disponibilidade dos aut or es par a a colet a dos dados.

A coleta de dados foi realizada m ediante um prot ocolo est andadizado em que se colet aram , além d o sex o, id ad e ( m eses) , t ip o d e car d iop at ia ( 0 -acian ót ica, 1 - cian ót ica) , p eso ao n ascer ( k g ) e co m p r i m e n t o a o n a sce r ( cm ) , m e d i d a s ant ropom ét ricas e indicadores de crescim ent o.

Par a av aliação an t r opom ét r ica da cr ian ça, d e t e r m i n o u - se a m e n su r a çã o d e p e so ( k g ) , co m p r i m e n t o ( cm ) , p e r ím e t r o ce f á l i co ( cm ) , perím et ro t orácico ( cm ) , perím et ro abdom inal ( cm ) , prega tricipital ( m m ) e prega subescapular ( m m ) . Para m inim izar o v iés de afer ição, pr oceder am m edidas t r i p l i ca t a s p a r a ca d a u m a d e ssa s v a r i á v e i s, calculando- se as respectivas m édias. Foram utilizados, com o inst rum ent os de m edida, balança Filizola® BP baby com capacidade m áxim a de 15 kg e divisões de 5 g , ad ip ôm et r o San n y® com escala g r ad u ad a d e m edição em décim os de m ilím et ro, fit a m ét rica não dist en sív el com escala gr adu ada em m ilím et r os e ant ropôm et ro cient ífico. Para as m edidas de peso e com pr im ent o, adot ar am - se as t écnicas de m edição ant ropom ét ricas em crianças de zero a 23 m eses( 1). As m e d i d a s d o s p e r ím e t r o s e p r e g a s cu t â n e a s se g u i r a m p r o ce d i m e n t o s d e scr i t o s n a l i t e r a t u r a especializada( 1- 8).

Pa r a a v a l i a çã o d o cr e sci m e n t o , f o r a m calculados os percent is de alt ura por idade, peso por alt ura e peso por idade, conform e as recom endações da Or ganização Mundial de Saúde, com base num a v er são n or m alizad a d as cu r v as d e r ef er ên cia d e crescim ent o do Nat ional Cent er for Healt h St at ist ics ( NCHS) de 1977( 8). O pont o de cor t e r ecom endado para avaliação do déficit de crescim ento é o percentil 3, o qual foi adotado nesta pesquisa. Valores situados ent re o percent il 3 e o 10 foram considerados com o sit uados em faixa de risco( 1).

Os dados foram analisados m ediante o pacote SPSS versão 13.0©. Opt ou- se pelo soft ware Nut St at© para cálculo dos percent is. Para a análise descrit iva, f o r a m co n si d e r a d a s a s f r e q ü ê n ci a s a b so l u t a s e percent uais. Para com parar os percent is com o sexo e o t ipo de car diopat ia, os dados for am or denados em post os par a post er ior cálcu lo de su as m édias, co n si d e r a n d o - se q u e o s p e r ce n t i s t e n d e m a apresent ar dist ribuições assim ét ricas, o que dificult a a co m p a r a çã o d i r e t a d e su a s m é d i a s. Pa r a a s variáveis num éricas, foram apresent adas m edidas de t en d ên cia cen t r al, d isp er são e sep ar at r izes. Par a an ál i se d e co r r el ação , u t i l i zo u - se co ef i ci en t e d e cor r elação de Spear m an ( Rho) .

O pr oj et o f oi en cam in h ado à Dir et or ia da I nst it uição, par a aut or ização da colet a de dados, e a o se u Co m i t ê d e Ét i ca , b u sca n d o a t e n d e r a o s aspectos contidos na resolução 196/ 96 sobre pesquisa com ser es hum anos do Conselho Nacional de Ét ica em Pesquisa/ Minist ério da Saúde, recebendo, ent ão, par ecer f av or áv el( 9 ). A colet a f oi r ealizada após a plena conscient ização do sigilo sobre as inform ações e ident idades, bem com o a assinat ura do t erm o de co n se n t i m e n t o l i v r e e e scl a r e ci d o p e l o s p a i s / r esponsáv eis das cr ianças.

RESULTADOS

A m édia de idade das cr ianças foi de 4,74 m eses ( DP ± 3 , 7 8 ) , com 2 5 % delas apr esen t an do idade de até 1 m ês, e 75% , até 8 m eses. Houve, no entanto, m aior freqüência na faixa de idade de até 3 m eses ( 46,7% ) . Do t ot al, 66,7% das crianças eram do sexo m asculino, num a razão de dois m eninos para um a m enina. Ressalt a- se que essa pr opor ção pode ser m aior, chegando à razão de quatro m eninos para um a m enina, se forem considerados os extrem os dos int ervalos de confiança, onde o m enor percent ual de crianças do sexo fem inino seria de 20% , e o m aior para o sexo m asculino, de 80% .

(4)

Tabela 1 - Características antropom étricas de crianças port adoras de cardiopat ias congênit as int ernadas no Hospit al de Fort aleza - CE

m et a d e d a s a v a l i a çõ es r ea l i za d a s a p r esen t a r a m valores considerados indicativos de baixo crescim ento ( 46,7% ) . Esse valor chega a 71,1% do t ot al, se for acr escen t ad o às cr i an ças n a f ai x a d e r i sco co m m e d i a n a p r ó x i m a a o p e r ce n t i l 4 . Os d a d o s sã o sem elhantes para o percentil de Peso por Altura, dos quais 35,6% dos valores estavam abaixo do percentil 3, e o t ot al acum ulado de valores at é o percent il 10 era de 70,4% . O pior indicador foi o percentil de Peso por I dade, com 71,9% dos valores abaixo do percentil 3 , co m u m p er cen t u a l a cu m u l a d o d e 8 2 , 2 % d e av aliações com v alor es ab aix o d o p er cen t il 1 0 e m e d i a n a a b a i x o d o p e r ce n t i l 1 ( Ta b e l a 1 ) . Part icularm ent e, os percent is de I dade por Alt ura e Peso por I dade apresent aram m aior m édia de post os para o sexo m asculino, porém o t ipo de cardiopat ia m ost rou diferenças discret as por sexo ( Tabela 2) .

Tabela 3 - Correlação (ρ) de percent is com m edidas antropom étricas de crianças portadoras de cardiopatias congênit as int ernadas no Hospit al de Fort aleza, CE

s i e v á i r a

V Média DP Percentis

5

2 50 75

) s e s e m ( e d a d

I 4,75 3,75 1 4 8

) m c ( o t n e m ir p m o

C 57,54 7,87 50,5 57 64,4

) g K ( o s e

P 4,46 1,49 3,34 4,03 5,9

) g k ( r e c s a n o a o s e

P 3,11 0,63 2,63 3,13 3,35

) m c ( r e c s a n o a o t n e m ir p m o

C 48,6 2,34 47 49 50

) m c ( l a n i m o d b A o r t e m í r e

P 37,96 3,27 35,2 38,3 40,5

) m c ( o c i c á r o T o r t e m í r e

P 38,65 3,76 35,6 39,8 42,1

) m c ( o c il á f e C o r t e m í r e

P 38,51 3,28 36,3 38,3 41,3

) m m ( l a ti p i c ir T a g e r

P 3,69 1,57 2,2 3,8 4,4

) m m ( r a l u p a c s e b u S a g e r

P 3,22 1,34 2,3 3,4 4,2

A I

P 10,89 17,64 0,48 4,06 13,72

A P

P 17,3 24,1 2,79 5,91 22,96

I P

P 7,29 16,64 0,12 0,72 5,21

DP - Desvio- padrão, PI A - Percentil I dade/ Altura; PPA - Percentil Peso/ Altura; PPI - Percentil Peso/ I dade.

A m édia de com pr im ent o ao nascer foi de 48,6 cm . ( DP ± 2,34 cm ) , e a m édia de peso ao nascer foi de 3,11 kg ( DP ± 0,63 kg) . Em bor a a m édia de com prim ent o at ual possa ser considerada adequada para a idade m édia da am ostra ( 57 cm , DP ± 7,87) , a m édia de peso at ual é not adam ent e baixa ( 4,46 kg, DP ± 1,49) se se considerar um ganho m édio de peso de som ent e 1 kg para um a idade m édia de quase 5 m eses. As m édias ent re os t rês perím et ros avaliados est iv er am m u it o pr óx im as en t r e si com u m v alor pr óx im o de 38, 51 cm e desv io- padr ão ent r e 3, 2 e 3,8. Os valores m édios das pregas cut âneas t am bém est iveram próxim os ent re si, sendo a do t ríceps de 3, 69 m m ( DP ± 1, 57) , e da pr ega subescapular de 3,22 m m ( DP ± 1,34) ( Tabela 1) .

Tabela 2 - Análise de diferença de m édia dos post os de percent is ant ropom ét ricos de crianças port adoras de cardiopat ias congênit as int ernadas no Hospit al de Fort aleza, CE, segundo sexo e t ipo de cardiopat ia

s it n e c r e

P Sexo MédiadosPostos Cardiopaita MédiadosPostos

A I

P Feminino 48,69 Acianóitca 70,17 o n il u c s a

M 77,66 Cianóitca 65,52

A P

P Feminino 66,64 Acianóitca 59,78 o n il u c s a

M 56,73 Cianóitca 59,14

I P

P Feminino 54,23 Acianóitca 68,76 o n il u c s a

M 74,88 Cianóitca 67,13

PI A - Percentil I dade/ Altura; PPA - Percentil Peso/ Altura; PPI - Percentil Peso/ I dade

Not adam ent e, a m ediana dos t rês percent is m ost r a v alor es ab aix o d o p er cen t il 1 0 , in d ican d o gr ande pr opor ção de v alor es na faix a consider ada de risco. No percent il de idade por Alt ura, quase a

s a c i r t é m o p o r t n A s a d i d e

M PIA PPA PPI

l a n i m o d b A o r t e m í r e

P 0,027 -0,010 -0,148

o c i c á r o T o r t e m í r e

P -0,031 -0,212 -0,280

o c il á f e C o r t e m í r e

P -0,060 -0,372 -0,345

s p e c í r T o d a g e r

P 0,188 -0,083 0,119

r a l u p a c s e b u S a g e r

P 0,230 0,202 0,321

PI A - Percentil I dade / Altura; PPA - Percentil Peso / Altura; PPI - Percentil Peso / I dade; ρ - Coeficiente de Correlação de Spearm an

Na análise de cor r elação não par am ét r ica, o b se r v o u - se q u e a p r e g a su b e sca p u l a r e st e v e correlacionada de form a posit iva aos t rês percent is. A m elhor correlação se deu com o percent il de Peso por I dade ( R = 0,321) . Est e percent il foi t am bém o que se m ostrou m ais correlacionado com quase todas as m edidas ant ropom ét ricas, excet uando- se a prega do t ríceps. A correlação negat iva dos percent is com o s p e r ím e t r o s m o st r a q u e o s i n d i ca d o r e s d e crescim ent o não est ão se desenvolvendo a cont ent o à m ed id a q u e as est r u t u r as e ór g ãos d a cr ian ça cr escem . Assim , en qu an t o os per ím et r os cef álico, torácico e abdom inal aum entam pelo crescim ento dos órgãos int ernos, as relações ent re os indicadores de crescim ent o se det erioram ( Vide Tabela 3) .

DI SCUSSÃO

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faix as de idade m ais fr eqü en t em en t e en con t r adas f o r a m a n e o n a t a l e o p e r ío d o d e l a ct â n ci a , correspondendo a 71,5% do total de participantes com d ef ei t o( 1 0 ). Est u d o an t er i or d esen v ol v i d o j u n t o a lactentes com cardiopatias congênitas identificou perfil sem elhant e aos apresent ados nest e est udo quant o à idade e ao sex o( 4). Apesar da m aior pr opor ção de cr ianças do sex o m asculino no pr esent e est udo, a pr ev alência das car diopat ias congênit as é difer ent e nos v ár ios t ipos de defeit os diagnost icados. Alguns d e sse s d e f e i t o s p o d e m , i n cl u si v e , a p r e se n t a r proporções m aiores em crianças do sexo fem inino( 10). Ent r e as m edidas usualm ent e ut ilizadas na avaliação infant il, o peso e com prim ent o são aquelas que apr esent am m aior v elocidade de cr escim ent o, principalm ent e do período de nascim ent o at é os dois p r i m e i r o s a n o s d e v i d a . En t r e t a n t o , a descom pensação das car diopat ias congênit as pode dim inuir ou interrom per a velocidade de crescim ento. Ressalta- se que, após o nascim ento, as crianças com ca r d i o p a t i a s co n g ê n i t a s a p r e se n t a m p e r f i s sem elh an t es ao d as cr ian ças d est e est u d o, cu j os valores de peso e com prim ento ao nascer encontram -se pr óxim os ou m esm o na faixa de nor m alidade, e os escores da escala de Apgar são geralm ente altos( 11). Considerando as m edidas dos perím et ros de for m a isolada, suas m édias encont r am - se na faix a de norm alidade. Especificam ente, o perím etro cefálico a v a l i a d i r e t a m e n t e o cr e sci m e n t o d a ca b e ça e , indiret am ent e, o desenvolvim ent o do cérebro( 1). Seu v alor em r ecém - n ascido a t er m o é de 3 2 - 3 5 cm , podendo ser m enor em virt ude do cavalgam ent o das su t u r as. Seu cr escim en t o é m aior n os p r im eir os m eses d e v id a: cor r esp on d e a 2 cm p or m ês n o prim eiro trim estre e dim inui nos dem ais m eses( 8). Ao se calcular o v alor do per ím et r o cefálico par a um a i d a d e d e 5 m e se s, o b t é m - se u m v a l o r q u e se aproxim a da m édia encontrada na am ostra estudada. Fat o sem elhant e ocorre com os dem ais perím et ros.

Ao n a sci m e n t o , o p e r ím e t r o t o r á ci co é a p r o x i m a d a m en t e 2 cm m en o r q u e o p er ím et r o cefálico, igualando- se em t orno dos 6 m eses de vida e assum indo m aiores proporções a partir do prim eiro ano de vida( 8). Ao nascer, o per ím et r o abdom inal é cer ca de 2 - 3 cm m en or qu e o per ím et r o cef álico, guar dando pr opor ção sem elhant e de v elocidade de cr escim ent o com o per ím et r o t or ácico. As m edidas encont radas nest e est udo, ent re os t rês perím et ros, m o st r a r a m v a l o r e s se m e l h a n t e s e n t r e si , p o ssi v e l m e n t e e m v i r t u d e d a p r e se n ça d e

d ef or m id ad es t or ácicas e con t or n o d ist en d id o d o ab d om e ap r esen t ad os p or cr ian ças com d oen ças car díacas congênit as.

As m edidas que sofr em m aior per da ent r e cr i a n ça s co m ca r d i o p a t i a s co n g ê n i t a s sã o o com prim ent o e o peso at ual. Espera- se um aum ent o de com pr im ent o de 15 cm no pr im eir o sem est r e e m ais 10 cm no segundo sem est re. A criança cresce cerca de 3 cm no prim eiro m ês de vida e 1 a 2 cm nos dem ais m eses( 12). Com r elação ao peso, at é o terceiro m ês de vida, a avaliação ponderal da criança é f ei t a p el o g an h o d e p eso em g r am as p or d i a, m ant endo um a razão de 25 a 30 g/ dia. A part ir do se g u n d o t r i m e st r e , o g a n h o d i á r i o ca i progressivam ent e, chegando a 10 g/ dia nos últ im os t r ês m eses( 13). As m édias de peso e com pr im en t o m ost r ar am um a dim inuição dos v alor es esper ados para um a idade m édia de 5 m eses nas crianças com car diopat ias congênit as av aliadas.

É i m p o r t a n t e r e ssa l t a r q u e a s m e d i d a s ant r opom ét r icas isoladas são v azias de significados par a av aliação do cr escim ent o infant il. Por isso, é necessár ia a associação com sexo, idade ou out r as v a r i á v e i s a n t r o p o m é t r i ca s e a co n st r u çã o d e indicador es. Ao se consider ar o índice de peso por alt u r a, a lit er at u r a ap on t a q u e, em cr ian ças com car diopat ias congênit as, ele cai r apidam ent e diant e de sit uações adv er sas, pr incipalm ent e na pr esença de cardiopat ias cianót icas( 1,11), fat o que corrobora os present es achados. Além disso, as crianças avaliadas t iveram os índices de peso e com prim ent o por idade próxim os aos pont os de cort e inferior. Percebeu- se, tam bém , nessas crianças, dificuldade no desem penho de at iv idades psicom ot or as pr ópr ias da faix a et ár ia em est udo.

Entretanto, a influência do tipo de cardiopatia so b r e o cr e sci m e n t o d a cr i a n ça a i n d a n ã o f o i el u ci d ad a. Um est u d o an t er i or( 1 4 ) n ão en co n t r o u diferença dos valores dos indicadores antropom étricos entre os grupos de crianças com cardiopatia cianótica e acianót ica. É im port ant e esclarecer que, de form a sem elh an t e, n ão f oi en con t r ad a t al d if er en ça n o pr esent e est udo.

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com car d iop at ias con g ên it as t en d em a p ior ar n a relação peso por alt ura, especialm ent e ent re 6 e 12 m eses de idade( 9).

De form a paralela a esses dados, um estudo d e se n v o l v i d o co m cr i a n ça s b e l g a s m o st r o u u m aum ent o na freqüência e severidade da m á nut rição agu da e cr ôn ica após o n ascim en t o, qu e f oi m ais intenso nas crianças com m últiplos defeitos ( p= 0,03) . A m á n u t r ição cr ôn ica f oi en con t r ad a com m aior fr eqüência em cr ianças com insuficiência car díaca, cianose ou um a com binação de am bos ( p= 0,01) . A prevalência de m á nut rição não foi influenciada por sexo, nem pelo m ot ivo do int ernam ent o, porém suas con seqü ên cias n o cr escim en t o das cr ian ças f or am p e r ce p t ív e i s( 1 1 ). D i f e r e n t e m e n t e , n e st e e st u d o , diferenças por sexo foram ident ificadas nos percent is de idade por alt ura e peso por idade.

Lam en t av elm en t e, n ão f or am en con t r ados est udos que cor r elacionassem per ím et r os e pr egas cut âneas com percent is de crescim ent o ut ilizados no p r e se n t e e st u d o . Um p o n t o i m p o r t a n t e a se r dest acado, ent r et ant o, é a cor r elação negat iv a dos per ím et r os cefálico e t or ácico com os per cent is de p eso p o r a l t u r a e p eso p o r i d a d e, m o st r a n d o a t endência ao desenv olv im ent o dos ór gãos int er nos, notadam ente o cérebro e as estruturas cardíacas e a d éb il p r og r essão d os in d icad or es d e cr escim en t o, principalm ent e aqueles relacionados ao peso. Em bora a s p r eg a s m a n t en h a m u m a co r r el a çã o p o si t i v a , p r in cip alm en t e a su b escap u lar, su a in f lu ên cia se m ost rou débil sobre os indicadores de crescim ent o.

É im portante destacar que o presente estudo m o st r a a l g u m a s l i m i t a çõ es q u e d ev em ser consideradas em sua aplicação. Em prim eiro lugar, o u so d e p er cen t i s p ar a an ál i se d e cr esci m en t o e desenv olv im ent o de cr ianças, apesar de com um no Brasil, dificulta a com paração com dados internacionais que com um ent e ut ilizam os escores Z. Além disso, é necessário ressalt ar que os dados aqui apresent ados não for am com par ados com um gr upo cont r ole de crianças sem cardiopat ias, im possibilit ando avaliar a eficácia da utilização prática dos percentis. O fato de o est udo t er sido desenv olv ido com cr ianças de um a região m ais carente econom icam ente do país pode ter influenciado nos baixos índices identificados. Adem ais, a m u l t i p l i ci d a d e d e a l t er a çõ es h em o d i n â m i ca s, provocadas pelos vários defeitos cardíacos, é um fator que deve ser considerado na análise da ausência de diferença ent re os percent is est udados.

É im p or t an t e d est acar q u e, em r elação à p r át ica d e en f er m ag em , o cu id ad o d ir ecion ad o a cr i a n ça s co m ca r d i o p a t i a s co n g ên i t a s f o i p o u co est udado em nosso país. As enferm eiras brasileiras necessitam de inform ações m ais acuradas para avaliar a p r o g r essã o e o est á g i o d o co m p r o m et i m en t o cardíaco, com vistas a identificar as respostas hum anas e fat ores relacionados à nut rição e ao crescim ent o e desenvolvim ent o dessa população. Essa área carece de estudos que perm itam um a descrição m ais profunda de t ais r espost as e, sobr et u do, de pesqu isas qu e envolvam int ervenções direcionadas especificam ent e à m elhoria dos seus indicadores nut ricionais.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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