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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA. Avaliação das inclinações dentárias obtidas no tratamento ortodôntico com bráquetes autoligados utilizando tomografia computadorizada. Cláudia Cristina Machado Araújo. São Bernardo do Campo – São Paulo 2008.

(2) FICHA CATALOGRÁFICA Ar15a. Araújo, Cláudia Cristina Machado Avaliação das inclinações dentárias obtidas no tratamento ortodôntico com bráquetes autoligados utilizando tomografia computadorizada / Cláudia Cristina Machado Araújo. 2008. 102 f. Dissertação (mestrado em Ortodontia) --Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2008. Orientação: Liliana Ávila Maltagliati 1. Ortodontia 2. Bráquetes ortodônticos 3. Tomografia computadorizada - Odontologia I.Título. D.Black D4.

(3) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA. Avaliação das inclinações dentárias obtidas no tratamento ortodôntico com bráquetes autoligados utilizando tomografia computadorizada. Cláudia Cristina Machado Araújo. Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre pelo programa de Pós-graduação em Odontologia, área de Concentração – Ortodontia. Orientadora: Profa. Dra. Liliana Ávila Maltagliati. São Bernardo do Campo – São Paulo 2008.

(4) Dedicatória. Dedico este trabalho à Profa. Dra. Lúcia Pititinga de Moraes Sarmento, grande mestra na arte de ensinar e de viver.. II.

(5) Dedicatória. Aos meus pais Gérson e Célia Pelo esforço e exemplo de sempre lutarem frente todas as dificuldades da vida a fim de me ofe recerem o que de melhor puderam. Sem o amor de vocês eu não chegaria a nenhum lugar.. Ao meu grande amor Adriano Perez Pela. presença. constante. e. atenciosa,. tendo. contribuído. imensamente na elaboração deste trabalho, com muito zelo nas correções e comentários, quanto no apoio emocional com a nossa família preenchendo as lacunas de minha ausência. Sem você ao meu lado não tornaria possível.. Às minhas filhas Júlia e Flávia Que são as maiores razões da minha vida. O amor que tenho por vocês é maior que o mundo.. III.

(6) Agradecimentos. À minha orientadora Prof.a Dra. Liliana Ávila Maltagliati Se não fosse por você, certamente eu não estaria aqui. As suas palavras de incentivo foram decisivas nesta escolha e sua dedicação e apoio constantes durante todo este desafio de realizar este grande sonho foram, para mim, muito importantes e especiais. Além da sua competência e excelência profissionais, sua conduta ética é um exemplo, que me serviu de espelho para minha futura trajetória como mestra. Ser mestre não é apenas repassar conteúdos, vai muito além disso; baseia-se no exemplo diário de comportamento a ser seguido. O educador será o guia de comportamento do aprendiz. Espero fazer jus a esta grande oportunidade que me foi dada. Serei eternamente grata a você.. IV.

(7) Agradecimentos. Agradecimento especial à Dr.a Liana Fattori Ainda na flor de sua juventude, você já consegue sobressair-se na sua profissão. Conhecer-lhe foi um imenso privilégio, diante do qual me deparei, encontrando o estímulo necessário para condução desta pesquisa clínica. Agradeço a você pela imensa ajuda que me foi prestada tão cordialmente durante este período, abrindo a privacidade do seu lar, a fim de que pudesse atingir os objetivos deste estudo.. V.

(8) Agradecimentos. Agradeço também, Aos docentes da Disciplina de Ortodontia Professores. Doutores. Danilo. Furquim. Siqueira,. Eduardo. Sannomya, Fernanda Angelieri, Fernanda Cavicchioli Goldenberg, Lylian Kanashiro, Marco Antônio Scanavini, Maria Helena Ferreira Vasconcelos e Silvana Bommarito, pela competência na tarefa de ensinar e pelo muito que contribuíram à minha formação.. Ao Prof. Elydio Foi uma grande honra ter sido sua aluna; seus ensinamentos ficarão guardados para sempre.. VI.

(9) Agradecimentos. Aos meus colegas de mestrado. Adriana, Alexandre, Fernanda, Flávio, Francisco, Hená, Luíz Felipe, Mariana, Marinês, Pedro, Roberto e Tânia. Todos vocês super amigos. Vou lembrar deste convívio com muitas saudades de todos os momentos. Uma das melhores experiências foi a grande troca estabelecida neste período de convivência nestes dois anos. Não esqueçamos das nossas reuniões anuais. Agradeço a cada um de vocês.. VII.

(10) Agradecimentos. Aos funcionários da Disciplina de Ortodontia. Ana, Célia, Edílson, Marilene, Paula, vocês conseguem manter o ambiente de trabalho numa atmosfera de amizade e cumplicidade muito positivas. Sempre que precisei, pude contar com cada um de vocês com “muito mais” que pura gentileza e presteza. Sentirei saudades desta saudável convivência. Ao colega Yasushi Miyahira pela grande ajuda e contribuição na execução desta pesquisa. À Bete, pela sua dedicação maternal e carinho me ajudando a superar a tristeza da distância de minha casa e da minha família. À Luciana Montes, que me serviu de guia, indicando, apoiando e oferecendo seu ombro amigo nas horas mais difíceis. À Denise, Ugo, Kívia, Liz, Maurício, Sérgio, Dona Nívea, Jorginho, Fabiana e Jania sempre amigos prontos a ajudar.. VIII.

(11) “Você não sabe o quanto eu caminhei Pra chegar até aqui Percorri milhas e milhas antes de dormir Eu não cochilei Os mais belos montes escalei Nas noites escuras de frio chorei, A Vida ensina e o tempo traz o tom Pra nascer uma canção Com a fé do dia-a-dia Encontrar a solução ... ...Meu caminho só meu Pai pode mudar” ( Toni Garrido ). IX.

(12) SUMÁRIO. LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... .XII RESUMO ................................................................................................................ XIV ABSTRACT................................................................................................................XV 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................2 2 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................5 2.1 Considerações sobre a evolução da ortodontia e do desenvolvimento dos sistemas de bráquetes.................................................................................................5 2.2 Considerações sobre a metodologia empregada.................................................22 3 PROPOSIÇÃO .......................................................................................................29 4 MATERIAL E MÉTODO .........................................................................................31 4.1 Seleção da amostra ............................................................................................31 4.2 Metodologia .........................................................................................................32 4.2.1 Tratamento Ortodôntico da Amostra ................................. ..............................32 4.2.2 Obtenção das imagens tomográficas ................................. .............................35 4.2.3 Mensuração das Inclinações Dentárias ........................................................... 38 4.3 Análise Estatística ...............................................................................................45 4.3.1 Avaliação do erro intra-examinador ................................. ................................45 4.3.2 Avaliação dos resultados estatísticos ...............................................................46 5 RESULTADOS .......................................................................................................48 5.1 Avaliação do erro intra-examinador ....................................................................48 5.2 Valores médios das inclinações dentárias encontradas na pesquisa nos tempos T 1 e T 2 ......................................................................................................................49 5.3 Comparação do dimorfismo sexual das diferenças das médias nos tempos T. 1. e. T 2 ...............................................................................................................................50 5.4 Comparação das inclinações nos tempos T1 e T2 encontradas na pesquisa com os valores da prescrição............................................................................................ 52 5.5 Distribuição dos valores de inclinação conforme a prescrição, considerando a folga de +/- 3,9º..........................................................................................................55. X.

(13) 6 DISCUSSÃO ..........................................................................................................58 6.1 O método de estudo.............................................................................................60 6.2 Erro do método.....................................................................................................62 6.3 Análise dos resultados.........................................................................................62 7 CONCLUSÃO..........................................................................................................65 REFERÊNCIAS..........................................................................................................67 APÊNDICES ..............................................................................................................76 ANEXOS.....................................................................................................................78. XI.

(14) LISTA DE FIGURAS. Figura 2.1 – Inclinação da Coroa.................................................................................7 Figura 2.2 - Dispositivo de Russel..............................................................................14 Figura 2.3 – Bráquete Edgelok...................................................................................14 Figura 2.4 - Bráquete Mobil-lock................................................................................14 Figura 2.5 - Bráquete SPEED....................................................................................15 Figura 2.6 - Bráquete Activa .......................................................................................16 Figura 2.7 - Bráquete Time.........................................................................................16 Figura 2.8 - Bráquete Damon SL................................................................................17 Figura 2.9 - Bráquete Twin-lock.................................................................................17 Figura 2.10 - Bráquete In Ovation-R..........................................................................18 Figura 2.11 - Bráquete Oyster....................................................................................18 Figura 2.12 - Bráquete Lingual Evolution...................................................................18 Figura 4.1 – Bráquete Damon 2 .................................................................................33 Figura 4.2 – Posicionamento para a reconstrução secundária e obtenção das imagens transaxiais....................................................................................................36 Figura 4.3– Posicionamento do paciente no tomógrafo.............................................36 Figura 4.4– Scout lateral............................................................................................39 Figura 4.5 – Reformatação da mandíbula tendo como referência o plano oclusal....40 Figura 4.6 - Perpendicular ao centro da coroa...........................................................40 Figura 4.7 – Tangente vestibular................................................................................41 Figura 4.8 – Corte transaxial......................................................................................42 Figura 4.9 – Ponto EVCC...........................................................................................43 Figura 4.10 – Perpendicular ao plano oclusal............................................................43 Figura 4.11 - Valores positivos e Valores negativos..................................................44 Figura 5.1 – Gráfico dos valores das inclinações obtidas em indivíduos do sexo masculino e feminino..................................................................................................48 Figura 5.2 – Gráfico dos valores das inclinações obtidas em T1, T2 e prescrição nos dentes superiores.......................................................................................................53 Figura 5.3 – Gráfico dos valores das inclinações obtidas em T1, T2 e prescrição nos dentes inferiores.........................................................................................................54 XII.

(15) Figura 5.4 – Gráfico das i nclinações obtidas no tempo inicial....................................55 Figura 5.5– Gráfico das inclinações obtidas no tempo final.......................................55. XIII.

(16) LISTA DE TABELAS. Tabela 2.1 - Valores das inclinações.........................................................................12 Tabela 4.1 – Informações técnicas do TC Newton.....................................................37 Tabela 5.1 - Erro casual de Dahlberg entre as medições.........................................48 Tabela 5.2 - Erro sistemático ("t").............................................................................49 Tabela 5.3 - Medidas descritivas das inclinações dentárias na amostra em estudo.........................................................................................................................49 Tabela 5.4 – Comparação entre os valores iniciais e final de nivelamento, pelo teste t de Student..................................................................................................................50 Tabela 5.5 – Comparação do dimorfismo sexual das diferenças das médias inicial e final.............................................................................................................................50 Tabela 5.6 - Diferenças das medidas das inclinações encontradas comparadas com a prescrição e teste estatístico para diferença entre a prescrição e os diferentes tempos........................................................................................................................52 Tabela 6.1 - Número de dentes que possuem o valor angular da inclinação da prescrição, utilizando a folga de ±3,9°........................................................................63. XIV.

(17) Resumo ARAÚJO, CLÁUDIA CRISTINA MACHADO. Avaliação das inclinações dentárias obtidas no tratamento ortodôntico com bráquetes autoligados utilizando tomografia computadorizada. 2008 102p. Dissertação de mestrado da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).. RESUMO. O objetivo deste trabalho foi analisar a expressão dos torques dentários em pacientes tratados com aparelhos ortodônticos fixos com bráquetes autoligados, utilizando tomografias computadorizadas. Para este estudo, foi selecionada uma amostra clínica de 10 pacientes, seguindo como critérios de inclusão, indivíduos que apresentavam dentição permanente e todos os dentes presentes, com apinhamento superior ou igual a 4 mm, tratados sem extração. Todos os pacientes foram tratados na clínica da pós-graduação em Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo, utilizando-se bráquetes autoligados Damon 2 ORMCO™ na prescrição padrão. Foram realizadas medições das inclinações dos dentes anteriores, de canino a canino , superiores e inferiores, realizadas por meio de imagens tomográficas obtidas em um tomógrafo computadorizado volumétrico NewTom, em seu modelo DVT-9000 (NIM – Verona - Itália), obtidas em dois tempos: antes do início do tratamento ortodôntico (denominado de T1) e depois do tratamento ortodôntico, após a inserção do último fio de nivelamento, de calibre 0,019”x 0,025” de aço inoxidável(denominado de T2). Para auxílio destas mensurações, foi utilizado o software QR-DVT 9000 e após análise dos resultados foram aplicados testes estatíscos (testes "t" pareado e Dalberg) e observou-se que as inclinações dos dentes do segmento anterior aumentaram, principalmente, nos caninos e incisivos laterais superiores, incisivos centrais e laterais inferiores. Os dentes apresentaram valores de inclinação diferentes da prescrição, tanto no início quanto no final do tratamento, denotando a incapacidade do fio 0,019” x 0,025” de aço inoxidável em reproduzir os torques indicados na prescrição padrão utilizada neste presente estudo.. XV.

(18) Abstract ARAÚJO, CLÁUDIA CRISTINA MACHADO. Evaluation of dental tipping achieved in orthodontic treatment with self-ligating brackets using computed tomography images. 2008 102p. Dissertation for obtaining a Master's degree in Dentistry at Methodist University of São Paulo Dental School (UMESP).. ABSTRACT. This research had the purpose of evaluating the changes in dental tipping of the anterior teeth of patients treated with self-ligating brackets orthodontic appliances, using computed tomography images. It has been selected a 10-patient clinical sample, all of them presenting complete permanent dentition, either a class I, II or III malocclusion and a 4 mm maximum crowding of the anterior teeth. All patients underwent a non extraction treatment in the post-graduate Orthodontic clinics at Universidade Metodista de São Paulo, using Damon 2 self-ligating brackets standard prescription by ORMCO™. The anterior teeth inclinations (from canine to canine) have been assessed in both upper and lower arches, using tomographic images generated by a NewTom volumetric computed tomograph model DVT 9000 (developed by NIM, Verona, Italy), obtained in two distinct stages, i.e. before the orthodontic treatment (referred as T1 ), and at the end of the treatment, after insertion of a 0,019”x 0,025” stainless leveling wires (referred as T2), respectively. It’s been also used the QR-DVT 9000 software and its secondary working station tools as an aid device to accomplish the measuring. The data analysis showed a remarkable increase of the inclinations of the upper canines and lateral incisors, as well as of the lower central and lateral incisors, as compared to the inclinations values indicated in the prescription used in the study, suggesting the 0,019” x 0,025” stainless steel wire inability to reproduce its torque values.. XVI.

(19) 1 INTRODUÇÃO.

(20) Introdução. 2. 1. INTRODUÇÃO. Apesar de ter a principal função de diminuir o atrito, os bráquetes autoligados utilizados com fios termo-ativados têm sido utilizados para tratamento das másoclusões com apinhamentos dentários, sem extrações, promovendo uma expansão lenta e progressiva dos arcos dentários15. Além desta utilização, estes bráquetes também podem ser utilizados em casos clínicos diversos, onde a terapia com extrações dentária está indicada. Apesar dos primeiros protótipos de modelos de bráquetes autoligados terem surgido na década de 70, foi na década de 80, que os bráquetes autoligados foram introduzidos no mercado auxiliando a filosofia de tratamento, com a utilização de arcos contínuos proposta por ANDREWS2, onde o atrito representa um papel primordial 9. O nivelamento , sem obtenção prévia de espaço, ou seja quando não é realizada mecânica ortodôntica para obtenção de espaço ou exodontias para ganho de espaço, nos casos onde existem discrepâncias negati vas de modelos, proporciona, reconhecidamente, inclinação vestibular dos dentes, em função da expansão e da aplicação da força ortodôntica fora do centro de resistência dos dentes. Além disso, espera-se, na fase de final de nivelamento, onde fios retangulares de aço são utilizados, que a prescrição incorporada no bráquete seja lida, conferindo aos dentes, as inclinações desejadas, planejadas no momento da escolha da prescrição. Pesquisas sobre as inclinações dentárias, tanto em oclusão normal, como em casos tratados ortodonticamente são muito escassos na literatura. Trabalhos na literatura referentes ao comportamento das características dos bráquetes autoligados foram realizados, utilizando-se metodologias manuais, como.

(21) Introdução. 3. os estudos de ANDREWS3, SEBATA 50 e WATANABE-KOGA 61, ou aparelho especificamente programado para tal, com manuseio também manual como nos trabalhos de ZANELATO63 e BASTIA 4. Estudos prévios têm mostrado que o fio de calibre 0,019” x 0,025” não tem capacidade de leitura total das prescrições, deixando os dentes com inclinações aumentadas. 4, 17. .. A tomografia computadorizada, já há muito empregada na área médica, tem sido, atualmente, cada vez mais utilizada em Odontologia, como ferramenta de diagnóstico e, especialmente na Ortodontia, sendo útil na determinação de diversas patologias e localização de dentes impactados, entre outros GARIB -CARREIRA 20. Recentemente, FATTORI17 divulgou a sua utilização para avaliar inclinações dentárias, tornando este método também de grande utilidade na avaliação de resultados do tratamento ortodôntico, com a vantagem de apresentar redução de tempo de exposição e conseqüente redução de radiação. Este trabalho propõe verificar as alterações nas inclinações das coroas dentárias, decorrentes do tratamento sem extração com bráquetes autoligados, utilizando a tomografia computadorizada e compará-las aos valores da prescrição citada pelo fabricante..

(22) 2 REVISÃO DE LITERATURA.

(23) Revisão de Literatura. 5. 2. REVISÃO DE LITERATURA. Considerando-se a abrangência dos estudos dentro da ortodontia, optou-se pela divisão da revisão de literatura em dois diferentes tópicos com a intenção de sistematizar o assunto, a fim de simplificar o entendimento, facilitando desta forma a interpretação dos resultados da pesquisa. A revisão está dividida em:. 2.1 Considerações sobre a evolução da ortodontia e do desenvolvimento dos sistemas de bráquetes; 2.2 Considerações sobre a metodologia empregada.. 2.1 Considerações sobre a evolução da ortodontia e do desenvolvimento dos sistemas de bráquetes Os primeiros trabalhos em ortodontia datam de 1728, quando Pierre Fauchard fez a primeira tentativa científica de movimentar dentes, utilizando uma tira de metal perfurada. Tempos depois, em 1841, Schange inventou a primeira banda de grampo ajustável com a introdução do parafuso lingual e, a partir daí, diversos aparelhos removíveis com vulcanite foram desenvolvidos. Somente em 1887 a ortodontia conheceu grande avanço, quando o Dr. Edward Hartley Angle criou um sistema (que leva seu nome) mais confiável, com melhor controle da movimentação dentária, o que resultou na introdução do aparelho edgewise de múltiplas bandas. Tweed continuou o trabalho de Angle, tendo publicado seu primeiro artigo em 1932. Após a morte de Tweed, Merrifield, um dos seus mais brilhantes alunos, assumiu a instituição que pertencia a seu mestre, em Tucson, no Arizona, tendo devotado 40 anos de sua vida ao estudo da ortodontia 59. Em 1952, HOLDAWAY30, objetivando um melhor posicionamento dos longos eixos dentários, sugeriu a incorporação de angulações nos bráquetes, substituindo as dobras de segunda ordem realizadas nos fios ortodônticos, o que facilitou o trabalho e com bons resultados clínicos. Anos mais tarde, JARABAK34 postulou que.

(24) 6. Revisão de Literatura. o tratamento ortodôntico deve sempre respeitar as estruturas adjacentes (ligamentos periodontais e osso alveolar) e, ao mesmo tempo, objetivar melhorias tanto no aspecto estético, quanto no equilíbrio faciais. A constante busca por aparelhos ortodônticos cada vez melhores não cessou, e na década de 70, ANDREWS2 apresentou um clássico postulado, estabelecendo as seis chaves da oclusão ideal, baseando-se num estudo de 120 modelos de gesso de indivíduos com oclusão normal. Logo após, sua pesquisa postulou valores de inclinação e angulação para cada dente, individualmente, esperados de serem encontrados após a conclusão do tratamento ortodôntico2.. A partir deste momento a ortodontia seguiu novos rumos. com a utilização de aparelhos inteligentes, ou seja, aparelhos que possuíam angulação e inclinação inseridas nos slots (canaletas) dos bráquetes, permitindo assim a utilização de arcos contínuos, que dispensavam o uso de dobras, facilitando ainda mais a clínica ortodôntica. ANDREWS2 salientou que a compreensão do tratamento ortodôntico com fios retos abrange muito mais do que apenas a prescrição padrão. Muitos profissionais, pelo significado que o nome da técnica tem, acreditaram que este método tratava a maioria dos casos sem a utilização da dobras, e isto realmente podia acontecer se usado de acordo com o plano de tratamento proposto. O aparelho straight-wire padrão é indicado, sobretudo, para casos que não necessitam de extrações dentárias. Se utilizado para casos com extrações, as dobras de todas as ordens devem ser confeccionadas. Por este motivo,. Andrews. especificamente. modificou para. os. algumas casos. com. características extrações,. na. prescrição. incluindo. nos. padrão,. bráquetes. características de anti-angulação e anti-rotação, pela impossibilidade de, nos movimentos de translação, aplicar-se a força exatamente no centro de resistência do dente, local onde esta teria sua máxima eficiência. Além disso, características desta prescrição straight- wire superam a instabilidade causada durante os movimentos de translação, pela sobrecorreção inserida, que permite aos dentes, após a remoção do aparelho, retornar a sua posição natural de raiz, permanecendo com o valor de inclinação desejada. O aparelho straight- wire foi criado por meio de trabalhos desenvolvidos por Andrews, e são relatados em seu livro3. Num destes estudos, ele coletou 120 dos melhores modelos de oclusão natural e normal, retirados de uma amostra total de 1988 modelos. Nestes modelos, foram demarcados os eixos vestibulares, para que a angulação de cada coroa pudesse ser observada, bem como foram demarcados os.

(25) Revisão de Literatura. 7. pontos médios da altura das coroas clínicas. Para o desenvolvimento do aparelho totalmente programado, Andrews enumerou as seis características presentes na amostra selecionada, denominando-as “As Seis Chaves para uma Oclusão Ótima”. Para discutir estas chaves, o autor define alguns termos, necessários para sua compreensão. 1) Plano de Andrews: superfície em que o plano médio-transverso de cada coroa em um arco coincidirá quando os dentes estiverem otimamente posicionados. 2) Coroa clínica: quantidade de coroa que pode ser vista intra-bucalmente; segundo Orban, citado por Andrews em seu livro, o valor da coroa clínica é a subtração de 1,8 mm do comprimento da coroa anatômica, definida pela distância entre a margem incisal à junção amelo-cementária. 3) Eixo vestibular da coroa clínica (EVCC): porção mais proeminente do lóbulo central da face vestibular, exceto para os molares, que caracteriza o eixo em seu sulco central vestibular. 4) Ponto do eixo vestibular (ponto EV): ponto no eixo vestibular que separa a coroa clínica em duas metades iguais, no seu comprimento cérvico-incisal. 5) Angulação da coroa: é o ângulo formado pelo eixo vestibular da coroa clínica (EVCC) e uma linha perpendicular ao plano oclusal. Para valores positivos de angulação, a porção oclusal do EVCC estará à mesial da gengival, e para valores negativos, o inverso. 6) Inclinação da coroa: é o ângulo formado entre uma linha perpendicular ao plano oclusal e outra, tangente e paralela ao EVCC, em seu ponto médio, o ponto EV. Para valores positivos de inclinação, a porção incisal estará mais vestibular que a porção gengival, e para valores negativos, a porção gengival estará mais vestibular que a incisal (Figura 2.1). Figura 2.1 – Inclinação da Coroa. 2.

(26) Revisão de Literatura. 8. A partir destas definições, ANDREWS2 enumerou as seis chaves, presentes nos 120 modelos de forma similar, independente das diferenças individuais na forma dos arcos e no tamanho dos dentes, que são a relação inter-arcos; a angulação da coroa; inclinação da coroa; ausência de rotações dentárias; presença de contatos justos e curva de Spee normal. Em um trabalho seguinte, para o desenvolvimento do aparelho totalmente programado, Andrews mediu milhares de coroas de sua amostra, determinando quais posições eram constantes dentro de cada tipo de dente e o tamanho relativo deste em cada arco. Marcou-se o EVCC e o ponto EV de cada coroa clínica para a obtenção dos valores de angulação e inclinação. Para a mensuração, foi utilizado um template (gabarito) que representava o plano oclusal; um transferidor para obtenção dos valores de inclinação, angulação e compensação molar; um paquímetro para medir a área do bráquete, proeminência da coroa e profundidade da curva de Spee; e um segundo template com uma série de círculos para a medição do contorno vestibular vertical e horizontal da coroa. No método de medição para definir a área do bráquete, utilizando o paquímetro, definiu os limites da altura ocluso-gengival e os limites da largura mésio-distal para cada base do bráquete , nas coroas menores de cada tipo de dente normal. Os templates de círculos foram utilizados sobrepostos até que um deles se ajustasse ao modelo proposto, revelando a quantidade de constância da anatomia vertical para cada tipo de dente. Para a obtenção dos valores de angulação, utilizou-se o template plástico posicionado sobre a superfície oclusal do modelo em questão. A base do transferidor foi apoiada neste template, com o braço de leitura ajustado a coincidir com o EVCC do dente a ser medido. O valor da angulação foi obtido onde a linha central do braço de leitura caiu na escala do transferidor. Em relação à inclinação, o mesmo template plástico foi utilizado, apoiado na superfície oclusal, e o transferidor foi posicionado de maneira que seu longo eixo coincidisse com o EVCC no sentido vestíbulo-lingual. O braço de leitura foi ajustado paralela e tangencialmente ao EVCC, sobre o ponto EV, e o valor de inclinação dentária foi lido na escala do transferidor. Para medir a profundidade da Curva de Spee, o template foi colocado sobre a superfície oclusal do arco inferior, que, na maioria dos casos tocava a borda incisal do incisivo inferior e a cúspide distal do segundo molar. Para se obter a profundidade, mediu-se a distância do perfil do template até a ponta da cúspide do dente mais distante dele. Com a duplicação dos modelos, e um corte deste até o centro da coroa dos dentes, foi traçada uma linha que unia os pontos mais.

(27) Revisão de Literatura. 9. vestibulares de cada dente, denominada linha da ameia. Esta linha foi usada como referência para a construção do bráquete, de maneira a eliminar a necessidade de dobras de primeira ordem nos fios ortodônticos. Neste modelo, o raio horizontal de cada cúspide foi medido utilizando-se a junção da superfície oclusal desgastada, com o auxílio dos templates circulares, sobrepostos até que algum se ajustasse perfeitamente, revelando que havia constância no contorno horizontal da coroa, e utilizado para estabelecer o contorno da base dos bráquetes. Ainda nos modelos desgastados, com o uso do paquímetro, mediu-se a distância da linha da ameia até o ponto mais vestibular, mais proeminente de cada coroa estabelecendo a proeminência de cada bráquete. Os resultados deste estudo são os valores nominais das angulações e inclinações, eliminando assim, a necessidade de dobras de terceira ordem; ainda das proeminências, compensações e da curva de Spee médias da amostra, demonstradas. Outros pesquisadores continuaram na tentativa de se buscar melhorias para resultados nas finalizações dos tratamentos e, tempos depois, ROTH49 publicou um artigo apresentando as vantagens do aparelho straight-wire na obtenção de bons resultados funcionais e anatômicos no tratamento ortodôntico. Neste artigo, o autor descreveu os processos feitos para a obtenção do aparelho programado, citando um trabalho de Andrews, que comparava a amostra utilizada para obter as ‘‘seis chaves da oclusão’’, com uma amostra maior de indivíduos tratados ortodonticamente por profissionais respeitados nos EUA. Sobre sua experiência com o aparelho straight- wire, Roth notou ser muito mais fácil controlar as posições dentárias com o posicionamento correto do bráquete , do que com dobras nos arcos, como realizado na técnica edgewise, afirmando ser impossível para um clínico repetir, com a mesma exatidão, as mesmas dobras em diferentes arcos, sobretudo nos de finalização, que possuem maior calibre. Ele ainda comparou esta limitação negativa com as possíveis diferenças no posicionamento dentário dado por um aparelho programado em dentes anatomicamente diferentes, indicando totalmente o uso dos bráquetes programados no lugar de bráquetes sem inclinação e angulação, independente da mecânica utilizada. Tempos depois, ROTH49, com o objetivo de estabelecer uma prescrição universal padrão, modificou alguns valores das angulações e inclinações dos bráquetes. Com a otimização do tratamento ortodôntico, a técnica foi empregada por um grande número de ortodontistas, a fim de facilitar o tratamento, com a redução do.

(28) Revisão de Literatura. 10. número de dobras necessárias nos arcos e obter posicionamentos finais ideais, por meio de um plano de tratamento e mecânica individualizados. A partir daí, surgiram novas propostas de prescrições e de otimização do tratamento ortodôntico BENNETT6, com a prescrição MBT, propôs modificações implementando o aumento das inclinações dos incisivos centrais e laterais superiores para 17° e 10°, respectivamente. Nos molares manteve a norma proposta por ROTH49 de -14° de inclinação, e nos incisivos e caninos inferiores propôs -6°. No conceito de individualização do tratamento ortodôntico, utilizando bráquetes programados, CAPELOZZA FILHO et al.2,. 13. publicaram um artigo. apresentando um método de individualização, com a escolha dos bráquetes que estejam de acordo com as características da má-oclusão, do tratamento a ser adotado e do prognóstico para finalização13. Para entender esta proposta, os autores fizeram uma revisão da proposta original de Andrews, e afirmaram ser de grande importância entender os conceitos básicos do desenvolvimento do aparelho. A individualização dos bráquetes programados é apenas um dos itens para a correção da má-oclusão, e aí está incluída a mecânica a ser desenvolvida, o tipo da máoclusão apresentada a ser tratada, e os objetivos definidos pelo tratamento, ou seja, plano de tratamento, aparelho e mecânica individualizados. A individualização de bráquetes é um meio de posicionar os dentes de um determinado indivíduo adequadamente ao final do tratamento, independente dos recursos que precisem ser utilizados durante o tratamento. Não individualizar os bráquetes na técnica straightwire, utilizando uma prescrição única, significa aceitar que todos os casos, independente de suas características individuais, terminem da mesma maneira, e que a adoção de dobras de todas as ordens seja uma condição obrigatória para finalizar adequadamente o caso. Por este motivo, CAPELOZZA FILHO13 sugeriu a individualização para finalização, conceito já definido por ANDREWS2 na filosofia straight-wire, e que significa utilizar bráquetes considerando a posição que eles deverão ocupar ao final do tratamento, objetivando a direção da compensação dentária e sua magnitude aproximada. A compensação dentária é uma realidade na prática ortodôntica, significando mais de 50% dos casos tratados ortodonticamente, e requer conhecimento dos fenômenos de crescimento e desenvolvimento e dos meios de compensação natural nos casos portadores de discrepância esquelética, que têm as inclinações dos dentes anteriores dispostas de maneira a corrigir a discrepância sagital maxilo-mandibular. Seguindo este conceito, CAPELOZZA.

(29) Revisão de Literatura. 11. FILHO13 sugeriu três prescrições diferentes para os incisivos, uma para ser utilizada nos tratamentos que apresentam relação maxilo-mandibular normal, padrão I; outra para ser usada em casos de relação maxilo-mandibular padrão II; e outra para ser usada em casos de relação maxilo-mandibular padrão III; nestas duas últimas prescrições, há inclinação compensatória nos dentes anteriores, de maneira a aumentar o perímetro de um arco, e diminuir o outro, permitindo assim, uma oclusão ótima, apesar do erro na relação maxilo-mandibular. Os bráquetes recomendados para a prescrição Padrão são semelhantes aos de Andrews para o tratamento da má-oclusão de classe I, porém com algumas diferenças. Os caninos superiores apresentam diferenças tanto para a angulação, diminuída de 11°, para 8°; quanto para a inclinação, diminuída de -7° para -5°. Os pré-molares superiores também tiveram uma diminuição da angulação, apresentando agora, angulação de 0°, fornecendo um bom posicionamento das coroas, e consequentemente das raízes destes dentes no final do tratamento. Em relação aos molares, a angulação do primeiro molar é suprimida a 0°, pela presença do tubo, que corretamente soldado já confere a angulação necessária a este dente; e em relação ao segundo molar, o autor contra-indica totalmente qualquer angulação mesial de coroa, pela direção de erupção deste dente ser claramente para a distal, indicando a soldagem do acessório de maneira totalmente individualizada. Nos dentes inferiores, as alterações em relação à prescrição padrão de Andrews se resumem a diminuição da inclinação nos molares inferiores. No início da década de 70, o surgimento de bráquetes com slot 0,022 x 0,028” decorreu do resultado dos trabalhos de ANDREWS2 e ROTH49. Com um bráquete mais estreito, o atrito gerado entre o slot e o fio era menor e portanto resultava em forças mais leves e mais eficientes48. Fricção é definida como uma força atuando tangencialmente à superfície de dois corpos se movendo em contato 36, 39, 42, 44, 45, 47, 53. . Quando um objeto em movimento contata outro, a fricção nas suas superfícies. produz resistência para a direção de movimento, isto é, a fricção atua paralelamente e em oposição ao movimento. Na Tabela a seguir pode-se observar as variações das inclinações e angulações entre as prescrições apresentadas nesta revisão de literatura..

(30) 12. Revisão de Literatura Tabela 2.1 - Valores das inclinações. Prescrição. Andrews. Roth. McLaughlin Bennett. Ricketts Standart. Capelozza Padrão. Damon2. ICS. 7°. 12°. 17°. 22°. 7°. 12°. ILS. 3°. 8°. 10°. 14°. 3°. 8°. CS. -7°. -2°. -7°. 7°. -5°. 0°. 1°PMS. -7°. -7°. -7°. 0°. -7°. -7°. 2°PMS. -7°. -7°. -7°. 0°. -7°. -7°. 1°MS. -9°. -14°. -14°. 0°. -10°. -9°. 2°MS. -9°. -14°. -14°. 0°. -10°. -9°. ICI. -1°. -14°. -6°. 0°. -1°. -1°. ILI. -1°. -1°. -6°. 0°. -1°. -1°. CI. -11°. -11°. -6°. 7°. -11°. 0°. 1°PMI. -17°. -17°. -12°. 0°. -17°. -12°. 2°PMI. -22°. -22°. -17°. 0°. -22°. -17°. 1°MI. -30°. -30°. -20°. 0°. -25°. -30°. 2°MI. -35°. -30°. -20°. 0°. -25°. -10°. Quando a mecânica de deslizamento é efetuada, a fricção gerada entre o bráquete e o fio do arco resultará num maior impacto na direção da força ao dente. Portanto, os ortodontistas precisam ter uma avaliação da quantidade de forças friccionais de encontro à interface bráquete-arco, a fim de superar a fricção e obter uma ótima resposta biológica, para eficiência do movimento dentário. O desejo de ser bem sucedido na aplicação de força ortodôntica ótima tem conduzido a inumeráveis inovações nos designs dos bráquetes, ligas metálicas dos arcos e biomecânica. Os bráquetes ortodônticos foram modificados de várias maneiras, com o objetivo de diminuir a resistência friccional e aumentar a eficiência na mecânica do deslizamento. Estas mudanças inicialmente foram focadas nos materiais dos bráquetes, largura e, portanto , distância inter-bráquetes e técnicas de ligação. Convencionalmente, ligaduras elásticas e metálicas têm sido utilizadas amplamente para a ligação dos arcos metálicos aos bráquetes. A fim de superar as desvantagens da técnica de ligação convencional, os bráquetes autoligados surgiram. Eles dispensam o uso de sistemas de ligação aos bráquetes e têm um instrumento.

(31) 13. Revisão de Literatura. mecânico construído especificamente para fechar e abrir, quando necessário sobre o slot edgewise. Os benefícios imprevisíveis dos bráquetes autoligados foram as suas baixas resistências friccionais. A preocupação com a obtenção de baixa fricção, ou seja, a redução do atrito gerado entre o fio e o bráquete, colaborou para o desenvolvimento de bráquetes autoligados29, principalmente nas mecânicas de deslizamento, onde o dente movimenta-se tendo o fio ortodôntico como um cursor, no que diz respeito ao atrito gerado entre o fio e a canaleta que é aumentado significativamente com as ligaduras elásticas. A diferença entre o sistema de bráquetes convencionais e dos bráquetes autoligados é que neste último os dentes não são presos por meio de ligaduras elásticas ou metálicas14, 27 e o próprio bráquete tem um sistema de fechamento que deixa o fio livre dentro da canaleta, possuindo uma trava para fechamento e abertura. A literatura descreve o dispositivo de Russell, em 1930, como sendo o primeiro sistema de bráquetes nos quais era dispensado o uso de amarrilhos para fixação do arco. Estes bráquetes dispunham de um sistema de parafuso horizontal com rosca que fixava o arco, permitindo graduar sua pressão sobre o mesmo (figura 2.2) 9. Outra tentativa de inovação no sistema de fixação do arco na canaleta ocorreu somente em 1971, com o lançamento do bráquete edgelok (figura 2.3) idealizado por WILDMAN62 e patenteado pela Ormco9,. 18, 62. . Estes bráquetes eram. moldados em liga de cromo, que possui dureza superior a do aço inoxidável. Sua diferença em relação ao tradicional bráquete edgewise, é que apresentava uma tampa vestibular que deslizava para fechar a canaleta do bráquete em um tubo de quatro paredes. Sendo considerado como um sistema passivo, visto que se baseava na relação do arco com a canaleta para controle do dente e não era armazenada energia no próprio bráquete. Seguindo os princípios do Edgelok, dois anos depois surgiu, na Alemanha, o Mobil-lock (Forestadent) (figura 2.4) que utilizava um instrumental para fechar e abrir a canaleta por meio da rotação de uma tampa semicircular do bráquete 9 dos dentes anteriores, chamado de Speed (Strite Ltda.)9, 25 (figura 2.5). Esses bráquetes, além de terem dimensões mais reduzidas que as dos anteriores, possuíam uma tampa que deslizava no sentido vertical para fechamento da canaleta. Ao longo dos anos, algumas características desses bráquetes foram se modificando no intuito de melhorar a eficiência dos sistemas8. A principal característica dessa tampa é ter sido confeccionada originalmente com aço.

(32) 14. Revisão de Literatura. inoxidável e, hoje, com uma liga de níquel titânio fina e resiliente que a torna extremamente flexível. Desta forma, o fio inserido na canaleta está sob ativação constante, resultando em movimentos dentários precisos e controlados. Essa tampa superelástica é capaz de orientar o fio até que ele esteja completamente ajustado dentro na canaleta, evitando movimentações indesejadas subseqüentes de rotação, inclinação e torque durante qualquer tipo de movimentação dentária. O bráquete apresenta ainda uma canaleta com profundidade de 0.016’’ auxiliar que permite a colocação de ganchos e acessórios. Foi demonstrado por meio de experimentos científicos que existe grande facilidade no fechamento das tampas dos bráquetes, ocasionando redução do tempo de trabalho na clínica ortodôntica de até quatro vezes em relação aos sistemas convencionais com elásticos8, 10, 51.. Figura 2. 2 - Dispositivo de Russel em posição A) aberta e B) fechada.. Figura 2.3 – Bráquete Edgelok em posição A) aberta e B) fechada.. Figura 2. 4 - Bráquete Mobil-lock em posição A) aberta e B) fechada.. 7. 7. 7.

(33) 15. Revisão de Literatura. Figura 2. 5 - Bráquete SPEED em posição A) aberta e B) fechada.. 7. Foi lançado em 1986 o bráquete Activa (figura 2.6), que foi originalmente desenhado por Irwin Pletcher, com o principal objetivo de acelerar o processo de fixação do arco aos bráquetes, pela “A”-Company. Esse bráquete apresentava -se de forma cilíndrica, com uma tampa curva rígida que, por meio do giro ocluso-gengival abria e fechava na canaleta. 9, 26. . De acordo com o trabalho de MAIJER E SMITH41 , o. tempo despendido com a fixação do bráquete também era quatro vezes menor do que com o sistema tradicional de amarrilhos elásticos. A comercialização desses bráquetes foi suspensa, em virtude da facilidade com que os pacientes abriam sua tampa. Em 1995, foi lançado o bráquete Time (Adenta) (figura 2.7) que se assemelhava ao Speed na aparência e na maneira ativa de atuação. Seu tamanho era semelhante ao dos bráquetes convencionais, e a tampa que abre na canaleta no sentido ocluso-gengival era curva e menos rígida do que a dos primeiros sistemas, mesmo sendo de aço inoxidável9. 28. . Em 1996, a American lançou o bráquete com. tampa ativa chamado Sigma, concomitantemente com os sistemas passivos Damon SL I (Ormco)9,. 14, 15. (figura 2.8) e, mais tarde, em 1999, o Damon SL 2 que são. bráquetes edgewise geminados com uma tampa lisa e retangular deslizante entre as aletas. Nos bráquetes do arco dentário superior, a tampa desliza no sentido incisal e, nos do arco inferior, no sentido gengival. Seu desenho permite um rápido nivelamento em virtude da reduzida fricção entre o bráquete e a canaleta, desta forma permitindo aos dentes deslizarem mais facilmente 26,. 54. . A “A”-Company, em. 1998, lançou mais um bráquete passivo chamado Twin-lock (figura 2.9), semelhante ao edgewise geminado, porém com tampa que se move no sentido oclusal com o auxílio de um instrumento universal9. Um dos últimos lançamentos desse tipo de sistema foi proposto pela GAC com o In -Ovation-R, (figura 2.10) que combina o controle dos sistemas geminados tamanho mini, porém com formato rombóide e com.

(34) 16. Revisão de Literatura. as demais características dos sistemas autoligados18. Durante o alinhamento e nivelamento, utilizando-se fios redondos e de menor calibre, os bráquetes são considerados passivos, pois a tampa está distante do fio dentro da canale ta. À medida que se aumenta o calibre do arco e se passa a usar fios retangulares, o contato justo do fio com a tampa o torna ativo. O único sistema autoligado estético, ou seja, feito não de aço inoxidável, mas de fibra de vidro reforçado por um polímero, dando transparência ao bráquete, é o Oyster (Gestenco International AB)21 (figura 2.11). A tampa fecha sobre a canaleta no sentido cérvico-oclusal funcionando de forma ativa, no entanto, podendo-se removê-la para que o bráquete funcione como um sistema convencional, sendo necessária a utilização de amarrilhos metálicos ou elásticos para manter o fio dentro do canaleta. Para utilização da técnica lingual foi desenvolvido um sistema autoligado chamado Evolution (Adenta)40 (figura 2.12), cuja proposta foi facilitar a fixação dos arcos, com a tampa de fechamento exercendo pressão ativa sobre o fio e funcionando como plano de mordida para os incisivos inferiores.. Figura 2.6 - Bráquete Activa em posição A) aberta e B) fechada.. 7. Figura 2.7 - Bráquete Time em posição A) aberta e B) fechada.. 7.

(35) 17. Revisão de Literatura. Figura 2.8 - Bráquete Damon SL em posição A) aberta e B) fechada.. Figura 2.9 - Bráquete Twin-lock em posição A) aberta e B) fechada.. DAMON14. ressaltou. que. o. suprimento. 7. 7. sanguíneo. tem. importância. fundamental para uma eficiente movimentação dentária, considerando não haver dúvidas de que as forças leves e contínuas são melhores, embasado pelos trabalhos de WARITA 60, que compararam a aplicação de forças leves e contínuas (5g/f) com forças leves e dissipantes (10g/f) em molares de ratos por 39 dias e observaram uma movimentação 1,8 vezes maior dos dentes em que foram aplicadas forças contínuas. Observações histológicas mostraram que forças leves e contínuas tendem a preservar mais fisiologicamente o ligamento periodontal do que forças leves dissipantes. A magnitude da força aplicada a um dente depende do diâmetro do arco e da direção da aplicação. BERGER7 realizou um estudo comparando o nível de força necessária para movimentar diferentes arcos dentro da canaleta em sistemas distintos de fixação. Um sistema usou bráquetes edgewise metálicos e plásticos fixados com amarrilhos metálicos e elásticos e o outro utilizou a pressão da tampa do bráquete autoligado Speed. Foi observada uma redução significativa na.

(36) 18. Revisão de Literatura. força exigida para a movimentação dos dentes, com diferentes calibres de arcos, com o sistema autoligado quando comparado aos demais sistemas de fixação.. Figura 2.10 - Bráquete In Ovation-R A) perfil e B) frontal.. 18. Figura 2.11 - Bráquete Oyster em posição A) aberta e B) fechada.. Figura 2. 12 - Bráquete Lingual Evolution.. 21. 7. Segundo HEISER28, uma força de 119g seria necessária para manter um fio 0,14’’ redondo totalmente adaptado na canaleta de um bráquete convencional. Já em dois tipos de bráquetes autoligados (Time e Damon SL) a força necessária foi de apenas 1,02g. Em relação a um fio de aço 0,019’’ x 0,025’’, a força empregada com o sistema convencional é de 29,5g, diferentemente das requeridas pelos sistemas autoligados Time e Damon SL de 76,5g e 7,14g, respectivamente. Os sistemas.

(37) 19. Revisão de Literatura. autoligados se diferenciam pela maneira com que a tampa do bráquete fecha a canaleta, podendo ter uma ação ativa ou passiva. Os sistemas atualmente encontrados no mercado - Speed, Sigma, Time, In-Ovation e Evolution - são considerados ativos uma vez que o arco é constantemente pressionado contra a canaleta do bráquete , permitindo um maior controle de rotações e de torque já na fase de alinhamento e nivelamento. Em algumas tampas o controle se torna mais intenso à medida que o calibre do arco é aumentado. No entanto, a fricção se intensifica uma vez que a superfície toda da canaleta do bráquete está em contato com o arco retangular14 . Já os sistemas passivos - Edgelok, Activa, Twin-lock, Damon, Oyster 11 - possuem tampas que fecham a canaleta sem, no entanto, ficar constantemente pressionando o arco. Nestes casos não existe um controle imediato das rotações como nos ativos, porém ocorre menos fricção em mecânicas de deslizamento. A intenção dos passivos é de não ajustar o arco completamente na canaleta permitindo assim um maior deslizamento dos dentes com toque apenas nos cantos do arco retangular. O surgimento dos bráquetes autoligados passivos se diferencia dos anteriores por diminuírem a fricção entre o fio e o bráquete para quase zero14 . Diversos trabalhos demonstram haver uma redução significativa da fricção. observada. nos. bráquetes. autoligados. quando. comparados. aos. 9, 26, 39, 45, 46, 51. convencionais. . Um dos primeiros estudos avaliando resistência. friccional no bráquete Speed, publicado em 1990, por BERGER7 , observou uma resistência 93% menor nos sistemas autoligáveis em relação aos tradicionais. SHIVAPUJA et al.51 compararam a força máxima necessária para iniciar o movimento do arco (resistência estática) e a fricção dinâmica para mecânicas de deslizamento utilizando elástico em cadeia em cinco sistemas de bráquetes (bráquete geminado de metal, geminado cerâmico, Edgelok, Activa e Speed). Não foram observadas diferenças nos valores iniciais da força necessária para resistir ao movimento de deslizamento (resistência estática) entre os três sistemas autoligados avaliados, porém houve diferença para os sistemas tradicionais, que mostraram resistência bem mais elevada. Em relação à resistência dinâmica, o bráquete cerâmico ofereceu a maior resistência ao movimento, com uma força média de 308,15g. O sistema Speed apresentou uma média de 87,26g, seguido do Edgelok com 40,40g, tendo a menor resistência sido demonstrada pelo Activa com 35,91g. THOMAS54, comparando dois sistemas de bráquetes convencionais (TipEdge TP e Geminado “A”-Company) com outros dois autoligados observou que o.

(38) Revisão de Literatura. 20. bráquete Damon Sl possui a menor resistência friccional, seguido do Time. O bráquete convencional da “A”-Company produziu a maior resistência de todos. O bráquete Mobil-lock, seguido do Activa exibiu os menores índices de fricção com arcos sem angulação (dobras de 2ª ordem). Contudo, com a inserção de dobras de 2ª ordem, apresentaram valores comparáveis aos de outros bráquetes tradicionais. O Speed demonstrou valores baixos com fios redondos, porém, em arcos retangulares e com a presença de angulações, os valores aumentaram46.O diâmetro e o material do arco são fatores que exercem bastante influência sobre o atrito gerado pelo bráquete. Quanto mais duro o fio e menor a capacidade de retornar a sua posição original, maior será o atrito gerado. Um estudo utilizando diferentes calibres de fio constatou que os sistemas Speed e Damon SL apresentavam atrito significantemente menor do que os bráquetes convencionais, quando se valiam de fios redondos de baixo calibre. No entanto, quando utilizados fios retangulares, a menor quantidade de atrito observada foi com o bráquete Damon, sendo o mais recomendado para mecânica de deslizamento. PIZZONI E SIMS 45, 52 comparando dois tipos de bráquetes convencionais com o Activa e Speed, verificaram que ambos apresentavam mínima resistência à fricção em relação aos convencionais, utilizando diferentes tipos e calibres de fios. Estudos comparando distintos sistemas de fixação em diferentes bráquetes constataram que o Speed apresentava menor atrito do que os demais sistemas de bráquetes convencionais quando utilizados amarrilhos elásticos tradicionais. Já quando empregados elásticos superdeslizantes (TP Orthodontics), os demais sistemas mostraram um atrito ainda menor do que o observado pelo Speed 23. REDLICH et al.47 avaliaram a força estática criada pelos arcos com diferentes sistemas de bráquetes e concluíram que o autoligado Time evidenciou um dos valores mais altos de atrito quando comparado aos demais sistemas. LOFTUS et al.39 avaliaram o atrito durante mecânica de deslizamento com elástico em cadeia em 4 tipos de bráquetes (metálico convencional, cerâmico convencional, autoligado Damon SL e cerâmico com canaleta metálico), não tendo havido diferença entre as forças de atrito do bráquete Damon, dos bráquetes metálicos convencionais e do com canaleta metálica. Os bráquetes totalmente cerâmicos, no entanto, apresentaram um a trito significativamente maior. THORSTENSON et al.55 avaliaram a resistência de deslizamento comparando os bráquetes autoligados com os convencionais, em diversos ângulos e observaram.

(39) 21. Revisão de Literatura. que a resistência ao deslizamento dos autoligados era menor do que os convencionais devido à baixa magnitude de atrito. THORSTENSON. 58. comparou mecânicas de deslizamento em três bráquetes. que possuíam canaletas passivas (Activa, Damon, Twinlock) e em três com canaletas ativas (In-Ovation, Speed, Time), observando que a resistência ao deslizamento é zero ou inexistente nos sistemas passivos. Nos sistemas ativos, houve uma variação de 12 a 54g na resistência de deslizamento. Desta maneira a mecânica de deslizamento é facilitada com os sistemas passivos, contudo pode haver comprometimento do posicionamento radicular. Indiscutivelmente os sistemas autoligados representam um comprometimento entre atrito e controle. Os bráquetes autoligados dissipam forças de fricção que são mais facilmente reproduzidas do que nos sistemas convencionais, sem, no entanto, apresentar os problemas de controle radicular associados aos bráquetes do tipo Begg57. Pode-se observar que houve uma importante evolução desde que surgiram os primeiros sistemas de bráquetes autoligados. Atualmente além da diversificação de bráquetes com a proposta de dispensar o uso de amarrilhos elásticos ou metálicos para fixação do arco, existem diversos estudos que permitem avaliar o desempenho e a eficiência de cada um deles. Uma das grandes vantagens apresentadas pela maioria dos trabalhos revisados é a diminuição do atrito do fio com o bráquete quando comparados aos sistemas edgewise tradicionais9,. 13, 26, 39, 45, 46, 51, 52. . Esta redução do atrito é ainda. mais efetiva nos sistemas de bráquetes passivos. Existem algumas divergências na literatura quanto à real diminuição do atrito nos sistemas ativos comparados aos demais sistemas, quando utilizados fios de calibre espesso23,. 28, 39, 51. . Em. contrapartida, o nivelamento e o alinhamento iniciais são mais efetivos com os bráquetes ativos8, 9, 28, 40. Um outro fator bastante salientado é a redução de tempo total de tratamento, devido a um alinhamento mais rápido do que o normalmente esperado e uma diminuição no tempo médio das consultas resultante da facilidade de abertura e fechamento dos bráquetes autoligados10, 14, 16, 26. A higienização pode ser facilitada pela dimensão reduzida da maioria dos bráquetes e por dispensar amarrilhos elásticos8, 9, 28, 40. No entanto, quanto menor o tamanho do bráquete , mais criteriosa deve ser a colagem para seu correto posicionamento 19. A literatura até a presente data não possui trabalhos clínicos que comprovem os resultados favoráveis obtidos com a utilização dos bráquetes autoligados no que diz respeito às angulações e inclinações na finalização dos tratamentos ortodônticos..

(40) Revisão de Literatura. 22. O presente trabalho objetiva quantificar as inclinações obtidas quando utilizados os bráquetes autoligados Damon 2™ e compará-los com os bráquetes convencionais.. 2.2 Considerações sobre a metodologia empregada A tomografia computadorizada (TC) é um método auxiliar de diagnóstico por imagem, que permite obter a reprodução de uma secção do corpo humano em quaisquer uns dos três planos do espaço. Diferentemente das radiografias convencionais, que projetam em um só plano todas as estruturas atravessadas pelos raios x, a TC evidencia as relações estruturais em profundidade. Por ser um exame radiográfico, além de nossa visão atravessar a barreira da epiderme, este novo método permite visualizar todas as camadas que compõem o corpo humano, principalmente os tecidos mineralizados, com uma boa definição, permitindo a delimitação de irregularidades tridimensional20. A criação desta modalidade de exame foi atribuída ao engenheiro inglês HOUNSFIELD31 e ao físico norteamericano Comark, no início da década de 70, pelo que receberam o prêmio Nobel de Medicina em 1979 11. O primeiro aparelho de TC foi colocado no Hospital Atkinson Morley, em Londres, acomodava somente a cabeça do paciente e gastava 4,5 minutos para adquirir um corte e mais 1,5 minutos para reconstruir a imagem no computador11. Os aparelhos atuais, denominados de nova geração, acomodam o corpo todo, e a reprodução de uma secção dura um segundo. Na tomografia computadorizada cone bean espiral, o feixe de raios x e o corpo do paciente movimentam-se simultaneamente, reduzindo o tempo de exposição. Algumas máquinas alcançaram tal perfeição, que reproduzem uma fatia em 0,5 a 0,1 segundo, permitindo estudos funcionais em vez de somente análises estáticas. A natureza digital da TC permite introduzir melhoras na qualidade da imagem, possibilitando a acurada diferenciação estrutural. Com a introdução da TC na Odontologia, principalmente nos casos de implante, a dose de radiação absorvida durante este tipo de exame, foi reduzida comparando-a com a tomografia convencional. Boa imagem pode ser obtida com cortes mais espessos e mais distantes, diminuindo a dose de radiação absorvida pelo paciente 20 ..

(41) 23. Revisão de Literatura. Reconhecendo as dificuldades na obtenção de informações para o diagnóstico com o uso de radiografias convencionais, os cirurgiões-dentistas começaram a valorizar as imagens em três dimensões. Atualmente, além do exame de tomografia computadorizada mostrar-se muito requisitado na área médica, começa também a despontar no cenário odontológico. Quanto mais aumentar a velocidade de aquisição das imagens, reduzindo a exposição do paciente à radiação, mais se ampliará sua aplicabilidade na prática odontológica. E a história da tomografia computadorizada aponta para esta tendência20. O emprego da tomografia para avaliar as inclinações e angulações dentárias ainda é muito recente. Outros métodos têm sido empregados pelos pesquisadores. SEBATA 50, em 1980, analisou as angulações e inclinações dentárias, com o intento de verificar o posicionamento dentário e a forma do arco de japoneses com oclusão normal. A amostra foi composta de 41 modelos de gesso de japoneses com oclusão normal, selecionados a partir de 3900 adultos jovens. O plano oclusal foi usado como referência. As coroas clínicas dos dentes foram demarcadas com uma caneta de retroprojetor e a forma de arco obtida por meio de radiografias digitalizadas e analisadas em um computador. Com relação à inclinação vestíbulo-lingual, a coroa clínica foi cortada em seu longo eixo e a curva da linha labial (vestibular) foi demarcada na forma de uma curva de regressão-polinomial de quarto grau, tendo por base a aproximacão feita por meio de métodos do menor quadrado. Baseandose nisso, curvas de regressão-polinomial de quarto grau adicionais foram traçadas como sendo o torque, possibilitando verificar as alterações de torque para cada dente. O autor ressaltou que os resultados numéricos por ele encontrados poderiam ser aplicados no aparelho Straight-Wire™ padrão. Com o propósito de avaliar, por meio de ortopantomografias, a angulação dentária após o tratamento ortodôntico, sem extração, pela técnica de Andrews e edgewise, CAPELOZZA FILHO; MACHADO; OKADA; TREVISI13 realizaram uma pesquisa, em 1994, quando selecionaram modelos de casos bem terminados, nos quais a relação molar e a angulação das coroas clínicas obedeciam ao padrão de normalidade. preconizado. por. Andrews.. A. amostra. constituiu-se. de. 52. ortopantomografias, sendo 26 do grupo 1 (edgewise) e 26 pertencentes ao grupo 2 (Straight-Wire™). Da avaliação das radiografias panorâmicas verificaram uma única.

Referências

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