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Processo de privatização e expansão das telecomunicações no Brasil

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Academic year: 2018

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Processo de privatização e expansão das telecom unicações no

Brasil

1

Process of privatization and expansion of telecom m unications

in Brazil

El proceso de privatización y la expansión de las

telecom unicaciones en Brasil

Processus de privatisation et l’expansion des

télécom m unications au Brésil

Mavine Pereira Barbosa Mont eiro*

Albert o de Oliveira* *

* Gr aduada em Econom ia na UFRRJ e m est r anda em agr onegócio na UFG. m avine85@yahoo.com .br * * Dou t or em Plan ej am en t o Ur ban o e Region al pelo I PPUR/ UFRJ. Pr of essor t it u lar n o depar t am en t o de

Econom ia da UFRRJ. Alber t o.ippur @gm ail.com Resum o: Neste artigo, com o obj etivo de com preender a política nacional das priva-tizações das telecom unicações brasileiras e as m otivações e efeitos gerados pelos inves-tim entos estrangeiros no setor, foi preciso recom por a história das cinco últim as déca-das, pela revisão bibliográfica de literatura sobre o tem a e análise de dados oriundos de I nstituições com o o Banco Nacional de De-senvolvim ento Econôm ico e Social, Agência Nacional de Telecom unicações, Bolsa de Va-lores do Estado do Rio de Janeiro e da própria im prensa nacional, devido à contem poranei-dade do tem a. Foi constatado que esse seg-m ento registrou transforseg-m ações estruturais significativas, não apenas no Brasil, mas, tam-bém , no m undo, notadam ente no que tange ao acervo tecnológico e às forças que regu-lam a concorrência e as relações com erciais nesta cadeia produtiva. O setor de teleco-m unicações sofreu grande transforteleco-m ação na década de 1990, m ais precisam ente após a privatização do Sistem a Telebras, colocando em cena gigantes em presas estrangeiras na econom ia brasileira.

Pa la vra s- cha ve: Privat izações; t elecom u-nicações; invest im ent os ext ernos

A b st r a ct : I n t h i s a r t i cl e, i n o r d er t o under st and t he nat ional policy of pr iv a-t izaa-t ion of a-t elecom m unicaa-t ions com panies and t he m ot ivat ions and effect s generat ed by foreign in vest m ent in t he sect or, it was necessary t o reconst ruct t he hist ory of five decades, based on a review of lit erat ure on t he subj ect and analysis dat a from inst i-t ui-t ions like i-t he Nai-t ional Bank of Econom ic an d Soci al Dev el op m en t , t h e Nat i on al Telecom m unications Agency, Stock Exchange of Rio de Janeiro and t he nat ional press it self, due t o t he cont em porary t hem e. I t w as not ed t hat t his segm ent recorded a m aj or st ruct ural change, not only in Brazil but also in t he world, not ably in regard t o t he collect ion and t echnological forces t hat govern com pet it ion and t rade relat ions in t his chain. The t elecom m unicat ions indust ry has underpinned m ajor transform ation in the 90’s, m ore precisely aft er t he privat izat ion of t he Telebr ás, by playing giant for eign com panies in t he Brazilian econom y.

Keyw ords: Privatization, Telecommunications,

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Segundo a Agência Naci-onal de Tele-com unicações - Anat el, em 2009, o cont in-gent e populacional com acesso a t elefonia fixa e m óvel alcançou pat am ar nunca ant es regist rado na hist ória das t elecom unicações nacionais. Tal result ado reflet e o esforço deliberado do governo federal no sent ido de m odernizar o país. A privat ização do set or, peça- chave para o ent endim ent o da dinâ-m ica at ual, significou a rupt ura do padrão de gest ão pública at é ent ão observado no Brasil, quando as necessidades do m ercado passam a determ inar as ações governam en-tais. Porém , pouco m ais de um a década após a privat ização da t elefonia, os avanços t ec-nológicos vêm alterando o m odelo de com er-cialização dos serviços de telecom unicações, com ênfase na t ransm issão de dados e na flexibilização de cont eúdos. O acesso a co-nexões de int ernet com m aior capacidade de t ransm issão vem crescendo fort em ent e no país. Assim , se nos anos 1990, a “ m oder-nidade” est ava no celular, o ícone da at ual década est á na banda larga.

Segundo Siqueira ( 1997) , a despeit o da dom inação do capit al privado no sist em a nacional de t elecom unicações, não rest am dúvidas de que as t ransform ações no “ m o-delo de m odernidade” não são levadas adi-ant e sem a anuência e, principalm ent e, sem o vult oso invest im ent o de capit ais públicos. Seguindo a visão do aut or, da m esm a form a que, nos anos 1990, m ont ant e expressivo de recursos públicos foi m obilizado para o set or t endo com o j ust ificat iva a necessida-de necessida-de aj ust ar a infraest rut ura disponível à realidade da econom ia globalizada. Na at ual década, bandeiras com o a “ dem ocrat ização digital” são em punhadas para garantir a am -pliação do acesso à int ernet para a popula-ção de baixa renda que, com o se sabe, não cont a com recursos suficient es para ingres-sar no m ercado regular de com ercialização de banda larga. A privat ização j á acabou, cont udo, o est ado cont inua incum bido de garant ir o financiam ent o para a sust ent a-ção dos negócios no m ercado de t elecom u-nicações, sem pre em nom e da dem ocracia e da m odernidade.

Met odologia

A realização deste artigo foi m otivada pela necessidade de refletir sobre a história do processo de privatização das telecom unica-ções no Brasil e com o essas transform aunica-ções, tendo em vista os novos requerim entos do m ercado, vem contribuindo para a atual con-figuração do setor no Brasil. Em poucas pala-vras: quais foram as condições econôm ico-políticas que levaram à privatização das te-lecom unicações no Brasil? Quanto isso cus-tou ao país? Com o o capital privado vem rea-gindo às transform ações na base tecnológica e de negócios pós-privatização? Estas foram as perguntas que orientaram este artigo.

Foi realizada um a pesquisa explorat ória, sendo que o delineam ento seguiu revisão bi-bliográfica, sendo ut ilizadas font es de dom í-nio público com o art igos cient íficos, livros, revisão docum ent al e consult a a dados de inst it uições públicas.

O art igo foi organizado em t rês sessões: a prim eira apresenta um a breve retrospecti-va do processo de form ação do set or de t e-lecom unicações no Brasil, até a privatização, nos anos 1990. A seguint e foi dedicada à privatização e seus desdobram entos. Na ter-ceira sessão, o eixo de análise foi deslocado para os rum os que o set or vem t rilhando no m om ento atual, incluindo as transform ações t ecnológicas. Algum as considerações são anot adas ao final do t rabalho.

O nascim ento das

t elecom unicações no Brasil:

dos prim órdios da telefonia à

derrocada da Telebras:

1952-1996

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de com unicações de longa distância; e institui o Fundo Nacional de Telecom unicações (FNT) destinado a financiar, sobretudo, as ativida-des da Em bratel (Gordinho, 1997). Estava, assim , form alizada um a política pública nacio-nal para o setor.

Segundo Siqueira (1972), a Em bratel, for-m ada efor-m 16 de set efor-m bro de 1965, foi ufor-m m arco da engenharia de t elecom unicações nacional. Em 1968, j á realizava ações de destaque, com o a ligação interurbana de alta capacidade em m icro- ondas ent re São Pau-lo e Port o Alegre. A Em brat el t eve acelerado processo de expansão, fosse pelos invest i-m ent os ei-m sua rede, fosse pela aquisição do cont role acionário de out ras em presas. Em consonância à polít ica im plem ent ada no início dos anos 1960 e visando equacionar os problem as concernent es às operadoras urbanas, o Ministério das Com unicações pro-pôs um a nova est rut ura para o set or por m eio da lei 5.792, de 11 de j ulho de 1972. Criou- se, ent ão, um a sociedade de econo-m ia econo-m ist a, denoecono-m inada Telecoecono-m unicações Brasileiras S/ A ( Telebrás) , vinculada ao Mi-nist ério das Telecom unicações, com at ribui-ções de planej ar, im plant ar e operar o SNT.

De acordo com Neves ( 2002) , o ano de 1998 represent a um m arco na hist ória das t elecom unicações br asileir as: o Sist em a Telebrás foi privat izado em 29 de j ulho da-quele ano. O processo de t ransform ações t ivera início com a m udança na Const it uição Federal e prosseguira com a prom ulgação da Lei Mínim a e da Lei Geral de Telecom unica-ções ( LGT) , em 17 de j ulho de 1997. Est a criava e im plem ent ava a Agência Nacional de Telecom unicações ( Anat el) , o órgão re-gulador, e aprovava o Plano Geral de Out or-gas, o Plano Geral de Met as e a Reest ru-turação do Sistem a Telebrás, culm inando com a venda das ações de propriedade da União. Na década de 2000, observa- se a desa-celeração do m ovim ent o de expansão da t e-lefonia fixa no Brasil. A explicação desse fe-nôm eno est á ligada, não som ent e a fat ores exógenos à indúst ria, com o, por exem plo, a desaceleração da econom ia am ericana ( com reflexos em t odo o m undo) , m as t am bém a elem ent os endógenos, com o segue: a) o sobreinvestim ento em infraestrutura (que se baseava em previsões não confirm adas do t ráfego de dados a ser gerados por em

sas da I nternet) causou forte queda nos pre-ços dos servipre-ços; b) a est rut ura do capit al das em presas com alto grau de alavancagem , sendo part e do endividam ent o oriundo do pagam ento de licenças, com preços superva-lorizados, t am bém por cont a de previsões de dem anda não confirm adas; c) e os at ra-sos no desenvolvim ent o de det erm inadas t ecnologias e na aceit ação de out ras, em função da ausência de ser viços de valor agr egado. Esses elem ent os, conj ugados, causaram a postergação das estim ativas para ret orno dos invest im ent os.

A privatização

Os grandes m ontantes das

privat izações brasileiras:

serviços

Segundo Giam biage ( 2000) , o m otivo do declínio dos serviços estatais ocorreu devido à crise dos anos 1980. O investim ento das em presas est at ais foi um dos m ot ores de crescimento da economia brasileira na segunda m etade dos anos 1970, tendo tido ainda um a im portância significante até o início da déca-da de 1980. Nesta últim a, ou sej a, a “ décadéca-da perdida”, os investim entos foram perdendo fôlego, com consequências negativas tanto sobre o desem penho das próprias em presas, com o sobre a econom ia com o um todo, um a vez que elas se situavam , em m uitos casos, em setores-chave para viabilizar um novo ci-clo de crescim ento, com o, por exem plo, o setor de telecom unicações. É neste cenário que as privatizações surgem com o a “ recei-ta” para curar os m ales de um Estado agoni-zante, visto que j á havia se transform ado num a tendência m undial, depois do im pacto que tinham tido na esfera internacional, como, por exem plo, no Chile e na I nglaterra.

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regulação, sob pena de substituir um a situa-ção de m onopólio público por outra de m ono-pólio privado. Por afetar grande público e pela própria dim ensão das em presas, tratou-se de processos de um m odo geral m ais dem orados e suj eitos a um crivo m aior por parte da im -prensa e da opinião pública em geral.

A quebra do m onopólio est at al das t ele-com unicações foi efet ivada ele-com a aprova-ção da Em enda Const it ucional nº 8, de 15 de agost o de 1995, que deu nova redação ao art igo 21, inciso XI , da Const it uição Fe-deral, facult ando a privat ização do serviço de t elecom unicações. Ret irou do t ext o a ex-pressão “ em presas sob cont role acionário est at al” quando se refere aos agent es ex-ploradores do serviço e est abeleceu a cria-ção de um órgão regulador (web: site Anatel, acesso em agost o de 2009) .

A privatização da TELEBRÁS

A privat ização das t elecom unicações bra-sileiras com plet ou 10 anos em 2008. I st o su ger e u m balan ço set or ial. Segu n do a Anat el, no dia 29 de j ulho de 1998, o Brasil só cont ava com 5,5 m ilhões de celulares em serviço. Hoj e são 133,1 m ilhões - um cresci-m ent o de 2.300% . Nesse cresci-m escresci-m o período, o núm ero de linhas fixas m ais do que dobrou, passando de 19 m ilhões para 40 m ilhões. A som a de acessos ( t elefones) fixos e m óveis alcançava 24,5 m ilhões. Hoj e são 173 m i-lhões. Ainda segundo o órgão regulador, o núm ero de usuários de I nt ernet , que era de 1,4 m ilhão, hoj e ult rapassa 40 m ilhões. O indicador m ais significat ivo do pont o de vis-t a social, a densidade vis-t elefônica, salvis-t ou de 17 acessos por 100 habit ant es para 93 por 100. Em dois anos, o País t erá m ais t elefo-nes do que gent e. Para ent ender com o o set or alcançou est es núm eros é necessário um ret rospect o do processo da privat ização do Sistem a Telebras no Brasil (Anatel, 2009).

A cisão

Na época de sua privat ização, o ant igo sist em a Telebrás operava o sist em a de t

elecom unicações no Brasil através de um a em -presa holding (Telebrás) , 27 em -presas- polos e um a operadora nacional e int ernacional ( Em brat el) , represent ando cerca de 91% da base telefônica do país (Padilha, 2001, p.41). Segundo Padilha (2001), além da Telebrás exist iam out ras quat ro em presas indepen-dent es que eram , porém , t ecnicam ent e, in-t egradas ao sisin-t em a: a Com panhia Riogran-dense de Telecom unicações ( CRT) , ent ão pert encent e ao governo do est ado do Rio Grande do Sul, que em 1996 vendeu 35% de suas ações ordinárias a um consórcio lidera-do pela Telefônica de Espanha, que, por sua v ez, as v endeu par a a oper ador a Br asil Telecom ; a Cent rais Telefônicas de Ribeirão Pret o ( Cet erp) , operadora m unicipal de Ri-beirão Pret o – SP, adquirida pela Telefônica, em dezem bro de 1999) ; a Serviços de Co-m unicações de Londrina ( SercoCo-m t el, operadora m unicipal de Londrina – PR) ; e a Com -panhia Telefônica do Brasil Cent ral ( CTBC Telecom , a única em presa privada no set or, controlada pelo grupo Algar que operava nas regiões do Triângulo Mineiro ( MG) e part es de Goiás, Mat o Grosso do Sul e São Paulo) .

De acordo com Branquinho e Pires (2000), em j unho de 1998, o governo federal det in-ha 50,4% do capit al vot ant e da Telebrás e t ão som ent e 21,4% do capit al t ot al. A em -presa cont ava com um núm ero expressivo de acionistas, incluindo investidores de gran-de port e e individuais. A holding Telebrás possuía o cont role acionário de suas subsi-diárias e os serviços de t elecom unicações eram explorados sob concessão da União.

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O leilão

Em linhas gerais, a licit ação de conces-sões par a a Banda B de t elefonia celular, e posteriorm ente a privatização das em presas do Sist em a Telebrás, at raíram a ent rada de operadores int ernacionais ( Pires, 2000) .

Segundo Pires ( 2000) , o proj et o de rees-truturação da TELEBRÁS consistiu em dividi-la em t rês holdings regionais que cont rodividi-lari- rolari-am as em presas operadoras est aduais de t elefonia fixa, em um a holding que cont rola-ria a EMBRATEL e em oit o holdings que con-t rolariam as em presas escon-t aduais de con-t ele-fonia m óvel ( banda A) . As t rês holdings re-gionais controlariam :

a) A TELESP e, indiret am ent e, a CTB Cam po;

b) As em presas das regiões Sul e Cen-t r o- OesCen-t e, a Tele Cen Cen-t r o Su l, qu e abrange os estados do Acre, Rondô-nia, Mato Grosso, Mato Grosso do sul, Goiás e Dist rit o Federal, Tocant ins, Paraná, Santa Catarina e um a parte do interior do Rio Grande do Sul; c) As em presas das regiões Norte,

Nor-dest e e Lest e, a Tele Nor t e Lest e, que abrangia os est ados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernam buco, Pará, Rio Grande do Nort e, Ceará, Piau í, Mar an h ão, Par aíba, Am apá, Am azonas e Roraim a;

Já as oito holdings da telefonia celular fo-ram as seguintes:

a) Tele Norte Celular, abrangendo os es-t ados do Am azonas, Pará, Roraim a, Am apá e Maranhão;

b) Tele Nordeste Celular, abrangendo os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Nor t e, Per n am bu co, Par aíba e Alagoas;

c) Tele Leste Celular, abrangendo Bahia e Sergipe;

d) Telem ig Celular, de Minas Gerais; e) Tele Sudeste Celular, abrangendo Rio

de Janeiro e Espírito Santo; f ) Telesp Celular, de São Paulo;

g) Tele Celular Sul, abrangendo Paraná e Santa Catarina;

h) Tele Centro Oeste celular, abrangen-do Goiás, Tocantins, Mato Grosso abrangen-do Sul, Mat o Grosso, Rondônia, Acre e Distrito Federal;

O leilão aconteceu no dia 29 de julho de 1998, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, por m eio de propostas em envelope fechado. O leiloeiro abriu o envelope de um a das em -presas e depois de declarada essa em presa com o a vencedora é que foram abertos os envelopes das seguintes (Branquinho e Pires, 2000). Segundo os autores, caso a diferença entre duas propostas fosse m enor ou igual a 5% do m aior valor oferecido nas propostas fechadas, haveria repique a viva-voz. Além disso, nenhum consórcio poderia comprar mais de uma operadora por grupo. O edital também determinava que um mesmo consórcio poderia ter 20% ou m ais das ações com direito a voto em um a em presa de telefonia fixa e em duas de telefonia celular – sendo um a de celular nas regiões Sul e Sudeste e outra nas dem ais. Além do leilão da Banda A, já havia aconte-cido a concessão dos serviços de telefonia ce-lular da banda B. O leilão da Banda B por sua vez teve como critério para as empresas ven-cedoras, além do preço, o valor da cesta de tarifas. A implantação da banda B teve como objetivo principal estabelecer concorrência entre estas empresas e empresas da banda A. Além disso, optou-se pela criação da ANATEL.

De acordo com Pires (2000), os lances m í-nimos para as três holdings regionais, Embratel e as oito com panhias de telefonia celular da Banda A são m ostrados na tabela 1. Com o um todo, a TELEBRÁS seria no mínimo vendida por R$ 13,47 bilhões, correspondendo a 51,79% das ações com direito a voto dessa em presa ou 19,26% do total das ações. Os 80,74% restantes do capital das holdings pertenciam aos investidores privados.

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operadoras seria de R$ 71 bilhões e com um ágio de 20% chega-se aos R$ 13,47 bilhões fixados pelo governo. Para o Ministério das

TABELA 1: VALORES ATRI BUÍ DOS PELO GOVERNO PARA A VENDA DA TELEBRÁS

Holding Valor do Sist em a Valor das Preço m ínim o

TELEBRÁS Holdings ( 1) da part icipação do

( R$ m ilhões) ( R$ m ilhões) Governo ( 2) ( R$ m ilhões)

Tele Nort e Lest e 22.600 17.650

Tele Cent ro Sul 12.800 10.130

Telesp 26.800 18.280

Em br at el 9.460 9.350

Telesp Celular 8.000 5.710

Tele Sudest e Celular 3.980 2.960

Telem ig Celular 1.440 1.190

Tele Celular Sul 1.580 1.190

Tele Cent ro Oest e Celular 1.380 1.190

Tele Nort e Celular 6 3 0 4 7 0

Tele Lest e Celular 7 5 0 6 5 0

Tela Nordest e Celular 1.520 1.170

Total - 6 9 . 9 4 0 1 3 . 4 7 0

Font e: BNDES

( 1) Consider ando o nív el de par t icipação nas cont r olador as ( 2) 19,26% do capit al das holdings

Com unicações, esse valor era 85% superior ao valor contábil da em presa e 78% superior ao valor da em presa na Bolsa de Valores.

Os int eressados nas holdings eram t ant o grupos nacionais quanto internacionais. Des-t aqu es n acion ais er am o gr u po Bozan o Sim onsen, Banco Opport unit y, Globopar e a Const rut ora Andrade Gut ierrez. Grupos in-ternacionais com m aior força seriam a British Telecom m unicat ions, a France Telecom , a I tália Telecom , a Telefônica de Espanha, Por-t ugal Telecom e Bell SouPor-t h ( Pires, 2000) . Ant es m esm o do leilão, esses grupos foram se organizando visando à form ação de con-sórcios. Um consórcio form ado ant es do lei-lão foi a União Globopar Bradesco (UGB)/ I tália Telecom ( St et ) , que disput aria nove das 12 com panhias.

Esse consórcio j á havia vencido a licit a-ção para a exploraa-ção da Banda B em Minas Gerais, Bahia e Sergipe. Dessa form a não poderiam concorrer na com pra das operado-ras de celulares dessas áreas. O quadro 1 m ost ra as em presas vencedoras do proces-so de privat ização da Telebrás.

Com o um t odo, a Telebrás foi vendida por R$ 22 bilhões, t ot alizando um ágio sobre o preço m ínim o de venda de 63,74% . A em -presa com m aior ágio em term os percentuais foi a Tele Lest e Celular, com 242,40% de

ágio. E o m enor ágio foi pago pela Tele Nort e Leste, com ágio de apenas 1% (BVRJ, 2009). Apenas duas propostas disputaram a Telesp: um a da Telefônica de Espanha, a vencedo-ra, a out ra do consórcio Globopar/ Bradesco e Telecom / I t ália. A propost a vencedora foi de R$ 5,78 bilhões, enquant o a concorrên-cia foi de apenas R$ 3,965 bilhões. Rest ou apenas um a proposta para a Tele Centro Sul, j á que a propost a da concorrent e havia sido anulada pelo fat o dela ser da Telefônica, que j á havia com prado a Telesp.

O consórcio vencedor foi liderado pelo Banco Opport unit y e reunia fundos de in-vest im ent o, fundos de pensão e a operado-ra Telecom I t ália. A Tele Nort e, por sua vez, t am bém t eve um único concorrent e, o con-sór ci o l i d er ad o p el a em p r esa An d r ad e Gutierrez e pela La Fonte de Carlos Jereissati, pagando um ágio de apenas 1% , ou R$ 340 m il a m ais que o preço m ínim o.

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QUADRO 1: EMPRESAS VENCEDORAS DA PRI VATI ZAÇÃO DA TELEBRÁS

Empresa Comprador Valor da Compra (R$) Quant. de ações % Ord. Ágio

Tele s p Telebrasil Sul

Participações 5.783.000.000,00 64.405.151.125 51,70 64,29%

Solpart

Tele Centro Sul Participações S.A 2.070.000.000,00 64.405.151.125 51,70 6,15%

Total 3.434.000.108,00 63.604.351.125 51,14 Construtora Andrade

Gutierrez 728.008.024,00 13.653.092.000 10.98

Inepar 686.800.062,00 12.081.031.000 9,71

Tele Norte Leste Maçal 686.800.062,00 12.081.031.000 10,36 1,00%

Fiago 642.158.012,00 12.043.763.125 9,68

Brasil veículos 345.116.974,00 6.472.717.000 5,2 Companhia de

Seguros Aliança 345.116.974,00 6.472.717.000 5,2

Embratel Startel Participações 2.650.000.000,00 64.405.151.125 51,70 47,22%

Portelcom

Telesp Celular Participações 3.588.000.000,00 64.405.151.125 51,70 226,18%

Total 1.360.000.000 64.405.151.125 52

Tele fônica

Internacional S.A 1.074.400.000,00 50.880.069.389 40,91

Tele Sudeste Iberdrola

c e l u l a r Investimentos Sul 95.200.000,00 4.508.360.579 3,62 138,60%

NTT Móbile Communications

Network Inc. 115.600.000,00 5.474.437.846 4,4

Itochu Corporation 74.800.000 3.542.283.311 2,85

Telemig Celular Telapar Participaç ões 756.000.000,00 64.405.151.125 51,79 228,70%

Total 700.000.000,00 64.405.151.125 51,79

Tele Celular Sul UGBParticipações 350.000.000,01 32.202.575.563 25,89 204,35% BitelParticipações 349.999.999,99 32.202.575.562 25,89

Total 660.000.000,00 64.405.151.125

Tele Nord este UGBParticipações 330.000.000,01 32.202.575.563 193,33% Celular BitelParticipações 329.999.999,99 32.202.575.562

Total 428.000.824,00 64.405.151.125 51,79

Tele Leste Celular Iberdrola 265.360.510,88 39.931.193.697 25,89 193,33% Tele fônica

Internacional 162.640.313,12 24.473.957.428 25,89

Tele Centro Oeste

Celular BID S.A 440.000.000,00 64.405.151.125 51,79 91,30%

Tele Norte Celular Telepart Participações 188.000.000,00 64.405.151.125 51,79 108,89%

Te l e b rás 22.057.000.932 - - 63,74%

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O banco Opport unit y ofereceu ágio de 38,85% em envelope fechado e a MCI ágio de 37,38% . Com o as propost as eram m uit o próxim as, houve repique a viva- voz, a MCI venceu o leilão, pagando um ágio de 47,22% sobre o preço m ínim o ( BVRJ, 2009) .

Em relação às em presas de celulares, a Telesp foi com prada pela em presa portuguesa Port ugal Telecom , que t em at uação conj un-t a com a Telefônica de Espanha nos países de língua port uguesa e espanhola. A Telefô-nica de Espanha, vencedora no leilão da Telesp, t am bém est ava present e ent re as ganhadoras da Tele Sudest e Celular. Além disso, a acionist a m aj orit ária da Tele Brasil Sul, j unt o com a I berdrola, venceram a con-corrência da Tele Lest e Celular.

De acordo com Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (2009), a Telem ig Celular, conhecida no m ercado com o talvez a m ais eficiente das telefônicas celulares, foi a que teve m ais pro-postas e foi arrem atada pelo consórcio lidera-do por um a operalidera-dora canadense de telefonia celular (49% ), pelo banco Opportunity (27% ) e fundos de pensão, que pagaram um ágio de 228,7% ou R$ 756 m ilhões. A Tele Celular Sul, e a Tele Nordeste Celular foram arrem atadas pelo consórcio União Globo Bradesco (50% ) e Telecom I tália (50% ) com ágios respectivos de 204,35% e 193,3% . A Tele Centro Oeste Celular foi a única holding que passou a ser controlada por um grupo exclusivam ente na-cional, a Splice do Brasil, que já participava da banda B na capital paulista e teve o m enor ágio de celulares, cerca de 91% . A ultim a holding a ser leiloada foi a Tele Norte. O con-sórcio vencedor foi a Telepart, associado ao capital nacional do banco Opportunity e fun-d os fun-d e p en são fun-d a em p r esa can afun-d en se Telesystem I nternacional Wireless.

De acordo com Branquinho e Pires (2000), os grandes vencedores do leilão foram os gru-pos estrangeiros, sobretudo os espanhóis e os portugueses. Das 12 em presas vendidas, quatro foram arrem atadas por consórcios de capital estrangeiro, em seis houve associa-ções entre o capital estrangeiro e o capital nacional e apenas duas foram arrem atadas por grupos exclusivam ente nacionais. Os con-sórcios estrangeiros investiram R$ 8,026 bi-lhões e os nacionais R$ 3, 874 bibi-lhões. Em associação, estrangeiros e o capital nacional investiram R$ 10,157 bilhões. Os espanhóis e portugueses através de Portugal Telecom e da Telefônica de Espanha arrem at ar am a

Telesp (m aior em presa de telefonia fixa), a Telesp Celular ( m aior estatal de Telefônica m óvel) e a Tele Sudeste Celular, que abrange os estados do Rio e Espírito Santo. Juntos, esses dois grupos desem bolsaram R$ 10,97 bilhões, ou sej a, 46,7% do total arrecadado no leilão. Esses dois grupos se associaram depois do leilão e a Portugal Telecom entraria na Telesp e a Telefônica assum iria parte das ações da Telesp Celular.

Novos rum os para as teles

após as privatizações:

crescim ento da telefonia

m óvel e dim inuição da fixa

Segundo Branquinho, Castro e Sadenberg (2002) a presente década assiste a um de-senvolvimento vertiginoso desse segmento. No essencial, isto se deve, do lado da oferta, à melhoria da qualidade da radiotransmissão/ re-cepção e forte queda nos custos m édios de implantação e operação; de outro lado, à aber-tura do leque da dem anda, à m edida que es-tes atributos da oferta, sob a form a de níveis m ais elevados de serviços, a preços m enores, vêm sendo percebidos pelos atuais e potenci-ais usuários. De acordo com os autores, o au-m ento da renda per capita, eau-m particular nos países de renda m ais baixa, reforça este m o-vim ento da dem anda. Vale m encionar a exis-tência de demanda reprimida em vários países com dificuldades para am pliar a capacidade instalada.

Os autores enfatizam o aum ento da de-m anda por aparelhos celulares na últide-m a dé-cada, visto que estes se tornaram m ais bara-tos após a dim inuição em seus cusbara-tos de pro-dução, devido ao progresso tecnológico.

De acordo com a Anatel, em julho de 2008, o Brasil registrava 133,1 m ilhões de celulares, e se continuar neste ritm o, que tem evoluído nos últim os cinco anos, o país alcançará m ais de 200 milhões no ano de 2015. A privatização acelerou incrivelm ente a expansão da rede telefônica brasileira. Atualm ente, para a m aioria dos brasileiros tudo isso é habitual, em -bora no com eço dos anos 1990, o país era totalm ente carente de telefones, esta situa-ção é bem sinalizada no gráfico 1.

(9)

a disponibilidade de telefones num a sociedade é o núm ero de acessos (fixos ou m óveis) por cem habitantes. Pois bem : em 1980, o Brasil tinha apenas oito telefones ou acesso por cem habitantes; dez anos depois, eram treze por cem . A evolução durante o período Telebrás era m uito lenta. Nas décadas de 1970 e 1980, a escassez era tão elevada que criou um m er-cado paralelo de telefones: um a linha resi-dencial chegou a custar o equivalente a US$ 5 m il em diversos bairros da cidade de São Paulo. Em 1991, algum as linhas telefônicas destinadas a empresas eram vendidas por cerca de US$ 10 m il em diversos pontos da grande São Paulo – com o em Alphaville, no m unicípio de Barueri (Siqueira, 2008,p. 69). O gráfico 2 representa bem esta situação:

A fuga de investim entos

estrangeiros em

telecom unicações no Brasil

Segundo Branquinho e Pires ( 2000) , na época dos leilões da banda B e das em

pre-GRÁFI CO 1

Font es: Anat el, TeleQuest , Teleco.

GRÁFI CO 2

Font e: Anat el.

sas Telebrás, havia invest idores est rat cos e invest idores financeiros. Os est rat égi-cos ficariam no país por um a ou duas déca-das, ganhando dinheiro com a operação. Os financeiros sairiam depois de cinco ou set e anos, recuperando os invest im ent os feit os.

Com exceção da Telefônica e, em m enor escala, da Port ugal Telecom ( cuj a sit uação j á est ava com plicada) , são poucos os rem a-nescent es est rangeiros no Brasil ( ver qua-dro 2) . A partir daí apenas a Telm ex/ Am érica Móvil surgiu dispost a a invest ir para operar.

Em presas que aportaram por aqui entre 1997 e 1998 (nos leilões de celular e na ven-da ven-das estatais), tais com o a BellSouth, Telia, TI W, Bell Canadá, I berdrola, MCI , Sprint, NTT e Telecom I tália, saíram ou m anifestaram o desejo de vender seus investim entos no Bra-sil. O m esm o se deu com acionistas brasilei-ros, com o I nepar, Splice, RBS, Globo, Algar e Maçal. Restaram os acionistas da Telem ar (GP, Andrade Gutierrez e La Fonte), atualm ente Oi, e os fundos de pensão do BNDES, além do Citibank e do Opportunity (Teletim e, 2009).

QUADRO 2 : ACI ONI STAS QUE DESI NVESTI RAM

Grupo País/ Set or

econôm ico

Est r an geir os

BellSout h EUA

Telia Finlândia

TI W Can ad á

Bell Canadá Can ad á

I ber dr ola Espan h a

MCI EUA

Sprint EUA

NTT Japão

Telecom I tália I t ália

Nacionais

I nepar Const rução e energia

Splice Telecom unicações

RBS Mídia

Globo Mídia

Algar Agronegócio,

telecom . e Mídia

Macal Com ércio

eletrônico e outros

(10)

Esse é um sinal im port ant e de que o m o-delo que funcionou nos seus prim eiros anos precisa ser renovado. A concent ração t am -bém preocupa, vist o que as únicas em pre-sas est rangeiras que est ão invest indo no Brasil, de form a relevant e, são a Telefônica e a Telm ex. A t endência é a consolidação em t orno dos at uais player s, com o Telefônica e Telm ex, que j á t êm um a at uação im -port ant e em t oda a Am érica Lat ina.

Considerações finais

As t endências at uais rem et em ao cenário pós- privat izações, em que capit ais nacio-nais e estrangeiros investiram bilhões no se-t or. Porém , ase-t ualm ense-t e ocorre o conse-t rário daquele m om ento, em que m uitas em presas ent raram nesse m ercado sem a int enção de se est abelecerem de form a sólida no país, apenas seguindo o rum o dos capit ais flut u-antes, m uitas inclusive abandonaram o m er-cado, caract erizando um período de m ais de cinco anos de desinvest im ent o e est agna-ção do set or. Hoj e, as em presas rem anes-cent es, principalm ent e os grandes player s das t elecom unicações, querem se consoli-dar no m ercado, t ant o em âm bit o nacional qu an t o in t er n acion al, an gar ian do n ov os

processos de fusões e aquisições, principal m eio de se m anter com petitivo num am biente onde cada vez m ais as grandes corporações são protagonistas.

Porém , a form ação de grandes em presas não é o único desafio, o desenvolvim ento de novas tecnologias é extrem am ente relevan-te. As em presas que não investirem em no-vas tecnologias não terão condições de so-breviver no m undo globalizado das com uni-cações. No set or, a at ualização t écnica é m uito rápida, as transform ações tecnológicas criaram am bientes m uito diferentes do que era im aginado há dez anos. Basta lem brar a revolução que a internet ofereceu ao serviço de telefonia, ou a m ultiplicação de possibili-dades abertas com a chegada das redes. Vale lem brar sem pre que avanços tecnológicos não realizados não esperam para cobrar seu pre-ço. Quanto à privatização da Telebrás, a dú-vida que fica é sobre o que aconteceria se esta tivesse tido liberdade de investim ento. Seria hoj e o que é a Petrobrás? Com atendi-m ento pleno da deatendi-m anda e presença no ex-terior? Curiosam ente, os argum entos que fo-ram favoráveis à fusão das telefônicas Oi e Brasil Telecom são de apelos patrióticos. Com o am bas as com panhias são de capital nacional e possuem acionistas do governo, a suges-tão era de que a união acirraria a concorrên-cia com em presas estrangeiras.

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Resum en: En est e art ículo, ent ender la po-lít ica nacional de privat ización de las em pre-sas de telecom unicaciones, las m otivaciones y los efect os gener ados por la inver sión ext ranj era en el sect or, fue necesario re-construir la historia de cinco décadas, basada en una revisión de la literatura sobre el tem a y el análisis de dat os de inst it uciones com o el Banco Nacional de Desarrollo Económ ico y Social, la Agencia Nacional de Telecom uni-caciones, la Bolsa de Valores de Río de Ja-n eir o y la pr eJa-n sa Ja-n acioJa-n al, debido a la tem ática contem poránea. Se señaló que este segm ento registró un cam bio estructural im -port ant e, no sólo en Brasil sino t am bién en el m undo, especialm ent e en lo que respect a a la recogida y fuerzas t ecnológicas que r egulan la com pet encia y las r elaciones com erciales de est a cadena. La indust ria de las telecom unicaciones ha experim entado una t ransform ación im port ant e en los años 90, m ás precisam ente después de la privatización Telebr ás, añandindo com pañías gigant es extranj eras en la econom ía brasileña.

Pa la bra s- cla ves: Privat ización, Telecom u-nicaciones, inversiones extranjeras

Résum é: Dans cet article, afin de comprendre la polit ique nat ionale de privat isat ion des ent reprises de t élécom m unicat ions et les m ot ivat ions et les effet s générés par les investissem ents étrangers dans le secteur, il était nécessaire de reconstruire l’histoire de cinq décennies, basée sur une r ev ue de littérature sur le sujet et l’analyse données auprès des inst it ut ions com m e la Banque nationale de développem ent économ ique et social, l’Agence nationale des télécom m uni-cations, la Bourse de Rio de Janeiro et de la presse nationale elle-même, en raison du thème contem porain. I l a été noté que ce secteur a enregistré un changem ent structurel m ajeur, non seulem ent au Brésil m ais aussi dans le m onde, notam m ent en ce qui concerne la collect e et les for ces t echnologiques qui r égissent la concur r ence et les r elat ions commerciales dans cette chaîne. L’industrie des télécommunications a subi une transformation m ajeure dans les années 90, plus précisém ent après la privatisation de la Telebrás, en jouant le géant des ent reprises ét rangères dans l’économie brésilienne.

Mots clés: privatisation, télécom m unications, investissem ents étrangers

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