• Nenhum resultado encontrado

Os Sonhos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Os Sonhos"

Copied!
58
0
0

Texto

(1)

OS SONHOS

(2)

2

Sobre o Autor - JOSÉ LAERCIO DO EGITO

Dr. José Laércio do Egito é médico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco em 1.959, com formação em clínica geral e cirurgia, tendo posteriormente buscado outras formas de tratamento como Acupuntura e Homeopatia. Passou a transmitir seus conhecimentos nesta especialidade, sendo responsável pela divulgação e formação de muitos especialistas no Nordeste do Brasil. Praticamente quase todos os homeopatas atuais de Sergipe ao Amazonas Manaus foram seus discípulos.

Publicou 4 livros de Homeopatia, sendo o Primeiro deles – “Contribuição para o Estudo da Teoria Miasmática” já na quarta edição no Brasil e com tradução na França, Alemanha e Inglaterra. Sua formação em Homeopatia feita na França e Argentina. Fundador da Sociedade de Homeopatia de Pernambuco, bem como o curso de especialização em Homeopatia em Pernambuco. Ministrou grande número de aulas em Manaus, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo. Homenageado em vários congressos, havendo sido Presidente de Honra do XVII Congresso Brasileiro de Homeopatia realizado em Natal, e do próximo a que ser realizado em Recife em 2.010.

Dr. Laércio desde a infância se sentiu atraído estudo do misticismo, sem, entretanto, nunca misturar conhecimentos científicos oficiais com as suas convicções filosóficas em torno do sentido da vida em todos os seus aspectos.

Tem cerca de 50 livros escritos sobre misticismo e religiões comparadas, oito deles já foram publicados. São obras no campo místico, área dos questionamentos que o envolveram a parir dos três anos de idade.

Nasceu no município de São Vicente Ferrer, interior de Pernambuco, em um sítio, entrando assim precocemente em contato com a Natureza, que por certo aguçou sua curiosidade sobre o sentido da vida, sobre o ser vivo e sua relação com a Energia Universal.

Visitou vários países a estudo e como participante de congressos e ministrante de palestras.

Durante sua vida pertenceu a mais de 60 doutrinas, entre as quais Maçonaria (Brasil e França), Rosacrucianismo, Pitagorismo, Cabala, Hermetismo, Celtismo, Xamanismo e Nagualismo. Estudou por 3 anos vivencias de grupo céltico autêntico da Bretanha. Atualmente continua ativo em três Ordens Iniciáticas e em uma Religião.

O Dr. Laércio considera muito importante em sua vida aquilo que um Mestre o ensinou, e também uma curta, mas forte experiência mística vivida com nativos HOPI no Arizona, cujo Xamã o orientou em curto tempo, porém suficiente ao desenvolvimento de muitos conhecimentos que, somados ao que aprendeu em múltiplas doutrinas, vem transmitindo em seus livros, palestras, cursos, publicações e conferências e em um dos seus sites (Acesso www.joselaerciodoegito.com.br).

Uma característica que é peculiar ao Laércio é que jamais comercializou seus ensinamentos. Atualmente, em vez de publicar livros prefere disponibilizá-los gratuitamente na Internet (disponibilizado na área de Downloads).

Atualmente reside na cidade de Gravatá - Pernambuco - onde continua dirigindo grupos de estudos filosóficos especialmente direcionados ao estudo de Religiões Comparadas.

(3)

3

Sumário

SONHOS ... 4

SONHO - FANTASIA OU REALIDADE? ... 7

INTRODUÇÃO À NATUREZA DOS SONHOS ... 10

SONHOS PERCEPTIVOS ... 14

SONHOS BÍBLICOS ... 17

SONHOS PROJETIVOS ... 21

TIPOS DE SONHOS PROJETIVOS ... 26

SONHOS LÚCIDOS ... 29

HIPÓTESES SOBRE O SONHAR ... 32

INTERPRETAÇÃO DE SONHOS ... 34

VISÃO HERMÉTICA DO SONHAR ... 37

ENERGIA E SONHOS ... 40

O PONTO FOCAL DA MENTE E OS SONHOS ... 43

O PONTO DE PERCEPÇÃO E O SONHAR ... 46

SONHO UM PORTAL PARA OUTROS MUNDOS ... 48

O SONHO E A CREAÇÃO DE MUNDOS ... 51

(4)

4

SONHOS

“LEMBRE-SE: VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS”.

ROBERTO SHINYGHASHI

2 0 0 6 - 3 3 5 9

A não ser que a pessoa domine a Arte do Sonhar, não tem como saber se um sonho é a

realidade do dia a dia ou não; somente quando ela volta ao estado de vigília é que pode fazer a identificação. Contudo, não tem muito significado se uma vivência se trata de um sonho ou não, pois, na verdade, todos os sonhos são vivências. Dizer que um sonho é ilusão não tem sentido, desde que este mundo que consideram real também é uma ilusão. Portanto, podemos indagar: que diferença faz? Na Verdade o nosso mundo habitual existe apenas como uma posição específica no - Consciência – “É”, a partir de onde a Mente saca as informações mediante e “monta” uma imagem perceptiva. O mesmo acontece com referência ao sonho, o que faz a diferença é o grau de fixação de cada um.

P

ara entender melhor vamos usar uma metáfora. Considere um arquivo de programa de um computador. No ponto de registro não existe texto explicito algum assim como desenhos, planilhas, música etc.. Isso se considere como o “É” do computador. Embora não exista de forma explicita mesmo assim há um ponto no qual os registros estão presentes e donde podem ser acessados através de um toque do “mouse”. Este faz o papel de Mente, e o registro no HD o de Consciência.

P

ara que se possa entender o mecanismo dos sonhos é preciso que antes seja entendido o papel da percepção, pois tanto o que se vivencia no estado de vigília, quanto em um sonho, em base, tratam-se de uma mesma coisa, a diferença, talvez, esteja no fator tempo de percepção. Como a pessoa passa muitas horas em vigília e poucas dormindo, e menos ainda sonhando, então as vivências do estado de vigília são aceitas como realidade enquanto aquelas oriundas deste estado não são levadas em consideração, mas se ocorresse o inverso, então, o sonho seria a realidade e este estado que chamamos de realidade seria um sonho.

O

mundo de uma pessoa existe onde se focalizam as suas percepções; quando desperto o mundo é o que ela vê, sente, detecta, e no sonho o plano de percepção é diferente, mas não o processo. Na verdade para o sonhador as imagens oníricas compõem um mundo tão real quanto aquele que chamam de mundo habitual – mundo da pessoa desperta. Não se tratam de dois mundos, ou de um mundo real e outro ilusório; ambos são de uma mesma natureza – imagens holográficas.

V

amos iniciar com um exemplo que muitas vezes temos usado para ilustrar o papel da mente e dá consciência. Consideramos como analogia a Mente se fosse um disco fonográfico no qual todas as expressões de existência estivessem gravadas nele. Por outro lado, a agulha (ou feixe de laser) como sendo a mente. Assim como a agulha capta uma pequena fração do disco, o mesmo acontece com a mente, ela (agulha) capta da Consciência, ou seja, uma fração mínima de tudo o que ali está registrado. Essa fração se constitui a percepção e o que é “extraído” tudo o que constitui o mundo do ser. Assim podemos dizer que existem miríades de mundos, talvez em número infinito. Qualquer um pode ser acessado dependendo do ponto em que a mente aborda a Consciência. Tal como a música do disco, a que está sendo num determinado momento sendo tocada corresponde ao

(5)

5 ponto em que a agulha está tocando o disco. Mudando-se a posição da agulha outra musica passa a ser tocada. Na verdade ela não existe, mas é gerada a partir de informações contidas no disco. O mesmo acontece com referência à Mente e à Consciência. O ponto em que a mente aborda a Consciência dá origem a percepções que constituem o mundo. Este mundo que consideramos único não é mais que o resultado de uma captação feita pela mente a partir da consciência. Se ele for deslocado, o mínimo que seja, haverá consequentemente mudanças da percepção, e ocorrerá como conseqüência outra realidade passa a existir para a pessoa.

A

existência é a Consciência, fora dela Nada existe, portanto qualquer que seja o evento ele tem origem nela. É algo que é captado na consciência pela Mente, podemos dizer que a nossa realidade resulta da percepção obtida pela Mente a partir da Consciência. Deslocar esse ponto de focalização equivale a modificar. 1

P

equenas oscilações da agulha deforma a música, porém se forem grandes pode surgir uma das outras musicas que estejam gravadas. Pequenos deslocamentos ocasionam pequenas modificações não suficientes para ser tocada outra música. O mesmo acontece com a percepção, se o ponto detectado apenas comportar discreta alteração de posicionamento, então o mundo é o mesmo, apenas apresentando certas nuanças diferenciativas. Isso é o que acontece quando a pessoa passa por muitas situações tais como, sustos, medos, ingestão de drogas, hipotermia, febre, etc. Nessas situações ocorre modificação do ponto de sintonia e o resultado são distintas alterações de percepções que geram ilusões, alucinações, distorções da realidade habitual.

O

sonho tem tudo a ver com o deslocamento do ponto de focalização da Mente na Consciência. Na Consciência tudo está “registrado”, todas as possibilidades estão presentes independentemente de espaço e de tempo. O momento e o local atual para nós nada mais é do que um ponto focal captado pela mente no campo da Consciência. Por menor que seja um deslocamento desse ponto de percepção por certo a realidade será outra. Quando o deslocamento é mínimo as mudanças são igualmente mínimas, quando grande as mudanças podem ser inconcebíveis.

N

o estado de vigília a área de percepção é muito fixa, só permitindo o fluir natural, aquilo que chamamos de passagem do tempo. Essa relativa fixidez é que permite o sentimento de aqui e agora, ou seja, do mundo tal como percebemos e pelo que nós consideramos real e mesmo único. Durante o sonho a fixidez do ponto atenua-se o que permite a ocorrência de deslocamentos e consequentemente de vivências. Desde que o ponto de sintonia saia de sua posição habitual ocorre a sintonia de outro ponto e a percepção do que ali estiver registrado. Isto é o que acontece no sonho comum, há um deslocamento não muito grande que permite distorções do padrão vivencial da pessoa, mas não ao ponto de representar um mundo totalmente distinto. Em síntese, podemos dizer que pequenas oscilações do ponto de abordagem da mente geram estados perceptivos distintos, entre eles o estado de sonho. Não se pode dizer que uma agulha que é deslocada no disco o que é reproduzido é aquilo que reproduz seja diferente daquilo que estava tocando antes, o novo trecho musical é tao real quanto aquele. O sonho é um deslocamento do ponto de percepção não muito distante do ponto original, mas ambas as percepções são similares, pelo que não se pode dizer o que é percebido no ponto A seja outra coisa, ou uma ilusão no tocante àquilo que é percebido num ponto B. Por tudo isso se pode afirmar que sonhar é perceber pontos distintos do “É”, ou seja, um afloramento de outros pontos de registro.

N

ão se pode dizer que aquilo que é produzido pela agulha ao se deslocar pela superfície do disco seja uma emissão de natureza diferente daquela que estava sendo emitida antes, o novo trecho musical é tao real quanto o anterior. O sonho é um deslocamento do ponto de percepção para não muito distante do ponto original, mas ambas as percepções são similares, pelo que não se pode dizer que aquilo que e percebido no ponto A seja outra coisa de uma natureza diferente, ou uma fantasia

1

O Nagualismo (Carlos Castaneda) chama o ponto de percepção pelo nome de Ponto de Aglutinação, e corresponde ao que o Hermetismo chama de Ponto de Percepção ( Ponto em que a Mente aborda a Consciência).

(6)

6 no tocante àquilo que é percebido num ponto B. Por tudo isso se pode afirmar que sonhar é perceber em outro ponto, a abordagem de outro ponto da Consciência, mas não se trata de uma fantasia diferente dessa que consideramos nossa realidade.

É importante saber que esse mundo, mesmo constituído de miríades de coisas consideradas

concretas, não é mais do que uma percepção da mente, e que não há limite para a amplitude do deslocamento, tudo é uma questão de disponibilidade de energia. Um deslocamento pode acorrer para outras realidades, outros mundos e serem percebidos como realidades concretas. Eles existem, não fisicamente, mas potencialmente. Coisa alguma existe fisicamente, essa condição é mais uma daquela peças que a mente impõe. Por isso o Hermetismo diz que este Universo é Mental. Ele é gerado pela percepção mental a partir de uma matriz – Consciência – mas nada implica que inúmeros outros possam vir a existir objetivamente – condição mental. Eles não existem concretizados, mas como infinitas possibilidades quânticas. Á primeira vista pode parecer entender isso, mas é fácil se for tomado uma analogia. Existem os programas de redação em computadores, como, por exemplo o Word da Microsoft. Nenhum escrito está explicito nele, mas mesmo assim ele pode dar origem a um numero inconcebível de textos distintos. Quantos textos podem ser gerados por um único programa? – É impossível se ter uma respostas porque tende a infinito o numero de textos que podem ser gerados. Nesse exemplo a Consciência pode ser comparada com um programa gerador de textos para o qual não existem limites.

H

á muitas condições que podem gerar sonhos, mas sempre o processo é o mesmo, um deslocamento do ponto de percepção. Assim, um sonho pode ser referente ao passado, ou ao futuro. Uma faixa já tocada é acessada pela agulha, ou outra que ainda não o foi. Nisso reside a natureza dos chamados sonhos premonitórios. Na consciência tudo quanto existe está registrado, tudo pode ser repetido, ou previsto conforme o acesso que for feito.

O

que temos dito nesta palestra diz respeito a pequenos deslocamentos, mas isso não que dizer que deslocamentos muito pronunciados não possam ocorrer. Nesse caso o sonho pode ser muito mais concreto, muito mais pronunciado e envolver valores incomuns. Ele pode se referir à existências totalmente fora da faixa habitual. ( Na analogia feita: A música pode ser outra totalmente diferente da original). O que importa no processo é o deslocamento da percepção. Este mundo, mesmo constituído de miríades de coisas consideradas concretas não é mais do que uma percepção da mente, resultante daquilo que existe como informação no ponto focalizado. Outros mundos muito concretos existem. Não existem fisicamente, mas potencialmente, como algo que lembra um registro no HD de um computador.

D

a forma que mente gera este mundo, por ser o universo uma artifício da Mente (O Universo é Mental) ela pode gerar incontável número de outros ( Na verdade ela não gera e sim apenas percebe).

O

verdadeiro iniciado sabe como viajar nesses planos, ou seja, como viajar e vivenciar estando de vigília e também em estados chamados sonhos. Quando o processo é efetivado, o mais importante é que a pessoa pode se da conta de que está vivenciando, vivendo outras realidades, o que não acontece num sonho comum, aquele do dia-a-dia. Neste caso ele só tem ciência quando volta ao estado comum de vigília, mas, com certa prática a pessoa pode saber que está sonhando e até mesmo assumir o comando das situações como acontece no estado de vigília (No estado de atenção chamado por Dom Juan de Segunda Atenção.

(7)

7

SONHO - FANTASIA OU REALIDADE?

“ ONDE VIVES? PERGUNTA O POSSÍVEL

AO IMPOSSÍVEL. E ESSE RESPONDE: NOS SONHOS ...”

RABINDRANATH TAGORE

1 9 9 5

TEMA 0.358

Q

uando a pessoa adormece, dizem algumas doutrinas, há um desligamento parcial do espírito com o corpo. Assim sendo, o espírito como que viaja para lugares distantes. Na realidade ele não viaja, o que ocorre é uma projeção mental para além do lugar e tempo onde está o corpo físico.

O

ponto focal da consciência pode se manifestar em qualquer nível Cósmico. Via de regra ele se manifesta onde está o corpo físico, mas isso numa pessoa encarnada. Já dissemos na série de palestras sobre os corpos intermediários que a consciência se manifesta no derradeiro dos corpos intermediários. Numa pessoa encarnada ele se manifesta evidentemente ao nível do corpo físico dando até mesmo a impressão de que ela se situa no cérebro. Numa pessoa em que haja anulação do corpo físico ( por desencarne, anestesia, traumatismos com perda das percepções ) ela pode se manifestar num outro nível, num outro corpo astral.

M

as, não é somente nas condições citadas que a pessoa toma ciência dos afloramentos da consciência em outros níveis. Muitas vezes uma projeção desse tipo ocorre espontaneamente.

T

ornar-se ciente num ponto afastado é necessário que a pessoa altere a sua vibração. Existem alguns métodos que possibilitam isso e que são ensinadas por algumas doutrinas.

C

arlos Castañeda menciona com freqüência os ensinamentos de Dom Juan referentes às condições que o “feiticeiro” atinge estados modificados de percepção através de deslocamentos daquilo que ele chama de Ponto de Aglutinação. Diz que é pelo deslocamento daquele ponto que os diversos níveis de consciência se manifestam. Isto é verdade e veremos alguns detalhes que julgamos importantes no desenvolvimento espiritual.

P

rimeiramente queremos lembrar que em nível orgânico, em nível corporal, existe no cérebro um ponto correspondente á qualquer função. Tudo tem o seu lugar representativo no cérebro. Se, por exemplo, for estimulado o ponto da visão a pessoa terá sensação de luz, de cor e assim por diante. Também a acupuntura e reflexologia afirmam que no nariz, nas orelhas e nas plantas dos pés estão representados todos os pontos do corpo e que se um daqueles pontos for estimulado haverá uma resposta correspondente à função inerente a ele. Algo semelhante acontece com relação ao corpo bioplasmático, há um ponto energético representativo de cada nível de consciência. Assim sendo, atuando-se sobre o ponto energético (ponto de convergência) obtém-se um determinado estado de consciência. Portanto, deslocando-se o ponto energético (ponto de aglutinação citado por Carlos Castañeda ) o nível de consciência aflora num outro nível.2

A

ssim como é em cima é embaixo”, portanto todas as coisas que existem num nível

existem em a sua representação nos demais níveis. Como na Consciência está registrado tudo quanto há, então por uma abordagem mental é possível efetivar qualquer percepção, que dia

2 Temos evidenciado que a compreensão sobre o ponto de aglutinação citado seguidamente por Carlos Castañeda tem sido de difícil compreensão

para muitos leitores daquele autor. Na realidade o ponto de aglutinação é um ponto de confluência, situado no corpo energético, dos distintos níveis de energia psíquica inerente aos estados de consciência da pessoa.

(8)

8 respeito até mesmo a um mundo. Coisa alguma fica fora da Consciência, ela é o tudo, um infinito e como tal coisa alguma pode ficar de fora. Em resumo, na Consciência pontos representativos de todo o universo em todos os planos, vivenciá-los é apenas uma questão de sintonia mental.

E

stimulando-se ( o que eqüivale a fazer mudar de lugar ) o ponto energético correspondente aos níveis de consciência é possível se projetar a consciência para N níveis. Na realidade o que varia são os métodos de como agir sobre ponto energético segundo o que se pretende obter.

E

xperiências fisiológicas mostram que estímulo exercido sobre pontos cerebrais obtém-se inúmeras respostas psíquicas e sensoriais. Por exemplo, se um determinado ponto do cérebro for estimulado mecanicamente a pessoa pode ter sensação tão real que é incapaz de perceber ser aquilo algo não real provocado por um estímulo mecânico. Por esse tipo de experiência é possível a pessoa sentir odores, perceber formas, cores, sensações auditivas e mesmo estados se cólera e de tranqüilidade, sensações eróticas, etc.

S

e, por exemplo, for estimulado um ponto correspondente a um odor a pessoa sentirá aquele odor de forma não fácil de concluir ser ele provocado por algo real ou simplesmente ser resultante de um estímulo mecânico cerebral. Agora vale outro ensinamento. Se aquele ponto em vez de ser levemente estimulado o for com intensidade está sujeito a ocorrer um dano com resultado definitivo, algo que passa a agir de forma perene e assim a pessoa jamais deixaria de sentir aquele odor. Isto é valido para qualquer outro tipo de sensação.

O

que descrevemos sucintamente sobre estímulos presta-se bem para o entendimento do que ocorre com referência ao ponto energético. Ao ser estimulado o ponto de convergência (= ponto de aglutinação) a pessoa vivencia outra realidade, quer em espaço, quer em tempo. Na realidade não é um deslocamento do ponto energético. Uma pessoa que tenha a capacidade de perceber o corpo energético vê aquele ponto de confluência nas diferentes situações. Vê que ele como que muda de posição dentro do campo energético. Na realidade ele não muda de lugar, na realidade podemos dizer que isso é só aparente, há deslocamento real do ponto de convergência energética e sim níveis de vibrações que dão uma sensação, pois o que se percebe realmente é a alteração vibratória. Um nível vibratório corresponde a um estado de consciência, uma vibração diferente corresponde a outra realidade e assim sucessivamente. No nível em que o ponto energético estiver vibrando ali está a consciência da pessoa.

N

ão é raro ter-se percepções de outros níveis de consciência e de registros de memória. Isto em dado momento aflora parcialmente durante o sono e no estado de virgília é assinalado como um sonho..

A

contece que os sonhos não são claros exatamente porque as percepções ocorridas durante o sono são conscientizadas fragmentariamente, afloram segmentos de percepções de situações diferentes misturados, e mais porque os elementos constitutivos da mente (associação, imaginação, etc.) entram em ação e assim mascaram a percepção obtida no sonho. Esta é uma das razões pelas quais os sonhos são alheios aos princípios que regem o pensamento lógico. Via de regra eles violentam a lógica, a começar pela relação espaço tempo. Estas duas condições têm conotação totalmente diversa daquelas que ocorrem no estado de vigília. O que uma pessoa considera ilógico existe se fosse uma nada não se apresentaria como algo, assim podemos dizer que o ilógico também faz parte do registro geral – Consciência – e por isso pode ser acessado. Uma conseqüência disso é que aquilo que é lógico ou ilógico não são mais do que pontos de registros na consciência. Resulta que a lógica é algo próprio de cada posicionamento.

M

as, não são apenas “viagens” que participam na elaboração dos sonhos. Quando uma pessoa adormece, ela praticamente está no mundo astral e todas as condições que já estudamos a respeito do astral se tornam presentes. Aquelas situações são rememoradas quando a pessoa volta ao estado de virgília e então tem a sensação de haver tido um sonho. Assim uma pessoa através do estado de sono pode ter acesso a diferentes níveis astrais que ela se dá conta como se fosse sonho.

(9)

9

N

um estado de sonho a pessoa pode ter acesso a níveis com escala espaço / tempo totalmente diversa e assim em certas condições pode ter acesso aos registros do tempo e colher eventos ainda por acontecerem no mundo objetivo. Neste caso são os sonhos premonitórios.

P

or meio dos sonhos premonitórios é que muitas profecias são feitas. O futuro já está registrado no tempo, ou como preferem chamar os orientais, nos registros akásicos, ou o Hermetismo registro da Consciência. Aqueles registros podem ser consultados e assim sendo uma consulta aos registros do tempo – consciência – pode aflorar parcialmente constituindo exatamente um sonho.

N

o estado de sonho a mente de uma pessoa adormecida comporta-se num nível abaixo daquele que ocorre no estado de virgília, muito embora as experiências que ocorrem num sonho sejam muito mais elásticas desde que no estado de virgília há um enorme condicionamento físico da mente exercendo uma filtragem, enquanto que no estado onírico a barreia imposta pelo corpo físico é muito menor, por isso a clareza de consciência é menor do que no estado de vigília.

C

oncluímos afirmando que sonho não é uma quimera, e sim uma realidade tal qual aquilo que se vivencia em estado de vigília. O estado onírico se for considerado uma ilusão, o mesmo acontece com o estado de vigília, afinal o Universo é Mental.

(10)

10

INTRODUÇÃO À NATUREZA DOS SONHOS

“ NEM SEMPRE ESTÁ DORMINDO

QUEM TEM OS OLHOS FECHADOS”.

1 9 9 5

T E M A 0.3 5 6

E

m todas as épocas o sonhar exerceu grande influência sobre as pessoas. Para uns, é algo sem significação, para outros é algo tão importante que muitos sonhos foram tidos como mensagens dos deuses.

N

a Bíblia há muitas citações a respeito de sonhos, muitos profetas receberam mensagens das divindades através deles. Há muitas referências aos anúncios feitos em sonhos pelos anjos anunciadores, assim aconteceu com o nascimento de Salomão e de Jesus.

T

eriam os sonhos importância real? - Certamente, pois na Bíblia está escrito: Quando os

tempos forem chegados, as crianças terão visões e os velhos terão sonhos.

A

fisiologia até o momento não pode explicar o que na realidade são os sonhos, apenas ela consegue detectar quando uma pessoa está sonhando e alguns mecanismos cerebrais inerentes ao processo, mas de forma alguma o que ele é em essência, contudo através da metafísica no campo do Unismo isso se torna de fácil compreensão.

S

endo algo muito enigmático, é muito elevado o número de tentativas de explicá-los, chegando mesmo a existir uma mística inerente aos sonhos. A arte divinatória tem nos sonhos um dos seus principais suportes operacionais.

S

empre houve os que tentaram interpretar os sonhos. Na Grécia antiga as pitonisas previam o futuro e adivinhavam os acontecimentos pelos sonhos, tal como faziam também os antigos sacerdotes da Pérsia.

P

ara os Cristãos e Judeus e o mais conhecido de todos os sonhos é aquele que José, filho de Jacó interpretou para um Faraó do Egito. Aquele sonho do Faraó constitui um dos tipos básicos e classificados como Sonho Profético.

N

a psicanálise o sonho tem um papel muito importante haja vista o que disse Freud: “O

sonho é na vida real o que conduz ao conhecimento do inconsciente”.

O

s sonhos sempre foram envoltos por uma auréola de mistério, exatamente, não apenas porque representam um estado de consciência totalmente discrepante do estado de virgília, pois que, via de regra, são alheios aos princípios que regem o pensamento lógico. São condições que ocorrem como que fora do espaço-tempo comum. Na realidade é assim, somente a mente objetiva tem essa conotação de tempo, que vivenciamos no dia-a-dia, mas podemos afirmar que em outros níveis de consciência se tem uma sensação temporal característica.

C

onforme o plano de consciência em que se esteja a sensação de fluir do tempo vai desde o patamar típico do dia a dia comum até um patamar em que se torna zero ao nível do NADA. Por isso é que durante o sono a pessoa perde a noção de tempo físico, a noção de cronologia.

(11)

Sonham-11 se alguns segundos e tem-se a impressão de uma vivência correspondente a horas ou mesmo dias e meses do estado de vigília. Por outro lado, também cada ponto do “disco da consciência tem escala temporal própria. Isto é o tampo linear é função do ponto de aglutinação – ponto de detecção da Mente sobre a Consciência.

D

iz a medicina que o sonho é indispensável à saúde mental. Se privar uma pessoa do sonho por certo a sua mente entra em falência.

P

oucos sabem que existem distintos tipos de sonhos como veremos: • SONHOS DE TENSÕES

• SONHOS PROFÉTICOS

• SONHOS POR PERCEPÇÕES DO ESPÍRITO • SONHOS POR PROJEÇÕES ASTRAIS.

• SONHOS POR VIVÊNCIA DE OUTRAS REALIDADES (MUNDOS).

N

esta palestra veremos dois dos cinco principais tipos de sonhos. SONHOS DE TENSÕES:

A

psicanálise admite que seja através dos sonhos que ocorre um extravasamento das tensões internas. Freud disse que no sonho a mente fica liberta da auto-sensura, e assim se dá vazão aos impulsos sem as contenções impostas pelo formalismo da vida.

A

s preocupações geram tensões que fazem com que a mente cerebral torne-se muito ativa durante o sono. Assim, parte daquela atividade psíquica que ocorre durante o sono aflora em parte ao nível da consciência de virgília sob a forma de sonho. Via de regra, este tipo de sonho é algo confuso, incompleto e incoerente. Isso ocorre porque apenas parte daquela atividade é rememorada, além do mais como ele é formado a partir de fragmentos de várias situações diferentes estruturando um contexto muitas vezes sem segmento lógico algum. Portanto, o principal motivo do aspecto confuso apresentado pelos sonhos resulta da ação de filtro exercido pela auto-sensura que apenas deixa aflorar no estado de virgília apenas parte daquela atividade.

Somente aquilo que não envolve um grande conflito para a consciência moral é que aflora, o mais fica totalmente bloqueado a nível de subconsciente. O filtro da censura, mesmo com a pessoa fora do estado de virgulais, somente deixa passar fragmentos esparsos do contexto, por isso é que os sonhos geralmente são confusos.

I

ndubitavelmente um dos tipos de sonho é este: sonho de extravasamento da tensões. Ele nada mais é do que um afloramento de condições que no estado de vigia é contido pela censura pessoal.

A

dificuldade de muitos analistas é o não admitir que existam outras razoes, outros processos que se manifestam como sonho. É o querer que tudo seja tão somente um extravasamento do conteúdo inconsciente da pessoa. Nisso praticamente é que se baseiam algumas linhas de psicanálise. A psicanálise estabelece como norma de tratamento a utilização dos sonhos no sentido de tornar a pessoa consciente daquilo que está reprimido dentro dela. Dormindo a auto-sensura rompe-se em parte deixando aflorar o problema como sonho aquilo que estava reprimido em níveis profundos da mente cerebral e que era a causa de algum distúrbio somático ou de conduta.

P

or isso para Freud o sonho seria uma tentativa da mente de realizar um desejo que no estado de vigília, ou está contido por uma série de fatores, especialmente pela censura. De forma alguma negamos isso, apenas queremos salientar que tal representa apenas um dos tipos possíveis de sonho.

(12)

12

N

este grupo situa-se grande parte dos sonhos eróticos. Para a psicanálise o sonho erótico nada mais representa do que o afloramento das repressões exercidas sob a sexualidade. As religiões sempre exerceram grande repressão à sexualidade por várias razões. Algumas delas estudamos na palestra A MÍSTICA MATRIMONIAL. Assim se estabelece a censura moral para impedir que a pessoa utilize-se da sexualidade de forma indiscriminada. Parece ser isso uma imposição prejudicial desde que ela pode ser fonte de distúrbios. Mas Queremos dizer que mais sério é a liberdade sem limites como veremos depois. Mas, por outro lado a sexualidade pode servir de mecanismo para sonhos projetivos.

S

e a liberdade sexual por um lado diminuiria as tensões, por outro lado ela ocasiona seríssimos problemas para a pessoa, não apenas a nível social como especialmente a nível energético.

N

a temática referente às repressões de natureza sexual deve ser considerado tudo aquilo que já ensinamos sobre a Energia Sutil.

M

as queremos dizer que nem sempre um sonho erótico representa um afloramento de uma repressão sexual, pois existe outro mecanismo que estudaremos numa palestra futura desta série e que é algo bem diferente e que está sujeito, a ser perigoso.

SONHOS PROFÉTICOS:

N

a Mente Cósmica – Consciência – tudo quanto há ou que possa vir a ser já existe e aquilo que chamamos mente individual nada mais é do que uma parcela daquela. Assim sendo na consciência já está o presente, o passado e o futuro. Por tal razão é possível em determinadas situações a pessoa ter acesso a um nível que ela pode ter ciência até mesmo daquilo que ainda não se manifestou cronologicamente no seu mundo. Esse tipo de acesso à mente atemporal é possível mesmo no estado de virgília, porém é mais comum durante o sono quando há o silencio do diálogo interno, quando há contenção do pensamento.

O

pensamento é como um caçador ” disse o M. G. que está a todo tempo se movendo de um lugar para ouro, permanentemente espreitando. No estado de virgília a pessoa permanentemente está com a mente em grande atividade sob a forma de pensamentos. À cada segundo o pensamento muda de um lugar para outro, de uma coisa para outra, de uma circunstancia para outra. A pessoa tem um tagarelar interno permanente e isso constitui a primeira grande dificuldade ao acesso a níveis mais elevados de consciência. Durante o sono o diálogo interno é atenuado acentuadamente e assim torna-se mais fácil a pessoa ter acesso aos planos mais altos da sua natureza cósmica.

A

bordando a Centelha Cósmica inerente à cada pessoa é possível se ter acesso ao futuro e isso pode aflorar como um sonho. Aquilo que consideram realidade habitual é apenas um dos incontáveis posicionamentos – registros – de afloramento daquilo que existe na Consciência. Na realidade quando tal acontece trata-se de uma visão além do tempo cronológico. Tudo já existe na consciência, por isso é bastante uma consulta aos registros da consciência para que ocorra é provável a antevisão do futuro. A abordagem de distintos pontos da Consciência é mais fácil de ocorrer em estado onírico do que no de vigília.

Q

uando a pessoa tem acesso aos registros do tempo, que é parte de sua própria natureza, durante o sono ela ao acordar, ao voltar ao estado de virgília tem uma sensação exata de haver tido um simples sonho.

A

mente tem um escudo protetor natural que protege a pessoa contra grandes perigos inerentes aos sonhos como estudaremos em outra palestra. Esse perigo diz respeito à identificação que pode ocorrer não apenas no estado de virgília como também no sonho. No estado de virgília a pessoa vive sem consciência de si, vive quase todo tempo identificado com as tensões, com aquilo que lhe chega pelos canais dos sentidos. Praticamente só em poucos momentos a pessoa está consciente de si. Durante o sonho ocorre exatamente o contrário, a pessoa mesmo que normalmente não esteja consciente de si mesmo assim ela assiste a coisa como um espectador.

(13)

13

D

urante séculos o homem se recusou a aceitar o sonho como coisa de sua autoria. Ao sonhar a pessoa tem a impressão dele ser apenas um espectador de seu próprio sonho, e só rara e vagamente ela percebe como se fosse uma produção pessoal, algo à semelhança de um filme em que ele é um espectador. Mesmo que ele seja um dos personagens naquele episódio do sonho mesmo assim ele sente-se como se fosse um mero espectador.

E

m tema futuro veremos uma situação muito séria exatamente quando em vez de for um espectador a pessoa se identifica com o próprio sonho. Quando isso ocorre podemos afirmar, por razoes que estudaremos numa próxima palestra, existe uma situação real de perigo. Para a psicanálise o sonho é uma produção da pessoa embora a sensação de quem sonhou do sonhador seja o oposto disso. Ele tem a sensação de haver sido algo que ele apenas assistiu, mesmo que haja sido um dos personagens.

O

utro ponto que merece consideração diz respeito à linguagem dos sonhos. Em uma palestra anterior em que tratamos de outros mundos dissemos que a linguagem de comunicação entre o mundo físico e o mundo hiperfísico se processa tem como expressão a linguagem simbólica. São os símbolos que servem de linguagem entre diferentes mundos. Assim, o conteúdo onírico tem grande percentual de símbolos.

(14)

14

SONHOS PERCEPTIVOS

“ OS SONHOS ENQUANTO DURAM

SÃO UMA VERDADE ”. ALFRED TENNYSON.

1 9 9 5

T EM A 0.359

Q

uando a pessoa adormece há uma atenuação da ligação entre o espirito e o corpo. Assim sendo o espírito como que viaja para lugares distantes. Na realidade ele não faz viagem alguma, o que ocorre é um afloramento da consciência para além do lugar onde está o corpo físico. Há projeção da consciência, mas não num nível tão intenso que ela se projete num outra dimensão, num outro plano, ou mundo.

Sendo assim é como se fosse uma viagem na própria terra.

E

m tal situação o espirito visita lugares e torna-se ciente de um mundo de coisas. Quando a pessoa desperta tem lhe afloram as lembranças de tudo o que percebeu. É claro que a lembrança é incompleta, ele recorda fragmentariamente e muitas vezes um fragmento de uma “viagem” se une ao de uma outra tornando o sonho um tanto incoerente.

D

issemos que o espirito viaja quando a pessoa está dormindo, na realidade não é bem uma viagem física e nem um deslocamento físico. Na realidade é um afloramento da consciência em outros níveis, mas sempre dentro do plano terreno. Há um afloramento nesse mesmo mundo porque e não em outro como acontece no quarto tipo de sonhos. Como veremos na próxima palestra, a consciência pode aflorar num nível de consciência alem do mundo em que estamos, isto é, num outro mundo com uma realidade totalmente diferente desta que Vivenciamos na matéria densa, ou seja, o afloramento pode ser numa outra oitava, numa árvore da vida diferente da nossa.

A

gora faremos algumas observações quanto a algo de real importância que é o ponto de

convergência energética. Na próxima palestra nos aprofundaremos mais no estudo desse item, mas

anteciparemos um pouco afim de que esta palestra possa ser mais bem compreendida.

O

ponto de convergência energética – Ponto de Sintonia da Mente sobre a Consciência) – é aquele representativo do nível de consciência do ser. Na realidade não se pode falar de uma representação espacial mesmo que de natureza energética. Será melhor dizer que é um ponto energético apenas. Mas quando percebido é como se houvesse uma área energizada em torno da pessoa e dento dela presente um ponto de concentração de grande intensidade energética.

Q

uando uma pessoa habilitada observa o corpo energético percebe alguns vórtices de energia. Existem 7 vórtices que são os denominados chacras. São pontos que poderíamos analiticamente chamados de “plugs”, pontos por onde a energia penetra ou sai do corpo. Também é possível serem visualizados outros 7 vórtices que são os centros psíquicos. Há correspondência entre cada um destes pontos um determinado órgão físico. Analogicamente podemos compará-los a “antenas”, pontos em que não é energia em si, mas por onde através da energia as mensagens adentam o corpo.

M

as além desses l4 pontos, existe mais um que poucas pessoas percebem sendo por isso pouco citado. Trata-se de um de um ponto para onde há uma convergência das forças inerentes aos 14 vórtices. É um ponto bem menos conhecido que os chacras e centros psíquicos embora tenham importância maior que qualquer um dos l4 existentes.

(15)

15

T

odos os l4 pontos convergem para um ponto energético único. Numa visão espacial daquele ponto pode-se o percebes com diferente grau de intensidade energética assim como a ocorrência de mudanças de posição.

O

“lugar” do corpo energético em que o ponto de convergência se situa depende da natureza vibratória dos l4 canais. ( chacras e centros psíquicos.) De conformidade com o grau e o nível de consciência da pessoa ele pode estar num ponto ou noutro.

É

a partir do ponto de convergência que se estabelece o comando de todo o organismo, incluindo, por absurdo que possa parecer, o plano de existência do ser. O viver no plano denso, na terra, é função de um comando que surge a partir do ponto de convergência. O que parte dali é que através dos corpos intermediários funciona como modelo organizador biológico. Dali provém o estado de consciência e o comando de toda a estrutura orgânica.

Q

ualquer modificação que ocorra no ponto de convergência resulta em algum tipo de alteração sobre o corpo denso e vice-versa. Disto resulta que através de praticas mistificas podem ocorrer manipulações do ponto de convergência havendo como resultado uma gama imensa de conseqüências.

M

uitas praticas existem que permitem quer sejam alterações na intensidade, quer alterações na aparente localização espacial do ponto de convergência. Na realidade tudo isso nada significa do que alterações no nível de vibração pessoal. Tudo o que modifique a resultante vibratória de uma pessoa por certo altera também a localização do ponto de convergência e isso determina reflexos imensos sobre o organismo.

N

um sonho perceptivo é possível se visualizar quando ocorre alguma alteração na intensidade do ponto de convergência e também quando há algum deslocamento (voltamos a insistir que não há realmente um deslocamento real e sim uma exteriorização superficial que parece ser um deslocamento. Isto na essência, no sentido prático, não faz diferença alguma, por isso pode-se aceitar como deslocamento).

N

um sonho perceptivo se for visualizado o ponto de convergência ver-se-á a ocorrência somente de pequenos deslocamentos. Nisto difere dos sonhos projetivos (estudados na palestra seguinte) em que o deslocamento é acentuado. Em decorrência do deslocamento pequeno, as modificações do ponto de afloramento da consciência situa-se dentro do nosso plano existencial, portanto é como se apenas houvesse ocorrido simplesmente uma “viagem” da qual a pessoa ao acordar tem recordações parciais.

Q

uando há deslocamento para planos astrais geralmente é alcançado apenas o mundo astral mais próximo do plano material.

N

esse nível de sonho, ou seja, nesse nível de afloramento da consciência, a pessoa pode perceber coisas, assistir, participar de eventos, auxiliar, aprender e ensinar. Muitos conhecimentos apresentados por pessoas, até mesmo descobertas científicas ocorrem por esse canal.

P

elo que dissemos antes sim é que a Bíblia refere:

“Deus fala uma vez, e segunda vez não repete uma mesma coisas. Por sonho de visão noturna, quando cai sopor sobre os homens, e estão dormindo no seu leito, então abre os ouvidos os homens, e admoestando-os lhe adverte o que devem fazer”. Bíblia, Jó, 33-14.

O

que vamos revelar agora tem muito significado. Um estado de sonho pode ocorrer espontaneamente, automaticamente, ou pode ser induzido mediante determinadas práticas. Portanto a própria pessoa pode induzir os seus próprios sonhos e deles tirar proveitos. Mas, por assim agir ela está sujeita a também ter sérios prejuízos espirituais.

(16)

16

O

trabalho desenvolvido pelos adeptos da projeciologia ocorre nessa área. Basicamente eles se projetam acordados, mas pode ocorrer também através dos sonhos, seria melhor dizer que recordados como sonho.

M

as, como toda moeda tem duas faces, ou seja, em decorrência da lei da polaridade, pessoas maldosas podem mesmo dormindo prejudicar outras pessoas e isso é possível de ser rememorado como um sonho.

N

ão é raro uma pessoa sonhar e saber que aquilo tudo não passa de um sonho e assim até mesmo assim comandar, e se deslocar pela ação do querer. Mas, então esse tipo de sonho já está no limiar do quarto nível, que estudaremos na palestra seguinte, e que é perigoso porque está sujeito a ocorrência de situações sobre as quais é possível a pessoa não ter controle, ou por incapacidade de conhecimentos ou por carência de sutil.

U

m dos problemas mais simples que ocorrem quando desses sonhos, com ciência de que se está sonhando, é a possibilidade de sugestionar outras pessoas. Na história da humanidade existiram pessoas altamente habilitadas para usarem esse tipo de sonhos visando à consecução de seus propósitos pessoais. Conhecem-se pessoas que usam isso como uma forma de magia para condicionar paixões e coisas assim; para induzirem pessoas a fazerem determinados negócios; para conquistas amorosas e muito mais.

P

or existir tal possibilidade é preferível que a pessoa simplesmente deixe o sonho evoluir naturalmente e evitar tomar decisões, pois todo prejuízo que possa causar, todos os transtornos que possa motivar, mesmo ocorrendo numa situação que e a ela parece um mero sonho, por ter um reflexo na vida real, por certo ela terá que responder carmicamente.

U

ma coisa que normalmente as pessoas menos afeitas aos conhecimentos místicos ignoram é que o mundo dos sonhos é tão real quanto este que Vivenciamos no estado de virgília. No mundo onírico o que parece irreal é este mundo que estamos. Quando uma pessoa sonha e sabe que está sonhando aquele mundo parece-lhe mais real que esse que vivenciamos quando no estado de virgília.

Q

uando uma pessoa sonha e sabe que está sonhando o seu nível de consciência é no mínimo o quarto, aquele correspondente ao estado de virgília.

Q

ueremos salientar e dar maior ênfase ainda à afirmativa de que os sonhos podem ocasionar sérios transtornos e por isso a pessoa por certo será responsável por tudo o que determinar, mesmo no estado de sonho consciente. Assim deve-se adormecer sem pensamento preso em negatividades. O adormecer deve ser um momento um tanto sagrado, um momento de recolhimento e de prece verbalizada ou mentalizada. Não se deve brincar com os sonhos do terceiro e quarto nível porque a pessoa fica sujeita a sérios transtornos. Não é sem razão que está escrito na Bíblia:

“Porque os sonhos tem feito extraviar a muitos, que caíram, por terem posto

neles a sua confiança”: Eclesiástico, 34-7.

(17)

17

SONHOS BÍBLICOS

“ ONDE VIVES? PERGUNTA O POSSÍVEL

AO IMPOSSÍVEL. E ESTE RESPONDE: NOS SONHOS DOS IMPOTENTES “

RABINDRANATH TAGORE.

1 9 9 5

T E M A 0.3 6 1

O

que falamos a respeito de sonhos nas palestras anteriores pode parecer um amontoado de informações sem quaisquer sentidos, mas na verdade há um substancial embasamento tanto se forem analisados pelo prisma científico quanto religioso. Não é somente a psicanálise que tem grande parte da sua metodologia baseada na análise dos sonhos.

Os profetas e iniciados de muitas doutrinas basearam-se muitas vezes em sonhos. Nos livros sagrados o sonho é mencionado amiúde quer norteando os profetas, quer estabelecendo normas de conduta para o povo.

C

omo no mundo ocidental o livro sagrado básico é a Bíblia vamos por isso analisar as principais sonhos nela citados.

O

s sonhos do tipo perceptivos são mencionados na Bíblia muitas vezes. Como dissemos numa palestra anterior o mais citado é que foi interpretado por José, filho de Jacó, sobre um sonho que tivera o Faraó sobre 7 vacas gordas e 7 vacas magras. José interpretou como sendo 7 anos de fartas colheitas seguidas de 7 anos de penúria que viria a ocorrer.

A

quele sonho do Faraó foi do tipo perceptivo. Por ele o rei estava recebendo um aviso de que viria a ocorrer 7 anos de fartura e 7 anos de penúria, simbolizados por 7 vacas gordas que eram devoradas por 7 vacas magras. Como podemos ver, tratava-se de um sonho de percepção de algo ainda por ocorrer, logo aquele sonho foi do tipo premonitório, profético. Como o sonho se manifestou através de uma linguagem simbólica o Faraó não o compreendeu pelo que necessitou de José para interpretá-lo.

N

o caso citado antes, José interpretou um sonho tido pelo Faraó, mas anos antes ele mesmo havia tido um sonho profético que contou para seus irmãos”·.

P

arecia-me que atávamos no campo os feixe, e que o meu feixe como que se erguia, estava direito, e que os vossos feixes, estando em roda, se prostravam diante do meu feixe.

N

este sonho José anteviu o futuro através de um sonho que mostrava que ele chegaria uma posição de superioridade sobre os seus irmãos, que chegou a ser superintendente do Egito e os seus irmãos sem reconhecê-lo prostram-se diante dele.

T

rata-se neste caso de um sonho perceptivo de conotação profética. José percebeu o que iria acontecer de uma forma simbólica. Os símbolos são a forma de linguagem mais comum dos sonhos perceptivos. Também é um sonho profético, pois dizia respeito uma situação que viria a acontecerão.

(18)

18

A

inda na Bíblia são citados os sonhos dos prisioneiros e interpretados por José. O capitulo 40 versa sobre os sonhos dos prisioneiros, companheiros de infortúnio de José: José previu pelo sonho do Copeiro que este seria posto em liberdade três dias depois e que seria reconduzido à sua função no palácio. Interpretando o sonho do padeiro previu que este seria decapitado três dias depois. Foram sonhos perceptivos e proféticos. José percebeu o sentido e previu o futuro.

N

o capítulo 42 é descrito o sonho do Faraó e a interpretação dada por José. Este sonho é do tipo perceptivo e premonitório, profético.

N

o cap. 40-8 há uma clara referencia à natureza divina de alguns sonhos como evidencia a seguinte referência a José : “Porventura não pertence a Deus a interpretação?”- É uma afirmativa de que uma pessoa pode ter acesso às determinações divinas através de sonhos. Neste caso o sonho pode ser do tipo projetivo.

N

a Bíblia em Números, cap. 12 - 6 diz Deus de Israel: “Se entre vós algum é profeta do

Senhor, eu lhe aparecerei em visão, ou lhe falarei em sonhos, mas não é assim a respeito do meu servo Moisés, o qual é fidelíssimo em toda a minha casa; 12-8 porque a ele eu falo face a face; e ele vê o senhor claramente e não sob enigma...

V

emos por essa afirmativa que é possível tanto à força inferior quanto à FORÇA

SUPERIOR se manifestarem visualmente ou através de sonhos.

E

m Gênesis 20-3 “Mas Deus apareceu de noite em sonhos a Abimelec, e disse-lhe: Eis que

morrerás por causa da mulher que roubaste, porque ela tem marido”.

E

m Deuteronômio 13-1 “Se, se levantar no meio de ti um profeta, ou alguém que diga que

teve um sonho, e predisser algum sinal ou prodígio, e suceder o que ele anunciou, e te disser: Vamos e sigamos os deuses estranhos que não conheces, e sirvamo-los não ouvirás a palavra de tal profeta ou sonhador, porque o Senhor vosso Deus vos pões à prova, para se tornar manifesto...” Aquele profeta ou inventor de sonhos será posto à morte, porque vos falou para vos afastar do Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da escravidão.

V

emos que pelos sonhos uma pessoa está sujeita a ser enganada por forcas opostas.3

E

m Samuel 28-6 : “...Consultor o Senhor, o qual não lhe respondeu nem por sonhos, e nem

por sacerdotes, e nem por profetas.”

N

este caso é Saul que quer saber sobre os filisteus. A referência bíblica deixa claro que Saul poderia ser atendido no seu desejo através de sonhos. Como não obteve a informação desejada ele mandou buscar uma necromante para invocar o espirito de Samuel e deste obter uma resposta. O versículo mostra que não apenas através de sonhos mas também através de invocação de espíritos isso é possível.4

B

íblia - REIS 3-4 “Apareceu o Senhor a Salomão, em sonho, de noite, dizendo: Pede-me o que quiseres...

J

UIZES 7-13 - Sonho profético de Gedeão.

B

íblia Gênesis 31-24 “... Viu em sonhos Deus , que lhe dizia: Guarda-te de dizer contra

Jacó alguma palavra áspera”. Referência a um sonho de Labão em que o Deus de Israel protegia

Jacó.

D

ANIEL 2 - Refere-se a sonho profético interpretado por Daniel para o rei Nabucodonosor. Bíblia - Daniel 1- 19. Daniel tem uma visão durante o sono. Os sábios da Babilônia não conseguiram interpretar o sonho mas Daniel sim. Desta forma ele evitou ser morto pelo que rei bem como todos os sábios da Babilônia que não haviam interpretado o sono do rei.

Sonho de percepção premonitório.

3Nesta palestra estamos mencionando alguns versículos da Bíblia que mostram que os sonhos não são fantasias da mente e sim um meio de comunicação entre o mundo material e o mundo espiritual. Não estamos indicando qual a força referida nas diversas citações. Pelo que já estudamos a respeito do terceiro interesse é fácil distinguir QUEM é QUEM.

(19)

19

M

ateus 1-20 “ ... andando ele com isto no pensamento, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse; José, filho de Davi, não temas receber em tua casa, tua esposa, porque o que nela foi concebido é do Espirito Santo. 1-21 Dará a luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados...

R

eferencia aos sonhos ligados as nascimento e Jesus e aos Reis Magos. O Poder Superior falou através de um sonho a José, esposo de Maria anunciando a vinda de Jesus.

M

ateus 2-12 Os Reis magos “...e avisados por Deus em sonhos para não retornarem a

Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.

S

onho perceptivo dos Reis Magos a respeito das intenções de Herodes contra Jesus.

A

tos dos Apóstolos. 2-17 - E acontecerá nos últimos dias que eu derramarei o meu Espirito

sobre toda a carne; e profetizarão vossos filhos e vossas filhas, e os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão....

E

m Jó 33-14: Deus fala uma vez, e na segunda vez não repete uma mesma coisa. Por sonho

de visão noturna, quando cai sobre os homens, e dormindo nos seus leitos, então abrem os ouvidos dos homens, e admoestando-os lhes adverte o que devem fazer Jó.

N

este versículo o sonho é classificado diretamente como sonho de visão.

J

ó: - No horror duma visão noturna, quando o sono costuma ocupar os sentidos do homens

assaltou-me o medo, e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram. E, ao passar diante de mim um espírito, os cabelos da minha carne se arrepiaram. Jó 4.13.13.15 Parou alguém diante de mim, cujo rosto eu não conhecia, um vulto diante dos meus olhos, e ouvi uma voz como de grande viração.

E

clesiástico 347 “Porque os sonhos têm feito extraviar a muitos, que caíram, por terem posto neles a sua confirmação.

E

sta referência é muito importante porque mostra que há possibilidade de males decorrentes de sonhos. Na realidade os sonhos projetivos envolvem relações com seres de outros planos de existência, quer de nível inferior quer de nível superior. Evidentemente é muito mais fácil o contacto com formas de existências de oitavas inferiores do que superiores porque neste caso há necessidade de grande quantidade de energia sutil enquanto na outras situação é muito mais fácil a pessoa dispor da energia necessária.

E

m decorrência da possibilidade do deslocamento da consciência para outros níveis é que reside o perigo citado na Bíblia. O perigo é a pessoa ter o ponto de manifestação da consciência transferido através dos sonhos para um nível inferior e voltar envolvido com as influencias negativas daqueles mundos. Pior ainda é ela ir àqueles planos e depois não ter a suficiente quantidade de energia para voltar, neste caso, como já dissemos antes, a mente fica retida naqueles mundos enquanto a estrutura física permanece neste mundo.

O

que dissemos é evidente em muitos casos de alienação mental, é o caso de muitos alienados que existem no mundo. Muitas vezes quando a consciência pessoa retorna de um daqueles planos, em decorrência das tremendas discrepâncias das escalas de valores existentes entre os planos de oitavas ( “ árvores ” ) diferentes, ela passa a ter comportamento anômalo. O “choque” de valores faz com que a pessoa mude totalmente a sua maneira e de conformidade com o plano para onde ela se desloque e piorar, a manifestar qualidades negativas o que antes não fazia.

O

que dissemos antes explica o sentido da citação bíblica: “...porque os sonhos têm feito

extraviar a muitos”...

E

sse mecanismo do sonhar é muito parecido com aquele que atinge pessoas que fazem uso de drogas psicoativas tóxicas. Eles fazem a “viagem” através de drogas que alteram a capacidade preceptiva mas que não fornecem suficiente energia para elevar o padrão vibratório da pessoa. São drogas que apenas rebaixam o padrão, o que significa que ela apenas leva a pessoa para algum dos mundos inferiores e o que é pior muito delas não tem energia suficiente para que a mente da pessoa

(20)

20 volte integralmente ao plano normal de existência. Como não há energia suficiente e na maioria das vezes nem sequer propósito positivo algum, então, com certeza a consciência se projeta via em algum dos “palácios da impureza”, em algum dos planos dos mundos inferiores onde passam a sofrer influencias ou mesmo podendo a chegar a ser totalmente dominado por forças negativas. Muitas vezes não há a energia suficiente para trazer de volta o foco da consciência e como resultado fica preso e cuja decorrência a pessoa passa a se apresentar na terra com um nível maior ou menor de alienação.

O

que acabamos de dizer refere-se a um grau muito intenso de deslocamento mental através dos sonhos mas às vezes alguma mudança de caráter pode ocorrer em decorrência de fantasias própria de níveis subconscientes da própria pessoa. Neste casos trata-se do primeiro tipo de sonho no primeiro tipo de sonho, daqueles em que o sonho nada mais é do que um afloramento de condições contidas nos planos mais profundos da mente da própria pessoa, de algo reprimido pela auto-sensura.

L

ibertos que sejam sentimentos reprimidos a pessoa pode mudar de conduta e sendo assim atender à citação bíblica mencionada antes.

O

s sonhos têm contribuído positivamente até mesmo no desenvolvimento da civilização. Muitos pontos do desenvolvimento cultural e cientifico da humanidade foram direcionados por sonhos. Para não nos estendermos muito vamos citar apenas, na área científica, dois nomes.

Kekulé, pesquisador da química inorgânica, descobriu o ciclo benzênico através de um sonho. Ele procurava construir a cadeia dos compostos orgânicos sob forma linear. Essa tentativa se estendia por muito tempo até que uma vez ele sonhou com uma serpente mordendo a própria cauda formando um circulo e a serpente se transformava numa cadeia de átomos. Então, ao acordar Kekulé fechou a cadeia linear de átomos de carbono formando assim o núcleo benzênico. Disto derivaram todas os conhecimentos básicos do que resultou o surgimento da química orgânica. Sem isso a química orgânica não teria se desenvolvido e o mundo seria totalmente com diferente, o desenvolvimento do mundo teria ficado estagnado.

O

utro exemplo é o de Singer. Este inventor tentou por muito tempo descobrir uma máquina para costurar e não conseguia porque tentava construí-la com uma agulha comum em que o orifício por onde é introduzido o fio se localiza na base. Foi quando através de um sonho ele viu que o orifício deveria ser colocado na ponta da agulha e não na base como acontecia com a agulha de costurar de mão. Baseado na visão do sonho ele conseguiu construir a primeira máquina e desde então o progresso na área foi acelerado imediatamente.

C

om essa série de temas referente aos sonhos acreditamos haver deixado um tanto mais claro a importância que eles apresentam. Na realidade os sonhos não são apenas fantasias e nem se deve dar a eles apenas um sentido simbólico . Bem mais que isso, muitos sonhos são portais para outros planos de realidade por isso devemos ter cuidados especiais quer na análise quer na condução dos próprios sonhos.

(21)

21

SONHOS PROJETIVOS

“ GUARDA-TE DE SONHAR. O SONHO

É A SEIRA DAS ALMAS: ANTA, CHAMA, VAMOS E NÃO VOLTAMOS ”.

GUSTAVE FLAUBERT

1 9 9 5

T EM A 0.360

N

a palestra anterior evidenciamos que durante o sono a consciência da pessoa pode se manifestar em diferentes pontos deste plano material, isto eqüivale a um deslocamento físico, é como se o espirito durante o sono viajasse de um lugar para outro, visse lugares, pessoas, coisas e situações.

N

esta palestra vamos estudar um nível muito mais profundo, aquele em que durante o sono a consciência se desloca para outros níveis fora deste plano material. De certa forma podemos dizer se desloca para outro mundo.

N

o corpo energético sempre está presente o ponto de sintonia indicando o plano em que a consciência está aflorada. Qualquer alteração que se processe na pessoa há um reflexo naquele ponto e vice-versa. Se de alguma forma for modificado aquele ponto a consciência se manifesta num outro nível.

V

ia de regra, modificar o ponto de convergência não é fácil para uma pessoa comum, porque ele é muito fixo no nível correspondente à natureza da pessoa, ao local e às circunstâncias em que está vivendo. Onde estiver o corpo ali é o ponto de maior estabilidade da pessoa e conseqüentemente representado naquilo que pode ser chamado a o ponto de convergência

vibratória5, pois diz respeito à vibração básica da pessoa.

N

a medida em que o espirito se desenvolve sua vibração aumenta até atingir um ponto em que não mais corresponde ao nível da matéria densa e então a consciência estará em outro nível. O ponto de convergência de cada um apresenta-se estável, num mesmo nível que vai mudando na medida em que a pessoa vem se transformando; na medida em que o espírito vem se desenvolvendo. Assim podemos dizer que o ponto é mais estável naquele lugar representativo do grau da pessoa. Apresenta-se ali numa situação um tanto estável, estabilidade essa que só se modifica na proporção em que a pessoa for se transformando. Mas, em condições especiais podem ocorrer modificações no nível vibratório da pessoa e essa modificação está implícita no ponto de convergência. A recíproca é verdadeira, em certas condições pode-se através do ponto de aglutinação modificar a pessoa, transportá-la para outro nível de consciência.

A

modificação do estado de consciência como citamos acima, via de regra, é muito transitório porque há uma fortíssima tendência em trazer a pessoa de volta para o seu nível básico. Para quem pode ver em nível astral o ponto de convergência é deslocado, mas ele tende a voltar para o ponto básico. Para quem ver é como se o ponto de convergência estivesse preso por um elástico; quando ele é afastado logo é puxado pelo elástico para o ponto inicial. Há situações que acontece como se houvesse ocorrido uma rotura do elástico e neste caso não há retrocesso ao ponto inicial.

5

- Carlos Castañeda chama “ponto de Aglutinação”. Na realidade é um nome bem escolhido porque é o ponto em que a natureza da consciência da pessoa está reunida, como que aglutinada. Chamamos indistintamente “ponto de convergência”, ponto de representação energética”, ponto de convergência vibratória” São apenas palavras diferentes para representar uma mesma coisa.

(22)

22

T

emos ensinado que o grau do espírito está relacionado com o seu de vibração, que dos atos e da maneira de ser estabelece-se uma resultante vibratória típica. Agora queremos salientar que aquela resultante vibratória está assinalada nos corpos intermediários, isto é, em nível de corpo energético.

D

issemos, numa palestra em que tratamos de mundos paralelos, que, desde que a sintonia de um plano entre em batimento de onda com a de outro é possível até mesmo a ocorrência de transposições físicas. Falamos de casos de desaparecimentos fantásticos, assim como do aparecimento de coisas e até mesmo de seres no nosso mundo.

O

ponto de convergência está mais ativo na pessoa quando em estado de virgília. Quando ela adormece há um bloqueio do dialogo interno, do tagarelar do pensamento e assim as amarras que ancoram o ponto de convergência tornam-se menos intensas e, deste modo, com mais facilidade, aquele “elástico” puxa o ponto para outro nível. Automaticamente a consciência aflorará no nível correspondente.

Q

uando em temas anteriores falamos em da consciência dissemos que é mais fácil uma projeção de cima par baixo do que de baixo para cima, isto é, mais fácil do energético para o físico do que o inverso. Disto advém que é mais fácil um deslocamento do ponto de convergência para localizações correspondentes aos planos inferiores da mente do que para planos superiores. É bem mais fácil se reduzir uma freqüência do que aumentá-la. Para diminuir há eliminação de energia e para aumentar é preciso incrementar energia. Energia para isso é a energia sutil e, como já vimos, o universo material não é muito pródigo desta energia. Nestas condições, durante o sono é muito comum uma pessoa ter a consciência projetada não apenas no mundo material, como dissemos no tema anterior, mas também num outro mundo, num plano fora do plano material. Isto envolve um tremendo perigo porque é provável que a consciência seja projetada num nível inferior, numa oitava inferior o que corresponde a um dos mundos infernais.

A

rigor isso nem pode ser chamado de sonho se assim é chamado é porque a pessoa tem a sensação de haver sonhado, na maioria das vezes de haver tido um pesadelo.

A

pessoa que tem tendência a esse tipo de sonho via de regra está sonhando e sabe que está sonhando. Num caso assim ela está dormindo fisicamente, mas está no quarto plano de consciência, no plano de virgília.

Q

uando falamos que a virgília é o quarto nível; dissemos que o primeiro eqüivale ao coma, o segundo ao sono fisiológico, o terceiro ao do sonho. Na realidade não dissemos que o primeiro é o coma, e assim por diante dissemos que o nível de consciência eqüivale àquele nível. Vale salientar isso porque uma pessoa dormindo pode ter a consciência desperta do quarto nível, do quinto ou até de outro mais elevado.

O

estar dormindo diz respeito a uma condição fisiológica. Por isso na condição dormindo fisiologicamente a consciência pode estar bem desperta. Isso acontece quanto uma pessoa está dormindo, e está sonhando e sabe que aquilo é um sonho. É um estado pouco comum, mas de forma alguma raro. Não podemos afirmar que isso seja uma vantagem real porque é nesse estado que a pessoa está mais sujeita a se envolver com mundos altamente negativos. No sonho normal é mais difícil haver o envolvimento, pois a identificação é menor, mas quando se está sonhando e se sabe que aquilo é um sonho o nível de consciência está muito mais ativo e por conseqüência ele pode se identificar com muito mais intensidade com aquilo que esta “sonhando”. 6

A

pessoa que perceber que está diante de uma situação em que tenha consciência que está sonhando o primeiro cuidado que ela deve ter é não seguir seja lá o que for, pois ele com certeza está pisando em “terreno minado” num estado em que as leis físicas e morais são diversas e que isso torna a pessoa altamente vulnerável.

6 - Para os que desejarem detalhes sobre o que acabamos de citar recomendamos a leitura do livro de Carlos Castañeda “A ARTE DO SONHAR”. Tudo aquilo que lá está descrito é real e muito mais ainda. Vale salientar que em nenhum momento o autor deu a entender que tudo aquilo não eram simplesmente outros mundos e sim que todos eram mundos inferiores, os chamados na Cabala de Palácios da Impureza”.

Referências

Documentos relacionados

Evidentemente, a língua portuguesa representa o Brasil. A valorização da mesma significa, por transferência de significado, uma valorização da nação brasileira. A comparação do

No presente trabalho, o etoxazol foi estu- dado nas doses de 1,1 a 5,5 g i.a./100 L de água, sendo que, na dose de 5,5 g i.a./100 L de água, dose próxima à de registro comercial

Vamos supor que nenhuma massa adicional é adicionada ou retirada da camada, de tal forma que essa diferença de pressão permaneça constante. ESTABILIDADE CONVECTIVA

Figura 8 – Isocurvas com valores da Iluminância média para o período da manhã na fachada sudoeste, a primeira para a simulação com brise horizontal e a segunda sem brise

Assim, com exceção das hipóteses de ilegalidade dos títulos de crédito cedidos, são vedadas as ga- rantias de regresso nos contratos de factoring, sendo da essên- cia do

Entre os bairros avaliados o Santa Rita apresentou as condições mais precárias de saneamento básico no ano de 2007 em função da ausência de fornecimento de

sendo certo que não houve uma individualização da conduta apurada, consequentemente a exata identificação da Autoria e da materialidade, não podendo o Defendente ser

Há uma grande expectativa entre os cientistas de que, nesta próxima década, novos resultados de observações cosmológicas, aliados aos resultados dos grandes aceleradores como o