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Revista RecreArte 11

DIC09

Revista RecreArte 11 > > IV - Creatividad en las Organizaciones: Eficacia Renovadora

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VIVER ÓBIDOS: CRIATIVIDADE E TURISMO

Cabral, Paula

Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Tecnologia do Mar, Santuário dos Remédios, Peniche, Portugal

Ferreira, Ana Maria

Universidade do Algarve, Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, Campus da Penha, Faro, Portugal

Resumo

Criatividade não pode dissociar-se de arte, imaginação, experimentação e diferença, como as cidades criativas onde se conjuga vitalidade com património, se objectiva a dinamização de recursos para conviver com uma cultura viva; um património que ganha cor e movimento para residentes e visitantes.

A vila de Óbidos pela sua forte componente histórica e cultural aliada à modernidade na promoção permite explorar o turismo criativo. Este turismo visa a experienciação com o constante aproveitamento dos atributos e a dinamização constante do espaço que se transforma nas mais variadas encenações. O espaço conjuga-se em diferentes momentos, onde toda a comunidade participa mas onde cada turista também pode viver a experiência e ser parte integrante dele.

Este novo conceito permite que o homem comum vista o papel de outras épocas, se enquadre noutros contextos e acima de tudo desfrute de uma “nova realidade” de forte componente histórica, imaginativa e artística.

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Resumen:

Creatividad no puede disociarse de arte, imaginación, experimentación y diferencia como las ciudades creativas donde se compagina vitalidad con patrimonio, se objetiva la dinamización de recursos para convivir con una cultura viva; un patrimonio que gana color y movimiento para residentes y visitantes.

La villa de Óbidos, por su fuerte perfil histórico y cultural aliado a la modernidad en la promoción, permite explotar el turismo creativo. Este turismo visa la experiencia con el constante aprovechamiento de los atributos y la dinamización constante del espacio que cambia en los más variados escenarios.

El espacio se conjuga en momentos distintos, donde toda la comunidad participa pero donde cada turista también puede vivir la experiencia y formar parte integrante de él.

Este nuevo concepto permite que el hombre común juegue un papel de otras épocas, se encuadre en otros contextos y además disfrute de una “nueva realidad” de fuerte carga histórica, imaginativa y artística.

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Introdução

No que refere ao aspecto económico de uma vila e ao seu desenvolvimento, as actividades criativas e artísticas podem ser a “força motriz” desse mesmo desenvolvimento, contrariando a deslocação de pessoas às grandes cidades. Esta perspectiva insere--se no âmbito de um projecto internacional sobre comunidades criativas (URBACT II), liderado pela Câmara Municipal de Óbidos, sendo o único liderado por um município português em parceria com outros países da EU.

O número de visitantes/turistas que escolhe deslocar-se à vila de Óbidos tem sido crescente. Muitos abandonam as grandes cidades para poderem partilhar as experiências de uma vila de dimensões tão reduzidas, “aprisionada” dentro de uma muralha mas que, apesar de cingir-se fisicamente ou geograficamente a um espaço, abre portas, pelas suas particularidades, a um número imenso de pessoas.

Óbidos é visto como uma vila de maravilhamento, de fantasia, de transposição para um mundo histórico real e irreal, que permite mover visitantes até ao local, mas que também permite dinamizar quer o espaço quer toda a população residente.

A forte aposta do município neste projecto de desenvolvimento, visa não só a promoção desta vila mas também estimular a participação de toda a população. Há como que um forte enaltecimento do local, valorizando-o e promovendo-o, mas também projectando-o como motivo de orgulho para os residentes.

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Óbidos não morre nunca e não descura nunca os seus atributos, dinamizando-se em eventos e calendarizando-os de forma já habitual para visitantes e população. A Feira Medieval, o Festival do Chocolate e a Vila Natal podem ser facilmente reconhecidos e identificados, mas a cultura não se cinge apenas a estes grandes eventos.

A grande questão a colocar é: o que ganha Óbidos com os grandes eventos e de que forma este espaço conduz ao desenvolvimento económico-social e territorial?

A geração de emprego será talvez das respostas mais imediatas e que trará benefícios para a comunidade. Mas este interesse pelas actividades criativas não engloba só a dinamização de residentes em termos de emprego; a aposta na imagem de um local, criando a sua própria identidade, relaciona-se fortemente com estratégias de marketing.

A promoção é feita visando atrair pessoas criativas, quer do ponto de vista interno quer do ponto de vista externo. Atrair jovens talentos, adultos criativos, mas também atrair pequenas empresas criativas nas várias áreas circundantes (design, artesanato, arte, música, espectáculo). O grande objectivo é o de criar parcerias de modo a colmatar eventuais falhas e desenvolver estratégias complementares.

A inovação e a criatividade são vistas como motores de desenvolvimento mas têm de inserir-se em diversos contextos para que possam ser apostas de sucesso.

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As grandes questões são: Qual o impacto deste turismo cultural/criativo no desenvolvimento? Como se pode definir esta nova noção de turismo criativo? Haverá um perfil a traçar para o turista que procura estas vertentes? Que papéis se desenvolvem nesta aposta? Factores como o profissionalismo, o sentido comunitário, a identidade e a abertura ao exterior (Cearra, 2005) e a adequação de infra-estruturas e serviços criam uma entidade sistémica e estratégias de revitalização (atracção de eventos singulares).

Este sistema de conjunto e esta mutação e forte aposta não passa apenas pela transformação física do espaço, mas há que ter sempre em conta que os residentes, assim como todas as empresas envolvidas na criação, promoção e aposta nos eventos, devem ter a capacidade de adaptar-se a essas mesmas mudanças. As pessoas são os motores deste envolvimento e desenvolvimento económico e territorial e esta aceitação é que se torna muito mais complexa. Importa criar uma forte sinergia, abrir portas de diálogo e entendimento através da tolerância, do respeito e do reconhecimento que permita uma reorientação de modo a tornar-se cada vez mais criativo (Richards & Wilson, 2006).

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Pretende-se projectar uma sociedade de conhecimento, combater disparidades educacionais, criar bons níveis de vida para os cidadãos tendo em conta a tecnologia, a tolerância e o talento (Florida, 2002), mas respeitando a diversidade, a criatividade e a inovação. A cultura permite criar perfis de personalidade e diferenciação, assim como de enriquecimento de valores e permite um forte desenvolvimento pessoal. Nesta perspectiva têm vindo a aparecer as cidades criativas ou vibrantes que visam tornar-se locais apetecíveis para viver, trabalhar, fazer negócios e lazer.

O novo paradigma civilizacional sugere uma sociedade de informação baseada numa lógica competitiva orientando-se para uma política urbana, a competitividade e inovação.

Quer os atributos culturais quer a imagem que se transmite da cidade são os alicerces para a promoção e para atrair visitantes. Assim sendo, o marketing pretende atrair pessoas mas também atrair empresas e conseguir o apoio dos cidadãos (Cearra, 2005). Richards e Wilson (2006) apontam para a sociedade moderna e para a criatividade como uma alternativa ao convencional turismo cultural, ou seja, apelam à necessidade de criatividade no desenvolvimento de novos produtos e de formas de criatividade artística e cultural,

mas também tecnológica (invenção) e económica

(empreendedorismo). O grande objectivo é exaltar o local, tendo agora a forte preocupação de aplicar novas estratégias de marketing, de competitividade e de forte aposta no património cultural (Porter, 1998) que tem uma das suas fortes aplicações na gestão do turismo expandindo-se no turismo criativo e permitindo o desenvolvimento de experiências primitivas que implica interacção.

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Não se adiciona apenas um elemento criativo ao destino produto, tem de existir uma grande envolvência com o objectivo de proporcionar experiências criativas aos turistas. Os turistas não podem ser meros espectadores, eles têm de ser consumidores de experiências e vivenciá-las, tendo como resultado quer o conhecimento do património, quer da identidade do local, podendo estar diante de uma oferta de especificidade que permite distinguir Óbidos de qualquer outra vila ou cidade criativa.

O marketing de experiência foca o cliente e não o produto (Getz, 1991), foca o consumo, as emoções. Os indivíduos admiram, espantam-se com a remodelação do espaço, envolvem-se como personagens, deliciam-se com a diversidade que lhes é oferecida, fogem da normalidade para ser parte integrante de um palco onde podem desempenhar variadíssimos papéis. Cada um desenha o seu papel neste mar imenso de potencialidades e de labirintos. São a comunicação e a imaginação os motores principais para esta vivência tão para além do seu quotidiano.

Uma das formas de expansão desta economia do conhecimento passa pela criação de eventos que permitem remodelar espaços, dinamizar bairros, densificar redes e apostar na imagem e marca territorial. Os eventos permitem também amenizar a sazonalidade do destino turístico e fortalecer o seu perfil.

Segundo Getz (1991) os eventos baseiam-se numa gestão planeada e integrada tendo os festivais “como estratégia que aproveite o potencial económico decorrente do afluxo humano que provoca (p.75)”. Permite, segundo ele, que a população participe activamente no processo e reforce a autenticidade e identidade, fidelizando e captando novos públicos.

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e gestão políticas e as cidades são vistas como centros de inovação e geração de talento e criatividade. As cidades que podem reunir estas características são cenários privilegiados para a dinâmica que se aplica a estas regiões que aprendem (Cooke & Morgan,1999; Florida, 1995; Morgan, 1997) e que são considerados territórios inteligentes. É a criação de uma comunidade cultural imaginativa e diversa (Landry, 2000). Uma comunidade com grande abertura (Rodríguez & Vicario, 2005), com uma visão social dinâmica e atractiva, abundante em cafés, teatros, música e vida de rua onde se movem pessoas criativas que são os actores principais e que são o motor do desenvolvimento económico (Florida, 2002).

Toda esta nova perspectiva se encontra em Óbidos, onde tem existido uma forte aposta num modo diferenciador de viver, olhar, sentir e concretizar sonhos e fantasias, onde se misturam traços de presente e do passado pelo aspectos das ruas, detentora de um património importante em termos regionais e de projecção nacional com grande aptidão para o turismo cultural e de grandes investimentos municipais significativos. Todos estes factores têm contribuído para uma aposta fortíssima em toda a política promocional e inovadora desta vila. Os mega-eventos que têm vindo a ter um forte acolhimento e uma forte frequência têm sido indiciadores da excelente gestão estratégica feita nesta vila e têm sido as âncoras de animação, fixação e promoção turística. A ideia é a de um acontecimento que tem de ser visto, é um evento especial (Getz, 1991), constituído por atracções turísticas de carácter único. Falamos aqui de um turismo moderno que tem, nos eventos, uma “alternativa” do turismo, uma grande diferenciação relativa ao turismo de massas.

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personagem, mas fazendo parte da história. Segundo (Getz, 2008) o evento experiência permite traçar um perfil do potencial turístico respeitante à oferta. Os eventos podem procurar significados que atribuem às experiências e influências sobre futuras atitudes e comportamentos. (idem).

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O estudo deste perfil permite avaliar expectativas e melhorar a oferta local quer em termos económicos, quer em termos espirituais, intelectuais e sociais (Ferreira, 2007).

A programação diversa tem por objectivo a criação de animação ao longo de todo o dia e noite (Richards & Wilson, 2006), visando atrair empresas inovadoras e de serviços mas também contribuir para o auto-desenvolvimento; mas sobretudo produzir uma atmosfera atractiva para visitantes.

Esta vontade de experiência, esta ânsia de participar é impulsionadora do turismo.

Estudo de caso - O CASO DE ÓBIDOS

Na vila de Óbidos uma nova geração de empresários tem vindo a apostar nesta economia moderna que tem por base as indústrias criativas. A criação de uma série de empresas culturais centradas nos eventos e em toda a sua ambivalência tem sido a grande aposta. Como pólo criativo os vários sectores interagem, cultura, educação, turismo, património a fim de conjugar as suas actividades do ponto de vista empresarial.

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Óbidos como Vila/ Economia criativa. Esta perspectiva que vem sendo incutida não remete directamente para aspectos ligados ao turismo embora os eventos sejam vistos como uma possível fonte de sustentabilidade.

O estudo de caso a que nos propomos é baseado nas grandes teorias relativas aos eventos e na tentativa de através das informações obtidas através do boletim digital, estabelecer relações e comparações com pesquisa bibliográfica.

Segundo (Getz, 2008) os eventos são um importante factor motivador de turismo e figura proeminente no desenvolvimento e planos de marketing e de grande importância para a competitividade destino.

Os eventos que têm acontecido em Óbidos como a Feira Medieval (a decorrer em Julho), o Festival do Chocolate, o Festival da Ópera assim como a Vila Natal têm sido os grandes promotores da deslocação de turistas/visitantes a Óbidos.

Uma das definições de evento turístico põem em dicotomia quer a oferta, quer a procura (Richards & Wilson, 2006) que é precisamente o que acontece nesta vila. A criação de eventos onde se aproveita todo o potencial existente, quer em termos físicos, quer em termos históricos e culturais mas também a inclusão dos turistas neste tipo de actividades é uma constante, originado a experiência e criação de conhecimento em todas as dimensões possíveis (Getz, 2008), tentando traçar o perfil dos visitantes.

Mercado Medieval

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movem num património cultural vivo. (Ferreira, 2007). Também o uso de moeda “o torreão”, a criação de workshops, a actuação da companhia de teatro com recriação históricas, a dança, a música, a criação de postos de venda de produtos relacionados com a vida na idade média. Aqui se conjugam eventos e espaços culturais (Richards & Wilson, 2006).

Realiza-se em Julho e proporciona uma série de actividades que permite ao visitante a sua interacção. Este projecto baseia-se em dados históricos mas permite expandir-se muito para além desta componente. Richards & Wilson (2006) remetem para uma experiência junto de uma história coerente que diga algo sobre quem são.

O mercado medieval, neste ano de 2008 (a decorrer entre o dia 10 e o dia 20 de Julho) incluiu para além da possibilidade de poder alugar o traje, um desfile/concurso de trajes medievais segundo determinados parâmetros de grande rigor histórico. Os interessados manifestam essa vontade na Óbidos Patrimonium e devem obedecer a determinadas regras sobre os trajes em uso no continente europeu nos séculos XII, XIII ou XIV, podendo representar qualquer das classes sociais e extractos económicos existentes nesse período. Junto com a ficha de inscrição deve ser enviado um desenho do traje a apresentar com a indicação da bibliografia e/ou iconografia e especificando o material a ser utilizado.

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A caçada medieval também permite a envolvência da época. A possibilidade de poder experimentar a sua destreza no tiro com arco ou besta, num circuito de mais ou menos trinta minutos, acompanhado de monitor individual é outra actividade de apelo histórico. Estas caçadas medievais são também uma novidade deste ano. O recinto aumentou e é palco de um vasto conjunto de actividades, nomeadamente de um Encontro Internacional de Grupos de Recriação Histórica e de caçadas medievais. Os acampamentos de grupos de recriação histórica, vindos de seis países europeus e a recriação da caçada medieval. Esta é destinada a um público jovem e consiste num jogo em que os participantes também se vestem à época e armados onde terão de procurar um espaço arborizado, delimitado por questões de segurança direccionado para alvos representando animais.

Também a alteração do tema foi outra novidade. Cada ano o mercado medieval rege-se por um título sendo o deste ano “O amor e a guerra – a luz e as trevas” e é composto por dois espaços distintos: um mais rural no parque da vila com tendas e acampamentos, outro mais urbano na cerca do castelo com nova coreografia. Relativamente aos acampamentos são representativos dos aspectos mais rurais e bélicos da Idade Média, na zona da Cerca será recriado um cenário mais urbano preparado para ser animado por personagens mais citadinas. Nesta perspectiva, a ocupação do interior da vila, devido a todo o seu aspecto, também é aproveitada para recriar a vivência quotidiana de uma urbe medieval.

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Relativamente ao mercado medieval que decorreu no ano de 2007 sobre a temática “A Terra e o Céu - o Homem e Deus”, as sondagens indicaram através do observatório social de Óbidos e dos seus estudos quantitativos e qualitativos, datados de 23 de Agosto de 2007, que a classificação dada à animação de Verão Óbidos 2007 foi considerada excelente (51%), muito boa (24%), boa (9%), Razoável (4%) e má (13%).

Nesta animação de Verão insere-se não só o Mercado Medieval mas também o Festival da Ópera que decorre durante o mês de Agosto. É um projecto pioneiro utilizando esta oferta cultural como estratégia de promoção e valorização de património, mas com o forte intuito de desenraizar a ópera e a sua forte componente elitista a fim de permitir a todos o acesso a este tipo de expressão artística. Todo o cenário dentro das muralhas do castelo permite criar um cenário único e de forte expressividade, aproveitando este património e dando-lhe vida.

Festival do Chocolate

Óbidos não promove eventos apenas no verão, ao longo de todo o ano existe uma forte aposta nos eventos e na sua promoção. Em pleno Inverno realiza-se o Festival Internacional do Chocolate que todos os anos recebe 200 mil pessoas para visitar o certame, sendo considerado o maior evento organizado pelo município. Também neste evento o alargamento das actividades tem vindo a aumentar não descurando a sua qualidade e o seu cenário mágico. À sondagem feita em 15 de Fevereiro de 2008 sobre qual a sua opinião sobre o VI Festival Internacional do Chocolate (2008) 46% responderam excelente, 18% bom, 11% razoável, 16% mau e 8% não sabe/não responde. Este evento inclui três concursos:

Chocolatier Português do Ano, Concurso de Peças Artísticas ao vivo

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das crianças proporcionará grandes actividades de animação e permite aos visitantes das várias faixas etárias degustar e confeccionar receitas. Também a Passagem de Modelos com Chocolate é outro atractivo, tendo sempre um subtema para a sua criação ou a recriação de um mercado tradicional, onde se poderão adquirir frutas e legumes de chocolate em tamanho real. Toda esta encenação permite não só a envolvência do local mas a participação dos visitantes na confecção. O visitante não é mero espectador e degustador mas é-lhe permitido ser o confeccionador e inclusivamente submeter-se a concurso mostrando os seus dotes.

Vila Natal

A Óbidos Patrimonium responsável pelos eventos em Óbidos e a sua promoção inclui nas suas actividades a Vila Natal que decorre entre Dezembro e Janeiro.

É um projecto de ficção nascido a partir de outro que tem a sua origem no Brasil (concretamente na cidade de Gramado) e com quem a Câmara de Óbidos já criou uma geminação entre os dois locais. Cria-se um cenário totalmente envolvente do espírito natalício que contam com uma componente de animação de alto nível.

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crianças foi criado o passatempo de Fotografia Digital Óbidos Vila Natal onde a participação foi extensiva a várias faixas etárias (dos 8-12 anos, 13-18 anos, 19-55 e maiores de 55) tendo havido a atribuição de Prémios.

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Conclusão:

Em Óbidos existem determinadas características

impulsionadoras para a denominação de vila criativa. Considerar-se-ão cidades inteligentes pela capacidade de através dos seus recursos remeterem para a afirmação competitiva. A capacidade organizacional, de atrair e fixar empresas e pessoas, a geração de clusters produtivos e inovadores permitem renovar e revitalizar lugares, dinamizar turisticamente e criar impactos económicos e permitir uma melhor qualidade de vida, No entanto, há que ter sempre em conta a saturação e o congestionamento assim como os elevados montantes em jogo. Estas cidades criativas visam atrair turistas e investimentos pela sua capacidade organizativa e pela promoção de eventos onde podemos medir melhor o impacto desta reorientação do turismo cultural. O que se pretende é inovar nos produtos existentes, inserir novos graus de participação quer de residentes quer de turistas, criando uma forte competência cultural que permita interpretar a diferença e potenciar o local.

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Revista RecreArte 11

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