Revista RecreArte 12
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Revista RecreArte 12 > 3 - Creatividad SOCIO EXPRESIVA en las Artes
OS PEQUENOS ESCRITORES TORNAR-SE-ÃO GRANDES, A PARTIR DO MOMENTO QUE FOREM “ALIMENTADOS” DE PALAVRAS, RIMAS,
ESTÉTICA E CRIATIVIDADE.
Desde criança adorava inventar rimas, poesias, histórias... Só que naquele tempo não éramos motivados pelos nossos pais, pois para eles a escola que era produto de conhecimentos e que bastavam os conteúdos programáticos por ela ensinados. Assim, durante muitos anos a vontade de escrever e inventar versos... ficaram adormecidos. Até que um grande dia resolvi escrever uma poesia e um amigo gostou muito, colocando-a no seu mural de poesias em uma escola em que eu trabalhei. Daí para frente, não parei mais de escrever.
Tenho dois filhos. O primeiro sempre leu, mas não criou afinidades tamanhas que fizesse dele um grande leitor e um grande escritor. Veio o segundo, uma menina. Desde pequena, sempre ficava agarradinha com os meus livros de literatura e outros... Sempre adorou desenhar e inventar histórias antes de dormir. Foi alfabetizada com 5 anos ( através de brincadeiras, jogos, rótulos... portadores de textos). Desde então, o seu interesse pela leitura principalmente, decolou. Hoje ela está com 7 anos. Troca uma boneca ou um brinquedo caro, por uma revistinha em quadrinhos, livrinhos para colorir e desenhar, uma boa literatura....
Já há algum tempo, vem fazendo rimas na tentativa de escrever poesias. Brinca com as palavras como se estivesse brincando com um jogo qualquer. Rima daqui e dali... no final sempre acaba saído alguma coisa divertida e engraçadinha.
Bem, tudo isso está sendo possível pela motivação que ela sempre teve em casa e pela habilidade de criar que ela está descobrindo a cada dia.
É Sabido que, quando antes a criança é motivada, mais ela aprende. Pode ocorrer aprendizagem sem professor, sem livro, sem escola, sem uma porção de outros recursos, mas mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se não houver motivação não haverá aprendizagem.
Sendo assim, motivar significa predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento. Os motivos levam os indivíduos a uma atividade, na tentativa de satisfazer suas necessidades. Mantém o organismo ativo até que a necessidade seja satisfatória.
O que vem acontecendo com a minha filha é exatamente o que mencionei acima. A todos os momentos procuro motivá-la na descoberta de habilidades. Vivenciar as várias linguagens e aprender fazendo, criando, manipulando, levantando hipóteses, problematizando.
Procuro educar dentro de uma Pedagogia construtivista e dialógica. Interagimos o tempo todo, trocando experiências e aprendendo juntas.
Não só em casa, mais em sala de aula sou uma educadora que acredito na construção do conhecimento através de um pensamento interacionista.
Concordo plenamente com Piaget, quando ele diz que o desenvolvimento mental é uma construção continua, comparável a de um grande edifício, que se torna mais sólido a cada acréscimo. Quando uma criança se interessa pelo que faz, é capaz de empreender esforços até o limite de sua resistência física. São indivíduos capazes de criar seus próprios limites e valores.
Bem como, não só ensinar os saberes seculares, mas a consciência do que é estético, prazeroso e gratificante. Assim, trabalhar com rimas, poesias, causos, contos fantásticos, dramatizações...estaremos desenvolvendo competências através das múltiplas linguagens, que há meu ver, são fundamentais para o desenvolvimento de um ser humano mais feliz.
O que importa aqui é aprender a ver através das entrelinhas... o desconhecido...o inabalável...o coração.
Para ensinar poesias é preciso tocar as almas com suavidade... alimentando-as com o orvalho do amanhecer, aquecendo-as com o sol do entardecer e cobrindo-as com o cobertor estrelado do anoitecer.
A poesia passou a ser a ferramenta mais eficaz do aprender, pois consegue contagiar. Evoca encantamento , desperta sensibilidades jamais sentidas. É pura, espontânea. É mágica.
A poesia possibilita à criança viajar no tempo e no espaço, fantasiar, criar situações ou vivenciar histórias que elas mesmas são protagonistas.
Portanto, quando percebermos que um indivíduo demonstra o prazer de fazer versos, devemos alimentar a sua alma dia após dia.
Devemos educar para desenvolver mentes sensíveis, criativas, inventivas e inovadoras.
A leitura tem que andar de mãos dadas com a escrita. Ler e escrever têm que ser com prazer.
Os pequenos escritores tornar-se-ão grandes, a partir do momento que forem “alimentados” de palavras, rimas, estética e criatividade.
Era uma vez uma galinha, O seu nome era Marianinha.
Ela gostava de comer frutinhas e minhoquinhas. Ela era amarelinha.
Brincava com uma bolinha coloridinha. Marianinha tinha muitas amiguinhas. Que gracinha as galinhas.
Era uma vez uma gatinha, Que se chamava Lilinha.
Ela gostava de brincar com sua linda amiguinha: a Melissinha. Que era uma tartaruguinha.
Toda a tardinha,
Elas brincavam de amarelinha.
Era uma vez uma cachorrinha, Que se chamava Mel.
Usava um chapéu da cor do céu.
Conheci o palhaço Biriba, Que tinha uma grande barriga. Gostava de fazer palhaçada, Para animar a criançada.
Gosto da ler,
Para aprender a escrever. Gosto de fazer poesias,
Para alegrar a minha família.
Quando eu crescer, vou ser veterinária, para cuidar dos bichinhos,
que são muito fofinhos e bonitinhos.
Maria Antônia Vianna de Sá Nascimento
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