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Revista RecreArte 11 DIC09. Revista RecreArte 9 > II - Creatividad en Educación: Innovación Radical. David de Prado Díez

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Revista RecreArte 11

DIC09

Revista RecreArte 9> II - Creatividad en Educación: Innovación Radical

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Keller Regina Viotto Duarte

Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo – Brasil

PORTFÓLIOS CRIATIVOS

RESUMO

Sobre a necessidade de registrar, reunir, ordenar e organizar os diversos elementos constituintes de uma investigação podemos relacionar algumas denominações para designar tal suporte, como: Diário, Diário de Bordo, Diário de Campo e Portfólio.

Num universo de informações com diversos textos, sejam eles imagéticos, sonoros ou verbais, buscamos desenvolver soluções criativas e que revelem uma identidade ao conjunto.

O portfólio, recurso já conhecido de artistas e fotógrafos, se apresenta também como uma estratégia de ensinagem, numa busca por recuperar o ser poético do professor e dos estudante. E como uma proposição para o ensino da arte na universidade contemporânea.

Palavras-chave: memória-registro; criatividade; arte; educação; identidade.

ABSTRACT

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Camp and Portfólio.

In a universe the informations with divers text, image, son or verbal we search develop solutions crieative and that to reveal the identity in the whole.

The portfólio, known recourse to artist, photographer, is too a strategy to teaching, in a search to recuperate the poetic been of the teacher and of the students. And such a proposition to the artistic's teaching in the contemporary university.

Kye-words: memory-register; creative; Art; Education; identity.

“O homem encontrou formas de interiorizar o mundo exterior e exteriorizar o seu mundo interior.”

Norberto Stori, 2003.

A artista plástica, professora e pesquisadora de Artes e autora, Lygia Eluf, diz logo no segundo parágrafo de seu livro:

Há algum tempo mantenho o hábito de anotar minhas dúvidas e escolhas em cadernos de desenho. Quando iniciei a série Os campos de

cor, reuni os apontamentos, surgidos durante o processo de trabalho,

como um registro de reflexões que pudesse de algum modo, esclarecer aquelas realizações. Essa decisão pela reunião de algumas anotações é uma tentativa de compreender a essência de meu trabalho e tentar verbalizar seus fundamentos, que entendo como a expressividade da cor pela cor (2004, p.15).

A autora se refere ao diário como um produto de um exercício cotidiano e não apenas como uma opção estética, simbólica ou histórica, mas como resultado de um sentimento, de uma manifestação perceptiva.

Lygia inscreve nesses diários seus estados de espírito, suas inquietações, seus desejos e decepções. Reune pensamentos e reflexões sobre pintura, desenho e analisa suas próprias vivências estéticas.

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de pinturas Os campos da cor: pinturas azuis e as pinturas vermelhas. Tanto as pinturas como o diário integraram o trabalho apresentado para a obtenção do título de doutora na área de Poéticas Visuais na Universidade de São Paulo (USP).

Sobre a necessidade de registrar, reunir, ordenar e organizar os diversos elementos constituintes de uma investigação podemos relacionar algumas denominações para designar tal suporte, como: Diário, Diário de Bordo, Diário de Campo e Portfólio.

1.

Este artigo apresenta algumas investigações sobre o Portfólio como uma estratégia e suporte no ensino de Arte, dentre outros exemplos similares, numa perspectiva de despertar e manter o ser criativo e conhecedor durante seu processo de aprendizagem, se estudante e ensinagem, se professor.

Para Ostrower (1987), “todo perceber e fazer do indivíduo refletirá seu ordenar íntimo. O que ele faça e comunique, corresponderá a um modo particular de ser que não existia antes, nem existirá outro idêntico”. A autora considera que as coisas que parecem mais simples correspondem a “um processo fundamental de dar forma aos fenômenos a partir de ordenações interiores específicas”(p.26) .

Salles (1998) denomina como documentos de processo os registros materiais do processo criador. “São retratos temporais de uma gênese que agem como índices do percurso criativo.” A autora considera ainda, que esses

documentos de processo desempenham importantes papéis no processo

criativo tanto de armazenamento como de experimentação. Ela destaca que o ato de armazenar está sempre presente nos documentos de processo. Sobre o registro de experimentação, pode-se destacar os rascunhos, estudos, croquis, plantas, esboços, roteiros, maquetes, copiões, projetos, ensaios, contatos,

story-boards.

De acordo com Salles (1998)

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como diários, anotações e certas correspondências (p. 18).

Ao lembrar dos Diários de Klee, Salles (1998) reafirma que “um diário não é uma obra da arte mas uma obra do tempo. E sendo assim, esses documentos guardam o tempo contínuo e não-linear da criação” (p.20).

Ao considerar a continuidade do processo, tem-se a estética do inacabado.

Segundo Pannunzio (2004), o diário de bordo “é um tipo particular de registro, em que o capitão do navio escreve dia a dia anotações do progresso em uma rota marítima” (p.47).

Ribeiro (2003) adota o termo Diário de Campo como sendo “o instrumento de registro fundamental do procedimento de investigação, em que se inscrevem, passo a passo e desde o princípio dos projetos de investigação as atividades do antropólogo”. [...] Para o autor, “começar um projeto de investigação é abrir um diário de campo” (p.103).

No Diário de Campo podem ser registradas impressões, memórias e notações, que ora são somadas com os dados, as fotos, os desenhos, as imagens. O diário é um espaço preenchido por uma matéria-prima que permite o pensar e o refletir posterior (Duarte, 2006).

Segundo Stori (2003):

O homem necessita criar e sabe que não se cria algo do nada. Só se cria a partir de conteúdos vivenciados. Criar é transformar aquilo que possuímos. Trata-se de um processo dinâmico de transformações que não é rígido e muito menos linear, e isso acontece também com a participação da intuição. Esta faz aflorar a nossa imaginação e criatividade nas diversas áreas do conhecimento. O trabalho criativo está sempre em aberto, aceita ruídos, acasos, dúvidas, inseguranças; mesmo que partindo de uma idéia original, deverá ser planejado e preparado através de estudos preliminares (p. 43).

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Quando Moreira (1984) nos fala sobre a recuperação do ser poético, afirma que:

o importante é que cada um possa reencontrar o seu próprio canal expressivo: desenhar com palavras, com a música, com as cores, com o gesto. E também se aventurar em outras linguagens, recriando o espaço lúdico, se afirmando como ser humano (p.96)

2.

O portfólio (do inglês), surgiu na história das artes e se refere a um conjunto de trabalhos de um artista (desenhista, cartunista, fotógrafo, etc.) que explicitam a sua trajetória como criadores. Nesse caso, é um instrumento útil pela possibilidade de poder comprovar os trabalhos individuais mais importantes, as suas capacidades criadoras e artísticas.

Em aula de arte, o portfólio pode ter esse mesmo caráter, mas também apresentar trabalhos não acabados, que registram uma dificuldade enfrentada pelo aluno, suas anotações significativas e ainda não resolvidas. O portfólio é um ótimo instrumento para o professor e aluno terem uma idéia da trajetória de aprendizagem (ARSLAN, 2006).

Segundo Pannunzio (2004) o portfólio

consiste, normalmente em um grande cartão duplo desdobrável usado para guardar papéis, desenhos, estampas, etc; é uma pasta grande, em que artistas e fotógrafos iniciantes colocam amostras de suas produções, como forma de apresentar a qualidade e abrangência do seu trabalho, de modo que seja apreciado por especialistas e professores. Essa fonte de informação permite aos críticos e aos próprios artistas iniciantes compreenderem a carreira profissional em desenvolvimento e oferecerem sugestões que encorajem sua continuidade (p. 51).

Para o desenvolvimento de um portfólio podemos considerar o registro oral (voz), escrito, o registro do “olhar” – em desenhos e/ou fotografias – e ainda o audiovisual.

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fazendo um exercício de reflexão e seleção sobre o que foi ou não significativo seja no seu estudo, ou ainda na sua vida.

O portfólio pode ser organizado e apresentado em uma pasta, envelope, caixa, caderno, mala, e também em formato digital, seja uma apresentação de

slides, um audiovisual, um blog ou um website.

Num universo de informações com diversos textos, sejam eles imagéticos, sonoros ou verbais, buscamos desenvolver soluções criativas e que revelem uma identidade ao conjunto.

Salles, (1998) afirma que “o processo é o meio pelo qual o artista aproxima-se de seu projeto poético”. Lembra ainda que “este é um conjunto de comandos éticos e estéticos, ligados a um tempo e um espaço, e com fortes marcas pessoais”.

Assim como o percurso criador, ao gerar uma compreensão maior do projeto, leva o artista a um processo de auto-conhecimento, o portfólio criativo leva seu organizador, seja ele estudante, artista e/ou professor, a conhecer-se e tornar-se conhecido diante dos recortes que faz de sua vida.

Salles (1998) diz que “o artista se conhece diante de um espelho construído por ele mesmo. Rasurar a possível concretização de seu grande projeto é, assim rasurar a si mesmo” (p.131).

Os artistas apostam no potencial de eloqüência do portfólio para descrever o indescritível, para dizer o indizível. Ele tem sido muito usado para avaliações dos processos de ensinagem e também como um suporte que apresenta os diferentes registros de um processo seja ele criativo, histórico de vida e ou de aprendizagem.

Pannunzio (2004) cita Gardner (1995) que define o portfólio como:

o local para armazenar todos os passos percorridos pelos estudantes ao longo de sua particular trajetória de aprendizagem... nele o aluno vai, diariamente, acumulando dados, tanto no que se refere a textos, documentos, registros de atividades e ações, como também impressões, dúvidas, certezas, relações feitas com outras situações vividas ou imaginadas, na escola ou fora dela (p.52).

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suas próprias idéias, olhe e reflita sobre o conhecimento adquirido fora da sala de aula. Assim, constrói seu conhecimento fazendo a articulação da escola com a vida e estrutura a atividade intelectual e criativa.

Martins, M. C., Picosque, G. (2000/2001) chama de registro-memória a parte de registros feitos durante uma viagem-projeto, quando o sujeito encontra esse algo novo e registra o que olha e como olha. Para a autora “o registro é fundado na experiência. É ele que vai apontando e tornando consciente para o professor e para o aluno o que está acontecendo, o modo como se está conhecendo e qual foi o conhecimento organizado no domínio do saber de arte (p.65).

3.

O “Diário de Bordo” como uma estratégia de ensinagem tem sido usado pelo professor Norberto Stori. Ele relata em entrevista concedida à Pannunzio (2004), quando questionado sobre o uso que faz do Diário de Bordo no processo avaliatório na disciplina que ministra no Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, na Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 1998, e diz:

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seria o caminho para poder estimular os alunos, para que a arte fosse um elemento aglutinador, um elemento que pudesse sensibilizá-los e que adentrasse o seu universo. Que houvesse uma transformação de conteúdos e pessoal. A minha preocupação era como sensibilizá-los com relação à arte. [...] Quanto à apresentação, é muito enriquecedora. É uma grande descoberta de si e do colega (p.60-62).

O professor diz que a proposta é muito aberta, muito livre. Os alunos devem trabalhar com conteúdos novos e com criatividade. Para ele o aluno deve ter toda liberdade de criação. A proposta é fazer “um vôo livre, não se sabe aonde vai chegar e tudo o que não tem limite e referências e não sabemos aonde chega assusta”.

Stori diz à Pannnzio (2004): “fomos educados para acertar. A nossa educação valoriza o acerto e não o erro, mas o erro é muito mais importante, o que vale mais é o processo e não o resultado” (p.64). Para Stori, “a marca do Diário de Bordo é sua a abertura, ele não tem fim. É um processo de avaliação muito verdadeiro, de trocas entre professor e alunos com muita sensibilidade, pois sem sentimento não há educação” (p.68).

Nesta experiência com o o professor Norberto Stori, dificilmente um aluno não se envolve com seu Diário. A partir desse processo o aluno toma consciência de si, traz memória, resgata-se como pessoa e como profissional, trabalhando muito com os sentidos e alguns até se emocionam.

4.

Nóvoa (1995) questiona: “Como é que cada um se tornou o professor que é hoje? E porquê? De que forma a ação pedagógica é influenciada pelas características pessoais e pelo percurso de vida profissional de cada professor”? Segundo o autor, a maneira como o professor ensina está diretamente dependente daquilo que ele é como pessoa quando exerce o ensino. Para Nóvoa não é possível separar o eu profissional do eu pessoal.

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nele mesmo o prazer da criação” (p.127).

Portfólios de ensino são também uma descrição dos pontos fortes e realizações no ensino de um professor. Inclui documentos que sugerem no seu escopo a qualidade do ensino e a atuação docente. [...] Conhecido como auto-relato de um docente.

Alves (2006) cita Seldin (1997) para apresentar um “portfólio típico de professor”, do qual deve fazer parte o próprio material do professor, ou seja, ementas, planos e conteúdos das disciplinas com objetivos, métodos, leituras, procedimentos de avaliação, etc; idéias e reflexões sobre o ensino, formulários de avaliação respondidos pelos estudantes, depoimentos escritos dos estudantes, declarações de colegas de profissão e os produtos de ensino, tais como exemplares de trabalhos dos estudantes, exemplares de trabalhos corrigidos e com notas e explicação dos critérios para atribuições das notas. Deve ainda ser composto por informações selecionadas sobre as atividades de ensino e evidências de sua eficácia.

Alves (2006) finaliza nos deixando uma pergunta: “Não seria interessante a experiência de utilização de portfólios para registro desses novos processos vivenciados na sala de aula?” ( p.117)

O portfólio do professor pode ainda ser um espaço para além dos registros tradicionais, e também para armazenamento e seleção de idéias e materiais, articulação e reflexão sobre o o eu profissional e o eu pessoal, dando forma e tornando visível um processo criativo do professor numa insistente busca como um ser poético.

O portfólio de ensino apresenta-se como uma possibilidade de recuperar o ser poético do professor.

5.

Um caminho para o ensino de arte na graduação:

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Metodologias do Ensino de Arte, manteve sempre como proposição inicial aos estudantes as indagações:

O que há de significativo em sua vida?

De que modo a arte fez parte, permeia ou já permeou sua história? Com uma intenção de desvendar os mais diversos caminhos por onde possa ter sido construído um conhecimento em arte, numa busca por identificar vivências e memórias que constituem saberes sensíveis e significativos presentes na vida desses estudantes e torná-los visíveis e/ou audíveis, seja por imagens, palavras, sons, ou o conjunto desses signos tornando-os linguagem. Seja pelo fazer ou apreciar arte e considerando as mais diversas manifestações artísticas e a possibilidade de materializar idéias, sentimentos, sensações, sonhos, iniciando o ato da criação, dando forma, cor, textura, volume, movimento, ritmo, sonoridade, sabor,... ao vivido e apreendido.

Elegi a construção dos portfólios como um possível desencadeador de um processo criativo para os estudantes de Pedagogia, tendo como base os registros desse processo, fragmentos, pensamentos, sentimentos, imagens, sons, palavras, idéias que podem ser reunidas num conjunto, apresentando algo de significativo na aprendizagem e na vida deles.

O portfólio como um memorial, como recorte de instantes, seleção, olhares,... Possibilita uma avaliação processual baseada em elementos de aprendizagem significativa na vida do estudante.

A estratégia do portfólio, segundo Alves (2006) é colocar o estudante como responsável por seu processo de aprendizagem, favorecendo ao professor a análise de singularidades e peculiaridades do desenvolvimento de cada um. Alerta ainda que o portfólio não deve confundir-se com o caderno diário, pois não se trata de um espaço onde se registram todos os trabalhos do estudante. O portfólio é uma compilação apenas dos trabalhos que o estudante entenda como relevantes, após um processo de análise crítica e devida fundamentação. O que é importante não é o portfólio em si, mas o que o estudante aprendeu ao criá-lo. Constata-se que o portfólio é uma estratégia que facilita a aprendizagem e permite a avaliação desta.

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construção dos portfólios em formatos digitais, experimentando a cultura da “tela” que junta imagem, texto e som possibilitando agregar todo tipo de informação, seja áudio, vídeo, imagem fixa, texto, gráficos, etc.

6.

Acompanhando o pensamento de autores que investigam tanto sobre os processos criativos como algumas possibilidades de registro desses processos e almejando uma relação com estratégias de ensinagem na universidade contemporânea, faço a proposição do portifólio criativo como mais uma possibilidade de manter acesa a chama da criação e da arte no espaço da educação.

A arte possibilita o equilibro entre experiência e criação. E, se é consenso que a universidade tem dificuldade de ver a si própria e, ainda assim, a cultura acadêmica tem sido tão debatida e a função universitária tão discutida, a inserção da figura do artista – discente ou docente – bem pode contribuir para a formulação de formas de compreensão desse cada vez mais complexo universo de promoção, consolidação e divulgação do conhecimento humano (Rizolli, 2005, p. 153).

Segundo Rizolli (2005), “o ensino de arte na universidade deve estimular o exercício da competência, da criação livre, falando de arte como linguagem – dispositivo humano capaz de produzir grandes sínteses” (p.155).

Para Martins(2006),

a experiência estética pode ampliar o contato com o contexto social e cultural e acervo imaginário de tal modo que obras e artistas passem a integrar o patrimônio pessoal como um bem simbólico interno, um repertório conectado à vida para a leitura do mundo, das coisas do mundo e da própria Arte (p. 55-56).

A autora define o professor-pesquisador como um leitor de imagens responsável por selecionar aquelas que serão apresentadas aos alunos. Cabe então ao professor compor essa seleção e combinação de imagens. Ela atenta para que:

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vista que se elege, exercendo a força de uma idéia, um conteúdo que é desejo explorar, de uma temática possível de desencadear um trabalho junto aos alunos, de algo que alimente a imaginação no percurso que está sendo vivido (p.56).

A autora nos instiga, enquanto professor-pesquisador, a interpretar fazendo proposições aos estudantes por constantes escavações de sentidos e propõe-nos ainda o papel de curadoria educativa.

De acordo com Martins (2006):

Como professores-escavadores de sentido podemos nos tornar propositores, como Lygia Clark e Hélio Oiticica, esgarçando a percepção dos alunos por meio da materialidade da arte, fazendo dessa experiência um encontro de outra ordem com a arte e as coisas da vida (p. 62).

Neste cenário da universidade contemporânea, no qual me sinto inserida como artista e professora-pesquisadora do ensino de arte, retomo o tema do portfólio criativo que assim como os Diários de Lygia Eluf nos revelam sinais do processo criativo da artista e documentam esse processo, também os Diários de Bordo propostos pelo professor Norberto Stori aos seus alunos, chamo de portfólios criativos, aproximando-os das linguagens artísticas e contemplando os diversos formatos e suportes necessários a cada processo criativo, ora guardando e ora mostrando os conteúdos objetivos e subjetivos que compõem as histórias e trajetórias de construção do saber e sentir de cada um.

Forma e conteúdo se unem num espaço contínuo aberto à criação.

REFERÊNCIAS:

Alves, L. (2006). Portfólios como instrumento de avaliação dos processos de ensinagem. In L. G. C. Anastasiou, L. P. Alves (Org.), Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. (pp. 101–120). 6ª ed. - Joinville, SC: UNIVILLE.

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Learning.

Duarte, K. (2006). A arte e a construção identitária: trajetórias e devires de um estudo de caso. Dissertação de Mestrado apresentada na Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

Eluf, L. (2004). Lygia Eluf. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Martins, M. C., Picosque, G. (2006). Professor-escavador de sentidos. In. Arte-educação: experiências, questões e possibilidades. Org. Christov, L. H. S., Mattos, S. Ap. R..São Paulo: Expressão e Arte Editora.

_________ (nov.2000/jan.2001). Mapas para viajantes aprendizes de arte”. In: Revista PÁTIO, ano 4, nº15.

Moreira, A. A. A. (1984). O espaço do desenho: a educação do educador. 11ª ed. São Paulo, Edições Loyola.

Nóvoa, A (1995). Os professores e as histórias da sua vida. In. Org. Nóvoa, A . Vidas de Professores. 2ª ed. Portugal, Porto Editora, LDA. Ostrower, F. (1987). Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes.

Pannunzio, M. I. M. (2004). O diário de bordo e o livro da vida no processo de educação pela arte. Dissertação de Mestrado apresentada a Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

Ribeiro, J. S. (2003). Métodos e técnicas de investigação em Antropologia. Universidade Aberta: Lisboa.

Rizolli, M. (2005). Artista, cultura, linguagem. Campinas, SP: Akademika Editora.

Salles, C. A. (1998). Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP: Anablume.

Stori, N. (2003). Arte, criatividade e sentimento na educação. In. Stori, N. Org. O Despertar da Sensibilidade na Educação. São Paulo: Instituto Presbiteriano Mackenzie: Cultura Acadêmica Editora.

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Revista RecreArte 11

DEC09

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