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O INSTRUMENTO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR À LUZ DO DIREITO DE FAMÍLIA, COMO UM MEIO ALTERNATIVO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS | Anais do Congresso Acadêmico de Direito Constitucional - ISSN 2594-7710

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Anais do I Congresso Acadêmico de Direito Constitucional Porto Velho/RO 23 de junho de 2017 P. 526 a 544 Clarice Botelho Silva1 Carina Gassen Martins Clemes2

RESUMO

O presente Trabalho tem por objetivo demonstrar a aplicação da técnica de Constelação Familiar no âmbito do poder judiciário, mais precisamente à luz Direito de Família, como um meio alternativo de resolução de conflitos. O instrumento de Constelação Familiar é uma técnica psicoterapêutica desenvolvida pelo psicoterapeuta Bert Hellinger, que tem por objetivo estudar e analisar os padrões comportamentais de grupos familiares, levando-se em consideração o sistema familiar, buscando-se restabelecer um vínculo que foi rompido no passado e consequentemente acarretou conflitos no âmbito familiar. Como objetivo geral desta pesquisa busca-se demonstrar a possibilidade da aplicação do instrumento de Constelação Familiar como um meio alternativo de resolução de conflitos, equiparando-a a Conciliação e Mediação, bem como verificar a eficácia de sua aplicação, tendo em vista que, no Brasil inúmeros casos envolvendo questões relacionadas ao Direito de Família são registrados diariamente, sendo assim, as partes visando solução, buscam o poder judiciário e acabam enfrentando um longo caminho até uma solução que nem sempre é a mais viável. Com o advento do Novo Código de Processo Civil, bem como da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, a aplicação dos Meios não Adversariais de Resolução de Conflitos tem sido bastante estimulada na busca de solução as lides que são apresentadas.

Palavras-chave: Constelação Familiar, Direito de Família, Meios não Adversariais de Resolução de Conflitos.

ABSTRACT

1

Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Católica de Rondônia. E-mail: botelhoclaricee@gmail.com.

2 Professora Especialista na rede Privada no Estado de Rondônia, Porto Velho – RO. Orientadora do Trabalho. E-mail: carinaclemes@yahoo.com.br. 522

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This work has the purpose to demonstrate the Family Constellation’s technique within the judiciary, more precisely in family law, as an alternative dispute resolution. The Family Constellation’s instrument is a psychotherapeutic technique developed by Bert Hellinger, which aims to study and analyze the family groups’ behavioral patterns, considering the family system, seeking to reestablish a bond that has been broken in the past and consequently has led to conflicts inside the family. The general objective of this research is to demonstrate the possibility of applying the Family Constellations as an alternative dispute resolution, as well as equate it with conciliation and mediation, as verify the effectiveness of its application, given that in Brazil numerous cases involving Family’s Law issues are registered daily. Therefore, the parties seeks solutions by pursuing the judiciary, ending up with a long way to a response that it not always the most viable. With the advent of the New Civil Procedure’s Code and the National Council of Justice’s Resolution n. 125/2010, the application of non-adversarial means of conflict resolution has been strongly encouraged in search of solution of the litigations presented.

Keywords: Family Constellation, Family Law, Non-adversarial Means of Conflict Resolution.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo tecer considerações a cerca do instrumento de Constelação Familiar como um meio alternativo de resolução de conflitos, no âmbito do poder judiciário mais precisamente em questões que envolvam o Direito de Família, tendo em vista que, todos os dias inúmeros casos relacionados a questões familiares são levados ao judiciário.

Um dos principais problemas enfrentados na justiça brasileira é o tempo de espera para a conclusão de processo, até uma sentença satisfatória, visto que, a demanda processual nos órgãos jurisdicionais é extremamente elevada. A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXXV, determina que: “a lei não excluirá

da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito‖, partindo-se desta

premissa, entende-se que todos podem ter acesso a justiça, sendo este um direito humano e essencial para o exercício da cidadania.

Com o advindo do novo Código de Processo Civil e da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a busca pela solução de conflitos por meio autocomposito vem sendo estimulada, os meios não adversariais de resolução de conflitos compõem um ótimo exemplo, são eles a Mediação e Conciliação, nas quais

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um terceiro capacitado e imparcial busca a solução de uma lide de forma consensual.

Diante a essas novas possibilidades de resolução de conflitos, com o fito de apresentar aos litigantes uma conclusão mais satisfatória aos seus desentendimentos, bem como contribuir para a eficácia e celeridade nos julgamentos das ações processuais, tem-se o Direito Sistêmico, sendo esta expressão desenvolvida pelo Juiz Sami Storch, a referida proposta surgiu da análise do direito sobre as óticas das ordens regentes das relações humanas, com base na técnica psicoterapêutica de Constelação Familiar.

A Constelação Familiar é um método desenvolvido por Bert Hellinger na década de 1970, que tem por objetivo estudar e analisar os padrões comportamentais de grupos familiares, e apontar quais são as deficiências existentes em seu sistema, buscando-se restabelecer um vínculo que foi rompido no passado, acarretando conflitos no âmbito familiar.

Atualmente, em alguns estados brasileiros a técnica de Constelação Familiar vem sendo aplicada em momento anterior a Mediação e a Conciliação, o Juiz com base nestes métodos acaba analisando a situação que lhe é apresentada de forma mais humanizada, indo além do problema que lhe é apresentado, revelando situações ocultas, que acabam por ampliar a consciência dos partes envolvidas nos conflitos. A busca por novos métodos como a Constelação Familiar só tem a acrescentar ao poder, tendo em vista que o referido instrumento visa dar mais celeridade e soluções satisfatórias aos conflitos apresentados.

Por fim, como se observa o presente estudo possui como objetivo oferecer melhor compreensão a cerca do mecanismo de Constelação Familiar, aliado aos Meios não Adversariais de Resolução de Conflitos, por se tratar de algo novo que só tem a contribuir a sociedade.

1. O DIREITO DE FAMÍLIA

O estudo sobre a família remete a um período anterior ao surgimento do direito, desde os primórdios da ocupação do homem sobre a terra, verifica-se o surgimento de relações entre grupos de pessoas com intuito de promover as relações e a perpetuação da espécie.

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O modelo familiar brasileiro encontra sua origem na família romana que, por sua vez, se estruturou e sofreu influencia no modelo grego. Na Roma antiga os preceitos de família não se baseavam nas relações consanguíneas, nem mesmo as regidas pelo afeto, estando a família sobre um prisma das relações política, religiosa, econômica e jurídica.

O principio da autoridade regia a família, incumbindo o pai a figura de pater, comandando a família e exercendo uma hierarquia, sendo a mulher apenas subordinada. Caso o pai viesse a falecer quem iria assumir o posto de pater poder seria o primogênito, prevalecendo o direto dos homens sobre as mulheres. Segundo o entendimento de Gonçalves (2017, p. 31):

No direito romano a família era organizada sob o princípio da autoridade. pater fam lias exercia sobre os filhos direito de vida e de morte ius vitae ac necis . Podia, desse modo, vend -los, impor-lhes castigos e penas corporais e at mesmo tirar-impor-lhes a vida. mulher era totalmente subordina- da autoridade marital e podia ser repudiada por ato unilateral do marido.

O pater exercia a sua autoridade sobre todos os seus descendentes não emancipados, sobre a sua esposa e as mulheres casadas com manus com os seus descendentes. A família era, então, simultaneamente, uma unidade econ mica, religiosa, pol tica e jurisdicional. ascendente comum vivo mais velho era, ao mesmo tempo, chefe pol tico, sacerdote e juiz. Comandava, oficiava o culto dos deuses domésticos e distribu a justiça. Havia, inicialmente, um patrimônio familiar, administrado pelo pater. Somente numa fase mais evoluída do direito romano surgiram patrimônios individuais, como os pecúlios, administrados por pessoas que estavam sob a autoridade do pater.

Sendo assim a doutrina jurídica reconhece que o direito romano forneceu ao Direito brasileiro elementos básicos da estruturação da família como unidade básica da sociedade, regida pelos preceitos políticos, econômicos e religiosos, que com o passar dos tempos foi se adaptando e evoluindo.

Cabe conceituar o que vem a ser a família, sendo esta uma união formada por duas ou mais pessoas, que estão interligadas por um vinculo sanguíneo oriundo de uma ancestralidade, ou vinculo afetivo que surge por meio das relações interpessoais. Segundo Gonçalves (2017, p.17):

[...] o vocábulo família abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue e que procedem, portanto, de um tronco ancestral

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comum, bem como as unidas pela afinidade e pela adoção. Compreende os cônjuges e companheiros, os parentes e os afins.

O Código Civil de 2002 não confere um conceito único a família, em seus artigos 1829 e 1839 que aduzem sobre a linha sucessória, atribuem a ela um sentido amplo, alcançando os parentes em linha reta como os pais, filhos, netos e os de linha colateral até quarto grau sendo os irmãos, tios sobrinhos e os primos. Na vida prática a composição familiar se apresenta em diversos moldes, nesse viés Nader (2015) diz que:

Na vida prática, a composição familiar se apresenta sob múltiplos modelos. Alguns empregam a expressão polimorfismo familiar ao abordar o tema. Ao lado da família tradicional, instituída pelo matrimônio e composta pela união de pais e filhos, há modelos diversos, alguns previstos no Jus Positum, como a união estável e a

relação monoparental. Forças sociais, após o reconhecimento pelo

Supremo Tribunal Federal, em 2011, da união homoafetiva como entidade familiar, buscam a afirmação de admissibilidade da conversão, em casamento, desse vínculo entre pessoas de igual sexo.

Com intuito de regulamentar instrumentos que auxiliam e pacificam o convívio social, criou-se o Direito constituído de leis, normas, princípios e instituições que concretizam na realidade os preceitos legais, dentre estas leis está o Direito de Família, conforme preceitua Nascimento (2011) em seu artigo intitulado―Mediação: Meio alternativo para solução de conflitos‖: ―Na finalidade de regulador das

condutas sociais e com função primordial de pacificação social e na tentativa de diminuir os conflitos de interesses foi criado o Direito constituído de leis, normas, princípios e instituições que fazem no mundo empírico concretizar os preceitos legais”.

O Direito de Família é o ramo do direito civil que tem por objetivo o estudo das relações familiares, formado por um conjunto de princípios e normas de ordem privada que regem as relações jurídicas de caráter patrimonial e existencial, entre pessoas que possuem o mesmo elo de parentesco. O direito existencial de família possui como base a pessoa humana, já o patrimonial possui como centro o patrimônio. Em definição clássica, Tartuce (2014, p.1108), preleciona que:

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[...] o Direito Existencial de Família está baseado na pessoa humana, sendo as normas correlatas de ordem pública ou cogente. Tais normas não podem ser contrariadas por convenção entre as partes, sob pena de nulidade absoluta da convenção, por fraude à lei imperativa (art. 166, VI do CC).

Por outra via, o Direito Patrimonial de Família tem o seu cerne principal no patrimônio, relacionado a normas de ordem privada ou dispositivas, Tais normas, por óbvio, admitem livremente previsão em contrário pelas partes.

Portanto o Direito de Família é campo do direito civil que tem por objetivo o estudo da formação de um núcleo baseado em afeto entre pessoas interligadas pelo mesmo vínculo consanguíneo ou não. O artigo 226 da Constituição Federal eleva a estrutura familiar a um patamar de suma importância na composição do quadro estatal, devendo o Estado atuar em prol da sua conservação e dos preceitos que regem a família.

O Direito de Família possui como objeto de estudo as relações entre a família, atualmente no contexto em que se encontra a sociedade a figura do ―pátrio poder‖ inspirado em valores patriarcais concedidos ao homem sobre a sua família e seus bens, encontra-se exclusa, tendo em vista que, a sociedade conjugal encontra-se abarcada por direitos e deveres iguais concedidos ao homem e a mulher, podendo estes acompanharem a evolução de seus filhos, bem como cumprir com as suas responsabilidades civis.

2. CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Bert Hellinger é um filósofo, teólogo e psicoterapeuta, que nasceu em 1925, na Alemanha, durante sua caminhada tornou-se soldado e vivenciou as realidades de uma guerra, onde acabou prisioneiro na Bélgica, em um campo de concentração. Posteriormente conseguiu se desvencilhar e retornar a Alemanha, onde entrou na ordem dos jesuítas. Durante sua jornada, em 1950 foi enviado como missionário para África, para desenvolver trabalhos nas tribos Zulus.

Em contato com grupos, Hellinger passou a perceber suas formas de trabalhos, que valorizavam o diálogo, a experiência humana e individual, bem como a fenomenologia. Posteriormente Hellinger estudou a psicanalise em Viena, e se tornou psicanalista. Por meio de todo conhecimento juntando durante sua vida,

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Hellinger desenvolveu uma nova abordagem sistêmica denominada Constelação Familiar.

A Constelação Familiar tem por objetivo estudar e analisar os padrões de comportamento de grupos familiares, levando-se em consideração a forma como cada membro do sistema familiar está conectado ao outro, buscando-se reestabelecer um vínculo que foi rompido e consequentemente acarretou conflitos no âmbito familiar. Tal mecanismo se desenvolveu em meados dos anos 80, com base na metodologia de abordagem sistêmica, chegou ao Brasil há mais de dez anos, e nos últimos anos tem tido um crescimento considerável.

Conforme preceitua Maria Scarlet do Carmo (2015, p. 1):

O trabalho com a Constelação nos auxilia na percepção e, consequentemente, na correção de padrões de comportamento inapropriados que, por esse motivo, levam a sofrimentos, a conflitos. Da mesma forma, auxilia em casos de sintomas e dificuldades na solução de problemas, entre outros aspectos que impedem o leve fluir no campo dos relacionamentos (familiares, sociais e organizacionais).

Segundo Hellinger a Constelação Familiar se baseia nas Ordens do Amor, que são compostas por três leis sistêmicas denominadas Hierarquia, Pertencimento

e Equilíbrio de Troca, que exercem um papel fundamental na composição do

sistema familiar.

2.1 AS LEIS QUE COMPÕE AS ORDENS DO AMOR

2.1.1 Hierarquia

Na Hierarquia ou Ordem de Origem, leva-se em consideração quem chegou primeiro no grupo familiar, pois cada grupo possui uma hierarquia, que será determinada a partir do momento em que uma pessoa passou a integrar aquele sistema familiar.

Sendo assim, deve-se respeitar a ordem de chegada de cada membro, ou seja, a pessoa que entrou primeiro no ciclo familiar possui precedência sobre aquela que chegou mais tarde. Os mais velhos devem ser respeitados e tratados com um maior apresso, visto que, por meio deles que se originou a família e ainda parte-se

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da premissa de que estes por serem mais velhos, possuem mais experiências de vida. Neste sentido, Hellinger (2016, p.37) ensina:

Cada grupo tem uma hierarquia, determinada pelo momento em que começou a pertencer ao sistema. Isso quer dizer que aquele que entrou em primeiro lugar em um grupo tem precedência sobre aquele que chegou mais tarde. Isso se aplica às famílias e também às organizações.

Quando um membro da família viola a linha hierárquica do grupo familiar, a estrutura desta ficará abalada, pois deve-se respeitar os ascendentes, nenhum componente do grupo pode assumir o papel do outro, devendo cada qual respeitar sua posição, bem como Hellinger (2016, p.38) preleciona:

Sempre que acontece um desenvolvimento trágico numa família, uma pessoa em posição posterior violou a hierarquia, arrogando-se o que pertence a pessoas em posição anterior. Essa presunção tem frequentemente um caráter puramente objetivo e não subjetivo.

Por exemplo, quando um filho tenta expiar por seus pais ou carregar em lugar deles as consequências de suas culpas, incorre numa presunção. Mas a criança não se dá conta disso porque está agindo por amor. Não ouve nenhuma voz em sua consciência prevenindo-a contra isso. Daí decorre que todos os heróis trágicos são cegos. Pensam que estão fazendo algo de bom e grande, mas essa convicção não os protege da ruína. O apelo à boa intenção ou à boa consciência, quando acontece — geralmente, após o evento — não muda em nada o resultado e as consequências.

A família possui uma essência própria, a partir do momento em que uma pessoa adentra a esfera ocupada pela outra, todo sistema familiar ficará abalado, e no momento em que se busca a terapia familiar, será analisado se a ordem está sendo respeitada, para que as lacunas oriundas desse desequilíbrio sejam preenchidas.

2.1.2 Pertencimento

Na família cada membro possui o direito de pertencer, diante disso, a partir do momento em que é dada a vida a um ser, este estará vinculado a um sistema familiar. Todos os componentes são únicos e de suma importância para se manter o vínculo familiar, não importa quais sejam as diferenças e deficiências que uma

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determinada pessoa possua, ela deverá ocupar o espaço que lhe é concedido, não podendo ser excluída, todos os integrantes do grupo familiar deveram respeitar uns aos outros.

Quando o direito de pertencer de uma pessoa é negado, excluindo-a do sistema em que todos estão interligados, poderá ocorrer que outro integrante do ciclo sinta os efeitos negativos dessa exclusão, ou seja, posteriormente a pessoa será levada a tomar para si o destino do outro, pressentir os efeitos nocivos acarretados pelo afastamento daquele ser do sistema familiar e ainda os padrões comportamentais do excluído serão reproduzidos pelo outro ser. Segundo Hellinger (2016, p.408):

[...] a alma demonstra, por seu modo de reagir à negação ou ao reconhecimento desse direito, que se trata aqui de uma lei básica, intimamente reconhecida por todos. Portanto, quando qualquer membro é excluído, reprimido ou esquecido, a família e o grupo familiar reagem como se tivesse acontecido uma grande injustiça que precisa ser expiada. Isso acontece, por exemplo, quando alguém, por razões morais, é declarado indigno de pertencer à família ou é deslocado por outra pessoa que ocupa o seu lugar. Acontece igualmente quando, na família e no grupo familiar, não se quer mais saber de alguém porque seu destino amedronta, ou ainda quando alguém é simplesmente esquecido, como uma criança que tenha morrido ao nascer. A alma não suporta que alguém seja considerado maior ou menor, melhor ou pior. Somente os assassinos podem e devem ser excluídos, isto é, os demais membros da família os despedem em seus corações com amor.

Esses reflexos podem ser o meio encontrado para os demais elementos que comp em o sistema trazerem tona a presen a, daqueles que fazem parte, mas que, por algum motivo, foram esquecidos e excluídos, visando-se reestabelecer o pertencimento que foi rompido.A partir do momento em que todos estão incluídos no grupo familiar, um centro será estabelecido, criando-se um equilíbrio nas relações existentes entre as pessoas que formam a família.

2.1.3 Equilíbrio de Troca (dar e receber)

Está lei aborda a questão quanto ao equilíbrio entre o dar e o receber, em uma relação saudável os sujeitos envolvidos contribuem e recebem de volta os

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frutos que foram plantados, o equilíbrio das relações oriundas do sistema familiar será estabelecido no momento em que o dar e o receber se equivalem.

Diante disso, conforme as trocas ocorrem em um grupo familiar seus componentes devem trabalhar em prol do bem comum, ou seja, deve-se retribuir com maior intensidade aquilo que lhe foi doado. Segundo do Carmo (2015, p.35): ―Devemos nos esforçar

esforçar para retribuir em menor intensidade em vez de ignorar o que tenhamos recebido de ruim. Caso optemos por perdoar, ficamos numa posição de superioridade”.

Portanto, a partir do momento em que todos os integrantes buscam contribuir de forma plena, todos receberam em abundância o que foi produzido, fluindo ainda mais a relação estabelecida entre eles.

2.2 Como se executa a Constelação Familiar

Primeiramente, o facilitador (aquele que conduz a constelação familiar) solicita o mínimo possível de informações de seu cliente, em seguida, ele o orienta a escolher de forma aleatória os representantes (podendo estes serem pessoas, bonecos, ou até mesmo desenhos) para que possam representar as pessoas envolvidas na questão que será discutida. Segundo do Carmo (2015, p.13) a aplicação do método da constelação familiar se desenvolve da seguinte forma:

aplica o do trabalho consiste em que, n s, como clientes numa Constela o, sejamos solicitados pelo facilitador o m nimo poss vel a respeito de informa es a nosso respeito e a respeito do tema que queremos trabalhar. O facilitador pede apenas que digamos o que queremos.

Em seguida somos convidados pelo facilitador a escolher, aleatoriamente, entre pessoas de um grupo , ou figuras quando do trabalho individual , ou desenhos, algo ou algu m que possa representar a questão por n s colocada e posicioná-los no espa o seguindo nossos sentimentos ou percep o interna.

Diante disso, os representantes em seus respectivos lugares, passam a sentir as relações desse sistema, bem como notam os sentimentos das pessoas que elas representam, conforme o desenrolar da situação em que estão representado. Por meio desta atuação, o cliente assistindo ao que está sendo apresentado

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consegue vislumbrar onde ele está estagnado e a partir disso, ele buscará modificar a questão e com o auxilio do facilitador caminharam em direção a solução para o conflito que foi apresentado.

3 O DIREITO SISTEMICO

express o ―Direito Sistêmico‖ foi desenvolvida por Sami Storch, jurista brasileiro que vem se dedicando aos estudos da técnica de Constelação Familiar desde o ano de 2004. O Direito Sistêmico surgiu da análise do direito sobre as óticas das ordens regentes das relações humanas, com base na técnica psicoterapêutica de Constelação Familiar que foi desenvolvida por Bert Hellinger.

O Direito Sistêmico se propõe a buscar a real solução a um conflito existente entre um grupo de pessoas, tal solução visa atender ao interesse de todas as partes envolvidas no litigio. Pode-se dizer que um conflito surge em decorrência de uma frustação passada vivida pela parte envolvida, conforme exemplifica Storch (2010) em seu artigo denominado ― que o direito sist mico?‖:

O direito sistêmico se propõe a encontrar a verdadeira solução. Essa solução não poderá ser nunca para apenas uma das partes. Ela sempre precisará abranger todo o sistema envolvido no conflito, porque na esfera judicial – e às vezes também fora dela – basta uma pessoa querer para que duas ou mais tenham que brigar. Se uma das partes não está bem, todos os que com ela se relacionam poderão sofrer as consequências disso.

Exemplifico: Uma pessoa atormentada por motivos de origem familiar pode desenvolver uma psicose, tornar-se violenta e agredir outras pessoas. Quem tem a ver com isso? Todos. Toda a sociedade. Adianta simplesmente encarcerar esse indivíduo problemático, ou mesmo matá-lo (como defendem alguns)? Não. Se ele tiver filhos que, com as mesmas raízes familiares, apresentem os mesmos transtornos, o problema social persistirá.

A solução sistêmica, nesse caso, deve ter em vista a origem familiar do indivíduo. Não haverá real solução de outra forma.

O Direito Sistêmico, tendo como base a Constelação Familiar visa humanizar o judiciário, tendo em vista que no momento em que se busca a pacificação social a visão do Juiz que estará atuando na causa, vai além do que lhe foi apresentado, sendo assim, ele busca entender quais são as dificuldades daqueles envolvidos na ação.

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Portanto, conforme citado anteriormente, as constelações familiares são regidas por ―ordens do amor‖, o reconhecimento dessas ordens permite compreender de forma clara quais são os conflitos que assolam um sistema familiar, direcionando o julgador a adotar o posicionamento mais adequado ao caso concreto, sendo assim, tem-se como Direito Sistêmico a junção do Direito aliado a técnica de Constelações Familiares.

4 METODOS CONCENSUAIS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS:

Conforme citado anteriormente, com intuito de regulamentar instrumentos que auxiliam e pacificam o convívio social, criou-se o Direito Constituído de leis, normas, princípios e instituições que concretizam na realidade os preceitos legais. A jurisdição é o poder que o Estado possui, para aplicar o direito a determinado caso, com o fito de solucionar conflitos de interesse. O poder jurisdicional será concedido a uma autoridade cita-se como exemplo, o juiz, para que este aplique e faça cumprir leis, como forma de reprimenda para aqueles que infrinjam as normas e pratiquem crimes.

O poder judiciário brasileiro se encontra em situação de urgência, visto que, inúmeras ações são interpostas todos os dias, ocasionando o aumento da demanda processual nos órgãos jurisdicionais, o cidadão possui por direito o acesso à justiça, sendo assim, deve-se buscar solucionar os problemas de cada âmbito da melhor forma possível.

A Resolução nº 125/2010 do CNJ, dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesse, no âmbito do Poder Judiciário, esta impulsiona ainda mais a utilização de meios como a Conciliação e a Mediação, garantindo o fortalecimento do exercício da cidadania pela sociedade.

Vislumbrando garantir a preservação e a pacificação social, tem buscado diversos meios para dirimir os conflitos existentes entre os componentes desta unidade e alcançar a solução mais viável. Os meios não adversariais de resolução de conflitos são as formas de solução consensuais que garantem ao judiciário uma

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celeridade, acarretando uma redução do numero de ações interpostas. O Código de Processo Civil de 2015 traz em seu artigo 3º, a seguinte determinação:

Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.

§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.

§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

Portanto a utilização dos Meios não Adversariais de Resolução de Conflitos, sendo estes a Conciliação e Mediação, visa facilitar o acesso da sociedade à justiça e ter seus direitos garantidos, sejam eles civis ou comerciais. Tais formas tendem a evitar o longo tempo de espera na ―Justi a Comum‖, bem como estimular a resolução de litígios por vias extrajudicial, sem gerar a interposição de novas ações judiciais.

4.1 CONCILIAÇÃO

A Conciliação é o ato por meio do qual duas ou mais pessoas discordantes a respeito de determinado negócio põem fim à divergência de forma amigável. Trata-se de um método não adversarial por meio da qual um terceiro facilitador, que Trata-será o conciliador, intervém entre as partes, na busca de uma solução pacífica a um conflito.

O conciliador assumirá uma posição mais ativa, porém neutra e imparcial com relação ao litigio, auxiliando as partes para chegar à uma autocomposição. A esse respeito, Didier (2017, p. 308) nos ensina que: ―O conciliador tem uma

participação mais ativa no processo de negociação, podendo inclusive, sugerir soluções para o litígio. A técnica da conciliação é mais indicada para os casos em que não havia vínculo anterior”.

A Conciliação objetiva que as partes reconheçam os limites do conflito e alcancem uma solução conjunta. O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não há um vinculo anterior ou posterior entre as partes, ou seja, não há uma

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relação de caráter significativo continuada entre elas, que pretendem chegar a um acordo de forma imediata pondo fim a controvérsia ou ao processo judicial.

O terceiro facilitador é fundamental para o bom desempenho da Justiça, tendo em vista que, a dinâmica aplicada na conciliação permite agilidade e dinamismo processual com efetiva solução aos conflitos, contribuindo para a eficiência do Poder Judiciário.

O conciliador irá sugerir soluções ao conflito que lhe foi apresentado, garantindo que a discursão proporcione um acordo fiel e justo, sendo vedada a utilização de qualquer meio vexatório para que as partes pactuem um acordo, conforme o previsto no parágrafo 2º do artigo 165 do CPC: ―§ 2o

O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem”.Além disso,

poderá a conciliação ocorrer extrajudicialmente, ou judicialmente nos casos em que já existe o processo em vias judiciais, neste caso a conciliação será realizada por conciliadores auxiliares da justiça.

Conforme o art. 165, caput, § 1º do CPC, compete aos tribunais criarem centros judiciários de solução consensual de conflitos, onde serão realizadas audiências de conciliação e mediação, bem como programas que promovem estes instrumentos, tais centros estarão vinculados a tribunais de segundo grau na Justiça Federal e Estadual, compostos por eles mesmos respeitando as normas do Conselho Nacional de Justiça.

4.2 MEDIAÇÃO

Assim como na conciliação, a Mediação é um instrumento de abordagem consensual por meio do qual uma terceira pessoa capacitada, atua com o objetivo de estabelecer uma via de comunicação entre as partes, para que assim elas possam encontrar formas de solucionar suas divergências. Neste instrumento, o objetivo primordial não será o acordo, e sim a satisfação dos interesses e necessidades das partes envolvidas no litigio.

A mediação em regra é um meio não hierarquizado no qual duas ou mais pessoas apresentam um problema a um terceiro apto, imparcial, livremente

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escolhido ou aceito na figura de mediador, que deverá por meio de diálogo e questionamentos buscar uma solução mais viável e que atenda a todas as partes envolvidas no conflito.

Diferentemente do conciliador que propõe as partes uma solução ao conflito, o mediador conduz a partes a descobrirem uma solução por meio do diálogo, neste sentido Neves (2016, p.7) ensina “Por outro lado, diferente do conciliação, o

mediador não propõe soluções do conflito às partes, mas as conduz a descobrirem as suas causas de forma a possibilitar sua remoção e assim chegarem à solução do conflito”.

Tanto na mediação, quanto na conciliação, para ser capacitado a ocupar a posição de mediador e conciliador, é necessário que no mínimo a pessoa tenha aprovação em curso ofertado por entidades credenciadas, cujo parâmetro curricular será definido pelo CNJ juntamente ao Ministério da Justiça.

Diferentemente do conciliador, conforme o previsto no § 3º do artigo 165 do Código de Processo Civil, o mediador atuará nos casos onde houver vínculo anterior entre as partes e por meio do diálogo as instigará sobre as possibilidades, para que encontrem a melhor solução para o litígio. A Lei 13,140/2015, em seu art. 11, criou novo requisito não previsto ainda no CPC, que versa quanto a necessidade de graduação há pelo menos dois anos em curso de ensino superior reconhecido pelo Ministério da Educação, para se enquadrar na figura do mediador.

5. A APLICAÇÃO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR NAS RELAÇÕES FAMILIARES

O Novo Código de Processo Civil trouxe consigo inúmeras mudanças ao ordenamento jurídico, dentre elas a importância dada a autocomposição de conflitos executadas com o auxílio de um profissional de outra área, conforme o art. 694, da referida Lei, “N çõ f í forços serão empreendidos para a

solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento çã çã ”.

Em conformidade com este dispositivo está a aplicação do método de Constelação Familiar, que visa ampliar a consciência dos litigantes envolvidos no conflito, baseando-se em uma analise racional e dinâmica da problemática apresentada, revelando situações ocultas. No ano de 2012, o Juiz Sami Storch, da

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2ª Vara de Família de Itabuna (BA), aplicou a técnica de Constelação Familiar a alguns casos, sendo um dos primeiros magistrados a adota-la, esta experiência demonstrou que quando uma das partes envolvidas no litigio, era submetidas a esta técnica psicoterapêutica o índice de acordos chegou a 91%, já quando ambas as partes eram submetidas, houve 100% de conciliação.

Atualmente o referido método está sendo aplicada no poder judiciário em momento anterior a conciliação e a mediação, em questões que envolvem relações familiares como por exemplo o divórcio, guarda compartilhada, adoção, entre outros casos. Para cada caso uma nova formula será desenvolvida, observando os preceitos da Constelação Familiar, buscando-se a harmonização da relações familiares.

A aplicação deste método no poder judiciário tem surtido efeitos positivos. Na 1ª Vara de Família do Foro Regional da Leopoldina (TJRJ) desenvolve-se o projeto piloto ― Constela o Familiar para a utocomposi o de Conflitos Familiares‖ que foi idealizado pelo juiz André Felipe Alves da Costa Tredinnick, com o fito de apresentar a presente técnica como uma prática interdisciplinar.

A metodologia aplicada no projeto evoluiu da seguinte forma, pelo período de seis meses, foram convidadas pessoas envolvidas em processos sobre alimentos, regulamentação de visitas, divórcio e guarda que após participarem das oficinas de constelação, elas prosseguiam para as audiências de mediação e conciliação, sendo respeitado um espaço de tempo de trinta dias entre cada etapa, vislumbrando-se que as partes envolvidas no litigio pudessem refletir sobre as questões a serem resolvidas.

Primeiramente realizou-se um questionário, que foi respondido por participantes de cada oficina, apresentando suas opiniões sobre a prática da constelação familiar e após analises, verificou-se que os resultados iniciais apontam que 78% das pessoas envolvidas no litigio se sentiram satisfeitas em participar da Constelação e 84% dentre estas pessoas recomendariam o referido método para amigos.

Posteriormente ocorreu uma pesquisa durante as audiências de conciliação e mediação, sendo que o índice de acordos obtidos através dos grupos submetidos a constelação foi obtido por meio de analise de documentos, como os processos, certidões de citação/intimação para conferir a ciência das partes sobre a ação, com

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informes de mediação e conciliação, sentenças, entre outros que necessários para se desenvolver a analise e obter os resultados. Conforme o gráfico a seguir extraído do artigo escrito por Fabiana Lanke, Juliana Lopes e Fabíola Galvão, documentando os resultados obtidos por meio do projeto desenvolvido pelo Juiz André Felipe Alves da Costa Tredinnick :

Gráfico com índice de acordos das audiências realizadas

Fonte: Práxis Ação Sistêmica

Os resultados iniciais demonstram que um índice de 86% dos litígios que passaram pelo processo de Constelação Familiar em momento anterior a mediação e conciliação, auferiram acordos demonstrando preliminarmente a eficácia da aplicação deste método no âmbito do poder judiciário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Direito Sistêmico visa promover uma analise sistemática ao conflito que foi apresentado, o Juiz na posição de julgador irá estudar cada caso de forma mais humanizada e profunda, indo além dos conflitos que lhe são apresentados. Este mecanismo surgiu da analise do direito sobre a ótica das ordens superiores que regem as relações interpessoais, por meio da técnica psicoterapêutica de Constelação Familiar.

Perante a situação atual em que se encontram os órgãos jurisdicionais e com o advento do novo Código de Processo Civil, a busca de solução de conflitos por meio de métodos consensuais tem se tornado mais comum, o Poder Judiciário juntamente com a sociedade tem caminhado ao encontro destas técnicas de ação social participativa, que facilitam o acesso a Justiça. A Conciliação e a Mediação possuem um papel de suma importância, pois conforme explicitou-se, por meio

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destes institutos as partes envolvidas no litigio irão buscar com o auxilio de um terceiro facilitador, uma solução mais satisfatória e eficaz.

No momento da discussão de uma lide, o juiz deve buscar uma solução viável, que atenda aos interesses de todos os indivíduos envolvidos no contexto discutido, deverá ele entender e atender todos os polos existentes, não podendo este deixar de ser imparcial.

O Poder Judiciário tem buscado diversos meios para dirimir os conflitos, conforme demonstrado no decorrer do presente estudo, o emprego da técnica de Constelação Familiar aliada ao Direito, mais precisamente aplicada no âmbito Familiar, só tem a acrescentar ao poder judiciário no momento em que busca-se solucionar os conflitos.

Os dados apresentados oriundos de pesquisas realizadas em outros Estados brasileiros, demonstram que a aplicação da Constelação Familiar no âmbito judiciário tem surtido efeitos extremamente relevantes e eficazes, as partes envolvidas nas ações após participarem das seções de constelação, ficam mais dispostas a chegar a um acordo, esta abordagem além de humanizar a Justiça, proporciona a busca de uma solução benéfica aos envolvidos.

Por fim, conclui-se que apesar da técnica psicoterapêutica de Constelação Familiar ser algo novo no âmbito jurisdicional, tal instrumento é de grande relevância que vem crescendo a cada dia mais, por ser um instituto que proporciona um suporte eficaz em beneficio tanto aos operadores do direito, bem como para a sociedade.

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