RELATÓRIO FINAL
E
STÁGIO
P
ROFISSIONALIZANTE DO
6
º ANO DO
M
ESTRADO
I
NTEGRADO EM
M
EDICINA
P á g i n a 1 | 16
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 2
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS UNIDADES CURRICULARES 2
SAÚDE MENTAL 2
MEDICINA GERAL E FAMILIAR 3
PEDIATRIA 3
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 4
CIRURGIA 5
MEDICINA 5
UCOPCIONAL –TRAUMA 7
ATIVIDADES EXTRA-PLANO CURRICULAR 7
REFLEXÃO CRÍTICA 8
ANEXOS 10
CONGRESSO IMED 7.0 10
28.ª JORNADAS DE CARDIOLOGIA DO HOSPITAL EGAS MONIZ 11
PALESTRA SOBRE O AUTISMO E O SON-RISE PROGRAM® 12
WHEN NUTRITION BECOMES THERAPY BY NESTLE HEALTH SCIENCE 13
CURSO BÁSICO DE CUIDADOS PALIATIVOS 14
CURTOS ESTÁGIOS MÉDICOS EM FÉRIAS I 15
P á g i n a 2 | 16
INTRODUÇÃO
Este relatório tem como propósito sumarizar as atividades realizadas nos estágios que
compõem o estágio profissionalizante ao longo do 6º ano do Mestrado Integrado em
Medicina, tendo em conta os objetivos gerais e pessoais para cada um deles,
dividindo-se em quatro partes esdividindo-senciais: a predividindo-sente introdução, uma descrição sumária das
diferentes unidades curriculares e da unidade curricular opcional, uma referência a
atividades extra-curriculares e a reflexão crítica.
O 6º ano do curso de Medicina, sendo o último ano da pré-graduação, é estruturado de
forma a que nos seja possível desenvolver competências, tanto clínicas como sociais,
que serão necessárias à prática desta profissão. Estas competências incluem não só
modos de abordagem e tratamento de pessoas com patologia já estabelecida, ganhando
capacidade de reconhecimento das patologias e autonomia na observação e
acompanhamento destes mesmos doentes, assim como educação para a saúde e
prevenção de pessoas saudáveis e de comunicação com os familiares.
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS UNIDADES CURRICULARES
Saúde Mental
O estágio de Saúde Mental decorreu entre 14 de setembro e 09 de outubro de 2015, sob
a regência do Prof. Dr. Miguel Xavier e os objetivos deste estágio foram desenvolver a
capacidade de identificar as perturbações psiquiátricas mais frequentes, aplicando
conhecimentos adquiridos previamente, e situações individuais e sociais de risco, assim
como ter contacto com as principais linhas terapêuticas instituídas e trabalhar nas
técnicas de comunicação com o doente. Este estágio tinha uma componente teórica, com
seminários teórico-práticos no início do estágio na NMS | FCM, uma componente de
P á g i n a 3 | 16
de artigos para uma revisão sistemática com a temática “Recursos Humanos” e que foi
posteriormente continuada por outros colegas, e uma componente prática, em que estive
integrada na equipa comunitária do Centro de Saúde da Damaia sob a orientação da Dra.
Alexandra Lourenço e onde assisti e participei em consultas de psiquiatria, consultas de
enfermagem, psicoterapia, visitas domiciliárias e reuniões de equipa. Esta equipa
insere-se no Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Foninsere-seca e como tal assisti
neste hospital a sessões clínicas do serviço, reuniões entre diferentes equipas e
frequentei o SU.
Medicina Geral e Familiar
O estágio de Medicina Geral e Familiar, sob regência da Prof. Doutora Isabel Santos,
decorreu entre 12 de outubro e 06 de novembro de 2015 sob a orientação da Dra. Maria
João na USF Alma Mater. Alguns dos meus objetivos foram perceber o padrão de
morbi-mortalidade da comunidade e saber diagnosticar as patologias mais frequentes assim
como acompanhar o seguimento efetuado. Aqui tive a oportunidade de aperfeiçoar as
técnicas de exame objectivo, assistir e participar em consultas médicas e de enfermagem
de diferentes âmbitos (DM, HTA, Planeamento familiar, Saúde Infantil e Saúde materna,
etc) e realizar consultas em autonomia o que me permitiu desenvolver aptidões
necessárias não só ao tratamento das patologias, mas também à integração com os
aspectos emocionais, familiares e sociais. Elaborei ainda o Diário do Exercício Orientado.
Pediatria
Este estágio decorreu entre 09 de novembro de 04 de dezembro de 2015 sob a regência
do Prof. Doutor Luís Varandas e a orientação do Dr. João Farela Neves, no Hospital Dona
Estefânia. Os objetivos propostos para este estágio incluíram sedimentar conhecimentos
sobre as patologias pediátricas mais frequentes e modo de abordagem e aperfeiçoar a
P á g i n a 4 | 16
como as competências interpessoais nomeadamente na construção de uma relação com
o doente e os familiares. Ao acompanhar o meu tutor frequentei a enfermaria da Unidade
de Infecciologia, onde integrei as atividades médicas, observando doentes e realizando
notas de entrada e alta, a consulta de Imunodeficiências Primárias, o SU e a Unidade de
Cuidados Intensivos Pediátricos, local onde este fazia urgência. Assisti também às
reuniões de serviço e sessões formativas realizadas no hospital. Faz parte integrante do
estágio de Pediatria uma passagem pelo Serviço de Imunoalergologia que inclui duas
aulas teóricas direcionadas para a atuação terapêutica na asma e anafilaxia na criança e
um período de consultas, no qual acompanhei a Dra. Elena Finelli. Realizei ainda uma
história clínica de uma criança com sibilância recorrente. No último dia de estágio os
alunos realizaram um seminário onde vários temas foram apresentados em grupo e o
meu grupo apresentou um trabalho intitulado “Doença Meningocócica Invasiva”.
Ginecologia e Obstetrícia
O estágio de Ginecologia e Obstetrícia decorreu no período entre 07 de dezembro de
2015 e 15 de janeiro de 2016, no Hospital dos Lusíadas, sob a regência da Prof. Doutora
Teresa Ventura e orientação da Dra. Andreia Rodrigues. Este estágio tinha como
principais objetivos a identificação das situações clínicas mais frequentes na mulher bem
como o aperfeiçoamento do raciocínio clínico e marcha diagnóstica e consolidação dos
princípios gerais de atuação. Acompanhei a minha tutora nas suas actividades diárias,
nomeadamente nas consultas de ginecologia e obstetrícia, realização de ecografias
ginecológicas e obstétricas e colposcopias, bloco e salas de partos, bloco operatório, SU
e internamento de ginecologia e obstetrícia. Tive também oportunidade de passar dois
dias do estágio na procriação medicamente assistida, onde assisti a consultas de
infertilidade e frequentei o laboratório e bloco operatório. Assisti às reuniões de serviço e
P á g i n a 5 | 16
Cirurgia
Este estágio decorreu no Hospital da Luz entre 25 de janeiro e 18 de março de 2016 sob
a orientação do Dr. Paulo Roquete e regência do Prof. Doutor Rui Maio. Para além do
estágio em Cirurgia Geral propriamente dito a UC compreende ainda uma semana de
aulas teóricas e teórico-práticas no HBA, uma semana no Atendimento Médico
Permanente (AMP) e duas semanas numa especialidade opcional, no meu caso
Anestesiologia sob a orientação da Dra. Cristina Pestana. Os objetivos para este estágio
foram a aquisição de competências clínicas de forma a identificar correctamente os
síndromes cirúrgicos mais frequentes, realização de forma autónoma de técnicas de
assépsia, participação em procedimentos cirúrgicos e treino de pontos de sutura.
Frequentei o bloco operatório e pequena cirurgia, onde tive oportunidade de participar em
vários procedimentos como 1ª e 2ª ajudante e ainda de assistir a cirurgia robótica, a
Consulta de Cirurgia Geral, de Proctologia e de Obesidade e o internamento. Realizei
ainda uma história clínica no âmbito da Anestesiologia. A terceira edição do
Mini-Congresso de Cirurgia decorreu no dia 18.03.2016, no auditório do Hospital Beatriz
Ângelo e consistiu na apresentação de trabalhos relacionados com a experiência clínica,
no estágio, de cada grupo. O meu grupo apresentou “Um Mal Nunca Vem Só”, um caso
de feocromocitoma bilateral.
Medicina
O estágio de Medicina Interna, sob regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco, decorreu
no Hospital das Forças Armadas entre 28 de março e 20 de maio de 2016 e estava, neste
hospital, organizado de forma a que 4 semanas fossem passadas no serviço de Medicina
Interna num rácio de 1:1 tutor/aluno, e as restantes fossem repartidas pela Pneumologia,
Cardiologia, Unidade de Cuidados Intensivos e Endocrinologia ou Gastroenterologia. A
P á g i n a 6 | 16
Dra. Ruth Correia. Para este estágio os objetivos consistiam em desenvolver e
aperfeiçoar competências como colheita de anamnese, marcha diagnóstica com seleção
apropriada dos exames complementares de diagnóstico, ganho de autonomia na
observação e acompanhamento dos doentes, trabalho em equipa e comunicação com
outros profissionais de saúde.
Durante o estágio no serviço de Medicina, sob a orientação do Dr. Ricardo Ferreira,
frequentei a enfermaria onde me foi dada autonomia na observação dos doentes, pude
executar alguns procedimentos práticos e fui integrada na discussão dos casos, assisti a
consultas e a sessões clínicas.
No serviço de Pneumologia acompanhei a Dra. Emília Alvares e Dra. Manuela Tatá e
assisti a consultas de Patologia do Sono, observei a realização de broncofibroscopias e
acompanhei a evolução dos doentes internados na enfermaria ao cuidado da
Pneumologia; no serviço de Cardiologia acompanhei a Dra. Rita Fernandes em consultas
de Cardiologia, consultas de Cardiologia pelo Centro de Medicina Aeronáutica para
certificação de voo, descrição e relatório de ECGs e realização de ecocardiogramas e de
provas de esforço; no estágio na Unidade de Cuidados Intensivos pude acompanhar a
Dra. Vera Beato e o Dr. Luís Neves e ter uma visão mais alargada de como abordar um
doente crítico; no estágio no serviço de Endocrinologia acompanhei a Dra. Filipa Serra,
o Dr. Luís Lopes e o Dr. João Silva Nunes nas consultas de endocrinologia e assisti a
uma reunião do serviço. Sendo um hospital com o objectivo principal de servir as forças
militares, este apresenta determinadas estruturas que são direcionadas ao
treino/avaliação do militar no ativo. Nessa vertente existem os centros de Medicina
Subaquática e Hiperbárica e de Medicina Aeronáutica, os quais tive oportunidade de
P á g i n a 7 | 16
alunos, sendo que o meu grupo apresentou um caso clínico de um doente acompanhado
na enfermaria, sobre Colite Ulcerosa.
UC Opcional – Trauma
O estágio opcional de Trauma decorreu entre 23 de maio e 04 de junho de 2016 sob a
regência do Prof. Doutor Francisco Oliveira Martins e tinha uma vertente teórica, que
decorreu na NMS | FCM e possibilitou relembrar conceitos já adquiridos e apreender
novos, principalmente de áreas da medicina não muito abordadas durante o curso, e uma
vertente prática que consistiu pela passagem na VMER, Unidade de Queimados,
Unidades de Cuidados Intensivos Neurocríticos, Neurocirurgia, Cirurgia Maxilo-Facial e
Unidade Vertebro-Medular. Foi nos dada também a possibilidade de frequentar um curso
ATLS que decorreu no Hospital São Francisco Xavier.
ATIVIDADES EXTRA-PLANO CURRICULAR
Ao longo deste ano assisti a algumas palestras e congressos numa tentativa de me
manter atualizada e também de conhecer áreas com as quais não tive muito contato ou
que até podem não estar diretamente relacionadas com a Medicina, mas que têm
influencia no quotidiano e qualidade de vida das pessoas com doença nomeadamente o
Congresso iMed 7.0, organizado pela Associação de Estudantes da FCM, as 28.ª
Jornadas de Cardiologia do Hospital de Egas Moniz, organizadas pelo Serviço de
Cardiologia do CHLO, a Palestra sobre o Autismo e o Son-Rise Program®, organizada
pela Associação Vencer o Autismo e a palestra When Nutrition Becomes Therapy by
Nestlé Health Science, organizada pela Associação de Estudantes da FCM. Embora não
o tenha realizado este ano letivo, gostaria de realçar também a frequência do Curso
Básico de Cuidados Paliativos, organizado pela Associação de Estudantes da FCM e
P á g i n a 8 | 16
Médicos em Férias(CEMEF’S), realizados no Serviço de Pediatria do Hospital Dr. Nélio
Mendonça em julho e agosto de 2015 e no Serviço de Pneumologia do Hospital dos
Marmeleiros em agosto e setembro de 2014. Os certificados encontram-se em anexo.
REFLEXÃO CRÍTICA
Tendo o 6º ano do MIM como ano profissionalizante que é tinha como principais objetivos,
no início do mesmo, a sedimentação de conhecimentos adquiridos em anos anteriores,
a capacidade de identificar as patologias mais frequentes nas diferentes especialidades,
o aperfeiçoamento da colheita de anamnese e do raciocínio clínico, com seleção
fundamentada do exames complementares de diagnóstico, o ganho de autonomia na
observação dos doentes e na gestão dos seus problemas, com propostas terapêuticas
adequadas e o desenvolvimento de competências sociais como a comunicação de
informação clínica a outros profissionais de saúde e ao doente e familiares e a valorização
das preocupações e expetativas do doente e adaptação das mesmas à agenda médica.
Tendo em conta todo este ano, penso que consegui alcançar os meus objectivos. Todos
os estágios permitem rever sempre rever conteúdos teóricos, quer pela observação dos
próprios doentes quer pela revisão de temas nas aulas teorias, seminários, congressos,
cursos de formação, sessões clínicas hospitalares e trabalhos desenvolvidos. Embora os estágios sejam tutorados, foi-me dada progressiva autonomia em certas actividades e tal
permitiu o treino da colheita de dados clínicos e raciocínio clínico, a decisão de escolha
entre os diferentes exames complementares de diagnóstico e principalmente o
desenvolvimento de competências sociais e estabelecimento de relações médico-doente.
Em relação aos objetivos de cada estágio, em geral, também foram cumpridos. No
estágio de Saúde Mental tive contacto com uma realidade social diferente da que
normalmente vejo e da influência que esta pode ter na pessoa doente e com um bom
P á g i n a 9 | 16
e Familiar pude trabalhar e desenvolver as minhas competências clínicas e sociais
principalmente pela autonomia que me foi dada pela minha tutora, confirmando sempre
o meu trabalho. O estágio de Pediatria permitiu consolidar conhecimentos previamente
adquiridos e também desenvolver competências próprias à especialidade. O estágio de
Ginecologia e Obstetrícia foi, ao contrário da minha expetativa, muito enriquecedor assim
como o de Cirurgia Geral que me permitiu desenvolver muitas competências práticas,
principalmente na especialidade opcional – Anestesiologia. O estágio de Medicina Interna
por ser o último e pela sua natureza permitiu o aperfeiçoamento de algumas das
competências já mencionadas. A UC de Trauma foi, a meu ver, uma mais valia
principalmente nesta reta final de formação pré-graduada. Permitiu o contato com
especialidades com as quais tive pouco ou nenhum contato durante o curso e deu-me
ferramentas para conseguir abordar o doente traumatizado numa fase inicial, tendo
sempre em conta a máxima “Primum non nocere” principalmente num futuro próximo em
que serei médica ainda com pouca experiência. A possibilidade de realizar um curso
ATLS é seguramente uma oportunidade a não perder e, embora não tenha tido
disponibilidade para realizá-lo nas datas propostas, foi-me dada a mim e aos restantes
colegas que não participaram a hipótese de o fazer no mês de setembro. Destaco como
pontos positivos do estágio profissionalizante o rácio tutor:aluno que permite aos alunos
desta faculdade um melhor desenvolvimento de competências.O balanço que faço do
Estágio Profissionalizante é muito positivo. Senti uma clara evolução do meu
desempenho ao longo do ano e termino com um agradecimento a todos os que
P á g i n a 10 | 16
ANEXOS
P á g i n a 11 | 16
P á g i n a 12 | 16
P á g i n a 13 | 16
P á g i n a 14 | 16
P á g i n a 15 | 16
P á g i n a 16 | 16
