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O Papel da Antropologia na Investigação e Prevenção Criminal

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O Papel da Antropologia na Investigação e

Prevenção Criminal

Autora: Ana Piedade Armindo Monteiro, PhD em Antropologia Social Vice-Reitora Para Área Académica da Universidade Zambeze

A temática do painel em discussão pretende problematizar as potencialidades e os limites da ciência na investigação criminal. Pelo que a apresentação pretende dar subsídios a temática principal. O enfoque da apresentação centrar-se-á nos seguintes aspectos: 1.Percepção sócio cultural na execução do crime; 2. Determinação do risco social para programas de prevenção do crime; 3. O papel da antropologia na reabilitação e reinserção social dos criminosos. Para concluir sugiro a necessidade de ter em conta a diversidade cultural através da realização de estudos comparativos das diferentes tradições legais e culturais. E é neste sentido que chamo a atenção para o papel da antropologia dado ao método comparativo que fundamenta os seus estudos podendo desta forma a contribuir com fundamentos teóricos que permitam o enriquecimento na resolução dos processos criminais.

Introdução

C

omo participante a confe-rencia sobre as potenciali-dades e os limites da ciência na investigação criminal”. Pessoalmente, proponho-me a fazer uma abordagem sobre o papel da antropologia na investigação, preven-ção e reinserpreven-ção criminal. A aborda-gem tem como base a revisão da lite-ratura de pesquisas e escritos de vários cientistas em diferentes épocas históricas, sobre questões relativos ao crime, criminologia e o processo evo-lutivo nos insights dados como contri-buto para os avanços na forma de apoiar as sociedades a resolver o pro-blema comum sobre como livrar os bem comportados, os íntegros e civili-zados dos bárbaros e delinquentes

pri-mitivos.

Como primeiro aspecto, o quadro conceptual e as diferentes escolas no âmbito da criminologia, constitui a pri-meira parte da abordagem, para de forma separada abordar sobre a pes-quisa sua importância; em terceiro a apresentação concentrar-se-á na prevenção onde a questão da diversi-dade cultural será revista; em quarto lugar será a questão da reinserção dos ex-criminosos, no meio social de onde foram privados de convivência social. E para finalizar será retomada a ideia do Yuri Fedotov para enfatizar o facto de as questões criminais serem ainda objecto apreensão das nações dai ter sido identificado como parte dos objectivos do desenvolvimento sustentável.

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Reduzir o crime violento é funda-mental para o desenvolvimento sus-tentável, afirmou aos membros da Assembleia Geral da ONU, o diretor executivo do Escritório sobre Drogas e Crime, Yuri Fedotov. Sua declara-ção foi proferida em fevereiro últi-mo, em encontro para discutir a Pre-venção ao Crime e a Justiça Crimi-nal na Agenda de Desenvolvimento Pos-2015. Embora tenha havido pro-gresso no combate ao crime, os níveis de homicídio em países de renda baixa e média-baixa aumen-taram 10% na última década. Em 2013, de acordo com dados do referido Escritório, a taxa de homicí-dios nesses países foi, em média, duas e meia vezes a taxa dos países de alta renda. Para Yuri Fedotov, é preciso promover a redução da cri-minalidade e da violência e assegu-rar o Estado de Direito na vida quoti-diana das pessoas. Segundo ele, é necessário proteger os vulneráveis da exploração, deter a corrupção nos serviços públicos e proteger os jovens da espiral de pobreza, dro-gas, crime e violência – http:// w w w . a p r e n d i z d o m u n d o . c o m / magazine/new

A pertinência dos objectivos do desenvolvimento sustentável, defini-dos pelas nações em Setembro de 2015, serviu de inspiração para esta reflexão. A necessidade de caminhar-mos juntos para salvar o planeta de todo o tipo de adversidades constituiu o mote para a minha apelação a necessidade da interdisciplinaridade na solução dos problemas que enfer-mam as sociedades de quais Moçam-bique e parte. A criminalidade não se combate só com repressão ou seja com as áreas que efectivam a repres-são, mas sim com a aplicação de múltiplas estratégias que são

sugeri-das pelos estudos realizasugeri-das por várias ciências como por exemplo a antro-pologia que é o meu campo de conhecimento. No entanto não estou a limitar somente antropologia mas também em outras áreas das ciências sociais e humanas. Esta apresentação tem por objectivo contribuir sobre a necessidade centrar a solução do cri-me considerando três áreas investiga-ção, prevenção e reinserção social do indivíduo penalizado pelo cometi-mento do crime.

Conceitos e Perspectivas Teóricas

A elaboração teórica centrar-se-á, somente, para alguns dos concei-tos que os considero básicos para esta apresentação. Começando por definir o conceito de crime e na pers-pectiva na qual o percebi. Assim socorrendo-me das ideias do Carlos (1997) o crime deve ser tratado como um facto social, de carácter normal e ate necessário; e ainda de acordo com Eleutério o crime é um episódio na vida de um indivíduo. O autor afir-ma ainda que é toda acção ou omis-são contrária às leis penais. Ou é a violação imputável e culposa da lei penal. E nos trás uma citação bastan-te inbastan-teressanbastan-te que achei melhor traze -la para partilhar com os conferencis-tas no qual afirma que “cada crime tem a sua história, a sua individualida-de; não há dois que possam ser repu-tados perfeitamente iguais."

E Durkheim considerado o pai fun-dador da sociologia e antropologia considera o crime como algo ambí-guo, resultante não apenas de con-dutas antissociais mas sim de

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tas contextualizadas socialmente. O que quer dizer que a percepção do que constitui crime é definida pela sociedade. Antropologia é uma área de conhecimento que tem por objec-to de estudo do homem na sua objec- totali-dade. A antropologia caracteriza-se pelo estudo das alteridades ou seja a necessidade de perceber que as dife-renças não podem ser entendidas como algo que separa os indivíduos, mas que tem contribuído para uma aproximação e convivência dos mes-mos pela capacidade de reconhecer e assumir o que nos torna diferentes. Nos estudos antropológicos se encon-tram os subsídios para a percepção das questões mais difíceis dos nossos tempos, em particular no âmbito cul-tural no qual são visíveis as permanên-cias e mudanças, de manifestações patentes que expressam com fre-quência, o latente actuante, embora nem sempre perceptível em termos de objectivos. Não constitui objectivo desta apresentação elaborar sobre o conceito de antropologia no cômpu-to geral mas sim direcionado a uma área específica da antropologia crimi-nal.

E “se a antropologia geral é, segundo a definição de M. Qua-trefagues, a história natural do homem, assim como a zoologia é a história natural dos animais, a antropologia criminal nada mais é do que o estudo de um tipo específico da espécie humana. Em outras palavras, ela é a história natural do homem criminoso (Ferri, 2009, p. 136), não encontro outra forma tão explícita de definir o conceito claro, que palavras bonitas para suavizar a dureza das mesmas é

sempre possível encontrar mas no fundo o significado é o mes-mo.

A investigação, como conceito, trata-se de um processo sistemático para a elaboração do conhecimento humano, pode ser um conjunto de actividades orientadas e planificadas para a busca de conhecimento (Calvantes 2006). A prevenção é a capacidade de prover a sociedade de recursos de autoproteção, minimi-zando a incidência criminal, minimizar as práticas que possam colocar a ordem social em perigo temos o exemplo das pandemias entre outros (Monteiro 2011). A rreinserção Trata-se de um conceito complexo mas também simples dependendo do contexto, no entanto de forma simples significa ter uma nova oportunidade, mostra a integração de novo ao convívio social, depois de uma privação da liberdade que e o caso vertente em que nos referimos a reinserção pós o cometimento de um crime. O individuo ao ser reintegrado quer dizer que a sociedade através de instituições apropriadas deposita confiança no individuo.

O crescimento das sociedades experimentou diferentes etapas histó-ricas, exigindo do homem constantes adaptações e inovações. E assim que para dar melhores respostas aos desa-fios impostos por actos criminais, levou a que cientistas em diferentes áreas do saber se preocuparem em encon-trar outras perspectivas teóricas que contribuíssem na solução do crime da melhor maneira dai a emergência de ciências ou áreas de saber tais como a criminologia uma área que para o

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seu desenvolvimento experimentou diferentes escolas:

A escola clássica perspectivada por Boccaria no séc. XVIII, a escola positiva ou Italiana emerge como o atesta (lombroso) aparece pelo facto de no Séc. XIX ter-se verifica-do a falência das ideias Iluministas devido a crescente criminalidade, pela diversidade de crimes e pelos altos níveis de reincidência. Portan-to, para o autor afirma que a escola respondia as necessidades da bur-guesia no final do séc. XIX que se sentia ameaçada pelas classes perigosas os mais desfavorecidos com germe da degeneração e do crime. Assim foram criados instru-mentos práticos e teórico para extinguir o perigo que representa-vam para a estabilidade social.

Assim Cesare Lombroso (1835-1909) publica em 1876 o seu primeiro livro “L ‘Uomo delinquente” iniciando desta forma a escola Positiva Italiana. Nesta caminhada teve como discípu-los Enrico Ferri (1856-1929) e Rafael Garófalo (1851-1934) estes foram de grande utilidade para os estudos da criminologia. Embora, ambos tenham estudos e escritos sobre criminologia, cada um teve sua área de concen-tração, para Lembroso atribuiu a cri-minologia o factor antropológico, Fer-ri atFer-ribuiu o factor sociológico e Garó-falo o factor psicológico. Na sua obra Lombroso defendia como tese a ideia do delinquente nato. Enquanto, Ferri defendia que não se devia como defende a escola clássica olhar em demasia para o aspecto retributivo da pena, mas sim para a função res-socializadora.

A escola usou como base de

sus-tentação do seu argumento as esta-tísticas, a observação directa do delinquente, a confrontação dos alie-nados e anormais investigando as suas anomalias, os seus estigmas, e a sua psicologia. Portanto, três princí-pios foram observados para permitir a solução dos problemas sociais como seja:

Empirismo ou seja a observa-ção, e experimentação dos fac-tos; criminoso como objecto de estudo ou seja estudo do crimi-noso como autor do crime; o determinismo onde a delin-quência é vista como mero sin-toma dos instintos criminologe-neos do sujeito.

Se chamava atenção para que ao condenar concentrar a atenção na componente educar, tendo em conta que com a acção de penaliza-ção se pretendia maior integrapenaliza-ção do cidadão e não a sua completa marginalização. A escola surge num contexto do desenvolvimento das ciências sociais (antropologia, psico-logia, sociologia e estatística etc.) tendo influenciado de forma significa-tiva na nova orientação dos estudos criminológicos

O Papel da Antropologia na Investigação, Prevenção e Reinserção Social:

Investiga-ção

É importante destacar que o indivíduo criminoso é para Ferri, assim como o era para Lombro-so, a fonte privilegiada de infor-mações sobre a etiologia do comportamento criminal. Os factores que incidem para a configuração de personalida-des propensas a esse tipo de comportamento, contudo, são Vol. 3, Nº 09, Ano III, Julho - Dezembro de 2016

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bem mais amplas e estão longe de se restringirem a elementos inatos (Sento-Se, SD, p.5).

A Investigação é tão antiga como a história do homem, tudo o que o homem tem a possibilidade de usu-fruir hoje graças as actividades inves-tigativas do próprio homem. Activida-de que foi objecto Activida-de Activida- desenvolvi-mento em todas as áreas de conhe-cimento sempre para responder as interrogações e os limites que se lhe são impostas ao homem para a sua própria sobrevivência. O que não foi diferente no contexto do crime como temos a oportunidade de observar no nosso dia-a-dia.

E foi nesta busca de respostas que curiosamente os estudiosos da maté-rias nos chamam atenção para o fac-to de que para além das frustrações, perdas em bens materiais e humanas que resultam da accao do crime pra-ticado, este, mesmo sendo um mal deverá ser reconhecido pela sua fun-ção utilitária, enquanto, um indicador da sanidade do sistema de valores que constitui a consciência colectiva. Isto porque permite que se faca a análise e se veja o crime como um elemento promotor de mudança e da evolução da sociedade. Deste modo Durkheim defende que uma acção que em determinada socieda-de posocieda-de ser censurada a mesma acção num determinado momento da sua evolução cultural poderá nao ter nada de censurável na mesma sociedade em um outro diferente momento da sua evolução cultural. O autor acrescenta ainda que nos per-mite compreender que um acto

cri-minoso transpõe, de modo negativo, uma construção valorativa, de tal modo que poderá dizer-se que “não há acto algum que seja, em si mes-mo, um crime.

Por mais graves que sejam os danos que ele possa causar o seu autor só será considerado criminoso se a opinião comum da respectiva sociedade o considerar como tal. Em Moçambique, temos exemplos tão actuais e ao mesmo tempo tão dolo-rosos como e por exemplo o caso dos casamentos prematuros, que, nos tempos que correm estes actos cons-tituem um crime, tão veementemen-te condenado porque infelizmenveementemen-te em pleno séc. XXI não podem ser vis-tos de outra forma, mas acredito que os seus praticantes se sentem mais do que envergonhados do acto tão estupefactos e agredidos psicologi-camente, pois em tempos não tão remotos eram vistos como actos nor-mais e louváveis porque vistos e per-cebidos como fazendo parte da defesa da estabilidade familiar das raparigas. Portanto, isto para dizer que a estreita relação que existe entre as determinações individuais e as construções sociais (Durkheim), na maioria das vezes a ascendência colectiva suplanta a individual. A investigação e crucial para a constru-ção de um país seja em que estagio ele se encontra porque potência os cidadãos a serem capazes de reco-nhecer seus problemas e poder solu-cioná-los. No âmbito académico per-mite torna essencial para a geração de novas teorias, contribuindo para as disciplinas em estudo da própria

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universidade e da comunidade aca-démica. E só com a investigação e possível melhorar a qualidade de ensi-no O mesmo acontece nas institui-ções que fazem com que a máquina governativa se desenvolva de forma criativa (www.universia.net:2008).

Prevenção na Perspectiva da Redução da Reincidência do Crime

....Se nós aceitamos a realidade da reincidência, que prevalece em todos os sistemas peniten-ciários, nós temos que buscar um ponto de partida para novas terapias para lidar com o crime. Em lugar de tentar curar o crime, devemos tentar preveni-lo, neu-t r a l i z a n d o s u a s c a u s a s (Lombroso, 2006, p. 135).

Se a solução do problema criminal nao esta apenas na responsabiliza-ção exclusiva do delinquente mas na responsabilização do comportamento criminal por elementos típicos da pró-pria sociedade que funciona como um ambiente verdadeiramente con-dicionador da accao individual. Mais do que isso como o afirma Durkheim as causas do crime poderão estar em relação directa com as disfuncionali-dades fácticas e normativas do con-junto inter-relacional, como poderão resultar das opções consensuais dos ordenamentos sociais de cada épo-ca. O mais importante não será, no entanto, penetrar nos problemas, o importante e imperioso é criar uma sociedade em que a realidade da diversidade humana, seja pessoal, orgânico ou social, não esteja subme-tida ao poder de criminalizar (Durkheim)”.

O crime deve ser visto como um fenómeno “natural biofísico social” enfatizando a necessidade de se fazer a análise das causas, as condi-ções de desenvolvimento e a aplica-ção das penas mais justas e eficientes. A antropologia aconselha que na execução das mesmas se faca a observância da diversidade cultural dando-se primazia a estudos compa-rativos das diferentes tradições legais e culturais. Neste sentido, a observân-cia de estudos antropológicos é de extrema importância pois, possibilita a identificação de fundamentos teóri-cos que permitam o enriquecimento das decisões na resolução dos pro-cessos criminais.

Reinserção Como Consequência da Priva-ção da Liberdade

De um ponto de vista que consi-dera os pressupostos da reinserção social, importa aludir que, se falamos em privar e educar para reinserir socialmente indivíduos expostos a reclusão é porque tal privação, de algum modo, teve por consequências (para além dos aspectos meramente físicos e psíquicos): rompimentos, des-filiação face a pessoas, lugares, cir-cunstâncias, instituições, atividades – os quais anteriormente configuravam e organizavam as dimensões de sua vida pessoal, compondo-se mesmo como suportes objetivos de sua identi-dade. Este processo só acontece quando o visado muda porque tem a consciência dos erros que cometeu.

O processo de reinserção deve ser feito com base em resultados de acti-vidades de observação sistemática

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do individuo, mostrando um trabalho interdisciplinar de diversas áreas de saber afins. Por outro lado, indica a capacidade de superação através da forca de vontade. No processo de integração o homem torna a sentir-se útil realizando uma actividade.

A reinserção tem por objectivo fazer com a pessoa se sinta útil, read-quira a auto-estima, confiança em sim mesmo, serenidade e amor-próprio. Pretende mostrar que apesar das falhas, todo ser humano merece uma segunda oportunidade na vida. No caso vertente diria que a finalida-de da cafinalida-deia, além finalida-de castigar, a reinserção permite que após a liber-dade a pessoa possa ser incorporada novamente a sociedade com natura-lidade.

Conclusão

Para concluir vou retomar parte da intervenção do Yuri Fedotov sobre a Prevenção ao Crime e a Justiça Cri-minal na Agenda de Desenvolvimen-to pós-2015. Na qual ele adverte que a redução do crime violento como fundamental para o desenvolvimento sustentável. A escolha do excerto do discurso não foi por acaso foi de for-ma bastante consciente se tivermos em conta o quadro do país actual. Em que não só sofremos os efeitos das crises económicas, e não se faz refe-rência somente aos impactos da crise externa como também e em particu-lar as internas cuja agressividade supera a crise externa, pelo facto não estarmos a falar e a vivenciar somen-te a crise do dinheiro, e da comida mas também e principalmente a do

bem-estar que resulta da ausência da paz.

Fedotov adverte para o aumento dos níveis de homicídios em países de renda baixa e media – baixa aumen-taram em 100%, na última década. E que em 2013 o aumento e de duas e meia vezes a taxa dos países da alta renda. Aqui mais uma vez fica claro que os significados dos actos não são mais que uma construção social e sendo assim essa construção muda de acordo com as mudanças nas dimensões política, económica, social e cultural tanto a nível global como a nível local tendo em conta o tempo e o espaço. Pois se no séc. XVIII a XIX os vulneráveis eram sujeitos a uma maior exploração, exclusão eram os mes-mos que estavam sujeitos a serem acusados de criminosos porque cons-tituíam um incómodo para a burgue-sia. Já no séc. XXI a igualdade e equi-dade, a questão de maior inclusão constituem a base fundamental dos discursos mas com maior tendência de sua operacionalização pratica.

E, Moçambique como parte do mundo tanto global e local se vê na contingência de ter que seguir as pegadas das formas de ser e estar dos países mais avançados. O que em certa medida não está errado, no entanto gostaria de chamar atenção para o facto do uso dos subsídios teó-ricos ocidentais mas com maior cau-tela e ponderação buscando tam-bém inspiração no conhecimento local, o que vale também para a per-cepção do crime.

Quanto a interdisciplinaridade no combate ao crime torna-se urgente num período em que o executivo

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esta seriamente preocupado com a adequação do sistema judiciário a situação actual do pais, chamo aten-ção também para ponderaaten-ção havendo para o efeito maior investi-mento as pesquisa sócio-culturais onde não somente estudos socio antropológicos se mostram importan-tes como também o resgate da filoso-fia africana dando-se maior ênfase aos conceitos e teorias locais para a solução de problemas também locais.

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