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ÂNGELA VIEIRA- Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687

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ÂNGELA VIEIRA-

Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO – TCC CURSO: DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR ALUNO: Shoraya Teixeira Aparício

TURMA: DC74A ANO:2018

TEMA: A FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SAÚDE DO IDOSO

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COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO PROJETO BÁSICO PARA TCC ALUNO: SHORAYA TEIXEIRA APARÍCIO

TURMA: DC74A ANO: 2018 SUMÁRIO

PAG.

INTRODUÇÃO... ... 03

1-O QUE É PLANO DE ENSINO? ... ... 04

2-IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO... 05

3-PLANO DE ENSINO... ... 06

4- A FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SAÚDE DO IDOSO... 08

4.1-MODULO I – SISTEMA MUSCULAR... 08

4.1.1 – Massa muscular... 08

4.1.2 – Capacidade física... 10

4.1.3 – Importância da atividade física... 13

4.2-MDULO II – SAÚDE OSSEA DO IDOSO... 17

4.2.1 – Sistema esquelético e mobilidade... 17

4.2.2 – Doenças... 22

4.2.3 – Nutrição... ... 28

4.3-MODULO III – BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA... 31

4.3.1 – Psicológicos... 31

4.3.2 – Saúde do coração... ... 34

4.3.3 – Recurso Terapêutico... ... 36

4.4- MODULO IV – INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA... 39

4.4.1 – Políticas públicas... ... . 39

4.4.2 – Atuação profissional... 53

4.4.3 – Novas tendências... 54 5-BIBLIOGRAGIAS BÁSICAS UTILIZADAS:

5.1- OKUMA, Silene Sumire. Idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. 6 ed. Campinas, SP.: Ed.

Papirus, 2012. (Coleção Vivaidade).

5.2 - TAYLOR, Albert W.; JOHNSON, Michel J. Fisiologia do exercício na terceira idade. Tradução Soraya

Imon de Oliveira. Barueri, SP.: Editora Manole, 2015.

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3 INTRODUÇÃO

O principal objetivo desta apostila para você é levá-lo a compreender as conjecturas teórico-prática sobre a Fisiologia do Exercício no curso de Educação Física e sua contribuição para a saúde do idoso numa perspectiva crítica, enfatizando a intervenção deste profissional de Educação Física em situações reais e realizáveis.

Os conteúdos apresentados foram considerados importantes para serem abordados e condizentes com a realidade a partir de leituras pertinentes sobre o tema, e são indispensáveis para que você que está iniciando o estudo desta disciplina. Veremos conteúdos em torno dos conceitos, complexidade da realidade e a visão dos pesquisadores nas discussões relacionados com cada módulo da apostila.

É necessário que você compreenda que estes conteúdos poderão ser analisados e complementados, porque à medida que forem lidos e explorados, terão um novo olhar e poderão ser atualizados e aprofundados conforme a término da discussão dos temas debatidos em sala de aula. A proposta de conteúdo da apostila está estruturada em quatro módulos que são:

No Módulo I aprenderemos sobre o Sistema Muscular, conceitos sobre os vários aspectos deste sistema, como massa muscular, a capacidade física e a importância da atividade física para o ser humano e em especial ao idoso.

No Módulo II abordaremos sobre a Saúde Óssea do Idoso, conheceremos o sistema esquelético e a mobilidade, doenças que podem afetar o idoso e questões relacionados a nutrição.

Já no Módulo III conheceremos os Benefícios da Atividade Física para o bom funcionamento psicológico do ser humano, para a saúde do coração, e como recurso terapêutico.

E por fim, o Módulo IV que analisará a Intervenção do profissional de Educação Física,

as políticas públicas, sua atuação como profissional com relação ao idoso e as novas tendências.

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4 1- O QUE É PLANO DE ENSINO?

Plano de Ensino é um tipo de planejamento no qual o professor interliga os objetivos, os conteúdos e as metas que pretende atingir com os alunos em determinada disciplina.

Quando bem elaborado possui o poder de facilitar a vida do professor durante o ano/semestre, organizando suas atividades

de modo a atingir as metas estabelecidas para aquela disciplina.

E embora pareça simples colocar no papel tudo o que se pretende na disciplina ministrada, fazer um plano de ensino, na maioria das vezes gera muitas dúvidas sobre o quê colocar e onde colocar as informações, principalmente para as pessoas que na graduação não tiveram contato com disciplinas pedagógicas.

Um plano de ensino é passível de modificações e deve ser elaborado de acordo com a necessidade de cada público, localidade e de acordo com as Diretrizes curriculares de cada curso de graduação. No geral, cada instituição possui suas próprias normas de elaboração de planos de ensino, e portanto, não existe um modelo e nem padrão de estrutura para se elaborar um plano de ensino, mas existe tópicos básicos que deve conter dentro do plano de ensino, que são estes: Objetivos - são os propósitos da ação. Funcionam como horizonte e alicerce da prática. São expressos por meio de verbos no infinitivo que traduzem comportamentos, habilidades, atitudes e competências esperadas dos alunos; Conteúdos - abrangem os conceitos e assuntos que serão trabalhados durante a disciplina; Metodologia - trata dos recursos que serão necessários para promover os objetivos e conteúdos e dessa forma precisa haver coerência entre os mesmos.

E por fim, a avaliação, onde conceitos, atitudes e habilidades a serem demonstrados pelos alunos serão avaliados a fim de verificar se os objetivos foram alcançados. Para tal é necessário estabelecer critérios de avaliação onde se tenha claro o que se pretende avaliar e de que forma.

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5 2- IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO

lanejar executando e avaliando junto com outros professores proporciona a aquisição de habilidades necessárias à vida em comum entre colegas. Entre outros aspectos, crescimento profissional, ajustamento às

mudanças, exercício da autodisciplina, responsabilidade e união em nível de decisões conjuntas.

Consequentemente, o processo de tomada de decisões

bem informadas visa à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação ensino-aprendizagem, possibilitando melhores resultados e, em consequência, maior produtividade.

Por maior a complexidade que envolva a organização da escola, é indispensável ter sempre bem presente que a interação professor e aluno é o suporte estrutural, cuja dinâmica, concretiza o fenômeno educativo. Portanto, o planejamento de ensino deve ser alicerçado neste pressuposto básico.

O professor, ao planejar suas atividades, deve estar familiarizado com o que pode pôr em prática, de maneira que possa selecionar o que é adequado, adaptando às necessidades e interesses de seus alunos. Na maioria das situações, o professor dependerá de seus próprios recursos para elaborarem seus planos. Por isso, deverá estar bem informado dos requisitos técnicos para que possa planejar. A ação de planejar é predominantemente importante para aumentar a eficiência da ação a ser desencadeada no âmbito escolar.

O professor, durante o período letivo (ano ou semestre), pode organizar três tipos de planos de ensino. Disciplinar parte da ação pretendida no plano global, plano de unidade e especificar as realizações diárias para a concretização dos planos anteriores e plano de aula.

Pelo significativo apoio que o planejamento empresta à atividade do professor e alunos, é considerada etapa obrigatória de todo o trabalho docente. Com isso, o planejamento tende a prevenir as hesitações do professor, oferecendo maior segurança para se atingir os objetivos previstos, bem como na verificação da qualidade e quantidade do ensino que está sendo orientado pelo educador e pela escola.

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3- PLANO DE ENSINO CURSO EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PROFESSOR (A) SHORAYA TEIXEIRA APARÍCIO Nº DE CRÉDITOS 04

CARGA

HORÁRIA 80 horas

MARCO REFERENCIAL

PERFIL DO EGRESSO

Os egressos do curso de Educação Física através da disciplina Fisiologia do Exercício proporcionará aos estudantes o estudo dos mecanismos fisiológicos que ocorrem no organismo humano, buscando a autonomia intelectual e a capacidade permanente de aperfeiçoamento contínuo para atuação e desenvolvimento de projetos e produtos que envolvam a área da saúde.

CONTEXTUALIZ AÇÃO DA DISCIPLINA

Fisiologia do Exercício é uma disciplina que o estudante aprende detalhado como o corpo funciona, como o corpo reage e se adapta fisiologicamente à prática de educação física, especialistas que possuem conhecimento sobre a esta disciplina estão aptos a prescrever o treino físico ideal para cada tipo de pessoa, desde uma pessoa cardíaca, até um atleta.

EMENTA Sistema Muscular. Saúde Óssea do idoso. Benefícios da atividade física. Intervenção do profissional de Educação Física.

MARCO OPERACIONAL OBJETIVO

GERAL DA DISCIPLINA

Compreender de que forma a intervenção do profissional de Educação Física pode auxiliar na qualificação do processo de envelhecimento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA

DISCIPLINA

 Conhecer as limitações e o desempenho muscular do idoso na prática física ;

 Identificar a funcionalidade do corpo com os efeitos da atividade física adaptada ;

 Estimular a prática da atividade física como recurso na promoção da qualidade de vida do idoso ;

 Incentivar a compreensão acerca da importância do auxílio profissional para o desempenho físico adequado do ser humano.

MÉTODOS

 Aulas expositivas;

 Análise e interpretação de textos e artigos;

 Dinâmicas de grupo;

 Experiências vivenciais;

 Tempestade cerebral;;

 Estudos dirigidos;

 Filmes/Vídeos técnicos.

RECURSOS Quadro branco, pincel, filmes, livros, apostilas, resenha, mapa conceitual, projetor

de imagem, acesso à internet, notebook.

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U N ID

ASSUNTO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I UNIDADE I: SISTEMA MUSCULAR 1.1 Massa muscular

1.2 Capacidade física

1.3 Importância da atividade física

II UNIDADE II: SAÚDE ÓSSEA DO IDOSO 2.1 Sistema esquelético e mobilidade

2.2 Doenças 2.3 Nutrição

III UNIDADE III: BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA 3.1 Psicológico

3.2 Saúde do coração 3.3 Recurso terapêutico

IV UNIDADE IV: INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

4.1 Políticas públicas 4.2 Atuação do profissional 4.3 Novas tendências

AVALIAÇÃO

PARCIAL 1- Pesquisa (0-05 pontos). Tema: Flexibilidade e força muscular – individual (critérios específicos descritos na ficha de avaliação), mapa conceitual (0- 05 pontos).

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 - Prova individual escrita (0-10 pontos), contendo 7 questões de múltipla escolha e 3 discursivas (critérios descritos na prova). Assunto: Unidades I e 2 do conteúdo programático.

PARCIAL 2 – Síntese (0-10 pontos). Tema: Sistema Circulatório: respostas e adaptações aos diferentes tipos de exercícios – em grupo.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2 - Prova individual escrita (0-10 pontos), contendo 7 questões de múltipla escolha e 3 discursivas (critérios descritos na prova). Assunto: Unidades 3 e 4 do conteúdo programático.

REFERÊNCIAS BÁSICAS

OKUMA, Silene Sumire. Idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. 6 ed.

Campinas, SP.: Ed. Papirus, 2012.

TAYLOR, Albert W.; JOHNSON, Michel J. Fisiologia do exercício na terceira idade. Tradução Soraya Imon de Oliveira. Barueri, SP.: Editora Manole, 2015.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTA

RES Obs. No final da apostila

FONTES DA INTERNET

LINK do livro Fisiologia do exercício na terceira idade na biblioteca virtual:

https://idaam.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520435854 LINK do livro o idoso e a atividade física na biblioteca virtual:

https://idaam.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788530805180/pages/55

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4- A FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SAÚDE DO IDOSO

À medida que envelhecem, as pessoas vão percebendo numerosas alterações cognitivas e físicas visíveis. Embora muitas dessas alterações façam parte do envelhecimento normal, os fatores ambientais e relacionados ao estilo de vida também podem influenciar bastante o processo de envelhecimento. (TAYLOR, 2015, p. 02).

4.1 NOTA DE AULA 1 – SISTEMA MUSCULAR

4.1.1. Massa muscular

ara iniciarmos a falar sobre Massa Muscular, precisamos saber o que são músculos.

Os músculos são os tecidos responsáveis pelos movimentos dos animais, tanto os movimentos voluntários, com os quais o animal interage com o meio ambiente, como os movimentos dos seus órgãos internos, o coração ou o intestino.

Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua contratibilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras. A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é

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conduzido ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de sódio (necessário à contração) dentro da célula, e a saída de potássio da mesma, assim estimulando a liberação do cálcio que está armazenado no Retículos Sarcoplasmáticos ou RS presentes no sarcoplasma (citoplasma da célula muscular).

Os músculos voluntários são os órgãos ativos do movimento, transmitindo movimento aos osso sobre os quais se inserem. Têm uma variedade grande de tamanho e formato, de acordo com a sua disposição, local de origem e inserção e controlam a postura do corpo do animal.

O ser humano possui aproximadamente 512 músculos. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em várias fibras para poder controlar todas as células do músculo, através da placa motora.

Ao estudarmos Fisiologia aprendemos que existem dois tipos de contrações musculares: contração isotônica e contração isométrica.

 A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo encurta enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga que está sendo erguida pelo músculo. Divide-se em concêntrica e excêntrica. Na concêntrica a contração vence a resistência e há o encurtamento muscular e na excêntrica a resistência vence a contração havendo o alongamento muscular.

Ex: A corrida é concêntrica pois o velocista vence a barreira do ar Ex: Queda de braço é excêntrica pois a resistência está em seu oponente.

 A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento externo do músculo não se altera, pois a força gerada pelo músculo é insuficiente para mover a carga à qual está fixado. No corpo, a maioria das contrações é uma combinação de ambas contrações.

Massa é um conceito utilizado em ciências naturais. Em particular, a massa é

frequentemente associada ao peso dos objetos. Esta associação não se mostra na maioria das

vezes, entretanto, correta, ou quando correta, não se mostra completamente elucidativa. Em

acordo com o paradigma científico moderno, o peso de um objeto resulta da interação

gravitacional entre sua massa e um campo gravitacional: ao passo que a massa é parte integrante

da explicação para o peso, ela sozinha não constitui a explicação completa. Os trajes

espaciais dos astronautas, quando usados aqui na Terra, parecem consideravelmente mais

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pesados do que quando usados na superfície da Lua, contudo suas massas permanecem exatamente as mesmas.

É comum também a associação de massa ao tamanho e forma de um objeto. Massa realmente toma parte na explicação para o tamanho dos objetos (densidade), mas não constitui a explicação correta ou completa.

O corpo humano é equipado com vários sentidos com os quais estabelecemos a compreensão do mundo que nos cerca. Em primeira instância é às sensações que eles nos fornecem que naturalmente associamos certos conceitos e definições, a citar os conceitos intuitivos de temperatura, tamanho, resistência, peso, massa e outros. Mas, o sentido da massa que falaremos aqui é da massa muscular, e compreender as razões que no processo de envelhecimento o ser humano perde massa muscular.

Para Fleck apud Okuma (2012) o treinamento sistemático da força pode desacelerar a perda da massa muscular e assim manter seus níveis.

4.1.2. Capacidade física

Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comum.

Características:

 São elementos essenciais para o rendimento motor;

 São determinadas geneticamente;

 Desenvolvem-se através do treino.

Classificação:

1.Condicionais – são as capacidades determinadas pelos processos energéticos e metabólicos – obtenção e transformação da energia. Por isso, são condicionadas pela energia disponível nos músculos e pelos mecanismos que lhe regulam a distribuição – carácter quantitativo.

2.Coordenativas – são essencialmente determinadas pelos processos de organização, controle e

regulação do movimento. Estas são condicionadas pela capacidade de elaboração das

informações por parte dos analisadores implicados na formação e realização do movimento –

carácter qualitativo.

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Classificação das capacidades físicas condicionais

1. FORÇA: Habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos produzir uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou elevar.

a. Força Isotônica (Dinâmica) – É o tipo de força que envolve os músculos dos membros em movimento ou suportando o peso do próprio corpo em movimentos repetidos.

b. Força Isométrica (Estática) – É o tipo de força que explica o fato de haver força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em forma de movimento.

c. Força Explosiva (Potência) – Habilidade de exercer o máximo de energia em um ato explosivo. O

Desenvolvimento da força pode ser:

GERAL – quando visamos o desenvolvimento de todos os grupos musculares; consiste na amplitude normal de oscilação das articulações, especialmente nas principais articulações:

ombros, anca e coluna vertebral.

ESPECÍFICA – quando visamos o desenvolvimento de um ou vários grupos musculares característicos dos gestos de cada modalidade. Consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade.

2. FLEXIBILIDADE: Pode ser evidenciada pela amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo. É dependente da elasticidade muscular e da mobilidade articular.

3. RESISTÊNCIA: Qualidade física que permite um continuado esforço durante um

determinado tempo. a. Resistência Aeróbica: Permite manter por um determinado período de

tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção, sendo os esforços

de fraca ou média intensidade. b. Resistência Anaeróbica: Permite manter por um determinado

período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior à sua absorção, acarretando

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um débito de O2 e que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços de grande intensidade.

c. Resistência Muscular Localizada (RML): Capacidade individual de realizar num maior tempo possível a repetição de um determinado movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a capacidade de repetir várias vezes uma mesma tarefa utilizando-se baixos níveis de força. É a capacidade do músculo em trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo.

4.VELOCIDADE: Qualidade física particular do músculo e das coordenações neuromusculares, que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos, que em seu encadeamento constitui uma só e mesma ação, de intensidade máxima e duração breve ou muito breve.

a. Velocidade de Reação: Rapidez com a qual uma pessoa é capaz de responder a um estímulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser iniciada a resposta a um estímulo recebido.

b. Velocidade de Membros: Capacidade de mover membros superiores e ou inferiores tão rápido quanto possível.

c. Velocidade de deslocamento: Capacidade máxima de uma pessoa deslocar-se de um ponto a outro.

Classificação das capacidades físicas coordenativas

1.EQUILÍBRIO: Capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a força da gravidade.

a. Equilíbrio Estático: adquirido em determinada posição, sem movimento;

b. Equilíbrio Dinâmico: adquirido durante o movimento;

c. Equilíbrio recuperado: explica a recuperação do equilíbrio após o corpo ter estado em

movimento.

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2. COORDENAÇÃO: Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo de esforço. Constitui-se uma atividade psicomotora indispensável em todas as habilidades desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de Educação Física desde os primeiros níveis. A repetição contínua de movimentos combinados, melhora gradualmente a coordenação.

3. AGILIDADE: Habilidade que se tem para mover o corpo no espaço. Habilidade do corpo inteiro, ou de um segmento, em realizar um movimento, mudando a direção, rápida e precisamente. Requer uma combinação de várias qualidades físicas e embora dependa da carga hereditária, pode ser bastante melhorada com o treinamento.

4.RITMO: É a ordenação dos movimentos, sequência de movimentos repetidos várias vezes, de forma equilibrada e harmônica.

Capacidade e habilidade

Capacidade refere-se às qualidades físicas de uma pessoa, um potencial, definido geneticamente, que pode ser atingido ou não. Enquanto que habilidade se refere a uma tarefa com uma finalidade específica a ser atingida.

Estimativas da prevalência da incapacidade funcional decorrente das limitações físicas apontam para o fato de que uma grande porcentagem de pessoas tem dificuldade ou incapacidade para realizar as atividades cotidianas, como carregar um peso ou caminhar alguns quarteirões, sendo que tal dificuldade aumenta com a idade.

(OKUMA, 2012, p.54).

4.1.3. Importância da atividade física As atividades físicas, sem dúvida alguma proporcionam uma alta qualidade de vida. Praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma boa saúde mental e corporal, em qualquer idade.

Mas, infelizmente essa não é a realidade que estamos vivendo, ao mesmo tempo que existem pessoas preocupadíssimas com a

alimentação e com o corpo, existem outras que se entregam cada vez mais ao sedentarismo.

Pesquisas afirmam que mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam

exercícios regularmente. É possível observar um grande índice de aumento do sedentarismo, e

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consequentemente da obesidade, que está diretamente ligado ao estilo da vida moderna. Hoje os exercícios estão cada vez mais reduzidos, por conta da tecnologia que substitui práticas que antes dependiam do nosso esforço, e também pelo tempo, que é cada vez mais acelerado e escasso, as refeições precisam ser mais rápidas, e o tempo para as atividades físicas é substituído pela televisão, computador, videogame etc.

Desde o seu surgimento, o homem já foi condicionado à diversas práticas físicas e sempre foi ativo. Antigamente tudo o levava a se exercitar com grande frequência, andava muito de um lugar ao outro, não tinha a ajuda dos transportes, o trabalho era braçal, tudo era fruto do esforço. Com o passar do tempo, e principalmente com a Revolução Industrial, a troca do campo pela cidade e o surgimento de máquinas e transportes, passaram a favorecer a diminuição dessas atividades, que estão cada vez mais reduzidas.

No Brasil, esse modo de vida acelerado e sedentário, é responsável por, em média, 54%

do risco de morte por infarto, e 50% do risco de morte por derrame cerebral, duas das principais causas de morte no país.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que requer gasto de energia. A prática de atividades durante meia hora por dia já faz com que a pessoa deixe de ser sedentária. A atividade física inclui o exercício, bem como outras atividades que envolvem o movimento corporal e são feitas como parte de jogar, trabalhar, transporte ativo, tarefas domésticas e atividades recreativas.

A aptidão física traz benefícios inegáveis para a saúde de todas as pessoas. Trata-se de uma prática que está relacionada com melhorias neuromusculares, metabólicas e psicológicas.

Quem pratica exercícios moderados regularmente, corre menos risco de ter problemas crônicos de saúde como doenças cardíacas, obesidade, hipertensão, diabetes tipo II, certos tipos de câncer e outros distúrbios metabólicos.

Segundo Colberg (2003), atividade física ajuda a ganhar músculos e a perder gordura,

faz com que você coma mais sem ganhar gordura, melhora o humor, reduz o estresse e a

ansiedade, aumenta o nível de energia, melhora a imunidade, torna as articulações mais

flexíveis e melhora a qualidade de vida.

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A atividade física não deve ser confundida com exercício. Exercício é uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada, repetitiva e proposital com o objetivo da melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão física.

Atividades físicas para idosos

As atividades físicas aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos idosos, melhora a autoestima, disposição, autoconfiança, memória, independência, etc. Porém, o cuidado precisa ser redobrado, pois já existem muitas limitações, as articulações e a agilidade não são mais as mesmas, a disposição é menor, o cansaço e as dores estão mais presentes, o metabolismo basal está mais reduzido, aumento dos problemas cardiovasculares como o

aparecimento de doenças cardíacas, pressão arterial elevada, normalmente, concentração de gordura no tronco e abdômen, e outras diversas restrições.

Há idosos que pela grande dedicação aos esportes durante a vida inteira, chegam à

“melhor idade” com disposição e boas condições físicas, pois o envelhecimento cronológico não acompanha o envelhecimento fisiológico no mesmo ritmo. Mas há também os que perdem grande resistência e precisam começar do zero. Os exercícios mais indicados são a caminhadas, aulas de alongamento, hidroginástica e musculação (pesos leves, sequências curtas).

Mas independente da atividade, é fundamental ir ao médico, fazer uma avaliação física, todos os exames necessários, e escolher atividades de acordo com as limitações e com o que for indicado. Em academias, os idosos têm uma atenção especial, os treinadores verificam a pressão antes, durante e depois do programa, acompanham, e auxiliam em todos os exercícios.

Recomenda-se danças de salão, treinamentos funcionais, musculação com foco em resistência e atividades na água, como natação e hidroginástica.

Praticar atividades na terceira idade faz com que a pessoa mantenha sua mobilidade articular para a realização de tarefas do dia a dia, alivie dores e controle a coordenação motora.

Principais mudanças no Organismo: Melhoria do humor (por liberar a serotonina, a

molécula da felicidade), Diminuição do estresse mental; Prevenção e alívio da

depressão; Redução da ansiedade; Aumento da autoestima; Redução de hábitos não

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saudáveis; Melhoria da qualidade do sono; Prevenção do ganho de peso; Manutenção do peso perdido.

ATIVIDADE

1. Faça uma síntese sobre o Sistema Muscular e sua função, ilustre com desenho.

2. Pesquise exemplos de atividades físicas para o idoso fortalecer a musculatura.

3. Pesquise sobre o órgão coração, seu funcionamento, suas carcterísticas, doenças

que podem afetá-lo e como podemos prevenir.

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4.2 NOTA DE AULA 2 – SAÚDE ÓSSEA DO IDOSO

O osso é um dos órgãos mais importantes, complexos e fascinantes do corpo humano [...] a função mais conhecida dos ossos é a formação do esqueleto que confere estrutura, estatura, movimento e proteção. A rigidez do esqueleto permite a movimentação, sua flexibilidade possibilita a respiração e sua estrutura preserva a integridade dos órgãos. (TAYLOR, 2015, p.80).

Uma boa nutrição para a saúde óssea deve conter: cálcio, vitamina D e atividade física é “vital para a saúde dos ossos em todas as idades e constitui uma parte importante do programa de prevenção e tratamento da osteoporose. Os exercícios aumentam a força muscular, a coordenação e o equilíbrio, além de promover uma condição geral de saúde melhor”. (acesse www.nhm.nih.gov/medlineplus/osteoporis.html).

4.2.1. Sistema esquelético e mobilidade

medida que se entra na fase adulta, passa-se a experimentar importantes alterações fisiológicas que afetam o comportamento humano. Várias teorias têm sido apresentadas no sentido de buscar uma maior compreensão sobre as reais causas e implicações deste processo, e ao que tudo indica, não existe apenas uma, mas sim um conjunto de fatores que causam o envelhecimento e que se comportam de forma dinâmica em cada pessoa. O nível no qual essas teorias abordam a essas questões, varia a partir do nível celular ao nível de todo o organismo (Gallahue e Ozmun, 2001).

O envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos, sendo que muitos gerontólogos acreditam que algumas modificações fisiológicas e psicológicas observadas no idoso podem, de fato, ser em parte atribuídas ao estilo de vida sedentário (Nóbrega et al., 1999). Leite (1996), apresenta o chamado ciclo vicioso do envelhecimento e afirma que este está associado a uma redução na atividade física. Nóbrega et al (1999) também apresentam o mesmo ciclo do envelhecimento, ilustrado na figura abaixo:

A

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Fonte: Nóbrega et al. (1999)

De acordo com a Figura acima, nota-se que com a falta de exercícios físicos ocorre um descondicionamento, que segundo os autores leva a fragilidade do sistema músculo esquelético. Fleck e Kraemer (2002), destacam entre as inúmeras funções do sistema músculo- esquelético a importância principalmente da força para as capacidades funcionais nos idosos.

Segundo o mesmo autor, a fraqueza dos músculos pode avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns da vida diária, tais como as tarefas domésticas, levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora.

Tomando-se como base leituras realizadas pela ciência biológica dos idosos observamos que a partir dos 30 anos de idade, já se inicia o processo degenerativo do sistema orgânico. Esse processo lento, complexo, multifatorial, não acontece de uma só vez, nem atinge todos os sistemas ao mesmo tempo, pois depende de fatores que não esgotam apenas no aspecto biológico (Soares, 2002).

Segundo Matsudo (2001) a perda da massa muscular e consequentemente da força

muscular é o modo principal de se notar a deteriorização da mobilidade e da capacidade

funcional do indivíduo que está envelhecendo. Para a mesma autora, é por esta razão que se

desperta o interesse de pesquisadores a procura das causas e mecanismos envolvidos na perda

da força muscular com o avanço da idade, para que se criem estratégias que minimizem este

efeito deletério e para que se possa manter uma boa qualidade de vida nesta etapa da vida.

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Para Nóbrega et al (1999), o sistema neuromuscular no homem alcança sua maturação plena entre 20 e 30 anos. A força muscular é essencial para o desempenho de habilidades motoras, sejam elas relacionadas ao desempenho atlético de alto nível, ou à vida diária funcional. Para Gallahue e Ozmun (2001) com a idade, a estrutura e a função dos músculos esqueléticos alteram-se. Estruturalmente, a massa muscular diminui a medida que o número e o tamanho das fibras musculares declinam durante o final da meia-idade e dos anos posteriores da idade adulta.

Para Nóbrega et al (1999) entre as 3ª e 4ª décadas de vida, a força máxima permanece estável ou com reduções pouco significativas. Em torno dos 60 anos é observada uma redução de força máxima muscular entre 30 e 40%, o que corresponde a uma perda de força de cerca de 6% por década dos 35 aos 50 anos de idade, a partir daí, 10% por década. Leite (1996) apresenta a relação entre a idade e a força muscular, onde podemos observar que ocorre um declínio pelo menos de 16,5% na força muscular após a terceira década de vida.

Essa perda de força, segundo Leite (1996) relaciona-se diretamente a uma mobilidade e a um desempenho físico limitados, assim como aumentos na incidência de acidentes sofridos pelas pessoas com fraqueza muscular. A perda de força na preensão manual em homens por volta dos 65 anos é aproximadamente 20% em comparação com os valores para os indivíduos de 20 anos; para as mulheres a perda no transcorrer desses mesmos 45 anos varia de 2 a 20%.

O menor declínio nas mulheres poderia ser atribuído a uma força máxima relativamente menor nos anos mais jovens, em virtude do menor uso profissional das mãos. O mesmo autor ainda apresenta outros dados de indivíduos com mais de 65 anos de idade que sugerem que a redução na força sofre uma aceleração adicional com o envelhecimento, com a perda global de força relacionada à idade, variando de 24% a 45%.

Funcionalmente, a redução na força muscular parece ocorrer ao mesmo tempo em que ocorrem perdas no tecido muscular. Porém Gallahue e Ozmun (2001) afirmam que embora uma perda de massa muscular ou atrofia muscular pareça ocorrer com a idade, estas alterações também são decorrentes da inatividade física. Leite (1996) afirma que a atrofia muscular devida a idade tem início no jovem adulto, ou seja, em torno dos 30 anos.

O indivíduo não treinado perde cerca de 10% de sua massa muscular até os 50 anos. A

partir daí o processo de atrofia se acelera visivelmente aos 80 anos. Fiatarone et al apud

(20)

20

Gallahue e Ozmun (2001) demonstram que em programas de treinamento de força realizados com idosos de 90 anos, esses apresentam uma melhora na força muscular e um aumento na massa muscular. Em estudos recentes, realizados com indivíduos entre 50 e 80 anos, Antoniazzi, Dias e Lang (2003) verificaram que o treinamento com características de resistência muscular é eficiente para melhorar a força muscular nos indivíduos estudados.

Segundo Leite (1996) a atrofia muscular da idade avançada corre por conta principalmente da perda de fibras musculares, sendo em grau menor devida à redução do tamanho das fibras. A redução do número de fibras musculares diz respeito aos dois tipos de fibras; a diminuição do tamanho afeta principalmente as fibras do tipo II.

Parece que o mecanismo responsável não é tanto um processo miogênico e sim um fenômeno neurogênico, no qual a reinervação não é capaz de acompanhar a denervação e reinervação. Segundo o mesmo autor, as fibras musculares, que deixam de ser inervadas, acabam perecendo, sendo em parte substituídas por gordura e tecido conjuntivo.

Esse mecanismo explica a acentuada diminuição da porcentagem de tecido muscular contrátil na musculatura do indivíduo idoso que para Lexell apud Matsudo (2001) é após os 60 anos que o músculo passa por esse processo contínuo de denervação e reinervação. Essa alteração na estrutura do músculo poderia explicar porque a redução do tecido muscular contrátil seria maior que a redução real do volume muscular e da área muscular transversa.

Além disso, o incremento da idade está associado a uma redução de aproximadamente 25% da capacidade muscular oxidativa e do fluxo sanguíneo durante a atividade contrátil (Rogers e Evans apud Matsudo, 2001). Para Cartee, Pôster et al. apud Matsudo (2001) o tamanho da fibra tipo II é reduzida com o incremento da idade, enquanto que o tamanho da fibra tipo I (fibra de contração lenta) permanece muito menos afetada. As fibras tipo II são muito importantes nas respostas às urgências do dia-a-dia, pois contribuem com o tempo de reação e principalmente de resposta, e, portanto, sua disfunção inviabilizaria uma apropriada resposta corporal às situações de emergência, como a perda súbita do equilíbrio.

Segundo Matsudo (2001) as principais causas apontadas como responsáveis pela

redução seletiva da massa muscular, são a diminuição nos níveis do hormônio do crescimento

que acontece com o envelhecimento e dos níveis de atividade física do indivíduo. Fatores

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21

nutricionais, hormonais, endócrinos e neurológicos também devem ser lembrados, pois estão envolvidos na perda da força muscular que acontece com a idade.

Com relação ao esqueleto, observa-se uma diminuição gradual com o passar do tempo na espessura dos ossos e na resistência e na arquitetura do tecido ósseo. Porém, estas mudanças podem ser moduladas especialmente em função do tipo de alimentação das pessoas e dos hábitos de atividade física.

Outro aspecto que influencia bastante o metabolismo ósseo são as mudanças dos níveis hormonais que ocorrem principalmente nas mulheres durante e depois do climatério. Apesar destas alterações hormonais levarem a uma perda maior da massa óssea em comparação com os homens, os fatores nutricionais e a atividade física na juventude e ao longo do processo do envelhecimento podem contribuir muito fortemente para que as mudanças no esqueleto sejam graduais e favoreça uma boa qualidade de vida (Moriguchi e Jeckel Neto, 2003).

Segundo Nóbrega et al (1999) no idoso também ocorre a redução da massa óssea, mais frequentemente em mulheres, o que pode predispor à ocorrência de fraturas. Para Gallahue e Ozmun (2001), várias alterações dentro da estrutura esquelética aparecem a medida que a pessoa envelhece. Muitos indivíduos apresentam um encurtamento na estrutura. Este encolhimento pode ser atribuído a uma ou mais causas.

À proporção que o envelhecimento avança, os discos que separam as vértebras principalmente da coluna dorsal passam por várias alterações. Em um estado saudável, os discos intervertebrais possuem núcleos similares à gelatina. Os discos vertebrais de adultos mais velhos frequentemente perdem uma porção de conteúdo de água, que é importante para a absorção de choques, tornando-se mais fibrosos. Isto, juntamente com alterações da densidade mineral óssea nas vértebras, resulta em compressão dos discos.

A compressão dos discos reduz o comprimento da coluna vertebral e causa a perda

subsequente de altura total conforma ilustra a figura abaixo. Para Gallahue e Ozmun (2001) as

fraturas por compressão de vértebras torácicas levam a perda de estatura e cifose torácica

progressiva. As costelas inferiores eventualmente apoiam-se nos ossos dos ilíacos e a pressão

para baixo exercida sobre as vísceras causa distensão abdominal. Outros fatores que contribuem

pata a perda de altura relacionada a idade incluem o mau alinhamento da coluna e a má postura.

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O curvamento da coluna pode resultar de uma redução na capacidade de absorção de choques dos discos vertebrais.

Perda da estatura com o envelhecimento.

Fonte: Gallahue e Ozmun (2001)

Para Hayflick (1997), a massa óssea é variável, aumenta na infância, adolescência e fase adulta, atingindo seu pico entre os 13/35 anos, sendo mais densa nos homens do que nas mulheres. Segundo Lorda (1995) com a idade ocorre a perda de massa óssea, sendo mais prematura na mulher que, a partir dos 35 anos de idade apresenta um índice de aproximadamente 1% ao ano, enquanto que o homem inicia esta perda por volta dos 55 anos, perdendo de 10 a 15% com a idade de 72 anos.

A diminuição de massa óssea esteja ligada à redução nas concentrações de hormônios (estrogêneo, hormônios de paratireóide, calcitonina, costiesteróides e progesterona); fatores nutricionais (deficiência de vitamina D, e de cálcio); imobilidade causada pelo estilo de vida sedentário (doenças, fraturas, problemas articulatórios) e status da massa óssea na maturidade (biótipo baixo, magro e caucasiano) (Mazo, Lopes e Benedetti, 2001). Para Matsudo (2001) a perda de massa óssea está relacionada não somente ao envelhecimento, mas também a genética, ao estado nutricional, e ao nível de atividade física do indivíduo.

4.2.2. Doenças

A expectativa de vida das pessoas tem aumentado muito no decorrer dos últimos anos.

Com isso há uma maior probabilidade do aparecimento de determinadas doenças. Vale ressaltar

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que, algumas doenças da terceira idade, degenerativas ou não, impactam muito a vida não somente do idoso, mas também de todos aqueles que estão ao seu redor, principalmente seus familiares.

Segundo pesquisas, há uma tendência de o número de pessoas com mais de 60 anos dobrar até 2050. E doenças nesta idade devem ser detectadas logo no início. Fazer o tratamento adequado como também sua prevenção, será proporcionada à terceira idade uma qualidade de vida muito melhor.

De acordo com Okuma (2012) a prática da atividade física pode ter efeitos importantíssimos na prevenção e no tratamento de doenças crônicas que podem surgir com o envelhecimento.

Principais Doenças da Terceira Idade:

Demência (Mal de Alzheimer)

A demência em si é caracterizada por uma perda da função do cérebro e em 65% dos casos de demência.O Mal de Alzheimer representa a forma a mais frequente em pessoas da terceira idade. É uma doença neurodegenerativa que provoca a destruição das células nervosas associadas à memória e às funções cognitivas.

É uma doença progressiva, ou seja, vai alterando aos poucos as faculdades de compreensão e com o tempo. O paciente não consegue mais memorizar fatos recentes, reconhecer pessoas, se esquece do significado das palavras, tornando-se incapaz de fazer qualquer julgamento.

Na verdade, ainda não existe cura, mas vários estudos e pesquisas vêm sendo realizados

a fim de verificar suas principais causas. Mas alguns tratamentos são indicados para retardar a

progressão da doença.

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Mal de Parkinson

O Mal de Parkinson atinge o sistema nervoso e vai destruindo lentamente os neurônios do cérebro ligados ao movimento. É considerada uma doença crônica que evolui ao longo dos anos.

É uma das doenças da terceira idade que deve ser diagnosticada o mais rápido possível. Fique de olho no aparecimento dos primeiros sintomas,

como por exemplo, tremores e movimentos imprecisos. Assim, pode se dar início ao tratamento e minimizar suas sequelas.

Catarata

É um problema de visão bem comum que acomete muitos idosos, podendo aparecer a partir dos 65 anos, sendo uma das mais comuns doenças da terceira idade.

É caracterizada quando o cristalino, uma parte do olho, com o tempo torna-se mais e mais opaco, provocando uma visão turva, embaçada e há uma falta de percepção nítida das cores. O tratamento é cirúrgico e considerado bem simples. Basta a substituição do cristalino e em poucas horas, o paciente volta a enxergar normalmente.

Degeneração Macular Relacionada à Idade (AMD)

Esta doença degenerativa da retina é crônica e representa a primeira causa de cegueira em pessoas acima dos cinquenta anos. Apesar da visão periférica se manter intacta, como há a deterioração da mácula do olho. Isso faz com o que o paciente não enxergue o centro da visão.

O tabagismo, o histórico familiar e a cor da pele (as pessoas com cor branca são mais afetadas que as de cor negra), são considerados fatores de maior risco. Mas, se evitar o cigarro, manter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos podem ajudar na prevenção da AMD.

Osteoporose

É uma doença que se caracteriza por uma fragilidade dos ossos decorrente de uma

diminuição da densidade do osso. Com o avanço da idade, se torna uma das doenças da terceira

idade mais comuns.

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25

É muito frequente em mulheres acima dos 65 anos. Por isso, recomenda-se um exame, densitometria óssea, a fim de avaliar essa questão. Como há uma degeneração do tecido ósseo, existe um risco maior de fratura, mais especificamente do colo do fêmur, dos punhos e da coluna vertebral.

Alguns fatores podem favorecer a osteoporose. Por exemplo, a falta de atividade física, carência de vitamina D, cálcio e proteínas, o tabagismo e o álcool. Muitos pacientes são vítimas de fraturas, dores e perda de autonomia.

Osteoartrite

É uma doença onde a artrite é a forma mais comum de manifestação. É muito comum na terceira idade e resume-se na deterioração da cartilagem, que recobre a extremidade dos ossos ao nível das articulações. Dependendo do caso, pode provocar o desaparecimento total da cartilagem.

Ainda não existe cura para a osteoartrite. Muitas vezes, pode vir acompanhada de muitas dores, as quais são tratadas com o uso de anti-inflamatórios. Em busca de uma melhor qualidade de vida, recomenda-se atividade física, perda de peso e fisioterapia.

Doença Cardiovascular

As doenças cardiovasculares são as causadoras de mais mortes em pacientes da terceira idade e isso em todo o mundo. Cerca de 80% de mortes estão ligadas às cardiopatias coronarianas. Ou seja, quando há uma obstrução das artérias do coração, ocasionando ataques cardíacos.

Podemos dizer que as doenças cardiovasculares se originam do mal funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos. O próprio envelhecimento natural do corpo provoca o endurecimento das artérias, ocasionando uma elevação da pressão. Pode-se dizer que o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade são fatores de risco.

Doença Cerebrovascular (AVC)

O AVC, acidente vascular cerebral, ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro é obstruído, e o sangue não consegue fluir para o cérebro.

Como há a falta de oxigenação das células, isso pode ter consequências muito graves.

O AVC pode ser isquêmico, quando há uma obstrução de um vaso sanguíneo, e o

hemorrágico, quando uma ruptura de um vaso causa uma hemorragia no cérebro.

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Dependendo do caso e da extensão do bloqueio ou ruptura, pode trazer sequelas muito sérias, inclusive a morte.

Hipertensão Arterial

A pressão sanguínea é o produto do débito cardíaco pela resistência vascular periférica. Desta forma, o entendimento das doenças cardiovasculares relacionados à idade, como hipertensão, aterosclerose, acidente vascular encefálico (AVE) e doença vascular periférica, deve considerar as alterações do débito cardíaco e da vasculatura, relacionadas à idade. (TAYLOR, 2015, p.20).

A distribuição adequada do sangue a qualquer órgão depende da pressão que direciona o sangue e o estado da resistência no nível das artérias e arteríolos do órgão.

Vale lembrar que, a pressão arterial nada mais é do que a força que o sangue exerce sobre as artérias. Geralmente, a pressão arterial aumenta com a idade e essa elevação pode ter sérias consequências nos rins, no coração e nos vasos sanguíneos.

Estima-se que cerca de 35% da população

brasileira tenha pressão alta. A hipertensão é responsável por 80% dos casos de derrame e 60%

dos ataques cardíacos. Como é uma doença dita silenciosa, pois muitas vezes não apresenta sintomas visíveis, o mais recomendado é medir com uma certa frequência a pressão arterial.

Câncer

Muitos tipos de câncer aparecem após os 55 anos de idade, e ocorrem quando há o crescimento desordenado de células anormais. Na terceira idade, os cânceres de estômago, bexiga, próstata, colo retal, pulmão, pele e de mama são os mais frequentes.

Diabetes Tipo 2

Com o avanço da idade, o diabetes tipo 2 é muito comum, principalmente relacionado à alimentação e ao estilo de vida. O organismo não processa de forma adequada a glicose e ocasiona uma elevação das taxas de açúcar no sangue. Isso acarreta doenças muito graves, como por exemplo, cegueira, insuficiência renal, derrames, ataques cardíacos e lesões nervosas.

Seus efeitos podem ser reduzidos, basta ter uma alimentação mais balanceada e

praticando atividades físicas, pelo menos 3 vezes por semana.

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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Não existe cura para a DPOC, mas pode ser evitada e existe tratamento para lidar com seus efeitos. Essa doença origina-se quando há uma inflamação das vias respiratórias, um espessamento do revestimento dos pulmões e uma produção excessiva de muco nos tubos de ar, reduzindo assim o fluxo de ar dentro e fora dos pulmões.

Muitas vezes, é consequência de uma exposição à poluição industrial, a ambientes contaminados e à fumaça do cigarro.

Perda Auditiva

Estima-se que a perda de audição seja uma das doenças da terceira idade mais comumente vistas pois há uma degeneração dos cabelos minúsculos dentro do ouvido e estes são o que ajudam no processamento dos sons.

É muito comum ver idosos ouvindo televisões muito altas ou pedindo para repetir o que foi dito. E, muitas vezes, sentem-se um pouco excluídos pois não conseguem acompanhar simples conversas. E ainda existe um certo preconceito em relação aos aparelhos auditivos. Mas com o avanço da tecnologia, estão cada vez mais menos imperceptíveis.

Incontinência Urinária

É muito comum os idosos sofrerem de incontinência urinária, onde há uma perda involuntária de urina e se sentem muito constrangidos. Mas existem alguns medicamentos que podem melhorar muito a qualidade de vida.

Para se ter uma ideia, cerca de 20% dos idosos de 80 anos ou mais sofrem de incontinência urinária. Estas são as doenças da terceira idade mais comuns, mas é sempre bom lembrar que algumas medidas podem ser adotadas para prevenir, ou até mesmo reduzir seu impacto na vida dos pacientes.

Atividade Física x Sedentarismo

Os idosos têm medo de cair, sua mobilidade é reduzida, e algumas vezes se sentem extremamente desmotivados. Continuar a praticar uma atividade física após os 65 anos de idade é importantíssimo pois além de melhorar a qualidade de vida, ajuda na prevenção de uma série de doenças da terceira idade.

A falta de atividade física é uma das principais causas de doenças da terceira idade, pois

pode acarretar o enfraquecimento do coração e pulmões. Na verdade, os idosos se tornam

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28

inativos por inúmeras razões. Por exemplo, medo de cair, isolamento, perda de autonomia, condições de saúde e a falta de conhecimento sobre os benefícios de atividades físicas.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é recomendado às pessoas acima dos 65 anos praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada, como também exercícios de fortalecimento muscular.

Podemos incluir a dança, natação, caminhada, musculação, atividades domésticas diárias, etc. É claro que o idoso deve escolher uma atividade conforme suas capacidades. É muito importante manter-se sempre hidratado e ter uma dieta diária balanceada e saudável.

É importante ressaltar que muitas dessas doenças da terceira idade podem ser controladas e até mesmo prevenidas e com isso o idoso terá uma melhor qualidade de vida.

Atualmente, os idosos são orientados por uma equipe multidisciplinar, onde médicos de cada especialidade irão avaliar qual o melhor tratamento, seja através de medicamentos, seja com a ajuda de fisioterapeutas, terapeutas e nutricionistas.

4.2.3. Nutrição

Para o idoso alguns alimentos se tornam mais importantes do que outros, como: fibras, proteínas, minerais, antioxidantes e água.

A atividade física regular e a alimentação saudável formam uma equipe inseparável quando se trata de manter uma qualidade de vida saudável e com a progressão do envelhecimento [...] a alimentação saudável são evidentes e incluem os efeitos positivos sobre as várias doenças crônicas e enfermidades associadas ao envelhecimento. (TAYLOR, 2015, p.73).

Atualmente, as principais causas de morte entre idosos são previsíveis e passíveis de

prevenção, por meio de ações relativamente simples e de baixo custo. Diversos estudos têm

mostrado que hemorragias cerebrais e infartos são as enfermidades que mais tiram a vida de

idosos, fato que é possível reduzir os episódios por meio de um controle efetivo da pressão

arterial ou ainda pela introdução de hábitos saudáveis. Os programas de educação para idosos

realizados nos postos de saúde podem não apenas evitar as mortes precoces, mas também

amenizar o sofrimento com as sequelas de algumas doenças.

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29

O idoso deve possuir uma dieta equilibrada em carboidratos, proteínas e gorduras. A aceitação de vitaminas e minerais são essenciais por adequar diversas funções no organismo, atuando como antioxidante e prevenindo o envelhecimento e aparecimento de doenças. É imprescindível também, que a refeição apresente aspectos agradáveis, como cor, sabor, aroma e textura, e que o prazer seja prioridade no momento da refeição, atendendo as preferências do idoso.

É pertinente pensar e analisar a necessidade de aprimoramento em produtos e serviços voltados à população idosa, de forma a requerer a prevenção e tratamento dos problemas que ocorrem nessa fase da vida. Em questão nutricional, tem-se a necessidade de priorizar a educação e inovação em tecnologias, produtos, serviços e conhecimentos satisfatórios que adicionem prazer e saúde a essa população, não desconsiderando as características fisiológicas e a necessidade nutricional específica.

Todas as refeições realizadas deveriam ser pouco abundantes e mais repetidas para a população em geral, mas em especial para o idoso, para que não sobrecarregue demasiadamente o estômago e mantenha o metabolismo em perfeito funcionamento. Todas as refeições oferecidas à pessoa idosa devem ser preparadas de maneira que facilite a mastigação e permita uma fácil digestão, poupando a utilização de condimentos fortes, gorduras e calor excessivo.

Não devemos esquecer que as refeições devem ser agradáveis de aspecto, de paladar e de consistência, com intuito que essa estimule o apetite. As alimentações do idoso devem ser arranjadas pobres em gorduras sólidas e de origem animal e rico em proteínas de origem animal, das quais o ideal é que metade seja proveniente de produtos lácteos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, doenças infecciosas em 1950 representavam 40% das mortes no país, hoje essas apontam menos de 10% das mortes. Em controversa, as doenças cardiovasculares que em 1950 correspondiam a 12% das mortes, hoje representam mais de 40%, as quais se tornaram a primeira razão de óbito no Brasil a partir da década de 60.

Em menos de 40 anos, o Brasil passou do perfil de morbimortalidade característico de

uma população jovem, para um aumento de enfermidades crônicas, oportunas das faixas etárias

mais elevadas, com custos diretos e indiretos mais elevados.

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Algumas dicas sobre a nutrição dos idosos, conforme o Manual do Idoso da Força Sindical (2010) descreve:

- Os idosos devem alimentar-se de quatro a seis vezes ao dia, incluindo alimentos de todos os grupos;

- O idoso deve tomar no mínimo oito copos de água por dia;

- É muito importante conter fibras na dieta do idoso;

- Para evitar a prisão de ventre deve-se aumentar a ingestão de fibras, de água e realizar caminhadas;

- As gorduras saturadas devem ser evitadas enquanto as insaturadas são permitidas como o azeite de oliva, por exemplo;

- Açúcar deve ser ingerido com moderação;

- As comidas devem ser bem mastigadas;

- É importante tomar sol, pois o sol é fonte de vitamina D;

- Para se prevenir contra a osteoporose é necessário manter uma dieta rica em cálcio, e abandonar vícios como o cigarro, o álcool e o café.

ATIVIDADE

1. Pesquise 03 atividades de Mobilidade do exercício para demonstrar na sala de aula. Equipe de 04 componentes.

2. Pesquise sobre as principais doenças que afetam os idosos e como previni-las.

3. Cite os cuidados que o idoso deve ter na sua alimentação.

4. Elabore um relato de experiência de idoso com relação a suas atividades físicas.

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NOTA DE AULA 3 - 4.3 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

Segundo Okuma (2012) poucos são os estudos relacionados a atividades físicas/psicológicas na população idosa. Autores como Berger e Mclnman apud (idem, 2012) analisam esta questão e consideram que a prática e o gosto da atividade física na terceira idade está ligado à personalidade do idoso, da sua rotina diária de vida, que como é fruto de uma personalidade é algo estável e com poucas possibilidades de se modificar em decorrência da atividade física.

Outros autores, como Gallchue e Ozmun apud Okuma (2012) observaram que vários aspectos do domínio motor influenciam os estados psicológicos e as características sociais do indivíduo adulto e idoso. Para tanto, eles acreditam que o nível de aptidão física afeta as condições psíquicas e sociais, assim como fatores como baixo conceito e rede social pobre, por exemplo, influenciam a perspectiva de ter um estilo de vida fisicamente ativo.

4.3.1. Psicológico

atividade física na terceira idade é muito importante, pois traz muitos benefícios, não só a nível físico, mas também a nível psicológico, pois, segundo Jorge Elói os benefícios psicológicos, são muito importantes para a manutenção da saúde mental.

Ainda segundo o autor referido no parágrafo anterior, o corpo e a mente formam um único conjunto, sem clivagens, influenciando-se mutuamente, de forma direta e clara. A mente influencia o corpo, é evidente que qualquer doença, transtorno mental, ou até mesmo o estado de humor, tem consequências a nível físico, pois, não é difícil perceber quando estamos tristes ou angustiados, o nosso corpo tem menos resistência e reage mais lentamente do que quando estamos bem conosco próprios e com os outros.

Jorge Elói descreve alguns benefícios psicológicos:

Melhora a inteligência emocional – As pessoas que praticam atividade, têm melhor capacidade de lidar com as emoções, melhor autocontrole, são menos irritáveis e não sofrem tanto de ansiedade. Esta melhora emocional, está diretamente ligada sobre a socialização, fazendo com que as pessoas que praticam atividade física sejam mais sociais.

A

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Mantém a saúde mental – A atividade física diminui o risco de abuso de substâncias, diminui o risco de depressão. Além de reduzir o risco de doenças mentais, reduzem o uso de remédios, especificamente os sedentários, que consomem mais de 34% de remédios, do que as pessoas que praticam atividade física. Nos idosos diminui em 73% o risco de Alzheimer.

Melhora o rendimento – atualmente sabe-se que a atividade física tem benefícios diretos sobre capacidades cognitivas, melhorando a capacidade de raciocínio, memória, percepção, atenção. Além de melhorar a autoestima, auto eficácia e autoconfiança, necessárias para enfrentar obstáculos e não só.

Segundo um estudo ” como a atividade física intervém na melhoria das atividades da vida diária na terceira idade”, na terceira idade, o equilíbrio psicológico, torna-se mais difícil, pois a longa história da vida acentua as diferenças entre indivíduos, quer pela aquisição de um sistema de reivindicações e desejos pessoais, quer pela fixação de estratégias de comportamentos. Com o passar dos anos, vão havendo alterações nos indivíduos, o entusiasmo é menor, a motivação tende a diminuir e são necessários, aos idosos, estímulos bem maiores para fazê-los empreender uma nova ação. Daí o uso da atividade física como forma de expressão corporal ser muito importante, pois proporciona um funcionamento normal do organismo, o que contribui para a autonomia.

Os idosos, assim como os de outras faixas etárias, experimentam alterações positivas no estado de ânimo, na autoestima, na eficácia, obtendo recursos pessoais para enfrentar as situações de stress e de desafio do quotidiano. (Miranda & Godeli, 2003).

A atividade física, faz com que as pessoas se sintam melhor, melhorando o humor e a

ansiedade. Também ajuda as pessoas a sentirem-se melhor, acerca de si mesmo, através da

melhoria de auto percepções corporais, e como já referido anteriormente melhora a auto estima,

principalmente a pessoas que têm baixa autoestima.

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A ginástica para a terceira idade, traz benefícios para a saúde, como, o aumento da densidade óssea, fortalecimento dos músculos, aumento da resistência, melhora dos reflexos, redução das dores no corpo, ajuda no controle de diabetes, artrite, artrose, problemas cardíacos, pois, os idosos com pouca força muscular apresentam um aumento acentuado na frequência cardíaca e pressão arterial. Outro grande benefício da ginástica para a terceira idade é a diminuição dos índices de depressão, pois com a ginástica em grupo, o idoso passa a relacionar-se com outras pessoas. De realçar também que a ginástica é um forte instrumento, na manutenção e na melhoria da memória, pois durante a realização de exercícios estão a trabalhar diretamente a concentração, atenção e o raciocínio.

Segundo Carvalho, Maia e Rocha (2003) a atividade física é um perfeito meio de produção e prevenção da saúde dos idosos, através dos seus inúmeros benefícios.

Segundo Balsamo e Simão (2005), o envelhecimento determina modificações estruturais que levam à diminuição da reserva funcional, limitando a performance durante a atividade física, bem como reduzindo a capacidade de tolerância em várias situações de grande procura, principalmente nas doenças cardiovasculares. Ou seja, com o envelhecimento, existem várias alterações fisiológicas, que ocorrem no organismo de uma pessoa, como o surgimento de doenças crónicas, degenerativas, entre outros problemas. Segundo Ramos (1999) o treino físico pode imediatamente produzir uma profunda melhora das funções essenciais para a aptidão física do idoso, pois quanto mais ativa é uma pessoa, menos limitações físicas ela tem, melhorando também a qualidade de vida do idoso.

A manutenção da massa magra, torna o idoso apto a realizar tarefas diárias, que exigem mais intensidade de força, tais como, subir escadas, carregar objetos, sentar e levantar de alturas relativamente baixas. Todas essas tarefas são muito mais comuns para o idoso, do que correr ou nadar longas distâncias. Também ajuda ao desenvolvimento da autoestima aumentando a vaidade e a vontade de viver.

Segundo GEIS (2003), a diminuição dos movimentos articulares, sobretudo, nos joelhos

e nos quadris, levará a um caminhar instável e, portanto, a um maior risco de queda”.

(34)

34

Segundo Zawadski e Vagatti (2007), o exercício físico é de fundamental importância para esta população idosa, uma vez que possibilita a retomada da independência física, além de facilitar as relações entre os participantes .

4.3.2. Saúde do coração

 Sistema Cardiovascula

O sistema cardiovascular tem como principais funções a liberação de oxigênio (O2) para os tecidos, a remoção de gás carbônico (CO2), e o transporte de hormônios, glicose O2 e CO2.

O sistema é composto pelo coração, vasos sanguíneos e pelo sangue.

 Coração

O coração é uma estrutura composta por dois átrios, que são câmaras receptoras de sangue e dois ventrículos, que são câmaras ejetoras de sangue. O coração é a principal “bomba”

que faz com que o sangue circule pelo sistema vascular.

O músculo cardíaco tem a capacidade única de gerar seu próprio estímulo elétrico (auto condução). Esse sistema possui quatro componentes que funcionam em conjunto através do estímulo de chegada de sangue ao átrio direito, são eles: nodo sinoatrial, conhecido como o marca-passo do coração; nodo atrioventricular; feixe de Hiss; e fibras de Purkinge.

 Terminologia da função cardíaca

- Ciclo cardíaco: eventos que ocorrem entre dois batimentos cardíacos consecutivos, sístole e diástole.

- Volume de ejeção: volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo em sístole. O volume de ejeção é igual a diferença entre o volume diastólico final e o volume sistólico final.

- Fração de ejeção: Proporção de sangue bombeado para fora do ventrículo esquerdo a cada

batimento. É a razão entre o volume de ejeção e o volume diastólico final.

Referências

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