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ÂNGELA VIEIRA- Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO

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ÂNGELA VIEIRA-

Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687-

20ª região

.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO – TCC CURSO: DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR ALUNO: Alen da costa Bruce

TURMA: DC74A ANO: 2018

TEMA: Logística Reversa

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COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO PROJETO BÁSICO PARA TCC ALUNO: ALEN DA COSTA BRUCE

TURMA: DC74A ANO: 2018 SUMÁRIO

PAG.

INTRODUÇÃO... 03

1-O QUE É PLANO DE ENSINO?... 04

2-IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO... 05

3-PLANO DE ENSINO... 07

4- A ORIGEM DA LOGÍSTICA... 10

4.1-MODULO I – ETIMOLOGIA DA PALAVRA... 10

4.1.1 A origem da Logística... 12

4.1.2 O que é Logística... 15

4.1.3 As quatro fases da Logística... 19

Exercício... 21

4.2-MODULO II – A LOGÍSTICA CONTEMPORÂNEA... 22

4.2.1 A Logística Contemporânea e suas mudanças... 22

4.2.2 Questões políticas e econômicas... 25

4.2.3 Gestão de informação... 27

Exercício... 30

4.3-MODULO III-O CAMPO DE ATUAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA... 31

4.3.1 Leis ambientais... 34

Exercício... 38

4.4-MODULO IV TIPOS DE CANAIS DA LOGÍSTICA REVERSA... 38

4.4.1 Os canais da Logística Reversa... 39

4.4.2 Logística Reversa de pós venda... 39

4.4.3 Logística Reversa de pós consumo... 40

4.4.4 Reciclagem... 41

4.4.5 Política Nacional de Resíduos Sólidos... 42

Exercício... 44 5-BIBLIOGRAGIAS BÀSICAS UTILIZADAS:

RAZZOLINI FILHO, E; BERTÉ, R. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil.

Curitiba: InterSaberes, 2013.

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3 INTRODUÇÃO

Caro aluno(a) essa apostila foi desenvolvida com base em intensa pesquisa e dedicação, para dar a você um amplo conhecimento em relação a logística e sua aplicabilidade. Espero que você possa se deleitar com tais informações e que absorva esse conteúdo de forma eficiente e eficaz, lembrando que essa apostila é apenas uma luz em meio a um universo de conhecimento, para mais proveito desse assunto, busque sempre se atualizar e se familiarizar com o mesmo, um abraço e boa leitura.

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4 1 – O QUE É PLANO DE ENSINO?

O plano de aula é uma ferramenta muito importante para o professor. Por meio dele, o educador pode fazer a previsão dos conteúdos que serão dados, as atividades que serão desenvolvidas, os objetivos que pretende alcançar, e as formas de avaliação.

A experiência cotidiana mostra que a concepção de planejamento tem passado por várias modificações: entendido como instrumento obrigatório, definitivo e inflexível, passando pela dispensabilidade, até chegar quase a sua rejeição. Trata-se, nesse caso, menos de uma questão técnica e mais de uma questão filosófico-pedagógica.

Um plano de aula tem sempre sua origem num projeto pedagógico institucional que dinamiza as direções do ensino, detalhadas num plano de curso e de unidade. É uma previsão de atividades vinculadas a um plano de ensino mais amplo desenvolvidas em etapas sequenciais, em consonância com objetivos e conteúdos previstos. Serve para organizar a intenção do professor e o modo de operacionalizá-la. Expressa, ainda, as opções desse professor diante de seu contexto de trabalho, que implica pensar simultaneamente o conteúdo e os sujeitos com os quais interage.

Todo plano de aula, além de ser um guia, traz implícitas questões pessoais do professor comprometido com sua tarefa e com seus alunos: por que faço o que faço ao ensinar? O que é uma aula: espaço de parceria ou de resistência? Como mobilizar o aluno para aprender? Como verificar se o aluno aprendeu?

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5 2 – IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO

O plano possibilita ao professor, na medida do possível e do desejável, manter a articulação da disciplina como um todo pela relação com o plano de ensino e ainda realizar uma auto avaliação da aula ou uma avaliação cooperativa para orientar decisões futuras.

Aspectos a serem mantidos ou a reformular poderão ser identificados com mais segurança.

O planejamento é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.

Para Libâneo (1994) o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.

Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:

- clareza e objetividade;

- Atualização do plano periodicamente;

- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;

- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;

- Articulação entre a teoria e a prática;

- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem;

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- Sistematização das atividades com o tempo;

- Flexibilidade frente a situações imprevistas;

- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;

- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

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PLANO DE ENSINO

CURSO LOGÍSTICA EMPRESARIAL

DISCIPLINA LOGÍSTICA REVERSA

PROFESSOR ALEN DA COSTA BRUCE

Nº DE CRÉDITOS 4 CARGA HORÁRIA 80 HORAS

MARCO REFERENCIAL PERFIL DO

EGRESSO

Os egressos do curso de Logística Empresarial com os conhecimentos adquiridos em Logística Reversa proporcionarão aos futuros profissionais compreenderem as diferentes possibilidades de atuação no campo da logística e aprimorarão as habilidades conceituais, técnicas e prática.

CONTEXTUALIZAÇ ÃO

DA DISCIPLINA

A disciplina Logística Reversa proporciona compreender os fundamentos de logística enquanto pressupostos básicos na formação do profissional em Logística para o exercício das suas competências na área empresarial.

EMENTA

Definição e objetivo da logística. Conceitos básicos e etimológicos de Logística Reversa. A logística Contemporânea. Considerações sobre Logística Reversa.

MARCO OPERACIONAL OBJETIVO GERAL

DA DISCIPLINA

Aplicar os conhecimentos básicos necessários de teoria e prática da Logística Reversa no mundo dos negócios nos desafios da atualidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA

DISCIPLINA

Conhecer a origem etimológica da palavra logística e respectivamente seu conceito;

Analisar a Logística Contemporânea e suas mudanças;

Definir o campo da atuação da Logística Reversa;

Compreender a utilidade e aplicabilidade logística;

Identificar os tipos de canais na Logística Reserva.

MÉTODOS

Aulas expositivas, dialogadas de forma interativa e prática;

Tempestade cerebral;

Aulas práticas com visita técnica em unidades empresariais cujo objeto de análise seja de interesse da disciplina e esteja de acordo com a disponibilidade do aluno;

Mapa mental;

Trabalhos individuais e em grupos para fixação de conceitos e reflexão;

Filmes;

Estudos dirigidos.

RECURSOS

Projetor de imagens, equipamentos de reprodução de vídeo, computador, uso de recursos da internet, quadro branco, pincéis, visitas em organizações e bibliografias disponíveis na biblioteca virtual da instituição.

UND

ASSUNTO CONTEÚDO

PROGRAMÁTICO

I UNIDADE I: Introdução a Logística 1.1 Etimologia da palavra

1.2 A origem de logística 1.3 O que é logística?

II UNIDADE II: Logística Contemporânea 1.1 Mutações na Logística empresarial

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1.2 Competitividade com base nos sistemas logísticos

1.3 Mudança na logística para a competitividade organizacional III UNIDADE III: Logística Reserva

1.1 Conceituando logística reversa 1.2 Os fluxos logísticos e o fluxo reverso 1.3 Logística Reserva e análise

I V

UNIDADE IV: Tipos de canais na Logística Reserva 1.1 A logística reserva e a reciclagem

1.2 Embalagens recicláveis e não-recicláveis 1.3 Embalagens de agrotóxicos

1.4 A logística reserva e as questões ambientais

AVALIAÇÃO

a) PARCIAL 1- Mini-aulas (0-05 pontos). Tema: Os desafios da atualidade para o profissional de logística – em grupo (critérios específicos descritos na ficha de avaliação da instituição), Mapa conceitual (0-05 pontos) com apresentação oral em grupo Tema: Tipos de embalagens e o cuidado com o meio-ambiente.

b) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 – Prova individual escrita (0-10 pontos), contendo 7 questões de múltipla escolha e 3 discursivas (critérios descritos conforme a instituição). Assunto: Unidades I e 2 do conteúdo programático.

c) PARCIAL 2 – Lista de exercícios - individual (0-10 pontos). Tema: Logística Reversa.

d) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2 – Uma prova individual sobre as unidades 3 e 4 do conteúdo programático, contendo 7 questões de múltipla escolha e 3 discursivas e uma resenha crítica sobre o texto da bibliografia indicada nas referências complementares (0-05 pontos cada).

REFERÊNCIAS BÁSICAS

RAZZOLINI FILHO, E; BERTÉ, R. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2013

REFERÊNCIAS COMPLEMENTAR

ES

BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais.

São Paulo: Atlas, 1998.

BARBOSA, Adriana; BENEDUZZI, Bruno; ZORZIN, Gislaine; MENQUIQUE, João e LOUREIRO, Maurício C. Logística reversa: o reverso da logística. Fonte FAENAC, 2005.

CARVALHO, José de Carvalho. Contabilidade para Gestores. 8 ed. São Paulo:Atlas, 2010.

CHAVES, Gisele de Lorena D.; MARTINS, Ricardo Silveira. Diagnóstico da logística reversa na cadeia de suprimentos de alimentos processados no oeste paranaense. In: VIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI), ago. 2005, São Paulo. Anais. São Paulo:

FGV, 2005, p. 1-16.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 13 Ed. São Paulo: Cortez, 1994.

LEITE, P. R. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. São Paulo: Manual de Logística - IMAM. Vol. 1, 1998.

NUNES, F. R. M. A influência dos fluxos logísticos sobre o tamanho e a idade das empresas fabricantes de jeans femininos para adolescentes e jovens. 336 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.

OLIVEIRA, Edmar Bonfim; RAIMUNDINI, Simone Letícia. Aplicação da logística reversa: estudo de caso em uma indústria fotográfica e em uma indústria de fécula de mandioca. In: VIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI), ago. 2005, São Paulo.

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TRIGUEIRO, Felipe G. R. Logística reversa: a gestão do ciclo de vida do produto.

Disponível em www.administradores.com.br, acesso em 12/08/2018.

FONTES DA INTERNET

LINK DO LIVRO NA BIBLIOTECA VIRTUAL:

https://idaam.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/search?utf8=%E2%9C%9 3&q=O%20reverso%20da%20log%C3%ADstica%20e%20as%20quest%C3%

B5es%20ambientais%20no%20Brasil

http://planetaorganico.com.br/site/index.php/meio-ambiente-as-17-leis-ambientais- do-brasil/

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NOTA DE AULA 1 – MÓDULO I - 4.1. ETIMOLOGIA DA PALAVRA

Uma das muitas definições para a palavra em questão é:

Logística significa contabilidade e organização e é um termo de origem grega.

Logística também vem do francês “logistique”, que significa uma arte que trata do planejamento e realização de vários projetos, muito utilizado durante as guerras.

Logística também é utilizada como parte da álgebra e lógica matemática. A logística teve sua origem nos primórdios, a partir das necessidades observadas pelo homem em viver em grupos que, por sua vez, se tornariam as comunidades de hoje. Mas, com o crescimento desse grupo surgiu à necessidade de supri-lo de alimentos, com quantidades cada vez maiores, nasce, então, o abastecimento, na sequência, a embalagem, o transporte e a armazenagem. Assim, a logística como se conhece hoje é resultante de um longo processo de evolução que começou nas organizações militares.

Significado de Logística Substantivo feminino

Organização, gerenciamento, gestão dos detalhes e pormenores de quaisquer atividades: a logística de um projeto, de um filme, de uma campanha política.

[Militar] Ação de organizar teoricamente a localização, disposição e transporte dos envolvidos numa operação militar.

[Militar] Parte da arte militar que trata dos problemas de transporte e de abastecimento das tropas.

Etimologia (origem da palavra logística). Do francês logistique.

Substantivo feminino

Entre os gregos, seção da aritmética e da álgebra cujo objeto de estudo se refere às quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão).

Etimologia (origem da palavra logística). Do grego logistiké; logistikós.é.ón.

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A palavra do momento é ‘’’ LOGÍSTICA ‘’’, ela está sendo usada por muitas empresas de transporte, motivo pelo qual as pessoas assimilam logística apenas a transporte e armazenamento, mas, no decorrer dessa apostila estudaremos e aprenderem os que no que diz respeito a Logística, ainda temos muito a aprender!

A etimologia da palavra logística origina do grego “Logistikos”, que do latim

“Logisticus” é derivado, sendo que os dois significando cálculo e raciocínio no matemático.

A logística surgiu com base da necessidade do homem primitivo, que por sua vez precisou conviver em grupo e se organizar, esses grupos foram evoluindo por gerações até chegar as organizações das cidades modernas. Essas cidades foram crescendo e precisando utilizar com mais frequências técnicas eficientes de armazenagem, transporte, embalagem e abastecimento, que também foram evoluindo de forma que chegasse aos nossos dias com suas funções bem determinadas.

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Tendo em base o ponto de vista histórico, aprendemos que a logística teve sua principal utilização na área militar, onde viu se a necessidade de transportar e armazenar alimentos, medicamentos e armas, planejar o itinerário das tropas e suas melhores rotas, embalar os produtos para serem transportados de acordo com as condições de cada situação, surgindo ai de modo intuitivo o conceito de abastecimento da cadeia também conhecido como supply chain que funciona como uma rede de abastecimento com o objetivo de suprir todas as necessidades com o menor custo possível. Nos dias atuais, as pessoas ligam o termo LOGÍSTICA apenas a armazenagem ou a transporte de mercadorias, porém, essa ideia não consegue abranger o verdadeiro significado dessa ciência que nos cerca cada vez mais.

4.1.1 A origem da Logística

A logística sempre existiu, ela já era utilizada pelos povos primitivos a milhares de anos, pois a partir do momento em que o homem deixou de ser nômade e iniciou o período de se organizar em sociedade, ele precisou armazenar mantimentos, administrar ferramentas e transportar objetos, a questão em si é que nessa época a logística estava sendo usada de forma instintiva, ou seja, o hommo sapiens estava se organizando aos poucos e experimentando novas formas de tornar a vida mais fácil.

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Porém, foi apenas na nossa era, a idade moderna que a logística passou a ser vista como uma ciência. Mas, antes mesmo de ser uma ciência, ela era utilizada como uma estratégia para garantir a vitória nas guerras.

No livro: A ARTE DA GUERRA de Sun Tzu, são descritos os preceitos que garantirão a vitória tendo em vista cada possível situação em uma batalha. Nesse livro composto por treze capítulos, consta as estratégias que se seguidas à risca, levarão a vitória em toda e qualquer batalha. Estima se que grandes líderes da história tais como:

Napoleão, Zhuge Liang, Cao Cao, Takeda Shingen, Vo Nguyen Giap, Mao Tse Tung e Hitler, utilizam tais conhecimentos estratégicos para vencer suas batalhas.

A seguir temos frases retiradas do livro:

– A suprema arte da guerra é subjugar o inimigo sem lutar.

– Se você conhece o inimigo e a si mesmo, você não precisa temer o resultado de cem batalhas.

– Cansa aos inimigos mantê-los ocupados e não deixá-los respirar.

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– O distúrbio vem da ordem, a covardia surge da coragem, a fraqueza decorre da força.

– Seja extremamente sutil, até o ponto do informe. É extremamente misterioso, até mesmo ao ponto da ausência de som. Desta forma, você pode ser o diretor do destino do seu oponente.

Muito do conhecimento do livro a arte da guerra, está baseado em princípios de gerenciamento logístico, tais como os preceitos de transporte de mantimentos e tropas, o armazenamento adequado de armas, medicamentos e alimento e a administração utilizada, esse é o motivo que levou a logística a um segundo nível, cujo qual será explanado no próximo módulo dessa apostila.

Após o fim da segunda guerra mundial (onde a logística estava sendo amplamente implementada), viu se um novo uso para os conceitos da Logística, o que antes era utilizado para mobilizar tropas, armazenar armamentos e planejar ataques, agora está sendo utilizado para vencer outra guerra, a guerra empresarial.

As grandes empresas que viram as estratégias utilizadas nas guerras, resolveram utilizar essas mesmas artes para o âmbito empresarial, onde o foco principal e derrotar as empresas concorrentes conquistando o maior número de clientes e levando seus produtos e serviços em lugares aonde não era possível noutro tempo.

Dessa forma, surge a Logística empresarial, que tem o objetivo de tornar os processos de compra e venda mais eficientes e eficazes.

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15 4.1.2 O que é Logística

Primeiramente, vejamos os conceitos dos principais teóricos da área:

Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar os fluxos de produtos ou serviços, de informações e financeiro, desde a obtenção das matérias-primas, passando pela fabricação e satisfazendo os clientes em suas necessidades de tipo, tempo e lugar, através da distribuição adequada, com custos, recursos e tempos mínimos (NUNES, 2001, p. 56).

A logística se constitui num sistema de distribuição global, formado pelo inter- relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõem. Compreende a embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente. (MOURA, 1998, p. 51).

Há muitas definições para conceituar a logística, mas por hora entendemos que a Logística é a ciência que em seu processo planeja, implementa e controla os processos, os estoques, o transporte, as pessoas e que é uma excelente maneira de administração, ela é responsável pelo sucesso das empresas e pelo aumento da lucratividade.

Quando se fala em Logística, se fala de um poderoso processo de otimização de suma importância que é indispensável nas organizações de hoje e do amanhã, a princípio ela só está sendo utilizada por empresas que querem ter sucesso, porém nada impede que nós possamos utiliza-la em nosso dia a dia, melhorando assim nossa vida e a nossa rotina, mas por hora, vamos focar nas empresas.

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Antigamente as empresas estavam limitadas a mentalidade de sua época, sendo assim, eram raríssimas as chamadas multinacionais devido à dificuldade de entregar produtos em outros países, porém, quando a segunda guerra mundial acabou, foi a hora exata das empresas da época evoluírem seu pensamento e partir para um próximo nível, o mercado internacional.

Ao final da segunda guerra mundial, os países envolvidos que ganharam e perderam estavam arrasados, desestruturados e em estado de calamidade, isso porque eles tinham investido muitos recursos na guerra e agora estavam todos endividados, mas, uma nação soube muito bem se aproveitar da situação para fazer negócios, sim a nação dos estados unidos da américa.

Aqui vê se de forma bem abrangente como os EUA usaram a Logística ao seu favor para se tornar a nação mais poderosa do mundo, vendendo produtos e serviços em grande escala para a Europa e para as demais nações envolvidas nas grandes guerras, sem falar dos empréstimos com juros absurdos cujo o qual o Brasil também se endividou, desse

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modo os Americanos dominaram o mercado e ditaram as regras de consumo desse turbulento período negro da história de nosso mundo.

A principal função da logística é levar o produto certo, no prazo certo, no local certo e com o mínimo de erros possíveis, a seguir veremos o quadro 1 a evolução do sistema logístico:

Momento da história

O que aconteceu no ambiente das organizações.

Visão

organizacional (Ênfase).

Foco da Logística

1950 – 1960 Busca por escala de produção (volume) surge o conceito de lote econômico de fabricação e de compras (LEF e LEC).

Redução de custos constantes.

Gerenciamento dos inventários (preocupação com estoques).

1960 – 1870 Necessidade de incremento nas vendas surgem os primeiros mercados (mudanças radicais no varejo).

Busca de diferenciação pelo serviço ao cliente.

Distribuição física (visando criar utilidade espacial).

1970 – 1980 Primeira ‘’ crise do petróleo’’

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movimento de investimento de capitais.

Necessidade de obter lucros para remunerar os Capitais.

Processo

produtivo visando reduzir os tempos de ciclo e

minimizando estoques em processo.

1980 – 1990 Competição acirrada

provocada pelo crescimento de participação das empresas

japonesas no mercado mundial.

Busca na melhoria dos processos produtivos visando

certificação da qualidade.

Integração dos processos de compras e produção e Distribuição.

1990 – 2000 Incremento da globalização dos mercados

Competição baseada em rapidez de

Processo de gerenciamento (visando criar

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18 terceirização

outsourcing questões ambientais.

resposta. utilidade temporal).

2000 – Crise no

processo de globalização formulação de alianças na cadeia produtiva ampliação de conceitos de responsabilidade.

Preocupação com presença local (instalação física próximo aos principais mercados) rapidez de resposta.

Processos flexíveis e ágeis.

Implantação de sistemas

logísticos de resposta rápida.

(Quadro 1 - Conclusão)

Assim, a logística está presente nas empresa e no nosso dia a dia, se olharmos com atenção, veremos que cada produto ou serviço que compramos possui ou pode ser melhorado com técnicas de otimização. Vivemos em uma época em que a competitividade das empresas atingiu um nível tal que, não é apenas quem chega primeiro que vence o mercado de consumo, mas aqueles que dão um suporte para o cliente na venda e no pós venda. Essa por sua vez garante que o cliente fico o máximo satisfeito possível, dando assim um feedback positivo e uma garantia de confiança, maior ao cliente final.

Em suma, Logística é todo o processo de planejamento, implementação, controle, movimentação, fluxo de informações, gerenciamento de materiais e pessoas etc.

Nota se que cada vez mais as empresas estão buscando profissionais formadas nessa área para que possam fazer um trabalho diferenciado em todas as áreas, tornando assim a empresa mais preparada para a guerra empresarial que existe nos bastidores do sucesso.

No Brasil podemos observar quatro fases bem distintas. Estas veremos abaixo de forma bem sucinta, pontuando suas características principais.

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19 4.1.3 As quatro fases da Logística

1º fase - Atuação Segmentada

Origem na segunda guerra mundial, não havia sofisticados sistemas de comunicação e informática, o estoque era elemento chave para o balanceamento da cadeia de suprimentos (eram geradas grandes quantidades, com frequentes revisões), não havia preocupação com estoques e sim com lotes econômicos para transporte, redução de custo: Guerra de Fretes de cada empresa

2º fase - Atuação Rígida

Iniciou-se na década 70, com a utilização do MRP e MRP II. Os processos produtivos tornaram-se mais flexíveis, com maior variedade Marketing de Produto.

Crise do Petróleo o que encareceu a movimentação + Mão de Obra, fazendo-se necessário a racionalização da cadeia de suprimentos, diminuição de custos e aumento da

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eficiência, Iniciou-se o emprego da multimodalidade no transporte de mercadorias e a introdução da informática.

3º fase - Integração Flexível

Início nos anos 80, com os recursos tecnológicos permitindo a integração dinâmica e flexível entre os componentes da cadeia de abastecimento, mas somente em dois níveis, par a par, ou seja, dentro da empresa entre cliente e fornecedor. Utilização do EDI (eletronic data interchance) para intercâmbio eletrônico de dados. Inaugurando um canal que permitia ajustes no processo de fabricação e maior preocupação com a satisfação do cliente.

Busca permanente na redução de estoque como elemento de redução de custos.

4º fase - integração Estratégica

Busca da diferenciação - integração de forma abrangente e cobrindo toda a cadeia de suprimentos. O tratamento das questões logísticas passa a ser estratégico, de fundamental importância para a competitividade. Surgimento de empresas virtuais, utilização da internet e TI. SCM (Supply Chain Management).

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21 Exercício

1) Qual o significado da palavra Logística?

2) O que é Logística?

3) Qual a sua importância?

4) Como a Logística surgiu?

5) Quais as fases da Logística?

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22 4.2-MODULO II – A LOGÍSTICA CONTEPORÂNEA

4.2.1 A Logística Contemporânea e suas mudanças

Nos dias atuais a Logística vem sendo grandemente utilizada por empresas que precisam levar o produto até o cliente da forma mais rápida e segura possível.

A logística desempenha papel crescentemente importante para a economia de um país, tendo em vista que a mobilidade e a disponibilização de bens, onde e quando sejam necessários, são parte essencial do processo de agregação de valor em praticamente todas as atividades, núcleo do processo de desenvolvimento. Não menos importante é a mobilidade das pessoas, nas longas distâncias e, especialmente, nos grandes centros urbanos. No Brasil, conforme o IPEA, em 1970, 56% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, em 2006 eram 80% e a ONU estima que em 2050 serão 90%.

Nosso país, por sua extensão continental, pela necessidade de melhor explorar todo seu potencial produtivo e dar um atendimento mais universalizado e geograficamente abrangente às suas populações, depende profundamente de sua infraestrutura logística, que possui sérias deficiências e insuficiências que limitam a eficácia de empresas e governos. Paradoxalmente, nosso país ocupa um papel de destaque na economia mundial, oscilando entre a sexta e a oitava posições, mas é mal classificado no ranking global em muitos setores. No Índice de Desempenho Logístico (LPI – Logistics Performance Index) do Banco Mundial, ocupava, na edição de 2014, a 65ª posição, sem perspectivas palpáveis de evolução positiva. Apesar de ser um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas e minerais do mundo, sofre o revés dos altos custos e tempos na

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movimentação desses bens no mercado interno e nas exportações, limitando sua competitividade.

Essa competitividade tem sido ainda mais reduzida pela baixa participação porcentual das exportações de produtos de maior valor agregado frente aos produtos básicos. Temos sim o potencial para sermos um celeiro do mundo em termos do suprimento de alimentos, mas é essencial o crescimento da competitividade e da rentabilidade.

Os desafios logísticos passam por melhorias na quantidade e qualidade da infraestrutura, maior compreensão de sua importância, melhor formação e treinamento das pessoas, redução da burocracia e dos empecilhos legais, redução da informalidade, em especial no transporte rodoviário de cargas, regulação equilibrada e eficácia da fiscalização. E quais são nossas perspectivas?

Do ponto de vista da infraestrutura logística, há planos adequados e, mais recentemente, um reconhecimento da importância da iniciativa privada nos investimentos e operação da mesma. O PIL – Programa de Investimentos em Logística, publicado em agosto de 2012 pelo Governo Federal, propõe a implantação/remodelação de um conjunto

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até modesto de infraestrutura, mas que certamente, se implantado em prazos adequados, poderá multiplicar em muito a capacidade logística do país. No setor ferroviário está proposta a construção de cerca de 11 mil km de novas linhas, um investimento de cerca de R$ 100 bilhões, além dos 28 mil existentes, um conjunto relativamente pequeno para o país, mas que poderá multiplicar em muito a capacidade de movimentação de cargas e o acesso aos principais portos brasileiros.

Para o setor portuário estão propostas implantações/remodelações de portos, na busca da descentralização do movimento portuário, que hoje concentra mais de 70% nas regiões Sul e Sudeste, com investimentos previstos de cerca de R$ 55 bilhões.

Para as rodovias há investimentos previstos de cerca de R$ 20 bilhões e para aeroportos de grande porte cerca de R$ 9 bilhões (Galeão no Rio de Janeiro e Confins em Belo Horizonte). Do ponto de vista da mobilidade das pessoas na longa distância, o PIL prevê a implantação/remodelação de 270 aeroportos regionais, com a subvenção de parte dos custos das passagens pelo Governo Federal, estimulando a utilização por uma faixa mais ampla da população.

Apesar de insuficiente, o PIL poderá trazer melhorias substanciais para a logística brasileira, mas é necessário que as iniciativas aconteçam com celeridade, o que não tem acontecido. Um outro ponto em que falta agir, com determinação, é sobre o transporte fluvial, que é pífio, representando menos de 1% da produção de transporte no país, apesar de o Brasil ter uma das maiores redes de rios do mundo.

O modal fluvial é tão ou mais importante do que o modal ferroviário, na movimentação das cargas de grande volume, baixo valor agregado a longas distâncias, uma das vocações brasileiras.

Foram construídas inúmeras barragens para aproveitamento hidrelétrico, o que faz da matriz energética brasileira uma das mais limpas do mundo, mas não foram

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implantados meios para a transposição dessas barragens pelas embarcações e é de grande importância que se o faça com brevidade.

Do ponto de vista da mobilidade de pessoas nos ambientes urbanos, existe uma consciência a respeito e diversas iniciativas no sentido de se equacionar esse difícil problema.

A principal iniciativa é a Lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana e que, em resumo, exige que municípios com mais de 20 mil habitantes tenham desenvolvido seu Plano de Mobilidade Urbana até janeiro de 2015, sob pena de não receberem recursos federais para projetos de mobilidade urbana. Até agora, no entanto, são poucos os municípios que o fizeram.

4.2.2 Questões políticas e econômicas

Vivemos hoje no Brasil um momento crítico nos aspectos econômico, político, ético, social e de segurança, realidade que tem dificultado o desenvolvimento do país e trazido desalento generalizado para a sociedade e para as empresas em geral.

No entanto, é possível, e completamente desejável, ter-se uma visão positiva dessa realidade, pelo fato que as grandes dificuldades podem gerar oportunidades de mudança para melhor, através de um amadurecimento efetivo e mais perene da sociedade e das instituições, o que depende da conscientização e da ação de todos.

A logística é um sistema que organiza o fluxo de informações, materiais e pessoas, com o propósito de atingir um objetivo com agilidade. A logística empresarial engloba todos os procedimentos de mercadorias e o deslocamento de informações. Contudo, para que

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isso aconteça com eficiência o gerenciamento deve acontecer de modo integrado. O aprimoramento de cada uma das etapas do fluxo é muito importante para o desenvolvimento de todo o sistema. Somente assim é possível garantir excelência no gerenciamento empresarial.

A logística empresarial trabalha um conjunto de estratégias utilizadas para conduzir as organizações empresariais, de forma ágil e eficaz, sempre exigindo excelência no gerenciamento das seguintes etapas:

 Estar atento às informações;

 Gestão de estoques;

 Armazenagem;

 Gestão de compras;

 Transportes;

 Estratégia financeira;

 Conhecer o fluxo de armazenagem de materiais durante a produção;

 Saber a quantidade de produtos acabados.

A logística empresarial trata, portanto, do processo de planejar, implementar e controlar de forma eficiente e eficaz o fluxo de informações. É um procedimento integrado para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, que vista pelo ângulo empresarial significa o planejamento, gestão e a execução de um processo de

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controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais na qualidade e quantidade desejadas, no tempo preciso e com o um preço viável para formar o estoque.

Existem pontos chave para a execução do sistema logístico integrado, sendo eles:

Logística empresarial integrada: nada mais é que o setor responsável por quatro atividades básicas e importantes para qualquer empresa/fabrica: aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. O planejamento logístico empresarial é, portanto, feito com o objetivo de obter a maior eficiência possível no que diz respeito a tais atividades;

Controle de estoque: constitui-se em ter disponível o produto para suprir a sua demanda, assim não havendo falhas com os clientes;

Gerenciamento de transporte: é uma etapa essencial para que o produto chegue em segurança, de forma rápida e nas melhores condições, entregando nas lojas ou diretamente ao cliente.

4.2.3 Gestão de informação

Gestão de informação: a gestão da informação dentro de uma empresa/fábrica agrega muito valor ao produto através de supervisão e divulgação de toda informação precisa, interna e externamente. Assim dispondo de um serviço ágil no processo de produção, como a compra e o deslocamento do produto.

Buscando utilizar estes princípios primários, o gerente de logística garante uma base adequada para executar com precisão as etapas de comprar, receber, armazenar,

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separar, expedir, transportar e entregar o serviço/produto certo, na hora certa, no lugar certo, pelo menor custo possível.

O mercado atual em que vivemos com a competitividade em alta, rápida e exigente mostra urgência em explicar o objetivo da logística usando o termo integração, com o propósito de integrar todos os fatores que desenvolvem a gestão da cadeia.

Distribuição, transporte, armazenamento, estoque e verificação de pedidos em um processo de planejamento, implementação e controle devem buscar resultados eficazes entre as operações logísticas e são etapas importantes que devem ser bem desenvolvidas.

Embora as atividades que envolvem a logística serem praticadas há muito tempo, o conceito de logística empresarial como função integrada de uma empresa é um conceito recente. A inovação da integração refere se ao ato de planejar e coordenar os processos que implementam o caminho pelo qual o produto passa até chegar ao cliente final, tendo sempre como objetivo a otimização total, assim garantindo maior rentabilidade para a empresa como um todo.

No mercado econômico existem variações que preocupam os acionistas, que precisam ter cada vez mais cautela diante do sistema logístico de seus produtos e serviços. Deste modo, é de encargo da logística empresarial utilizar inúmeras técnicas estratégicas para atender ao mercado.

Para desfrutar dos benefícios da logística empresarial, é preciso ter foco nos elementos básicos, investir em tudo que puder ao máximo para assim tornar todas as etapas eficazes.

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29 Resumo

Após ser utilizada nas empresas a Logística passou a ser uma ferramenta de alto valor competitivo abrindo assim uma nova preocupação, a do meio ambiente. A princípio, as empresas foram as principais responsáveis por desmatamentos, poluição do solo, poluição da agua, do ar e do meio ambiente em geral, por esse motivo que nasceu uma nova preocupação, a de cuidar do meio ambiente.

Nessa nova fase, vê-se a necessidade de iniciar uma mentalidade que possa unir a produção com a preocupação com o meio ambiente, surgindo assim a LOGÍSTICA REVERSA. Esta por sua vez tem a função de prevenir a degradação do meio ambiente por meio das empresas e dos produtos. Esses produtos, tem uma função primordial na poluição ambiental, pois após o fim da vida útil dos mesmos, geralmente são descartados de qualquer forma, iniciando um ciclo altamente vicioso, aonde de um lado está o consumidor que joga embalagens e produtos no meio ambiente, e do outro as empresas que não davam uma opção de descarte.

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30 Exercício

1) O que é a Logística Contemporânea?

2) Qual o papel da gestão de informação dentro da empresa?

3) Explique com suas palavras as questões políticas e econômicas na atualidade

4) O que são modais?

5) Qual o modal mais utilizado no brasil?

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4.3-MODULO III- O CAMPO DE ATUAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA

Já aprendemos a origem da Logística tradicional e sua evolução; o conceito de Logística reversa e agora aprenderemos qual a área de atuação da mesma.

Mas primeiramente podemos afirmar que as empresas que estão liderando o mercado, são aquelas que dão importância as questões relacionadas a logística reversa.

Pois elas possuem uma vantagem competitiva que possibilita alcançar um novo nível de excelência, sem contar na imagem positiva diante dos concorrentes e de seus clientes, esses clientes estão cada vez mais preocupados com os impactos do meio ambiente e com ações preventivas e corretivas do mesmo.

O grande problema da conservação do meio ambiente no brasil é justamente o brasileiro, pois este tem em sua cultura a propensão de invadir terras e sujar o meio ambiente em que vive, sendo assim o principal causador de poluição visual, sonora e ambiental. Basta andar pelas ruas de qualquer cidade movimentada e veremos como as

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ruas estão sujas, e pior vemos também que a grande parte das pessoas tem o péssimo costume de jogar embalagens plásticas, de papel e de outros materiais na rua sem nenhuma culpa ou preocupação. Mas de modo geral, essa cultura de sujeira e invasão de terras veio desde o descobrimento do brasil, por isso é algo impregnado em nosso do que ainda teremos que conviver.

Por outro lado, vemos que grande parte das empresas não disponibilizam pontos de recolhimento de seus produtos como pilhas, eletrônicos e plásticos, fazendo assim o consumidor não ter outra escolha a não ser jogar em lugar inapropriado os produtores ao descartar. Um grande exemplo são os pneus usados de carros que frequentemente são vistos nas calçadas e em terrenos baldios.

E para evitar que esse quadro se agrave mais, foi necessário a criação de leia ambientais que proibissem as empresas a poluir o meio ambiente e proporcionar um meio adequado de descarte, além de ser a principal responsável em educar o consumidor a descartar os produtos em locais adequados.

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Para as empresas que conseguem se enquadrar nas normas e isos ambientais, são premiadas com certificados de excelência que garantem uma maior imagem para a empresa, tomamos por exemplo o ‘’selo verde’’, que a empresa NATURA detém devido ao seu manuseio com os produtos naturais e a reutilização de insumos, fazendo com que os impactos ambientais cheguem quase a zero, ou até mesmo zero dependendo da utilização e reutilização.

Logística Reversa, também conhecida como logística inversa, é a área da logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, visando o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais e a preservação ambiental.

Quando uma empresa de logística consegue empregar um processo de logística reversa de maneira ainda lucrativa, ela está alcançando a sustentabilidade econômica e ambiental do seu negócio.

Segundo o artigo 3, parágrafo 12, da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010: a logística reversa consiste em um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Não entendeu muito bem? É simples. A logística comum é um conjunto de estratégias e ações para produzir e entregar produtos da forma mais barata e ágil possível às lojas e consumidores.

Logo, a logística reversa, é um conjunto de estratégias e ações para recolher esses produtos utilizados da forma mais barata e ágil possível.

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Para entregar um produto apenas dois agentes são envolvidos: a fabricante e sua transportadora. Ambos executam sua estratégia para que os produtos cheguem ao ponto de venda.

Para que a logística reversa aconteça, todos os agentes também devem ter incentivos. Os fabricantes e transportadoras devem ser incentivadas pelo Governo. As lojas devem ser incentivadas pelas empresas e as pessoas devem ser incentivadas tanto pelas empresas quanto pelas lojas.

4.3.1 As leis ambientais

1 – Lei da Ação Civil Pública – número 7.347 de 24/07/1985.

Lei de interesses difusos, trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico.

2 – Lei dos Agrotóxicos – número 7.802 de 10/07/1989.

A lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da embalagem.

Exigências impostas:

- obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de agrotóxicos ao consumidor.

- registro de produtos nos Ministérios da Agricultura e da Saúde.

- registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

- o descumprimento desta lei pode acarretar multas e reclusão.

3 – Lei da Área de Proteção Ambiental – número 6.902 de 27/04/1981.

Lei que criou as “Estações Ecológicas “, áreas representativas de ecossistemas brasileiros, sendo que 90 % delas devem permanecer intocadas e 10 % podem sofrer alterações para fins científicos. Foram criadas também as “Áreas de Proteção Ambiental ” ou APAS, áreas que podem conter propriedades privadas e onde o poder público limita as atividades econômicas para fins de proteção ambiental.

4 – Lei das Atividades Nucleares – número 6.453 de 17/10/1977.

Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com as atividades nucleares. Determina que se houver um

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acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a instalação tem a responsabilidade civil pelo dano, independente da existência de culpa. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer operador, os danos serão assumidos pela União. Esta lei classifica como crime produzir, processar, fornecer, usar, importar ou exportar material sem autorização legal, extrair e comercializar ilegalmente minério nuclear, transmitir informações sigilosas neste setor, ou deixar de seguir normas de segurança relativas à instalação nuclear.

5 – Lei de Crimes Ambientais – número 9.605 de 12/02/1998.

Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições.

A pessoa jurídica, autora ou coautora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se comprove a recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 50 milhões de reais.

6 – Lei da Engenharia Genética – número 8.974 de 05/01/1995.

Esta lei estabelece normas para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, manipulação e transporte de organismos modificados (OGM), até sua comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. A autorização e fiscalização do funcionamento das atividades na área e da entrada de qualquer produto geneticamente modificado no país, é de responsabilidade dos Ministérios do Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura. Toda entidade que usar técnicas de engenharia genética é obrigada a criar sua Comissão Interna de Biossegurança, que deverá, entre outros, informar trabalhadores e a comunidade sobre questões relacionadas à saúde e segurança nesta atividade.

7 – Lei da Exploração Mineral – número 7.805 de 18/07/1989.

Esta lei regulamenta as atividades garimpeiras. Para estas atividades é obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo órgão ambiental competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra, que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão, sendo o titular da autorização de exploração dos minérios responsável pelos danos ambientais. A atividade garimpeira executada sem permissão ou licenciamento é crime.

8 – Lei da Fauna Silvestre – número 5.197 de 03/01/1967.

A lei classifica como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, caça profissional, comércio de espécies da fauna silvestre e produtos derivados de sua caça,

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além de proibir a introdução de espécie exótica (importada) e a caça amadorística sem autorização do Ibama. Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis em bruto.

9 – Lei das Florestas – número 4.771 de 15/09/1965.

Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória) uma faixa de 30 a 500 metros nas margens dos rios, de lagos e de reservatórios, além de topos de morro, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de altitude.

Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país preservem 20 % da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada em cartório de registro de imóveis.

10 – Lei do Gerenciamento Costeiro – número 7.661 de 16/05/1988.

Define as diretrizes para criar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, ou seja, define o que é zona costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre. Permite aos estados e municípios costeiros instituírem seus próprios planos de gerenciamento costeiro, desde que prevaleçam as normas mais restritivas. Este gerenciamento costeiro deve obedecer as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

11 – Lei da criação do IBAMA – número 7.735 de 22/02/1989.

Criou o Ibama, incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao Ibama compete executar a política nacional do meio ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.

12 – Lei do Parcelamento do Solo Urbano – número 6.766 de 19/12/1979.

Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços

13 – Lei Patrimônio Cultural – decreto-lei número 25 de 30/11/1937.

Lei que organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, incluindo como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico, arqueológico, os monumentos naturais, além dos sítios e paisagens de valor notável pela natureza ou a partir de uma intervenção humana. A partir do tombamento de um destes bens, ficam proibidas sua demolição, destruição ou mutilação sem prévia autorização do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN.

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37

14 – Lei da Política Agrícola – número 8.171 de 17/01/1991.

Coloca a proteção do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, desenvolver programas de educação ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros.

15 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – número 6.938 de 17/01/1981.

É a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA).

16 – Lei de Recursos Hídricos – número 9.433 de 08/01/1997.

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.

17 – Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição – número 6.803 de 02/07/1980.

Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e licenciamento das industrias, exigindo o Estudo de Impacto Ambiental.

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38 Exercício

1) Na sua opinião, por que as empresas que se preocupam com questões ambientais são mais bem sucedidas?

2) Qual o maior problema na preservação ambiental no brasil?

3) O que é o selo verde?

4) qual a importância do selo verde?

5) cite uma lei ambiental que em sua opinião ajudaria a reduzir os resíduos sólidos no brasil?

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39

4.4-MODULO IV TIPOS DE CANAIS DA LOGÍSTICA REVERSA

4.4.2 Logística Reversa de Pós-Venda

Nesta seção serão abordados os aspectos que envolvem o retorno dos produtos de pós-venda rumo aos centros produtivos e de negócios. Seja por meio do consumidor final ou pela própria rede de distribuição. Segundo Leite (2003, p. 206), o retorno de produtos ao centro produtivo ou de negócios, ou logística reversa de pós-venda, como pode ser chamada, é definida da seguinte maneira:

[...] específica área de atuação da logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que constituem uma parte dos canais reversos pelos quais fluem esses produtos.

Ainda segundo Leite (2003), ao contrário dos bens de pós-consumo, os bens de pós-venda têm características que os diferem destes primeiros. São produtos que geralmente apresentam pouco uso, ou muitas vezes nem foram utilizados. Os bens de pós-consumo são produtos que já tiveram sua vida útil esgotada, ou então, já não têm mais serventia para o consumidor que fez a primeira aquisição.

Esses produtos retornam por vários motivos, sejam eles comerciais, por erro no momento da emissão do pedido, garantia, defeitos de fabricação, de funcionamento ou até por danos causados no transporte (Leite, 2003).

Do ponto de vista estratégico a logística reversa de pós-venda tem por objetivo agregar valor ao produto, reinserindo-o na cadeia produtiva. Segundo LEITE, 2003 e BALLOU, 2001 apud (OLIVEIRA e RAIMUNDINI, 2005, p. 3), “Os valores agregados são, principalmente, de ordem econômica, ambientais, social, legal e de imagem corporativa”.

A partir dos conceitos apresentados, pode-se entender que a logística reversa de pós- venda tem por objetivo, viabilizar operacionalmente o retorno de produtos aos centros produtivos ou de negócios, agregando dentro desse processo, valor aos mesmos.

(40)

40 4.4.3 Logística Reversa de Pós-Consumo

Bens depós-consumo são os produtos ou materiais constituintes cujo prazo de vida útil chegou ao fim, sendo assim considerados impróprios para o consumo primário, ou seja, não podem ser comercializados em canais tradicionais de vendas. No entanto, não quer dizer que não possam ser reaproveitados. Isso é possível graças à adoção da logística reversa e de seus canais de distribuição reversos (CDRs)

CDRs são as etapas envolvidas no retorno de produtos considerados bens depós- consumo. Essas etapas formam o processo logístico no pós-consumo.

Para falar em pós-consumo é preciso antes falar em ciclo de vida ou vida útil deum produto. “A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele”

(LEITE, 2003, p. 34). Assim sendo, um produto ou material torna-se bem depós-consumo quando sua vida útil é encerrada e, mesmo assim, ainda pode ser aproveitado para algum fim específico.

O retorno desse bem de pós-consumo ao ciclo produtivo constitui a principal preocupação da logística reversa (LEITE, 2003). A descartabilidade de um produto é que dá início ao processo de logística reversa. “O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais à cadeia de valor através do ciclo produtivo ou de negócios e, portanto, um produto só é descartado em último caso” (CHAVES e MARTINS, 2005, p. 3).

“Para a logística o conceito de ciclo de vida do produto vai a partir de sua concepção até o destino final dado a este produto, seja o descarte, reparo ou reaproveitamento”

(TRIGUEIRO, 2003, p. 1).

“O processo de logística reversa gera materiais que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição” (BARBOSA et. al., 2005, p.3-4).

 Canais de distribuição reversos no pós-consumo:

Pós-consumo refere-se aos produtos já adquiridos e descartados pelo consumidor.

São produtos cuja vida útil chegou ao fim ou que foram jogados fora devido a defeitos ocorridos ao longo do tempo, cujo conserto é considerado inviável, ou por não se adequarem mais às conveniências do consumidor.

Os canais de distribuição reversos de pós-consumo constituem-se pelo fluxo reverso de produtos ou materiais constituintes que surgem no descarte dos produtos depois de

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encerrada a vida útil e que retornam ao ciclo produtivo (LEITE, 2003). Esses canais podem ser de reciclagem ou de reuso.

4.4.4 Reciclagem

A reciclagem tornou-se uma importante atividade econômica, devido ao seu impacto ambiental e social, pois não beneficia somente a empresa que a adota, mas também uma parcela da população que enxerga nessa atividade a possibilidade de tirar seu sustento e obter alguma renda.

‘Reciclagem’ é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias- primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos (LEITE, 2003, p. 7).

O processo de reciclagem envolve várias etapas, como coleta de material ou produto, seleção do item que será reaproveitado, preparação para reaproveitamento, processo industrial e consequente reintegração do material reciclado ao processo produtivo, sob forma de matéria-prima.

 Canais reversos de reuso

Diz respeito à reutilização de produtos ou materiais classificados como bens duráveis, cuja vida útil estende-se por vários anos. “Nos casos em que ainda apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil” (LEITE,2003, p. 6).

O exemplo mais comum desse tipo de canal reverso é o comércio de automóveis usados, que representa uma grande parcela do comércio de automóveis. Segundo Leite (2003), esses canais definem-se como aqueles onde há a extensão do uso deum produto de pós-consumo, mantendo-se a mesma função que desempenhava.

 Canais reversos de desmanche

Outra maneira de tentar aproveitar produtos de pós-consumo é através do desmanche, onde são diversos materiais que podem ser obtidos através da desmontagem de bens de pós-consumo, para depois serem reaproveitados e retornarão ciclo produtivo.

Segundo Leite (2003, p. 7), desmanche pode ser definido como: um sistema de revalorização de um produto durável de pós-consumo que, após sua coleta, sofre um processo industrial de desmontagem no qual seus componentes em condições de uso ou

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de remanufatura são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de revalorização, mas que ainda são passíveis de reciclagem industrial.

Os primeiros são enviados, diretamente ou após remanufatura, ao mercado de peças usadas, enquanto que os materiais inservíveis são destinados a aterros sanitários ou são incinerados.

O processo de desmanche é típico de bens de pós-consumo duráveis, geralmente veículos e máquinas de diversos tipos. Trata-se de uma atividade rentável e muito explorada, principalmente por pequenos comerciantes.

Os canais de distribuição reversos são responsáveis pelo retorno de bens depós- consumo ao ciclo produtivo, impedindo assim que haja acúmulos de materiais descartados em ambientes urbanos.

De acordo com Leite (2003), produtos ou materiais de pós-consumo podem ocasionar grandes quantidades acumuladas, resultando em problemas ambientais, se não retornarem ao ciclo produtivo.

4.4.5 Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, micro regional, intermunicipal

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