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SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO Revista de Adultos da EBD

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Academic year: 2021

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INSTITUTO PENTECOSTAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “Integrando Vida e Serviço Através das Escrituras” CNPJ n°. 15.154.731/0001-69 – Decreto nº 5.154/04

SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO – Revista de Adultos da EBD

Pesquisa e produção: Pr. Isaque C. Soeiro 1

Revisão orto-gramatical: Pr. Mário Saraiva 2

RESUMO

O presente texto serve de apoio aos Educadores da Escola Bíblica Dominical, especialmente aos que ministram a Revista de Jovens e Adultos na Edição Especial da CPAD: “OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM

TEMPOS DE CRISE: a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias”, que é uma reedição de uma das lições comentadas pelo saudoso pelo pastor Eurico Bergstén.

Esse breve subsídio contribui com a Lição 11 - “Esdras Vai a Jerusalém Ensinar a Palavra”, com os seguintes objetivos de aprendizagem: identificar as principais informações sobre o ministério de ensino de Esdras, baseado na narrativa de Esdras 7.1-10; e, refletir sobre a importância do ministério de ensino fidedigno da Palavra de Deus.

1. INTRODUÇÃO.

Esdras é considerado, na tradição judaica, um “segundo Moisés”, tanto pela forma como perpetrou a Lei, na geração de israelitas dos seus dias, como pela reforma que legou ao Judaísmo.

Esdras, sacerdote e escriba, correspondeu de modo singular ao valor que Deus concede à pratica de ensino da sua Palavra e promoveu um amplo programa de ensino da Lei.

O presente estudo aborda o contexto, o padrão e a metodologia de ensino de Esdras, tomando por base a narrativa de Esdras 7.1-10.

2. O ENSINO DA LEI DIVINA NO PÓS-EXÍLIO: Reforma pela Palavra: Esdras 7.1-10.

A reforma no período do pós-exílio foi extensa às áreas social, política, religiosa e espiritual; por isso, elas demandaram vários anos de trabalho e exigiram a vigorosa liderança de homens fiéis a Deus e comprometidos com sua obra. É sempre importante destacar que tudo isso ocorreu debaixo de muitas oposições, reviravoltas e adversidades dos inimigos do povo de Deus.

Todo esse período, porém, foi oportunizado pela soberania de Deus, que sustentou sua “boa mão” sobre seu povo e sobre seus líderes civis e religiosos. Enquanto o povo realizava a obra, Deus os abençoava com toda sorte de providências! Assim, a obra de restauração avançou:

• Houve o repatriamento de muitos israelitas;

1 Pr. Isaque C. Soeiro, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Guimarães, MA. Graduado em Administração

(UNITINS-TO), Bacharel em Teologia (FATEH-MA), Especialização em Gestão Educacional (UNISEB-COC), Especialização em Ciência das Religiões (ILUSES/FATEH-MA) e Mestrando em Ciência das Religiões (ILUSES/LUSÓFONA). Diretor do Instituto Pentecostal de Educação Cristã – IPEC. Membro do conselho de doutrina da CEADEMA. E-mail: ic.soeiro.ic@gmail.com.

2 Pr. Mário Saraiva, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Buriticupu (MA). Graduado em Letras, com

habilitação em Português, Inglês e suas respectivas literaturas (Universidade Estadual do Maranhão – UEMA); Especialista em Teologia (Universidade Estácio de Sá – UNESA); Pós-Graduando em Exegese Bíblica/Com ênfase em Grego Bíblico (Centro de Estudos Bet-Hakam/Seminário Cristão Evangélico do Norte – SCEN); Mestrando em Ciências Teológicas (Universidade de Desenvolvimento Sustentável – UDS, Assunção, Paraguai). E-mail: pr.mariosaraiva@gmail.com.

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2 • Houve a provisão de recursos financeiros do império Persa para a obra em Jerusalém;

• Foi concluído o segundo Templo;

• Foi restabelecido o serviço sacerdotal e levítico com seus sacrifícios e festas;

• Foi restaurada a pureza étnica e cerimonial do povo, afastando os estrangeiros dos serviços sagrados e desfazendo os casamentos mistos;

• Foi concluída toda a obra de fortificação da cidade de Jerusalém: muros, portões e torres; • Foi organizada toda a estrutura social, política e militar de Jerusalém.

A obra reformada e a permanência na terra reocupada dependeriam da relação do povo com Deus mediante a Lei. Eram novos tempos, mas o padrão era o mesmo: a Lei do Senhor era a norma de santidade e justiça pela qual o povo continuaria sendo medido por Deus. Os judeus precisavam entender que as bênçãos da obediência e as maldições da desobediência continuavam vigentes (Dt 26.16 – 28.68).

Os livros de Esdras e Neemias registram como a Lei foi determinante para as reformas. O conhecimento da Lei e dos Profetas foi demonstrado em muitos momentos no conteúdo das orações, nos louvores, nas decisões e nas intenções para cada obra (Ed 2.59-62; 3.1-6; 5.1-2; 6.16-18; 7.1-10,25; 9; Ne 1.5-11; 5.1-15; 6.10-14; 8.1-12,13-18; 9.2-3; 9.5-37). Mas, sobretudo, a Palavra de Deus prevaleceu pela “prática do ensino”.

O texto subsequente trata sobre o contexto, o perfil e os efeitos do ministério de ensino de Esdras em Jerusalém, atendo-se principalmente à narrativa de Esdras 7.1-10.

2.1 - Esdras e o Contexto do Ensino.

A narrativa bíblica diz: “Passadas estas coisas, no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, Esdras veio da

Babilônia...” (Ed 7.1/NAA). A expressão “passadas estas coisas” refere-se a um período específico de

grandes dificuldades entre os israelitas que voltaram do exílio.

Esdras apareceu em tempos difíceis, depois de “passadas estas coisas”: haviam decorridos cerca de 70 anos desde que a primeira caravana de judeus tinha chegado em Jerusalém, regressando do exíli,o liderados pelo governador Zorobabel e pelo sumo-sacerdote Jesua (Ed 1 – 6). Contudo, em menos de um século, os israelitas mais uma vez encaminharam-se pela falta de zelo para com a Lei do Senhor; estavam estagnados em morbidez espiritual e indiferença moral.

O contexto social, religioso e espiritual daqueles dias pode ser resumido em dois pontos:

2.1.1 - Havia uma estrutura religiosa reformada sem o ensino consistente da Lei.

A narrativa de Esdras 1 – 6 descreve como a primeira caravana de israelitas, liderados pelo governador Zorobabel e pelo sumo-sacerdote Jesua, e incentivados pelos profetas Ageu e Zacarias, conseguiram levar adiante o plano de reformas religiosas.

Quando Esdras chegou a Jerusalém, já havia decorrido cerca de 57 anos, desde a conclusão do segundo Templo, o que possibilitou o devido reordenamento do serviço sacerdotal e levítico com seus horários, rituais, sacrifícios e festas (Ed 6.13-22).

Esdras deparou-se com um quadro conflitante: a estrutura religiosa estava em operação, mas havia escassez de ensino da Lei. Os israelitas reconstruíram o Templo e seus cultos, mas estavam negligenciando a prática de ensino consistente da Lei que cabia aos sacerdotes (cf. Lv 10.8-11; Dt 29.29; 31.9-13,24-26).

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2.1.2 - Havia uma obra de reforma impura por causa da escassez de saber consistente da Lei.

A narrativa de Esdras 9 – 10 descreve as impurezas que os israelitas incluíram na vida social e familiar, em flagrante desobediência às instruções da Lei, especialmente no que diz respeito aos casamentos mistos entre israelitas e os outros povos, considerados como “jugos desiguais” e “abominação” pela Palavra de Deus (Êx 34.11-16; Dt 7.1-6).

A santidade ao Senhor é indissociável da obediência à Palavra de Deus, pois santidade é obediência ao Senhor; e, a obediência à Palavra é precedida pela aprendizagem que, por sua vez, vem pelo ensino (Lv 18.1-5; 19.1-2). Isso mostra que a negligência no ensino da Lei colocou em movimento um ciclo de prejuízos no meio do povo de Deus.

Esdras deparou-se com um povo enfraquecido, em inanição espiritual e que haviam afrouxado o padrão de santidade e pureza na obra de reforma. A consequência foi uma reforma sem o vigor santificador da Palavra de Deus. Sem o conhecimento da Lei, toda aquela geração caiu no erro de promover uma reforma com imperfeições; por isso, eles preservaram o que deveria ser abandonado e repudiaram aquilo que devia ser preservado. Como restaurar as estruturas familiares, sociais,

religiosas e espirituais em Jerusalém sem a luz e a verdade da Lei do Senhor? Como agradar a Deus sem o padrão da sua Lei?

Nesse contexto, os israelitas eram como um corpo enfermo, sem a vida da Lei e da doutrina de Deus (Dt 32.2,45-47). Era um longo período de enfraquecimento espiritual, havia muitos prejuízos espirituais e uma necessidade que somente o ensino profícuo da Lei poderia satisfazer. Para esse tempo, Esdras voltou-se com dedicação e fervor para ensinar a Palavra do Senhor àquela geração de israelitas.

Esdras compreendeu que era necessária a implantação de um ensino consistente da Lei para aquela geração, que vivia o momento de reconstrução e reformas. Eles precisam da luz e verdade da Lei do Senhor, para não trabalhar em vão e não fazer reformas inúteis. Os erros precisavam ser corrigidos e a obra de reforma continuar segundo o padrão da Lei.

2.2 - Esdras e o Padrão para o Ensino.

A narrativa bíblica descreve Esdras da seguinte forma: “Ele era escriba versado na Lei de Moisés, dada

pelo Senhor, Deus de Israel...”, e mais: “Porque Esdras pôs no coração o propósito de buscar a Lei do Senhor, cumpri-la e ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” (Ed 7.6,10/NAA).

Esdras adotou um padrão exemplar para ensinar a Lei do Senhor. Ele demonstrou um perfil de “ensinador aprovado”, pela forma como viveu diante de Deus, pelo testemunho diante dos israelitas e pela maneira como ensinou a Lei.

Esse aspecto da vida de Esdras ajuda a responder duas perguntas relevantes para a Igreja na atualidade: De onde vem a autoridade para o ensino da Palavra de Deus? Em que deve estar baseada a

autenticidade para o ensino da Palavra? Observando a narrativa de Esdras 7.1-10, é possível pontuar dois

fatos:

2.2.1 - Esdras não firmou seu ministério de ensino em bases humanas.

Esdras chegou a Jerusalém de forma notória. Ele era um homem distinto; da sua herança israelita, ele havia recebido a posição de sacerdote; e, do imperador persa Artaxerxes, ele obteve posição política e recursos econômicos suficientes para seu propósito ministerial em Jerusalém.

A narrativa de Esdras 7.1-26 oferece detalhes biográficos para mostrar importância religiosa e política de Esdras, como:

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4 A. Os dados sobre a posição religiosa de Esdras (Ed 7.1-5). A genealogia de Esdras mostra a legitimidade do seu sacerdócio; Esdras era sacerdote da linhagem de Arão. Essa posição sacerdotal garantia a Esdras o direito religioso de introduzir reformas espirituais conforme os preceitos da Lei do Senhor (Ed 7.14). Contudo, Esdras não pautou a autoridade e autenticidade do seu ministério de ensino na sua herança sacerdotal.

B. Os dados sobre a posição política de Esdras (Ed 7.11-26). O imperador Artaxerxes concedeu a Esdras uma missão política, com todos os recursos necessários, para implantar um sistema judicial entre os israelitas e para garantir a observância devida à Lei do Senhor (Ed 7.14,25-26). Essa carta oficial de Artaxerxes dava a Esdras um poder político incontestável em Jerusalém e região. Apesar disso, Esdras não pautou a autoridade do seu ministério de ensino na posição política adquirida do imperador.

A posição sacerdotal, a autoridade política e os recursos econômicos recebidos do império foram úteis a Esdras; porém, não foram considerados por ele como os fatores essenciais para o ministério de ensino aprovado.

2.2.2 - Esdras firmou seu ministério de ensino em um padrão consistente com a Palavra de Deus.

Na perspectiva humana, Esdras tinha toda posição, privilégio e recursos para respaldar seu ministério de ensino; mas, não o fez. Esdras buscou na presença de Deus e na sua Palavra a base duradoura para seu ministério de ensino.

A narrativa bíblica deixa evidente que Esdras tomou uma firme resolução que embasou toda a sua vida diante de Deus e seu ministério para os israelitas. Esdras 7.10, esse único versículo, retrata o panorama da vida de Esdras e seu ministério de longo impacto.

[Esdras] é um reformado-modelo porque tinha vivido primeiramente aquilo que ensinava, e aquilo que vivia tinha primeiramente averiguado nas Escrituras. Com o estudo, a conduta e o ensino colocados deliberadamente nesta ordem certa, cada uma destes podia funcionar corretamente nas usas melhores condições: o estudo foi livrado da irrealidade, a conduta da incerteza e o ensino da insinceridade e da superficialidade.3

Esse único versículo resume toda uma vida de consagração a Deus no serviço do ensino da Palavra. Note-se que não é um testemunho de um dia, de uma semana, de um mês ou de um ano; mas de uma vida e um longo ministério público de ensino! Esdras 7.10 informa:

A. Esdras buscou viver em temor e integridade diante de Deus. Esdras compreendeu que o ministério aprovado começa com a posição correta diante de Deus e sua Palavra. Por isso, o escriba Esdras determinou dedicar-se em estudar a Lei com profundidade e consagrar sua vida na obediência à Palavra do Senhor. Esdras somou “conhecer mais” com “mais obediência”. Quanto mais conhecimento da Palavra, maior deve ser o temor a Deus e, com isso, a integridade será aperfeiçoada pela obediência às Escrituras.

Do que adianta ser aplaudido diante do povo, mas ser reprovado diante de Deus? Por isso, todo

ministro deve buscar a aprovação de Deus mediante a dedicação ao estudo das Escrituras e à sã doutrina, persistindo em ler, viver em obediência e mantendo uma boa consciência (1 Tm 1.5,19; 3.1-7; 4.6-16; 2 Tm 1.13-14).

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5 B. Esdras buscou ensinar a Lei com fidedignidade aos israelitas. Esdras não era um ministro de “fé fingida e hipócrita”; pelo contrário, era um homem autêntico, de vida transparente e de bom testemunho, o que lhe dava autoridade para ensinar. Esdras não era um ministro com conhecimento superficial ou errado da Lei; porém, era um ensinador que conhecida profundamente a Lei e a ensinava com fidedignidade. Esdras ensinava aquilo que vivia e ensinava aquilo que sabia com profundidade e segurança (2 Tm 3.14 – 4.5).

Esdras assumiu como ninguém o encargo de tornar conhecida a Palavra do Senhor àquela geração de israelitas e, para tanto, buscou viver segundo a dignidade do ministério da Palavra.

Esdras adotou um padrão exemplar para o ministério de ensino da Palavra do Senhor. O ensino verbal da Lei foi realizado de modo aprovado, de maneira que o impacto do seu ministério foi profundo e duradouro, naquela geração e no Judaísmo subsequente. A tradição judaica atribui a Esdras uma posição elevadíssima, considerando-o um “segundo Moisés”, pois “deu a Israel o seu caráter permanente do povo de um livro”4.

2.3 - Esdras e a Metodologia de Ensino.

Esdras é descrito como um escriba especialista na Lei do Senhor (7.6), versado nas palavras e mandamentos do Senhor (7.11) e dotado de sabedoria, tanto para conhecer como ensinar (7.25). Esdras, cônscio da capacitação e vocação divina, chegou em Jerusalém com o claro propósito de ensinar a Lei do Senhor a todos (7.10,25).

Nesse cenário, como propagar o conhecimento da Lei do Senhor por meio do ensino? Que métodos

usar para ensinar a Lei a todo o povo?

A narrativa bíblica não informa claramente os detalhes do programa de ensino implantado por Esdras. Assim, é preciso observar alguns detalhes dados no texto sobre a metodologia usada por Esdras. O livro de Neemias 8.1-18 permite distinguir duas formas:

2.3.1 - Ensino por meio de ajuntamento congregacional.

Esdras usou os grandes “ajuntamentos congregacionais” do povo para promover o ensino público e extensivo da Lei, como indica a narrativa de Esdras 9.1-4 e 10.1-4, 9-10. O relato de Neemias 8.1-12 evidencia como as ocasiões públicas de ensino foram um mecanismo útil para o ensino da Lei, em que se percebe que:

A. Havia uma busca sincera pelo ensino (Ne 8.1-2). Os ajuntamentos públicos eram movidos pelo anseio dos israelitas para conhecer a Lei do Senhor. Essa busca do povo pela Palavra encontrava satisfação na existência de ministério de ensino fidedigno da Palavra.

B. Havia uma organização para o ensino (Ne 8.4-8). Os ajuntamentos públicos eram organizados para centralizar o ensino da Lei; assim: havia um púlpito de madeira para amplificar o ensino acima do povo e havia uma equipe de apoio ministerial junto a Esdras que auxiliava na replicação da leitura e explicação da Lei.

2.3.2 - Ensino por meio de grupos pequenos.

Esdras formou equipes de sacerdotes e levitas, como apoio para o ensino, e intensificou o ensino para “os chefes das famílias”. Em tudo isso, Esdras adotou meios para que o ensino da Lei fosse propagado para todo o povo, por meio dos sacerdotes, levitas e chefes de família (Ne 8.13).

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3. CONCLUSÃO.

A prática de ensinar verbalmente as Escrituras Sagradas corresponde ao propósito de Deus em revelar sua vontade por escrito. É fato que Deus revelou sua vontade por Palavra escrita, para que fosse lida e ouvida, ensinada e aprendida (cf. Lv 10.8-11; Dt 4.1-6; 5.1; 6.1-9; 29.29; 31.9-13,24-26; 2 Tm 3.16 – 4.5). Esdras correspondeu ao valor intrínseco das Escrituras e trabalhou no ensino segundo o valor que Deus concede à pregação da sua Palavra. O exemplo de Esdras é uma eloquente advertência e exortação aos ministros da Palavra e a toda a Igreja; portanto:

1. Assim como o escriba Esdras, os ministros da Palavra devem exercer a prática de ensino com

integridade e fidedignidade. Esdras é visto como “um homem da Lei”. Todos os movimentos de

Esdras são relacionados ao livro da Lei e ao povo a quem ensinava, como em Neemias 8: “trouxe

a Lei diante da congregação” (v.2), “leu o livro em voz alta” (v.3), “abriu o livro à vista de todo o povo” (v.5) e “explicou a Lei” (v.8).

Os líderes vocacionados por Deus devem ser os primeiros a exercerem a primazia da Palavra, tratando-a com toda honra e centralizando-a na vida do povo de Deus. Os ministros e todos aqueles responsáveis pelo manuseio da Palavra de Deus devem ser zelosos na propagação do conhecimento da Palavra de Deus. Devem ser tomadas todas as atitudes necessárias para priorizar a pregação fidedigna da Palavra.

2. Assim como os israelitas dos dias de Esdras, a Igreja deve buscar o conhecimento fidedigno da

Palavra de Deus. Os israelitas congregaram-se “como um só homem” para buscar a Palavra do

Senhor e os chefes das famílias buscaram estudar atentamente a Lei de Deus. Havia neles anseio, busca e atitudes necessárias para ouvir e aprender as Escrituras como povo de Deus. Da mesma forma, a Igreja deve buscar com avidez a Palavra; deve ouvir com prontidão para aprender as Escrituras e obedecer com temor.

É urgente revitalizar a primazia da Palavra de Deus na pregação e na vida da Igreja. Para tanto, é necessário que haja cooperação entre quem prega e quem ouve: servos que ensinam com fidedignidade e temor e servos que aprendem com prontidão e temor.

APOIO:

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