1ª Conferência do
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico:
um olhar atento à saúde dos portugueses
Estado de Saúde
Ana Clara Silva
1M Barreto2, V Gaio2, AP Rodrigues2, I Kislaya2, L Antunes2, P Vargas3, T Prokopenko4, B Nunes2, CM Dias2
1 Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, Secretaria Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira 2 Departamento de Epidemiologia, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
3 Divisão de Planeamento e Qualidade, Direção de Serviços de Cuidados de saúde, Direção Regional da Saúde, Secretaria Regional da Saúde da Região Autónoma dos Açores
Indicadores
• Diabetes
– Prevalência de diabetes (HbA
1c≥6,5%, toma de medicação
para a diabetes ou autorreporte de diagnóstico).
• Hipertensão arterial (HTA)
– Prevalência de HTA (TAS≥140 mmHg ou TAD≥90 mmHg ou
medicação anti-hipertensora)
• Obesidade
Diabetes
Distribuição da Prevalência de Diabetes por sexo e idade
A prevalência da diabetes foi de 9,8%.
A prevalência da diabetes foi maior no sexo masculino e aumentou com a idade. 9,8 7,7 12,1 1,5 0,9 7,8 19,0 23,8 0 5 10 15 20 25 30 Feminino Masculino 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74
Diabetes
Distribuição da Prevalência de Diabetes por região
A prevalência de diabetes variou entre 7,7% (Algarve) e 11,3% (Alentejo). Após padronização para o sexo e grupo etário, a prevalência mais elevada passou a ser observada na Região Autónoma dos Açores.
9,5 9,8 8,7 8,3 10,710,5 11,310,7 7,7 7,7 8,7 10,1 10,111,9 0 5 10 15 20 25 30
Norte Centro LVT Alentejo Algarve RA Madeira RA Açores Prevalência padronizada
Distribuição da Prevalência da Diabetes por nível de escolaridade e situação perante o trabalho
A prevalência de diabetes mais elevada nos indivíduos : • sem escolaridade ou com o ensino básico,
• sem atividade profissional remunerada.
Diabetes
Após padronização para o sexo e grupo etário estas amplitudes de variação diminuíram, mas não foram eliminadas.
20,112,2 6,9 8,7 5,8 8,9 4,0 6,4 5,3 7,8 8,8 9,8 20,610,4 0 5 10 15 20 25 30 Nenhum/1º ciclo do ensino básico 2º/3º ciclo do
ensino básico secundárioEnsino Ensino Superior Com atividade profissional Desempregados Sem atividade profissional Nível de escolaridade Situação perante o trabalho
• Existem diferenças na prevalência de Diabetes de acordo
com o sexo, idade, nível de escolaridade e situação
perante o trabalho.
• Existe uma diferença entre a prevalência estimada através do
INSEF e do INS por autorreporte (9,8% vs 8,8%).
• Prevalência próxima da média Europeia (9,1%).
Diabetes
Comparação com outros estudos
Estudo INSEF PREVADIAB*
Ano de Realização 2015 2009
População Alvo (Idade) 25-74 25-74
Método HbA1c HbA1c
Definição HbA1c≥6,5%, medicação ou
autorreporte HbA1c≥6,5%, medicação ou autorreporte Prevalência (%) (IC95%: 8,4 a 11,4) 9,8 (IC95%: 9,8 a 11,7) 10,7**
*Gardete-Correia L, Boavida JM, Raposo JF, Mesquita AC, Fona C, Carvalho R, et al. First diabetes prevalence study in Portugal: PREVADIAB study. Diabet Med. 2010;27(8):879-81.
Hipertensão
Distribuição da Prevalência de Hipertensão por sexo e idade
A prevalência de HTA foi de 36%.
A prevalência de HTA aumentou com a idade e foi superior no sexo masculino.
36 32,7 39,6 5,7 17 35,8 58,4 71,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Feminino Masculino 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74
Distribuição da Prevalência de Hipertensão por região
Hipertensão
A prevalência de HTA variou entre 32,6% (Algarve) e 37,9% (Alentejo).
Após padronização para o sexo e grupo etário, o valor mais elevado passou a ser observado no Norte (37,8%).
37,437,8 35,834,6 35,1 35 37,936,4 32,632,8 34,637,2 33,637,4 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Norte Centro LVT Alentejo Algarve RA Madeira RA Açores Prevalência padronizada
Hipertensão
Após padronização para o sexo e grupo etário as diferenças mantiveram-se, apesar das amplitudes de variação diminuírem.
A prevalência de HTA foi mais elevada nos indivíduos: • sem escolaridade ou com o ensino básico,
• sem atividade profissional remunerada.
62,645,1 33,4 35,4 24 33,2 15,5 25,6 24,7 31,9 30,8 32,7 64,5 41,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Nenhum/1º ciclo ensino básico 2º/3º ciclo
ensino básico secundárioEnsino Ensino superior Com atividade profissional Desempregados Sem atividade profissional Nível de escolaridade Situação perante o trabalho
Prevalência padronizada
Prevalência de Obesidade por nível de escolaridade e situação perante o trabalho
Hipertensão
• Existem diferenças na prevalência de HTA de acordo com
o sexo, idade, nível de escolaridade e situação perante
o trabalho.
• Existe diferença entre a prevalência estimada através do
INSEF e do INS por autorreporte (36,0% vs 25,3%).
Estudo INSEF PAP* PHYSA**
Ano de
Realização 2015 2003 2011-2012
População Alvo
(Idade) 25-74 18-90 18-90
Método Repouso 5 min, 3 medições braço dt Repouso 5 min 3 medições braço esq
Repouso 15 min
1 medição ambos braços, 2 medições no braço onde a TA é mais elevada
Definição PAS≥140 ou PAD≥90 ou medicação PAS≥140 ou PAD≥90 ou medicação PAS≥140 ou PAD≥90 ou medicação ou autorreporte Prevalência (%) 36,0
(IC95%: 34,3 a 37,7) nd*** 42,1 nd*** 42,2
Hipertensão
Comparação com outros estudos
*Macedo ME, Lima MJ, Silva AO, Alcantara P, Ramalhinho V, Carmona J. Prevalence, awareness, treatment
and control of hypertension in Portugal: the PAP study. J Hypertens. 2005;23(9):1661-6.
**Polonia J, Martins L, Pinto F, Nazare J. Prevalence, awareness, treatment and control of hypertension and
salt intake in Portugal: changes over a decade. The PHYSA study. J Hypertens. 2014. ** Intervalo de confiança não disponível
Obesidade
Distribuição da Prevalência de Obesidade por sexo e idade
A prevalência de obesidade em Portugal foi de 28,7%.
A prevalência de obesidade foi maior no sexo feminino e aumentou com a idade. 28,7 32,1 24,9 12,5 22,9 29,5 38,9 41,8 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Feminino Masculino 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74
Distribuição da Prevalência de Obesidade por região
A prevalência da obesidade variou entre 23,2% (Algarve) e 32,5% (RAA)
Após padronização por sexo e idade as diferenças nas prevalências entre as regiões mantiveram-se.
Obesidade
28,228,4 29,128,6 29,128,9 30,329,7 23,223,4 29,130,1 32,533,8 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50Norte Centro LVT Alentejo Algarve RA Madeira RA Açores Prevalência padronizada
Prevalência de Obesidade por nível de escolaridade e situação perante o trabalho
A prevalência de obesidade foi mais elevada nos indivíduos: • sem escolaridade ou com o ensino básico,
• sem atividade profissional.
Após padronização para o sexo e grupo etário estas amplitudes de variação diminuíram, mas não foram eliminadas.
Obesidade
43,1 39,4 28,7 28,6 22,7 25,1 14,7 19,5 23,7 27,5 29,4 30,6 40 35,5 0 10 20 30 40 50 60 Nenhum/ 1º ciclo ensino básico 2º/ 3º cicloensino básico secundárioEnsino superiorEnsino Com atividade profissional Desempregados Sem atividade profissional Nível de escolaridade Situação perante o trabalho
• Existem diferenças na prevalência de obesidade de
acordo com o sexo, idade, nível de escolaridade e
situação perante o trabalho.
• Existe diferença entre a prevalência estimada através do
INSEF e do INS por autorreporte (28,7% vs 16,4%).
Estudo INSEF do Carmo I, et al.*
Ano de Realização 2015 2003-2005
População Alvo (Idade) 25-74 18-64
Método Medição do peso e altura Medição do peso e altura
Definição IMC≥30 IMC≥30
Prevalência (%) (IC95%: 26,8 a 30,6) 28,7 14,2 nd**
Obesidade
Comparação com outros estudos
*Do Carmo I, Dos Santos O, Camolas J, Vieira J, Carreira M, Medina L, et al. Overweight and obesity in Portugal: national prevalence in 2003-2005. Obes Rev. 2008;9(1):11-9.
Considerações finais
• Estimativas obtidas através de Inquérito com Exame Físico
superiores às obtidas por autorreporte através de Inquérito de
Saúde por Entrevista.
• Influência do sexo, idade, nível de escolaridade e da
situação perante o trabalho da população na prevalência de
diabetes, HTA e obesidade.
• Os
dados sugerem uma tendência decrescente da
prevalência de diabetes e HTA (desde as últimas estimativas).
• Os dados sugerem que a prevalência de obesidade duplicou
1ª Conferência do
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico:
um olhar atento à saúde dos portugueses