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M ESTRADOI NTEGRADO EMM

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Academic year: 2019

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

Nº de aluna 2011321 | ANO LETIVO 2016/2017

RELATÓRIO

FINAL

DE

ESTÁGIO

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2

A

O MEU

P

AI

,

À

MINHA

M

ÃE

A

OS MEUS

I

RMÃOS

A TOLERÂNCIA NÃO É FALTA DE EXIGÊNCIA.

A TOLERÂNCIA É A AMPLITUDE DE INTELIGÊNCIA E DE VONTADE QUE NOS LEVA A DAR ESPAÇO AO DIFERENTE E NÃO SE DEIXA ESCRAVIZAR POR UMA REGRA RÍGIDA, MAS

TAMBÉM NÃO PERMITE TUDO, PORQUE A TOLERÂNCIA DEVE ACABAR PERANTE A

INJUSTIÇA, A VIOLÊNCIA, A PREPOTÊNCIA, SENÃO SERIA PERMISSIVIDADE OU DEMISSÃO.

VASCO PINTO MAGALHÃES, SJ

PROMETO SOLENEMENTE CONSAGRAR A MINHA VIDA AO SERVIÇO DA HUMANIDADE. EXERCEREI A MINHA ARTE COM CONSCIÊNCIA E DIGNIDADE.

A SAÚDE DO MEU DOENTE SERÁ A MINHA PRIMEIRA PREOCUPAÇÃO.

OS MEUS COLEGAS SERÃO MEUS IRMÃOS.

GUARDAREI RESPEITO ABSOLUTO PELA VIDA HUMANA DESDE O SEU INÍCIO,

MESMO SOB AMEAÇA, E NÃO FAREI USO DOS MEUS CONHECIMENTOS MÉDICOS

CONTRA AS LEIS DA HUMANIDADE.

EXCERTO DO JURAMENTO DE HIPÓCRATES,

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3

ÍNDICE

I. Introdução pág. 4

II. Objetivos pág. 5

III. Atividades desenvolvidas pág. 5

a) Estágio Parcelar de Pediatria b) Estágio Parcelar de Obstetrícia c) Estágio Parcelar de Saúde Mental

d) Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar e) Estágio Parcelar de Medicina Interna

f) Estágio Parcelar de Cirurgia Geral g) Preparação para a Prática Clínica h) Atividades extra-curriculares

IV. Reflexão crítica pág. 9

V. Anexos pág. 12

a) Glossário

b) Referências bibliográficas

c) Esquema organizativo do Ano Letivo d) Certificados

i. IMed Conference

ii. Curso TEAM

iii. Leaping Foward Oncology

iv. Academia CUF – Oftalmologia em Cuidados de Saúde Primários

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INTRODUÇÃO

O sexto ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Nova de Lisboa organiza-se sob a forma de um estágio profissionalizante, composto

por estágios parcelares, em sistema de rotação por áreas clínicas pilares da Medicina. Este ano

curricular corresponde ao culminar de um ensino integrado dos ciclos básico, pré-clínico e clínico

precedentes. No final do ano de prática clínica tutelada pretende-se que o estudante de Medicina

adquira as ferramentas necessárias, através da aplicação prática das competências e

conhecimentos adquiridos ao longo dos cinco anos precedentes do curso, a fim de transitar

eficazmente da condição de Aluno para Médico não especialista, capaz de «promover a saúde e o

bem-estar das comunidades que serve»1 e comprometido com o voto de aperfeiçoamento contínuo

que lhe será pedido ao longo da vida, no contexto do exercício da arte Médica.

O presente relatório visa apresentar, sinteticamente, as atividades desenvolvidas, sendo

constituído por quatro partes, designadamente: Introdução onde são explicitadas as diversas partes

do relatório e o fio condutor do mesmo; Objetivos onde se estabelecem as metas que me propus

alcançar durante este ano; Atividades Desenvolvidas, que contemplam uma breve descrição dos

estágios parcelares e das atividade e trabalhos realizados; e Reflexão Crítica que corresponde a

uma análise global, destacando os aspetos mais relevantes do ano letivo, assim como uma

avaliação do grau de cumprimento dos objetivos propostos. É ainda componente deste relatório

uma secção final de Anexos, na qual apresento as atividades extracurriculares desenvolvidas no

presente ano, que considero mais relevantes no meu percurso académico.

OBJETIVOS

De forma a maximizar a minha formação pré-graduada, tracei os seguintes objetivos gerais,

divididos fundamentalmente em dois grandes grupos: objetivos teórico-práticos e objetivos sociais.

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5 diagnóstico, aos meios complementares diagnósticos e à decisão terapêutica; III. a capacidade de reconhecer as situações clínicas mais comuns; IV. o investimento na formação contínua em áreas de interesse pessoal, reconhecendo a importância da atualização científica; V. e a aquisição progressiva de maior autonomia, integrada na dinâmica das equipas médicas.

Relativamente aos objetivos sociais, destaco: I. encarar o doente mediante uma abordagem biopsicossocial, que tenha em consideração as crenças religiosas e culturais; II. ser capaz de estabelecer uma relação médico-doente assente na empatia, consciente que a mesma depende de

cada doente, do seu contexto pessoal, familiar e socioeconómico; III. ter a humildade de reconhecer as minhas capacidades e limitações e recorrer ao auxílio de terceiros mais experientes.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ESTÁGIO DE PEDIATRIA MÉDICA - 12 de setembro a 7 de outubro de 2016

O Estágio Parcelar de Pediatria, coordenado pelo Prof. Doutor Luís Varandas, teve lugar no

Serviço de Pediatria do Hospital São Francisco Xavier, sob orientação do Dr. Edmundo Santos.

A Pediatria é uma especialidade fundamental na formação médica, uma vez que, ao abranger

uma população específica e estruturante no ciclo de vida, com dimensão social de relevo,

proporciona um contacto com um elenco muito alargado e distinto de patologias, diagnósticos e

abordagens terapêuticas. Desta forma, os objetivos específicos que defini para este estágio

prendiam-se com I. a compreensão da Pediatria como uma medicina integral de um grupo etário específico que vai desde a conceção até à adolescência, II. a aquisição de destreza diagnóstica, no que diz respeito às patologias pediátricas mais frequentes, bem como a abordagem das

mesmas; III. e o treino de aptidões de comunicação interpessoal em contexto pediátrico, nomeadamente com a criança nos diferentes grupos etários e com os seus pais.

Ao longo das 4 semanas de estágio, desenvolvi diversas atividades nos serviços de Pediatria

e Neonatologia: internamento, serviço de urgência, unidade de cuidados intermédios e intensivos

neonatais. Consegui, portanto, ter uma visão abrangente desta especialidade através do

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6 assistir a Consultas de Imunoalergologia e Nefrologia pediátricas foram fundamentais para o

acompanhamento de patologias mais específicas.

Durante este estágio elaborei notas de entrada e alta, diários clínicos e exame objetivo no

contexto de urgência. No contexto da colheita da história clínica de uma criança de sexo masculino,

12 anos, internada no serviço por febre e sinais inflamatórios da articulação tíbio-társica, elaborei

uma revisão teórica sobre «Infeções de pele e tecidos moles (celulite)».

ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA - 9 de Outubro a 4 de Novembro de 2016

O Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia, coordenado pela Prof.ª Doutora Teresa

Ventura, foi realizado no Hospital São Francisco Xavier, sob orientação da Dr.ª Lurdes Gonçalves

e da Dr.ª Carla Nunes.

Ao longo das 4 semanas de estágio, as atividades foram divididas por duas semanas no

Serviço de Ginecologia e duas semanas no Serviço de Obstetrícia. Durante estágio, frequentei a

Enfermaria de ambos os serviços, o Bloco cirúrgico, o Bloco de Partos e o Serviço de Urgência.

Assisti ainda às Consultas de Planeamento Familiar, de Obstetrícia Geral e de Diagnóstico

Pré-natal. No final do estágio, apresentei uma revisão teórica sobre «Síndromes de Coagulação

Intravascular Disseminada em Obstetrícia» no Journal Club do serviço.

ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL - 7 de novembro a 2 de dezembro de 2016

A Saúde Mental é uma área médica com impacto substancial nas dimensões clínicas, sociais

e económicas, assumindo, portanto, um papel de relevo na formação do estudante de Medicina. O

presente estágio teve lugar no Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando da Fonseca e no Centro

de Saúde da Brandoa, integrado na Equipa Comunitária de Saúde Mental e Psiquiatria, coordenado

pelo Prof. Doutor Miguel Xavier e sob orientação da Dr.ª Mariana Morins. Durante este período, tive

a oportunidade de participar em diversas atividades, nomeadamente: assistir a seminários teóricos

e às reuniões do serviço de Psiquiatria, acompanhar a minha tutora nas consultas, acompanhar

uma enfermeira da equipa nas visitas domiciliárias e colher uma história clínica de um doente

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7 ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR - 5 de dez. de 2016 a 13 de jan.de 2017

O Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar, coordenado pela Prof.ª Doutora Isabel

Santos, decorreu na USF de São João do Estoril, sob a tutoria da Dr.ª Eunice Carrapiço.

Como objetivos específicos deste estágio destaco: I. conhecer os principais motivos de consulta, problemas de saúde e recursos disponíveis nos CSP; II. desenvolver uma abordagem diagnóstica, terapêutica e preventiva das patologias mais frequentes da comunidade (a título de

exemplo, saber aplicar os protocolos vigentes de rastreio oncológico obrigatório); e III. compreender a multiplicidade de papéis desempenhados pelo médico de família.

Durante este período, pude realizar consultas com autonomia parcial, em articulação com a

minha tutora. Acompanhei-a ainda em diferentes consultas de doença aguda, inter-substituição,

saúde de adultos, saúde infantil e planeamento familiar. No final do estágio realizei o “Diário de

Exercício Orientado”, que foi objeto de avaliação oral.

ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA - 23 de janeiro a 17 de março de 2017

O Estágio Parcelar de Medicina, sob a regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco, decorreu

no Serviço de Medicina-IA do Hospital Egas Moniz, tutorado pelo Dr. João Pereira.

Ao longo do estágio foi-me possível assistir a Seminários Teórico-Práticos, a artigos científicos

no Journal Club e a casos clínicos nas Sessões Clínicas Hospitalares. Pude ainda participar

ativamente na Visita Médica e nas Reuniões de Notas de Alta e apresentar, juntamente com os

colegas Marta Duarte-Silva e Pedro Afonso Gouveia, uma revisão teórica, no contexto de um caso

clínico sobre “NAFLD – Non-alcoholic liver Disease – Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica”.

Na enfermaria, tive a oportunidade de realizar vários procedimentos práticos, prescrever meios

complementares de diagnóstico, elaborar notas de entrada e de alta, bem como diários clínicos dos

doentes da tira do meu tutor. A autonomia que me foi dada, aliada à prática de competências

técnicas básicas (punção venosa e gasimetria arterial) e a frequência do SU foram essenciais para

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ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA - 20 de março a 19 de maio de 2017

O Estágio Parcelar de Cirurgia decorreu no Hospital Beatriz Ângelo, sendo tutorado pela Dr.ª

Sílvia Silva e coordenado pelo Professor Doutor Rui Maio.

Ao longo de 8 semanas foi-me possível assistir a Seminários Teórico-Práticos sobre diversos

temas de interesse cirúrgico e de formação geral, a participar ativamente na Visita Médica, nas

Reuniões do Serviço e nas Multidisciplinares. Integrei as atividades na Enfermaria e frequentei o

Serviço de Urgência, onde reconfigurei o pensamento clínico para a abordagem do doente agudo.

Como principais componentes do estágio destaco a participação nas atividades do bloco operatório,

onde assisti a minha tutora como 2ª ajudante e a Consulta externa, orientada para patologia

mamária, realizando exame objetivo e discutindo hipóteses de diagnóstico e possível terapêutica.

Tive a oportunidade de participar num congresso de grande relevo clínico, «Leaping Foward

Oncology», em que sessões sobre doenças oncológicas foram complementadas com sessões mais

transversais (Imunoterapia, Cuidados Paliativos, Nutrição, entre outras). Apresentei ainda no

Mini-Congresso, com os colegas André Pinho e Miguel Proença, um Trabalho de Revisão a propósito

de um caso clínico de um carcinoma da mama bilateral num homem «Ele no mundo delas». Durante

duas semanas integrei as atividades (consultas e observação de técnicas) do Serviço de

Gastroenterologia, que se revelaram particularmente úteis na minha formação, pela

complementaridade e íntima relação com as patologias abordadas pela Cirurgia Geral.

UC PREPARAÇÃO PARA A PRÁTICA CLÍNICA

A Unidade Curricular de Preparação para a Prática Clínica, sob a regência do Prof. Doutor

Roberto Palma dos Reis, teve como objetivo a integração e sistematização de conhecimentos

transversais adquiridos ao longo do MIM, constituindo um meio de consolidação de conhecimentos

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES (videANEXOS)

Por acreditar que “O Médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe”3, tentei investir ao

longo do curso, tanto na minha formação académica como na humana. Assim, considero relevante

mencionar as seguintes atividades:

IMed Conference 8.0 (18 de outubro de 2016)

Academia CUF – Oftalmologia em Cuidados de Saúde Primários (18 de março de 2017)

Curso TEAM – Trauma Evaluation and Management (24 de março de 2017)

GI-Oncology Endoscopy Workshop (31 de março de 2017)

Leaping Foward Oncology (9 a 13 de maio de 2017)

Monitora de Campos de Férias Católicos e Catequista de um grupo de jovens na Paróquia de Cascais (JIPE), pela suma importância que a formação católica tem na minha relação com os outros

e por querer passar esse testemunho.

REFLEXÃO CRÍTICA

O exercício da Medicina, ao decorrer do processo de explorar o ser humano em busca

das suas fragilidades, físicas e/ou psicológicas, implica, necessariamente um compromisso de

aperfeiçoamento permanente. A vastidão do conhecimento com que contactamos contrasta

fortemente com os nossos limites. E é neste antagonismo que nos vamos equilibrando,

tentando ser Médicos e não inatingíveis senhores doutores. Do primeiro ao último dia.

O 6º ano, como ano profissionalizante, oferece a oportunidade única de colocar o estudante

de Medicina na iminência da prática clínica autónoma. Analisando retrospetivamente o seu

contributo na minha formação pessoal e académica, considero que, de um modo geral, fui capaz

de atingir os objetivos gerais e específicos a que me propus, sendo evidente uma evolução à custa

de uma autonomia crescente em cada estágio. Reconheço necessidades de aprendizagem e

fragilidades no âmbito da prescrição terapêutica, pelo que devo investir na formação contínua,

sobretudo no ano que se avizinha. Fui confrontada com as minhas limitações, reconhecendo o

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10 exercício do princípio da não-maleficência (primun non nocere).

Relativamente ao trabalho desenvolvido, cada estágio parcelar contribuiu de forma singular para a minha formação, de acordo com os respetivos objetivos específicos. Nos estágios de

Medicina Interna e Cirurgia Geral, a duração de 8 semanas constituiu o tempo necessário para uma

evolução significativa das competências e a integração efetiva nas equipas médicas em que estava

inserida, tendo-me sentido não como uma aluna, mas como um membro ativo e capaz. Destaco

ainda a disponibilidade da equipa de enfermagem por me ter me ter deixado a praticar gestos

simples com os quais me sentia menos confiante. Apesar de tendencialmente me atraírem mais as

áreas médicas, o aspeto menos positivo do estágio de Cirurgia foi, paradoxalmente, o tempo

reduzido de bloco operatório, pelo elevado número de alunos no serviço.

No que diz respeito ao estágio de Pediatria Médica, considero que foi muito útil como fonte

de informação e experiência na especialidade que creio ser a minha vocação profissional «A

criança portuguesa é excessivamente viva, inteligente e imaginativa. Em geral, nós só começamos

a ser idiotas quando chegamos à idade da razão.»3 Do ponto de vista prático, o facto de, em anos

precedentes ter estagiado nos serviços de Pediatria do Hospital Dona Estefânia e do Hospital de

Vila Franca de Xira, permitiu-me comparar a metodologia de trabalho dos profissionais de cada um,

aprendendo com os seus bons exemplos. Como áreas de interesse, dentro da Pediatria Médica,

destaco a Gastroenterologia, os Cuidados Paliativos Pediátricos, a Neonatologia e a

Endocrinologia. Durante o meu percurso académico, estagiei nas unidades de Neonatologia do

HSFX e da MAC e assisti a Consultas de Diabetologia no HDE Catarina Limbert. Pude ainda

contactar com a, ainda incipiente, realidade dos Cuidados Paliativos Pediátricos em Portugal,

através da Dr.ª Ana Forjaz Lacerda, enquanto impulsionadora da implementação dos cuidados

holísticos e proactivos no cuidado da criança com doença crónica e da sua família.

Em relação ao estágio de Ginecologia e Obstetrícia, achei interessante poder fazer o

paralelismo entre a especialidade em Portugal e no Brasil. O estágio, no HSFX, assumiu um caráter

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11 durante os tempos de consulta e no bloco de partos. Esta experiência contrastou fortemente com

a realidade que encontrei na Maternidade Climério de Oliveira, Salvador (Bahia) durante 4 semanas

em maio de 2016. A configuração do plano curricular Médico e o elevado índice de densidade

populacional aliado aos escassos recursos face às necessidades, permitem que os alunos do 5º e

6º ano adquiram um papel ativo na assistência à população. O contacto com uma realidade

diferente da minha, bem como a adaptação a uma sociedade carenciada, a métodos de trabalho

diferentes e a inúmeros desafios, foi paradigmático no meu crescimento enquanto futura médica.

Em relação ao estágio de Saúde Mental, destaco I. a organização do Serviço do HFF, estruturado a nível hospitalar e comunitário, o que permite a estreita articulação entre as várias

unidades que o constituem e II. o facto de, apesar do contexto desfavorável (bairros degradados de reinserção social, ocupados maioritariamente por emigrantes oriundos de PALOP, onde se

colocam, frequentemente, problemas sociais e de criminalidade), muitos dos doentes observados

em consulta se encontrarem compensados, integrados na sociedade, alterando completamente a

ideia pré-concebida que tinha de que o doente psiquiátrico não é autónomo e é incapaz de manter

uma vida considerada normal. Dentro da experiência de estágio, a única lacuna a apontar foi a

ausência de contacto com a patologia psiquiátrica aguda, em contexto de internamento ou serviço

de urgência. Por fim, destaco no Estágio de Medicina Geral e Familiar a aprendizagem de

ferramentas para uma maior agilização do tempo e das prioridades em consulta, tendo sempre o

enfoque nos problemas de saúde do doente, numa abordagem biopsicossocial.

Termino, recordando o dia em que entrei pela primeira vez na muy nobre Faculdade de

Ciências Médicas e me deparei com o imponente quadro que encabeça a escadaria principal e que

retrata uma cena de disseção anatómica. Tomar consciência que faço parte da classe médica,

como aqueles que antes de mim desbravavam o campo desconhecido do corpo humano, na sede

ávida de ciência e conhecimento, é motivo de uma enorme satisfação e orgulho. Agradeço a todos

os que me transmitiram, com rigor científico e pedagógico, conhecimentos e valores éticos, e

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ANEXOS

Glossário

HDE Hospital Dona Estefânia

MAC – Maternidade Alfredo e Costa

HSFX – Hospital São Francisco Xavier

MIM Mestrado Integrado em Medicina

CSP – Cuidados de Saúde Primários

PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

Referências

1O Licenciado Médico em Portugal 2Abel Salazar

3 Eça de Queirós

Cronograma dos Estágios Parcelares

Estágio Parcelar Tutor Duração Local

Pediatria Médica Dr. Edmundo Santos 4 semanas Hospital S. Francisco Xavier

Ginecologia e Obstetrícia Dr.ª Carla Nunes 4 semanas Hospital S. Francisco Xavier

Saúde Mental Dr.ª Mariana Morins 4 semanas Centro de Saúde da Brandoa

Medicina Geral e Familiar Dr.ª Eunice Carrapiço 4 semanas USF São João do Estoril

Medicina Interna Dr. João Pereira 8 semanas Hospital Egas Moniz

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Referências

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