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ÂNGELA VIEIRA- Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687 região.

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ÂNGELA VIEIRA-

Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687

região .

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO – TCC CURSO: DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR ALUNO: ADRIANA PEREIRA GUIMARÃES

TURMA: DC76A ANO: 2018

TEMA: INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

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COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO.

PROJETO BÁSICO PARA TCC.

ALUNO: ADRIANA PEREIRA GUIMARAES

TURMA: DC76A ANO: 2018 SUMÁRIO

PÁG.

INTRODUÇÃO...04

1 - O QUE É PLANO DE ENSINO...05

2 - IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO...06

3 - PLANO DE ENSINO...08

4 - APOSTILA...11

4.1 - MODULO I INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO...12

4.1.1 Conceito...12

4.1.2 A Administração e seus panoramas...15

4.1.3 Antecedentes Históricos...18

4.2 - MODULO II ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA...25

4.2.1 Metodologia Taylorista...25

4.2.2 Princípio da Administração Cientifica...32

4.2.3 Críticas a Teoria Científica...34

4.3 - MODULO III TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO...35

4.3.1 A Obra de Fayol...38

4.3.2 Teoria da administração Clássica...40

4.3.3 Críticas da Teoria Clássica...43

4.4 - MODULO IV TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS...44

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4.3.1 As origens da Teoria das Relações Humanas...45

4.3.2 A experiência de Hawthorne...46

4.3.3 Concepção do “Homem Social”: Motivação Humana e Liderança...52

5 - CONCLUSÃO...56

6 - BIBLIOGRAFIAS UTILIZADAS...58

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4 INTRODUÇÃO

A Introdução à Teoria Geral da Administração é uma disciplina que tem por objetivo despertá-lo para as habilidades gerenciais, dando-lhe uma visão introdutória da evolução do pensamento administrativo e dos conceitos e conteúdos pertinentes ao campo da administração e apresentando-lhe os principais processos e teorias.

A Teoria Geral da Administração lhe mostrará a importância da visão sistêmica para a gestão e lhe dará embasamento para as futuras disciplinas relacionadas com a gestão das empresas.

Ao final desta disciplina, você terá condições de:

 Compreender a evolução do pensamento administrativo;

 Registrar conhecimentos teóricos das escolas da administração e aplicar decisões fundamentadas em questões científicas, técnicas e sociais nos vários segmentos do campo administrativo;

 Identificar e empregar os princípios e funções da administração, a fim de alcançar metas e objetivos organizacionais;

 Planejar, organizar, aplicar e avaliar métodos e ferramentas administrativas nas organizações;

 Relatar principais referenciais da administração na era da Revolução Urbana X Revolução Industrial;

 Discutir e categorizar a importância e contribuição da experiência de Hawthorne para humanização das empresas.

Apesar de ser uma disciplina com apelo teórico, lhe dará condições para transpor os conceitos aqui aprendidos para as práticas organizacionais.

As teorias aqui apresentadas lhe darão os primeiros conhecimentos sobre a

Administração de empresas e iniciarão o processo de transformação de sua vida

profissional.

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5 1- O QUE É PLANO DE ENSINO

É o instrumento de organização das disciplinas de graduação constantes na estrutura curricular dos cursos.

Como o próprio nome indica, um Plano de Ensino nada mais é do que um planejamento no qual o professor interliga os objetivos, os conteúdos e as metas que pretende atingir com os alunos em determinada disciplina.

O Plano de Ensino deve ser elaborado em consonância com a ementa da disciplina e o perfil do profissional definido no Projeto Pedagógico do Curso.

É elaborado pelo docente responsável pela disciplina, apresentado em formulário próprio. Contém as seguintes informações:

Identificação da Disciplina: código, nome, número de créditos e carga horária.

Pré-requisitos e Co-requisitos: código e nome das disciplinas que servem de pré-requisitos e co-requisitos.

Curso: curso (s) para o (s) qual (is) a disciplina é oferecida.

Professor responsável pela disciplina.

Objetivo: descrição da contribuição da disciplina para a formação do discente.

Ementa: descrição sumária do conteúdo a ser desenvolvido na disciplina a qual consta no Projeto Político Pedagógico do Curso.

Conteúdo Programático e Avaliações: consiste da relação dos conhecimentos selecionados para serem trabalhados na disciplina. Estes conhecimentos deverão ser apresentados sob a forma de tópicos com a respectiva carga horária e, na medida do possível, em itens e respectivos subitens, e outras subdivisões porventura existentes, de modo que definam, necessariamente, o grau de aprofundamento levado a efeito na disciplina. O conteúdo programático da disciplina deve guardar necessariamente relação com sua ementa, pois esta representa uma visão global do programa. Devem ser incluídas nesse item as visitas técnicas, atividades de campo e as formas de avaliação da disciplina.

Bibliografia: deve ser indicada a bibliografia necessária para a disciplina.

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2- IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO

Podemos afirmar que uma aprendizagem significativa resulta de uma educação de qualidade que vem de acordo com as necessidades do aluno e afirmamos também que a educação de qualidade só se faz com a construção do conhecimento, a partir de ações voltadas para o desenvolvimento cultural do aluno.

Castanho (2000, p. 79), a partir de pesquisa realizada sobre o trabalho do professor,

argumenta que,

“Para que o aluno goste tanto de uma disciplina, chegando a afirmar que aprendeu

“a ter prazer em estudar a matéria”, pode-se inferir que o professor comparava tudo o que ensinava ao cotidiano de modo muito competente. Em resumo, é preciso ser criativo para conseguir fazer essas relações, essas pontes entre teoria e prática.

Alguns professores foram tão importantes para algumas das pessoas, que acabaram por marcar sua própria vida. É impressionante constatar a força da palavra do

professor sobre a formação do educando”.

Com isso, entende-se que a organização do trabalho do professor é extremamente necessária para que ele articule as ideias e estabeleça mecanismos relacionando o conteúdo da disciplina ao contexto do mundo do trabalho, a partir da leitura do contexto sócio, político e econômico.

O processo de aprendizagem consiste em, a partir do entendimento de como o aluno apreende os ensinamentos, estabelecer quais as condições externas e internas que influenciam essa aprendizagem, considerando além dos aspectos cognitivos, as características pessoais de cada um, respeitando sua natureza humana. Enfim, essas são considerações que devem estar em pauta no momento da discussão e elaboração do plano de aula e do projeto de ensino. Ao planejar o professor deve observar:

“[...] as formas como vêm conduzindo suas aulas, de que forma as estratégias podem auxiliar na melhoria do trabalho pedagógico e também propiciar a reflexão sobre a estratégia utilizada com o contexto da sala de aula, do grupo de alunos, da escola, dentre outros. [...] refletir sobre os enfrentamentos que estão associados ao

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trabalho docente, ao desenvolvimento da aula e especialmente o trabalho com projetos em aula, que se constitui numa das estratégias de ensino apontadas por Vasconcelos (2007), entendo que esta estratégia favorece o envolvimento do aluno nas situações de aprendizagem, permite o desenvolvimento do processo investigativo, a capacidade de problematização, a pesquisa e o estudo sistemático de uma temática" (ZANON e MENDES, s/d, p.3).

O planejamento é muito importante para o professor dialogar com a coordenação pedagógica do curso, para efetivar os momentos de reflexão, selecionar os conteúdos que melhor atendam as necessidades e interesses dos alunos, incrementando seu plano e consequentemente sua aula.

“A ação consciente, competente e crítica do educador é que transforma a realidade, a partir das reflexões vivenciadas no planejamento e, consequentemente, do que foi proposto no plano de ensino. Um profissional da Educação bem preparado supera eventuais limites do seu plano de ensino. O inverso, porém, não ocorre: um bom plano não transforma, em si, a realidade da sala de aula, pois ele depende da competência e compromisso do docente. Desta forma, planejamento e plano se complementam e se interpenetram, no processo ação-reflexão-ação da prática social docente." (FUSARI, s/d, p. 3).

Podemos afirmar que o planejamento é de extrema importância para que o professor possa pensar na avaliação, promover o desenvolvimento do aluno, haja vista que, esse processo significa que todo trabalho deve ser planejado, com qualidade, de forma que o planejamento e a avaliação estejam diretamente direcionados para a construção do conhecimento do educando. Entretanto, sabemos que é necessário o professor ter conhecimento daquilo que vai ensinar como vai ensinar, para quem vai ensinar e buscar ações para que as metas sejam desenvolvidas, no intuito de atingir os objetivos estabelecidos. Quanto mais se conhece, melhor se planeja e se obtêm melhores resultados. Para Luckesi, (2011, p.

125), “Planejar significa traçar objetivos, e buscar meios para atingi-los”. Logo,

entendemos que, para que haja planejamento são necessárias ações organizadas

entre si, às quais correspondem ao desejo de alcançar resultados satisfatórios em

relação aos objetivos traçados.

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3- PLANO DE ENSINO

CURSO ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

PROFESSOR ADRIANA PEREIRA GUIMARAES

Nº DE CRÉDITOS 4 CARGA HORÁRIA 80 HORAS

MARCO REFERENCIAL

PERFIL DO EGRESSO

Profissional capaz de atuar a Gestão Estratégica de negócios, analisado, planejando e desenvolvendo estratégias para implantação, coordenação e controle nas diferentes áreas da administração. Tomar decisões fundamentadas em questões científicas, técnicas sociais, econômicas e éticas nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

CONTEXTUALI- ZAÇÃO DA DISCIPLINA

Na disciplina TGA, aborda-se as Teorias Administrativas que são, em seu conjunto, um compêndio de normas principais que se completam, para levar a ciência administrativa ao dia a dia das pessoas e das organizações como um todo, a fim de gerar desenvolvimento, com o objetivo de máxima eficiência e eficácia gerado produtividade e lucro.

Ao se tomar conhecimento da necessidade que atualmente se faz do estudo mais aprofundado da ciência administrativa e da relevância dada ao mesmo, pode-se considerar, no contexto social, econômico e politico no qual se vive não há um único lugar no mundo que não demande ser administrado. Sem os critérios adotados pela administração dificilmente uma organização sobrevive. É necessário o exercício do Planejar, Organizar, Liderar, Executar e Controlar.

EMENTA

Introdução à Teoria Geral da Administração Administração Científica

Teoria Clássica da Administração Teoria das Relações Humanas

MARCO OPERACIONAL

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9 OBJETIVO GERAL

DA DISCIPLINA

Registrar conhecimentos teóricos das escolas da administração e aplicar decisões fundamentadas em questões científicas, técnicas e sociais nos vários segmentos do campo administrativo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA

DISCIPLINA

Identificar e empregar os princípios e funções da administração, a fim de alcançar metas e objetivos organizacionais.

Planejar, organizar, aplicar e avaliar métodos e ferramentas administrativas nas organizações.

Relatar principais referenciais da administração na era Revolução Urbanas X Revolução Industrial.

Discutir e categorizar a importância e contribuição da experiência de Hawthorne para humanização das empresas.

MÉTODOS

 Aulas expositivas e dialogadas;

 Atividades individuais, em duplas e em grupo;

 Estudo dirigido e discussão de textos em grupo.

RECURSOS  Vídeos;

 Dinâmicas em grupo;

 Atividades com tecnologias educacionais.

U N D

ASSUNTO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I UNIDADE I: INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO II UNIDADE II: ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

III UNIDADE III: TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO IV UNIDADE IV: TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS AVALIAÇÃO

a) PARCIAL 1- Atividade individual

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b) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 – Prova c) PARCIAL 2 – Atividade em grupo d) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2 - Prova REFERÊNCIAS

BÁSICAS CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 9ª ed.

Barueri, SP: Manole, 2014.

REFERÊNCIAS COMPLEMEN

TARES

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente e moderna da administração das organizações. Ed. Compacta.

3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7ª ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

FONTES DA INTERNET

Portal Primeiro Negocio. Disponível em:

<http://www.primeironegocio.com/empreendedorismo/administracao- cientifica/> Acesso em 23 de julho de 2018, às 15h09min.

Portal dos Administradores, Princípios da administração. Disponível em:

<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/principios-da- administracao-o-conceito-da-administracao-e-suas-funcoes/57654/.>

Acesso em 25 de junho de 2018, às 15h09min.

Portal ISCRIBD, TGA Conceito de Administração. Disponível em:

<https://pt.scribd.com/doc/6976061/TGA-CONCEITO-ADM.> Acesso em 21 de junho de 2018, às 16h15min.

Portal UFVJM, Planos de ensino. Disponível em:

<http://www.ufvjm.edu.br/prograd/planos-de-ensino.html. > Acesso em 18

de junho de 2018, às 16h36min.

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11 4 - APOSTILA

A apostila é composta por 4 módulos. O primeiro módulo consiste nos conceitos básicos da Administração, com o objetivo de serem introduzidos conhecimentos para o entendimento dessa área, das competências exigidas ao Administrador e dos desafios que a Administração enfrenta hoje. Abordando o histórico e a evolução da Administração, pretendemos que compreenda como se processa o “Pensamento Administrativo” e, com isso, possa aplicar os conhecimentos construídos no seu dia a dia profissional.

Nos módulos 2 e 3, estudaremos a Administração Científica e a Teoria Clássica da Administração. Essas teorias representam a base dos estudos da Administração e são utilizadas até hoje por empresas que querem prosperar no mercado.

Conhecerá as principais contribuições de Frederick Taylor, Henri Fayol, nessas duas teorias (Administração Científica e Teoria Clássica) para a gestão e entenderá como elas permitem a eliminação de desperdícios, a elevação da produtividade e conferem maior eficiência à organização.

No módulo 4, são apresentados os principais conceitos que influenciam o comportamento humano, a motivação das pessoas, a liderança, a comunicação e a diferença entre a organização formal e informal. Toda essa abordagem será indispensável para compreendermos as influências e a importância das pessoas nas organizações. Por meio das experiências do estudioso e psicólogo Elton Mayo (Experiência de Hawthorne), considerado o idealizador da Teoria das Relações Humanas, entenderemos como os grupos sociais possuem influência do desempenho e produtividade das pessoas.

Estudaremos ainda a influência da motivação humana na Administração e a

importância da liderança e da comunicação no desempenho das organizações.

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4.1. MÓDULO I - INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Geral da Administração (TGA) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da Administração em geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas organizações não lucrativas. A TGA trata do estudo da Administração das organizações. Em função dos aspectos exclusivos de cada organização, o administrador define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade. O administrador bem-sucedido em uma organização pode não sê-lo em outra. Toda vez que uma organização pretende incluir um executivo em seu quadro administrativo, os candidatos são submetidos a uma infinidade de testes e de entrevistas que procuram investigar em profundidade seus conhecimentos, habilidades e competências, suas atitudes e características de personalidade, seu passado profissional, sua formação escolar, seus antecedentes morais, seu sucesso ou fracasso em determinadas atividades, entre outros.

4.1.1 - CONCEITO

O mundo moderno se caracteriza por uma era institucional, ou seja, formado por organizações. E todos nós precisamos de organizações para viver. Elas estão presentes no nosso dia a dia sem que percebamos, para entendermos melhor a Administração, é preciso saber como esse conhecimento foi construído ao longo dos anos. Ao estudar a Teoria da Administração, teremos condições de entender a evolução dos conceitos e das práticas da Administração e descobrir como esses conhecimentos podem nos ajudar a administrar com excelência uma organização.

Para uma organização sobreviver e cumprir com êxito seu papel é fundamental sua estreita relação com a Administração.

Chiavenato (2004, p.17) explica que a Administração nada mais é do que a

condução racional das atividades de uma organização seja ela lucrativa ou não

lucrativa. A Administração é uma ciência que une teoria e prática para criar

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princípios racionais que ajudam as empresas a serem mais eficientes. Administrar é a maneira de governar uma organização ou parte dela. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos que a organização possui para que ela alcance seus objetivos de maneira eficiente e eficaz.

Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.

A profissão de Administrador é relativamente nova e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de1965, data em que se comemora o Dia do Administrador.

Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que geriram as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII.

Segundo Jonh W. Riegel, "O êxito do desenvolvimento de executivos em uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos seus gerentes no seu papel de educadores. Cada superior assume este papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para se desenvolverem".

Teorias Administrativas, suas ênfases e seus principais enfoques:

Ênfase Teorias administrativas Principais enfoques

Tarefas Administração científica

Racionalização do trabalho no nível operacional.

Estrutura Teoria clássica

Organização formal; princípios gerais da administração e funções do administrador.

Pessoas Teoria das relações humanas

Organização informal; motivação;

liderança; comunicações e dinâmica de grupo.

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

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14 Funções administrativas

Fayol definiu as funções básicas do Administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar-POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar - PODC. Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram

"comandar e coordenar" que hoje chamamos de Dirigir (Liderança). Atualmente, as principais funções administrativas são:

• Fixar objetivos (planejar);

• Analisar: conhecer os problemas;

• Solucionar problemas;

• Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas);

• Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);

• Negociar;

• Tomar as decisões;

• Mensurar e avaliar (controlar).

Princípios de um bom Administrador

• Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas;

• Saber decidir e solucionar problemas;

• Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos;

• Ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização;

• Ser proativo, ousado e criativo;

• Ser um bom líder;

• Gerir com responsabilidade e profissionalismo.

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15 Áreas da administração

• Administração financeira.

• Administração da produção.

• Administração pública.

• Administração de Materiais.

• Marketing.

• Gestão de Pessoas.

• Gestão Sistêmica.

• Administração de Sistemas de Informação.

• Organização, Sistemas e Métodos.

• Comércio Internacional.

4.1.2 - A ADMINISTRAÇÃO E SEUS PANORAMAS

Para administrar os mais variados níveis de organização é necessário ter habilidades, estas são divididas em três grupos:

As Habilidades Técnicas são habilidades que necessitam de conhecimento especializado e procedimentos específicos e pode ser obtida através de instrução.

As Habilidades Humanas envolvem também aptidão, pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão para liderar com eficiência.

As Habilidades Conceituais englobam um conhecimento geral das organizações, o gestor precisa conhecer cada setor, como ele trabalha e para que ele exista.

De acordo com Chiavenato a estrutura garante a totalidade de um sistema e permite sua integridade, assim são as organizações, diversos órgãos agrupados hierarquicamente, os sistemas de responsabilidade, sistemas de autoridade e os sistemas de comunicações são componentes estruturais.

Existem vários modelos de organização: Organização Empresarial,

Organização Máquina, Organização Política entre outras. As organizações possuem

seus níveis de influência. O nível estratégico é representado pelos gestores e o nível

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tático, representado pelos gerentes. Eles são importantes para manter tudo sob controle. O gerente tem uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece uma autoridade de forma construtiva, competente, enérgica e única. Fayol nomeia 16 diferentes atribuições dos gerentes. Os gerentes são responsáveis pelo elo entre o nível operacional, onde os colaboradores desenvolvem os produtos e serviços da organização.

As organizações formais possuem uma estrutura hierárquica com suas regras e seus padrões. Os organogramas com sua estrutura bem dimensionada podem facilitar a autonomia interna, agilizando o processo de desenvolvimento de produtos e serviços. O mundo empresarial cada vez mais competitivo e os clientes a cada dia mais exigentes levam as organizações a pensar na sua estrutura, para se adequar ao que o mercado procura. Com os órgãos bem dispostos nessa representação gráfica, fica mais bem objetivada a hierarquia bem como o entrosamento entre os cargos.

As organizações fazem uso do organograma que melhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que o modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desenvolvimento da empresa, todos contribuem com ideias na tomada de decisão.

Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as informações são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar em momentos oportunos.

Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser mantida no sistema, deve haver um estudo no organograma da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.

Para as organizações as pessoas são as mais importantes, por isso tantos estudos a fim de sanar interrogações a respeito da complexidade do ser humano.

Maslow diz que em primeiro na base da pirâmide vem às necessidades fisiológicas,

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como: fome, sede sono, sexo, depois ele nomeia segurança como o segundo item mais importante, estabilidade no trabalho, por exemplo, logo depois necessidades afetivas sociais, como pertencer a um grupo, ter amigos, família; necessidades de status e estima, aqui podemos dar como exemplo a necessidade das pessoas em ter reconhecimento, por seu trabalho por seu empenho, no topo Maslow colocou as necessidades de auto realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser, explorando suas possibilidades.

O raciocínio de Viktor Frankl "vontade de sentido" também é coerente, ele nos atenta para o fato de que nem sempre a pirâmide de Maslow ocorre em todas as escalas de uma forma sequencial, de acordo com ele, o que nos move é aquilo que faz com que nossa vida tenha sentido, nossas necessidades aparecem de forma aleatória, são nossas motivações que nos levam a agir. Os colaboradores são estimulados, fazendo o que gostam, as pessoas alocam mais tempo nas atividades em que estão motivados. Sendo assim um funcionário trabalhando em uma determinada tarefa, pode sentir auto realização sem necessariamente ter passado por todas as escalas da pirâmide. Mas o que é realização para um, não é realização para todas as pessoas. O ser humano é insaciável, quando realiza algo que desejou intensamente, logo cobiçara outras coisas.

Os comportamentos das pessoas nas organizações afetam diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso da mesma, o comportamento dos colaboradores reflete seu desempenho. Há uma necessidade das pessoas de ter incentivos para que o trabalho flua, a motivação é intrínseca, mas os estímulos são imprescindíveis para que a motivação pelo trabalho continue gerando resultados para a empresa.

Os lideres são importantes no processo de sobrevivência no mercado,

Lacombe descreveu que o líder tem condição de exercer, função, tarefa ou

responsabilidade quando é responsável pelo grupo. Um líder precisa ser motivado,

competente, conseguir conquistar e conhecer as pessoas, ter habilidades e

intercalar objetivos pessoais e organizacionais. O estilo do líder Democrático

contribui na condução das organizações, ele delega não só tarefas, mas poderes,

isso é importante para estimular os mais diversos profissionais dentro da

organização.

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No processo de centralização a tomada de decisões é unilateral, deixando os colaboradores travados, sem poder de opinião. Já no processo de descentralização existe maior estimulo por parte dos funcionários, podendo opinar eles se sentem parte ativa da empresa.

Existem benefícios assegurados por leis e benefícios espontâneos. Um bom plano de benefícios motivam os colaboradores. O funcionário hoje com todo seu conhecimento adquirido na empresa tem sido tratado como ativo não mais como recurso. Dar estímulos como os benefícios contribuem para a permanência do funcionário na organização. São inúmeras vantagens tanto para o empregado quanto para o empregador. Reduzindo insatisfações e aumentando a produção, gerando assim resultados satisfatórios.

4.1.3 - ANTECEDENTES HISTÓRICOS

A história da Administração é recente. Ela se desenvolveu com impressionante lentidão, e somente a partir do século XX teve notável pujança e inovação. Nos tempos atuais, a sociedade típica dos países desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações, na qual a maior parte das obrigações sociais (como a produção de bens ou serviços) e confiada a organizações (como indústrias, universidades e escolas, hospitais, comércio, comunicações, serviços públicos etc.) que precisam ser administradas para serem eficientes e eficazes. Nos idos do século XIX, a sociedade era diferente.

As organizações eram poucas e pequenas: predominavam pequenas oficinas, artesões independentes, pequenas escolas profissionais autônomos – como médicos, advogados e artistas que trabalhavam por conta própria – o lavrador, o armazém da esquina etc. Embora o trabalho sempre tenha existido na história da humanidade, as organizações e sua administração formam um capítulo recente.

No decorrer dos anos sofreu influência dos filósofos; da organização da Igreja

Católica; da organização militar; da Revolução Industrial; dos economistas liberais e

dos pioneiros e empreendedores.

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19 Influência dos Filósofos

A Administração recebeu influência da filosofia desde os tempos da Antiguidade. Sócrates (470) a.C. -399 a.C) expõe seu ponto de vista sobre a Administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. Platão (429 a.C.-347 a.C.), filósofo grego, discípulo de Sócrates, expõe em sua obra A república a forma democrática de administração dos negócios públicos. Aristóteles (384 a.C. -322 a.C.), discípulo de Platão, deu o impulso inicial à Filosofia, Cosmologia, Nosologia, Metafísica. Lógica e Ciências Naturais abrindo as perspectivas do conhecimento humano.

No período da Antiguidade até o inicio da Idade Moderna, A filosofia desprendeu-se dos problemas administrativos. Com Francis Bacon (1596 – 1626), filósofo e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, surge à preocupação de separar o essencial do acidental ou acessório. O discurso do Método no qual descreve seu método filosófico denominado cartesiano, cujos princípios são:

1. Princípio da dúvida sistemática ou evidência. Consiste em não aceitar nada como verdadeiro enquanto não se souber com evidência – clara e distintamente – aquilo que é realmente verdadeiro.

2. Princípio da análise ou de decomposição. Consiste em dividir cada problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua adequação e solução, e resolvê-las cada uma separadamente.

3. Princípio da síntese ou da composição. Consiste em conduzir de maneira ordenada o pensamento e o raciocínio, começando pelos assuntos mais fáceis de conhecer para passar gradualmente aos mais difíceis.

4. Princípio a enumeração ou da verificação. Consiste em verificar, rever e recontar para que se fique seguro de nada haver omitido.

O método cartesiano teve profunda influência na Administração do século XX.

Com a Filosofia Moderna, o campo de estudo filosófico se afasta dos

problemas organizacionais e a Administração deixa de receber contribuições e

influências.

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20 Influência da Igreja Católica

Ao longo dos séculos, os princípios de administração pública passaram das instituições dos Estados (Atenas, Roma etc.) para as instituições da Igreja Católica e da organização militar. Ao longo do tempo, a Igreja Católica estruturou sua organização em uma hierarquia de autoridade, estado-maior (assessoria) e coordenação funcional para assegurar integração. A organização hierárquica da Igreja é simples e eficiente e sua organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe foi delegada por uma divina superior. A organização eclesiástica serviu de modelo para as organizações ávidas de experiências bem-sucedidas que passaram a incorporar os princípios utilizados pela Igreja Católica.

Influência da Organização Militar

A organização militar influenciou as teorias da Administração. Há 2.500 anos, Sun Tzu, general e filósofo chinês, escreveu um livro sobre a arte da guerra no qual trata da preparação dos planos, da guerra, da espada, das manobras, das táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da organização do exército.

A organização linear originou-se da organização militar dos exércitos da época medieval. O princípio da unidade de comando (cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo da organização militar. A escala hierárquica – os vários níveis hierárquicos de comando com autoridade e responsabilidade – é típica da organização militar. Quando o volume de operações militares aumentou, cresceu a necessidade de delegar autoridade para níveis mais baixo da organização militar. O comando das operações exigiu centralização do comando e descentralização da execução.

A organização militar utiliza o princípio de direção, segundo o qual todo

soldado deve saber o que se espera dele e aquilo que deve fazer. A disciplina é o

requisito básico da organização militar.

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21 Influência da Revolução Industrial

A invenção da máquina a vapor por James Watt (1736 – 1819) e sua aplicação à produção levou a uma nova concepção de trabalho responsável por mudar a estrutura social e comercial da época e provocar a Revolução Industrial, com transformações de ordem econômica, política e social, maiores do que todas as mudanças ocorridas no milênio anterior em um lapso de um século. A Revolução Industrial teve inicio na Inglaterra e é dividida em duas épocas distintas:

1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro.

1860 a 1914: Segunda Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade.

A Primeira Revolução Industrial passou por quatro fases

1. Mecanização da indústria e da agricultura. A máquina de fiar, o tear hidráulico, o tear mecânico e o descaroçador de algodão substituíram o trabalho muscular do homem, do animal ou da roda da água. Eram enormes máquinas com incrível superioridade sobre os processos manuais de produção da época. O descaroçador de algodão fazia mil fibras de algodão no mesmo tempo em que um escravo conseguia cinco libras.

2. Aplicação da força motriz à indústria. A aplicação do vapor às máquinas transforma as oficinas em fábricas.

3. Desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena oficina patronal cederam lugar ao operário e às fabricas e usinas baseadas na divisão do trabalho. Massas humanas migram das áreas agrícolas para as proximidades das fabricas provocando a urbanização.

4. Espetacular aceleramento dos transportes e das

comunicações. Navegação a vapor, estradas de ferro e novos meio de transporte e

de comunicação surgem com impressionante rapidez. O telégrafo elétrico, o selo

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22

postal e o telefone impelem o forte desenvolvimento econômico, social, tecnológico e industrial, e as profundas transformações que viriam a seguir.

A Segunda Revolução Industrial

Começa em torno de 1860, provocada por três eventos: o processo de fabricação do aço (1856), o dínamo (1873) e o motor de combustão interna (1873).

As características da Segunda Revolução industrial são:

Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico.

Substituição do vapor pela eletricidade e petróleo como fonte de energia.

Desenvolvimento de máquinas automáticas e especialização do operário.

Crescente domínio da indústria pela ciência.

Transformação nos transportes e nas comunicações. As vias férreas são ampliadas. Em 1880, Daimler e Benz produzem automóveis. Dunlop aperfeiçoa o pneumático e Henry Ford produz o modelo “T” em 1908. Em 1906, Santos Dumont faz sua experiência com o avião.

Novas formas de organização capitalista. O capitalismo industrial cedeu lugar ao capitalismo financeiro, que tem quatro características principais:

o

Dominação da indústria por inversões de bancos e instituições financeiras, como na formação da Unirted States Steel Corporation, em 1901, pela J.P. Morgan & Co.

o

Acumulação de capital, fusões de empresas e formação de trustes.

o

Separação entre a propriedade particular e a direção das empresas.

o

Aparecimento das holding companies para integrar os negócios.

o

Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente.

(23)

23

O aparecimento das fábricas e indústrias

O artesanato – em que os operários se organizavam em corporações de ofício regidas por estatutos – foi substituído pela produção por meio de máquinas dentro das fábricas. Ocorreu uma transformação provocada por dois aspectos:

1. Transferência da habilidade do artesão para a máquina, que produz custos de produção.

2. Substituição da força do animal ou músculo humano pela máquina a vapor e depois pelo motor, permitindo maior produção e economia.

A organização moderna nasceu com a Revolução Industrial devido:

À ruptura das estruturas corporativas da idade média.

Ao avanço tecnológico e à aplicação dos progressos científicos à produção, à descoberta de novas formas de energia e à enorme ampliação de mercados.

À substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção.

Influência dos Economistas Liberais

A partir do século XVII surgiram teorias econômicas centradas na explicação dos fenômenos empresariais (microeconômicos) e baseadas em dados empíricos, na experiência cotidiana e em tradições do comércio da época.

As ideias básicas dos economistas clássicos liberais constituem os germes do

pensamento administrativo. Adam Smith (1723 – 1790) é o fundador da economia

clássica, cuja ideia central é a competição. O princípio da especialização e da

divisão do trabalho apareceu em seu livro A Riqueza das Nações, publicado em

1776. Para Adam Smith a origem da riqueza das nações reside na divisão do

trabalho e na especialização das tarefas preconizando o estudo dos tempos e

movimento que, mais tarde, Taylor e Gilbreth iriam desenvolver como a base da

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24

Administração cientifica. Adam Smith reforçou a importância do planejamento e da organização dentro das funções da Administração.

O socialismo e o sindicalismo obrigam o capitalismo do inicio do século XX a enveredar pelo aperfeiçoamento dos fatores de produção envolvidos e sua adequada remuneração. Nessa situação, surgem os primeiros esforços nas empresas capitalistas para implantar métodos e processos de racionalização do trabalho, cujo estudo metódico coincide com o inicio do século XX.

Influência dos pioneiros e empreendedores

O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as empresas também. As condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando.

Em torno de 1820, o maior negócio empresarial privado eram as estradas de ferro, que impulsionaram as ações de investimentos e o ramo de seguros, e também provocaram o fenômeno da urbanização, o qual criou necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz e aquecimento e o crescimento de empresas focadas n consumo.

Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. Os “criadores de impérios” integravam concorrentes, fornecedores e distribuidores e, junto com as empresas e instalações, vinham também os antigos donos e empregados. Surgiram os primitivos impérios industriais que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo apareceram os gerentes profissionais, os primeiros organizadores preocupados mais com a fabrica do que com as vendas ou compras.

Na década de 1880, surgem empresas com organizações próprias de vendas e vendedores treinados, dando inicio ao “marketing” de hoje, com a organização do tipo funcional que seria adotada pelas demais empresas, a saber:

Departamento de produção para cuidar da manufatura de fábrica isolada.

Departamento de vendas e escritórios distritais com vendedores.

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Departamento técnico de engenharia para desenvolver produtos.

Departamento financeiro.

No inicio do século XX, grandes corporações sucumbiram financeiramente.

Dirigir grandes empresas deixou de ser uma habilidade pessoal. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos organizadores que substituiriam os capitães das indústrias – pioneiros e empreendedores. Chegou à era da competição e da concorrência como decorrência de fatores como:

Desenvolvimento tecnológico.

Livre comércio

Mudança dos mercados vendedores para mercados compradores

Aumento da capacidade de investimento de capital

Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que reduz custos de produção

Crescimento dos negócios.

Esses fatores proporcionaram a melhoria da prática empresarial e o surgimento da Teoria Administrativa.

4.2. MODULO II - ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na

ênfase colocada nas tarefas. O nome Administração Científica é devido à tentativa

de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração a fim de

aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos

problemas da Administração são a observação e a mensuração. A Escola da

Administração Científica foi iniciada no começo do século passado pelo engenheiro

americano Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna TGA. Taylor

teve inúmeros seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros) e

provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo

industrial de sua época. A preocupação original foi eliminar o fantasma do

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desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.

4.2.1 - METODOLOGIA TAYLORISTA

A Administração Científica tinha em sua essência o intuito de aplicar a ciência à administração. Possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. Com o objetivo de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos das empresas da época.

Taylor buscava, com isso, uma forma de gestão que fizesse com que o trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os custos de produção da empresa. Ele observou que o sistema de gestão da época continha muitas falhas, entre elas: a falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada nas empresas.

Segundo Maximiano (2011), foi necessário, portanto, expandir as empresas industriais e desenvolver novos conceitos e métodos de Administração, pois existia uma variedade de empresas com tamanhos diferenciados, insatisfação com operários, alto volume de perdas e outros problemas.

Seu trabalho foi dividido em dois períodos:

1º período de Taylor: racionalização do trabalho dos operários das fábricas da época.

O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro

Shop Management1 (1903), sobre as técnicas de racionalização do trabalho do

operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-time Study). Taylor

começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um

paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus

movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Verificou

(27)

27

que o operário médio e com o equipamento disponível produzia muito menos do que era potencialmente capaz. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.

O objetivo da Administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção.

Para realizar tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris.

Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas possam ser cumpridas.

Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida.

A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência desse ambiente psicológico.

2º período de Taylor: definição de princípios de administração aplicáveis em todas as situações do cotidiano da empresa.

Corresponde à publicação do seu livro The PrincipIes of Scientific Management (1911),3 quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar de lado sua preocupação quanto à tarefa do operário. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:

1. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção acerca de

um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela

gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho:

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28

 O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca desemprego.

 O sistema defeituoso de Administração que força os operários à ociosidade no trabalho a fim de proteger seus interesses pessoais.

 Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte de seu esforço e tempo.

2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.

3. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho. Para sanar esses três males, Taylor idealizou o Scientific Management difundido sob os nomes de Administração Científica, Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. Segundo Taylor, o Scientific Management é uma evolução e não uma teoria, tendo como ingredientes 750/0 de análise e 25% de bom senso. Para Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um período de quatro a cinco anos para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízo aos patrões. A Administração Científica é uma combinação de:

"Ciência em lugar de empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida.

Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade."

Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e

tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao

planejamento e o empirismo à ciência: a Ciência da Administração. Como pioneiro, o

mérito de Taylor reside em sua contribuição para encarar sistematicamente o estudo

da organização. O fato de ter sido o primeiro a fazer uma análise completa do

trabalho, incluindo tempos e movimentos, a estabelecer padrões de execução,

treinar os operários, especializar o pessoal; inclusive o de direção: instalar uma sala

de planejamento, em resumo, assumir uma atitude metódica ao analisar e organizar

a unidade fundamental de trabalho, adotando esse critério até o topo da

organização, tudo isso eleva Taylor a uma altura não comum no campo da

(29)

29

organização. Os elementos de aplicação da Administração Científica nos padrões de produção são: padronização de máquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade?

Embora Taylor se preocupasse mais com a filosofia - com a essência da ideia que exige uma revolução mental tanto da parte da direção como da pane dos operários – a tendência de seus seguidores foi lima preocupação maior com as técnicas do que com a filosofia da Administração Científica. O principal objetivo da Administração é assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser os dois fins principais da Administração. Assim, deve haver uma identidade de interesses entre empregados e empregadores.

Organização Racional do Trabalho (ORT)

Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Como há sempre um método mais rápido e um instrumento mais adequado que os demais, esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada operário. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

A Organização Racional do Trabalho visava à eliminação de movimentos inúteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rápida, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente. A ORT pregava:

Análise do trabalho operário;

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Estudo dos tempos e movimentos;

Fragmentação das tarefas;

Especialização do trabalhador.

Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos

O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Observando metodicamente a execução de cada operação a cargo dos operários, Taylor viu a possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. A essa análise do trabalho seguia-se o estudo dos tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. A esse tempo médio eram adicionados os tempos elementares e mortos (esperas, tempos de saída do operário da linha para suas necessidades pessoais etc.) para resultar o chamado tempo padrão. Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. Método é a maneira de se fazer algo para obter um determinado resultado. O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização do método de trabalho do operário e a fixação dos tempos-padrão para execução das tarefas.

Em seu livro “Administração de Oficinas” (1903), Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das ferramentas utilizadas.

Instrumento criado para promover a racionalização do trabalho do operário.

Era a divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada

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31

operação em uma tarefa. Entre as vantagens do estudo dos tempos e movimentos estão:

Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;

Racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho;

Facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.

Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi um engenheiro americano que acompanhou Taylor em seu interesse pelo esforço humano como meio de aumentar a produtividade. 10 Introduziu o estudo dos tempos e movimentos dos operários como técnica administrativa básica para a racionalização do trabalho. Concluiu que todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos elementares (aos quais deu o nome de therblig, anagrama de Gilbreth), para definir os movimentos necessários à execução de qualquer tarefa. Os movimentos elementares (therbligs) permitem decompor e analisar qualquer tarefa. A tarefa de colocar parafusos representa sete movimentos elementares: pegar o parafuso transportá-lo até a peça, posicioná-lo, pegar e transportar a chave de fenda até o parafuso utilizá-la e posicioná-la na situação anterior. O therblig constitui o elemento básico da Administração Científica e a unidade fundamental de trabalho.

Fragmentação das tarefas

A primeira tentativa de definir e estabelecer racionalmente cargos e tarefas aconteceu com a Administração Científica. Nesse aspecto, Taylor foi o pioneiro.

Como todo pioneiro, é reverenciado por alguns e criticado por outros. Tarefa é toda

atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização. A

tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma

organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou

repetitiva. Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de

executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de

cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e combinado com outros

cargos para a execução das tarefas. A simplificação no desenho dos cargos permite

as seguintes vantagens:

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1. Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de produção.

2. Minimização dos custos de treinamento.

3. Redução de erros na execução, diminuindo os refugos e rejeições.

4. Facilidade de supervisão, permitindo que cada supervisor controle um número maior de subordinados.

Especialização do trabalhador

A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos provocou a reestruturação das operações industriais nos Estados Unidos, eliminando os movimentos desnecessários e economizando energia e tempo. Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa para ajustar- se aos padrões descritos e às normas de desempenho definidas pelo método.

4.2.2 - PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A preocupação de racionalizar, padronizar e prescreve normas de conduta ao administrador levou os engenheiros da Administração Científica a pensa que tais princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis. Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação; uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer àquela situação. Dentre a profusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, os mais importantes são:

1 – Planejamento

O taylorismo substitui o julgamento individual e o improviso por métodos

científicos planejados e testados, racionalizando completamente o processo

produtivo. Essa etapa do planejamento visa principalmente a organização racional

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33

do trabalho desenvolvida por Taylor, a qual o maior objetivo consiste em eliminar os movimentos inúteis e fazer com que os trabalhadores executem as tarefas de forma mais simples e rápida.

2 – Preparo dos trabalhadores

De acordo com a teoria desenvolvida por Taylor, é imprescindível escolher os operários mediante suas aptidões e em seguida prepará-los e treiná-los para que eles atinjam o grau máximo de especialização, produzindo com máxima qualidade e em maiores quantidades.

Vale ressaltar que este princípio refere-se muito mais a uma habilidade física que intelectual ou emocional, já que essa teoria considera apenas o cumprimento de metas na produção que independam das características psicológicas dos indivíduos, dos líderes ou da sinergia entre as pessoas e equipes.

3 – Controle

Esse princípio da Administração Científica consiste em monitorar o desenvolvimento do trabalho, fazendo com que ele atinja as metas esperadas de acordo com a metodologia estabelecida na etapa do planejamento. Essa etapa também é caracterizada pela supervisão humana quanto a todas as tarefas realizadas.

4 – Execução

Tem por objetivo distribuir as responsabilidades, atribuições e etapas do

trabalho, de forma que ele seja realizado da forma mais disciplinada possível. Etapa

da execução tem como base o estudo dos tempos e movimentos realizados por

Taylor, os quais todos os trabalhadores devem seguir uma padronização, eliminando

desperdícios de tempo, recursos materiais, esforço físico etc.

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34 Princípios básicos de Ford

Provavelmente, o mais conhecido de todos os precursores da Administração Científica, Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico. Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou, em 1903, a Ford Motor Co. Sua ideia:

popularizar um produto antes artesanal e destinado a milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência técnica garantida, revolucionando a estratégia comercial da época. Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel nem mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível. E essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver do homem do que muitas das maiores invenções do passado da humanidade. Em 1913 já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da empresa. Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando, na época, a jornada variava entre dez e doze horas. Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 carros por ano. Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado, além da concentração horizontal através de uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias. Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamento de seus métodos e processos de trabalho.

4.2.3 - CRÍTICAS À ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Como todo processo pioneiro e inovador, a Administração Científica teve seus

críticos ferrenhos. E muitas destas críticas perduram até hoje, em virtude da

abordagem criada por Taylor. Conheça abaixo as principais críticas:

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35

O mecanicismo da abordagem (teoria da máquina);

A superespecialização que robotiza o operário;

A visão microscópica do homem;

Ausência de comprovação científica;

Limitação do campo de aplicação a fabrica;

Abordagem de sistema fechado (limitada).

A Administração Científica é criticada por pretender criar uma ciência sem o cuidado de apresentar comprovação científica das suas proposições e princípios.

Em outros termos, os engenheiros americanos utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica para comprovar suas teses. Seu método é empírico e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela evidência e não pela abstração:

baseia-se em dados singulares e observáveis pelo analista de tempos e movimentos relacionados com o como e não com o porquê da ação do operário.

A Administração Científica também ficou restrita aos problemas de produção na fábrica, não considerando os demais aspectos da vida da organização, como financeiros, comerciais, logísticos etc. Além disso, o desenho de cargos e tarefas retrata suas concepções a respeito da natureza humana (homem econômico) e se fundamenta em uma expectativa de estabilidade e previsibilidade das operações da organização.

Mas apesar das críticas, a Administração Científica tem um papel importantíssimo na formação do que conhecemos hoje como Administração. Em seu livro “Introdução à teoria Geral da Administração”, Chiavenato afirma que a administração foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. Um passo pioneiro e irreversível.

4.3. MODULO III - TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

O início do século XX é dado como época “berço” da Administração como

ciência. Surgiu a Origem da Abordagem Clássica da Administração.

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