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Medição de Tensões e Correntes Eléctricas Leis de Ohm e de Kirchoff (Rev. 03/2008) 1. Objectivo:

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Medição de Tensões e Correntes Eléctricas

Leis de Ohm e de Kirchoff

(Rev. 03/2008)

1. Objectivo:

Aprender a medir tensões e correntes eléctricas com um osciloscópio e um multímetro digital e interpretar a validade dos valores obtidos através do conceito de resistência interna de um aparelho (multímetro e osciloscópio). Medição de grandezas AC e DC. Verificação experimental das leis de Kirchoff.

2. Introdução:

2.1. Medição de Tensões e Correntes Eléctricas

O multímetro digital que vai utilizar pode realizar diferentes funções, nomeadamente: . Determinação de tensões contínuas (DC).

. Determinação de tensões alternadas (AC). . Determinação de correntes contínuas (DC). . Determinação de correntes alternadas (AC). . Medição de resistências.

Uma tensão contínua (DC) é constante no tempo. Uma tensão alternada (AC) varia no tempo por exemplo assumindo a forma, no caso de uma variação sinusoidal:

g(t) = G0 cos(ω.t+α)

em que G0 é uma constante (amplitude máxima), ω é a frequência angular (ω = 2π.f, com f - fre-quência igual ao inverso do período f = 1/T) e onde α corresponde à fase inicial (constante que depende da situação da variação no momento t = 0). Definem-se ainda a amplitude pico-a-pico da tensão, Gpp = 2.G0, e a amplitude eficaz Geff = (G0 /√ 2), ou RMS (“Root Mean Square”).

O esquema da Fig.1 mostra como montar uma resistência de teste para medidas de tensão, corrente e resistência. No caso da medição da resistência, na realidade o multímetro está a impor uma corrente predeterminada à resistência, medindo a queda de tensão resultante, com o valor da resistência a ser determinado depois utilizando a fórmula da Lei de Ohm V = R.I.

(2)

Para medir a queda de tensão AC ou DC através de uma resistência coloque o multímetro no modo correspondente à medição de tensões (V) e ligue o multímetro em paralelo com os terminais da resistência (Fig.la). Para medir uma corrente AC ou DC que passa através de uma resistência coloque o multímetro no modo de medição de corrente (A) e ligue a resistência em série com o multímetro (Fig.1b). Para determinar o valor de uma resistência coloque o multímetro no modo “resistência (Ω)” e ligue esta directamente aos terminais do multímetro (Fig.1c).

Nota: Antes de utilizar qualquer destas funções, verifique que o multímetro mede zero quando curto-circuitado.

Quando utilizamos um multímetro no laboratório, assumimos frequentemente que se trata de um instrumento ideal, ou seja, que o aparelho de medida não tem qualquer influência sobre o circuito e medições realizadas. Para que isto fosse verdade o voltímetro ideal teria resistência interna infinita, de forma a não desviar corrente do circuito, e o amperímetro ideal teria uma resistência interna nula, de forma a não originar queda de tensão no seu interior devido à passagem da corrente. Na prática os voltímetros ou amperímetro reais tem resistências internas finitas e bem determinadas.

Na Fig.2 estão representados esquematicamente os circuitos equivalentes de um voltímetro e de um amperímetro reais, tendo em conta as suas resistências internas finitas.

Figura 2: Voltímetro e amperímetro reais.

Ao ligar o voltímetro com resistência interna RV aos terminais de uma resistência R a resistência que passa a estar no circuito é equivalente a duas resistências em paralelo, R e RV (Fig.2a).

Ao ligar o amperímetro com resistência interna RA a um circuito em série com uma resistência

R a resistência que passa a presente no circuito é equivalente a duas em série, R e RA (Fig.2b).

2.2. Leis de Ohm e de Kirchoff 2.2.1. Lei de Ohm

A lei de Ohm relaciona a tensão (V) aos terminais de um circuito resistivo com a corrente eléc-trica (I) que atravessa esse mesmo circuito:

V = R.I

(3)

2.2.2. Leis de Kirchoff

As leis de Kirchoff consideradas neste trabalho são duas: lei dos nós e lei das malhas.

A lei dos nós afirma que a soma das correntes que chegam a um dado nó de um circuito é igual à soma das correntes que dele partem, ou seja, que a soma algébrica das correntes num determinado nó do circuito é nula: Ii i n =

= 1 0

A lei das malhas afirma que a soma algébrica das tensões numa malha fechada é nula:

Vi i n =

= 1 0

2.3. Exemplos e Casos Particulares 2.3.1. Resistências em paralelo

Na Fig.3 está representado um circuito com uma fonte de tensão (V) e duas resistências R1 e R2 ligadas em paralelo.

Fig.3: Resistências ligadas em paralelo

Se quisermos substitui-las por uma resistência equivalente R que obrigue a fonte a fornecer a mesma corrente, partimos da equação:

V = R.I

Por outro lado, temos:

V1 = V2= V e ainda V1 = V = R1.I1 e V2 = V = R2.I2

Pela lei dos nós:

I1 + I2 = I

Substituindo os valores das correntes, utilizando a lei de Ohm:

V

R1+ RV2 =VR

e simplificando

1 1 1

(4)

2.3.2. Resistências em série

Na Fig.4 vem representado um circuito com uma fonte de tensão (V) e duas resistências R1 e R2 ligadas em série.

Figura 4: Resistências ligadas em série.

Se quisermos substitui-las por uma resistência equivalente R que obrigue a fonte a fornecer a mesma corrente, sabemos que:

V = R.I

Por outro lado, temos que:

I1 = I2 = I e ainda V1 = R1.I e V2 = R2.I

Pela lei das malhas:

V1 + V2 − V = 0 ⇔ V1 + V2 = V Substituindo o valor das correntes, utilizando a lei de Ohm:

R1.I + R2.I =R.I

e simplificando:

R1 + R2 = R

2.3.3. Divisor de Tensão

Um circuito divisor de tensão básico é, essencialmente, um circuito com duas resistências em série (ou uma combinação de várias resistências em série e paralelo) onde se determina a queda de tensão ora numa ora na outra resistência, queda de tensão essa que é uma certa fracção da tensão total aplicada.

Considerando o circuito da Fig.4 como um divisor de tensão queremos determinar a tensão V2 aos terminais da resistência R2. Mais uma vez, pela lei de Ohm:

V2 = R2.I

Por outro lado, e utilizando o resultado obtido no ponto anterior, sabemos que:

I V R R = +

(

1 2

)

e substituindo: V V2 R RR2 1 2 = +

(

)

(5)

2.3.4. Circuito com duas malhas

A Fig.5 temos um circuito com com resistências que formam duas malhas e que inclui uma fonte de tensão.

Figura 5: Circuito com duas malhas.

Vejamos como podemos determinar, por exemplo, as correntes I1 e I5 que passam, respectiva-mente, pelas resistências R1 e R3.

A lei dos nós implica a validade da seguinte relação:

I1 + I2 = I3

A lei das malhas obriga a que (escolhendo circular em ambas as malhas, esquerda e direita, no sentido dos ponteiros do relógio):

VA + V2 - V1 = 0 e V3 + V4 + V2 = 0

Aplicando a lei de Ohm obtemos:

VA + R2.I2 - R1.I1 = 0 e R3.I3 +R4.I4 + R2.I2 = 0

Portanto, ficamos com um sistema de 3 equações lineares que pode ser facilmente resolvido e em que as incógnitas são as correntes:

I1 + I3 += I2

VA + R2.I2 - R1.I1 = 0 R3.I3 + R4.I3 +R2.I2 = 0

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3. Equipamento laboratorial:

1. Multímetro Digital 2. Osciloscópio

3. Fonte de tensão-corrente regulável 4. Gerador de sinais

5. Resistências diversas 6. Breadboard

4. Procedimento experimental:

4.1. Medição de tensões AC

Ligue o gerador de sinais a uma resistência de 4,7 kΩ. Ligue o osciloscópio aos terminais da resistência.

Atenção: assegure-se de que as terras tanto do gerador como do osciloscópio estão liga-

das uma à outra, senão poderá avariar o gerador de sinais!

1- Utilize o gerador de sinais para produzir um sinal sinusoidal de 1 kHz com uma amplitude de 6V pico-a-pico (Vpp = 6V). Prepare o multímetro para medir “Volts AC” e meça a tensão aos

terminais da resistência.

2- Repita o ponto anterior para um sinal triangular de 1 kHz com uma amplitude de 6V pico-a-pico (Vpp = 6V). Prepare o multímetro para medir “Volts AC” e meça a tensão aos terminais da

resistência.

Compare os valores obtidos em ambos os casos, quer com o oscilocópio, quer com o multímetro, e verifique se são compatíveis e indique o factor de conversão entre medições.

Note que o multímetro não mede uma tensão pico-a-pico (Vpp) mas sim uma tensão eficaz (VRMS). A explicação e demonstração matemática dos cálculos encontra-se no “ManualLab.pdf” no Apêndice dedicado ao RMS.

4.2. Construção da curva “Tensão vs. Corrente” para uma resistência

Monte o circuito da Fig.7 com uma resistência R = 1Ω.

Meça a queda de tensão V na resistência para a corrente I, variando esta de 0 a 1A em intervalos de 0,1 A. Determine por regressão linear (traçando o gráfico respectivo), o valor experimental de

R (R corresponde ao declive da recta).

Figura 7: Montagem para determinação indirecta da resistência.

4.4. Divisor de tensão

Monte o circuito da Fig.8 (divisor de tensão) utilizando duas resistências Rl = R2 = 3,3 kΩ. Alimente o circuito com uma tensão de 6,0 V. Meça as tensões entre os pontos AA’ e BB’.

Repita as mesmas medidas utilizando o osciloscópio em vez do multímetro digital.

Nota: neste caso o osciloscópio só mostra uma variação do sinal DC pois não há nenhum

(7)

Mude agora para outro par de resistências Rl = R2 = 4,7 MΩ. Repita as medições efectuadas anteriormente.

Atenção: as medidas de tensão devem ser feitas com precisão superior à centésima de

volt!

Justifique os resultados, verificando se os valores medidos correspondem ao esperado.

Figura 8: Montagem para medições no divisor de tensão.

4.5. Leis de Kirchoff

Monte o circuito da anterior Fig.5 com as seguintes resistências:

R1= 4,7 kΩ ; R2= 1,0 kΩ ; R3= 3,3 kΩ ; R4= 4,7 kΩ.

Regule a fonte DC para aplicar ao circuito uma tensão de 4,0 V (verificar com o multímetro!). Meça as tensões nas resistências R1, R2, R3 e R4 (cuidado com os sinais das tensões!).

Calcule as correspondentes correntes a partir das tensões medidas utilizando a lei de Ohm. Verificar experimentalmente a lei das malhas na malha da esquerda e na malha da direita. Verificar ainda a lei dos nós em ambos os nós com três ramos.

Referências

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