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M ESTRADOI NTEGRADO EMM EDICINA

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Academic year: 2019

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ELATÓRIO

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ESTRADO

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NTEGRADO EM

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EDICINA

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ÍNDICE

1. Introdução 2

2. Corpo de Trabalho 2

2.1. Medicina Interna 3

2.2. Cirurgia Geral 4

2.3. Pediatria 5

2.4. Ginecologia e Obstetrícia 6

2.5. Saúde Mental 7

2.6. Medicina Geral e Familiar 8

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1. Introdução

O 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Nova Medical School consiste num ano

profissionalizante em que são realizados seis estágios parcelares nas principais áreas

médicas e cirúrgicas, e um estágio opcional de duas semanas.

Com o presente relatório pretendo demonstrar o quanto o cariz profissionalizante do 6º ano

é essencial para a aquisição e consolidação de competências de um futuro médico.

Este ano baseou-se na integração na dinâmica de cada serviço e no trabalho de equipa de

forma a oferecer os melhores cuidados assistenciais possíveis e permitir um crescimento

pessoal considerável. Pretende-se consolidar o conhecimento teórico e aplicá-lo na prática,

treinar a condução da entrevista de forma sistematizada, o raciocínio clínico, a formulação

de hipóteses de diagnóstico, a requisição e interpretação de exames complementares de

diagnóstico, a instituição de terapêutica ou alteração da mesma, bem como a prevenção

da doença e promoção da saúde. As capacidades de comunicação com os doentes e as

suas famílias e as questões éticas que acarretam também foram um grande desafio.

Pretende-se adotar uma visão global e integrativa do doente, baseada numa avaliação

biopsicossocial e em que a relação médico-doente assume um papel central. Finalmente,

este ano ofereceu ainda mais um contacto com diversas especialidades no sentido de

facilitar a minha futura escolha de orientação na formação específica.

Neste relatório será feita uma breve descrição dos estágios realizados assim como a

análise crítica dos mesmos. Realizei primeiro os estágios de Medicina Interna e Cirurgia

Geral, e a seguir os estágios de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde mental e MGF.

O presente relatório está dividido em 3 secções, começando pela presente introdução,

seguida do corpo de trabalho no qual será descrito cada estágio, terminando com uma

reflexão crítica. Em anexo apresento os certificados das atividades desenvolvidas ao longo

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2. Corpo de trabalho

2.1. Medicina Interna

Realizei o meu primeiro estágio no serviço de Medicina 1.2 do Hospital São José, de 12 de

Setembro a 4 de Novembro de 2016, sob a orientação do Dr Luís Dias. As atividades

desenvolvidas contemplaram a enfermaria, a consulta externa, o serviço de urgência geral,

a apresentação diária dos doentes e diversas sessões clínicas. Fui integrada a uma equipa

que me acompanhou e soube responsabilizar-me gradualmente de forma a tornar-me mais

segura na realização das minhas tarefas. Realizava a avaliação dos doentes desde o

início, o seu seguimento e tratamento sem nunca perder o aspeto pedagógico ao poder

discutir de cada situação com o meu orientador. Durante estas semanas pude proceder à

realização de punções arteriais e tive a oportunidade de auxiliar numa toracocentese.

Observei também a realização de ecografias dos vasos do pescoço e ecocardiogramas

transtorácicos. No serviço de urgência pude dirigir a entrevista clínica e o exame objetivo

de forma autónoma antes de discutir e aplicar a restante abordagem com o meu tutor.

Assisti a reuniões multidisciplinares e sessões semanais de radiologia, neurorradiologia,

eletrocardiografia e temas diversos. Ainda apresentei uma revisão teórica de um tema

juntamente com 3 colegas: “Pericardite: Abordagem Clínica, Diagnóstica e Terapêutica

com base nas Guidelines ESC 2015”.

2.2. Cirurgia Geral

O estágio de Cirurgia Geral decorreu de 7 de Novembro de 2016 a 13 de Janeiro de 2017

sob a orientação do Dr Nuno Pinheiro no Hospital CUF Descobertas. Após uma semana de

aulas teórico-práticas em que pude treinar alguns procedimentos como a colocação de

acessos venosos centrais e periféricos, suturas, entubação, e um dia em que realizei o

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de doentes no contexto de urgência, na enfermaria médico-cirúrgica, nas reuniões

multidisciplinares e no bloco operatório. Para além disso, em conjunto com um colega

preparei e apresentei um caso clínico num mini congresso acerca do “Tratamento

Paliativo de um Lipossarcoma Retroperitoneal”. A vivência no bloco operatório teve um papel central, foi um estágio extremamente prático em que pude participar ativamente nas

cirurgias e consultas, chegando a ser primeira ou segunda ajudante na maioria das

cirurgias. Tive também a oportunidade de observar e participar em várias cirurgias de

outras áreas, em Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Torácica, Neurocirurgia e Cirurgia Plástica.

2.3. Pediatria

Realizei o meu estágio de Pediatria no Serviço de Pediatria Médica 5.1 do Hospital Dona

Estefânia de 23 de Janeira a 17 de Fevereiro de 2017, e o meu tutor foi o Dr António Bessa

de Almeida. Nesse contexto, tive contacto com o internamento na enfermaria da primeira

infância, as consultas externas de hematologia pediátrica, e o serviço de urgência geral. A

maior parte do estágio decorreu na enfermaria, onde pude participar na colheita dos dados

anamnésicos e realizar o exame objectivo diariamente, bem como elaborar diários clínicos,

notas de entrada e de alta. Também assisti a reuniões de serviço e sessões clínicas onde

apresentei um trabalho com 3 colegas: “Doença Hemolítica do Recém Nascido”.

2.4. Ginecologia Obstetrícia

O meu estágio de Ginecologia e Obstetrícia decorreu de 20 de Fevereiro a 17 de Março de

2017, e escolhi realizá-lo na Maternidade Alfredo da Costa. Fui integrada nas diferentes

atividades: consultas, exames, bloco operatório, internamento na enfermaria, e o serviço

de urgência geral. Também assisti às reuniões de serviço e, em conjunto com um colega,

preparei e apresentei um workshop acerca de “Gravidez após um transplante hepático”

com base num caso clínico. Na Ginecologia, a minha tutora foi a Dra Catarina Júlio, e ela

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diferentes vertentes desta área. Desta forma tive a sorte de contactar não só com a

procriação medicamente assistida mas também com as consultas de ginecologia,

uroginecologia, planeamento familiar, senologia, o bloco operatório e exames como a

colposcopia e a histeroscopia. Na obstetrícia, fui orientada pela Dra Alexandra Ruivo

Coelho que acompanhei durante uma semana nas consultas de alto risco e de referência,

e na semana seguinte estive na enfermaria materno-fetal. Nas diferentes áreas observei a

realização da entrevista clínica, pude realizar o exame objetivo, discutir diagnósticos e

exames complementares, bem como realizar alguns procedimentos. Realizei exames

ginecológicos e obstétricos incluindo a observação com espéculo, toque vaginal, palpação

bimanual, medição da altura uterina e do perímetro abdominal, e pesquisa do batimento

cardíaco fetal. Ainda aprendi a realizar colheitas para pesquisa de Streptococcus do grupo B, colheita de citologia do colo do útero e biópsia endometrial com pipelle. Finalmente, tive

a sorte de observar partos eutócicos e distócicos com ventosa, fórceps e cesarianas.

2.5. Saúde Mental

Realizei o meu estágio em Pedopsiquiatria de 20 de Março a 21 de Abril de 2017 na

Clínica do Parque do Hospital Dona Estefânia (HDE), com a Dra Cristina Marques. Após

dois dias de seminários teórico-práticos, iniciei o meu estágio num serviço especializado

nas consultas para crianças da segunda infância. Neste contexto, pude observar uma

vertente diferente da Saúde mental através das consultas de Pedopsiquiatria, consultas de

Psicologia e Serviço de Urgência de Pedopsiquiatria. Foram consultas observacionais mas

pude sempre discutir cada situação no final e tirar as minhas dúvidas. Também assisti a

reuniões de supervisão dos internos pelos seus tutores para discutir a abordagem de

casos mais complicados, à reunião mensal de Pedopsiquiatria do HDE, bem como às

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2.6. Medicina Geral e Familiar

Realizei o meu estágio de MGF na USF Monte Pedral sob a orientação do Dr Guilherme

Ferreira de 24 de Abril a 19 de Maio de 2017. Durante este mês, assisti a consultas de

Saúde de Adultos, Saúde Infantil, Saúde da Mulher, doenças crónicas como Hipertensão

arterial e Diabetes Mellitus, e consultas de urgência, e até pude conduzir algumas delas.

Também observei e realizei alguns procedimentos visando a prevenção como vacinas ou

citologias do colo do útero. Recolhi várias histórias clínicas de forma a poder realizar o

Diário de Exercício Orientado em que apresentei um registo de morbilidade, descrevi a

consulta de um doente através de uma avaliação biopsicossocial com um especial enfoque

na estrutura familiar, e analisei a situação de um pedido de exame complementar de

diagnóstico com base nas recomendações e a evidência científica atuais.

3. Reflexão crítica

O 6º ano de Medicina trata-se de um ano profissionalizante, em que o aluno passa a ser

parte integrante da equipa médica que o acompanha na sua transição para médico

recém-formado. Pela primeira vez, foi-me possível ter alguma autonomia, mais responsabilidades

de forma a aplicar os conhecimentos, gestos e atitudes que aprendi anteriormente.

Sinto que o estágio de Medicina Interna foi um dos mais valiosos de todo o curso, que me

fez enfrentar muitos desafios e me retribuiu imensa satisfação pessoal. O meu objetivo

principal era conseguir avaliar e tratar doentes do início até ao fim de forma autónoma.

Queria conseguir desempenhar as tarefas diárias de um médico recém-formado. Creio ter

evoluído muito durante este estágio e progressivamente foi-me possível efetuar tarefas

equivalentes às da colega do ano comum da equipa na qual estava inserida. Acredito que

as responsabilidades que me foram entregues permitiram um crescimento que me parece

notório no que respeita à sistematização do raciocínio clínico e à abordagem diagnóstica e

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observar uma multitude de patologias que raramente tinha visto noutros estágios,

ilustrando o carácter multifacetado e intelectualmente desafiante desta especialidade.

O estágio de Cirurgia Geral era aquele para o qual tinha mais expectativas. Com efeito, já

tinha tido uma excelente experiência em cirurgia, nomeadamente no verão passado,

quando tive a oportunidade de realizar um estágio opcional de um mês em Cirurgia

Plástica em Paris. Nessa altura percebi que a cirurgia poderia ser a área em que eu

gostaria de me especializar. Com o estágio de Cirurgia Geral deste ano voltei a ter

contacto com a vivência do bloco operatório que tanto aprecio, o que confirmou o meu

gosto por esta área. Esperava ter uma vertente realmente prática e este estágio superou

as minhas expectativas. Aprendi gestos que me aproximaram mais um bocadinho do papel

de cirurgião. Tive um papel ativo em muitas cirurgias o que foi muito gratificante e creio

que potenciou a minha aprendizagem. Tive a oportunidade de observar inúmeras técnicas

e realizar algumas delas como por exemplo manusear os instrumentos de laparoscopia.

Foi um estágio muito completo que permitiu a aquisição de novos conhecimentos teóricos

e onde pude aprender e aperfeiçoar aptidões relacionadas com a cirurgia. Queria também

aproveitar para conhecer outras especialidades cirúrgicas, e contactar com essas

especialidades foi uma vantagem para me ajudar na decisão da minha futura orientação.

Em Pediatria pretendia rever as patologias mais frequentes na população pediátrica, o seu

diagnóstico e tratamento. Além disso, tinha como objetivo adquirir alguma autonomia na

vida na enfermaria nomeadamente na observação dos doentes e redação de diários

clínicos. Com este estágio consegui alcançar essas metas, contudo foi difícil realizar essas

tarefas pelo grande número de internos e alunos no serviço. Ainda descobri a importância

da relação com os pais neste ambiente, e as dificuldades que daí podem surgir.

Este ano também serviu para redescobrir a Ginecologia e Obstetrícia. Pretendia ter um

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os temas úteis para um clínico geral mas também realizar o exame objetivo ginecológico,

procedimentos como citologias do colo do útero ou colheitas para pesquisa de

Streptococcus do grupo B. Senti uma verdadeira diferença com o estágio realizado no 4º ano, desta vez realizei o exame ginecológico, exame da grávida e procedimentos com

muito maior frequência. Foi um estágio com muitos pontos positivos sendo que o que me

seduziu mais foi a versatilidade e a vertente médico-cirúrgica desta especialidade.

Em Saúde mental decidi escolher um estágio em Pedopsiquiatria para conhecer uma área

que me era totalmente desconhecida. Pretendia familiarizar-me com os distúrbios

psiquiátricos próprios à população pediátrica e as especificidades da mesma. O estágio

correspondeu às minhas expectativas e embora tenha sido apenas observacional acredito

ter beneficiado muito das discussões com especialistas e internos, pois promoveram o

raciocínio conjunto e cada um pôde partilhar a sua experiência própria.

Durante o meu estágio de MGF contactei com todas as valências da especialidade e

descobri a sua diversidade, com doentes de todas as faixas etárias e com motivos de

consulta muito diferentes. Os meus objetivos no estágio consistiam em ser capaz de

conduzir consultas de forma autónoma, conseguir prescrever os medicamentos mais

utilizados de forma adequada, interagir com o doente de forma a iniciar uma relação

médico-doente que favoreça a aliança terapêutica, além de conhecer e aplicar os principais

rastreios e promover um estilo de vida saudável. Tive a oportunidade de pôr em prática o

que me foi ensinado ao conduzir algumas consultas e realizar todos estes passos.

Durante este ano, tive a oportunidade de realizar apresentações orais em quase todos os

estágios. Creio que a preparação e a apresentação desses trabalhos fomentaram a

procura de um conhecimento constante e actualizado, e o desenvolvimento de espírito

crítico. Permitiram-me também melhorar a minha capacidade de síntese e a minha

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Findo os estágios profissionalizantes, escolhi a opcional de Trauma, que me permitiu

durante duas semanas ter contacto com a Ortopedia (vertebro-medular), a Cirurgia

maxilo-facial, a Cirurgia plástica (unidade de queimados), a VMER, os Cuidados intensivos

neurocríticos e a Neurocirurgia. Destaco a experiência de um dia na VMER em que pude

ter contacto pela primeira vez com a abordagem pré-hospitalar. Além disso, o Prof. Doutor

Oliveira Martins, o regente, permitiu-me ter o privilégio de assistir a um curso de ATLS.

Não posso deixar de referir outras actividades extracurriculares que efetuei este ano e que

acredito terem sido muito benéficas para a minha formação. Tive a oportunidade de

colaborar como segunda autora na publicação de um poster: “Melanoma do canal anal:

relato de caso clínico e revisão da literatura” apresentado no 12º Congresso Nacional de Cancro Digestivo. Este trabalho ajudou-me a perceber a importância da investigação e

familiarizar-me com a metodologia para escrever um artigo e realizar um poster.

Destaco mais formações extracurriculares que me foram proporcionadas: as IV Jornadas

de Cirurgia Vascular dos Hospitais CUF, a iMed Conference 8.0 onde participei ao

workshop Advanced Life Support Algorithms e à Clinical Mind Competition, o 3º Congresso Internacional Lusíadas Saúde, o 7º Simpósio do Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof.

Doutor Fernando da Fonseca, e o 5º Curso de Abordagem do Doente Urgente.

De referir também que tive de conciliar os estágios com o tempo de estudo para a Prova

Nacional de Seriação (PNS). Participei nos cursos de preparação da PNS, que a meu ver

fortaleceram os meus conhecimentos e me guiaram para organizar o meu estudo.

Concluindo, acredito que este ano foi essencial na minha formação e permitiu-me ganhar

alguma confiança para enfrentar as responsabilidades crescentes que me esperam.

Gostava de agradecer todos os profissionais de saúde com quem tive a oportunidade de

trabalhar este ano por me ajudarem a crescer e serem grandes exemplos de

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Referências

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