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Projeto Pedagógico da Especialização em Teatro e Educação

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE

DE MINAS GERAIS – CAMPUS DIAMANTINA

Projeto Pedagógico da Especialização em

Teatro e Educação

Campus Diamantina

Versão do documento: 1 ª versão

Resolução de Implantação Resolução de Reestruturação

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JAIR MESSIAS BOLSONARO Presidente da República ABRAHAM WEINTRAUB

Ministro da Educação ARIOSTO ANTUNES CULAU

Secretário(a) da Educação Profissional e Tecnológica Prof. JOSÉ RICARDO MARTINS DA SILVA

Reitor

Prof. EDMILSON TADEU CASSANI Pró-Reitor de Administração e Planejamento

Prof. ALISSON MAGALHÃES CASTRO Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional Prof. RICARDO MAGALHAẼS DIAS CARDOZO

Pró-Reitor de Ensino

Profª. MARIA ARACI MAGALHÃES Pró-Reitora de Extensão Prof. ROGÉRIO MENDES MURTA

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IFNMG CAMPUS DIAMANTINA JÚNIO JÁBER

Diretor(a) Geral FLOR MURTA Diretora de Ensino

SULAMITA MARIA COMINI CÉSAR Coordenadora de Ensino

RAMONY MARIA DA SILVA REIS OLIVEIRA

Coordenadora do Núcleo de Educação a distância-Campus Diamantina DAYSE LÚCIDE SANTOS

Coordenador de Curso COMISSÃO DE CRIAÇÃO

Bruna Mendes Oliveira - Técnica em Assuntos Educacionais Daniel Alberti Perez - Professor EBTT

Dayse Lucide Santos - Professor EBTT Elizabeth - Professor EBTT

Gregório Hernández Pimenta - Professor EBTT

Hannah Serrat de Souza Santos - Tecnóloga - Produção Cultural Málter Dias Ramos - Professor EBTT

Mariana Emiliano Simões - Professor EBTT Pedro Luis Braga Silva - Professor EBTT

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SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO . . . . 06

2 JUSTIFICATIVA . . . . 06

3 HISTÓRICO . . . 09

3.1 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E TÉCNICO METODOLÓGICOS GERAIS QUE NORTEIAM AS PRÁTICAS ACADÊMICAS

3.2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

4 CONCEPÇÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO . . . . 12

5 OBJETIVOS . . . 15

5.1 GERAL 5.2 ESPECÍFICOS

6 PÚBLICO-ALVO . . . . 16

6.1 COMPETÊNCIAS E HABILITAÇÕES DOS EGRESSOS

7 METODOLOGIA. . . . . 17

7.1 MODALIDADE DE ENSINO HÍBRIDO (BLENDED LEARNING) 7.2 OS PROJETOS EM TEATRO E EDUCAÇÃO

7.3 PROFESSORES-TUTORES

7.4 ESTRUTURA METODOLÓGICA DO CURSO

8 COORDENAÇÃO . . . . 20

9 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR . . . . 21

9.1 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS – 1º MÓDULO 9.2 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS – 2º MÓDULO

10 ESTRUTURA DAS DISCIPLINAS . . . . 33

11 INFRAESTRUTURA . . . . 35

12 CORPO DOCENTE . . . . 36

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14 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO . . . . 38 13.1 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

13.2 AUTOAVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CURSO

15 CERTIFICAÇÃO . . . . 42

16 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO . . 42

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1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Tabela I - Ficha de Identificação do Curso

Denominação do Curso Especialização em Teatro e Educação

Área do conhecimento Área de Concentração da CAPES: Educação.

Forma de oferta por módulo semestral

Período e Periodicidade 12 meses com entrada anual, conforme demanda

Carga Horária Total 380 horas

Modalidade Educação à Distância

Ano de Implantação 2021

Número de Vagas Oferecidas 120 Controle de Frequência

Autorização para Funcionamento

Critério de Seleção Edital Público e classificação por tempo de experiência na área.

2. JUSTIFICATIVA

A formação na área de Artes Cênicas vem se mostrando uma importante demanda das regiões de abrangência do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, seja por parte de artistas, arte-educadores, professores, produtores e gestores culturais, seja por jovens que almejam a constituição de espaços de formação, criação, circulação, intercâmbio de experiências e fruição artísticas. As potencialidades culturais da cidade de Diamantina, por sua importância histórica e dos municípios localizados nas regiões de abrangência do IFNMG, provocam, no campo da cultura, a necessidade de constante formação e produção artística e cultural. Reconhece-se que há um amplo leque de oportunidades ainda pouco trabalhadas na área da cultura e economia da cultura da região, reconhecida nacional e internacionalmente em inúmeras áreas artísticas.

A existência de espaços dedicados à cultura, preservação de memória e ensino de Música mostram que Diamantina - através do seu conservatório musical - é um potencial pólo de desenvolvimento cultural, turístico e artístico. É em um cenário multi e interdisciplinar entre as diferentes áreas artísticas que reside a possibilidade de criação e inovação. O Teatro em Diamantina

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apresenta significativas trajetórias que merecem ser indicadas Assim, a oferta do curso de Especialização em Teatro e Educação, ora oportunizada pelo IFNMG - Campus Diamantina, além de ser um marco na formação continuada e profissionalizante em Educação em Diamantina e adjacências, contribuirá para a constituição de um ambiente promissor tanto para a produção artística local de forma abrangente, quanto para a formação de professores na região.

A cidade de Diamantina, cuja formação é ligada à exploração de ouro e diamante em meados de 1714, ergueu, no ano de 1841, seu primeiro espaço dedicado ao ofício do Teatro: o Teatro Santa Izabel. No período de funcionamento do antigo Teatro, foram apresentadas diversas e importantes peças teatrais. Como consequência da depressão econômica ocorrida na transição entre os séculos XIX e XX, suas portas foram fechadas ao público em 1912. No mesmo ano, foi construída no local a Cadeia Pública que, após a desativação, ficou em ruínas. Em 2007 iniciou-se a restauração do prédio da chamada “Cadeia Velha” que hoje funciona novamente como Teatro. Na placa de inauguração fixada no hall do teatro lê-se: após 172 anos, inicia-se a implantação de um novo teatro para dar lugar à produção artístico-cultural contemporânea. O Teatro Santa Izabel é uma homenagem à memória da produção teatral de Diamantina.

Na história recente, destaca-se a presença do Festival de Inverno da UFMG, considerado um “celeiro da arte mineira”. Sua primeira edição foi em 1967, na cidade de Ouro Preto. Itinerante, o festival esteve em Diamantina nos períodos de 1981 a 1985 e de 2000 a 2012. Segundo Fabrício Fernandino (2009), curador e coordenador geral de várias edições do festival, o período em Diamantina foi marcado pela pesquisa e reflexão artística. Foi em uma oficina de teatro realizada em Diamantina, em 1982, que alguns participantes se uniram para a formação do Grupo Galpão, um dos maiores grupos de teatro de Minas Gerais e do Brasil. A mesma oficina resultou no espetáculo A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht, a primeira montagem do grupo. Pelo seu caráter formativo, a presença do festival em Diamantina despertou e contribuiu também para a formação de artistas e produtores locais que hoje atuam na área.

Também na década de 1980, destaca-se o surgimento do Grupo de Teatro Versus, de Diamantina. A partir da década de 1990 até o presente, é possível notar ascensões e desaparecimentos de diversos grupos teatrais autônomos na cidade. Dentre eles, pode-se citar o Grupo Teatral Cortina, o Grupo In Cena, o Grupo Sanctus, o Grupo Teatral Outdoor, a Companhia de Teatro Atores de Santa Izabel, o Grupo Teatral Tempos Modernos e o Grupo Os Clássicos. O ciclo observado de ascensão e desaparecimento de grupos teatrais nos últimos tempos indica a necessidade de formação continuada de professores em Teatro na cidade, como meio de aglutinar e articular pessoas interessadas. Outra atividade recorrente que pode ser citada é o cinema em Diamantina e região. Pelo fato da cidade e seu entorno constituírem-se facilmente como ambientes

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cinematográficos, inúmeras filmagens vem sendo realizadas na região, sendo esta também uma potencialidade para emprego e renda.

Na ocasião, não é possível deixar de falar da riqueza que é a diversidade de manifestações da cultura popular existentes no Vale do Jequitinhonha, por isso mesmo em toda a área de abrangência do IFNMG - Campus Diamantina. Tais manifestações são fruto de interações culturais que atravessam desde os tempos mais remotos na história da cidade e região até o presente. Destacando a forte presença da cultura negra Bantu na região, a interação entre as diferentes linguagens artísticas nessas manifestações e a teatralidade presente, observa-se uma fonte de aprendizado e troca, assim como a necessidade de contribuir para o reconhecimento e continuidade dessas tradições.

Por fim, cabe dizer que a implantação do curso de Especialização em Teatro e Educação não substitui uma graduação em Artes Cênicas, nem pretende formar artistas ou professores de teatro: ela se justifica pela formação continuada de professores que não tiveram o teatro em suas formações iniciais, mas que vêem na arte teatral um potencial para expandirem suas práticas pedagógicas; crescerem enquanto sujeitos, cidadãos, espectadores de teatro e produtores de cultura; criarem projetos inter e transdisciplinares entre suas disciplinas de formação e o teatro, em suas próprias instituições de ensino.

Cabe dizer que, antes deste curso, foi ofertado no IFNMG - Campus Diamantina uma Especialização em Arte e Tecnologia que teve alta procura, o que por si só justifica a ampliação e a continuidade da oferta, por nossa parte, de outros cursos de especialização na área das artes. Se esse primeiro curso, focado em Artes Visuais, teve procura de 385 alunos para 200 vagas, acreditamos que esta nova Pós Graduação, de 120 vagas em oferta própria (tendo sido 100% criada e concebida pelos professores de Teatro e de áreas afins e servidores técnico-administrativos do Campus Diamantina), será também um enorme sucesso, oportunizando a ampliação dos horizontes de formação artística, pedagógica e humana em nossa região.

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3. HISTÓRICO 1

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram criados pela Lei n° 11.892, de 29 de dezembro de 2008, e representam um novo modelo de educação profissional e tecnológica a partir da reorganização da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – EPCT. Com suas concepções e diretrizes definidas na lei de criação, os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi que se comprometem com a promoção da educação, conjugando conhecimentos técnicos e tecnológicos com suas práticas pedagógicas. À frente dos desafios da educação contemporânea, os Institutos Federais, como política educacional pública estratégica, em todas as modalidades e níveis, tornam-se estornam-senciais para formação humana, cidadã e profissional, possibilitando o detornam-senvolvimento social, cultural e econômico regional. Como integrante da Rede Federal de EPCT, o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG, possui natureza jurídica de autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação – MEC e possui autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar.

O IFNMG tem a sua Reitoria instalada no município de Montes Claros, constituída como sede da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica de Januária – Cefet Januária e suas unidades de ensino descentralizadas – Uneds em Almenara, Arinos e Pirapora e a Escola Agrotécnica Federal de Salinas - EAF Salinas, e as Uneds nos municípios de Araçuaí e Montes Claros, unidades que foram construídas, inicialmente, pelos Cefets Rio Pomba e Minas Gerais, respectivamente. O IFNMG possui, além de sua unidade administrativa na Reitoria, 12 (doze) unidades de ensino implantadas estrategicamente nos municípios de Almenara, Arinos, Araçuaí, Diamantina, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, Porteirinha, Salinas e Teófilo Otoni, sendo estes nove campi, dois campi avançados e o Centro de Referência em Formação e Educação a Distância – Cead. Este último possui, atualmente, 120 (cento e vinte) pólos de Educação a Distância, os quais incluem 96 (noventa e seis) polos com oferta de cursos técnicos e de formação inicial e continuada no âmbito dos programas Mediotec, Profuncionário, Rede e-Tec e Bolsa Formação / Pronatec e 24 (vinte e quatro) polos com a oferta de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu no âmbito do programa Universidade Aberta do Brasil – UAB.

O IFNMG, com sua estrutura multicampi, atua em diversos campos do conhecimento e tem

1 O histórico do IFNMG, presente neste item, é um resumo do que se encontra no item A) ALUNOS E SOCIEDADE, do Plano de Desenvolvimento Institucional 2019-2023, p. 2-9 (IFNMG).

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como compromisso desenvolver os arranjos produtivos locais, sociais e culturais da sua área de atuação territorial. As ações do IFNMG, sobretudo no que diz respeito às implantações de cursos, pautam-se em audiências públicas que permitem que a comunidade expresse seus anseios, contribuindo para que os cursos ofertados realmente atendam às vocações regionais. O IFNMG atendeu em 2018 cerca de 24.500 (vinte e quatro mil e quinhentos) alunos, de acordo com o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica – SISTEC.

3.1 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E TÉCNICO METODOLÓGICOS GERAIS QUE NORTEIAM AS PRÁTICAS ACADÊMICAS

Os princípios filosóficos e técnico metodológicos gerais que norteiam as práticas acadêmicas do IFNMG se aliam a concepções transformadoras e democráticas, entendendo a educação pública como uma forma de lutar pela igualdade de direitos e de ampliação de oportunidades. Diante desse desafio as ações desenvolvidas se fundamentam por parâmetros associados à perspectiva de consolidação, fortalecimento e a valorização de uma educação para a humanização.

Sendo assim, busca-se orientar as ações pedagógicas e de gestão tendo como preceitos filosóficos o respeito à vida, a valorização das pessoas em interação com o meio ambiente, conservação e preservação ambiental, como fundamentais no processo de desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, sociais e culturais da sua área de atuação territorial. Associados, ainda, à adaptação e incorporação de tecnologias que não comprometam o meio ambiente e o manejo sustentável dos recursos naturais, garantindo esse patrimônio às gerações presentes e futuras.

A educação ofertada pelo IFNMG tem como pressuposto a geração e difusão dos conhecimentos a partir da prática interativa com a realidade, bem como a problematização do conhecido e a investigação do não conhecido para poder compreendê-lo e influenciar a trajetória dos destinos de seu lócus, o que requer atenção para desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, sociais e culturais da sua área de atuação territorial. Entende-se o valor de uma educação crítica voltada para a minimização da desigualdade e aliada a inclusão de todos, pautada na participação. Demanda-se que a atuação da gestão acadêmica seja baseada no fortalecimento dos colegiados consultivos e deliberativos, visando uma organização administrativa e pedagógica orientada para a democratização do acesso, para o estímulo à permanência e o sucesso no percurso escolar, tendo como pilar a excelência da formação.

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3.2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Em sua organização didático-pedagógica, o IFNMG empreende as políticas de ensino nas quais a instituição adota uma organização de trabalho que incentiva a formação e atuação de equipes interdisciplinares, o fortalecimento da articulação entre teoria e prática, bem como o estímulo a ações que motivem a autonomia intelectual dos seus discentes, tornando-os protagonistas do processo de ensino- aprendizagem e preparando-os para os novos desafios pessoais e profissionais.

A organização didático-pedagógica leva em consideração a área de atuação territorial da instituição, as especificidades de cada um de seus campi, a diversidade dos arranjos produtivos locais, sociais e culturais e os princípios de autonomia didático-pedagógica, administrativa, patrimonial, financeira e disciplinar, bem como a elaboração dos seus projetos pedagógicos. Desta forma, procuramos assegurar políticas institucionais que valorizem a associação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, proporcionando ações de ensino-aprendizagem baseadas em propostas curriculares condizentes com a construção do conhecimento e fundamentadas em metodologias de ensino que estimulem a formação do discente de forma ética, responsável, autônoma e criativa. O perfil dos egressos do IFNMG caracteriza-se como profissionais críticos, empreendedores, com consciência ética e comprometidos com o desenvolvimento local, regional e nacional.

Para a consolidação desse perfil é importante o desenvolvimento de alguns saberes básicos como a flexibilidade e a adaptação a novas situações, garantindo assim, a autonomia intelectual e a capacidade em mobilizar conhecimentos para resolver problemas inesperados. Na construção da matriz curricular considera-se o perfil desejado para cada curso, observando as aptidões conceituais, procedimentais e atitudinais a serem desenvolvidas para o seu alcance, a escolha de conteúdos necessários e a necessidade de preparação dos discentes para o mundo do trabalho, de forma a atender uma série de expectativas, dentre elas: a formação para a cidadania plena e emancipada, as novas demandas econômicas e de emprego, a participação no atendimento às demandas da sociedade e no desenvolvimento sustentável.

No ensino médio, técnico e no ensino superior, os projetos pedagógicos de curso abordam, na sua organização didático pedagógica, aspectos gerais sobre a avaliação de aprendizagem, que consiste em um trabalho contínuo de regulação da ação pedagógica, realizada de forma processual, com caráter diagnóstico e formativo voltado para o crescimento do indivíduo, o desenvolvimento da aprendizagem, o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. O processo avaliativo considera as habilidades constantes no perfil profissional de conclusão previsto no projeto de cada curso, bem como a compreensão e a aplicação dos conhecimentos, análise, síntese e avaliação ou julgamento de valores, capacidade de trabalho em equipe e socialização, criatividade,

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raciocínio lógico, capacidade de interpretação e criticidade. A avaliação do aproveitamento escolar está prevista nos regulamentos dos cursos técnicos e superiores, construídos de forma coletiva e apresentando as especificidades de cada segmento.

A organização didático-pedagógica dos cursos técnicos e superiores constam nas regulamentações relativas ao ensino técnico e ao superior, bem como nos projetos pedagógicos dos cursos. Estes documentos ressaltam a política geral de ensino da instituição, além de tratar da organização dos cursos, critérios de ingresso, do aproveitamento, da avaliação, do registro de notas, da aprovação, das transferências, do trancamento, dos colegiados e conselhos. Embora o Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Diamantina, não tenha oferta de cursos da área de Geoprocessamento traz, em seu corpo docente, profissionais com experiência na área da proposta do curso. Dessa forma, estão capacitados para desenvolverem pesquisa, ensino e extensão, a fim de fomentar produtos e produzirem conhecimentos.

4. CONCEPÇÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

O curso de Especialização em Teatro e Educação dá continuidade às já existentes formações em artes cênicas do IFNMG - Campus Diamantina, a saber as do Ensino Médio Técnico Integrado e do Técnico Concomitante/Subsequente, alçando um nível inédito nesta área: o da pós-graduação em teatro. Em consonância com o Plano Nacional de Cultura (2012), este novo curso visa contribuir para o fortalecimento de práticas artístico-pedagógicas, para a formação e a consolidação de grupos artísticos no interior dos espaços educacionais e para a qualificação da gestão cultural na região, estreitando laços entre o Instituto (docentes, estudantes, técnicos) e os artistas/educadores/realizadores locais.

A implantação deste curso visa atender e potencializar a demanda existente, uma vez que o cenário de cursos voltados à professores que queiram investir na área do Teatro é carente de mecanismos que propiciem a sua formação continuada. Porém, diferentemente dos cursos já existentes no IFNMG - Campus Diamantina, essa formação em Teatro não tem um enfoque técnico (isto é, de formação de artistas), mas de formação continuada de professores das mais diversas áreas do conhecimento que enxerguem no teatro uma possibilidade de expandir, incrementar e/ou reciclar as suas práticas pedagógicas.

No Brasil, poucos são os cursos que oferecem formação em Teatro para professores que já não sejam da área específica das Artes Cênicas. Nos cursos de Pedagogia, por exemplo, que formam as

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professoras e professores que vão trabalhar com crianças de zero a dez anos, no Ensino Infantil e Fundamental, são muitos os cursos em que o tema Teatro não chega nem a ser sequer abordado. E isso porque estamos falando de profissionais que irão trabalhar com uma fase da vida humana em que a teatralidade, a imitação, a contação de histórias e o faz de conta fazem parte fundamental do processo formativo do corpo e da mente.

O cenário não é diferente nos outros cursos de Artes: um profissional formado nas Licenciaturas em Música ou em Artes Visuais, por exemplo, mesmo estas sendo áreas artísticas, dificilmente veem conteúdos do Teatro em suas formações. Contudo, as Leis 11.769/2008 e 13.278/2016 exigem que todos os professores de Artes trabalhem os conteúdos das quatro linguagens artísticas no Ensino Básico, o que se reflete nas propostas da nova Base Nacional Curricular Comum para o Ensino Básico. No que se refere às Licenciaturas em Letras, os professores de Português acabam acessando o Teatro, muitas vezes, apenas em sua dimensão literária (enquanto texto teatral, dramaturgia), mas dificilmente enquanto jogo, cena e composição corporal.

Se em cursos de Pedagogia, Letras, Música e Artes Visuais, que já são áreas afins ao Teatro, este conteúdo raramente é visto, o que dizer de licenciaturas em História, Geografia, Sociologia, Filosofia, que poderiam em muito se beneficiar do conteúdo teatral em suas aulas? Os estudos inter e transdisciplinares têm mostrado, cada vez mais, as vantagens pedagógicas de se trabalhar as disciplinas de modo conjugado, revelando inclusive misturas insuspeitas como o uso de jogos teatrais em aulas de Educação Física, Matemática ou Ciências.

A formação continuada e qualificada em Teatro, ao ampliar o repertório de experimentação artística, propicia a ampliação do acesso à fruição de bens culturais. De um lado, a expectativa de criação desse curso, é que professores das mais diversas áreas procurem este curso de Pós Graduação à distância com o intuito de reciclarem seus conhecimentos, ampliando seus horizontes de ação em sala de aula, e assim estaremos contribuindo para uma formação continuada de alto nível para os profissionais da educação de Diamantina e região. De outro, espera-se que o contato com os temas da arte teatral sensibilizem estes professores para a compreensão da importância central das artes, do corpo e da cultura nos processos de formação humana, compreendendo corpo e mente como instâncias inseparáveis do Ser.

Portanto, a concepção deste curso tem como expectativas formar sujeitos que:

- serão mais críticos espectadores das peças teatrais que os nossos alunos do curso técnico vem fazendo, uma vez que estamos formando atores e produtores de arte e cultura neste instituto;

- estimularão a formação de coletivos de teatro em suas próprias escolas, seja participando deles ou propiciando o espaço necessário para que seus alunos os criem, multiplicando a

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possibilidade de fruição e criação de obras artísticas que possam ser apresentados na cidade e nos distritos da região.

- reconhecerão a importância de levar seus alunos aos equipamentos culturais das suas cidades, superando a visão simplista da arte como mercadoria, produto ou mero entretenimento, atuando portanto formadores de público e mediadores culturais;

- reconhecerão, em seus alunos, potencialidades teatrais, e terão o IFNMG - Campus Diamantina como um lugar referencial de formação técnica na área do Teatro, para onde poderão futuramente indicar seus alunos;

- saberão criar projetos educacionais interdisciplinares, tendo a área do Teatro como meio e fim de suas proposições, envolvendo os seus alunos através do corpo e da sensibilidade, estimulando a criação do conhecimento a partir do estímulos às inteligências múltiplas.

Para isso, todas as disciplinas foram pensadas no sentido de:

i. Engendrar um tipo particular de relação entre aspectos da arte teatral (jogo, corpo, criação cênica, encenação, performance, dramaturgia, teatralidades) e aspectos da educação contemporânea (escola, infância, juventude, decolonialidade, diversidade, sala de aula);

ii. Ter, como tônica, a contribuição para a elaboração de projetos educacionais interdisciplinares em teatro, unindo os saberes dos professores (suas formações iniciais, seus conhecimentos prévios) aos novos conhecimentos acerca da arte teatral propostos neste curso;

iii. Fazer conexão com alguns pontos específicos da História do Teatro, por meio de balões conectivos e informativos, que visam a contextualizar historicamente as práticas de que se trata a cada momento.

A concepção do Curso de Especialização em Teatro e Educação considera a relevância do fator empregabilidade para os futuros formandos. Em primeiro lugar, é preciso compreender que o fazer artístico tem como função social abrir caminhos e gerar novas demandas nas redes já constituídas e/ou em constituição. Assim, o profissional formado pelo curso proposto estará capacitado a criar e renovar espaços de discussão e reverberará na atuação de artistas locais, de modo a ampliar as possibilidades de trabalho nas áreas de Arte e Cultura. A realidade do mundo do trabalho da maioria dos artistas cênicos no Brasil aponta para a informalidade, em muitos casos. Devido ao pouco reconhecimento da Arte como área de conhecimento com especificidades profissionais próprias, há ainda uma dificuldade de empresas, escolas e instituições culturais e educacionais em

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preocupa-se em oferecer a professores, artistas e demais interessados o ambiente propício para a construção de conhecimentos como espectadores e artistas amadores, como professores interessados nas artes, para que se desenvolva o cluster cultural complexando o mercado de trabalho na área da cultura.

5. OBJETIVOS DO CURSO

5.1 Objetivo Geral

Qualificar recursos humanos na grande área da Educação, e na área específica do Teatro, promovendo, a professores que não são formados em artes cênicas, o acesso às metodologias, conceitos básicos e fundamentos teórico-práticos do jogo teatral e da cena contemporânea, em seus diálogos com a educação, com o foco na elaboração de projetos interdisciplinares em teatro e educação.

5.2 Objetivos Específicos

5.2.1 Possibilitar o alargamento do acesso à cultura e, mais especificamente, à arte teatral contemporânea no Brasil, criando multiplicadores e fomentadores da curiosidade e do imaginário sobre esta linguagem;

5.2.2 Ensinar-aprender conceitos fundamentais do Teatro tais como atuação, personagem, cena, dramaturgia, encenação, performance, jogo teatral, teatralidade, presença cênica, coralidade, drama, de modo que possam ser operados em sala de aula;

5.2.3 Possibilitar formação teórico-prática na área das artes cênicas, possibilitando à professores não-formados em teatro valerem-se de ferramentas do teatro em sua prática pedagógica;

5.2.4 Oportunizar ao aluno a capacitar e reciclar os conhecimentos relacionados à Arte, à Pedagogia das Artes e ao Teatro, relacionando-os às suas áreas de formação, quais sejam as outras linguagens da Arte, as Letras ou quaisquer outras Licenciaturas relacionadas ao ensino básico;

5.2.5 Possibilitar o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem fruir, criar e compreender o teatro como linguagem artística, valorizando as iniciativas de alunos e professores que queiram empreender nesta linguagem, em suas comunidades, escolas e bairros, onde faltarem profissionais formados em Teatro;

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5.2.6 Formar alunos que serão espectadores, fruidores e críticos da arte teatral, através do treino do olhar para as formas cênicas na arte e na vida, elevando, consequentemente, o nível de exigência para com as produções cênicas e artísticas da região do Vale do Jequitinhonha e Mucuri;

6. PÚBLICO-ALVO

São público alvo deste curso:

- Professores(as) de Artes, em exercício no ensino básico formados em Música, Dança ou Artes Visuais), e que necessitem das ferramentas da linguagem teatral (de acordo com a Lei 13.278/2016) para ensiná-las em sala de aula;

- Professores(as) Pedagogos(as), em exercício no Ensino Fundamental I ou na Educação Infantil e que desejam valer-se destes conhecimentos em suas práticas de ensino com as crianças de zero a dez anos;

- Professores de quaisquer áreas do conhecimento que desejem valer-se do teatro como ferramenta poética-política-metodológica em sua prática diária, a fim de potencializar o ensino de suas disciplinas, no ensino básico;

- Agentes comunitários, profissionais da educação, do lazer e do entretenimento, e demais atuantes nas muitas esferas do ensino não-formal, com as formações mais diversas, que desejem complementar, reciclar ou ampliar o horizonte da sua formação e, sobretudo, criar, elaborar e pôr em prática projetos interdisciplinares em teatro e educação;

6.1 Competências e habilitações dos egressos:

❖ Elaborar projetos educacionais interdisciplinares com a área do teatro;

❖ Identificar elementos cênicos, podendo agir criticamente com relação às diversas produções artísticas, reconhecendo aspectos da teatralidade e da performatividade neles presentes;

❖ Agir como formadores de público, mediadores e/ou animadores culturais em suas escolas e comunidades;

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7. METODOLOGIA

A metodologia do curso de Especialização em Teatro e Educação é baseada em três eixos.

7.5 Modalidade de Ensino Híbrido (Blended Learning):

A metodologia deste curso será baseada, majoritariamente, em aulas a distância (mediadas pelas tecnologias digitais e da informação) e assíncronas, com pontuais momentos presenciais para aulas práticas e pontuais momentos síncronos virtuais. Pode-se dizer, portanto, que este curso traz em sua concepção a abordagem metodológica do ensino híbrido ou blended learning, no qual se combinam dois tipos de ensino: o ensino presencial, tradicionalmente utilizado nas escolas e ocorre por meio aulas presenciais nas dependências da instituição, que em nosso caso se dará nos laboratórios de teatro do IFNMG - Campus Diamantina, e o ensino a distância, que faz uso de tecnologias digitais para promover a aprendizagem. No ensino híbrido, o intento é obter o melhor que esses dois tipos de abordagens metodológicas podem oferecer. Todas as disciplinas do curso utilizarão o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), oficialmente constituído pelo CEAD/IFNMG

Serão consideradas atividades a distância somente aquelas desenvolvidas por meio de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), reconhecido pelo CEAD/IFNMG, sendo permitido aos docentes utilizarem Tecnologias Educacionais e de Informação e Comunicação complementares na produção de conteúdos, na sua transmissão, e feedback em ambientes virtuais. As tecnologias complementares compreendem e abarcam, dentre outras, a disponibilização de conteúdos livres e autoinstrucionais em ambientes virtuais, tais como plataformas (Moocs), aplicativos, jogos, ferramentas e mídias síncronas e assíncronas (videoaulas, webconferências/videoconferências, podcasts, blogs, portfólios online e outros que possibilitem registro no AVA).

Sabendo que os conhecimentos da arte teatral são feitos em presença e no corpo, esta especialização conta com uma disciplina de Ateliê de Criação Cênica, da qual 6h são ofertadas em um curso presencial, para que os alunos vivenciem - na prática - a aplicação dos princípios que veem nas outras disciplinas teóricas e oferecidas à distância, via Ambiente Virtual de Aprendizagem. Além disso, as disciplinas de Jogos Teatrais na Sala de Aula, Projetos em Teatro e Educação I, Corpo em Festa: Pedagogias de Performances Tradicionais contam, cada uma, com uma carga horária de 3h presenciais. A disciplina Projetos em Teatro e Educação II conta, por sua vez, com 9h presenciais, o que inclui a apresentação e avaliação final do projeto. Totalizam, portanto, 24 horas presenciais e 356 horas à distância.

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7.2 Os Projetos em Teatro e Educação

Todas as disciplinas convergem para a elaboração do projeto educacional interdisciplinar em teatro que, com duas disciplinas, uma em cada semestre, são o eixo central, o coração desta especialização. O projeto é elaborado pelo aluno, criado de forma individual ou em duplas, ao longo de todo o curso, em que ele é orientado a criar uma proposta de intervenção artístico-pedagógica, relacionando o teatro à sua área de formação, ou à alguma de suas áreas de atuação e interesse. Compreendemos que estas disciplinas de projeto autoral fazem as vezes das disciplinas de metodologia científica e trabalho de conclusão de curso de outras especializações, mas com um enfoque específico na elaboração de projetos de intervenção artístico-pedagógicas, adotando, portanto, as metodologias da pesquisa-ação e do ensino por projetos de autoria dos alunos como matrizes deste curso.

7.3 Professores-tutores e divisão das turmas:

Sendo um curso de oferta própria do IFNMG - Campus Diamantina, os próprios professores (criadores das disciplinas) serão os seus tutores, estreitando os laços entre a concepção dos conhecimentos (do currículo-em-processo) e a construção dos conhecimentos por parte dos alunos.

Cada disciplina conta, ainda, com pelo menos um encontro virtual síncrono com o professor-tutor, de duração de duas horas, agendado previamente. Trata-se de uma aula inaugural, onde são dadas as boas vindas, é feita a apresentação ao tema e às expectativas da disciplinas, e é feito um debate sobre alguma questão que propulsiona/instiga a entrada dos alunos ao conteúdo. Este encontro tem como objetivo que professores e alunos se conheçam e possam estabelecer uma relação de pessoalidade e confiança, para que, depois, as aulas virtuais ou presenciais que se sigam a esta aula inaugural possam ser feitas a partir das informações e questões levantadas na aula inaugural. Algumas disciplinas (as que possuírem 40h ou mais) contam ainda com um segundo encontro virtual síncrono, também de 2h, onde o professor-tutor faz uma revisão dos temas fundamentais da disciplina, tirando dúvidas dos alunos sobre as questões que podem surgir, e preparando-os para a avaliação final online da disciplina.

Também por essa razão, os 120 (cento e vinte) discentes serão divididos em quatro turmas A, B, C e D, mas farão as aulas simultaneamente. Esta divisão só terá validade para o melhor aproveitamento das aulas presenciais (também em virtude do tamanho dos laboratórios de teatro de

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da correção e orientação dos Projetos em Teatro e Educação, conforme detalhado adiante no item avaliação.

7.4 Estrutura Metodológica do Curso

O conteúdo do Curso está estruturado em 02 (dois) módulos que correspondem a 2 semestres de 16 semanas cada, constituídos de textos e atividades especialmente elaborados por autores com qualificação e experiência em EAD. A concepção de ensino aprendizagem adotada respalda-se na interação entre os participantes do curso. Essa interação poderá ser síncrona, por meio de videoconferências e aulas presenciais, ou assíncrona, através dos fóruns e ferramentas do Ambiente Virtual de Aprendizagem. O modelo pedagógico das aulas assíncronas será baseado na combinação de atividades colaborativas e aprendizagem orientada pelo Professor e autoaprendizagem. A metodologia a ser praticada deverá oportunizar a constituição de uma Comunidade de Aprendizagem em rede entre todos os atores envolvidos no curso, sob os princípios da cooperação, respeito e autonomia, de modo a cumprir os objetivos a que este curso se propõe.

A relação dialógica baseada no respeito e na empatia, base da Comunidade de Aprendizagem, seja presencial ou midiatizada, deverá ser exercida por todos os participantes. O processo de desenvolvimento desta comunidade visa à uma unidade formada pela diversidade dos sujeitos aprendizes, engajados na tessitura desta rede real e virtual de todos os sujeitos da Especialização. Os procedimentos metodológicos específicos (leituras, exercícios, oficinas, fóruns de discussão, videoconferências, consultas a banco de dados e endereços selecionados) serão adotados de acordo com a natureza do objeto de estudo de cada disciplina, sendo que todas elas serão orientadas no sentido de subsidiar a aprendizagem no processo de elaboração de um artigo científico ou um produto final. Assim, cada professor tem autonomia para desenvolver sua disciplina de acordo com as suas especificidades e formação.

As atividades à distância, realizadas via Internet, serão instigadoras, desafiando os participantes a resolverem, coletivamente, questões e problemas relacionados à prática e destinarão ao estudo sistemático dos conteúdos trabalhados nos módulos, compreendendo as atividades orientadas de estudo, discussões coletivas e avaliações. As ações interdisciplinares que serão desenvolvidas ao longo do curso terão como principal objetivo estimular novos desafios, novas práticas e novos debates durante os trabalhos desenvolvidos na EAD. Uma vez que o desafio maior é a produção de um novo conhecimento de elaboração de projetos educacionais interdisciplinares em Teatro e Educação, a pesquisa constitui-se como dimensão de aprendizagem, considerando as

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individualidades na sua inserção sociocultural.

É importante observar que, ao se apresentar como uma inovação tecnológica, a EAD constitui um campo de trabalho interdisciplinar, onde a diversidade de apresentação de conteúdos, já mencionada na metodologia, por si só apresenta um caráter transdisciplinar. O feedback entre Cursistas e Professores permitirá uma melhor compreensão da realidade o que contribuirá para o desenvolvimento dos trabalhos propostos. A Interdisciplinaridade - que tem como eixo, neste curso, a elaboração do Projeto em Teatro e Educação - representará também uma âncora para que sejam modificadas as posturas e atitudes dos participantes frente aos desafios da função docente e discente na Educação a Distância, e assim, investirem em práticas inovadoras, sendo que a pesquisa representará um eixo, uma das formas de inovar e renovar a atitude dos participantes.

8. COORDENAÇÃO DO CURSO

A Professora Doutora Dayse Lúcide Santos será a Coordenadora desta especialização, sendo acessorada por um(a) subcoordenador(a).

Dayse Lúcide Santos tem Mestrado em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais/ FAFICH/UFMG (2003) e Doutorado nessa mesma instituição (2015). Doutoramento Sanduíche na Universidade de Coimbra/Portugal (CES-FEUC). Até julho/2009, Professora do curso de História da FAFIDIA/FEVALE e, até fevereiro de 2008, Coordenadora de Pesquisa e Extensão da FEVALE. Durante o ano de 2010, professora Substituta da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM/MG e Autora de Materiais Didáticos na área de História para a UAB/ UNIMONTES-MG. Diretora de Ensino do Instituto Federal do Norte de Norte de Minas-Campus de Diamantina de 2015 a 07/2019. Professora de História do IFNMG-Campus Diamantina. Membro dos Grupos de Pesquisa Elementos Materiais da Cultura e Patrimônio (UFMG). Linha de Pesquisa: História Social da Cultura e Patrimônio Cultural, trabalhando com Jornais, Processos Criminais e de Divórcio, Fotografias e História Oral.

O subcoordenador, a definir, será escolhido e designado pela Direção de Ensino em parceria com a coordenadora Dayse, entre os professores da área técnica do Teatro do Campus Diamantina. Este subcoordenador terá Carga Horária pedagógica de 6 horas, para este fim.

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9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Tabela II - Matriz Curricular do Curso

DISCIPLINAS Carga Horária

1° Módulo

Ambiente Virtual de Aprendizagem 20

Ateliê de Criação Cênica 20

Jogos Teatrais para a Sala de Aula 40

Projetos em Teatro e Educação I 40

Fundamentos da Arte-Educação: pedagogias do Teatro 40 Perspectiva do Encenador como Caminho Pedagógico 60

Subtotal 220

2° Módulo

Teatro e Cultura das Infâncias e das Juventudes 40 Corpos em Festa: pedagogia das performances tradicionais 40

Teatro, Diversidade e Decolonialidade 40

Projetos em Teatro e Educação II 40

Subtotal 160

Total Geral da Carga Horária 380

Dessa forma, a Especialização em Teatro e Educação terá carga horária total de 380 horas, assim divididas:

Tabela III - Total de Cargas Horárias do Curso

Atividade Modalidade Carga Horária

Atividades Práticas Presencial 18 horas

Avaliações Práticas (apresentação do Projeto

final em Teatro e Educação) A Distância 6 horas

Estudos orientados no AVA (síncronos e

assíncronos) A Distância 338 horas

Avaliações Virtuais A Distância 18 horas

Total Carga Horária Presencial 24 horas

Total Carga Horária Distância 356 horas

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9.1 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS - 1° MÓDULO

Disciplina: AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

Ementa: Caracterização dos ambientes virtuais de ensino-aprendizagem. Acoplamentos

tecnológicos; Comunidades virtuais de aprendizagem. Abordagens metodológicas nos ambientes; ferramentas e recursos dos ambientes virtuais. Os diferentes espaços virtuais como possibilidades de tornarem-se Ambientes e Comunidades de Ensino-Aprendizagem, explorando implementações existentes e suas peculiaridades acerca da metodologia, funcionalidades, ferramentas e possibilidades de trabalho em rede, nos diferentes espaços profissionais.

Bibliografia Básica:

AXT, Margarete. Comunidades Virtuais de Aprendizagem. In: Informática na educação: teoria

&prática, Tecnologia Digital na Educação, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p. 111 – 116, jan./jun. 2004. BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Ed., 2003.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: A era da informação, economia, sociedade e cultura.

2.ed. V.1. São Paulo: Paz e terra, 1999.

MARASCHIN, Cleci e AXT, Margarete. Acooplamento Tecnológico e Cognição. In: VIGNERON, Jacques e OLIVEIRA, Vera Barros de (org). Sala Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação PPGTER - Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede MPTER – Mestrado Profissional em Tecnologias Educacionais em Rede de aula e Tecnologias. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2005.

pp. 39-51.

Bibliografia Complementar:

PALLOFF, Rena e PRATT, Keith. Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço: Estratégias eficientes para salas de aula online. Traduzido por Vinícius Figueira.

Porto Alegre: Artmed, 2002.

ROCHA, Karla Marques da. Estudo Sobre a Constituição de Um Sistema Social Em Ambiente Virtual de Aprendizagem – Porto Alegre, 2008. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação. Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Porto

Alegre, 2008. Disponível em: . Acesso em: 22 de mai. de 2011.

TELEDUC. Disponível em: . Acesso em: 25 de abr. de 2011. PLONE. Disponível em: . Acesso

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Disciplina: ATELIÊ DE CRIAÇÃO CÊNICA

Ementa: Contextualização histórica do surgimento da pedagogia do ator moderno até os dias atuais.

Conceitos teóricos implícitos na pedagogia da atuação teatral. Abordar princípios ligados à pedagogia do trabalho do ator relacionados à pedagogia e à educação em geral. Experiência prática, condensada e intensiva de criação cênica com objetivo de auxiliar os alunos a responder às seguintes perguntas: Como montar um espetáculo? Como conduzir um processo criativo? De onde começo? Utilizo uma dramaturgia pronta? Crio minha própria dramaturgia?

Bibliografia Básica:

BARBA, Eugênio; SAVARESE, Nicola. A Arte secreta do ator: dicionário de antropologia teatral.

São Paulo: Hucitec,UNICAMP,1995.

BONFITTO, Matteo. O ator compositor. São Paulo: Perspectiva, 2002.

PEREZ, Daniel A. O ator sem bordas: em busca de uma autonomia criativa no teatro contemporâneo.

São Paulo: Clube de autores, 2014.

Bibliografia Complementar:

CSORDAS, Thomas J. (ed.). Embodiment and experience. Cambridge: Cambridge University Press,

1994.

JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do ensino do teatro. 8. ed. São Paulo: Ed. Papirus, 2001.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro Pós-Dramático. São Paulo: Cosac&Naify, 2007.

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Disciplina: JOGOS TEATRAIS NA SALA DE AULA

Ementa: Apresenta o teatro como jogo nas concepções de diversos estudiosos teatrais tais como:

Augusto Boal, Jean Pierre Ryngaert, Viola Spolin, Peter Slade, entre outros, bem como sua inserção no processo educativo. Estudos das diversas técnicas de improvisação e jogos utilizados no Teatro. Aborda o Jogo e a improvisação como base do trabalho do ator. Jogos teatrais como metodologia de ensino multidisciplinar na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Jogo dramático, jogo teatral, jogos tradicionais e as possíveis interações com a prática escolar.

Bibliografia Básica:

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não ator com vontade de dizer algo através do teatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.

SPOLIN,Viola. Jogos Teatrais na sala de aula: um manual para o professor. Tradução de Ingrid

Dormien Koudela e Eduardo José de Almeida Amos. São Paulo: Perspectiva, 2012.

Bibliografia Complementar:

CHACRA, Sandra. Natureza e Sentido da Improvisação Teatral. Rio de Janeiro: Ed.

Perspectiva, 2005.

CHEKHOV, M. Para o ator. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

KUSNET, Eugênio. Ator e método. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro, 1975.

NUNES, S. M.; MUNDIM, A. C. ; SILVA, S. W. . A Composição em Tempo Real como Estratégia Inventiva. Revista Cena , v. 1, p. 1-14, 2013.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Jogar, representar. São Paulo: Cosac & Naify, 2009.

SABINO, Jorge e LODY, Raul. Danças de Matriz Africana: antropologia do movimento. Rio

de Janeiro: Pallas, 2011.

STANISLAVSKI, C. A preparação do ator. Rio de Janeiro: Civ. Bras., 1964.

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Disciplina: FUNDAMENTOS DA ARTE-EDUCAÇÃO: PEDAGOGIAS DO TEATRO

Ementa: O papel da arte como instrumento de aprendizagem na construção do conhecimento. Bases

históricas da arte educação no Brasil, tendo como foco as Artes Cênicas. O abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, a arte/educação e suas ramificações: 1. ler/fruir/interpretar, 2. criar/produzir/fazer, 3. contextualizar/compreender/historicizar. O Teatro como linguagem das Artes nos ensinos formal e não-formal. O pensamento pedagógico sobre o ensino do teatro nas escolas brasileiras segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais e a legislação recente. A compreensão dos conceitos de teatro pedagógico, pedagogia do teatro, o teatro didático e a pedagogia do espectador. Abordagens contemporâneas sobre Bertolt Brecht e Augusto Boal, no Brasil.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BOAL, Augusto. O Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1981.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. 5.ed. São Paulo (SP): Perspectiva, 2008. 132 p.

DESGRANGES, Flávio. Pedagogia do Teatro: provocação e dialogismo. São Paulo: Hucitec, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/Ministério da Educação. Brasília, 2002.

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? Campinas (SP): Papirus, 2005. 87 p.

DEWEY, John. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

ZAPATA, Miguel Rubio. Raízes e Sementes: mestres e caminhos do teatro na América Latina.

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Disciplina: A PERSPECTIVA DO ENCENADOR COMO CAMINHO PEDAGÓGICO

Ementa: Processos de encenadores que servem de inspiração para uma prática em que o foco esteja na

união entre a direção cênica e a aprendizagem. Investigação de diferentes aspectos da linguagem teatral que fomentem fricção entre pedagogia e cultura. A pedagogia como investigação coletiva sobre o ser humano e o teatro em busca do aprofundamento da relação entre os participantes do processo.

Exemplos de diferentes relações estabelecidas com o público em processos de encenação. A pedagogia como ato criativo no desenvolvimento de tensões entre espetáculo e a imaginação. A encenação ao longo da história como caminho para a construção de um novo ser humano na sociedade.

Bibliografia Básica:

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

ROUBINE, Jean Jacques. A Linguagem da Encenação Teatral – 1880-1980. Rio de Janeiro: Zahar

Editores,1982.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à análise do teatro. São Paulo: Martins Fontes, 1996. Bibliografia Complementar:

BANU, Georges (orgs.). Les répétitions: un siècle de mise en scène. De Stanislavski à Bob Wilson.

1.ed. Bruxelles: Alternatives théâtrales/ Académie Expérimental des Théâtres 52-53-54/ Décembre 96/ Janvier 97.

BOGART, Anne. A Director Prepares: seven essays on art and theatre. New York: Routledge,

2002.

CEBALLOS, Edgar (org.). Principios de dirección escénica. Ciudad del Mexico: Grupo Editorial

Gaceta, col. Escenología, 1992.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Ler o Teatro Contemporâneo. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1998.

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Disciplina: PROJETOS EM TEATRO E EDUCAÇÃO I

Ementa: O projeto na área de Teatro e Educação. Aspectos gerais da Revisão bibliográfica e pesquisa

qualitativa. Métodos cartográfico e etnográfico na Pedagogia Teatral. A escrita do projeto e do texto científico. O relato de experiência. O ensino e a aprendizagem do Teatro baseada em projetos a partir de temas geradores.

Bibliografia Básica:

DAL GALLO, Fábio. A Etnografia na Pesquisa em Artes Cênicas. MORINGA - Artes do Espetáculo,

v. 3, n. 2, 22 fev. 2013. Disponível em:

https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/moringa/article/view/15350 Acesso em: 13 out 2020.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul, 2000.

ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em Arte – um paralelo entre arte e ciência. Campinas: Autores

Associados, 1998.

Bibliografia Complementar:

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana (orgs.) Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Salinas, 2020.

Disponível em: https://editorasulina.com.br/img/sumarios/473.pdf Acesso em: 29 out 2020.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo, Brasília: UNESCO,

Cortez, 2001.

OLIVEIRA, Marilda Oliveira de; CHARREU, Leonardo Augusto. Contribuições da perspectiva metodológica “Investigação Baseada nas Artes” e da a/r/tografia para as pesquisas em educação.

Educação em Revista, Belo Horizonte , v. 32, n. 1, p. 365-382, Mar. 2016 . Disponível

em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982016000100365&lng=en&nrm=iso . Acesso on 12 Oct. 2020. https://doi.org/10.1590/0102-4698140547.

SOUSA, Otávio M. C. FERRACINI, Renato. Por uma Investigação em Artes Cênicas: um caminho cartográfico possível. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas. v. 1 n. 34, 2019. Disponível

em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101342019378 Acesso: 13 out 2020.

STRECK, D.; REDIN, E. ZITKOSKI, J. J. (orgs.) Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica,

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9.2 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS – 2º MÓDULO Disciplina: TEATRO E CULTURA DAS INFÂNCIAS E JUVENTUDES

Ementa: Fundamentos da Antropologia da Educação. Aprendizagem da cultura, dos gestos e das

performances sociais pelas crianças e adolescentes. Mímesis e linguagem. Representações da infância e da juventude. Teatralidade e Corpo na infância e na juventude. Os papéis da imitação, da imaginação e do brincar. Teatro Infantil e o Teatro da Juventude.

Bibliografia Básica:

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas

Cidades; Editora 34, 2009.

SLADE, Peter. O jogo dramático infantil. São Paulo: Summus, 1978.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 2001.

WULF, Christoph. Homo Pictor: imaginação, ritual e aprendizado mimético no mundo globalizado. São Paulo: Hedra, 2013.

Bibliografia Complementar:

WULF, Christoph. Antropologia da Educação. Campinas: Alínea, 2005.

PUPO, M. L. de S. B. No reino da desigualdade. São Paulo: Perspectiva, 1991.

LOMARDO, F. O que é teatro infantil. São Paulo: Brasiliense, 1994.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

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Disciplina: CORPOS EM FESTA: PEDAGOGIA DAS PERFORMANCES TRADICIONAIS Ementa: Antropologia da Performance: o teatro, a festa e o ritual. Diferentes noções de cultura,

patrimônio cultural e sua relação com a educação. O papel do corpo e sua presença na escola, no passado, no presente e em devir. Noções de performance e como elas estão ligadas a uma concepção de corpo, de teatralidade e de estética na educação. Conceitos de teatralidade e de performatividade no teatro, no ritual e nas festas. Ensinar as performances (as festas populares, o brincante, as intervenções) e através dela, na escola. O professor como um performer e a criança-performer.

Bibliografia Básica:

BOSI, Alfredo. Culturas brasileiras. Em: Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992,

p. 308 – 345.

McLAREN, Peter. Rituais na escola: em direção a uma economia política de símbolos e gestos na educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.

SCHECHNER, Richard. O que é performance? SCHECHNER, Richard. 2006. “O que é

performance?”, em Performance studies: an introduccion, second edition. New York & London: Routledge, p. 28-51. Tradução disponível em:

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/378/o/O_QUE_EH_PERF_SCHECHNER.pdf Acesso em 31/03/2020.

Bibliografia Complementar:

CASCUDO, Luis da Câmara. Tradição, ciência do povo. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1971. _____.

Literatura oral. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed. Rio de Janeiro, 2001. 113p.

ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. Belo Horizonte/Brasília: Itatiaia; Instituto

Nacional do Livro; Fundação Nacional Pró Memória, 1982.

BRANDAO, Carlos Rodrigues. Vocação de criar: anotações sobre a cultura e as culturas populares. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 39, n. 138, p. 715-746, Dec. 2009 . Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742009000300003&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2020.

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas: Estratégias para entrar e sair da Modernidade. São

Paulo: EDUSP, 1998.

GOMES, Núbia Pereira de Magalhães; PEREIRA, Edimilson de Almeida. Flor do não esquecimento: cultura popular e processos de transformação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

NOBREGA, Antonio. "Naturalmente - Teoria e jogo de uma dança brasileira". Estud. av., São Paulo ,

v. 26, n. 76, p. 288-298, Dec. 2012 . Available from

(30)

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000300027&lng=en&nrm=iso>. Access on 06 Apr. 2020.

PEREIRA, Marcelo de Andrade [org.] Performance e Educação: [des]territorializações pedagógicas. (p.09-22) Santa Maria: Editora UFSM, 2013.

SCHECHNER, Richard. O que pode a performance na educação? Revista Educação e Realidade.

Tradução de Marcelo Andrade Pereira. Porto Alegre, v.35, n.2, p.23-55, ago. 2010. Entrevista concedida a Gilberto Icle e Marcelo de Andrade Pereira. Disponível em:

http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/13502/7644. Acesso em 31/03/2020. SIMAS, Luiz Antônio. Almanaque Brasilidades: um inventário do Brasil popular. Rio de Janeiro:

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Disciplina: TEATRO, DIVERSIDADE E DECOLONIALIDADE NA ESCOLA

Ementa: Aspectos da perspectiva decolonial nas artes cênicas. Educação para as relações

étnico-raciais e suas relações com as produções artísticas. Elementos do teatro negro no Brasil. Perspectivas de estudos de gênero no teatro contemporâneo. Mostra a presença da diversidade de gênero na dramaturgia contemporânea e seus aspectos pedagógicos. Apresenta o teatro como ferramenta de inclusão de crianças e jovens com necessidades específicas, no ambiente escolar.

Bibliografia Básica: (rever bibliografia)

ALEXANDRE, Marcos. O Teatro Negro em Perspectiva: Dramaturgia e Cena Negra no Brasil e em Cuba. Malê Edições, Belo Horizonte, 2017.

GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro Educador: Saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2017.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala. São Paulo: Editora Letramento, 2017.

Bibliografia Complementar:

BELÉM, Elisa. Afinal, como a crítica decolonial pode servir às artes da cena? ILINX -

Revista do LUME, nº10, UNICAMP, 2016.

GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: o corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

LIMA, Evani Tavares. Teatro Negro, existência por resistência: Problemáticas de um Teatro Brasileiro. Revista Repertório Salvador. n.17, p.82-88, 20111.2.

MARTINS, Leda Maria. A Cena em Sombras. São Paulo:Editora Perspectiva, 1995.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do Feminismo Negro. São Paulo: Companhia das Letras,

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Disciplina: PROJETOS EM TEATRO E EDUCAÇÃO II

Ementa: O projeto na área de Teatro e Educação. A questão processo x resultado. Arquivo e Repertório

dos Projetos em Teatro e Educação. O registro da prática. Avaliação de projetos educacionais em Artes Cênicas.

Bibliografia Básica:

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul, 2000.

ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em Arte – um paralelo entre arte e ciência. Campinas: Autores

Associados, 1998.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana (orgs.) Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Salinas, 2020.

Disponível em: https://editorasulina.com.br/img/sumarios/473.pdf Acesso em: 29 out 2020.

Bibliografia Complementar:

DAL GALLO, Fábio. A Etnografia na Pesquisa em Artes Cênicas. MORINGA - Artes do Espetáculo,

v. 3, n. 2, 22 fev. 2013. Disponível em:

https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/moringa/article/view/15350 Acesso em: 13 out 2020.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo, Brasília: UNESCO,

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10. ESTRUTURA DAS DISCIPLINAS

O Curso inicia, no primeiro módulo/semestre, com uma Aula Inaugural no campus em que os participantes terão oportunidade de conhecer a estrutura do curso (objetivos, conteúdos, equipe, professores) e em que será feita uma dinâmica de integralização. Após a aula inaugural, também chamada de Aula 0 (zero), que é única para todas as disciplinas, iniciam-se as disciplinas do curso compostas de 4 tipos de aulas, segundo o quadro de Tipologias de Aulas a seguir:

Quadro de Tipologias de Aulas

Assim, estrutura-se cada módulo/semestre de maneira a que os alunos tenham, na maior parte do tempo, duas disciplinas ativas e, no máximo, três disciplinas ativas simultâneas podendo se dedicar a cada uma delas. O calendário que indica as datas das aulas virtuais síncronas, das aulas presenciais e das avaliações é divulgado sempre no início de cada módulo e se estrutura por “semanas”, sendo dezesseis semanas previstas no primeiro módulo (além da aula inaugural) e dezesseis no segundo módulo.

O calendário pode variar de acordo com as contingências, a depender do ano em que for oferecido, mas segue a estrutura vista nas tabelas a seguir em que: a) as colunas indicam o número das semanas; b) as linhas indicam a professora ou professor responsável por aquela disciplina; c) as aulas estão numeradas e coloridas de acordo com o quadro de tipologia das aulas supracitado.

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A respeito do Módulo I, observe-se que:

a) a aula inaugural 0 (zero), presencial, é a mesma para todas as disciplinas e não se inclui nas dezesseis semanas do curso;

b) na semana doze, estão alinhadas todas as aulas presenciais deste módulo e que, no caso de “Ateliê” são duas aulas em um mesmo fim de semana;

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Observe-se que, no módulo II:

a) na semana 8 (oito), as aulas presenciais de “Projeto” e “Corpos em Festa” estão alinhadas para serem dadas em um mesmo dia.

b) na semana dezesseis do módulo II, a décima aula da disciplina Projeto em Teatro e Educação II é presencial e avaliativa, porque se refere ao dia de apresentação dos trabalhos finais, na forma de banners.

11. INFRAESTRUTURA FÍSICA

A infraestrutura física necessária é a seguinte: 3 Salas de aula, equipadas com multimídias; 3 laboratórios de informática; 02 Banheiros adaptados, sendo um feminino e um masculino; 2 salas-laboratório de teatro, para práticas corporais.

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12. CORPO DOCENTE

Tabela IV - Corpo Docente do Curso

Docente Área Formação

Daniel Alberti

Perez Professor EBTT Técnico em Teatro; Licenciado em Artes Cênicas; Mestre em Artes da Cena; Doutor em Artes da Cena. Gregório

Hernandez Pimenta

Professor EBTT Técnico em Teatro, Licenciado em Educação Física, Mestre em Estudos do Lazer, na área de concentração Lazer, Cultura e Educação.

Mariana Emiliano

Simões Professor EBTT Bacharela e Licenciada em Artes Cênicas; Especialista em História da África e do negro no Brasil; Mestre em Artes Visuais; Doutora em Antropologia Pedro Luis Braga

Silva (Substituto desde

janeiro/2020)

Professor EBTT Bacharel em Artes Cênicas com Habilitação em Direção Teatral; Licenciado em Teatro; Licenciado em Pedagogia; Mestre em Educação, área Cultura, Filosofia e História da

Educação; Ramony Maria da

Silva Reis Oliveira Professor EBTT Licenciado em Letras Português e Inglês e em Pedagogia; Mestre em Educação; Doutora em Linguística e Língua

Portuguesa.

13. EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA

Tabela V – Quadro do corpo técnico-administrativo do Curso

Servidor Setor Formação

Claudiane Moreira Costa Núcleo Pedagógico Mestranda em Educação Tecnológica Adeizete Gomes Ferreira Núcleo Pedagógico Mestra em Educação

(37)

Dayane Mota Santos

Lisboa Núcleo Pedagógico Especialização em Administração Pública Mário Layber Mota Secretário da Direção de

Ensino Especialização em Administração Pública

Shirley Gomes Oliveira NAEC Mestranda em Educação

Fabrícia Maria Diamantino

Corrêa NAEC Especialização em Fund. Teóricos e Metod. do Processo Educativo Gabryella Castro

Guimarães NAEC Especialização em Enfermagem do Trabalho

Silvane Antonia Costa Secretaria Tecnólogo em Gestão Ambiental Christian Fernandes de

Oliveira Secretaria Especialização em Gestão Pública e Legislação Urbana Wagner César Figueiredo

Efraim Secretaria Especialização em Gestão de Pessoas

Valeria Cantidio Oliveira

Gregory de Andrade Protocolo Graduação em Administração de Empresas Maria Dalva Ribeiro

Lopes Biblioteca Esp. em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação Jefferson Wallisten Pereira

de Medeiros Biblioteca Graduação em Engenharia Civil

Hércules Batista de

Oliveira Tecnologia de Informação Mestrando Em Educação Renato Harly Rodrigues

da Silva Tecnologia de Informação Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Hannah Serrat de Souza

(38)

14. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Considerando as profundas transformações pelos quais passa o ensino neste novo milênio, avaliar é uma forma de estar sintonizado com as tendências e demandas postas pela dinâmica da sociedade, considerando que essa redefine suas relações e interações com a escola a cada instante. Considera-se, aqui, também o fato de que este é um curso de oferta própria do campus e que, portanto, não conta com tutores para o processo de avaliação dos alunos, a não ser os próprios professores-tutores das disciplinas, acompanhando simultaneamente os cento e vinte alunos da quatro turmas A, B, C e D.

Neste sentido, a avaliação visará principalmente à verificação da aprendizagem do participante, à identificação de suas necessidades e à melhoria do processo de ensino aprendizagem, objetivando a qualidade e a realimentação do processo, buscando a interdependência das modalidades diagnóstica, formativa e somativa, com ênfase na sua continuidade e respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno.

14.1 Avaliação da Aprendizagem

A Avaliação da Aprendizagem será uma constante neste curso, analisando processos e resultados e acompanhando o ritmo de aprendizagem diferenciada. Ela deverá ser permanente, continuada, lançando mão de procedimentos e instrumentos adequados à proposta pedagógica do curso e às necessidades dos cursistas, para garantir o desenvolvimento integrado e contínuo das aprendizagens e competências. As avaliações serão feitas por meio três instrumentos, em cada disciplina, sendo um deles a elaboração do Projeto em Teatro e Educação (dividido em dois semestres).

A avaliação terá por objetivo verificar o desenvolvimento do cursista, das competências previstas em cada disciplina e a capacidade de mobilizar conhecimentos e aplicá-los, para colocar situações-problema e para delinear hipóteses. Será processual e baseada em atividades individuais e coletivas previstas nas disciplinas, sobretudo durante as videoconferências, aulas presenciais e fóruns. As atividades produzidas serão acompanhadas e avaliadas pelos Professores-tutores. Deve ser estimulada a discussão virtual acerca das propostas apresentadas, de modo a fomentar a reflexão sobre a influência do estudo na concepção das atividades estudadas.

Referências

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