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Jonathan Inácio da Veiga Walendolf. Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC)

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FACC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INOVAÇÃO – PROFNIT

Jonathan Inácio da Veiga Walendolf

Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC)

Cuiabá

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Jonathan Inácio da Veiga Walendolf

Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC)

Dissertação apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação – Ponto Focal Cuiabá

Orientador: Prof. Dr. Olivan da Silva Rabêlo Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Luciane Durante

Cuiabá 2021

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Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso Prof. Dr. Evandro Aparecido Soares da Silva Pró-reitor (a) de Pós-graduação e Pesquisa Prof. Dr. Jackson Antonio Lamounier Camargos Resende

Gestora do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual

e Transferência de Tecnologia para a Inovação – PROFNIT (Ponto focal Cuiabá-MT) Prof.ª Dr.ª Luciane Cleonice Durante

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Jonathan Inácio da Veiga Walendolf

Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC)

Projeto de pesquisa avaliado pela Banca Examinadora constituída pelos professores:

Prof. Dr. Olivan da Silva Rabêlo Orientador

Prof.ª Dr.ª Luciane Cleonice Durante Co-orientadora

Prof. Dr. Rogerio Alexandre Nunes dos Santos Universidade Estadual de Mato Grosso

Prof.ª Dr.ª Tatiane Luciano Balliano Universidade Federal do Alagoas

Cuiabá 2021

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04/11/2021 17:33 SEI/UFMT - 4023477 - MESTRADO - Folha de Aprovação

Página 1 de 2 https://sei.ufmt.br/sei/documento_consulta_externa.php?id_aces…_acesso_externo=0&infra_hash=6ac1881709a76b0568e4ddf8693830aa

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA INOVAÇÃO

JONATHAN INÁCIO DA VEIGA WALENDOLF FOLHA DE APROVAÇÃO

TÍTULO: Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC)

AUTOR (A): MESTRANDO (A) Jonathan Inácio da Veiga Walendolf

Dissertação defendida e aprovada em 27 de outubro de 2021.

COMPOSIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Olivan da Silva Rabêlo - Orientador e Presidente da banca

Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso

Profª. Drª. Tatiane Luciano Balliano - Membro Externo ao Ponto Focal Cuiabá e Membro da Rede PROFNIT

Instituição: Universidade Federal de Alagoas

Prof. Rogério Alexandre Nunes dos Santos - Membro Externo Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso

Cuiabá, 27 de outubro de 2021.

Documento assinado eletronicamente por JONATHAN INACIO DA VEIGA WALENDOLF, Usuário Externo, em 27/10/2021, às 12:20, conforme horário oficial de Brasília, com

fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

D111f Da Veiga Walendolf, Jonathan Inácio.

Framework de Mapeamento dos Processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído / Jonathan Inácio Da Veiga Walendolf. -- 2021

100 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: Olivan da Silva Rabêlo.

Co-orientadora: Luciane Durante.

Dissertação (mestrado profissional) – Universidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, Cuiabá, 2021.

Inclui bibliografia.

1. Plataforma Tecnológica. 2. Gerenciamento de Processos. 3. Inovação Organizacional. 4. Bioeconomia Circular. I. Título.

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RESUMO

Atualmente, há uma carência de frameworks de mapeamento de processos de plataformas tecnológicas, como é caso do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído.

O parque de inovação encontra-se em um momento de evolução, portanto mapear os processos e gerenciá-los mostra-se necessário para que a gestão do parque vá ao encontro da excelência.

Esta dissertação apresenta a proposta de um manual descritivo de mapeamento de processos voltados para plataformas tecnológicas, bem como um framework de mapeamento de processos finalísticos e de gestão, o qual contém ferramentas desenvolvidas especialmente para modelar estes processos. O trabalho consiste em uma revisão sistemática, na elaboração de um framework e por último aplicação e validação do framework finalizado. Ao final do projeto tem-se um mapa do processo de Aprovação de Projetos e do processo de Gestão e Controle de Contratos e Parcerias, isto é, oferece uma visão do processo como um todo para os stakeholders, e principalmente, para a gerência do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído que precisa criar formas de gerenciar e acompanhar o desenvolvimento de todas as atividades. Este projeto mostra-se importante para esclarecer as etapas dos processos finalísticos e de gestão de um parque que se encontra dentro de uma instituição de ensino superior, podendo ser utilizado por outras plataformas tecnológicas, parques de inovação, instituições de pesquisa ou outras configurações metodológicas de colaboração para a pesquisa e desenvolvimento. A inovação organizacional apresentada, é algo inédito para a plataforma tecnológica e foi alcançada por meio do framework e suas ferramentas, e, também pelo manual descritivo.

Palavras-chave: Plataforma Tecnológica; Gerenciamento de Processos; Inovação Organizacional; Bioeconomia Circular.

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ABSTRACT

Currently, there is a lack of frameworks for mapping technological platform processes, such as the Built Environment Innovation and Sustainability Park. The innovation park is in a moment of evolution, so mapping the processes and managing them is necessary for the park's management to meet excellence. This dissertation presents a proposal for a descriptive manual for mapping processes aimed at technological platforms, as well as a framework for mapping finalistic and management processes, which contains tools developed specially to model these processes. The work consists of a systematic review, in the elaboration of a framework and lastly application and validation of the finished framework. At the end of the project, there is a map of the Project Approval process and the Management and Control Process of Contracts and Partnerships, that is, it offers a view of the process for those interested, and mainly, for the mandatory nature of the Park Innovation and Sustainability of the Built Environment that needs to create ways to develop and monitor the development of all activities that are underway on the technological platform. This project is important to clarify the stages of the finalistic and management processes of a park that is within a higher education institution, and can be used by other technological platforms, innovation parks, research institutions or other collaborative configurations for the Research and Development. The organizational innovation presented is something unprecedented for the technological platform and was achieved through the framework and its tools, and through the descriptive report.

Keywords: Technology platform; Process Mapping; Organizational Innovation; Circular Bioeconomy

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-QUÍNTUPLA HÉLICE:OS CINCO SUBSISTEMAS DO MODELO.FONTE: CAMPBELL,

2012 ... 22

FIGURA 2-ETAPAS METODOLÓGICAS DO TRABALHO. ... 25

FIGURA 3-EVOLUÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS -PARTE 1 ... 27

FIGURA 4-EVOLUÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS -PARTE 2 ... 30

FIGURA 5-BIOECONOMIA COMO UM COMPONENTE DA ECONOMIA VERDE. ... 32

FIGURA 6-FRAMEWORK DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS DO PISAC. ... 34

FIGURA 7-FRAMEWORK DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS. ... 38

FIGURA 8-SUBPROCESSO DE MAPEAMENTO ... 40

FIGURA 9-SUBPROCESSO DE VALIDAÇÃO ... 42

FIGURA 10-SUBPROCESSO DA HOMOLOGAÇÃO DO MAPEAMENTO DE PROCESSOS. ... 43

FIGURA 11-SUBPROCESSO DA PUBLICAÇÃO DO MAPEAMENTO. ... 44

FIGURA 12-PAINEL DE PRIORIZAÇÃO PSACANVAS (PIZE,2017). ... 51

FIGURA 13-PROCESSO DE APROVAÇÃO DE PROJETOS/EMPREENDIMENTOS.FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES ... 52

FIGURA 14-PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS.FONTE:ELABORADO PELOS AUTORES. ... 56

FIGURA 15-EVOLUÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS -PARTE 1 ... 71

FIGURA 16-EVOLUÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS -PARTE 2 ... 74

FIGURA 17-BIOECONOMIA COMO UM COMPONENTE DA ECONOMIA VERDE. ... 75

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1-GRAU DE TENDÊNCIA.FONTE:ALVES;KINCHESCKI(2017) ... 36

QUADRO 2-ATIVIDADES DO PROCESSO DE MAPEAMENTO ... 39

QUADRO 3-ATIVIDADES DO SUBPROCESSO DE MAPEAMENTO. ... 41

QUADRO 4-SUBPROCESSO DE VALIDAÇÃO ... 42

QUADRO 5-SUBPROCESSO DA HOMOLOGAÇÃO DO MAPEAMENTO DE PROCESSOS. ... 43

QUADRO 6-ATIVIDADES DO SUBPROCESSO DE PUBLICAÇÃO DO MAPEAMENTO. ... 45

QUADRO 7-CATEGORIA DE RISCOS ... 46

QUADRO 8-LEGENDA DOS RISCOS INERENTE E NÍVEIS DE RISCOS ... 46

QUADRO 9-AVALIAÇÃO DOS CONTROLES EXISTENTES ... 47

QUADRO 10MODELO DE FICHA CADASTRAL DO PROCESSO. ... 48

QUADRO 11QUESTIONÁRIO.ADAPTADO – ... 49

QUADRO 12-PROCESSO DE INSTALAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS/PROJETOS ... 55

QUADRO 13-PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS. ... 58

QUADRO 14FICHA CADASTRAL DO PROCESSO DE APROVAÇÃO DE PROJETOS. ... 94

QUADRO 15-FICHA CADASTRAL DO PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS. ... 95

QUADRO 16-FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE APROVAÇÃO DE PROJETOS PARTE 1 . 96 QUADRO 17-FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE APROVAÇÃO DE PROJETOS PARTE 2 . 97 QUADRO 18FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS PARTE 1 ... 98

QUADRO 19-FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS PARTE 2 ... 99

QUADRO 20-FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS PARTE 3 ... 100

QUADRO 21-FORMULÁRIO DE RISCO PREENCHIDO PARA O PROCESSO DE GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS PARTE 4 ... 101

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01- COMBINAÇÕES BOOLEANAS PESQUISADOS E O QUANTITATIVO DE ARTIGOS RESULTANTES DA PESQUISA DOS ÚLTIMOS 20 ANOS.*A PESQUISA FOI REALIZADA NO MÊS DE MAIO DE 2020 – ALGUMAS BASES APRESENTAM ARTIGOS QUE SERÃO PUBLICADOS NO SEMESTRE SEGUINTE. ... 26 TABELA 2-RESULTADOS DAS COMBINAÇÕES BOOLEANAS DOS TERMOS DE BUSCA NAS BASES DE DADOS SELECIONADAS PARA PESQUISA CONSIDERANDO A JANELA TEMPORAL DE 2000 A

2020. ... 68

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FORTEC Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

UnB Universidade de Brasília

PISAC Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído P&D Pesquisa e Desenvolvimento

C&T Ciência e Tecnologia

EPP Escritório de Projetos e Processos BPM Business Process Management

BPMN Business Process Management Notation

NASCI Núcleo de Apoio para a Sustentabilidade da Cidade Inteligente UniBIM Universidade de Building Information Modeling

NUESP Núcleo de Estudo e Pesquisa de Edificações Especiais CAPRO Câmara de Projetos, Convênios, Contratos e Instrumentos DPA Decanato de Pesquisa e Inovação

PJU Procuradoria Jurídica da UnB

PCTEC Parque Científico e Tecnológico da UnB

FINATEC Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos SIG Unb Sistema Integrado de Gestão da UnB

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SUMÁRIO

1 Introdução ... 16

2 Revisão de Literatura ... 20

2.1 Tríplice Hélice ... 20

2.2 Quádrupla Hélice ... 21

2.3 Quíntupla Hélice ... 21

2.4 Plataforma Tecnológica ... 22

2.5 Panorama da Inovação na Cadeia produtiva da IndÚstria da Construção CIVIL ... 23

2.6 Abordagem da Inovação Organizacional e Business Process Management ... 24

3 Procedimentos Metodológicos ... 25

4 Resultados ... 26

4.1 Revisão Sistemática ... 26

4.1.1 Conceitos Fundamentais ... 27

4.2 Elaboração do Framework de Mapeamento de Processos do PISAC ... 34

4.2.1 Estratégia de elaboração do Framework e linguagem de Mapeamento de Processos 34 4.2.2 Ferramentas de suporte ao Framework de Mapeamento de Processos ... 45

4.3 Aplicação e Validação do Framework ... 50

4.3.1 Aplicação da Proposta de Framework – Mapa dos Processos do PISAC ... 50

5 Conclusões ... 59

6 Referências ... 61

Apêndice A – Artigo científico: Economia ecológica, economia circular, bioeconomia e economia verde: (re)visitando conceitos e atualizações ... 64

1 Introdução ... 66

2 Procedimentos Metodológicos ... 67

3 Resultados ... 68

3.1 Conceitos Fundamentais ... 69

3.1.1 Economia Ecológica ... 69

3.1.2 Economia Circular ... 71

3.1.3 Bioeconomia ... 72

3.1.4 Economia Verde ... 74

4 Conclusões ... 75

5 Referências ... 77

Apêndice B – Relatório Técnico conclusivo: Proposta de Framework de Mapeamento de Processos em Plataformas Tecnológicas. ... 80

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1 Introdução ... 80

2 Priorização de Mapeamento de Processos ... 82

2.1 Matriz de GUT ... 82

2.2 SPCanvas - Strategic Planning Canvas ... 83

2.3 PSACanvas - Project Strategic Alignment Canvas ... 83

2.4 Modelagem ... 84

2.5 Método de Mapeamento dos processos ... 84

2.5.1 Subprocesso de Mapeamento ... 85

2.5.2 Subprocesso de Validação ... 86

2.5.3 Subprocesso de Homologação ... 86

2.5.4 Subprocesso de Publicação ... 87

3 Ferramentas de suporte ao Framework de Mapeamento de Processos ... 87

3.1 Formulário de Mapa de Risco ... 87

3.2 Ficha de Cadastro de Processos ... 90

3.3 Questionário-Matriz para mapeamento de processos ... 91

4 Conclusão ... 92

5 Referências ... 93

Apêndice C – Ficha cadastral preenchida: Processo de aprovação de Projetos. ... 94

Apêndice D– Ficha cadastral preenchida: Processo de gestão de contratos e convênios .... 95

Apêndice E– Mapa de risco preenchido: Processo aprovacão de projetos ... 96

Apêndice F– Mapa de risco preenchido: Processo de gestão de contratos e convênios ... 98

ANEXO A – Ofício Número 03/2020 – Demanda PISAC/UNB ... 102

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, verifica-se uma transformação na sociedade e essa mudança aparece em diversas instituições que reforçam a necessidade de um mundo sustentável, os compromissos formados a partir deste desafio tem uma estrutura transdisciplinar direcionando o progresso da humanidade. A demanda da atual agenda requer inovações e a colaboração entre os inúmeros agente de uma sociedade (MINEIRO et al., 2018).

A gestão do conhecimento se apresenta como uma forma de inovação organizacional, e a gestão dos processos de uma organização torna-se vital neste momento de transição. Dessa forma mapear os processos significa alinhar e definir as atividades do começo ao fim, auxiliando a evitar o desperdício de insumos e tempo, a identificar falhas, atrasos e sobrecargas ao longo de sua execução. Portanto, a gestão de processos transpassa o mapeamento e a modelagem, já que tem por finalidade a melhoria dos processos, logo um mapeamento fiel à realidade é importante para a efetividade do gerenciamento dos processos, pois qualquer informação ignorada pode colocar em risco a consecução dos processos de uma organização (ABPMP, 2013).

O Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído - situado no Campus Darcy Ribeiro, Brasília-DF - Universidade de Brasília, propõe a ser uma plataforma tecnológica

1para mudar paradigmas por meio do desenvolvimento, teste e disseminação de inovações e tecnologias sustentáveis para processos e produtos na concepção, construção e operação do ambiente construído (BLUMENSCHEIN; FERRARI; BARROS, 2019).

O PISAC tem como missão facilitar a comunicação e fomentar a parceria entre os agentes da sociedade, implementando projetos de cooperação. Além disso, identificar as oportunidades P&D e capacitação, com foco em inovação, sustentabilidade e resiliência considerando o planejamento, construção e operação do ambiente construído, bem como atuando como uma plataforma tecnológica para reflexões de C&T, mecanismos de regulação e estruturação de políticas públicas do setor.

A instituição desenvolve inúmeras atividades para realizar a missão proposta, e no âmbito do negócio da plataforma encontra-se três tipos de processos: os finalísticos, de apoio e de gestão. O PISAC estabelece-se três eixos de atuações: o eixo da pesquisa, o eixo da

1 O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico Tecnológico incluiu a plataforma tecnológica como instrumento de planejamento de atividades de ciência e tecnologia, e como instrumento prospectivo para identificar oportunidades e diminuir incertezas (CHIARELLO; ROCHA, 2001). A metodologia de trabalho de cada plataforma é extremamente variável, mas todos promovem a mobilização de alguma região ou setor em torno de uma agenda comum (CHIARELLO, 2000).

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prototipagem e desenvolvimento de produtos, e no último eixo a prestação de serviços, treinamento e capacitação (BLUMENSCHEIN; FERRARI; BARROS, 2019). Essas atuações dão-se em quinze áreas do conhecimento:

1) Cidades inteligentes 2) Resiliência Urbana

3) Inovação CPIC – Cadeia Produtiva da Indústria da Construção 4) CEPE – Cadeia Produtiva da Construção da Edificação Penal 5) Edificações Especiais – Escolares e Hospitalares

6) Gestão Ambiental 7) Ambiente Espadal

8) Sensores Óticos – FBG Fiber Bragg Grating 9) Materiais de memória de forma

10) Biomimética

11) Inteligência Artificial 12) Eficiência Energética 13) Eficiência Hídrica 14) Estudos Econométricos

15) BIM – Building Information Modeling

O Plano de Negócio do PISAC (2019-2021), traz a visão do parque: “Inovação em movimento para transformar o ambiente construído, visando à sustentabilidade e à resiliência”, no que tange à resiliência, é um termo amplamente utilizado para perceber que as ações humanas não estão isoladas do meio ambiente, nem a capacidade de resiliência do meio ambiente estão separadas do sistema econômico. Os recursos econômicos são primordialmente classificados como renováveis e não-renováveis, e os recursos renováveis, em certa escala podem ser reproduzidos infinitamente, porém respeitando a capacidade regenerativa do meio ambiente (ZILBERMAN et al., 2013).

Portando, o trabalho foi realizado a partir de uma revisão sistemática dos conceitos que orbitam a plataforma tecnológica: Economia Ecológica, Economia Circular, Bioeconomia e Economia Verde, e, posteriormente, o desenvolvimento do framework de mapeamento dos processos do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído, auxiliando no desenvolvimento organizacional da plataforma tecnológica.

No ecossistema de inovação pode-se encontrar agentes plurais em sua natureza, como universidades, empresas, organizações de pesquisa e desenvolvimento, e este ambiente necessita ser bem coordenado para que haja a inovação a partir da sinergia desses agentes, pois

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é por meio da sinergia que eles, as ideias e os promotores de pesquisa se encaixam (KASTELLE; POTTS; DODGSON, 2009). O PISAC apresenta-se com uma cluster de inovação tecnológica, uma ferramenta de políticas públicas 2para criar externalidades positivas como forma de obter o máximo de uma infraestrutura escassa (CHATTERJI; GLAESER;

KERR, 2014).

Muitas pesquisas já mostram que a competitividade entre as empresas de uma região ou setor pode aumentar em clusters de inovação tecnológica, e isso se deve aos spillovers3 de conhecimento que ocorrem em firmas geograficamente e tecnologicamente próximas (FALLAH; IBRAHIM, 2004). Portanto, a coordenação e gerenciamento de uma plataforma tecnológica precisa ser excelente para contribuir com a interação e cooperação entre os agentes inovadores, e quando se fala em excelência não se pode esquecer do papel da gestão de processos dentro de uma organização (ABPMP, 2013).

O conceito de cluster foi elaborado por Porter na década de 1990 para explicar o fenômeno da inovação acima da média em países que apresentavam uma vantagem competitiva em determinado setor industrial se comparado com outros. A localização geográfica das firmas e institutos de pesquisas foi apontada como um elemento crucial para o alto desempenho, uma vez que as empresas tornam-se altamente críticas devido a essa integração geográfica dos agentes inovadores (FERRAS‐HERNANDEZ; NYLUND, 2019).

Não há muitos frameworks4 de gestão de processos voltados para organizações de ecossistema de inovação, o que inviabiliza a aplicação de uma ferramenta que não foi testada, assim, indo ao encontro da necessidade de criar um framework que seja factível para organizações que trabalham com a interação de agentes inovadores como no caso de parques tecnológicos, plataformas tecnológicas e clusters de inovação tecnológicos, este trabalho se apresenta a partir de uma oportunidade de propor e desenvolver uma ferramenta profundamente discutida e testada na prática. Neste contexto, a questão - problema levantada no trabalho é

2 As ferramentas de políticas públicas são os meios, ou de forma mais explícita, os elementos de que os formuladores de políticas dispõem para agir sobre uma determinada realidade, condicionando-as aos objetivos ou diretrizes de curto ou longo prazos que tenham sido estabelecidos (ROSSETI, 1987)

3 Transbordamentos (FERRAS‐HERNANDEZ; NYLUND, 2019).

4Framework é uma palavra de origem estrangeira e utilizada em diversas situações. Segundo o dicionário de Cambridge (2020), tem dois significados: “a supporting structure around which something can be built” e “a system of rules, ideas, or beliefs that is used to plan or decide something”, isto é, uma estrutura de suporte em torno de algo para ser construído, também um sistema de regras, ideias e crenças que são utilizadas para planejar ou decidir algo. Porém, a utilização dessa palavra é mais disseminada no mundo da programação, sendo definida como conjunto de aplicações que interagem entre si para uma determinada função de um programa. No que tange ao trabalho, o conceito da palavra framework é o de uma estrutura de conceitos e ferramentas para mapear processos.

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caracterizada como: Quais fatores contribuem para alcançar a Inovação Organizacional no PISAC na perspectiva dos seus principais processos?

Para facilitar a interação entre os atores do ecossistema de inovação da indústria, tecnologia e conhecimento de ambiente construído, o objetivo geral deste trabalho é estudar os fatores que contribuem para o alcance da inovação organizacional do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC) no âmbito dos seus principais processos.

Objetivos Específicos:

a) Elaborar manual descritivo de mapeamento de processos aplicados à Plataformas Tecnológicas em Instituições de Ensino Superior (IFES);

b) Propor um framework de mapeamento dos processos finalísticos e de gestão;

c) Desenvolver as ferramentas para modelar processos finalísticos e de gestão do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC).

A importância desse trabalho dar-se-á na oportunidade de propor um framework de mapeamento de processos que pode ser utilizado por outras plataformas tecnológicas, diminuindo a privação de métodos de gestão de processos, o que inclui o mapeamento de processos. Atualmente, não existem muitos parques de setores específicos como é o caso do PISAC que sejam dotados dessas ferramentas, contudo os produtos provenientes desse trabalho poderão ser utilizados como base para um possível benchmarking em outras organizações que dispõem da mesma realidade do PISAC.

A sinergia entre os agentes melhora a capacidade de inovação, e assim maximiza a utilização de recursos, bem como aumenta a qualidade dos resultados (NEDER, 2018).

Portando, diminuir as lacunas de informações para os stakeholders por meio de um mapeamento pode trazer inúmeros benefícios, como melhorar a qualidade do modelo de cooperação e viabilizar projetos de pesquisa e desenvolvimento.

O trabalho está dividido em seis capítulos: além desta Introdução, a segunda seção apresenta a Revisão de Literatura, evidenciando os principais conceitos que orbitam o trabalho.

Na terceira seção são demonstrados os procedimentos metodológicos, mostrando a forma que o trabalho foi desenvolvido, a quarta seção se encarrega de discutir os resultados, contendo a revisão sistemática, o framework com as ferramentas e o resultado da aplicação do framework.

As conclusões são evidenciadas juntamente com as principais observações na quinta seção, e por fim, na sexta seção contempla as referências e os apêndices com os produtos gerados ao longo deste trabalho.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo tem como objetivo principal prover um entendimento para identificar os conceitos teóricos que orbitam em torno do instrumento da plataforma tecnológica, bem como poder identificar a teoria básica utilizada ao longo do trabalho. Portanto, expor os principais modelos teóricos que deram base para justificar a existência da plataforma: Tríplice Hélice, Quádrupla Hélice e Quíntupla Hélice. Além de explicar: o conceito de Plataforma Tecnológica, como define-se o conceito de inovação organizacional e o panorama da inovação dentro da cadeia produtiva da Construção Civil.

2.1 TRÍPLICE HÉLICE

Ao longo da história do pensamento econômico, muitos entusiastas tentaram encontrar o caminho do desenvolvimento econômico, bem como a fórmula “mágica” para o crescimento sustentado. A inovação mostra-se uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento de uma nação, segundo Schumpeter (1911), a inovação tecnológica seria um fator endógeno na equação do desenvolvimento econômico do sistema capitalista, evidentemente, que seu estudo influenciou fortemente estudos sobre a dinâmica da Teoria Evolucionária, surgindo as correntes de pensamentos Schumpterianas e Neo-schumpterianas (FERREIRA, 2018). E a tríplice hélice nasce a partir da necessidade de identificar como a relação entre os agentes econômicos, como universidade, indústria e governo desenvolveu uma estratégia de inovação bem sucedida (ETZKOWITZ; ZHOU, 2017).

A inovação tem como cerne o conhecimento, pois é por meio da inovação que há a transformação do conhecimento em atividade econômica, a qual pode gerar o desenvolvimento econômico. Neste sentido, encontram-se muitos estudos que tentam entender a relação entre a sinergia dos agentes econômicos e a capacidade de inovação deles, a partir dessa ótica, pode- se inferir que o fortalecimento do elo universidade-empresa-governo melhora a capacidade de inovação das empresas, fazendo-as competitivas no cenário globalizado do capitalismo (FERREIRA, 2018).

A disseminação do conhecimento proveniente das relações de cooperação e interdependência dos agentes das três esferas é crucial para a possibilidade de diversas trocas de ideias, permitindo que empresas possam evoluir através da inovação aberta, ou open innovation, portanto além de um método que pretende entender os pontos forte e fracos da relação entre essas três esferas, o modelo tríplice hélice é uma estratégia de alianças nacional ou até mesmo regional que buscam aumentar a capacidade de inovação das organizações e a competitividade (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1995).

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No Brasil, o modelo da Tríplice Hélice tornou-se um grande norte para políticas nacionais e regionais, uma vez que as IFES são instituições centrais no setor do conhecimento, e também, são tidas como as plataformas tecnológicas que promovem as relações entre o governo e o setor produtivo, e como principal exemplo, tem-se as incubadoras de start-ups, ou seja, agregando valor negócio das empresas recém criadas e construindo vantagens competitivas para essas start-ups (LEYDESDORFF, 2012). Portanto, o PISAC, reflete de forma tácita de como que os papéis das parcerias colaborativas podem transformar o conhecimento em inovação.

2.2 QUÁDRUPLA HÉLICE

O mundo apresentou mudanças constantes no que tange a forma que os atores se relacionam, e naturalmente há um processo evolutivo do modelo da Tríplice hélice. A Quadrupla Hélice vem como um modelo que fortalece a geração de conhecimento, na qual há uma rede de colaboração com a participação da sociedade civil e da comunidade ampla.

Portanto, ressalta o papel importante da sociedade para estabelecer metas e objetivos para o ambiente inovador (MINEIRO et al., 2018).

A sociedade civil aparece como o principal usuário e beneficiário da rede de colaboração, tornando-se centro do modelo, uma vez que se apresentam como codesenvolvedores e cocriadores da inovação, desta forma, impulsionando o processo inovador.

E quando se fala sociedade civil, pode-se considerar as organizações e associações coletivas. A atual complexidade da aplicação do conhecimento e inovação, permitiu o nascimento de modelos mais amplos para que houvesse uma melhor compreensão dessas estruturas (MINEIRO et al., 2018).

2.3 QUÍNTUPLA HÉLICE

Na busca por uma sociedade sustentável ao longo-prazo, o modelo da quíntupla hélice aparece como um framework em que o meio ambiente surge como um impulsionador da inovação e do fluxo de conhecimento. As inovações conhecidas como tecnologias verdes são um desafio para as atuais redes de colaborações, portanto essa quinta hélice não só se apresenta como um agente, como é o caso dos modelos anteriores. Mas aparece também como uma resposta as preocupações ambientais da atualidade, trazendo uma nova perspectiva para a inovação, com um viés transdisciplinar e com a capacidade de mudar e amplificar as transformações socioecológicas e ambientes naturais (MINEIRO et al., 2018).

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A Quíntupla Hélice adiciona uma sensibilidade ecológica para as inovações, mudando a perspectiva do aquecimento global. Desta forma mostrando-o como uma oportunidade efetiva de inovação em relação aos capitais naturais ao invés de como um desafio. Portanto, o principal interesse da Quíntupla Hélice é incluir os ambientes naturais como subsistemas para os atuais modelos de inovação e conhecimento. Consequentemente, isso se mostra importante para a preservação, sobrevivência da humanidade, possibilitando a criação das novas tecnologias verdes (CARAYANNIS; BARTH; CAMPBELL, 2012).

Dessa forma, pode-se visualizar por meio da Quíntupla Hélice a sinergia colaborativa de cinco subsistemas na troca de conhecimento, isto é, cinco hélices: sistema educacional, sistema econômico, meio ambiente, sociedade civil e o sistema político. Essa análise mostra como os ativos de cada subsistema precisa se dispor para existir o progresso da humanidade em direção ao desenvolvimento sustentável(CARAYANNIS; BARTH; CAMPBELL, 2012).

Figura 1 - Quíntupla Hélice: Os cinco subsistemas do modelo. Fonte: CAMPBELL, 2012

2.4 PLATAFORMA TECNOLÓGICA

Em pouco tempo, com o advento do modelo da Tríplice Hélice como referência na estratégia nos processos de inovação nacional, surgem algumas estruturas organizacionais para entidades interessadas em inovar. As plataformas tecnológicas talvez sejam estruturas mais flexíveis, espaço destinado para o desenvolvimento de conhecimento específico (TEIXEIRA, 2012). Nesse sentido, o PISAC se estabelece como uma plataforma tecnológica especializada na inovação da cadeia produtiva da construção civil.

Plataforma tecnológica é um termo que surgiu por meio de um consultor do Banco Mundial, C. Weiss, o qual descreve a plataforma como um lugar de comunicação e troca de

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23

informações entre stakeholders, este termo é amplamente utilizado na área da Tecnologia da Informação (TEIXEIRA, 2012). Na TI o termo é utilizado como um sistema composto de atividades chaves para desenvolver uma estrutura capaz de realizar novas funcionalidades, portanto quando se traz para a realidade da inovação, pode-se entender que a plataforma tecnológica serve como sistema indutor de interação entre os atores do ecossistema para ter como resultado a inovação (OLIVEIRA; PITERI; MENEGUETTE, 2014).

Para atender as demandas de um setor econômico é preciso ter uma sinergia entre diversos atores, e assim desenvolver experimentos, e a disseminação de inovações e tecnologias, e para isso acontecer é preciso um dispositivo de coordenação. Portanto, para fazer a associação de entidades públicas e privadas precisa de uma plataforma tecnológica dedicada à um setor produtivo, o qual poderá definir uma agenda estratégica, nesse sentido o PISAC se apresenta como uma plataforma tecnológica para promover a inovação e as tecnologias sustentáveis para os processos e produtos ao longo de toda a cadeia produtiva do ambiente construído (BLUMENSCHEIN; FERRARI; BARROS, 2019).

2.5 PANORAMA DA INOVAÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Perante a complexidade de conceitos que se apresenta nesse capítulo, deve-se entender algumas definições antes de se falar do panorama da inovação da cadeia produtiva da Construção Civil, e a definição inicial é pautada na inovação. O Manual de Oslo (2005) compreende que a inovação é qualquer implementação nova ou de melhoria, em um produto, ou um serviço, ou um processo, ou em um novo método de marketing ou método organizacional nas práticas de negócio. Portanto, para ter a natureza de uma inovação é preciso que seja algo novo ou seja algo significativamente melhorado.

Com o supracitado, pode-se notar quatro tipos de inovação: de produto, de processo, de marketing e o organizacional. A principal e mais conhecida de todos é a inovação de produto, que no caso pode ser um bem ou serviço, o qual sofreu uma melhoria significativa no que tange a suas características ou usos anteriores. Incluindo nesse pacote, tem as especificações técnicas, composição e materiais utilizados na sua concepção, softwares incorporados, características funcionais e qualquer tipo evolução para facilitar o uso do produto.

A cadeia produtiva da indústria da construção é composta por três cadeias principais:

suprimentos, processos e auxiliar. E essas cadeias produtivas acabam por precisarem uma quantidade de recursos naturais, humanos e energéticos, e ao longo de todo processo da

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indústria há outputs indesejados como resíduos e despejos, tóxicos e não-tóxicos que são retornados ao meio ambiente, na maioria das vezes, sem nenhum tratamento ou responsabilidade socioambiental. Portanto, tem-se a possibilidade de surgir inúmeras inovações no setor, uma vez que há a necessidade de se mudar os paradigmas tecnológicos vigentes nesta cadeia (BLUMENSCHEIN, 2009).

2.6 ABORDAGEM DA INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL E BUSINESS PROCESS MANAGEMENT

Como já citado, pode-se notar quatro tipos de inovação: de produto, de processo, de marketing e o organizacional. O Manual de Oslo (2005), define inovação organizacional como:

“[...] implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas”, portanto pode ser algo que visa melhorar desempenho de indicadores da organização, como por exemplo, os relacionados aos custos administrativos e custo de transação. Não muito obstante, tem-se como inovação organizacional práticas de negócios, implementação de novos métodos não utilizados.

Business Process Management é uma disciplina gerencial que trata de práticas organizacionais muito utilizada por empresas, as quais querem melhorar seu desempenho gerenciando seus processos, e a partir desse gerenciamento diminuir os gastos relacionados com a falta de controle dos principais processos do negócio. Quando se comenta sobre processos do negócio, inclui qualquer tipo de organização que tem atividades orientados para alcançar um objetivo (ABPMP, 2013).

Para o BPM, os processos de negócio devem ser monitorados de forma cíclica e contínua, independente das quantidades de etapas definidas nesse ciclo, o ciclo básico é o PDCA (Plan, Do, Check e Act), talvez um dos mais conhecidos. E para compreender todos os níveis dos processos que interagem entre si, no BPM são definidos em três tipos: processos primários ou finalísticos, processos de suporte e processos de gerenciamento. Os processos finalísticos são os que agregam valor direto para o cliente e normalmente são os processos que a organização executa para cumprir sua missão. Os processos de suporte são os que existem para auxiliar os processos primários, já os processos de gerenciamento são os necessários para assegurar que a organização funcione conforme os objetivos e metas estipulados no plano de negócios (ABPMP, 2013).

No plano de negócios do PISAC, aparecem sinalizados os principais processos operacionais do parque conforme a definição do BPM, dividindo em três macroprocessos:

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Macroprocesso direcionadores, Macroprocessos Finalísticos e Macroprocessos de Gestão. Os direcionadores são os que definem a forma que o negócio do PISAC será realizado, já os processos finalísticos compreendem os processos que impactam diretamente para a sociedade e clientes do parque. E os de gestão são os processos de suporte necessários para o funcionamento saudável do parque (BLUMENSCHEIN; FERRARI; BARROS, 2019).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No que tange a revisão sistemática, o método de pesquisa foi feito com base em combinações por meio dos operadores booleanos (AND, OR e NOT) de acordo com os conceitos que serão abordados. As publicações sobre o bioeconomia aumentaram a partir de 2005 (TEMMES; PECK, 2020). Portanto como forma de delimitação temporal foi adotado de 2000 à 2020, e as bases pesquisadas foram: Scopus, Science Direct e Web Of Science.

Figura 2 - Etapas Metodológicas do Trabalho.

Fonte: Elaborado pelos autores

O desenvolvimento das Ferramentas de Modelagem de Processos, O mapa de Processos do PISAC, a Proposta de Framework e o Manual Descritivo de Mapeamento de Processos ocorreu durante a disciplina de Oficina Profissional que foi realizada no PISAC. Portanto, os métodos utilizados foram de pesquisas aplicadas, juntamente com a utilização de métodos de difusão e gestão de conhecimento em organizações, como por exemplo, reuniões, pesquisa em

Revisão Sistemática

1.Conceitos Fundamentais

• Economia Ecológica

• Economia Circular

• Bioeconomia

• Economia Verde

Cluster de Inovação Tecnológica

Elaboração do Framework

1.Estratégia de elaboração e linguagem de mapeamento de processos

• Priorização de Processos

• Modelagem

2.Ferramentas de Suporte do Frameworkde Mapeamento de Processos

• Ficha de Cadastro de Processos

• Formulário de Mapa de Risco

Aplicação e Validação

1.Aplicação da Proposta de Framework

• Método de Priorização

• Mapeamento dos Processos

• Utilização das Ferramentas Acessórias 2.Validação

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base de documentos oficiais da plataforma tecnológica, benchmarking com outras IFES e brainstorm com a equipe de gestão do PISAC.

Em outras palavras, os procedimentos metodológicos foram feitos em três etapas, contemplando assim, o trabalho como um todo. Na primeira etapa, a revisão sistemática, na segunda etapa, elaboração do framework, e na última etapa aplicação e validação do framework, conforme a Figura 2.

4 RESULTADOS

4.1 REVISÃO SISTEMÁTICA

Esta revisão sistemática se apresenta como uma forma de esclarecer alguns conceitos fundamentais que orbitam a plataforma tecnológica do PISAC, assim, criar uma coordenada sobre o tema. Os termos pesquisados no trabalho são: “bioeconomy”, “circular economy”,

“green economy” e “sustainability” os quais foram combinados conforme Tabela 01. Também foi realizado um levantamento quantitativo para medir a produção científica dos últimos vinte anos.

Método de Pesquisa - Operadores Booleanos (AND, OR e NOT)

Termos Pesquisados Scopus ScienceDirect Web of Science

"Circular" AND "Economy" 9130 2792 9451

"Green" AND "Economy" 11822 2114 14568

"Circular" AND "Bioeconomy" 370 192 416

"Bioeconomy" OR "Green Economy" 5178 1021 5907

"Bioeconomy" 2344 694 4092

"Circular Economy" 8319 2629 7629

"Green Economy" 2874 338 1851

"Green Economy" and "bioeconomy" 40 11 36

"Circular Economy" and "bioeconomy" 197 99 209

"Circular Economy" and "green economy" 100 19 83

"Circular Economy" and "bioeconomy" and "green Economy"

13 7 12

"Circular Economy" and "green economy" and

"sustainability"

29 12 33

Tabela 01- Combinações Booleanas pesquisados e o quantitativo de artigos resultantes da pesquisa dos últimos 20 anos. * A pesquisa foi realizada no mês de maio de 2020 – Algumas Bases apresentam

Artigos que serão publicados no semestre seguinte.

Ao analisar os resultados, vê-se uma diferença entre as bases, porém acompanham a tendência dos termos booleanos pesquisados. Portanto, foi feito uma pesquisa exploratória e qualitativa de alguns artigos para colaborarem na revisão sistemática, além do apoio de uma

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27

pesquisa nos anais da economia ecológica brasileira, a qual há produção científica que não aparece nas outras bases.

4.1.1 Conceitos Fundamentais

O PISAC se propõe a ser um parque de inovação com foco em sustentabilidade e resiliência. É importante entender que os conceitos passam por uma evolução de fundamentos pré-concebidos até se chegar ao entendimento que se tem atualmente da sustentabilidade. Nas Figuras 03 e 04, são apresentadas em ordem cronológica a evolução desses fundamentos e a contribuição de cada autor estudado que foram identificados ao longo da pesquisa qualitativa e exploratória dos artigos pesquisados dos últimos 20 anos.

Figura 3 - Evolução dos Fundamentos Teóricos - Parte 1 Fonte: Dados da pesquisa

4.1.1.1 Economia Ecológica

Um dos primeiros nomes a trazer a ciência biológica dentro da economia é Georgescu- Roegen (1971), ele critica a falta da mecânica dentro da economia clássica, desta forma, aborda a 1º e 2 º lei da termodinâmica, conservação de energia e a entropia, respectivamente, para criticar os modelos de crescimento econômico que desconsideram os limites biofísicos.

Diferentemente do que era considerado pelos neoclássicos para os estudos econômicos, os fenômenos naturais que ocorrem são em sua maioria irreversíveis e com perda de energia ao longo do processo. No que tange a origem da ciência econômica, em nenhum momento o meio ambiente aparece, e quando aparece na discussão é visto como depósito ou almoxarifado (CAVALCANTI, 2010).

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No início da discussão, a ideia principal era valorar os recursos naturais e o meio ambiente para pôr fim, obter custos para determinar custos de oportunidades da firma, isto é uma discussão no espectro microeconômico, colocando o meio ambiente como apêndice do sistema econômico, e esta área de estudo é conhecido como economia ambiental. Portanto, a economia perde a natureza de um sistema isolado, sendo um sistema aberto acoplado ao meio ambiente, e este meio ambiente sendo finito (CAVALCANTI, 2010).

O surgimento da economia ecológica foi a forma de aprofundar os estudos das relações entre o ecossistema e o sistema econômico, os principais nomes são, Robert Constanza (1989) e Herman Daly (1992) (SOUZA; PUGA e SAES, 2019). Para Constanza (1989), os estudos deveriam ter uma transdisciplinaridade, principalmente devido ao teor complexo dos problemas reais. Os problemas socioambientais são multidimensionais, e uma abordagem analítica precisa de várias perspectivas (MARQUES; MATA e SILVA, 2019).

Herman Daly (1991), é o principal proponente da economia como subsistema de um conjunto maior que representava o ecossistema, responsável por fornecer os insumos para as atividades econômicas e por receber os dejetos que essas atividades produziam. Desta forma, a proposta que nasce juntamente com a economia ecológica é que para a visão da economia ecológica, a economia é apenas um subsistema aberto que está inserido dentro de um sistema maior que é a biosfera, um sistema fechado e finito.

A absência de uma noção de finitude e limite do meio ambiente deve-se à escala das atividades humanas no planeta até a metade do século XIX, sendo que ao aumentar a escala das atividades fica evidente a pressão imposta sobre o ecossistema, a resiliência do meio ambiente tem um tempo diferente do tempo do ser humano, portanto, começou a ficar evidente a falta da capacidade do ecossistema como depósito e fornecedor ao mesmo tempo (DALY, 1991).

“A escala é o resultado da multiplicação da população pelo uso per capita de recursos”, para a economia clássica o ótimo de Pareto sempre seria alcançado pelos preços, independentemente da escala, sendo necessário ajustar os preços para que os recursos sejam alocados eficientemente. Porém, não é o que ocorre quando se trata dos recursos naturais, sem a intervenção por meio de políticas ou outros instrumentos (DALY, 1991).

A economia ecológica encontra uma resistência quanto à sustentabilidade como forma de diminuir a pressão sobre os recursos naturais e a resiliência da biosfera. Contudo, quanto mais a economia clássica desconsidera o meio ambiente mais se fará necessário este viés de pensamento econômico em todos os setores, e apesar de meio nebuloso, está evidente que essa

(29)

29

demanda virá tanto do próprio planeta quanto, das populações futuras que podem sofrer com as consequências das ações das gerações presentes (DALY, 1991).

4.1.1.2 Economia Circular

A ideia da economia como um circuito fechado foi questionado por muitos economistas ao longo da história do pensamento econômico, incluindo Georgescu-Roegen (1971), e como os recursos são tratados de modo linear também sem considerar de onde veem os recursos e para onde vão os dejetos ou os resultados do final do processo linear econômico: produzir – consumir – descartar. Esse modelo linear traz várias externalidades negativas, isto é, ao longo prazo, a economia linear não tem uma sustentabilidade, portanto indo ao encontro da utilização eficiente dos recursos, a Economia Circular propõe um modelo circular de utilização dos recursos (RIBEIRO e SILVA, 2019).

Para David Pearce e Kerry Tuner (1989), a economia deve ser vista como uma

"Espaçonave" isolada no espaço, em que o homem deve descobrir o seu papel dentro do sistema cíclico natural biológico da terra para poder manter a capacidade de reprodução de materiais, bem como entender a vida cíclica dos recursos naturais, os quais são tão importantes para o sistema econômico, ou seja, gerir os recursos de forma a garantir sua sustentabilidade. Um exemplo de método de gestão ambiental muito utilizado pela economia circular é o método dos 3R’s, reduzir, reciclar e reutilizar (RIBEIRO e SILVA, 2019).

Outrossim da economia circular, é que ela propõe a utilização máxima dos recursos ao longo da cadeia produtiva, fazendo com que os recursos e os produtos sejam ilimitadamente reutilizados, minimizando o uso de mais recursos, consumo de energia com a utilização de tecnologias mais eficientes, bem como as emissões de gases de efeito estufa. E para isso destacam-se as dez abordagens estratégicas: 1 – Projetar para o ciclo tecnológico; 2 – Projetar para o ciclo biológico; 3 – Projetar para a desmontagem e remontagem; 4 – Estende o valor do Recurso; 5 – Simbiose Industrial; 6 – Projetar longos ciclos de vida; 7 – Projetar extensão do ciclo de vida; 8 – Produto como um serviço; 9 – Extensão do valor do produto e 10 – Projetar a utilização de recursos (RIBEIRO e SILVA, 2019).

Tendo em vista os aspectos observados, gerar o desenvolvimento sustentável a partir da criação de valor perante o uso dos recursos naturais é a principal ambição da economia circular, “além de visar restaurar, recuperar e reciclar os produtos e subprodutos da atividade econômica”, portanto a economia circular é considerado como um método inovador,

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contribuindo fortemente com a redução da criação dos resíduos e aumentando as externalidades positivas para o meio ambiente e a economia (RIBEIRO e SILVA, 2019).

Figura 4 - Evolução dos Fundamentos Teóricos - Parte 2 Fonte: Dados da pesquisa

4.1.1.3 Bioeconomia

Além da economia ecológica e da economia circular, a vertente da bioeconomia é proveniente dos estudos de Georgescu-Roegen (1971), contudo ao longo do tempo ela se distingue dos conceitos abordados anteriormente. O avanço das consequências industriais, principalmente na Europa, devido ao aumento do conhecimento das ciências biológicas, fez do conceito da bioeconomia como o “carro-chefe” das políticas da Comissão Europeia no século XXI, principalmente devido ao conceito da mudança de fontes de energias não renováveis para fontes renováveis, ainda mais com o alto potencial econômico para a indústria com o advento da biotecnologia (BIRNER, 2018).

A bioeconomia pode ser definida como produção de recursos biológicos renováveis e a conversão desses recursos e resíduos em produtos com valor agregado, como comida, ração, sementes, bioprodutos e bioenergia (COMISSÃO EUROPEIA, 2012). Esta definição evidencia o importante papel da biomassa e da biotecnologia para o desenvolvimento da bioeconomia, portanto alguns setores encontram na bioeconomia uma forma de se tornarem sustentáveis, principalmente para os setores da indústria química, do transporte rodoviário pesado, e setores da marinha e aviação. E é na biomassa que é encontrado uma das melhores opções para a troca

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dos recursos não renováveis por renováveis e para contribuir com a redução das emissões dos gases de efeito estufa (STEGMANN; LONDO e JUNGINGER, 2019).

Além dos países da Europa, muitos outros países seguiram a tendência mundial da bioeconomia como os EUA, que em 2012, divulgou o plano nacional conhecido como:

"National Bioeconomy Blueprint ", que define a bioeconomia como área de pesquisa da biotecnologia e da substituição de recursos limitados e não-renováveis (BIRNER, 2018).

Apesar do teor inovador empregado na bioeconomia, existe uma crítica quanto a natureza sustentável da bioeconomia, na qual se argumenta que em alguns casos só há uma trade-off das externalidades negativas originárias das atividades econômicas (STEGMANN; LONDO e JUNGINGER, 2019).

Outra crítica à bioeconomia é quanto ao problema da segurança alimentar, que estaria sendo ameaçada com a troca de culturas voltadas para alimentação por culturas mais rentáveis economicamente destinadas ao setor energético. Portanto, existe uma necessidade garantir a natureza sustentável da bioeconomia, dessa forma o próprio conceito evolui, como pode-se notar com as atualizações das estratégias feitas pela Comissão Europeia em 2018, em que dizem que a bioeconomia europeia precisa ter a sustentabilidade e a circularidade como principal cerne (STEGMANN; LONDO; JUNGINGER, 2020).

Dessa forma, surge um novo conceito da bioeconomia, uma evolução natural do termo, a bioeconomia circular, a qual abrange mais do que a bioeconomia ou a economia circular, aumentando as perspetivas de sustentabilidade e capacidade de benefícios que podem surgir com ela. Stegmann, Londo e Junginger (2020, p.5) definem a bioeconomia circular como:

The circular bioeconomy focuses on the sustainable, resource-efficient valorization of biomass in integrated, multi-output production chains (e.g., biorefineries) while also making use of residues and wastes and optimizing the value of biomass over time via cascading. Such an optimization can focus on economic, environmental, or social aspects and ideally considers all three pillars of sustainability.

Devido a esta abordagem fortemente ligada ao uso eficiente da biomassa ao longo de toda cadeia produtiva por meio da interconexão entre as indústrias, permite uma maior flexibilização e uma maior valoração dos recursos baseados em biomassa ao longo do seu uso.

Mas é necessário haver uma colaboração para que a inovação tecnológica e de design ocorram ao longo de toda cadeia e com múltiplas firmas. Por isso, a otimização da biomassa é uma das característica mais fortes da bioeconomia circular, prolongando o seu uso e a sua reutilização (STEGMANN; LONDO; JUNGINGER, 2020).

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4.1.1.4 Economia Verde

O conceito da economia verde está ligado aos esforços dos estudiosos da economia ecológica como Nicholas Georgescu-Roegen (1971) e Herman Daly (1991), que contribuíram fortemente para definição do campo de estudo. E essas contribuições levaram as Nações Unidas considerar a economia verde como uma ferramenta importante para alcançar o desenvolvimento sustentável. Define a economia verde como:

As one that results in improved human well-being and social equity, while significantly reducing environmental risks and ecological scarcities [. . .] In its simplest expression, a green economy can be thought of as one which is low carbon, resource efficient and socially inclusive (UNEP, 2011, p.1).

Figura 5 - Bioeconomia como um componente da Economia Verde.

Fonte: BIRNER, 2018

Na literatura o conceito da bioeconomia está diretamente ligado ao conceito da economia verde, sendo considerado um componente integral da economia verde, isto é, que a mudança de fontes de energias não renováveis para renováveis pode ser além das fontes biológicas, por exemplo, solar e do vento. Portanto, fica evidente que a bioeconomia faz parte da economia verde, mas não a abrange como um todo, conforme a Figura 05. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU abordam a economia verde e a bioeconomia como ferramentas cruciais no alcance dos objetivos (BIRNER, 2018).

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4.1.1.5 Cluster de Inovação Tecnológica

Nesta parte do capítulo da revisão sistemática foi realizada uma abordagem de como os conceitos apresentados podem encontrar no PISAC as forças necessárias para transformar conhecimento em inovação por meio da cooperação entre os agentes do ecossistema de inovação. A sustentabilidade necessita de uma plataforma tecnológica para ser transformado em inovação, sem essa aderência o conhecimento fica apenas no campo acadêmico, portanto foram explorados os fundamentos que justificam a existência de iniciativas como o PISAC.

As pesquisas que trabalham sobre o tema, perceberam que a tríplice hélice é o fundamento que melhor contempla a promoção da inovação, conhecido como sistema de inovação, no qual há um trabalho colaborativo entre empresa-governo-universidades (ETZKOWITZ; ZHOU, 2017). No Brasil, as iniciativas de pesquisa e desenvolvimento são feitas pelo governo em sua maioria, e que ocorrem nas universidades e centros de pesquisas públicos. Contudo, para a inovação ocorrer os resultados dessas iniciativas precisam chegar até a sociedade.

Há muitas pesquisas que demostram as externalidades positivas criadas com a aglomeração de firmas e concentração espacial de empreendedores, tanto para inovação quanto para construção de conhecimento, e o fenômeno conhecido como spillover tecnológico explica uma maior taxa de inovação em clusters de inovação (FALLAH; IBRAHIM, 2004). A vantagem mais relevante é a diminuição dos custos para a inovação, por isso quando se fala de sistema de inovação, clusters de inovação e parques tecnológicos, deve-se pensar nos spillovers tecnológicos que essas ferramentas proporcionam para uma eficácia no momento de inovar (CHATTERJI; GLAESER; KERR, 2014).

As universidades podem exercer um papel muito importante como âncoras para estabelecer clusters regionais, portanto políticas de clusters de inovação ou políticas para resolver problemas de restrições de créditos são ferramentas importantíssimas para solucionar imperfeições do mercado e criar externalidades positivas. Essa interação entre esses três agentes refletem diretamente uma maior atividade empreendedora da inovação, e essa interação é induzida por políticas públicas e leis (CHATTERJI; GLAESER; KERR, 2014).

O PISAC é um reflexo direto das políticas públicas e leis, como o Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, um cluster de inovação em sustentabilidade ancorado na Universidade de Brasília, onde agem três forças: a inovação, o empreendedorismo e a

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sustentabilidade. O compromisso com o desenvolvimento social e sustentável está estampado nessa iniciativa, e a sinergia entre esses três atores do ecossistema inovador, induzido pela plataforma tecnológica fará com que a atividade inovativa seja maior, e com menos custos e menor riscos para as firmas, além de um aumento da renda da região e do nível de emprego onde se localiza o parque. Portanto, os formadores de políticas públicas tem interesse com a localização desses clusters tecnológicos, principalmente, devido as vantagens indiretas e diretas (DOHSE, 2007).

4.2 ELABORAÇÃO DO FRAMEWORK DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS DO PISAC

Este capítulo apresenta a sistematização, em várias etapas, das ferramentas que foram utilizadas no mapeamento de processos do PISAC. As etapas propostas foram justificadas com conceitos que deram embasamento técnico-científico. O modelo de Framework proposto para o PISAC é sintetizado na Figura 6.

Figura 6 - Framework de Mapeamento de Processos do PISAC.

Fonte: Elaborado pelos autores.

4.2.1 Estratégia de elaboração do Framework e linguagem de Mapeamento de Processos

Há uma possibilidade de benefícios e vantagens para uma organização que faz o gerenciamento dos processos, o Business Process Management (BPM). E Business Process Model and Notation, BPMN, “é uma notação que apresenta um conjunto robusto de símbolos

Método de Priorização

Mapeamento do Processo Ferramentas

Acessórias:

Cadastro do Processo, Mapa

de Riscos e Questionário

Início do Framework

Referências

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