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Iniciação ao Para-Badminton : proposta de atividades baseada no programa de ensino "Shuttle Time"

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Educação Física

ALINE MIRANDA STRAPASSON

INICIAÇÃO AO PARA-BADMINTON: PROPOSTA DE ATIVIDADES BASEADA NO PROGRAMA DE ENSINO “SHUTTLE TIME”

CAMPINAS 2016

(2)

ALINE MIRANDA STRAPASSON

INICIAÇÃO AO PARA-BADMINTON: PROPOSTA DE ATIVIDADES BASEADA NO PROGRAMA DE ENSINO “SHUTTLE TIME”

Tese apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutora em EDUCAÇÃO FÍSICA na área de ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA,

e

Thesis presented to Physical Education College of the Campinas State University in partial fulfillment of requirements for Doctor Degree, in ADAPTED PHYSICAL ACTIVITY AREA.

Orientador: EDISON DUARTE. ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA POR ALINE MIRANDA STRAPASSON, E ORIENTADA PELO PROFESSOR DR. EDISON DUARTE.

CAMPINAS 2016

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COMISSÃO EXAMINADORA

Dr. Edison Duarte

Dr. José Júlio Gavião de Almeida

Dr. Sérgio Stucchi

Dra. Keiko Verônica Ono Fonseca

Dr. Valber Lazaro Nazareth

A Ata da Defesa, assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica do aluno.

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AGRADECIMENTOS

Os meus sinceros agradecimentos à (ao, aos)... ...Deus, pela perfeita vida que me permite viver;

...meus pais José Luiz Strapasson e Neiza Miranda Strapasson, por não terem medido esforços na minha criação e educação, por me proporcionarem o melhor e pelo infinito amor. Amo vocês;

...minha imensa família, pela honestidade, generosidade e simpatia. Tenho muito orgulho de fazer parte de um grupo de pessoas tão especiais;

...minha querida ex-professora do curso de Educação Física da Faculdade de Palmas – PR, Sandra M. F. de Carvalho Martins, pelo carinho e incentivo aos primeiros passos de uma vida acadêmica;

...Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), meu primeiro emprego. Foi nessa escola que aprendi a amar, respeitar e entender a minha profissão: PROFESSORA. Ser professor de Educação Física Adaptada exige conhecimento, paciência, versatilidade, criatividade e vontade de evoluir, pois nossos “aluninhos” especiais merecem o melhor sempre;

...meu amigo Lucinar J. F. Flores, por ter me apresentado o Badminton e insistido para que eu jogasse com ele. Valeu Jupir!;

...meu primeiro técnico de Badminton, Valdecir Barbosa e aos meus primeiros colegas de equipe (Fabi, Fer, Camila, Lúcia, Tati, Alisson, Dú, Claysson...);

...Universidade Paranaense – UNIPAR Campus Toledo, que permitiu a inserção de uma modalidade desconhecida no Projeto de Atividade Motora Adaptada (AMA), em março de 2010. Mal sabia o sucesso que o tal Para-Badminton (PBd) se tornaria;

...meus ex-alunos do Curso de Educação Física da UNIPAR e estagiários, que iniciaram a caminhada do PBd junto comigo: Fábio Bento dos Santos, Fábio Bremm, Rodolfo Silva de Oliveira, Tatiane Pereira, Tatiana De Paris e Jefferson Machineski, bem como todos os acadêmicos que ajudaram;

...Jaime Reis, meu primeiro aluno de PBd e todos os alunos e atletas de PBd que tive desde o ano de 2010;

...Breno Johann, meu segundo aluno de PBd e o mais novo. Iniciou com sete anos de idade, em março de 2010 e me proporcionou muitas alegrias e orgulho;

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...Paulo Ricardo Franco, o atleta de PBd mais guerreiro que tive a oportunidade de conhecer e o privilégio de ser técnica;

...Eliseu Machado (ex-presidente da Federação Paranaense de Badminton) pelo apoio que sempre deu à nossa equipe;

...Létisson Samarone Pereira (ex-diretor Técnico do PBd da Confederação Brasileira de Badminton), que recebeu a mim, aos meus auxiliares/estagiários e aos meus atletas de portas abertas e nos ensinou muitas coisas sobre esse esporte tão fascinante. Obrigada meu amigo!;

...Professor Edison Duarte, que aceitou orientar um trabalho de doutorado relacionado ao PBd na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Além disso, agradeço pelas longas e agradáveis conversas, pelo imenso coração, pelo conhecimento que transmite e pela paz que nos proporciona. Professor, você é o melhor professor que eu tive!;

...minha amiga Marta Lopes, pela disponibilidade em repassar todo o seu conhecimento sobre o Badminton, por me aceitar na sua equipe (SANKALP), por dividir comigo momentos tão especiais, por ser tão especial e por abraçar a causa PBd junto comigo. Amo você;

...“galerinha” da SANKALP pela receptividade, pela cumplicidade e pelo empenho no Badminton,

...FEBASP (Federação Paulista de Badminton) pelo convite para ser Diretora Técnica de PBd em São Paulo e tentar alavancar o esporte no estado;

...meus alunos de PBd da UNICAMP que permitem o desenvolvimento do meu estudo de doutorado e garantem muito aprendizado e sorrisos (Antônio, Gustavo, Alexandre, Bruninho, Kaiky, Luiz Henrique, Marcos, Fernando, Alberto, Luquinhas, Júlio, Pedro, Maria e Carlão);

...em especial a pequena estrela Marina, uma doce criança que venceu um tumor maligno na medula espinhal, diagnosticado antes do seu 10º mês de vida, e hoje brilha sobre sua linda cadeira de rodas cor de rosa. Para você princesa, todo o meu amor;

...grupo de amigos e colegas do Laboratório de Atividade Motora Adaptada (LAMA) da Faculdade de Educação Física (FEF) da UNICAMP que estão sempre lutando pelo bom desenvolvimento do esporte para as pessoas com deficiência e sua acessibilidade;

...professor Gavião, comediante, coelhinho da Páscoa, papai Noel... Obrigada por me receber no seu grupo com tanto entusiasmo, carinho e principalmente com tantos doces e cocadas. Você é demais!;

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...minhas amigas Gabriela, Jalusa, Mariane, Priscila, Mariana, Flávia, Sidi, Camila e amigos Paraná, Vinícius, João Paulo, Richard Perot, Jesus, Marcelo Romano pela companhia, pelos puxões de orelha, pelo ombro, pelos conselhos, pelos trabalhos, pelos churrascos, encontros, cinema, congressos, pelas viagens, passeios, caminhadas, enfim, por tudo o que dividimos juntos. Vocês foram fundamentais nessa nova fase da minha vida;

...minhas amigas, irmãs de coração, que tanto amo e sempre estão comigo dividindo tudo: Tati, Nádia, Tatinha, Nalva, Dcheimy, Sandra, Sil, Kátia, Heloísa, Drica, Adri, Flavinha, Dé, Jack, Gabi, Katis, Aninha, Dangui, Clara, Camila, Raquel... O que seria de mim sem vocês?;

...comissão examinadora do meu estudo. Tenho certeza que a contribuição de cada um dos professores escolhidos vai tornar a pesquisa muito mais útil, acessível e relevante à todos que precisam entender e querem aplicar o PBd para pessoas com deficiência.

Obrigada à todos vocês pelo papel tão importante que exerceram ou exercem em minha vida!

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STRAPASSON, Aline Miranda. Iniciação ao Para-Badminton: proposta de atividades baseada no programa de ensino “Shuttle Time”. Doutorado em Educação Física. Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas. Campinas. 2016. 138f.

RESUMO

O Para-Badminton (PBd) é um esporte adaptado que oportuniza a prática da modalidade como forma de lazer ou esporte para as pessoas com deficiência. As regras básicas da modalidade são as mesmas do Badminton convencional, contendo algumas adaptações para atender a população com deficiência física (DF). No PBd os jogadores são classificados em seis categorias, com duas classes esportivas destinadas a usuários de cadeira de rodas (UCR), e quatro classes para não UCR. Uma das formas de divulgação e massificação do Badminton pelo mundo proposta pela Federação Mundial de Badminton (Badminton World Federation) é o Programa de Ensino de Badminton chamado “Shuttle Time”. Os recursos didáticos do programa consistem em um manual para o professor, 22 planos de aula com mais de 100 vídeos instrutivos sobre as atividades propostas com objetivo de orientar professores a desenvolver habilidades, conhecimento e confiança para planejar e oferecer segurança e diversão nas aulas de Badminton. Vale salientar que não há método específico de ensino para o esporte em sua versão adaptada e que o PBd fará parte do quadro de modalidades Paralímpicas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Este estudo é resultado de uma pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso avaliativo e descritivo, com abordagem qualitativa, no qual seis crianças e adolescentes com DF fizeram parte da amostra. O objetivo geral foi aplicar o referido programa de ensino de Badminton para pessoas com DF; adaptar algumas atividades propostas pelo programa e descrever as sugestões de adaptação. Enriquecer, incrementar e estender o “Shuttle Time” com mais atividades, pensando além do que já foi criado, fez parte dos objetivos específicos. Após a aplicação das 22 aulas de Badminton propostas pelo “Shuttle Time”, verificou-se que o mesmo não foi adequado para as duas crianças com DF participantes deste estudo (S3 e S4), que não estavam aptas, em termos de desenvolvimento motor, para realizá-las. Em relação aos sujeitos 1 e 2 (S1 e S2), das 92 atividades aplicadas pelo programa, 30 necessitaram de adaptações, modificações ou ajustes para o S1 e 21 para o S2, já sugeridas no texto. As contribuições desta pesquisa remetem a ampliação do programa de ensino “Shuttle Time” para as pessoas com DF, pois incrementá-lo com mais atividades pode atender melhor as crianças com DF, favorecendo o ensino do Badminton para esta população, permitindo a prática da modalidade por um maior número de pessoas e suas diversidades.

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STRAPASSON, Aline Miranda. Initiation of Para-Badminton: activity proposal based on educational program "Shuttle Time". Doctorate Degree in Physical Education. Physical Education Faculty. University of Campinas - UNICAMP. Campinas, SP, Brazil. 2016. 138f.

ABSTRACT

Para-Badminton (PBd) is an adapted sport which provides opportunities to practice as a way of leisure or sport for disabled people. The same conventional Badminton rules are basic of PBd within some adaptations to practice for people with physical disabilities (PD). Players are classified in six sports classes in PBd, two classes to wheelchair users (WU) and four classes to non WU. One of the ways of Badminton dissemination and massification around the world, proposed by Badminton World Federation, is “Shuttle Time” Badminton Teaching Program. Didactic resources Program has a manual to coach, 22 class plans with more than 100 instructive videos about activities in order to guide coaches to develop skills, knowledge and confidence to plan and offer safety and fun in Badminton classes. There isn’t specific teaching method to the PBd and this game will be part of the Paralympic modalities framework in Tokyo Paralympic Games, next 2020. This is an evaluative and descriptive study, with qualitative approach, and six volunteers with PD participated in this research. The goal was to apply the “Shuttle Time” Program for persons with PD; to adapt activities proposed if necessary and describe suggestions for adaptations. To improve, increase and extend the “Shuttle Time” with activities, thinking beyond what has already been created was part of the specific goals. After developing 22 Badminton classes proposed by the “Shuttle Time”, it was noticed that program was not suitable for two children with PD, participants (S3 and S4), because they were not able in motor development to go through them. After to apply 92 activities of the program to other participants (S1 and S2), for S1 30 adaptations, modifications or adjustments were necessary and 21 for S2, already suggested in this study. This research has contributions by increment “Shuttle Time” Teaching Program for persons with PD with more activities, might better attend children, teaching of Badminton to this population, allowing practice this modality by a higher number of persons.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Quadra de Badminton...28

Figura 2 – Rede de Badminton...29

Figura 3 – Raquete de Badminton...29

Figura 4 – Petecas de Badminton, pena e nylon...29

Figura 5 – Trajetória da peteca nos diferentes tipos de golpes...31

Figura 6 – Empunhaduras do Badminton - Forehand e Backhand...31

Figura 7 – Ilustração da quadra de Badminton adaptada para as classes WH1 e WH2 individual...33

Figura 8 – Ilustração da quadra de Badminton adaptada para as classes WH1 e WH2 duplas...34

Figura 9 – Cadeiras de rodas de PBd...34

Figura 10 – Ilustração da quadra de Badminton adaptada para a classe SL3 individual...35

Figura 11 – Logomarca do 1º Campeonato Panamericano de PBd...40

Figura 12 – Seleções Brasileiras de Badminton e PBd participantes do Panamericano em Curitiba...40

Figura 13 – Logomarca do evento e Seleção Brasileira de PBd no 8º Campeonato Mundial na Guatemala. Técnicos: Aline Miranda Strapasson, Létisson Samarone Pereira e Luiz de França. Atletas: Gabriel Janini e Karen Sakayo...41

Figura 14 – Seleção Brasileira no Mundial de PBd da Guatemala 2011...41

Figura 15 – Seleção Brasileira no Mundial de PBd da Alemanha 2013...44

Figura 16 – Seleção Brasileira no Mundial de PBd da Inglaterra 2015...44

Figura 17 – Cintya Oliveira e seu técnico Fábio Bento dos Santos após a premiação...45

Figura 18 – Cintya Oliveira...45

Figura 19 – Estrutura do Programa “Shuttle Time” ...56

Figura 20 – 4ª atividade da L1, manter o balão no ar...64

Figura 21 – 4ª atividade da L2, rebater petecas lançadas pelo parceiro...65

Figura 22 – 5ª atividade da L3, golpes próximos à rede...67

Figura 23 – 3ª atividade da L5, após tentativa de acertar o alvo...69

Figura 24 – 3ª atividade da L7, serviço de backhand com alvo...71

(11)

Figura 26 – Deslocamento em cadeira de rodas...90

Figura 27 – Deslocamento em cadeira de rodas...90

Figura 28 – Deslocamento em cadeira de rodas...90

Figura 29 – Deslocamento em cadeira de rodas...90

Figura 30 – Deslocamento em cadeira de rodas...90

Figura 31 – Deslocamento em cadeira de rodas...91

Figura 32 – Deslocamento em cadeira de rodas...91

Figura 33 – Deslocamento em zig-zag...91

Figura 34 – Deslocamento em zig-zag...91

Figura 35 – Deslocamento em zig-zag...91

Figura 36 – Deslocamento em cadeira de rodas...91

Figura 37 – Deslocamento em cadeira de rodas...92

Figura 38 – Pega e volta...92

Figura 39 – Pega e volta...92

Figura 40 – Jogo da velha...93

Figura 41 – Jogo da velha...93

Figura 42 – Jogo da velha...93

Figura 43 – Coelhinho sai da toca...94

Figura 44 – Coelhinho sai da toca...94

Figura 45 – Elefante colorido...94

Figura 46 – Elefante colorido...94

Figura 47 – Prende-prende...95

Figura 48 – Prende-prende...95

Figura 49 – Atenção...96

Figura 50 – Atenção...96

Figura 51 – Lançar o tule para cima...96

Figura 52 – Lançar o tule para cima...96

Figura 53 – Lançar o tule para o colega...97

Figura 54 – Com dois tules, lançar para o colega ao mesmo tempo e receber...97

Figura 55 – Jogar o balão para cima...98

Figura 56 – Dar leves batidas no balão...98

Figura 57 – Dar leves batidas no balão...98

Figura 58 – Bolas variadas...99

(12)

Figura 60 – Arremessar bolas...99

Figura 61 – Boliche...100

Figura 62 – Boliche...100

Figura 63 – Lançar a bola para o colega e receber...100

Figura 64 – Lançar a bola para o colega e receber...100

Figura 65 – Pega e volta...101

Figura 66 – Pega e volta...101

Figura 67 – Pega e volta...102

Figura 68 – Pega e volta...102

Figura 69 – Lançar petecas uns para os outros...102

Figura 70 – Lançar petecas uns para os outros...102

Figura 71 – Lançar petecas uns para os outros...102

Figura 72 – Lançar petecas uns para os outros...102

Figura 73 – Lançar petecas uns para os outros...103

Figura 74 – Lançar petecas uns para os outros...103

Figura 75 – Acertar o balão...104

Figura 76 – Acertar o balão...104

Figura 77 – Goleiro de petecas...104

Figura 78 – Goleiro de petecas...104

Figura 79 – Caçador de petecas...105

Figura 80 – Caçador de petecas...105

Figura 81 – Caçador de petecas...105

Figura 82 – Caçador de petecas...105

Figura 83 – Bola giratória...106

Figura 84 – Bola giratória...106

Figura 85 – Bola giratória...106

Figura 86 – Bola giratória...106

Figura 87 – Rebater petecas com a mão...106

Figura 88 – Rebater petecas com a mão...106

Figura 89 – Balão e raquete com palito fixado...108

Figura 90 – Fura balão...108

Figura 91 – Fura balão...108

Figura 92 – Fura balão...108

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Figura 94 – Cata objetos...109

Figura 95 – Cata objetos...109

Figura 96 – Passaguá ou coador de pesca...110

Figura 97 – Pegar tules com o passaguá...110

Figura 98 – Pegar petecas com o passaguá...110

Figura 99 – Pegar petecas com o passaguá...110

Figura 100 – Derruba petecas...111

Figura 101 – Derruba petecas...111

Figura 102 – Varrer petecas...111

Figura 103 – Varrer petecas...111

Figura 104 – Caçador com petecas e raquetes...112

Figura 105 – Caçador com petecas e raquetes...112

Figura 106 – Caçador com petecas e raquetes...112

Figura 107 – Caçador com petecas e raquetes...112

Figura 108 – Sacar...113

Figura 109 – Sacar...113

Figura 110 – Sacar no alvo...113

Figura 111 – Sacar no alvo...113

Figura 112 – Badminton de balão...114

Figura 113 – Badminton de balão...114

Figura 114 – Defesa do arco...114

Figura 115 – Defesa do arco...115

Figura 116 – Saque no alvo...115

Figura 117 – Saque no alvo...115

Figura 118 – Rebater petecas com raquete...116

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classes Esportivas, principais características e DF elegíveis do PBd...33 Tabela 2 – Países filiados a Federação Mundial de Badminton...35 Tabela 3 – Campeonatos Mundiais de Para-Badminton...36 Tabela 4 – Principais informações sobre os Campeonatos Nacionais e Internacional de PBd

no Brasil...42

Tabela 5 – Competições Internacionais de PBd com participação do Brasil...43 Tabela 6 – Divisão dos módulos do manual do professor para o ensino do Shuttle Time...55 Tabela 7 – Dados dos sujeitos da pesquisa...60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Principais golpes do Badminton e conceitos...30

Quadro 2 – Literatura sobre PBd...37

Quadro 3 – Cores e suas respectivas representações...56

Quadro 4 – Sessão, conteúdo técnico e físico do Programa “Shuttle Time”...57

Quadro 5 – Resultado das cinco atividades da lição 1...64

Quadro 6 – Resultado das cinco atividades da lição 2...65

Quadro 7 – Resultado das cinco atividades da lição 3...66

Quadro 8 – Resultado das quatro atividades da lição 4...68

Quadro 9 – Resultado das cinco atividades da lição 5...68

Quadro 10 – Resultado das quatro atividades da lição 6...70

Quadro 11 – Resultado das cinco atividades da lição 7...70

Quadro 12 – Resultado das quatro atividades da lição 8...71

Quadro 13 – Resultado das cinco atividades da lição 9...72

Quadro 14 – Resultado das quatro atividades da lição 10...73

Quadro 15 – Resultado das oito atividades das lições 11 e 12...75

Quadro 16 – Resultado das quatro atividades da lição 13...77

Quadro 17 – Resultado das quatro atividades da lição 14...77

Quadro 18 – Resultado das quatro atividades da lição 15...78

Quadro 19 – Resultado das cinco atividades da lição 16...79

Quadro 20 – Resultado das quatro atividades da lição 17...80

Quadro 21 – Resultado das três atividades da lição 18...80

Quadro 22 – Resultado das quatro atividades da lição 19...82

Quadro 23 – Resultado das três atividades da lição 20...83

Quadro 24 – Resultado das três atividades da lição 21...83

Quadro 25 – Resultado das três atividades da lição 22...84

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AMA – Atividade Motora Adaptada

APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais BAd – Badminton Adaptado

BWF – Federação Mundial de Badminton

CAAE – Certificado de Apresentação para Apreciação Ética CBBd – Confederação Brasileira de Badminton

CEPEUSP – Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo CETEFE – Centro de Treinamento de Educação Física Especial

CF – Classificação Funcional CR – Cadeira de Rodas DA – Deficiência Auditiva

DCR – Deslocamento em Cadeira de Rodas DI – Deficiência Intelectual

DF – Deficiência Física EB – Espinha Bífida

EBA – Espinha Bífida Aberta EF – Educação Física

FEF – Faculdade de Educação Física FBB – Federação de Badminton de Brasília FEBASP – Federação Paulista de Badminton

IBAD – Associação Internacional de Badminton para Deficientes IBF – Federação Internacional de Badminton

IPC – Comitê Olímpico Internacional L – Lição

L1 a L22 – Lição 1 a 22 LM – Lesão Medular M – Módulo

M5 a M8 – Módulo 5 a 8 MMIIs – Membros Inferiores MMSSs – Membros Superiores PBd – Para-Badminton

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PC – Paralisia Cerebral PD – Pessoa com Deficiência SESC – Serviço Social do Comércio S1 a S6 – Sujeitos 1 a 6

SI9 – Classe Esportiva para Deficientes Intelectuais (Standing Intellectual Disability Sport

Class)

SL3 e SL4 – Classe Esportiva para não usuários de cadeira de rodas (Standing Lower Limb

Sport Class)

SU5 – Classe Esportiva para não usuários de cadeira de rodas (Standing Upper Limb Sport

Class)

SS6 – Classe Esportiva para anões (Short Stature Sport Class) TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

T2 – 2ª Vértebra Torácica T6 – 6ª Vértebra Torácica

UCR – Usuário de Cadeira de Rodas

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas UNIPAR – Universidade Paranaense

V – Vídeo

V1 a V5 – Vídeo 1 a 5

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...20

1 INTRODUÇÃO...22

2 REVISÃO DE LITERATURA...25

2.1 O Badminton...25

2.1.1 Contexto Histórico da Modalidade...25

2.1.2 Considerações Históricas do Badminton no Brasil...27

2.1.3 Principais Equipamentos, Regras e Fundamentos do Badminton...28

2.2 O Para-Badminton...32

2.2.1 Considerações Gerais sobre o Para-Badminton...32

2.2.2 O Para-Badminton no Brasil...38

2.2.2.1 Considerações históricas...38

2.2.2.2 Considerações gerais e atualidades...41

2.3 Noções Gerais sobre Deficiência Física...45

2.3.1 Lesão Medular...46 2.3.2 Poliomielite...48 2.3.3 Espinha Bífida...49 2.3.4 Paralisia Cerebral...50 2.3.5 Amputação...51 2.3.6 Nanismo...52

2.4 “Shuttle Time”: um Programa de Badminton Escolar...53

3 MÉTODO...58

3.1 Caracterização da pesquisa...58

3.2 Considerações éticas...58

3.3 Instrumento para coleta de dados...59

3.4 Participantes do estudo...59

3.5 Procedimentos para coleta e análise dos dados...60

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...62

4.1 Aplicação e Adaptação do “Shuttle Time”...62

4.1.1 Relato das dez aulas iniciais...63

4.1.2 Relato das duas aulas do módulo 6 (M6)...74

(19)

4.1.4 Relato das quatro aulas do módulo 8 (M8)...81

4.2 Proposta de Atividades para o ensino do Para-Badminton como complemento ao “Shuttle Time”...85

4.2.1 Manejo em cadeira de rodas/Deslocamentos para UCR e não UCR...89

4.2.2 Atividades com petecas (e tules, balões, bolas de plástico, de meia, bolas esportivas)...96

4.2.3 Atividades com Raquetes (e outros objetos)...107

4.2.4 Atividades com Raquetes e Petecas...109

5 CONCLUSÃO...118

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...120

APÊNDICES...130

Apêndice I - Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)...131

ANEXOS...133

(20)

APRESENTAÇÃO

O esporte começou a fazer parte da minha vida aos cinco anos de idade, quando meus pais me matricularam em uma escola de Karatê, na cidade de Palmas – PR. Aos 12 anos migrei para o basquetebol e nele permaneci, competitivamente, por 20 anos.

Escolhi o curso de Educação Física (EF) como formação profissional por amor ao basquete, mas a vida me presenteou com um rumo jamais imaginado: o ensino especial. Um ano antes de concluir a graduação, ingressei no mercado de trabalho. Fui contratada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE em abril de 1997.

Há 19 anos atuo com EF e esportes adaptados para pessoas com deficiência (PD) e há seis anos trabalho especificamente com o Para-Badminton (PBd).

Porém, a minha história no Badminton começou tarde, mais especificamente em meados de 2009 no município de Toledo. Mas, antes disso, gostaria de descrever como fui parar no oeste do Paraná.

No final de 2006 fui indicada por um ex-colega da APAE de Toledo para ocupar o seu lugar na Universidade Paranaense – UNIPAR. Viajei para fazer uma entrevista e em janeiro de 2007 firmei contratação.

A UNIPAR me proporcionou muitas oportunidades. Além das quatro disciplinas que ministrei durante seis anos, coordenei o projeto de extensão universitária chamado AMA (Atividade Motora Adaptada). Nesse projeto, atendíamos semanalmente 150 pessoas com as mais variadas deficiências. As atividades oferecidas eram: Estimulação Psicomotora, Handebol em Cadeira de Rodas, Atividades Aquáticas, Tênis de Mesa, Capoeira e Dança. O projeto AMA era a vitrine da Instituição.

Um dia, por constante insistência de um colega para jogar um esporte chamado Badminton, resolvi ceder. Não vi essa modalidade na Faculdade de EF, nunca havia assistido um jogo, não conhecia as regras, nem tinha pegado em uma raquete ou peteca. Para falar a verdade tinha apenas o pré-conceito de que era chato.

O Badminton me enganou! Gostei tanto que comecei a praticar. E graças ao meu amigo Lucinar, surgiu a ideia pioneira no estado do Paraná de começar a desenvolver o Badminton para pessoas com deficiência física (DF).

Dia 11 de março de 2010, no ginásio da UNIPAR, com um aluno usuário de cadeira de rodas (UCR) e sem o mínimo de conhecimento, começamos a desenvolver uma

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espécie de Badminton Adaptado. A modalidade foi incluída no rol de atividades do projeto AMA e logo a nossa equipe estava repleta de alunos com DF.

Atualmente quatro dos atletas que iniciaram no projeto AMA compõe a seleção Brasileira de PBd e a primeira medalhista do Brasil em Campeonato Mundial é uma delas, demonstrando a importância de projetos de iniciação esportiva para PD, considerando a sua escassez em nosso país.

Desde o ano 2013, após aprovação no processo seletivo de doutorado da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com um projeto sobre iniciação ao PBd, tenho me dedicado aos estudos relacionados ao esporte e a disseminação desse tema.

Espero que este trabalho possa contribuir, de forma significativa, com professores e técnicos que desejam inserir o PBd em seus programas de esportes adaptados, bem como oportunizar a prática de mais uma modalidade extremamente acessível e agradável para a população com deficiência.

Ressalta-se aqui que, recentemente, o PBd entrou no quadro de modalidades para os Jogos Panamericanos do Peru 2019 e Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e que há necessidade vigente de novas “escolas” de iniciação ao PBd, bem como informações sistematizadas sobre o processo de ensino desse esporte.

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1 INTRODUÇÃO

O Badminton é um esporte de raquete praticado no mundo todo. Foi demonstrado nos Jogos Olímpicos de Munique (1972) e Seoul (1988) e, tornou-se oficialmente Olímpico nos Jogos de Barcelona (1992), vinte anos depois da primeira demonstração em Olimpíadas (BWF, 2015a).

O jogo é dinâmico e muito rápido. O “Livro dos Recordes” (GUINNESS BOOK, 2013) registrou a velocidade da peteca de 493 quilômetros por hora, proferida em um golpe do atleta Tan Boon Heong, da Malásia.

O Badminton é disputado em uma área de jogo coberta, dividida em dois quadrantes separados por uma rede. Cada jogador tem posse de uma raquete específica para essa prática. O objetivo do jogo é golpear com a raquete uma pequena peteca com o intuito de computar pontos ao passá-la acima da rede e fazê-la cair no chão do lado adversário (DUARTE, 2000; DUARTE, 2003; ALMANAQUE ABRIL, 2005; FONSECA; SILVA, 2012).

No Brasil ainda é grande o número de pessoas que desconhecem o esporte, mas acredita-se que após as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, se torne um pouco mais conhecido. Alguns autores citam que os fatores que limitam a sua popularidade no país são: a falta de maior oferecimento de espaços e escasso número de profissionais capacitados para o ensino do Badminton; carência de material didático em língua portuguesa bem como pouca abordagem da modalidade nos currículos das Faculdades de Educação Física (EF), tanto na versão convencional quanto adaptada (ALVAREZ; STUCCHI, 2008; FONSECA; SILVA, 2012).

A Federação Mundial de Badminton (BWF) cita que o esporte é acessível para todos e deve ser incentivado (BWF, 2012a), pois é seguro e de baixo impacto; pode ser praticado por meninos e meninas, juntos ou separados; pessoas com deficiência (PD) podem jogar; auxilia no desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais, bem como no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social (BWF, 2013a).

Uma das formas de divulgação, massificação e popularização do Badminton pelo mundo proposta pela BWF é um Programa de ensino de Badminton escolar chamado “Shuttle

Time”. O referido programa pensado para o ensino formal das escolas também pode ser

aplicado no ensino informal pelos clubes, academias, praças públicas, centros esportivos entre outros espaços e Instituições.

(23)

O “Shuttle Time” permite que crianças de diferentes níveis de habilidades experimentem a essência do Badminton, sem conteúdos complicados para professores ou crianças que estão começando (BWF, 2013a). Mas, pensando na afirmação da BWF (2012a) de que o Badminton é um esporte para todos e na questão “diferentes habilidades”, será que o “Shuttle Time” é adequado para ensinar o Badminton às pessoas com deficiência física (DF)? Mesmo com esta alternativa de ensino por que poucas pessoas com DF estão usufruindo da prática dessa modalidade?

O nome oficial dado ao Badminton adaptado para PD é Para-Badminton (PBd), que foi reconhecido no ano de 1996 pela Associação Internacional de Badminton para Deficientes (IBAD, 2009). O PBd oportuniza a prática da modalidade como forma de lazer ou esporte para as pessoas com DF.

O PBd é regido pela BWF, responsável pelo desenvolvimento, regulamentação e gestão do Badminton e PBd internacionalmente e, como todo esporte adaptado1 para PD apresenta adaptações específicas, classificação funcional exclusiva para a modalidade e diferentes classes esportivas.

Em virtude da ascensão do esporte devido a inserção nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, das adaptações apropriadas para pessoas com DF, da escassez bibliográfica relacionada ao PBd e do reduzido número de profissionais que atuam nessa área, fomos levados a refletir sobre contribuições simples e concretas, que atinjam grande número de profissionais da área, expondo-lhes possibilidades que possam trazer subsídios ao incentivo e prática do PBd.

A meta desta pesquisa é realizar um trabalho que oriente aqueles que se dedicam ou pretendem dedicar-se ao ensino do PBd. Apresentam-se estratégias que assegurem uma caminhada adequada para a conquista da aprendizagem e de experiências cada vez mais específicas ao esporte adaptado.

Portanto, o objetivo geral do presente estudo foi aplicar o Programa de ensino “Shuttle Time” para pessoas com DF; adaptar as atividades propostas pelo programa quando necessárias e descrever tais adaptações. Além disso, teve-se como objetivos específicos: enriquecer, incrementar e estender o “Shuttle Time” pensando além do que já foi criado, pois incrementá-lo com mais atividades pode atender melhor crianças com DF, favorecendo o ensino do PBd para esta população.

1 Esporte adaptado: Refere-se ao esporte modificado, adaptado ou criado para suprir as necessidades de pessoas com deficiência (WINNICK, 2004).

(24)

O quadro teórico deste estudo foi baseado em quatro pontos principais: análise do objeto de estudo em questão (o Badminton em sua versão convencional e adaptada), estudo da população envolvida (DF), o Programa de Ensino “Shuttle Time” e uma proposta de atividades com o intuito de complementar o “Shuttle Time” e favorecer o ensino do PBd.

Busca-se com esse trabalho contribuir e incentivar estudos comprometidos com a ação educativa no e pelo esporte adaptado. Segundo Souza (1994), face ao importante papel que os esportes para DF passaram a desempenhar no contexto da educação, reabilitação e lazer das PD, sendo considerados por muitos como uma “bandeira de emancipação”, cabe ao Estado, à família e à sociedade e, em especial, por parte dos profissionais da área da saúde e educação, criação de condições de atendimento no âmbito escolar, hospitalar, do lazer, entre outros.

(25)

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O BADMINTON

2.1.1 Contexto Histórico da Modalidade

O Badminton é um esporte mais antigo do que se imagina. A origem é bastante antiga e difícil de ser totalmente esclarecida (NOGUEIRA, 2005), mas acredita-se que surgiu nas civilizações antigas da Ásia e Europa (BWF, 2015a). Segundo a BWF (2013a), o esporte existe há mais de dois mil anos.

Porém, foi na Índia que o “poona” um jogo parecido com o moderno Badminton, já havia sido desenvolvido em meados do século XIX. Oficiais britânicos, a serviço na Índia, em 1870, se divertiam conhecendo e praticando o “poona”. A aceitação foi tanta que os oficiais levaram o esporte à Inglaterra e começaram a desenvolvê-lo na casa de campo do Duque de Beaufort, em Gloucestershire, em 1873 (DUARTE, 1996; DUARTE, 2000; DUARTE, 2003; NOGUEIRA, 2005; BWF, 2015a). Os convidados do Duque divertiam-se em bater uma peteca de um lado para o outro, com uma raquete, por cima de uma rede, o maior tempo possível sem deixar a peteca cair (BWF, 2013a).

O esporte, então, foi modificado pelos ingleses em muitos dos seus aspectos. Por não entenderem muito bem as regras, criaram praticamente outro esporte.

Isso tudo aconteceu em uma propriedade privada chamada “Badminton House” (nome da casa de campo do Duque de Beaufort). Era uma tarde chuvosa e um dos militares propôs aos demais um jogo, utilizando raquetes de tênis em uma das salas do castelo. As bolas, isto é, o que se convencionou chamar de “bola”, eram as rolhas das garrafas de champanhe com penas incrustadas. Assim surgiu o esporte, em recinto fechado, com elementos do tênis e do “poona” (DUARTE, 1996; DUARTE, 2000; DUARTE, 2003). O nome atual foi adotado na década de 1870 por conta da sua origem na Badminton House (FONSECA; SILVA 2012).

A versão oficial do Badminton foi lançada em 1873 pelo Duque de Beaufort (ALMANAQUE ABRIL, 2005). Em 1874 o Bath Badminton Club já havia sido fundado e o novo jogo trazido da Índia colocou a base para as regras utilizadas nos dias atuais (NOGUEIRA, 2005).

(26)

Em 1877 foram estabelecidas normas básicas para o esporte, porém, somente em 1883 é que foram publicadas, na Inglaterra, as primeiras regras (DUARTE, 2000; ALMANAQUE ABRIL, 2005; BWF, 2013a), bem como a criação de uma Associação de Badminton (DUARTE, 2003; BWF, 2013a).

Em março de 1898, o primeiro Campeonato Aberto de Badminton foi realizado em Guildford, Inglaterra e no ano seguinte primeiro "All England" (BWF, 2015a).

Em 1934 foi fundada a Federação Internacional de Badminton (IBF) com a participação de nove membros: Canadá, Dinamarca, Inglaterra, França, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Escócia e País de Gales (NOGUEIRA, 2005; BWF, 2013a).

O primeiro grande torneio IBF foi a Thomas Cup (Campeonato Mundial por equipes masculina) em 1948. Desde então, o número de campeonatos pelo mundo têm aumentado com a adição da Uber Cup (Campeonato Mundial por equipes feminina), World

Championships (individuais), Sudirman Cup (equipes mistas), World Junior Championships e

o Grand Prix World Finals (BWF, 2015a).

Em 2006 a IBF mudou seu nome para Federação Mundial de Badminton (BWF) (BWF, 2013a).

A primeira vez que o Badminton figurou numa Olimpíada foi em 1972, em Munique, na Alemanha, como esporte de demonstração. Em 1988, na cidade de Seoul, Coréia do Sul, o Badminton foi novamente jogado como esporte de exibição (ALMANAQUE ABRIL, 2005; NOGUEIRA, 2005; BWF, 2013a).

Somente em 1992, nos Jogos Olímpicos em Barcelona, Espanha, o Badminton passou a ser reconhecido pelo Comitê Olímpico, como um esporte competitivo, valendo 15 medalhas (ouro, prata e bronze para cada uma das cinco categorias) (DUARTE, 2003; NOGUEIRA, 2005; BWF, 2013a). Nogueira (2005) destaca que a popularidade do esporte foi provada na ocasião, quando perto de um bilhão e cem milhões de pessoas assistiram, pela televisão aos oito dias de competição.

Portanto, desde 1992 o Badminton faz parte das edições dos Jogos Olímpicos como modalidade oficial. Atualmente, existem 183 países dos cinco continentes filiados à BWF e estima-se 50 milhões de jogadores no mundo (BWF, 2015b, 2016c).

(27)

2.1.2 Considerações Históricas do Badminton no Brasil

Pouco se sabe sobre a história do Badminton no Brasil devido a carência de material científico. Há relatos de que a primeira quadra oficial foi montada em 1938, na cidade de Santos – SP. Mas foi na década de 80 que novos pioneiros começaram a desenvolver o esporte de forma competitiva em Campinas e São Paulo (ARAÚJO, 2012; BRASIL, 2016).

De acordo com a Confederação Brasileira de Badminton – CBBd (2011a), a primeira exibição do esporte foi realizada em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1984, no SESC (Serviço Social do Comércio) de Pinheiros. Na época o Jornal Gazeta de Pinheiros deu cobertura ao evento que entrou para a história e foi a "petecada" inicial para o sucesso que o esporte é hoje no país.

No mesmo ano passou a ser praticado de forma competitiva, com a realização da “I Taça São Paulo”, organizada pela Associação Paulista de Badminton, com apoio da Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo (NOGUEIRA, 2005).

Em 1988 foi criada a Federação de Badminton de São Paulo (FEBASP), tendo como fundadores a Associação Esportiva Dragão, a Associação Brasileira “A Hebraica”, e o São Paulo Futebol Clube (NOGUEIRA, 2005).

A CBBd foi criada em 1993, pela iniciativa de três federações: Federação Paulista, Catarinense e a Federação de Badminton de Brasília. Neste mesmo ano, o Brasil ganhou sua primeira medalha de bronze no “Campeonato Panamericano”, realizado na Guatemala. Em 1994, a CBBd foi aceita pelo Comitê Olímpico Brasileiro como membro filiado (NOGUEIRA, 2005).

Atualmente existem 19 Federações brasileiras filiadas a CBBd, que são: Alagoas, Amapá, Amazonas, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins (CBBd, 2015a) somando um total de 1.062 (mil e sessenta e dois) atletas e para-atletas de ambos os gêneros (CBBd, 2016b).

Cada federação citada organiza e subsidia os campeonatos estaduais e a CBBd os campeonatos Nacionais divididos em 04 etapas por ano e em várias categorias (sub 11, sub 13, sub 15, sub 17, sub 19, Principal e PBd), auxiliando na divulgação e visibilidade do esporte pelo país.

O Brasil nunca disputou uma Olimpíada no Badminton, e a estreia do país nos Jogos será em 2016, no Rio de Janeiro (BRASIL, 2016).

(28)

Enfim, o jogo estabelece caminhos à serem aprendidos para começar a jogar e a ensinar. Com isso, na seção seguinte apresentam-se as regras, os fundamentos essenciais do Badminton e PBd e os principais golpes executados em quadra.

2.1.3 Principais Equipamentos, Regras e Fundamentos do Badminton

O Badminton é o esporte de raquetes mais rápido do mundo. É disputado em uma quadra retangular, com 13,40 metros de comprimento por 6,10 metros de largura, dividido por uma rede de 1,55 metros de altura fixada em postes ou suportes fora da área da quadra (Figuras 1 e 2). O ideal é que seja jogado onde não ocorram correntes de ar, interferindo no curso da peteca, como é o mais comum em quadras cobertas (CBBd, 2015b).

Cada jogador utiliza uma raquete específica para a modalidade (Figura 3) e o objetivo do jogo é rebater, por cima da rede, uma pequena peteca (Figura 4). O jogador que deixar a peteca cair dentro do seu lado da quadra ou rebater a peteca para fora da quadra adversária e a mesma cair no chão fora desses limites, perde a jogada (DUARTE, 2000; DUARTE, 2003; ALMANAQUE ABRIL, 2005; FONSECA; SILVA, 2012).

Figura 1: Quadra de Badminton. Fonte: CBBd (2015b).

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Figura 2: Rede de Badminton. Fonte: CBBd (2015b).

Figura 3: Raquete de Badminton. Fonte: CBBd (2015b).

A raquete, um dos principais equipamentos do Badminton, divide-se em cabeça (encordoamento), haste ou cabo e empunhadura ou grip. Pode ser de aço, alumínio ou grafite. Seu comprimento é 67 centímetros e deve pesar entre 85 a 110 gramas (CBBd, 2015b).

Em relação às petecas, existem as feitas com penas de ganso e as sintéticas, feitas de nylon. Fonseca e Silva (2012) citam que as petecas de pena são mais caras, duram menos, mas oferecem melhor qualidade de jogo (resposta aos golpes), ao contrário das sintéticas que são mais baratas, duram mais e são ideais para atividades recreativas e de iniciação esportiva. O peso varia entre 4,74 a 5,50 gramas e a altura entre 9 a 9,8 centímetros (CBBd, 2015b).

Figura 4: Petecas de Badminton, pena e nylon. Fonte: CBBd (2015b).

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Para começar o jogo, o juiz com uma moeda ou com a própria peteca, faz um sorteio e o vencedor tem a opção de servir (sacar) ou receber primeiro ou escolher o lado da quadra.

Os serviços são realizados na diagonal, como no tênis e, tanto nos jogos de simples quanto nos de duplas, inicia-se pelo lado direito da quadra de quem serve, que deve bater na peteca, na altura da cintura, obliquamente sobre a rede, para o seu lado esquerdo da quadra adversária (CBBd, 2015b; ARAÚJO, 2012).

Vencendo o ponto, continua sacando o mesmo jogador, devendo apenas inverter a sua posição na quadra (lado direito para pontos pares e lado esquerdo para os pontos ímpares). Após o serviço, não há restrição quanto ao tipo de batida (fundamento) na peteca, mas é proibido dar dois toques seguidos no mesmo lado da quadra, tanto em duplas como em simples (CBBd, 2015b; ARAÚJO, 2012).

As partidas são disputadas em até três games de 21 pontos. Em caso de empate em 20 a 20, o jogo é prolongado para 22 pontos. Caso empate em 21 a 21 o jogo é prolongado para 23 pontos (a diferença tem que ser de dois pontos) e assim até os 30 pontos máximos. Quem vencer primeiro dois games ganha a partida (DUARTE, 2000; DUARTE, 2003; ALMANAQUE ABRIL, 2005; FONSECA; SILVA, 2012; CBBd, 2015b).

Os principais golpes e/ou fundamentos utilizados no esporte são: serviço ou saque, clear, smash, lob, net-shot ou curta, drop e drive (Quadro 1).

Quadro 1: Principais golpes do Badminton e conceitos

Golpes Conceitos

Serviço ou saque Golpe realizado para iniciar o jogo e o rali (sequência de uma disputa de ponto). Deve ser realizado de um quadrante de serviço para outro diagonalmente oposto.

Clear É um golpe que se executa desde o fundo da quadra e a peteca descreve uma

trajetória de fundo a fundo. Pode ser defensivo ou ofensivo (Figura 5).

Smash É um golpe ofensivo realizado de qualquer parte da quadra. É a cortada

propriamente dita (Figura 5).

Lob Golpe que se executa perto da rede, desferido de baixo para cima e dirigido

para o alto e fundo da quadra.

Net-Shot ou Curta Golpe realizado de uma posição próxima da rede com trajetória da peteca

mais perto possível da rede em altura e distância (Figura 5).

Drop

É um golpe usualmente realizado do fundo da quadra e que força uma trajetória descendente da peteca, devendo esta cair, invariavelmente, logo após a rede (Figura 5).

Drive

Golpe ofensivo, mais usado nos jogos de dupla, desferido com velocidade, na qual a trajetória da peteca é paralela ao solo, próxima a borda superior da rede (Figura 5).

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Figura 5: Trajetória da peteca nos diferentes tipos de golpes Fonte: BRAHMS ([s.a.], p.33).

Os referidos golpes podem ser executados com as empunhaduras (forma como se pega a raquete) de forehand (universal ou básica), backhand (Figura 6) e mista, dos lados direito e esquerdo e na frente do corpo; em diferentes alturas: abaixo da linha da cintura, na linha do tronco e acima da cabeça (FONSECA; SILVA, 2012).

Figura 6: Empunhaduras do Badminton - Forehand e Backhand. Fonte: Badminton Information (2012), adaptado pela pesquisadora.

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O Badminton é jogado nas modalidades: simples masculina, simples feminina, dupla masculina, dupla feminina e dupla mista (COB, 2011).

Enfim, é uma modalidade que pode ser praticada com intuito de lazer e/ou competição, podendo ser praticado tanto por crianças, como por jovens ou adultos, homens e mulheres, com deficiência ou não. Para Araújo (2012) é uma atividade altamente sociável e de fácil assimilação, as pessoas logo após serem introduzidas ao jogo podem praticá-lo com sucesso.

2.2 O PARA-BADMINTON

2.2.1 Considerações Gerais sobre o Para-Badminton

O Para-Badminton (PBd) é um esporte formado à partir da adaptação do Badminton convencional e está em ascensão no Brasil e no mundo.

A Associação Internacional de Badminton para Deficientes (IBAD, 2009) reconheceu o PBd para as pessoas que têm deficiência física (DF) no ano de 1996. Somente em junho de 2011 que a Federação Mundial de PBd (antiga IBAD) foi integrada a BWF (MYO-JUNG; MYUNG-WON, 2012), entidade que rege ambas modalidades.

O PBd apresenta-se como modalidade com futuro promissor, tendo em vista que fará sua estréia nos Jogos Paralímpicos em Tóquio 2020, após a aprovação do Conselho de Administração do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) em reunião no dia 07 de outubro de 2014 (Berlim, Alemanha) (IPC, 2014).

As regras básicas do esporte são as mesmas do Badminton convencional, regidas pela BWF, apresentando algumas adaptações para atender a população com DF (BWF, 2013b). Tais adaptações estão relacionadas: às categorias ou classes esportivas (de acordo com a classificação funcional), à quadra (diminuição da área de jogo em três categorias) e aos equipamentos adicionais (cadeira de rodas, muletas e próteses) (BWF, 2013c).

No PBd os jogadores com DF são classificados em três diferentes grupos que incluem seis classes esportivas, duas destinadas a usuários de cadeira de rodas (UCR) e quatro destinadas a não UCR, apresentados na Tabela 1.

(33)

Tabela 1: Classes Esportivas, principais características e DF elegíveis do PBd

Classes esportivas e principais características Principais DF elegíveis

Wheelchair

Sport Classes UCR

WH1 WH2

Necessidade de redução do tamanho

da quadra e uso de cadeira de rodas. Lesão medular, Poliomielite, Espinha bífida, Paralisia cerebral, Distrofia muscular,

Amputação, Lesão de Plexo Braquial, Má-formação dos membros, Baixa estatura ou

nanismo.

Standing

Sport Classes Não

UCR

SL3 Necessidade de redução do tamanho da quadra.

SL4 SU5 SS6

Não existe redução do tamanho da quadra.

Short Stature Sport Classes

Fonte: BWF (2012c), PETRINOVIC (2014).

É importante citar que a classificação funcional deve ser feita de maneira transparente, por profissionais capacitados pela BWF (médicos, fisioterapeutas e profissionais de EF), permitindo que os jogadores com similar condição possam competir de maneira igualitária e justa (MYO-JUNG; MYUNG-WON, 2012; HAIACHI, 2013).

Na classe WH1 participam UCR com equilíbrio corporal moderado ou ruim, e na classe WH2 UCR com bom equilíbrio. Nestas categorias, a quadra tem redução de tamanho (4,72m x 3,05m) (Figuras 7 e 8) e não se usa o tapete de PVC (antiderrapante) comumente usado nos jogos dos demais atletas, pois o mesmo limita a movimentação das rodas da cadeira.

Figura 7: Ilustração da quadra de Badminton adaptada para as classes WH1 e WH2 individual. Fonte: BWF (2013b), com ilustrações da autora.

(34)

Figura 8: Ilustração da quadra de Badminton adaptada para as classes WH1 e WH2 de duplas. Fonte: BWF (2013b), com ilustrações da autora.

De acordo com a BWF (2012c), a cadeira de rodas deve ser específica para a modalidade (BWF, 2013c) (Figura 9). Cabe citar que o diferencial da cadeira de PBd são os estabilizadores dianteiros e traseiros ou seja, as rodinhas que do ponto de vista de segurança, previne que o atleta em sua cadeira de rodas caia para trás (WILLIAMS, 2012).

Figura 9: Cadeiras de Rodas de PBd.

(35)

Nas classes SL3 e SL4 participam atletas com comprometimento predominante nos membros inferiores (MMIIs). Na categoria SL3 existe adaptação da quadra (13,40m x 3,05m) (Figura 10), pois os atletas apresentam maior comprometimento.

Figura 10: Ilustração da quadra de Badminton adaptada para a classe SL3 individual. Fonte: BWF (2013b), com ilustrações da autora.

Na categoria SU5 participam atletas com comprometimento de membros superiores (MMSSs), e na classe SS6 atletas com baixa estatura ou nanismo (masculino até 1,45cm e feminino até 1,37cm)(BWF, 2012c).

Ressalta-se que a quadra de jogo para as categorias SL4, SU5 e SS6 não tem redução de tamanho e que o serviço ou saque para as categorias WH1, WH2 e SL3 são feitos paralelamente ao quadrante de serviço oposto.

Atualmente 60 países, representantes dos cinco continentes, são filiados à BWF (Tabela 2) (BWF, 2015c; BWF, 2016a).

Tabela 2: Países Filiados à Federação Mundial de Badminton.

Alemanha Coréia Finlândia Iran Noruega Singapura

Austrália Cyprus Gana Irlanda Nova Zelândia Sri Lanka

Áustria Dinamarca Gibraltar Islândia País de Gales Suécia

Bélgica Egito Groelândia Israel Peru Suíça

Bósnia e Herzegovina Escócia Guatemala Itália Polônia Tailândia

Brasil Eslovênia Holanda Jamaica República Checa Turquia

Canadá Espanha Hong Kong Japão República Dominicana Ucrânia

China Estados Unidos Índia Macau Romênia Uganda

China Taipei Estônia Indonésia Malásia Rússia Venezuela

Colômbia França Inglaterra Nigéria Sérvia Vietnã

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A BWF já promoveu 10 Campeonatos Mundiais de PBd(BWF, 2016b) (Tabela 3) e o Brasil participou das três últimas edições (2011, 2013 e 2015) com: 02 atletas e 03 técnicos; 10 atletas, 03 técnicos e 03 acompanhantes; e 12 atletas, 05 técnicos, 01 fisioterapeuta, 01 psicóloga, 02 staffs, respectivamente.

Tabela 3: Campeonatos Mundiais de PBd.

Edições País Ano

1º Amersfoort – Holanda 1998

2º Borken – Alemanha 2000

3º Cordoba – Espanha 2001

4º Cardiff - País de Gales 2003

5º Hsin Chu - China Taipei 2005

6º Bangkok – Tailândia 2007

7º Seoul – Coréia 2009

8º Guatemala City – Guatemala 2011

9º Dortmund – Alemanha 2013

10º Stoke Mandeville – Inglaterra 2015 Fonte: BWF (2014, 2016b).

O 9º Mundial contou com 235 atletas inscritos (PETRINOVIC, 2014), sendo 228 participantes de 36 países (STRAPASSON; BAESSA; DUARTE, 2015) e que o 10º Campeonato Mundial de PBd realizado de 8 a 13 de setembro de 2015 (BWF, 2015d) contou com a participação de 232 atletas de 35 países (BWF, 2016b).

Pode-se perceber que, mesmo sendo um esporte adaptado recente, tem grande visibilidade no espectro mundial. Essa visibilidade é notada com mais vigor no aspecto prático, pois o PBd em termos científicos necessita de publicações e pesquisas sobre a modalidade. Para confirmar essa afirmação, encontraram-se na literatura apenas 15 obras relacionadas ao esporte em sua versão adaptada, listadas no Quadro 2:

(37)

Quadro 2: Literatura sobre PBd.

Materiais Referências

Livros KIM, MYO-JUNG; SEO, MYUNG-WON. Basic Theory and Practice of Badminton for the Disable. Seoul, Korea: Daekyo, 2012.

WILLIAMS, L. Kicking up a racket! Parabadminton activity programme. Badminton England: England, 2012.

Badminton World Federation. Regulations 2014/2015. Disponível em:

http://bwfcorporate.com/regulations/

Guia HAIACHI, M. de C. (Organizador). Guia de Orientação sobre Parabadminton. Aracajú: Federação Sergipana de Badminton, 2013.

Dissertação de Mestrado

KAIPAINEN, M. Integration of Disabled and Able-bodied Sport Activities in Badminton. A case study of the finnish Para-badminton. University of Jyväskylä, Finland. Department of Sport Sciences. Social Sciences of Sport. Master´s Thesis. Spring 2013. 57 p.

Artigos STRAPASSON, A. M.; BAESSA, D. J. B.; STORCH, J. A.; DUARTE, E. Caracterização das Lesões Esportivas em Atletas de Parabadminton. Conexões. Campinas - SP. v.11, n.4, 2013.

STRAPASSON, A. M.; et al. O Parabadminton: badminton adaptado para pessoas com deficiências físicas. Anais do 6º Congresso Brasileiro de Educação Especial, São Carlos - SP, 2014. Disponível em: https://proceedings.galoa.com.br/cbee/trabalhos/o_parabadminton_badminton_adaptado_para_pessoas_c om_deficiencia_fisica

STRAPASSON, A. M.; et al. Análise de desempenho técnico no Parabadminton. ConscientiaeSaúde. 2014:13. Suplemento "1º Simpósio Paradesportivo Paulista". p.59-63.

OLIVEIRA, A. R. P.; FAUSTINO, P. F.; SEABRA JÚNIOR, M. O. Adaptações de Estratégias e

Recursos como Auxílio à Prática do Badminton às Crianças com Deficiência Intelectual. Revista

Eletrônica Gestão & Saúde. Edição Especial Julho 2013. p. 600-11

OLIVEIRA, A. R. P.; SEABRA JÚNIOR, M. O. Projeto de Extensão Universitária: iniciação ao Badminton para crianças e adolescentes com Deficiência Intelectual. Revista Adapta, Presidente Prudente - SP, v. 10, n. 1, p. 7-10, Jan./Dez., 2014.

STRAPASSON, A. M.; DUARTE, E. PEREIRA, L. S. Parabadminton no Brasil: um esporte adaptado em ascensão. Revista da SOBAMA, Marília-SP. v.16, n.1. p.19-22, jan/jun. 2015.

STRAPASSON, A. M.; BAESSA, D. J. B.; DUARTE, E. Campeonato Mundial de Para-Badminton:

caracterização dos atletas participantes. Conexões. Campinas - SP. v.13, n.2, abr/jun. 2015.

QUIRÓS, L. A. R.; VILLANUEVA, C. M. El Badminton Adaptado: uma propuesta para la

Integración de Alumnos com Discapacidad Física. Disponível em:

http://www.eweb.unex.es/eweb/cienciadeporte/congreso/04%20val/pdf/c62.pdf

PETRINOVIC, L. Adapted Sport: Badminton in perspective of different disabilities. 7 International Scientific Conference of Kinesiology. Fundamental and Applied Kinesiology - Steps Foward. Opatija, Croatia. Publisher: Faculty of Kinesiology, University of Zagreb. May, 2015.

KATIRCI H., YÜCE, A. Effective Communication Images for Disabled People in Sport: a case

of turkish Parabadminton athletes. Pamukkale Journal of Sport Sciences. v.7, n.2, 2016.

Fonte: Pesquisa feita nas bases de dados: Google Acadêmico, Lilacs, Medline, Sciverse,Web of Science, Scielo, Scopus e Pubmed no ano de 2015 e 2016.

Das 15 obras citadas, 08 são procedentes das Américas, mais especificamente da América do Sul, demonstrando esforços do Brasil na disseminação do conhecimento a cerca do PBd, 05 são procedentes da Europa e 02 da Ásia.

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2.2.2 O Para-Badminton no Brasil

2.2.2.1 Considerações Históricas:

Não há registros de quando o Badminton começou a ser praticado pelas PD no Brasil, mas existem relatos de que o PBd [com regras oficializadas] deve-se à iniciativa de um professor de EF de Brasília – DF, chamado Létisson Samarone Pereira (FERNANDO, 2009).

O artigo intitulado “O PBd no Brasil: um esporte em ascensão” descreve de modo sucinto a história do esporte em nosso país (STRAPASSON; DUARTE; PEREIRA, 2015) mas, devido a falta de informações mais detalhadas, sistematizadas formalmente e noticiadas, entrevistamos no dia 19 de fevereiro de 2016 o referido professor com o intuito de estruturar e descrever a história do PBd brasileiro.

Em maio de 2006, cedido pela Secretaria de Educação de Brasília, o professor Létisson Samarone Pereira começou a trabalhar no Centro de Treinamento de EF Especial (CETEFE) em Brasília – DF. O diretor da instituição sugeriu que ele e seu colega, também iniciante, escolhessem modalidades esportivas para serem trabalhadas com os alunos com deficiência. Létisson escolheu o Futsal para deficientes intelectuais (DI) e o Futebol de 5 para deficientes visuais e seu colega escolheu o Badminton para deficientes auditivos (DA).

Létisson precisou assumir o Badminton com a saída do amigo da instituição, poucos meses depois. Muitos alunos, principalmente com DF, optaram em experimentar as aulas de Badminton. Os alunos começaram a exigir competições, impondo a necessidade de buscar informações sobre o Badminton Adaptado (BAd). É importante citar que o nome PBd ainda era desconhecido.

O professor entrou em contato com a Federação de Badminton de Brasília (FBB), pois até então não havia encontrado informações sobre o assunto. A Federação não soube informar, mas fez a doação de oito raquetes e uma rede. Sem respostas e com uma turma de 38 alunos com as mais variadas deficiências (DI, DF, DA, autistas, entre outras), continuou seu trabalho.

No ano seguinte as exigências aumentaram. Buscou mais uma vez a FBB que não tinha informações, mas sugeriu que em 2008 organizasse, dentro do campeonato de Badminton de Brasília, jogos para as PD.

Em 2008, após dois anos de busca por informações encontrou as regras de BAd no site da Associação Internacional de Badminton para Deficientes (IBAD - International

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Badminton Association for Disabled). A maior dificuldade encontrada foi em relação a

classificação funcional (CF), pois havia 11 categorias de atletas.

Através da IBAD tomou conhecimento do “9º Campeonato Internacional de PBd”, que iria acontecer em maio de 2009, na Alemanha. Por conta própria, foi na condição de técnico participante, com o intuito de conhecer o esporte e as pessoas envolvidas, saber o nível dos atletas e observar se estava trabalhando de forma correta. Participou do curso de CF de PBd, do curso para técnicos, de workshops, filmou vários jogos e fotografou tudo o que pode, inclusive as cadeiras de rodas específicas para a modalidade. Esta foi a primeira participação de um brasileiro em um evento internacional de PBd.

O evento considerado como o 1º campeonato oficial de BAd no Brasil, organizado por uma Federação, aconteceu nos dias 27 e 28 de novembro de 2008, em Brasília. Durante a competição os jogos entre os atletas com DF e atletas convencionais ocorreram juntos, pois a FBB não permitiu separá-los. Mesmo com a forma de disputa injusta, a Federação aprovou a proposta e convidou o professor Létisson para assumir a Diretoria Técnica do BAd. Desde então, todos os campeonatos estaduais contaram com a participação de pessoas com DF (ocorreram três competições distritais no ano de 2009, duas pela FBB e uma copa independente) e foram disputados nas regras de PBd.

Por solicitação dos atletas que não queriam mais competir em nível municipal, Létisson procurou a CBBd que alegou não ter conhecimento e não poderia apoiar. O professor pediu permissão para fazer os jogos de PBd no Campeonato Nacional de Badminton. A sugestão foi aceita e a competição, realizada nos dias 17 e 18 de julho de 2010 em Brasília, teve a participação de 15 atletas com DF.

A CBBd achou interessante o esporte em sua versão adaptada, bem como sua diversidade, e convidou o professor para o cargo de Diretor Técnico do PBd dentro da confederação.

Em outubro de 2010, o “1º Campeonato Panamericano de PBd” foi realizado na cidade de Curitiba – PR (Figura 11) com apoio da CBBd.

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Figura 11: Logomarca do 1º Campeonato Panamericano de PBd. Fonte: Foto tirada pela autora no local e data do evento.

Os Jogos Panamericanos de PBd (Figura 12) foram disputados por atletas do Brasil, da Guatemala e do Peru e foi um marco histórico em nosso continente. Ambas as modalidades (Badminton e PBd) foram disputadas no mesmo ginásio, mas em espaço segregado, restrito e sem os mesmos recursos humanos e financeiros do Badminton convencional.

Figura 12: Seleções Brasileiras de Badminton e de PBd participantes do Panamericano em Curitiba. Fonte: Foto da autora.

No ano seguinte, ocorreu o “8º Campeonato Mundial de PBd” na Guatemala. A equipe do Brasil se fez presente com dois atletas UCR e três técnicos (Figuras 13 e 14).

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Figura 13: Logomarca do evento. Figura 14: Seleção Brasileira de PBd no 8º Campeonato Mundial na Guatemala. Técnicos: Aline Miranda Strapasson, Létisson Samarone Pererira e Luiz de França. Atletas:

Gabriel Janini e Karen Sakayo. Fonte: Fotos da autora.

Deste modo, cabe frisar que o PBd em sua forma estruturada de acordo com a IBAD, foi desenvolvido e disseminado no Brasil pelo professor Létisson Samarone Pereira.

2.2.2.2 Considerações Gerais e Atualidades:

A evolução do PBd no Brasil pode ser demonstrada pela aderência de 16 Estados e o Distrito Federal na prática da modalidade. Os referidos estados são: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Santa Catarina, Goiás, Piauí, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão e Ceará (ENABAD, 2014).

O Brasil já promoveu 19 campeonatos de PBd, sendo 18 etapas nacionais e 01 etapa internacional (Panamericano, Curitiba, 2010) (ENABAD, 2014; CBBd, 2015c, d; CBBd, 2016a) detalhados na Tabela 4. Entre as regiões sede destacam-se: o sudeste (7), o sul (6), o centro-oeste (3) e o nordeste (3), demonstrando o envolvimento das Federações de Badminton com a modalidade.

Referências

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