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pt 0021 7557 jped 93 s1 0053

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www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Severe

forms

of

food

allergy

Emanuel

Sarinho

a,b,c,∗

e

Maria

das

Grac

¸as

Moura

Lins

a,d

aUniversidadeFederaldePernambuco(UFPE),Recife,PE,Brasil

bUniversidadeFederaldePernambuco(UFPE),ProgramadeResidênciaMédicaemAlergiaeImunologia,Recife,PE,Brasil cSociedadeBrasileiradePediatria,DepartamentodeAlergia,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

dUniversidadeFederaldePernambuco(UFPE),ProgramadeResidênciaMédicaemGastropediatria,Recife,PE,Brasil

Recebidoem2demaiode2017;aceitoem14dejunhode2017

KEYWORDS

Severeformsoffood allergy;

Foodanaphylaxis; Food-protein-induced enterocolitis

syndrome

Abstract

Objectives: To guide the diagnosticand therapeutic management ofsevere forms of food allergy.

Datasources:Search in the Medline database using the terms ‘‘severe food allergy,’’ ‘‘anaphylaxisandfoodallergy,’’‘‘generalizedurticariaandfoodallergy,’’and‘‘food protein-induced enterocolitis syndrome’’ in the lastten years, searching inthe title, abstract, or keywordfields.

Summaryofdata: Foodallergycanbeseriousandlife-threatening.Milk,eggs,peanuts,nuts, walnuts,wheat,sesame seeds,shrimp,fish,andfruit canprecipitate allergicemergencies. The severity ofreactions willdependonassociated cofactors suchas age,drug useatthe onsetofthereaction,historyandpersistenceofasthmaand/orsevereallergic rhinitis, his-toryofpreviousanaphylaxis,exercise,andassociateddiseases.Forgeneralizedurticariaand anaphylaxis,intramuscular epinephrineisthefirstandfundamental treatmentline.Forthe treatment inacutephaseoffood-inducedenterocolitissyndromeintheemergency setting, prompthydroelectrolyticreplacement,administrationofmethylprednisoloneandondansetron IVarenecessary.Itisimportanttorecommendtothepatientwithfoodallergytomaintainthe exclusiondiet,seekspecializedfollow-upand,inthosewhohaveanaphylaxis,toemphasize theneedtocarryepinephrine.

Conclusion: Severefoodallergymayoccurintheformofanaphylaxisandfood-protein-induced enterocolitis syndrome, which areincreasingly observed inthe pediatric emergency room; hence,pediatriciansmustbealertsotheycanprovidetheimmediatediagnosisandtreatment. ©2017SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisanopen accessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/ 4.0/).

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2017.06.021

Comocitaresteartigo:SarinhoES,LinsMG.Severeformsoffoodallergy.JPediatr(RioJ).2017;93:53---9.

Autorparacorrespondência.

E-mail:emanuel.sarinho@gmail.com(E.Sarinho).

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PALAVRAS-CHAVE

Formasgravesde alergiaalimentar; Anafilaxiaalimentar; Síndromeda

enterocoliteinduzida pelaproteína alimentar

Formasgravesdealergiaalimentar

Resumo

Objetivos: Abordaromanejodiagnósticoeterapêuticodasformasgravesdealergiaalimentar. Fontesdosdados: Busca ativa nabase de dadosMedline dos termos severe foodallergies, anaphylaxisandfoodallergyefoodprotein-inducedenterocolitisnosúltimosdezanosecom buscanoscampostítulo,resumooupalavra-chave.

Síntesedosdados: Aalergiaalimentarpodesergraveeameac¸adoraàvida.Leite,ovo, amen-doim,castanha,noz,trigo,gergelim,crustáceo,peixeefrutaspodemprecipitaremergências alérgicas.Agravidadedasreac¸õesvaidependerdefatoresassociados,taiscomoidade,usode medicamentosnoiníciodareac¸ão,persistênciadeasmae/ourinitealérgicagrave,históriade préviaanafilaxia,exercícioedoenc¸asintercorrentes.Paraanafilaxia,aadrenalina intramuscu-laréumaindicac¸ãobemestabelecida.Paraotratamentodasíndromedaenterocoliteinduzida pelaproteínaalimentarnafaseagudanosetordeemergência,fazem-senecessáriasapronta reposic¸ãohidroeletrolíticaeaadministrac¸ãodemetilprednisolonaeodansetronaIV.Importante recomendaraopacientecomodiagnósticodealergiaalimentargravequemantenhaadieta deexclusão,procureacompanhamentoespecializadoe,naquelesqueapresentaramanafilaxia, enfatizaranecessidadedeportaradrenalina.

Conclusão: Alergiaalimentargravepodesemanifestarcomoanafilaxiaousíndromeda ente-rocoliteinduzidaporproteínaalimentarem faseaguda,asquais,porserem condic¸õescada vezmaispresentesereconhecidasnosetordeemergênciapediátrica,demandamdiagnóstico etratamentoimediatos.

©2017SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigo OpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4. 0/).

Introduc

¸ão

Alergia alimentar grave refere-se à resposta imunológica anormalaumdeterminadoalimentoemhospedeiro suscetí-vel,fazcomqueapresentesíndromesclínicasameac¸adoras davida.1 Essas reac¸ões são reproduzíveis a cada vez que oalimento é ingeridoe, na maioriadas vezes,independe dadose.1 Compreende anafilaxia precipitada por alimen-tos,queémediadapelaIgE,eaformaagudadasíndrome daenterocoliteinduzidaporproteínasalimentares(FPIES

---FoodProtein-InducedEnterocolitisSyndrome),que, supõe--se,émediadaporcélulas.2

Reac¸ãoanafiláticaaoovoeaopeixefoidescritadesdeo séculoXVIeXVII.Emdécadasatrás,eraumeventoraro,mas houveaumentoprogressivodaprevalência,apontode,nos diasatuais,aalergiaalimentargraveseraprincipalcausade atendimentosnasemergências poranafilaxia.3 Leite,ovo, amendoim, castanha, nozes, trigo, gergelim, crustáceos, peixesefrutassãoalgunsdosalimentosquepodem precipi-taremergênciasalérgicas.NoBrasil,inquéritodirecionado aalergiologistasapontoualergiaalimentarcomoasegunda causadeanafilaxia.Osprincipaisincriminadosforamoleite devacaeclaradeovo,entrelactentesepré-escolares,eos crustáceosentrecrianc¸asmaiores,adolescenteseadultos.4 Emmetanálisedaliteratura,aincidênciaestimadade fata-lidadeempaísesricos,poranafilaxiaalimentaremmenores de19anos,foide3,25pormilhãodepessoas/ano.5O esta-belecimentoprecocedodiagnósticoedotratamentocorreto eimediatopelopediatraurgentistaécapazdeevitara leta-lidadeeefetivamentesalvarvidas.

Oobjetivodesteartigo éinstrumentalizar omédicono manejo diagnóstico e terapêutico das formas graves de alergiaalimentar.Apartirdabuscaativanabasededados Medlinecomostermos severefood allergies,anaphylaxis andfood allergye food proteininducedenterocolitis nos

últimosdezanoseabuscaincluiuoscampostítulo,resumo oupalavra-chave.Foramselecionadosparaleituracompleta osartigosderevisãoederecomendac¸ãoquefossemúteis, segundoaavaliac¸ãodosautores,parafundamentaroescopo doartigo.

As duas situac¸ões em relac¸ão à alergia alimentar que levamopacienteàemergênciasãoaanafilaxiaalimentarea síndromedaenterocoliteinduzidapelaproteínaalimentar, entidades clínicascom apresentac¸ão e manejo diferentes e que serão abordadasneste artigo deforma sequencial. Contudo, em ambas as abordagens, a ênfase serána fisi-opatologia e nos aspectos associados, no diagnóstico, no tratamentodeemergênciaenaorientac¸ãodopaciente.

Anafilaxia

por

alergia

alimentar

Fisiopatologiaeaspectosassociados

Anafilaxia alimentar é a reac¸ão grave mediada por IgE ao alimento, em que ocorre vasodilatac¸ão generalizadae ameac¸adoradavida.Aliberac¸ãodemediadoresvasoativos nacirculac¸ãosanguíneapodelevaraocolapsovasculareà anafilaxiaeaochoque.Avasodilatac¸ãoéacompanhadade hipotensãoehipoperfusão,que podecomprometer órgãos nobres como cérebro e corac¸ão e resultar em isquemiae morte.Quandoossintomascardiovasculares,comoa hipo-tensãoechoque,eosneurológicos,comoconfusãomental, perdade consciênciae relaxamentode esfíncteres,estão presentes,oriscodemorteéelevado.Aadministrac¸ãode adrenalinaeaelevac¸ãodos membrosinferiores,ao resta-belecer o tônusvascular eo retornovenoso, sãomedidas salvadorasdavida.4

(3)

potencialmente fatal. Tudo se inicia com a exposic¸ão a umalérgenoalimentar,oqualformaumaligac¸ãobivalente com a IgEespecífica que se encontrafixada nos recepto-resdealtaafinidadedosmastócitos,osquais,atravésdos canaisiônicos,levamaumaativac¸ãoreticulareconduzem àliberac¸ãodemediadores,taiscomoahistamina(principal mediadordoeritemaedoprurido),edeváriosoutros poten-tesmediadoresvasodilatadoresneoepré-formados,quena dermesuperficialeprofundaenotecidocelularsubcutâneo causamedemaqueresultaem urticáriaeangioedema.No sistemadigestório,acarretamnáuseas,vômitosediarreiae, notratorespiratório,causamcorizaintensa,espirros,tosse, broncoespasmo,edemalaríngeoeatémesmoapneia.4,6,7

A presenc¸adeurticáriageneralizada comangioedema, muitasvezes,éosintomainicialeindicaqueavasodilatac¸ão e abroncoconstric¸ão sãoiminentese o pacientedeve ser reconhecido e tratado com urgência para restabelecer o tônus vascular.8,9 A associac¸ão com asma aumentaa gra-vidadedareac¸ãoe a respostaao tratamento é bemmais difícil. Foi observado que em até75% dos pacientes com anafilaxiafatalhouvepresenc¸adeasmaconcomitante.6,7,9

Algumas vezes, o quadro de alergia alimentar grave sedesenvolvedurante o exercícioem associac¸ão comum alimento especifico (até quatro horas após a ingestão), caracterizaaanafilaxiainduzidapeloexercíciodependente dealimento.Oexercíciopodepromoverumamaiorabsorc¸ão do alérgeno inadequadamente processado e/ou promover adegranulac¸ãodebasófilosemastócitossensibilizadosou aindapromover umexcesso desíntese de metabólitos do ácidoaraquidônico.10 Nessecaso,aanafilaxiaéresultante daassociac¸ão doalimentoe doexercício,enquantoo ali-mentoeoexercício,quandoacontecemisolados,sãobem tolerados.Otrigoéomaiscomum,masoutrosgrãos,nozes eoutrosalimentostambémtêmsidoincriminados.4,10

A anafilaxia induzida pelo exercício dependente do alimentopodeserprecipitadaporfatoresassociadoscomo o consumo de anti-inflamatórios especialmente ligados à aspirina e pelo uso de álcool, que é comum entre os adolescentes.10,11

Agravidadedasreac¸õesalérgicasalimentaresvai depen-derdaquantidadedealérgenoingerido,daestabilidadedo mesmocontraadigestãoedapermeabilidadeepitelial.10,11 Fatoresassociados,taiscomoidade,usodemedicamentos noinício dareac¸ão, persistência de rinitealérgica grave, história de prévia anafilaxia, exercício e doenc¸as inter-correntes,merecem serconsiderados.10,11 A dosee o tipo de alérgeno alimentar que é sensibilizante e causa aler-gia alimentar grave podem variar entre indivíduos e até podemvariarem ummesmo indivíduoem diferentes oca-siões. Quando o alérgeno alimentar encontra-se oculto, poderesultarem identificac¸ãotardia doagressore maior riscoparaospacientes.11

Os adolescentes apresentam maior risco de anafilaxia fatal por maiordificuldade em seguira dieta de isenc¸ão. Doenc¸as infecciosas agudas facilitam a degranulac¸ão dos mastócitose favorecem o aparecimento deanafilaxia ali-mentargraveempresenc¸adoalérgenoespecifico.Damesma forma,banhoquenteemexcessoeusodemedicac¸ãopara febre,poralterarapermeabilidadeintestinal,podem pre-disporareac¸õesmaisgraves.11

Noslactentes,aproteínadoleitedevacaéomaiscomum precipitantedeanafilaxiaporalimentos,masasproteínasdo ovo,dasojaeoutrastambémpodemserincriminados.1,4Nos

escolareseadolescentes,predominamaalergiaaos crustá-ceos,peixes,amendoim,nozesecastanhascomosituac¸ões potencialmente ameac¸adoras à vida.4 O trigo é o preci-pitantemaiscomum de anafilaxiainduzida pelo alimento dependentedeexercício, através deumafrac¸ão proteica contidanoglúten,a5-ômegagliadina.10

Diagnósticodeanafilaxiaalimentar

Odiagnósticodaanafilaxiaalimentarérelativamentefácil. É importante ressaltar que, por ser uma reac¸ão alérgica potencialmentefatal,devesertratadacomouma emergên-ciamédica, coma administrac¸ãoimediata de adrenalina, eassim o diagnósticojá devevir associado coma pronti-dãodotratamento paraque oresultado sejafavorável.6,7 Aanafilaxia alimentar ocorrede formasúbitageralmente em minutosoupoucas horas apósa ingestão de alimento comapresenc¸a depruridointensocomplacas eritemato-sasgeneralizadas que tendem a confluirfrequentemente. Essequadropodeseracompanhadadeangioedemadelábio, ocularouatémesmodelínguaeúvula,seguidode acome-timentoadicionaldepelomenosumdosseguintessistemas orgânicos: respiratório (dispneia, sibilos/broncoespasmo, estridor,hipoxemia),cardiovascular(hipotensão,hipotonia, choque),gastrintestinal(náuseas,vômitos,dorabdominal) eneurológico(confusão mental,lipotimia,perdade cons-ciência).Em até 20% dos casos a anafilaxia pode ocorrer comdoisoumaisdessessistemasorgânicosenvolvidos,mas sem comprometimento cutâneo, o que torna o diagnós-ticomuitomaisdifícil.4,6Aanafilaxiadeveserdiferenciada principalmentedasíndromevaso-vagal(nessecaso,apele encontra-sefria,pálidaeúmida),dacrise agudadeasma graveedaurticáriaagudageneralizadapós-alimentar,que, comomencionadoanteriormente,jápodeserconsiderada emanejadacomoanafilaxia.4,6,8,9,11

Emboraurticáriaeangioedemasejamsinaiscomunsde reac¸õesalérgicas aos alimentos,especialmentedurante a evoluc¸ão para anafilaxia, é importante frisar que a sua ausêncianãoexcluiapossibilidadedeumaalergiaalimentar grave.Ematé20%doscasosdeanafilaxiaalimentarpodenão existirenvolvimentodesintomascutâneoseafaltadesses sintomaspoderesultarnoreconhecimentotardioeretardo notratamentoeaumentodaletalidade.8

Alémdaanafilaxiaalimentarclássica,éimportante reco-nheceraanafilaxiainduzidapeloexercíciodependentede alimento.Ossintomas iniciaissãofadiga, calor, vermelhi-dão,pruridoeurticária,que,algumasvezes,podemceder quandoopacienteinterrompeaatividadefísicaedescansa; outrasvezes,quandooexercíciocontinua,podemaparecer angioedema,sintomas gastrintestinais, edema de laringe, broncoespasmo,hipotensãoechoque.10

Quando houver dúvidas no diagnóstico de anafilaxia, a dosagem de triptase colhida durante ou logo após a resoluc¸ão do evento, quando disponível, pode ser usada para confirmar o diagnóstico a posteriori. A dosagem da IgEespecíficaparaoscomponentesalergênicosalimentares posteriormentedeveserfeita.4

Tratamentodeemergênciadaanafilaxiaalimentar

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Tabela1 Condutaeprincipaisagentesterapêuticosnotratamentodaanafilaxia

Conduta/Agente terapêutico

Recomendac¸oes

Mantersinais vitais

ChecarA(viasaéreas),B(respirac¸ão), C(circulac¸ão)eM(mente-sensório)

Manterposic¸ãoadequada(decúbitodorsalcomMMIIelevados). Levantar-seousentar-sesubitamenteestáassociadoa desfechosfatais(‘‘síndromedoventrículovazio’’). Adrenalina

1:1000 (1mg/ml)

Crianc¸as:0,01mg/kgatéomáximode 0,3mgIMnafaceanterolateraldacoxa.

Adolescentes:0.2-0,5mg(dosemáxima)IM nafaceanterolateraldacoxa.

Administrarimediatamenteerepetirsenecessárioacada5-15 minutos.Monitorartoxicidade(frequênciacardíaca)

Adrenalinaemdiluic¸õesde1:10.000ou1:100.000somente deveseradministradaviaEVnoscasosdeparada

cardiorrespiratóriaouprofundahipotensãoquenãorespondeu àexpansãodevolumeoumúltiplasinjec¸õesdeepinefrinaIM. Expansãode

volume Soluc¸ãosalina ringerlactacto

Crianc¸as:5-10ml/kgEVnosprimeiros 5minutose30ml/kgnaprimeirahora

Adolescentes:1-2litrosrapidamenteEV

Taxadeinfusãoéreguladapelopulsoepressãoarterial. EstabeleceracessoEVcomomaiorcalibrepossível.Monitorar sobrecargadevolume

Oxigênio(O2) Sobcânulanasaloumáscara SeSatO2<95%,hánecessidadedemaisdeumadose deadrenalina

EV,endovenoso;IM,intramuscular. AdaptadoemodificadodeLockeyetal.12

colocadoem decúbitodorsalcom membrosinferiores ele-vados (posic¸ão de Trendelenburg), a adrenalina deve ser administradaporviaintramuscularnovasto-lateraldacoxa. A punc¸ão venosa deve ser feita assim que possível para manutenc¸ão da volemia, mas sempre após fazer os três procedimentos fundamentais mencionados, sem perdade tempo. Na dúvida, a droga deve ser prontamente admi-nistradaparapreveniranafilaxiafatal e,especificamente, paraalergiaalimentar, ésalvadora davida ereduza pro-babilidadedeadmissão hospitalar.7 Omecanismo deac¸ão ocorre através do efeito alfa-adrenérgico que reverte a vasodilatac¸ãoperiférica,reduzsignificativamenteoedema damucosa,aobstruc¸ãodasviasaéreassuperiores(edemade laringe),bemcomoahipotensãoeochoque,alémde redu-zirossintomasdeurticária/angioedema.Suaspropriedades

␤-adrenérgicas aumentam a contratilidade do miocárdio, odébitocardíacoe ofluxo coronariano,alémdeproduzir potenteac¸ãobroncodilatadora.4,6Aviaintramuscularé pre-ferívelporqueatingeconcentrac¸õesdepicomaisrápidasdo queavia subcutânea e édez vezesmaissegura doquea viaintravenosaembolusesemacarretarqualquerriscode perdadetempoearicavascularizac¸ãodessemúsculo per-miteque,mesmoemestadodeinsuficiênciacirculatória,a medicac¸ãosejaprontamenteabsorvida comaparecimento deefeitoimediato.4,6,12

Atabela1contémasorientac¸õesparaconduc¸ãode ana-filaxiaalimentarna urgência.Aadrenalinadeveserusada na dose de 0,01mg/kg por via intramuscular (IM) até a dosemáximade0,3mg/kg emcrianc¸as. Searesposta ini-cialfor insuficiente,logoapós cincoa15 minutos,a dose podeser repetida uma ou maisvezes. Estima-se que até 20% dos pacientes tratados podemnecessitar desegunda dose. A administrac¸ão tardia pode levar a um aumento do risco de hospitalizac¸ão, de insuficiente perfusão car-díaca, de encefalopatia hipóxico-isquêmica e de morte. A ac¸ão farmacológica inclui também palidez transitória, tremor,ansiedade e palpitac¸ões, que, embora percebidas comoefeitoadverso, sãosemelhantesà reac¸ãofisiológica deestresseagudo.7

O uso de medicamentos secundários é descritos na tabela2.Sabe-sequeosanti-histamínicosprevinemo pru-ridoeaurticária,masnãoaliviamossintomasrespiratórios, ahipotensãonemochoque.Assim,damesmaformaqueos corticoides,sãomedicamentosadjuvantesquenãosão indi-cadosparatratamentoinicial.Ocorticoidepodeajudarna prevenc¸ãodafasesecundáriadaanafilaxia,quepode rea-parecerematé12-24horasapósoeventoinicial,masessa apresentac¸ãobifásicaébemmenoscomumnaanafilaxiapor alergiaalimentar.Casohajaasmaemcrise,ousodebeta-2 inaladodeveserconsiderado.7

Em paciente com antecedentes de anafilaxia muito grave, é recomendado iniciar o tratamento com adrena-lina logo após a provável ingestão e aparecimento do primeiro sintoma (mesmo quandoleve, tais como coceira daface/bocaousintomaslevesdedesconfortogástricoou náuseas),porqueaevoluc¸ãorápidaparaanafilaxiagraveé esperadaehabitual.7Amesmacondutaéprudentee reco-mendávelparaascrianc¸asemriscodeevoluirparaanafilaxia alimentarcomasmanãocontrolada.11

Orientac¸ãoaopacienteapósaltahospitalar

Uma vezfeitoo atendimentoao paciente, éfundamental identificaropossívelalimentoagressor.Opacientecom ana-filaxia deve permanecer 12-24 horas em observac¸ão, pois pode ocorrer resposta tardia secundária e também deve seraconselhadoaevitarexercíciosnospróximossetedias. Aprescric¸ãodecorticoideoral(prednisonaouprednisolona nadose de1-2mg/kg/diamáximode40mg/dia)porcinco asetediasedeanti-histamínicosdesegundagerac¸ãopor, nomínimo,setedias(exemplo:fexofenadinaemdosesde 2,5mlduasvezesaodiaparamenoresdeseisanos,5mlduas vezesaodiaparamaioresdeseisanosouumcomprimidode 120mgduasvezesaodiaparaadolescentes)é recomendá-vel.Éaindaprudentearecomendac¸ão deevitar atividade físicanasemanaseguinteaoepisódio.4

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Tabela2 Medicamentossecundáriosnotratamentodaanafilaxia

Agente Recomendac¸ão

ˇ2-Agonistas Sulfatode salbutamol

Viainalatória:

Aerosoldosimetradocomespac¸ador(100mcg/jato) Crianc¸as:50mcg/Kg/dose=1jato/2kg;Dosemáxima: 10jatos

Adolescentes4-8jatos,acada20min,

Nebulizador:soluc¸ãoparanebulizac¸ão:gotas(5mg/mL) Crianc¸as:0,07-0,15mg/kgacada20minutosaté3doses Adultos/adolescentes2,5-5,0mg,acada20min,por3 doses

Dosemáxima:5mg

Parareversãodobroncoespasmo

Anti-histamínicos Prometazina Difenidramina

Ranitidina

Crianc¸as:1mg/kgEVatémáximo50mg Adolescentes:25-50mgEV

Crianc¸as:1mg/kg

Adolescentes:12,5-50mgEVematé10minutos

Agentesanti-H1associadosaanti-H2podem sermaiseficazesdoqueosanti-H1isolados Doseoralpodesersuficienteparaepisódios maisbrandos

Papelsecundárioeaindanãobem determinado.

Esteroides Metilprednisona

Prednisona

1-2mg/kg/diaEV

0,5-1mgmg/kg/diaVOmáximo40mg

Padronizac¸ãodedosesnãoestabelecida Prevenc¸ãodereac¸õesbifásicas?

anti-H1,anti-histamínicoH1;anti-H2,anti-histamínicoH2;EV,endovenoso;IM,intramuscular;VO,viaoral. AdaptadoemodificadodeLockeyetal.12

tambémencaminharopacienteaumespecialista.Emnível ambulatorial,iráserverificadoseaIgEespecíficaaopossível alimentoimplicadoépositivaeseháausênciadesintomas naingestãodessealimentonaausênciadeatividadefísica eausênciadesintomasduranteoexercíciosemingestãodo alimentoincriminado.10

O manejo posterior da alergia grave, IgE mediada por alimento, consiste principalmente na dieta de isenc¸ão por determinado período. A proposic¸ão de imunoterapia alérgeno-específica para anafilaxia alimentar, especial-mentecomleiteassadonaformadebolooubiscoito(baked milk),parapreveniranafilaxia,aindapersistecomoum tra-tamentoexperimentalemavaliac¸ão.3,13

Uma importante recomendac¸ão à família do paciente quesofreuanafilaxiagraveéanecessidadedeportar adre-nalina autoinjetável. Esses dispositivos estão disponíveis em doses fixas (0,15mg crianc¸as até 30kg; 0,3mg para crianc¸asmaiores/adolescentes)eestãoindicados especial-mentenoscasosderiscoelevadodeexposic¸ãoantigênica. Infelizmente,osprazosdevalidadedessesdispositivossão limitados,ocustoéelevadoenãoestãodisponíveisnoBrasil eemoutrospaíses.4

Quandonãoforpossíveldispordeadrenalina autoinjetá-vel,dosespreparadasemontadasdeadrenalina,deacordo comopesodopaciente,emseringasdeinsulina,pelo pro-fissionaldesaúde,adequadamenteprotegidasdaluzsolar e bem acondicionadas,podem ser oferecidasao paciente e/ouaosparentesadequadamentetreinados.Umesquema quepodeserusadodeformasimpleseseguraporvia intra-muscular é o seguinte:até 10kg, 0,1ml IM, de 10-20kg, 0,2ml IM e acima de 20kg, 0,3ml IM. Da mesma forma, alertarpara ocuidadode nãoperderadose ao manusear aseringa,bemcomoexplicarque,acada2-3meses,deve

haversubstituic¸ão paraevitar perdadeefeito do medica-mentopelaexposic¸ãoambiental.7,14

Éimportante que afamília,osprofessores e oslíderes comunitáriosreconhec¸amcadavezmaisossinaisprecoces equesaibammanejaraanafilaxiacomadrenalina autoinje-táveloumesmoprovidenciaretreinarousodamedicac¸ão montadaemseringaquandoessaapresentac¸ãonãoestiver disponível(tabela3).14,15

Síndrome

da

enteropatia

induzida

por

proteína

alimentar

(FPIES)

Patogeniaeaspectosassociados

A patogenia das alergias alimentares não IgE mediadas ainda não foi esclarecida, pelo fato de que endoscopias ebiópsiasnãosãorotineiramentefeitas.AFPIEStemsido amaisinvestigada;váriosestudossugeremumpapelchave dascélulasT,com secrec¸ãodecitocinas pró-inflamatórias que podem alterar a permeabilidade intestinal.2 Embora neutrofiliaetrombocitoseocorramempacientescomFPIES aguda, o papel dessas células no mecanismo patogênico aindanãofoiestabelecido.AsIgEscontraoalimentocausal nãosãotipicamentedetectadas,porém,emumsubgrupode crianc¸as, podemestarpresentesna faseagudaoudurante suaevoluc¸ão.16 Essespacientestendem aevoluircom um cursomaisprolongadoe,emalgunscasos,aprogredirpara alergiaIgEmediada.2 Avianeuroendócrinaparece terum papelnapatogênesedaFPIES,baseadanaeficáciada ondan-setrona, receptor antagonista da serotonina (5-HT3), no

manejodareac¸ãoagudadaFPIES.17,18

(6)

Tabela3 Recomendac¸õespreventivasdeanafilaxiapor ali-mentoparaafamília,professoreselíderescomunitários

Recomendac¸ões

-Afamília,aescolaeacomunidadedevemcolaborar paraevitarexposic¸ãodopacienteaoalérgenoalimentar. -Critériosetreinamentoparareconheceremanejar precocementeossintomasdeprovávelanafilaxiasão desejáveisepossíveisdeseraplicadosnafamília,naescola enacomunidade.

-Pacientescomhistóriaanteriordeanafilaxiadevemportar adrenalinaautoinjetável.

-Emcasosderiscoelevadoesemdisponibilidadede adrenalinaautoinjetável,portaradrenalinamontadaem seringadeinsulinaencobertaapóstreinamentopodeser condutaválida.

-Pacientecomanafilaxiainduzidapeloexercíciodependente dealimentodeveevitaratividadefísicaporquatrohoras apósoalimentoindutor,quenamaioriadasvezeséotrigo. -Pacientecomanafilaxiainduzidapeloexercíciodependente dealimentotambémdeveevitarfatoresprecipitantesda reac¸ão,taiscomoálcooleusodeAINES,emespeciala aspirina,quandoingeriroalimentoalergênico.

-Pacientesemriscodeanafilaxiadevemterumaplacade metalnobrac¸oouumcartãoqueidentifiqueaqualalimento éalérgico.

do alimento. Diarreia pode ocorrer dentro de 5-10 horas após a ingestão, particularmente no lactente jovem com fenótipo mais grave (menos de 30% são crianc¸as maiores de um ano). O evento de FPIES aguda pode ser a pri-meira manifestac¸ão ou pode ocorrer quando o alérgeno alimentarforintroduzidoapósumperíododeexclusãoem pacientesportadores daformacrônica; seriaumepisódio deFPIES agudana formacrônicada doenc¸a.A FPIES crô-nicacompartilhacaracterísticasclínicascomaenteropatia induzidaporproteínasalimentares,comosíndromesdemá absorc¸ão,anemia,diarreiaevômitosemcrianc¸asmenores denovemeses;entretanto,nesses pacientes,a diarreiaé umsintoma mais proeminente, masnão leva a distúrbios metabólicose desidratac¸ãogravecomo naFPIES aguda.A FPIESocorre também em crianc¸as maiores e adultos,por exposic¸ãoapeixeoucamarão.Aocontráriodoqueocorre naproctocoliteinduzidapelaproteínaalimentar,aFPIESé raraemcrianc¸asemaleitamentomaternoexclusivo.19

AFPIESdevidaaalimentossólidosocorre,tipicamente, mais tarde do que leite de vaca e soja, provavelmente relacionada ao tempode introduc¸ão na dieta dacrianc¸a. AmaioriadospacientesdeFPIESreageaumúnicoalimento (65-80%),geralmenteLVousoja.Contudo,ospacientescom FPIESporLV/sojapodemreagiraossólidos.NosEstados Uni-dos,até50%dospacientescomLV/sojareagemaambosos alimentose cercadeumterc¸o dospacientescom LVe/ou sojareageaossólidos.19

Amaioriadascrianc¸ascomFPIESasólidosreageavários alimentos; particularmente àqueles com FPIES ao arroz, à aveia ou à cevada apresentam sintomas relacionados a outrosgrãos.PacientescomFPIESamúltiplosalimentossão menoscomunsnoJapão,AustráliaeItália.Essasdiferenc¸as podemrefletirhábitosalimentaresespecíficosdecadapaíse reforc¸amahipótesedequeintroduc¸ãoprecocedeLVesoja

éumfatorderiscoparaFPIESaessasproteínasealimentos emidadesmaistardias.19

DiagnósticodaFPIES

Baseia-se nahistória clínica, noreconhecimentode sinto-mas clínicos, na exclusão de outras etiologias e no teste de provocac¸ão oral (TPO) sob supervisão médica. Embora TPO sejaopadrão-ouro, amaioria dospacientesnão pre-cisa ser submetida à confirmac¸ão, especialmente se têm umahistóriadereac¸õesgravesesetornaremassintomáticos apósaeliminac¸ãodaproteínasuspeita.Noentanto,os tes-tesdedesencadeamentosãonecessáriosparadeterminara resoluc¸ãodaFPIESouparaconfirmarFPIEScrônica.20Os cri-tériosdiagnósticosparaFPIESsãoapresentadosnatabela4. O diagnóstico diferencial de FPIES é extenso e inclui doenc¸asinfecciosas,outrasalergiasalimentareseobstruc¸ão intestinal, bemcomo doenc¸as neurológicas e metabólicas (tabela5).Osepisódiosiniciaissão,muitasvezes, diagnos-ticadoscomo gastroenteriteagudaviralousepsis,quando ocorreletargiaprofunda,hipotensãoetêmumacontagem elevadadeleucócitoscomdesvioàesquerda.Muitasoutras condic¸õestambémpodemserconsideradasnodiagnóstico diferencial,especialmentenoslactentescomepisódiosde vômitos repetidos e prolongados. Distúrbios metabólicos estão presentes e levam à desidratac¸ão, à letargia, bem comoaacidosemetabólica.21

TratamentodeemergênciadaFPIESaguda

OtratamentodaFPIESagudanaemergênciaébaseadoem trêspontosprincipais:18,19:

1 Ressuscitac¸ãohidroeletrolítica---10-20ml/kgdepesoem

bolusdesorofisiológico;

2 Administrac¸ãodemetilprednisolona---1mg/kgdepesoIV máximode60-80mg;

3 OndansetronaIVouIM---0,15mg/kg/peso.

Após essas condutas iniciais na emergência o paci-ente deve ser mantido hospitalizado, em venóclise de

Tabela4 CritériosatuaisusadosparadiagnósticodeFPIES

1.Idademenordedoisanosnaprimeiraapresentac¸ão (frequente,masnãoobrigatório)

2.Exposic¸ãoaoalimentosuspeitodesencadeiavômitos emjato,palidez,letargiaem2-4horas

Ossintomasdurampoucashoraseseresolvem, usualmente,em6horas.Diarreiapodeestarpresente, menosfrequente,esurgeem5-10horas

3.Ausênciadesintomasquesugeremumareac¸ãoIgE mediada

4.Aexclusãonadietadaproteínaenvolvidaresolveos sintomas

5.Areexposic¸ãooutestedeprovocac¸ãooraldesencadeia ossintomasem2a4horas

(7)

Tabela5 Principaissituac¸õesclínicasnodiagnósticodiferencialdeFPIES

Infecc¸ões Alergia Distúrbiosdotratodigestório Outras

Gastroenteriteviral Outrasalergiasalimentares nãoIgEmediadas

Doenc¸adorefluxo gastroesofágico

Distúrbiosneurológicos (encefalopatia,ouhemorragia)

Sepsis Doenc¸adeHirschprung Cardiopatias

(miocardiopatias,arritmias, cardiopatiascongênitas) Gastroenterite

bacteriana

(Shigella,salmonella, campilobacter,Yersínia)

Reac¸ãoIgEmediada aguda(anafilaxia)

Invaginac¸ãointestinal Intoxicac¸ãoexógena

Volvo Errosinatosdometabolismo

Estenosehipertróficadopiloro Meta-hemoglobinemiacongênita. Doenc¸acelíaca

Enterocolitenecrosante DivertículodeMeckel

manutenc¸ão,parahidratac¸ãoereposic¸ãodeperdas, moni-toramentodossinaisvitais(pulso, temperatura,tempode enchimentocapilar,frequênciacardíacaepressãoarterial). Doses adicionais de ondansetrona podem ser necessárias, assim como correc¸ões dos distúrbios hidroeletrolíticos, baseadas nas perdas. Exames complementares devem ser solicitados: hemograma com plaquetas, ionograma, gasimetria.

Orientac¸ãoaopacienteapósaltahospitalar

OmanejodaalergiaalimentarnãoIgEéempíricopelas evi-dências limitadas e controvérsiasem muitasáreas de sua fisiopatologia.Adietadeexclusãoda(s)proteína(s)dos ali-mentos é fundamental. Na FPIES, o aleitamento materno exclusivo deveserpreservado. As fórmulas dehidrolisado proteicosãoemgeralbemtoleradas,emboraemtornode 20% dos pacientes possam necessitar de fórmulas à base deaminoácidos.20.Oacompanhamentocomumespecialista

está indicadoparaoscuidadosespecíficos, especialmente paraorientac¸ãonutrológicaecontroledossintomasdurante elogoapósinternamento.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Tabela 1 Conduta e principais agentes terapêuticos no tratamento da anafilaxia Conduta/Agente terapêutico Recomendac ¸oes Manter sinais vitais
Tabela 2 Medicamentos secundários no tratamento da anafilaxia
Tabela 3 Recomendac ¸ões preventivas de anafilaxia por ali- ali-mento para a família, professores e líderes comunitários Recomendac ¸ões
Tabela 5 Principais situac ¸ões clínicas no diagnóstico diferencial de FPIES

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