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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL ALBERTO JOSMAR DOS SANTOS TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA FOBIA SOCIAL

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(1)

COMPORTAMENTAL

ALBERTO JOSMAR DOS SANTOS

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA FOBIA SOCIAL

São Paulo

2019

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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA FOBIA SOCIAL

Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental. Orientadora:

Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon.

Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins

São Paulo

2019

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Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Fobia Social

Alberto Josmar Dos Santos, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2019.

40 f. + CD-ROM

Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC).

Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins

1 Técnica Cognitiva Comportamental, 2. Fobia Social. I. Santos, Alberto Josmar.

II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.

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Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Fobia Social

Monografia apresentada ao Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das exigências para obtenção do título de Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

BANCA EXAMINADORA

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

São Paulo, ___ de ___________ de _____

(5)

Dedico esse trabalho a minha querida

companheira Denise.

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A minha família e amigos pelo apoio e incentivo para que esse projeto tornasse

realidade. Muito obrigado!!

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Esta monografia teve como objetivo realizar uma revisão da literatura nos últimos dez anos acerca das técnicas cognitivas e comportamentais no tratamento da fobia social. A fobia social é uma das primeiras doenças entre os transtornos de ansiedade e causa prejuízos tanto nas áreas sociais como na qualidade de vida e bem-estar do indivíduo. Foi feita uma busca tanto de livros e de artigos nos sites:

Bireme, Google Acadêmico, Scielo, BVS. Foram selecionados artigos relacionados com a Técnica Cognitiva Comportamental e fobia social. Como resultado foram identificadas 14 técnicas tanto cognitivas como comportamentais sendo as principais técnicas utilizadas para o tratamento: reestruturação cognitiva, exposição, treino de habilidades sociais e relaxamento.

Palavras-chave: Fobia social, Tratamento, Terapia Cognitivo-Comportamental.

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This monograph aimed to review the literature on cognitive and behavioral techniques in the treatment of social phobia in the last ten years. Social phobia is one of the first diseases among anxiety disorders and causes damage both in social areas and in the quality of life and well-being of the individual. A search was made for books and articles on the sites: Bireme, Google Scholar, Scielo, VHL. We selected articles related to Cognitive Behavioral Technique and social phobia. As a result, 14 cognitive and behavioral techniques were identified and the main techniques used were: cognitive restructuring, exposure, social skills training and relaxation.

Keywords: Social Phobia, Treatment, Cognitive-Behavioral Therapy.

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1 INTRODUÇÃO………..8

2 OBJETIVO ... 25

3 METODOLOGIA ... 26

4 RESULTADOS ... 27

5 DISCUSSÃO ... 35

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 38

(10)

1 INTRODUÇÃO

Hoje vivemos tempos difíceis. As exigências, a concorrência e a competitividade são tantas e o ser humano não está conseguindo acompanhar esse ritmo. Não estamos sabendo resolver os nossos conflitos e angústias. Estamos depressivos, estressados e ansiosos a cada dia. O homem está perdendo a capacidade de gerenciar as emoções e administrar os próprios pensamentos. O Brasil tem milhões de pessoas ansiosas e a fobia social está entre as primeiras doenças do transtorno de ansiedade. Há milhares de pessoas no Brasil que não têm a menor ideia do que causa ou o que mantém a sua ansiedade.

A fobia social, também é conhecida como ansiedade social, é caracterizada por medo e ansiedade intensa de situações sociais. O indivíduo tem medo de ser avaliado e observado pelo o outro. Há também pensamentos recorrentes de ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado diante das pessoas (APA, 2014). Na vida do fóbico social pode haver perdas significativas tanto na área acadêmica perdendo aulas e muitas vezes não retornando a elas. Na área social, tem dificuldade de fazer novas amizades e os amigos antigos também tendem a se afastar. Já no trabalho a barreira é no início da carreira, pois o fóbico tem que enfrentar a tão temida entrevista de emprego. Diante dessas circunstâncias o resultado é o isolamento e evitação das situações sociais, na qual reforça o próprio transtorno.

Segundo o DSM-V (APA, 2014), para diagnosticar uma pessoa com fobia social utiliza-se alguns critérios. O Indivíduo pode ter medo de uma ou mais situações sociais. Veja que não é preciso ter diversas situações temidas e sim apenas uma. Agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente. Outro critério é que a ansiedade, a esquiva e o medo tem que perdurar por mais de seis meses. Portanto, não podem aparecer e ir embora, sendo assim, esse sintoma é recorrente e constante na vida da pessoa. Essa constância leva a pessoa a desenvolver um padrão de comportamento.

A fobia social pode ser classificada em dois grupos: no primeiro grupo temos a

fobia social complexa ou generalizada, que é aquela em que o indivíduo tem medo e

ansiedade em diversas situações sociais – não fala em público, não usa banheiro

fora de sua casa, não participa de eventos sociais e festas e teme iniciar ou manter

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conversa com alguém, entre outras. Outro grupo é a fobia social específica – como o próprio nome menciona está restrita a uma dificuldade ou situação social e não diversas situações. A pessoa pode ter uma ansiedade intensa ao entrar em uma sala com muitas pessoas, mas em outras situações de interação social não tem nenhum medo ou ansiedade, ou seja, a sua ansiedade é muito pontual (CABALLO, 2002).

A fobia social apresenta maiores índices no sexo feminino, sendo mais elevada em adolescentes e jovens adultos. Se tratando dos fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da fobia social, é possível dizer que não há uma única causa e sim diversos fatores que contribuem para o surgimento do transtorno como:

a genética, ambiente social, familiar e questões temperamentais (APA, 2014).

A fobia social configura uma das primeiras doenças entre os transtornos de ansiedade. O fóbico social sofre prejuízos na sua vida funcional, no trabalho, na vida acadêmica e na vida social. No início da década de 1960, Aaron Beck começou a desenvolver uma forma de psicoterapia, a qual se denominou terapia cognitiva. A terapia cognitiva também é chamada de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), porque é uma abordagem que além de dar ênfase nos processos mentais também procura trabalhar o comportamento (BECK, 2013).

Os primeiros estudos científicos com a TCC começaram a ser publicados em 1977 (BECK, 2013). A TCC é uma abordagem que vem ganhando força ao redor do mundo. Diversas pesquisas demonstram sua eficácia e muitos adeptos como psicólogos, psiquiatras e terapeutas têm aderido a essa abordagem. Isso confirma o que Beck (2013) diz “mais de 500 estudos científicos demonstraram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental para uma ampla gama de transtornos psiquiátricos, problemas psicológicos e problemas médicos com componentes psicológicos”. Atualmente, a TCC é utilizada em amplos formatos de tratamentos como psicoterapia individual, grupo, casal, familiar, programas vocacionais e especializações da saúde entre outros.

É fundamental conhecer alguns princípios básicos da TCC para melhor

compreender essa abordagem. Primeiro a TCC está baseada em uma formulação

em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação

individual de cada paciente em termos cognitivos. Também requer uma aliança

terapêutica sólida. Enfatiza a colaboração e a participação ativa do paciente. É

orientada para os objetivos e focada nos problemas e focaliza inicialmente o

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presente (BECK, 2013). Deste modo, o trabalho da TCC se dá por sessões estruturadas, logo de curta duração, voltada para o presente, com a intenção de resolver os problemas do paciente e também propõe modificar os pensamentos e comportamentos disfuncionais.

Esse trabalho teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica através de artigos disponíveis na internet sobre fobia social e TCC. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos sobre técnicas cognitivas e comportamentais relacionado à fobia social.

1.1 Fobia Social

A fobia social também é conhecida como transtorno de ansiedade social e é caracterizada por medo ou ansiedade intensa de situações sociais. O indivíduo tem medo de ser avaliado ou julgado pelo outro com risco de parecer inadequado (APA, 2014). Podemos citar três exemplos: interações sociais - iniciar ou manter uma conversa pode ser bem difícil para o fóbico social. Ser observado - é muito comum a pessoa ir a um restaurante, comer uma refeição ou tomar alguma bebida, entretanto, para um fóbico isso se torna um desafio. Situações de desempenho diante de outros - por exemplo, falar em público no trabalho ou na escola é uma das barreiras que o fóbico encontra. A característica mais importante no diagnóstico do fóbico social é o medo e ansiedade intensa diante de situações sociais, ou seja, o fóbico tem medo de ser julgado pelas pessoas e de interagir com elas.

Para diagnosticar uma pessoa com fobia social utilizam-se alguns critérios. O Indivíduo pode ter medo de uma ou mais situações sociais. Não é preciso ter diversas situações temidas e sim apenas uma e agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente. Outro critério é que a ansiedade, a esquiva e o medo tem que perdurar por mais de seis meses. Portanto, não podem aparecer e ir embora, sendo assim, esse sintoma é recorrente e constante na vida da pessoa. Essa constância leva a pessoa a desenvolver um padrão de comportamento (APA, 2014).

Sob esta perspectiva, um diagnóstico diferencial é importante, pois há

transtornos com características similares aos da fobia social, como por exemplo: a

agorafobia, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno

de ansiedade de separação, fobias específicas, mutismo seletivo, transtorno

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depressivo maior, transtorno dismórfico corporal, transtorno delirante, transtorno do espectro autista, transtorno da personalidade e timidez (APA, 2014).

De acordo com Mululo (2009), o fóbico social mesmo com o desejo de enfrentar as situações sociais, evita ou suporta essas situações com grande ansiedade e sofrimento. Quando há esquiva da situação social, isso provoca um prejuízo, seja no trabalho, na escola ou nas relações habituais da vida. Ainda o DSM-V (APA, 2014) também ressalta que o medo, a ansiedade e a esquiva devem interferir significativamente na rotina normal do indivíduo, causando prejuízo profissional, escolar e em atividades sociais ou outras áreas importantes da vida.

O diagnóstico de fobia social, segundo o CID-10 (2001), devem obedecer aos seguintes critérios:

A) Os sintomas psicológicos, comportamentais ou autonômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos;

B) A ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais;

C) A evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente.

Interessante observar que as ideias que permeiam o fóbico social são de que ele busca um lugar seguro para se proteger e evitar situações que provocam constrangimento, pois teme ficar embaraçado, passar vergonha, ser humilhado ou rejeitado. Com frequência evitará as situações sociais temidas. O sofrimento não vem somente da exposição à situação temida, de acordo com Pergher (2018) “Ela leva a pessoa a sentir-se ansiosa só de pensar nessas situações, processo que denominamos ansiedade antecipatória ou expectativa apreensiva”. A ansiedade antecipatória pode ocorrer, às vezes, muito antes da próxima situação e da seguinte forma: preocupar-se todos os dias durante semanas antes de participar de um evento social e repetir antecipadamente um discurso por dias.

Segundo as estatísticas, a fobia social é considerada frequente na população,

sendo o primeiro entre os transtornos de ansiedade (MULULO, 2009 apud

KESSLER, 1994). No entanto, nem todos os portadores de ansiedade chegam a ser

diagnosticados ou buscam ajuda profissional. Por isso, no Brasil, o número pode

ultrapassar a 19 milhões de pessoas ansiosas de acordo com Organização Mundial

de Saúde (USP, 2018). Somente um profissional da área da saúde mental tem

conhecimento e experiência para fazer o diagnóstico.

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Importante destacar as características do fóbico social. Os fóbicos são poucos assertivos e, de forma geral, isso causa um impacto em seu comportamento. Antes de tudo é necessário fazer uma distinção entre o comportamento assertivo e agressivo. Ser assertivo é possuir uma postura diante das pessoas de maneira clara e objetiva, tendo a capacidade de expressar sua vontade, seus sentimentos e pensamentos, sem ofender o outro. Também é um comportamento expresso sem manifestar ameaça ou coação. Enquanto o comportamento agressivo emprega um estilo mais coercitivo sobre a outra pessoa (CABALLO, 2003).

Um dado levantado por Acarturk (2008 apud MULULO, 2009) a respeito do perfil da maioria dos pacientes fóbicos sociais, inclui menor grau de instrução, ser jovem, não ter emprego e morar sozinho.

Veja a explicação de Savoia (2009), porque o desemprego é uma das características do fóbico social. Atualmente o mercado de trabalho está cada vez mais seletivo. Para o fóbico, a coisa complica um pouco mais por conta da dificuldade de sociabilização. A barreira em si não é só conseguir o trabalho, mas permanecer nele. Assim, o fóbico procura profissões que não exijam contato pessoal. Poucos são os trabalhos que não necessitam do contato direto, isso dificulta arrumar um emprego e até obter uma colocação no mercado de trabalho.

Isso explica, porque, a baixa condição econômica e o desemprego são um dos seus perfis.

Outra característica é a postura corporal rígida, mesmo nos momentos de descanso e lazer a pessoa não consegue relaxar. A baixa autoestima é outro quesito que tem implicações diretas no comportamento. Geralmente pessoas com baixa autoestima são indivíduos inseguros que tem o hábito de comparar-se com outras pessoas, não possuem confiança em si mesmos e tem dificuldade para reconhecer as próprias vitórias e conquistas. E isso leva a pessoa não realizar e alcançar seus objetivos. Certamente o desenvolvimento é prejudicado e como resultado acaba perdendo diversas oportunidades na vida (CABALLO, 2002).

Desta maneira, a citação de Pergher (2018), complementa as palavras citadas anteriormente:

A baixa auto-estima não é a causa da pessoa sentir-se desconfortável ou mesmo evitar a exposição social, ela é a consequência de repetidos fracassos em tais situações. É praticamente impossível alguém ter uma boa auto-estima se nunca interagiu com outras pessoas de maneira significativa. Se essa maneira de pensar não lhe faz muito sentido, pergunte-se o seguinte:

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Você conhece alguém que seja um completo fracasso e que tenha uma auto-estima realmente boa? Curioso, não.

Outra característica é o perfeccionismo, é um padrão de comportamento que pode ser genético ou desenvolvido no decorrer da vida. É a tendência de fazer as coisas sempre perfeitas. Muitas vezes o perfeccionista acaba se frustrando porque não alcança o resultado que esperava, além de serem pessoas muito críticas consigo mesmas e com os outros. São muito exigentes com os outros, buscam perfeição nos indivíduos e na vida (SAVOIA, 2009).

Segundo os dados do DSM-V (APA, 2014), quando comparado os indivíduos do sexo feminino e masculino, é possível dizer que as taxas mais altas de fobia social são do sexo feminino entre adolescentes e jovens adultos. A idade do surgimento da fobia social, geralmente, gira em torno de 8 e 15 anos. O curso e desenvolvimento do transtorno podem ter início no começo da infância, seguido de eventos humilhantes, estressantes como por exemplo, sofrer bullying ou pode ser insidioso, desenvolvendo-se lentamente.

Causas

Existem diversos fatores que contribuem para que o indivíduo desenvolva uma fobia social como, por exemplo: genética, ambiente familiar, social, experiência pessoal, falta de habilidades sociais, observação e a cultura, não sendo possível enumerar uma única causa. O primeiro fator a genética – vamos supor que os pais de um indivíduo têm ou já tiveram algum tipo de transtorno mental. Isso não quer dizer que a pessoa irá desenvolver um transtorno mental, porque o que se herda não é a doença e sim a vulnerabilidade. Isto é, a pessoa tem uma predisposição a desenvolver um transtorno (PERGHER, 2018). De acordo com o DSM-V (APA, 2014) em parentes de primeiro grau, o indivíduo tem a probabilidade de 2 a 6 vezes maior de ter o transtorno.

Segundo Pergher (2018) ao falar sobre a etiologia da fobia social, como em muitos casos é multifatorial sendo uma das causas o ambiente familiar. Sobre essa perspectiva a Família é a primeira instituição social do indivíduo. As experiências que se constrói na infância vão contribuir para minimizar ou maximizar a fobia social.

Os pais têm um papel importante para a formação da personalidade da criança. A

criança que já tem a genética, já possui uma sensibilidade e isso a deixa mais

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suscetível às influências do ambiente familiar. Ou seja, se os pais são socialmente ansiosos, a criança é fortemente influenciada por esse modelo.

Para compreendermos as proposições de Pergher (2018) acima, é importante considerar a estrutura familiar. Cada família tem a sua dinâmica. Importante observar como foi esse lar. Teve muitas privações, adversidades, maus-tratos? Às vezes, a criança cresce sofrendo abuso psicológico. “Você não presta para nada”,

“você não faz nada certo”, “você vai ser igual o seu pai – vagabundo”, e por aí vai. A criança ouve constantemente palavras negativas e destrutivas que só a colocam para baixo. A criança pode desenvolver baixa autoestima e complexo de inferioridade.

Outro aspecto é o ambiente social, como a criança é fora da casa dele. A criança tem amigos? Como se relaciona com os amigos? Brinca, interage com seus amigos ou prefere brincar sozinho. Outra questão é a falta de habilidades sociais. O indivíduo cresceu, mas deixou de aprender alguns comportamentos elementares (CABALLO, 2002).

Ainda segundo Caballo (2002) outro fator é a experiência pessoal. Em algum momento a pessoa pode ter tido uma experiência direta, algo que aconteceu com ela, que trouxe consequências negativas e isso marcou a sua vida. Por isso acaba evitando tal situação. Outra situação é a observação - o fóbico social pode aprender observando outras pessoas. “Aconteceu com meu amigo, então eu não vou fazer porque pode acontecer comigo também”.

Como foi possível observar, são vários os fatores que contribuem para o surgimento da fobia social. Os temores, o medo, podem ser aprendidos por meio do condicionamento. Conforme a pessoa vai crescendo esse comportamento vai sendo reforçado. O medo e a ansiedade vão aumentando gradualmente a ponto de fazer parte da vida da pessoa.

Timidez

É natural as pessoas sentirem um pouco de ansiedade ou inibição em algumas

situações sociais. É verdade que algumas pessoas são mais tímidas do que outras e

isso não configura um transtorno. O tímido sente um desconforto diante de situações

sociais. O medo e ansiedade são mais brandas. É preciso ficar atento para que a

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timidez não se agrave e se torne uma fobia social ou algum outro tipo de transtorno (MAGALHÃES, 2010).

Timidez é uma “Inibição; estado de quem tem vergonha de se expor; condição da pessoa tímida, acanhada” (DICIONÁRIO PORTUGUES ONLINE, 2018). Em outra definição a timidez pode ser definida como o “desconforto e a inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e profissionais de quem a sofre. Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros” (WIKIPÉDIA, 2018).

Por outro lado, a fobia social se caracteriza por uma ansiedade e medo mais intensos e pode vir acompanhada de sintomas comportamentais, cognitivos e fisiológicos (CABALLO, 2002). Segue abaixo exemplos desses sintomas:

- Comportamentais: o indivíduo pode fugir ou evitar da situação temida;

- Cognitivos: o indivíduo tem pensamentos negativos, disfuncionais. Ex.“penso que vão me criticar ou ter algum embaraço ao falar em público”;

- Fisiológicos: o indivíduo pode ter palpitações, falta de ar, boca seca, dor no estômago ou náuseas, tontura ou vertigem, sensação de desmaio, tremores, rosto avermelhado, suor, embaçamento da visão, tensão muscular, voz trêmula ou gagueira, transpiração excessiva, sensação de que a garganta está travada ou dificuldade em engolir, esquecer o que ia falar momentaneamente, vontade exagerada de ir ao banheiro.

A seguir Caballo (2003) cita algumas das situações mais temidas pelo o fóbico social.

Situações de desempenho

 Falar em público;

 Comer ou beber em público;

 Usar banheiro público;

 Ser observado quando estiver fazendo algo;

 Ser o centro das atenções;

 Participar de eventos sociais e festas;

 Ser fotografado ou filmado;

 Ir a profissionais de saúde como médico, dentista.

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Situações de interação

 Falar ao telefone;

 Conversar com o sexo oposto, ou marcar encontros amorosos;

 Comprar algo em uma loja;

 Receber críticas;

 Iniciar ou manter conversa com alguém;

 Falar com pessoas de autoridade;

 Falar em reuniões ou entrevista de emprego;

 Demonstrar seus sentimentos;

 Conversar com pessoas desconhecidas.

Ansiedade

Todos sabem como é se sentir ansioso. Talvez você já tenha vivenciado tal situação: ficou apreensivo diante uma entrevista de emprego ou estudou o ano inteiro para fazer um vestibular e ficou muito ansioso para ver o resultado.

Segundo o DSM-V (APA, 2014), o indivíduo com transtorno de ansiedade possui ansiedade e preocupações excessivas e, esse sintoma tem que ocorrer na maioria dos dias durante seis meses. Outra característica é que a pessoa não consegue controlar a preocupação e essa tem que estar associada pelo menos três sintomas fisiológicos como: tensão muscular, distúrbio do sono, inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, irritabilidade, fatigabilidade e dificuldade em concentrar-se.

Segundo o CID-10 (2001), o paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias por pelo menos várias semanas e, usualmente, por vários meses. Esses sintomas têm que obedecer alguns critérios:

a) Apreensão (preocupação sobre desgraças futuras, sentir-se no limite, dificuldade de concentração).

b) Tensão motora (movimentação inquieta, cefaleias tencionais, tremores, incapacidade de relaxar).

c) Hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou

taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca).

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Deste modo, é possível dizer que a ansiedade é a ameaça futura, o indivíduo se preocupa exageradamente com seu futuro. A seguir alguns sintomas físicos, cognitivos, comportamentais e emocionais descritos por Clark (2014):

Sintomas físicos

 Frequência cardíaca aumentada, palpitações;

 Falta de ar, respiração rápida;

 Dor ou pressão no peito;

 Sensação de asfixia;

 Vertigem, tontura;

 Sudorese, calores, calafrios;

 Náusea, estômago embrulhado, diarreia;

 Tremores, estremecimento;

 Formigamento ou dormência nos braços, pernas;

 Fraqueza, desequilíbrio, sensação de desmaio;

 Tensão muscular, rigidez;

 Boca seca.

Sintomas cognitivos

 Medo de perder o controle, de ser incapaz de enfrentar;

 Medo de dano físico ou de morte;

 Medo de enlouquecer;

 Medo de avaliação negativa dos outros;

 Pensamentos, imagens ou lembranças assustadoras;

 Percepções de irrealidade ou alheamento;

 Baixa concentração, confusão, distratibilidade;

 Estreitamento da atenção, hipervigilância para perigo;

 Memória fraca;

 Dificuldade de raciocínio, perda de objetividade.

Sintomas comportamentais

 Evitação de sinais ou situações de ameaça;

 Fuga, escape;

 Busca de segurança;

 Desassossego, agitação, andar nervosamente de um lado para o outro;

 Hiperventilação;

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 Paralisia, imobilidade;

 Dificuldade para falar.

Sintomas emocionais

 Sentir-se nervoso, tenso, irritado;

 Sentir-se assustado, temeroso, aterrorizado;

 Ser irascível, apreensivo, alvoroçado;

 Ser impaciente, frustrado.

Clark (2014) enfatiza que “o medo e a ansiedade são tão normais quanto comer, dormir e respirar. Como necessitamos deles para a sobrevivência, seria perigoso eliminar todo medo e ansiedade da vida. ”

São mais de 65 milhões de pessoas nos Estados Unidos que sofrem de ansiedade, sendo o problema de saúde mental mais comum. Geralmente, as características de uma pessoa com ansiedade são: preocupações com intensidade exagerada, persistência durando horas ou dias. Tem que ocasionar interferência em sua rotina, ansiedade, pânico repentino, generalização, pensamento catastrófico (o indivíduo tende a pensar somente nas piores hipóteses), evitação, perda da segurança ou do sentimento de tranquilidade (CLARK, 2014).

Como distinguir uma ansiedade normal da ansiedade patológica. Deste modo, Possatto (2010) faz algumas distinções:

- Ansiedade normal – a preocupação não interfere na rotina do indivíduo, é de pouca duração, a pessoa consegue controlar os pensamentos e a ansiedade. A preocupação é com situações especificas, e de vez em quando.

- Ansiedade patológica – a preocupação interfere na rotina da vida do indivíduo, tende a durar horas ou dias, a pessoa não tem nenhum controle sobre os pensamentos e a ansiedade são incontroláveis. A tendência da pessoa é se preocupar com todo o tipo de situação em todo momento.

Sob esta perspectiva, Clark (2014) define que a ansiedade “é um estado

emocional complexo muito mais prolongado e que muitas vezes é desencadeado

por um medo inicial”.

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Medo

Quem nunca teve medo ou receio de fazer alguma coisa? É natural sentirmos apreensões e medos, pois esse mecanismo nos ajuda a preservar a vida. Para Possatto (2010), o medo faz parte da natureza humana. Se um indivíduo não tem medo de nada, com certeza estará colocando a sua vida em risco sem nenhuma análise de um perigo iminente. O medo proporciona um sentido de alerta. É um sinal que o organismo vai emitir do tipo: cuidado! Preste atenção! Vá devagar! E assim por diante.

Temos mais de 66 tipos de medos, entre eles o medo de altura, do futuro, de insetos, animais, de agulha, de morrer, de voar de avião, de dirigir carro, entre outros. O medo classifica-se em dois tipos: medos preservadores, que são naturais e preservam a vida. E o medo neurótico, que desenvolvemos por conta de nossas crenças de adequação, são medos projetados (POSSATTO, 2010).

Quando o indivíduo está com medo é ativada uma estrutura no cérebro chamada amígdala e essa estrutura gera uma série de alterações corporais como:

sudorese, aumento da frequência cardíaca e respiratória e dilatação das pupilas. E porque ocorrem essas mudanças no organismo? Essas mudanças são importantes, pois deixam o ser humano em prontidão para luta ou fuga (PERGHER, 2018).

Portanto, o medo é a resposta a uma ameaça real ou percebida. Quando observar-se os animais, percebe-se esse mecanismo de luta ou fuga. Considere como exemplo um animal, quando acha que pode enfrentar o perigo e lutar com o seu predador, ele parte para o ataque; mas quando esse perigo põe em risco sua vida, ele foge para se salvar (POSSATTO, 2010).

Importante salientar que o medo nunca vai embora sozinho, antes de tudo é preciso entendê-lo e enfrentá-lo se quiser vencê-lo. Segundo as proposições de Possatto (2010), as origens do medo pode ser de:

 Experiências traumáticas;

 Crenças, superstições e informações erradas que nos foram inculcadas, experiências;

 Experiências subjetivas durante a vida intrauterina;

 Pensamentos ansiosos, catastróficos, fóbicos ou fantasiosos, não relacionados a

eventos específicos, mas a fantasias do poderia ser;

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 Falta de autoconfiança, insegurança quanto a talentos e potenciais para enfrentar situações da vida;

 Desconhecimento da natureza essencial, com seus potenciais, habilidades e, sobretudo, força mental;

 Arquétipos medos ligados ao inconsciente coletivo;

 Experiências de vida passadas e atuais, que nos influenciam sublimando nossa natureza;

 Falta de informação e conhecimento sobre determinados fatos e circunstâncias.

1.2 Terapia Cognitiva Comportamental

Antes de falar da terapia cognitiva comportamental é preciso conhecer alguns princípios básicos da mesma. Segundo Beck (2013), a terapia cognitiva comportamental (TCC) está baseada em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos. Requer uma aliança terapêutica sólida. Destaca a colaboração e a participação ativa do paciente, é orientada para os objetivos e focada nos problemas, focada inicialmente no presente, é educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída, visa ser limitada no tempo e é estruturada, ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais. A TCC usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.

Aaron Beck é psicanalista, trabalhava como professor na Universidade de psiquiatria da Pensilvânia. Na década de 1960, Beck iniciou sua investigação na área de saúde mental. O mesmo descobriu que os seus pacientes depressivos possuíam pensamentos negativos e disfuncionais. Com isso, Aaron Beck desenvolve uma psicoterapia chamada terapia cognitiva, na qual hoje denomina-se de terapia cognitiva comportamental (TCC). Hoje, a TCC tem se adaptado a diversos pacientes com diferentes patologias. Também é usada em orientação vocacional, escolas, na área da saúde, para psicoterapia em grupo, casal e familiar (BECK, 2013).

As pesquisas na TCC tiveram seu início no ano de 1977, a partir daí...

...mais de 500 estudos científicos demonstraram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental para uma ampla gama de transtornos

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psiquiátricos (depressão, transtorno de ansiedade generalizada, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, abuso de substancia, fobia social); problemas psicológicos (problemas conjugais e familiares, jogo patológico, raiva e hostilidade); problemas médicos com componentes psicológicos: dor lombar crônica, enxaqueca, insônia, obesidade, disfunção erétil (BECK, 2013).

Mululo (2009) realizou uma análise sistemática de ensaios clínicos publicados até 2008 nos idiomas inglês, espanhol e português. De acordo com as suas pesquisas, tanto as intervenções cognitivas, quanto as comportamentais são eficazes no tratamento da fobia social. E ainda, quando comparada com os outros tipos de psicoterapia, mostrou ser superior para combater a ansiedade social e reduzir os seus sintomas.

Técnica cognitiva

Segundo Knapp (2004), o principal objetivo da terapia cognitiva, além de identificar e avaliar, é modificar os pensamentos disfuncionais em três níveis:

1-Pensamento automático (PA) – eles são espontâneos e fluem na mente a partir dos acontecimentos do dia-a-dia. Geralmente não são acessíveis à consciência. Todas as pessoas possuem PAs. Então, o trabalho do terapeuta cognitivo é identificar os PAs que distorcem a realidade e que interferem a alcançar os objetivos. Ex. “Não vou passar no vestibular”

2-Crença intermediária ou crença condicional – não estão diretamente relacionadas às situações do cotidiano. Elas vêm em forma de regras e suposições.

Refletem ideias profundas e são mais resistentes à mudança do que os PAs. Antes de trabalhar a crença intermediária do paciente, o terapeuta cognitivo já identificou e avaliou os PAs. Ex. “se...entao” “eu tenho” “eu deveria” “se as pessoas me conhecerem mais profundamente elas irão me rejeitar”.

3-Crença central ou esquemas – são compostas por ideias rígidas e absolutistas, sobre si (eu sou um fracasso), sobre outros (as pessoas não são confiáveis), e sobreo mundo. É o nível mais profundo.

Para Beck (2013), os três níveis de pensamentos estão interligados. Os

pensamentos e as crenças se desenvolvem na infância, de circunstâncias

traumáticas esses comportamentos são reforçados pelos pais ou pelo ambiente

social. Por que trabalhar a cognição do paciente? Porque não é a situação em si que

determina o que a pessoa sente, mas são os pensamentos que influenciam a

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emoção e o comportamento. Um indivíduo com distúrbio psicológico, mesmo em

situações positivas e neutras, geralmente interpreta negativamente tais eventos e

tem seus pensamentos tendenciosos e negativos.

(25)

Técnica comportamental

O objetivo da técnica comportamental é desenvolver um comportamento positivo de forma que o comportamento negativo vai diminuindo. A principal forma de modificar as regras e pressupostos é por meio de experimentos comportamentais. O indivíduo tem a oportunidade de testar seu comportamento na prática e verificar sua veracidade e utilidade das suas crenças. Também é interessante ressaltar que as técnicas comportamentais estão associadas às técnicas cognitivas, o que é mais benéfico e eficiente no tratamento de fóbico social (KNAPP, 2004).

Modelo cognitivo

A TCC está baseada no modelo cognitivo e parte da ideia que os comportamentos, os sentimentos e a fisiologia são influenciados pelos pensamentos. Não é a situação, o evento em si que determina o que a pessoa sente, mas o modo como ela interpreta e pensa (BECK, 2013).

Como exemplo, imagine uma situação onde um garoto termina o relacionamento com a namorada depois de algum tempo juntos. A garota pensa e diz: “eu não posso viver sem você, se você terminar comigo eu vou me matar”. Logo, ela fica triste, magoada. E começa a ligar todos os dias para o ex-namorado. Como podemos analisar esse evento. Qual é a situação? Término de um relacionamento.

Qual é o pensamento dela? É um pensamento negativo, destrutivo “eu não posso viver sem você, eu vou me matar”. Esse pensamento gerou um sentimento de tristeza, de mágoa. E esse sentimento pode gerar vários comportamentos – no caso da garota ela ficava ligando todos os dias para o ex-namorado.

Esse tipo de pensamento pode gerar uma reação fisiológica como: coração acelerar, dor de barriga, ataque de pânico. Ou pode ter uma reação emocional – ficar chorando o dia todo, ser agressivo com as pessoas.

Será que isso ocorre com todas as pessoas? É claro que não! Nem todos os

términos de relacionamento, o parceiro tem o desejo de se matar ou ficar chorando o

dia todo. Para Beck (2013), nem toda situação vai gerar o mesmo comportamento,

cada pessoa age de forma diferente. Isso só demonstra que as emoções e os

comportamentos das pessoas são influenciados por sua própria percepção. O que

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afeta as pessoas não são os acontecimentos e sim a forma como interpretam. Para TCC, os processos mentais vão ter prioridade sobre as emoções e comportamentos.

O modelo cognitivo do fóbico social

Os pensamentos do fóbico vão girar em torno de três polos (tríade cognitiva).

Na visão de si mesmo podem se ver de maneira imperfeita, inadequadas em outros casos vulneráveis a rejeição. Em relação ao outro podem enxergar que os outros são depreciadores, críticos e sempre superiores, não importando a posição que ocupam na vida social. E por último, em relação a visão de futuro podem ver o futuro muito sombrio, pessimista como algo incerto e sozinho (PERGHER, 2018).

Assim, esse trabalho visou avaliar como a TCC pode ser utilizada no

tratamento da fobia social do adulto.

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2 OBJETIVO

O objetivo desse trabalho foi conhecer e identificar as técnicas cognitivas e

comportamentais no tratamento da fobia social em adultos nos últimos dez anos.

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3 METODOLOGIA

Foi feita uma busca através de livros, teses, dissertações e na internet através dos sites: Bireme, Google Acadêmico, Scielo, BVS, com as palavras chaves: fobia social, ansiedade social, ansiedade, terapia cognitiva comportamental, técnicas e fobia social, ansiedade social e terapia cognitiva comportamental (TCC), TCC e fobia social, em português e social phobia, social, anxiety disorder, behavioral cognitive therapy, em inglês.

Foi realizada uma seleção de artigos publicados nos últimos dez anos e

posteriormente feita a seleção dos artigos que tinham relação entre a TCC e fobia

social, no tratamento de adultos de 18 a 79 anos. Alguns livros mais antigos foram

incluídos devido a sua relevância.

(29)

4 RESULTADOS

Foi realizado uma pesquisa bibliográfica através dos sites científicos como bireme, google academico, scielo, bvs bem como teses, dissertações e livros.

Foram selecionados artigos publicados nos últimos dez anos.

Nas bases de dados foram encontrados 21 estudos de terapia cognitiva comportamental relacionados à fobia social, 05 dos quais estavam relacionados à técnica cognitiva e técnica comportamental.

Segundo Mululo (2009), em sua análise sistemática de ensaios clínicos sobre técnicas cognitivas e comportamentais, foram encontradas algumas técnicas para o tratamento da fobia social: reestruturação cognitiva, exposição, relaxamento aplicado, treino em habilidades sociais, treino em tarefa de concentração. Como resultado, a associação da TCC com evitação de comportamentos de segurança e com o treino de habilidades sociais apresentou vantagem adicional em relação ao modelo convencional. Entre as técnicas comportamentais, o treino em tarefa de concentração e a exposição foram às estratégias mais eficazes. Mululo conclui que os estudos avaliados confirmaram que tanto técnicas cognitivas quanto comportamentais (convencionais e inovadoras) são eficazes no tratamento do transtorno de ansiedade social.

Já Gusmão (2013) ao realizar uma revisão da literatura acerca das perspectivas e intervenções da terapia cognitivo-comportamental sobre a fobia social, encontrou as seguintes técnicas como as mais utilizadas: reestruturação cognitiva, relaxamento, treino de habilidades sociais e experimentos comportamentais. Essa pesquisa demonstrou que a psicoterapia e a farmacologia são as principais formas de intervenção, sendo a psicoterapia de base cognitivo- comportamental como uma das abordagens que tem demonstrado grande eficácia no tratamento.

Em um estudo de caso com intervenção cognitivo-comportamental para tratamento de fobia social em homens, Muller (2015) utilizou as técnicas de reestruturação cognitiva, treino em habilidades sociais, dramatização e exposição.

Realizaram-se no total 48 sessões individuais de aproximadamente 50 minutos cada

(sessões semanais), ao longo de 12 meses. Os resultados obtidos na avaliação final

(30)

e no seguimento de seis meses indicaram melhora considerável das queixas iniciais, redução da ansiedade social, correção de crenças errôneas, desenvolvimento de habilidades sociais, redução de estratégias de segurança e de comportamentos inibitórios. Conclui-se que mais estudos de caso com indivíduos do sexo masculino sejam realizados, possibilitando o melhor entendimento do tratamento de pacientes com Transtorno de Ansiedade Social através de técnicas cognitivas e comportamentais.

Em um estudo de caso, de uma intervenção em Terapia Cognitivo- Comportamental Breve (TCCB) para fobia social, Almeida (2014) utilizou as técnicas de cartão de enfrentamento, respiração diafragmática, dessensibilização, tarefa para casa. A paciente foi selecionada para atendimento em uma clínica-escola do curso de psicologia da Universidade Federal do Triangulo Mineiro. Durante as sessões o aluno estagiário seria supervisionado por um professor. Os atendimentos foram feitos em sete sessões e um follow-up após um mês. Ao final do tratamento, foram observadas mudanças em seu modelo de funcionamento e diminuição de crenças de inadequação e vulnerabilidade que a faziam fugir de situações sociais que causavam ansiedade. Conclui-se que a TCCB mostrou-se satisfatoriamente eficaz para esse caso de fobia social. Sugerem-se estudos com outros desenhos metodológicos diferentes de um estudo de caso, que permitam uma avaliação mais adequada da eficácia da TCCB para a fobia social.

Barbieri (2011) realizou uma revisão nas principais bases de dados da psiquiatria e psicologia, de artigos sobre a terapia cognitiva comportamental no tratamento da fobia social e foram encontradas as seguintes técnicas como mais utilizadas: reestruturação cognitiva, respiração diafragmática, treino de habilidades sociais, psicoeducação, automonitoramento, exposição imaginária e ao vivo, tarefas de casa, exposição gravada por fitas de vídeo e relaxamento. Os resultados indicaram que, quando comparados ao grupo controle ou à lista de espera, os pacientes que receberam a terapia cognitivo-comportamental apresentaram melhoras superiores nos sintomas da ansiedade social.

Conclui-se que a terapia cognitivo-comportamental tem se mostrado eficaz

para o tratamento da fobia social, porém, no Brasil, ainda há necessidade de serem

realizadas mais pesquisas, por existirem poucos estudos comprovando essa

eficácia. A seguir serão descritas algumas técnicas citadas nos artigos revisados.

(31)

Relaxamento

Tem como finalidade ajudar o paciente a controlar os sintomas fisiológicos da ansiedade durante os eventos sociais. Ele aprende a detectar os primeiros sinais de tensão muscular para logo assim descontrair, produzindo uma resposta contrária à de ansiedade. Então, o terapeuta vai ensinar o indivíduo ou o paciente a tensionar e relaxar diferentes grupos musculares e com isso o paciente adquiri um estado de conforto e bem-estar. O relaxamento pode iniciar-se pelos membros inferiores seguidos pelos membros superiores e depois a cabeça e tronco. O Psicoterapeuta pedirá ao paciente contrair por alguns segundos qualquer grupo de musculo desejado e posterior descontrair, dessa forma produz um relaxamento permitindo reduzir o nível de ansiedade (MULULO, 2009).

Experimentos comportamentais

O objetivo dos experimentos comportamentais é expor o indivíduo a situações que representam ansiedade, o que deve ser feito de maneira gradual, e envolve técnicas comportamentais como, por exemplo, a dessensibilizacão sistemática, desenvolvimento de coping como engajamento em exercícios físicos, tarefa de casa entre outros. É por meio de experimentos comportamentais que o paciente experimenta na prática o que acontece quando ele se engaja em comportamentos que permitem examinar a utilidade dos pensamentos e crenças (GUSMÃO, 2013).

Dessensibilização sistemática

A dessensibilização trabalha com uma hierarquia de estímulos temidos. Esse procedimento pode ser realizado de duas maneiras: por meio da imaginação, a partir da geração de imagens mentais, e exposição in vivo, onde há a confrontação com o estímulo que representa medo ao paciente (GUSMÃO, 2013).

Tarefa para casa

A tarefa para casa faz parte da terapia cognitiva comportamental. A tarefa de

casa é justamente você praticar no ambiente real o que foi aprendido na sessão

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terapêutica. A dificuldade da tarefa aumenta gradualmente conforme progride o tratamento (CABALLO, 2003).

Respiração diafragmática

Devido ao stress do dia-a-dia o diafragma tende a diminuir a intensidade de sua função. Com isso, as pessoas respiram como se ele não existisse. Então, o ar vai até o peito na parte superior dos pulmões, fazendo com que ela fique mais breve e rápida. Dessa forma há pouca oxigenação nas células. A técnica consiste em controlar o diafragma para que haja grande entrada de ar, fornecendo assim mais oxigênio e restabelecendo o funcionamento corporal. Sentado ou em pé, colocar uma mão sob o peito e outra sob o abdômen, inspirar pelo nariz enchendo o pulmão, percebendo o diafragma trabalhando e inflando. Depois expirar pela boca até quase esvaziar o pulmão e o abdômen. A pessoa pode repetir esse exercício várias vezes ao dia (SOUCHARD, 1990).

Cartão de enfrentamento

O paciente irá transcrever em um pequeno papel as anotações que foram trabalhadas na terapia na reestruturação cognitiva. O importante é que o cartão seja de um tamanho que possa ser colocado na carteira ou bolsa. Pode ser utilizado antes ou durante as situações difíceis. Dessa maneira, a pessoa se manterá motivada, pois ela lembrará como deve pensar e se comportar diante de tal situação (BECK, 2013).

Dramatização ou Ensaio comportamental

A técnica consiste em dramatizar com o paciente uma situação, antes de expô-

lo ao evento ou situação temida. Com este ensaio, o psicólogo tem a possibilidade

de fornecer ao paciente recursos para que possa desenvolver respostas às

situações antes de estar realmente exposto a elas (MULLER, 2015).

(33)

Psicoeducação

Geralmente, quando o paciente recebe um diagnóstico, o mesmo pode apresentar dúvidas sobre o próprio diagnóstico, seus sintomas, e como proceder no cotidiano. A psicoeducação é uma técnica que irá educar e familiarizar o paciente em relação aos seus problemas, a patologia e esclarecer acerca das implicações e consequências do diagnóstico estabelecido, possibilitando-lhe o entendimento do transtorno (BARBIERI, 2011).

Automonitoramento ou RPD

O automonitoramento é uma técnica bastante utilizada na Terapia Cognitivo- Comportamental. Essa técnica consiste em monitorar a si mesmo e, com isso, obter informações sobre as variações de humor associadas com estímulos específicos. O paciente passa a ter consciência sobre o seu pensamento, comportamento e sentimento. O terapeuta e o paciente determinam qual o pensamento, emoção ou comportamento que será monitorado e por quanto tempo. Por exemplo, podem-se monitorar todos os pensamentos negativos e disfuncionais no período de uma semana (CABALLO, 2002).

Treino em tarefa de concentração (TTC)

Visa ajudar o paciente a direcionar sua atenção para a tarefa em execução e não para si mesmo, começando com situações menos ansiogênicas. Com isso, ele diminui sua percepção das alterações que a ansiedade provoca em seu corpo, quebrando o círculo vicioso de aumento de ansiedade que o autofoco provoca (MULULO, 2009).

Exposição

A exposição tem por objetivo fazer com que o indivíduo enfrente as situações

temidas gradualmente, de forma que ao ser exposto acabe condicionando-o e

reduzindo a ansiedade, por meio de habituação e extinção (KNAPP, 2010).

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Ainda Knapp (2010) relata que o psicoterapeuta irá planejar a exposição para ser aplicada durante as sessões de terapia individual ou em grupo. Essa exposição se dará de forma sistemática, podendo ser gradual ou por inundação.

O paciente utiliza a esquiva como uma estratégia para enfrentar o seu problema. A pessoa pode se esquivar de atividades corriqueiras, socialização, evitar atividades de autocuidado. A evitação pode ser mais sutil, como evitar contato visual, conversar com as pessoas e dar opiniões. Quando o indivíduo apresenta esse tipo de comportamento, é uma oportunidade se expor às situações temidas. O psicólogo procurará envolver o paciente em uma exposição com um desconforto baixo ou moderado e pedirá que ele realize a exposição todos os dias, uma ou várias vezes por dia, até que sua ansiedade vai diminuindo (BECK, 2013).

Protocolo Heimberg

O protocolo de Heimberg é constituído por várias técnicas como:

psicoeducação, reestruturação cognitiva, exposição em sessão e exposição in vivo (BARBIERI, 2011).

Reestruturação Cognitiva

É uma técnica que tem como foco os processos mentais e que se concentra no pensamento. É um processo onde o paciente aprende a identificar e avaliar seus pensamentos negativos, disfuncionais e distorções cognitivas. Para Knapp (2004), o fóbico social apresenta um padrão de pensamentos negativos e disfuncionais que são: pensamento de inadequação social, preocupação com a percepção de sua ansiedade pelos os outros, medo de avaliação social negativa, preocupação excessiva com respostas e desempenhos sociais e elevada autoconsciência pública com atenção auto focada.

A reestruturação cognitiva envolve algumas etapas: primeiro de tudo precisa

evocar os pensamentos automáticos do paciente. Então o terapeuta irá fazer uma

pergunta básica “O que estava passando pela sua cabeça.” Em seguida o terapeuta

irá identificar esses PAs que estão associados a uma determinada emoção. Depois

de ter evocado e identificado os PAs, o terapeuta vai selecionar os PAs mais

importantes para avaliá-los, fazendo uma ou mais perguntas, com a finalidade de

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questioná-los e, por último, responder os PAs de forma que o paciente possa fazer um resumo convincente do que foi trabalhado até o momento (BECK, 2013).

Na reestruturação cognitiva aplicam-se algumas estratégias como Questionamento socrático: é uma das principais estratégias da terapia cognitiva, também é conhecido como Diálogo Socrático e Método Socrático. Refere-se a um intenso questionamento e isso leva o indivíduo perceber suas falhas de raciocínio (GUILHARDI, 2015).

De acordo com Guilhardi (2015), com a utilização do questionamento socrático, o terapeuta atinge vários objetivos, entre eles:

 obter informações;

 conhecer o problema trazido pelo cliente;

 obter uma visão geral acerca do seu estilo de vida atual;

 avaliar estratégias de enfrentamento, avaliar os estressores e o funcionamento global;

 traduzir queixas vagas em problemas concretos, decidir sobre tipo de enfoque a ser utilizado em relação ao problema;

 auxiliar o cliente a avaliar as consequências de seus comportamentos disfuncionais e de possíveis mudanças;

 identificar cognições especificas associadas a emoções ou comportamentos disfuncionais;

 avaliar o significado atribuído pelo cliente a eventos específicos;

 suas auto verbalizações ou auto avaliações negativas;

 explorar áreas de difícil acesso.

Treino em habilidades sociais (THS)

A vida do ser humano acontece em sociedade e a competência social é muito importante para trabalhar, encontrar novas pessoas, fazer amigos, se relacionar amorosamente com uma pessoa. Na área acadêmica muitos têm aspirações e sonhos com relação aos estudos. Assim, a habilidade social se faz necessária para nos relacionarmos e conquistar objetivos.

Com isso, Caballo (2003) explica a importância de ter uma vida social. Milhares

de pessoas não são felizes em sua vida social e, dificilmente, alguém que não é feliz

na vida social, conseguirá ser feliz na vida em geral. Analisando casos clínicos é

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possível perceber que muitos problemas que fazem com que as pessoas busquem ajuda são advindos de uma dificuldade nas relações sociais.

É importante observar que os fóbicos sociais, muitas vezes, apresentam déficits e inibições sociais. O THS tem como objetivo desenvolver habilidades para que a pessoa consiga se inserir no grupo ou na sociedade e diminuir a ansiedade de interação social (KNAPP, 2010).

Os temas abordados no THS são: inicio de conversação, estabelecimento e manutenção de amizades, habilidades para telefonar, interações heterossociais, habilidades assertivas, eleição de um tema e exposição sobre ele, estratégias para evitar que a audiência o distraia, maneiras de iniciar uma fala de forma eficaz, término de uma fala (forma e linguagem), elementos não-verbais, discussões e conversas informais, participação em seminários, jornadas ou congressos (KNAPP, 2010). Ainda pode incluir: instruções, modelagem, ensaios de conduta com dramatização e troca de papeis, retroalimentação corretiva e reforço positivo (CABALLO, 2003).

Ainda Caballo (2003) prossegue dizendo que inúmeras são as definições para habilidade social e, definir o que é um comportamento social hábil, irá apresentar alguns problemas:

A habilidade social deve ser considerada dentro de um contexto cultural determinado, e os padrões de comunicação variam de forma ampla entre culturas e dentro de uma mesma cultura, dependendo de fatores como idade, sexo, classe social e educação.

É possível ter situações ou lugares diferentes onde um comportamento pode

ser apropriado e outro não. Não há uma regra absoluta de habilidade social, cada

local e situação exigirão uma competência social.

(37)

5 DISCUSSÃO

A partir dos resultados apresentados, foi possível identificar algumas técnicas da TCC utilizadas para o tratamento da fobia social, descritas em artigos publicados nos últimos 10 anos. As técnicas encontradas foram: reestruturação cognitiva, exposição, treino de habilidades sociais, treino em tarefa de concentração, relaxamento, experimentos comportamentais, dramatização, cartão de enfretamento, respiração diafragmática, dessensibilização, tarefa para casa, automonitoramento ou RPD, psicoeducação, protocolo Heimberg.

Ao serem comparadas as pesquisas de revisão de literatura de Mululo (2009), Gusmão (2013) e Barbieri (2011), foi identificado um maior número de técnicas cognitiva e comportamentais na revisão de Barbieri. Foram encontrados artigos realizados em diversos países como; Brasil, México, Canada, Suécia, Estado Unidos, Inglaterra, Japão, Austrália, Suíça e Turquia. Com isso foram identificadas as principais técnicas utilizadas para o tratamento da fobia social: reestruturação cognitiva e exposição.

Ao serem comparados os estudos de casos de Muller (2015) e Almeida (2014), observou-se que as técnicas utilizadas para intervenção dos dois casos foram diferentes de uma da outra. Também se destacam duas técnicas que não foram mencionadas em outros artigos. Muller com a técnica de dramatização e Almeida com a técnica de cartão de enfretamento.

Foi possível verificar que não há consenso na literatura sobre um padrão de técnicas ou modelo a ser seguido para tratamento da fobia social. Por outro lado, os estudos demonstraram algumas técnicas, tanto cognitivas como comportamentais, que são mais utilizadas pelos psicoterapeutas como: reestruturação cognitiva, exposição, treino de habilidades sociais e relaxamento. Outro aspecto importante é que nos últimos dez anos não houve nenhuma técnica inovadora para esse tipo de transtorno, as mesmas técnicas encontradas em 2009 são utilizadas nos artigos mais recentes.

Através desse estudo foi possível verificar que, nos últimos dez anos, há

poucas pesquisas realizadas sobre a terapia cognitivo-comportamental relacionada

à fobia social. Portanto, sugere-se que sejam realizadas mais pesquisas sobre TCC

(38)

e fobia social, bem como sejam estabelecidos protocolos e modelos de tratamento para esse tipo de transtorno.

(39)

6 CONSIDERAÇOES FINAIS

O estudo realizado possibilitou identificar e conhecer as técnicas cognitivas e comportamentais utilizadas no tratamento da fobia social nos últimos dez anos. O estudo apontou catorze técnicas encontradas. Também foi possível conhecer as principais técnicas utilizadas para o tratamento: reestruturação cognitiva, exposição, treino de habilidades sociais e relaxamento.

Foram encontrados poucos estudos que explorassem sobre a técnica cognitiva

comportamental para tratamento da fobia social nos últimos 10 anos. Então, sugere-

se que sejam feitas mais pesquisas para contribuir com novas técnicas e modelos

de tratamento para esse tipo de transtorno e que uma pesquisa mais abrangente,

englobando pesquisas em todos os anos anteriores a 2019, seja realizada.

(40)

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(43)

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu Alberto Josmar dos Santos, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob o título “Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento da fobia Social”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo- Comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, __________de ___________________de______.

_______________________

Assinatura do (a) Aluno (a)

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