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Colégio Santa Dorotéia

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Colégio Santa Dorotéia 1111 Caro(a) aluno(a),

Esta atividade é a 1ª edição dos Estudos Autônomos de História da 1ª Etapa escolar em 2019. Os temas trabalhados nele estão relacionados aos conteúdos, mais recentemente abordados, em sala de aula: Grécia Antiga e Roma Antiga.

Para realizar as atividades que se seguem, consulte suas anotações do caderno, as aulas disponibilizadas na Área e Download (Site do Colégio), listas de exercícios, Estudos Autônomos e seu livro didático de História.

Um grande abraço e bons estudos! Wellington

Colégio Santa Dorotéia

Área de Ciências Humanas Disciplina: História

Ano: 1º – Ensino Médio

Professor: Wellington Mendes

Aluno(a): ________________________________________________Nº: _____Turma: _____

Atividades para Estudos Autônomos

(2)

Colégio Santa Dorotéia 2 2 2 2 Atividades de estud

QUEST

1

(U esp)

ANALISE a letra da canção Mulheres de Atenas, de Chico Buarque e Augusto Boal, composta em

1976, para responder à questão abaixo.

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam

Se banham com leite, se arrumam Suas melenas

Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas

Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Sofrem por seus maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam, soldados

Elas tecem longos bordados Mil quarentenas

E quando eles voltam sedentos Querem arrancar violentos Carícias plenas

Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho

Costumam buscar o carinho De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas

Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade

Nem defeito nem qualidade Têm medo apenas

Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas

Morenas [...]

(Chico Buarque, letra e música, 1989.)

a) CITE duas referências míticas presentes na canção.

b) IDENTIFIQUE duas características da condição da mulher na Atenas antiga, citando o trecho da

(3)

Colégio Santa Dorotéia 3333

QUEST

2

(UFPR)

LEIA o excerto a seguir:

“A Grécia se reconhece numa certa forma de vida social, num tipo de reflexão que define a seus próprios olhos sua originalidade, sua superioridade sobre o mundo bárbaro. No lugar do Rei cuja onipotência se exerce sem controle, sem limite, no recesso de seu palácio, a vida política grega pretende ser o objeto de um debate público em plena luz do sol, na ágora, da parte de cidadãos definidos como iguais e de quem o Estado é a questão comum [...]”.

VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: DIFEL, 2013.

Tendo como base as afirmações expostas por Vernant, IDENTIFIQUE os traços principais da polis grega, o sistema político que ela substituiu e os principais problemas que ela apresenta.

QUEST

3

(UF F)

LEIA, atentamente, o trecho e as informações no quadro a seguir:

Nas cidades gregas e em Roma durante a Antiguidade, existiram duas principais maneiras de governar. Numa, a sociedade era governada por uma só pessoa: o rei ou monarca. Era a monarquia. Noutra, a sociedade era dirigida por um grupo pequeno de homens ricos. Era a aristocracia. Em algumas cidades da Grécia, como em Atenas, foi experimentada uma terceira forma de governo. Era a democracia.

KONDER, Leandro. Muito além das Urnas. Revista Ciência hoje das crianças, nº 64. (Adaptado) Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/muito-alem-das-urnas>

Dados estatísticos

aproximados População Total

Indivíduos com direito a voto Números

absolutos %

ATENAS

(Vº século a.C.) 240 mil 38 mil 15,8%

Brasil – 2014 203 milhões 143 milhões 70,4%

Com base no texto, no quadro e em seus conhecimentos, RESPONDA ao que se pede:

a) DETERMINE o que era necessário para que um indivíduo participasse das decisões políticas

durante a democracia em Atenas.

b) ANALISE as motivações que explicam a diferença do percentual existente entre indivíduos com

direito a voto na democracia ateniense e no modelo democrático existente no Brasil atual.

QUEST

4

(Fuvest)

“Vivemos numa forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns, ao invés de imitar outros. [...] Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em algum setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê‐lo pela obscuridade de sua condição. Conduzimo‐nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos com uma curiosidade suspicaz [desconfiada] a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos ressentimos com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com ares de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos da ilegalidade principalmente por causa de um temor reverente, pois somos submissos às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os oprimidos e às que, embora não escritas, trazem aos agressores uma desonra visível a todos.”

(4)

Colégio Santa Dorotéia 4

4 4 4

a) Com base nas informações contidas no texto, IDENTIFIQUE o sistema político nele descrito e INDIQUE suas principais características.

b) IDENTIFIQUE a cidade que foi a principal adversária de Atenas na Guerra do Peloponeso e DIFERENCIE os sistemas políticos vigentes em cada uma delas.

QUEST

5

(UFPR!2014)

ESTABELEÇA duas diferenças entre o conceito de democracia vigente em Atenas no período antigo e

o conceito de democracia vigente no Brasil atual.

QUEST

6

(UFPR!2013)

CONSIDERE a afirmação do historiador Pedro Paulo Funari:

“A guerra do Peloponeso não deixou de ser, até os nossos dias, uma narrativa histórica maior. Pode parecer espantoso ver como recorrente um uso político contemporâneo de um conflito tão distante no tempo e concernente a uma realidade histórica tão específica quanto à das cidades gregas. Com efeito, os primeiros a lerem, relerem e a se inspirarem em Tucídides foram as elites britânicas. Desde os primórdios da Inglaterra moderna, nascida dos conflitos com o continente, os ingleses abandonaram todas as pretensões de potência terrestre europeia, em proveito da conquista dos mares.”

(FUNARI, Pedro Paulo. Usos da Guerra do Peloponeso. Revista Brasileira de História Militar. Ano II, n. 4, abril de 2011)

IDENTIFIQUE a cidade-Estado com que os ingleses se identificaram nos relatos de Tucídides sobre a

Guerra do Peloponeso. JUSTIFIQUE sua resposta, explicando o que foi a Guerra do Peloponeso, no que se refere aos principais envolvidos, a suas motivações e às consequências para o mundo grego.

QUEST

7

(UFT%)

O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo (...). O que implica o sistema da pólis é primeiramente uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. Torna-se o instrumento político por excelência, a chave de toda a autoridade no Estado, o meio de comando e de domínio sobre outrem (...). Uma segunda característica da pólis é o cunho de plena publicidade dada às manifestações mais importantes da vida social. Pode-se mesmo dizer que a pólis existe apenas na medida em que se distinguiu um domínio público, nos dois sentidos diferentes mas solidários do termo: um setor de interesse comum, opondo-se aos assuntos privados; práticas abertas, estabelecidas em pleno dia, opondo-se a processos secretos. Essa exigência de publicidade leva a apreender progressivamente em proveito do grupo e a colocar sob o olhar de todos o conjunto de condutas, dos processos, dos conhecimentos que constituíam na origem o privilégio exclusivo.

VERNANT, Jean-Pierre, As origens do pensamento grego, 1984.

a) No contexto apresentado, EXPLIQUE o que se entende por pólis.

b) IDENTIFIQUE, no texto, duas semelhanças entre os procedimentos descritos para a pólis grega e

(5)

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QUEST

8

(UFG) LEIA o trecho:

A guerra não é nem pode ser anomia, ausência de regras. Ao contrário ela se desenrola no quadro de normas aceitas por todos os gregos, precisamente porque essas regras se originam do conjunto de práticas, de valores, de crenças comuns. Ainda aqui, o quadro só é verdadeiro até certo ponto. De início, porque a guerra jamais ficou confinada unicamente nas fronteiras do mundo grego. Desde então, dividida em dois campos antagônicos, a Grécia engajou-se numa luta cujo risco, escala e forma não eram mais os mesmos. Foi todo um sistema de regras antigas que se rompeu.

VERNANT, Jean-Pierre. Mito e sociedade na Grécia Antiga. Rio de Janeiro: José Olympío, 1992. p.38-39. (Adaptado).

Neste fragmento, o historiador Jean-Pierre Vernant avalia a transformação no ordenamento das cidades-Estados, advinda com as guerras contra os persas. Diante do exposto, EXPLIQUE

a) a ordem política das cidades-Estados, anterior à guerra contra os persas.

b) a mudança ocorrida na ordenação das cidades-Estados em virtude da guerra contra os persas.

QUEST

9

(U ifesp)

(...) é no último quartel do século VII [a.C.] que a economia das cidades (...) volta-se decididamente para o exterior; o tráfego por mar vai então amplamente ultrapassar a bacia oriental do Mediterrâneo, entregue a seu papel de via de comunicação. A zona dos intercâmbios estende-se a oeste até à África e à Espanha, a leste até ao Mar Negro.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1991.

O texto fala da expansão das cidades gregas no século VII a.C. EXPLIQUE:

a) por que o autor chama o Mar Mediterrâneo de “via de comunicação”. b) os principais motivos dessa expansão.

QUEST

10

(UFES)

No ano 15 a.C, nasceu Júlio César Germânico, também conhecido como Nero Cláudio Druso e, posteriormente, celebrizado apenas sob a alcunha de Germânico. Sobrinho de Tibério, pai de Calígula e irmão do imperador Cláudio, Germânico morreu misteriosamente em Alexandria, no Egito. Ele ficou assim conhecido por ter vencido várias tribos germânicas e ajudado a estabelecer as fronteiras ao norte e a leste do Império Romano, tendo recebido várias honrarias de Roma e ocupado os cargos de questor e de cônsul.

a) ANALISE a relação dos chamados povos bárbaros com a expansão e a decadência do Império

Romano.

(6)

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QUEST

11

(U ica+p)

Com relação ao ornamento, Roma não correspondia, absolutamente, à majestade do Império e, além disso, estava exposta às inundações, como também aos incêndios. Porém, Augusto fez dela uma cidade tão bela que pode se envaidecer, principalmente por ter deixado uma cidade de mármore no lugar onde encontrara uma de tijolos.

SUETÔNIO. A Vida dos Doze Césares. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 91. (Adaptado)

Considerando o texto e o período de Otávio Augusto no governo de Roma,

a) ESTABELEÇA a relação da nova urbanização da capital do Império com o período de paz que

Augusto pretendia simbolizar.

b) IDENTIFIQUE uma medida social e uma medida política estabelecidas por Augusto para adaptar a

tradição romana ao novo momento.

QUEST

12

(U ica+p)

Por que as pessoas se casavam na Roma Antiga? Para esposar um dote, um dos meios honrosos de enriquecer, e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo legítimos, perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os políticos não falavam exatamente em natalismo, futura mão de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos que fazia a cidade perdurar exercendo a “função de cidadão” ou devendo exercê-la.

ARIÈS, P. e G. Duby, G. História da Vida Privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47. a) EXPLIQUE por que o casamento tinha uma conotação política entre os cidadãos, na Roma Antiga. b) INDIQUE dois grupos excluídos da cidadania durante a República romana (509-27 a.C.).

QUEST

13

(UFT%)

OBSERVE o mapa:

a) APONTE o processo representado no mapa.

(7)

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QUEST

14

(UFG)

LEIA o fragmento da Lei das Doze Tábuas, datada de 450 a.C. 1) Se alguém for chamado a Juízo, compareça.

2) Se não comparecer, aquele que o citou tome testemunhas e o prenda.

Tábua Primeira, do chamamento a Juízo. 3) Se alguém cometer furto à noite e for morto em flagrante, aquele que o matou não será punido.

[…]

7) Se, pela procura, a coisa furtada for encontrada na casa de alguém, que esse alguém seja punido

como se fora um furto manifesto.

Tábua segunda, dos julgamentos e dos furtos. Lei das doze tábuas. Disponível em:

<http://www.jurisciencia.com/legislacoes/legislacao-diversa/lei-das-doze-tabuas-lei-das-12-tabuas-lei-das-xiitabuas/210/>. Acesso em: 13 out. 2010. [Adaptado]

Esse código de leis estabeleceu os princípios do Direito Romano, que forneceu as bases para o direito no Ocidente. De acordo com o historiador Paul Veyne, “os costumes romanos são traduzidos com bastante exatidão pelo direito civil”. Diante do exposto e considerando a leitura do fragmento,

a) ANALISE os conflitos sociais na República Romana, que explicitam a relação entre lei e costume; b) EXPLIQUE o papel da testemunha e a importância da prova, explícitos na Lei das Doze Tábuas.

QUEST

15

(U ica+p!2009)

Após a tomada e o saque de Roma pelos visigodos, em 410, pagãos e cristãos interrogaram-se sobre as causas do acontecimento. Para os pagãos, a resposta era clara: foram os maus princípios cristãos, o abandono da religião de Roma, que provocaram o desastre e o declínio que se lhe seguiram. Do lado cristão, a queda de Roma era explicada pela comparação entre os bárbaros virtuosos e os romanos decadentes: dissolutos, preguiçosos, sendo a luxúria a origem de todos os seus pecados.

LE GOFF, Jacques. Decadência, In: História e Memória. Campinas, Ed. da Unicamp, 1990, p. 382-385.

IDENTIFIQUE, no texto, duas visões opostas sobre a queda de Roma.

QUEST

16

(UFC)

O conflito entre dois setores importantes da sociedade romana, plebeus e patrícios, caracterizou a história da República romana desde os primórdios até o estabelecimento do Império. A partir dessa informação e de seus conhecimentos, RESPONDA às questões propostas.

a) APRESENTE três motivos de disputa entre esses dois grupos.

b) DIGA se, e de que modo, as desigualdades políticas e sociais entre eles foram resolvidas total ou

(8)

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QUEST

17

(UFES)

O oficial romano Orestes, tendo tomado o comando do exército, partiu de Roma ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, onde parou para fazer imperador seu filho, Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois de Rômulo Augusto ter sido estabelecido imperador em Ravena por seu pai, Odoacro, rei dos turcilingos, tendo consigo ciros, hérulos e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itália. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Augusto, expulso do reino e condenado à pena de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. Assim, o Império do Ocidente do povo romano, que o primeiro dos augustos ─ Otaviano Augusto ─ tinha começado a dirigir no ano 709 da fundação da cidade de Roma, pereceu com Rômulo Augusto no ano 522 do reinado dos seus antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a Itália foram governadas pelos reis dos godos.

Jordanes, In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. São Paulo: Editora Unesp, 2000, p. 39-40. (Adaptado.)

O texto acima, escrito por Jordanes, um autor do século VI d.C., nos informa sobre os acontecimentos políticos que marcaram o início e o fim do Império Romano do Ocidente: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, no contexto das invasões bárbaras. Tendo em vista essas considerações, EXPLIQUE

a) a importância da atuação política de Otávio Augusto para a criação do Império Romano. b) dois fatores que contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente.

GABARIT Resp sta da quest0 1

a) A palavra “falenas”, na 3ª estrofe, faz referência às sereias, figuras lendárias da mitologia grega. Na

4ª estrofe, há uma referências aos “presságios” presentes na mitologia grega em famosas histórias como a do Oráculo de Delfos.

b) As mulheres atenienses não eram consideradas cidadãs e, logo, não participavam da democracia

(4ª estrofe, 3ª linha) e eram vistas como meras reprodutoras de novos atenienses (4ª estrofe, 2ª linha).

Resp sta da quest0 2

Durante o período Arcaico da Grécia, VIII-VI a.C, predominava um governo aristocrático monopolizado pela elite agrária que possuía o domínio político e econômico. No período Clássico, V-IV a.C, foi implantada a democracia e o poder foi transferido para os cidadãos. A ágora, praça pública, passou a ser o cenário do debate político dos cidadãos visando criar leis para a pólis. Vale lembrar que pólis era uma cidade-Estado que possuía autonomia política, a democracia era direta e participativa e a cidadania era muito restrita, apenas 10% da população exerciam seus direitos políticos. Mulheres, escravos e estrangeiros estavam excluídos.

Resp sta da quest0 3

Em Atenas eram considerados cidadãos os homens, maiores de 21 anos e que fossem atenienses

natos, ou seja, 15% da população;

No Brasil atual, o acesso à cidadania, no que tange ao direito ao voto, é amplo: todo e qualquer cidadão brasileiro (nascido ou naturalizado), ao atingir a idade mínima necessária, pode votar.

Resp sta da quest0 4

a) O texto de Péricles, citado pelo historiador grego Tucídides, faz referência à democracia ateniense

que foi criada por Clístenes em 509 a.C. Péricles destaca o pioneirismo da democracia ateniense exaltando que todos os cidadãos são iguais (isonomia) e podem participar das decisões políticas. Vale ressaltar que todos os cidadãos são iguais, porém mulheres, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos.

b) Esparta, localizada na Península do Peloponeso, possuía um governo aristocrático e militarizado

enquanto Atenas, localizada em Ática, imperava um regime democrático que se ancorava na escravidão.

(9)

Colégio Santa Dorotéia 9999 Resp sta da quest0 5

O conceito de democracia ateniense era direto e excludente: os poucos cidadãos (homens, maiores de 21 anos e atenienses natos) participavam diretamente das tomadas de decisão da cidade-Estado. O conceito de cidadania do Brasil atual é indireto ou representativo e abrangente: todos somos cidadãos e elegemos um representante para tomar as decisões políticas.

Resp sta da quest0 6

A Guerra do Peloponeso é tradicionalmente relatada como um conflito entre Atenas e Esparta; na verdade, um conflito envolvendo a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta), numa luta pela hegemonia sobre o mundo grego. A Inglaterra é identificada com Atenas, vista como potência expansionista, que exercia forte influência sobre diversas cidades, dentro e fora do território grego. Cidade litorânea, Atenas se fortaleceu economicamente a partir do comércio marítimo.

Resp sta da quest0 7

a) O pensador francês associa a pólis à palavra considerando a importância dos debates que ocorriam

na ágora ou praça pública. A democracia grega na Antiguidade era direta ou participativa e a oratória e persuasão eram fundamentais. Daí que os filósofos denominados sofistas davam cursos ensinando técnicas de persuasão e oratória. A palavra é o instrumento político, o meio de domínio sobre o outro.

b) A democracia grega era direta ou participativa e a democracia contemporânea é representativa.

Apesar desta diferença, há algumas semelhanças segundo Vernant. A publicidade da vida social é um elemento em comum entre os dois modelos de democracia bem como a oposição entre a esfera pública e a privada.

Resp sta da quest0 8

a) As cidades-Estados conservavam sua autonomia política, embora culturalmente formassem uma

unidade.

b) A mudança ocorrida se relaciona com a guerra contra os persas, que exigiu certa unidade entre as

cidades-Estados efetivada com a formação da Liga de Delos, liderada por Atenas. Doravante, Atenas se aproveitaria da Liga para impor seu domínio sobre as demais cidades-Estados. O expansionismo ateniense seria contraposto ao poderio de Esparta na guerra do Peloponeso, cujo resultado seria o enfraquecimento do conjunto de cidades-Estados, o que facilitou a conquista da Grécia pelos macedônios.

Resp sta da quest0 9

a) Porque o mar Mediterrâneo era a principal via de circulação de navios do mundo antigo, integrando

diferentes regiões e povos da Europa, Ásia e África.

b) Muitos historiadores contemporâneos apontam como causa para a expansão das cidades gregas no

século VII a.C, necessidades comerciais e o grande crescimento demográfico que se iniciara no final do Período Homérico. Porém, há discordância quanto aos motivos comerciais, pois muitas das regiões colonizadas não tinham nenhum atrativo comercial para os gregos. Observa-se que bons portos, excelentes pontos para o desenvolvimento da atividade comercial, não foram ocupados por nenhuma colônia grega, indicando que nem sempre o objetivo mercantil era o principal para a expansão das cidades. Assim sendo, pode-se apontar que o principal motivo da expansão territorial grega tenha sido a busca de uma solução para a crise decorrente da explosão populacional iniciada no século VIII a.C. As condições geográficas da área continental da Grécia, um solo pouco fértil e pedregoso e o relevo montanhoso, não atendiam às demandas de uma população crescente. Esse movimento é conhecido como Segunda Diáspora Grega.

Resp sta da quest0 10

a) A expressão “bárbaro” usada pelos romanos se referia a qualquer povo que não tivesse a origem e

a cultura romana. Os povos germânicos eram os povos do norte da Europa e uma parte deles foi conquistada pelos romanos definindo as fronteira do império. A partir do século III d.C. novos grupos migraram e se interiorizaram no Império, num processo normalmente denominado de “invasões bárbaras” que contribuíram para a decadência do Império, mesmo considerando que nem sempre houve confronto armada e uma parte desses povos se aliou a Roma.

(10)

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10 10 10

b) A principal característica do Império é a centralização política, com a formação de um governo

autoritário, apoiado no poder das estruturas militares, mesmo considerando que o exército não era uma instituição coesa e havia diversas lutas internas. Pode-se destacar também o controle sobre vastas regiões – o texto explicita o Egito – transformadas em províncias de Roma, que produziam de acordo com os interesses dos conquistadores e ainda tiveram parte de seu povo escravizado.

Resp sta da quest0 11

a) Otávio Augusto promoveu o que chamamos de Pax Romana durante seu governo em Roma. Na

tentativa de reurbanizar Roma, que era um grande domínio, mas ainda carecia de uma melhor organização urbana (suas ruas eram estreitas e sujas, havia vários cortiços e prédios construídos com tijolo), Otávio promoveu uma grande reforma urbana para embelezar e engrandecer a cidade. A substituição do material utilizado nas construções (tijolo por mármore) simboliza a superação dos problemas enfrentados por Roma no final da República. A transformação da cidade indica o poder centralizador de Otávio.

b) Otávio manteve a estrutura de poder da República (Senado), mas com poder meramente simbólico,

centralizando a política em torno de si;

Otávio criou a divisão censitária na cidade, relacionando posição social e participação política com a renda dos romanos.

Resp sta da quest0 12

a) Para assegurar a manutenção dos privilégios das elites patrícias, através de filhos legítimos de

cidadãos romanos, garantindo-lhes o poder político e marginalizando outros grupos.

b) Escravos, libertos, estrangeiros, mulheres, crianças, plebeus em alguns períodos. Resp sta da quest0 13

a) O mapa mostra as invasões dos bárbaros ao Império Romano. Ocorreram as invasões pacíficas nos

séculos I e II da Era Cristã e as invasões violentas nos séculos III, IV e V devido à pressão dos hunos sobre os bárbaros germanos.

b) A expansão romana ocorrida no período da República Romana foi responsável pela construção de

um grande império. Estes povos que os romanos chamavam de bárbaros (os gregos criaram este termo) eram todos aqueles que viviam fora da extensão do império romano e não falavam o latim. Faltavam terras para estes povos que começaram a migrar para o Ocidente. As tribos bárbaras possuíam um aspecto belicoso viviam dos despojos de guerras, da caça, da pesca. Os hunos, tribos de origem asiática tártaro-mongol, dirigiram-se para o Ocidente em busca de terras férteis pressionando outros povos bárbaros a penetrar no Império Romano.

Resp sta da quest0 14

a) Aproximadamente entre 753 a.C. e 450 a.C., as leis romanas eram transmitidas oralmente e

dependiam da interpretação de juízes patrícios, o que causava algumas distorções quando o conflito envolvia patrícios e plebeus. Em 454 a.C., os plebeus precipitaram uma revolta em defesa de seus direitos, exigindo que as leis fossem escritas, sendo posteriormente concretizadas na Lei das Doze

Tábuas. A relação entre esse código e a vida pública romana assenta-se no fato de que o Direito

Romano nasceu do costume, não se afastando do que se conhece como lei consuetudinária e do princípio de justiça popular (tal como apontado no fragmento, aquele que matou alguém por ter cometido um furto não seria punido).

É importante lembrar que as Leis das Doze Tábuas fazem parte de uma série de conquistas dos plebeus, adquiridas por meio das “lutas entre classes”, que ocorreram durante a República Romana. Podemos destacar a Lei Licínia, que acabou com a escravidão por dívida e garantiu igualdade política. Pode-se destacar também a lei que garantia aos plebeus sua representação no Senado, o Tribuno da Plebe.

b) A leitura do fragmento da Lei das Doze Tábuas indica que a testemunha tem papel central no

procedimento jurídico romano, ela deve ser invocada por aquele que acusa, que tem o dever de comprovar a sua acusação. Além da testemunha, a prova fundamenta a punição, como demonstram os artigos sobre o flagrante e sobre o encontro do objeto furtado na casa de alguém.

Resp sta da quest0 15

Para os pagãos, a queda de Roma seria um castigo pelo abandono da crença nas divindades romanas tradicionais; para os cristãos, seria um castigo divino pelos pecados dos romanos, destacando-se a o pecado da luxúria.

(11)

Colégio Santa Dorotéia 11111111 Resp sta da quest0 16

a) Os principais motivos de disputa entre patrícios e plebeus, eram:

• econômico-sociais, pois a plebe geralmente não possuía terras, trabalhando na cidade - no comércio ou em trabalhos manuais, como mão de obra (mas somente uma minoria dos plebeus conseguiu enriquecer com o grande comércio). Na área rural, a plebe era composta por camponeses livres jornaleiros ou pequenos proprietários de terra na agricultura de subsistência. Nas guerras, recebiam quantias ínfimas dos espólios; as terras conquistadas iam quase todas para os patrícios.

• políticas, devido à estrutura da República romana, baseada no Censo (ligado à riqueza agrícola), os patrícios tinham um poder de voto maior e também direitos maiores; podiam também ser eleitos para todos os cargos, diferentemente dos plebeus.

b) A situação melhorou gradualmente após séculos de lutas em que os plebeus utilizaram como forma

de protesto a secessão (afastamento temporário da cidade de Roma), conseguindo, no final do século III, maior equilíbrio no poder político, chegando a poder ocupar todos os maiores cargos jurídicos e políticos (embora o Senado permanecesse sobretudo nas mãos dos patrícios). As várias tentativas de solucionar o problema da redistribuição da terra pública para os plebeus com uma ampla reforma agrária (como as dos Gracos) fracassaram. Essa questão só foi solucionada, parcialmente, pela chegada ao poder do plebeu Mário, que no final do século II permitiu o alistamento militar à maioria da plebe, os proletários, que receberiam um salário e participação consistente no espólio das novas terras conquistadas, criando os pressupostos para que aumentasse o poder político dos líderes militares em Roma - graças ao apoio popular de seus soldados - e associando cada vez mais a reforma agrária ao processo de expansão territorial às custas dos povos conquistados.

Resp sta da quest0 17

a) Otávio assume o poder num contexto de acirramento da crise republicana. Júlio César, nomeado

ditador vitalício, representava uma séria ameaça ao controle do Senado sobre a República, desencadeando assim uma violenta reação por parte da facção da elite senatorial liderada por Bruto e Cássio que resultou no assassinato do ditador e na retomada da guerra civil. Inicialmente, Otávio assume o poder ao lado de Marco Antônio e Lépido mediante um consórcio conhecido como Segundo Triunvirato, conseguindo sobrepujar a facção senatorial que sustentou o golpe contra César. Em seguida, ocorre a polarização entre Otávio e Marco Antônio. A nova guerra civil que se instaura teve como desfecho a vitória do Otávio em 31 a.C., na batalha de Ácio, sobre as forças lideradas por Marco Antônio. Em 30 a.C., o Egito, cuja soberana, Cleópatra, havia sustentado a causa de Marco Antônio, é ocupado pelos romanos. A partir desse momento, Otávio torna-se o líder supremo da República com a missão de restabelecer a concórdia entre os cidadãos e garantir o controle romano sobre os territórios conquistados. Em reconhecimento pelos serviços prestados em prol da pátria, o Senado confere a Otávio, em 27 a.C., o título de Augusto, fato que a historiografia considera como o marco de fundação da monarquia romana. Dessa forma, todos os antigos poderes republicanos exercidos pelos magistrados, pelas assembleias e pelo próprio Senado, incluindo o supremo comando sobre todos os efetivos militares, passarão a ser prerrogativa de Augusto. Essa concentração, nas mãos de um indivíduo, de um amplo feixe de poderes outrora repartidos entre as diversas instâncias que compunham o populus romano será o principal fundamento político-institucional da atuação do imperador, recebendo mais tarde a chancela jurídica por meio da Lei de Império, de Vespasiano.

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Colégio Santa Dorotéia 12

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b) A desagregação do Império Romano do Ocidente, que culminou na instauração dos reinos bárbaros

sobre o território das antigas províncias romanas, foi produzida por um conjunto de fatores, sem que tenhamos condições de indicar uma hierarquia precisa entre eles. Dentre esses fatores, teríamos, por exemplo, a crise do modo de produção escravista, resultado das dificuldades de abastecimento de mão de obra escrava e da resistência à inovação tecnológica própria da mentalidade do homem antigo. Em virtude da crise do escravismo, observa-se um decréscimo significativo do nível de relações comerciais, o que dá ensejo ao êxodo urbano e à ruralização. Outro elemento significativo dentro do processo de desagregação foi, sem dúvida, a expansão dos efetivos empregados na administração civil e no exército, o que exigiu dos imperadores a adoção de um conjunto de medidas com a finalidade de garantir a extração de tributos necessários à manutenção de uma máquina estatal complexa como era a do Baixo Império. Esse fenômeno, conhecido como fiscalismo, atingiu de modo muito intenso a Ordem dos Decuriões, ou seja, a elite local responsável pela administração das cidades, que tenta por todos os meios se eximir dos encargos municipais, cada vez mais onerosos. Uma das soluções encontradas pelos Decuriões foi colocar-se sob a proteção dos patronos, grandes proprietários rurais que faziam parte da elite senatorial. Mediante o patronato exercido por membros dessa elite, amplos segmentos da população rural são postos ao abrigo das exigências do poder imperial, configurando-se entre os patronos e os seus subordinados uma relação direta, sem a intermediação do Estado, que enfraquece ainda mais as possibilidades de atuação deste último. Por fim, não podemos ignorar a intensificação dos conflitos do Império com os povos limítrofes. De fato, no Baixo Império, Roma é confrontada no limes reno-danubiano por uma pressão cada vez maior de tribos bárbaras e, no Oriente, pela restauração da Pérsia como uma grande potência, o que exige do poder imperial uma ação simultânea em duas frentes com a finalidade de manter a integridade do Império, tarefa que, no Ocidente, não logrou êxito.

Referências

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