d iferentes frentes de trabalho q u e nem sempre têm aderência às propostas d e m u d anças. A b u sca do crescimento e do aperfeiçoamento profissional do enfermeiro é uma real idade e tem se dado de forma a leatóri a , na tentativa de se i nserir no processo. O envolvi mento e o desempenho dos enfermeiros nas atividades d e educação para a saúde para pacientes, fam í l ia e com unidade, de forma i n ovadora , têm trazido valorização e rea l ização p rofissional , sinalizando um dos ca minho através do qual buscam i n ovar sua p rática , conq u i star espaços na equ i pe interdisci p l i n a r e n a i n stituição, para participar das mudanças. Verificamos, ainda, que, mesmo não tendo participado das discussões do projeto do novo do hospital e não conhecendo a fil osofia das mudanças em curso no H U , os e nfermei ros estão cam i n hando em d i reção ao alcance dos objetivos propostos pela i n stitu ição, mostra ndo-se abertos e , d e certa forma , permeáveis às mudanças.
DA BANALIAÇÃO DO SOFRIMENTO
À
SUA RESIGNIFICAÇÃO ÉTICA NA ORGANIAÇÃO
DO TRABALHO
Autora : Carmem Lúcia Colomé Beck Orientadora : Maria Tereza Leopardi
RESU M O : Este estudo ca racteriza-se como uma i nvestigação d a á rea h u ma n o-soci a l , d o tipo exploratório-descritiva , estruturada a partir de uma a bordagem qual itativa . Foi real i zado com vi nte enfe rmeiras e 26 auxiliares de enfermagem d e d o i s hospitais da cidade de Santa Mari a - RS e em cinco un idades consideradas críticas, quais sejam: a un idade de terapia i ntensiva de adultos, o centro cirúrgico, o pronto-atendimento, a un idade e o ambulatório de hematooncologia. A triangulação foi usada na coleta de dados, i ncluindo a entrevista semi-estrutu rada, a observação nos três turnos de trabalho e o preench imento de um form ulário j u nto com os trabalhadores de enfermagem . O problema que suscitou a i nvestigação foi a cerca dos efeitos que a o rganização do trabalho e os eventos situacionais p rovoca m na vida dos trabal hadores e , como objetivos , a ca racterização das u n idades críticas , a identificação destes eventos vivenciados pelos trabalhadores e a repercussão no modo de enfrentamento d o sofrimento, bem como as rel ações e ntre os eventos presentes na organização do trabalho e a produção do sofri mento, desconforto , desprazer dos trabalhadores da enfermagem . A tese que foi defendida é de que a organ ização do trabalhador, bem como os eventos situacionais específicos , decodificados ou não, vivenciados i ndividual ou coletiva mente , em u n idades críticas, prod uzem efeitos sobre o modo d e enfrentamento do sofri mento. Esses modos apresentaram-se através da utilização d e mecan ismo de defesa , como a n egação e a sublimação do sofri mento ou a parti r da banalização do sofri mento quando os trabalhadores fazem d e conta que nada está acontecendo, ou como se os acontecimentos fossem esperados e não req ueressem decisões . Outras estratégias defensivas foram mencionadas pelos trabalhadores para fazer frente ao sofrimento, tais com : esquecer a qualquer custo o sofri mento cotidiano; separar a vida social da vida d o trabalho; vivenciar crises e adoecer, tendo em vista os sentimentos não conscientes; anular as emoções ; utilizar "válvulas de escape" para aliviar a ansiedade, dentre outras. Nesta situação, é possível afirmar que estes trabalhadores ainda estão negando suas crises decorrentes do sofrimento do trabal h o . E ntreta nto, percebi que alguns deles já buscam novas fórm ulas de se relacionarem com o seu trabalho e de enfre ntar o sofri mento e , portanto , já se situam na fase chamada "aumento da tensão", segundo Taylor ( 1 992). As novas formas de enfrentamento do sofrimento incluem possibilidades como o reconheci mento da existência do mesmo; a necessidade de aprender a conviver com ele e de compatilhar essas experiências com os colegas; a busca do sign ificado dessas vivências para a sua vida e o desejo de a lcançar o equ i l í brio entre sofrer sem limites, negar ou banalizar o sofrimento. A enfermagem permanece desempenhando o papel social esperado, ou seja, real izando aquilo que esperam dela "a qualquer custo". O utro achado i m portante foi o estado de alerta permanente revelado pelos trabalhadores, o qual precisa ser i nvestigado com mais profu ndidade e associado às doenças apresentadas por eles, decorrentes do desenvolvi mento do seu trabalho.
SOFRIMENTO NA PRXIS DA ENFERMAGEM: REAL OU DESLOCADO EM SEU
SENTIDO?
Autora : Rosa Mari a Braci n i Gonzales Orientadora : Maria Tereza Leopardi
RESUMO: Neste estudo, defendendo a tese de que o sofri mento no trabalho d a enfermagem é superd i mensionado, muitas vezes potencializado pelas cargas do cotidiano social do individuo em vida de rel ações, o que se confi gura num deslocamento de sentido, ou seja numa desarticulação entre sua origem completa e aquela evidenciada pelos trabalhadores. O grupo que participou do estudo foi com posto por vi nte enfermei ros e vi nte auxi l iares d e enfermagem que constitu íram uma amostra desta população, na cidade de Santa Maria - RS . Nesta pesquisa qualitativa , uti l izei a entrevista semi-estruturada, real izada antes e depois do turno d e trabalho, como i n strumento para coleta de dados. Os objetivos que g u iaram o estudo foram :