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Cerimonial universitário: uma análise das cerimônias oficiais da UFF com base nas normas protocolares

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA

CURSO DE TURISMO DEPARTAMENTO DE TURISMO

HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

Niterói - RJ

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HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

Niterói – RJ 2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Turismo da Universidade Federal Fluminense, como requisito final de avaliação para a obtenção do grau de Bacharel em Turismo.

Orientadora: Profª M.Sc. Telma Lasmar Gonçalves

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C871 Couto, Henrique Petrucio do

Cerimonial universitário: uma análise das cerimônias oficiais da Universidade Federal Fluminense com base nas normas protocolares / Henrique Petrucio do Couto – Niterói: UFF, 2013.

146p.

Monografia ( Graduação em Turismo ) Orientador: Telma Lasmar Gonçalves

1. Eventos 2. Cerimonial 3. Cerimonial Universitário 4. Normas Protocolares 5. Universidade Federal Fluminense

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CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

POR

HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

Banca Examinadora ____________________________________________________

Profª. M.Sc. Telma Lasmar Gonçalves Orientadora

____________________________________________________

Prof. Dr ª. Cláudia Corrêa de Almeida Moraes Convidado – UFF

____________________________________________________

Prof. M.Sc. Erly Maria de Carvalho e Silva Departamento de Turismo - UFF

Niterói, 18 de dezembro de 2012

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Turismo da Universidade Federal Fluminense, como requisito final de avaliação para a obtenção do grau de Bacharel em Turismo.

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AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho contou com a colaboração de diversas pessoas que direta ou indiretamente contribuíram significativamente para os resultados obtidos.

Primeiramente gostaria de agradecer a minha família e a minha noiva, que me apoiaram muito durante todo o período que estive na Universidade Federal Fluminense.

Não poderia me esquecer dos meus amigos que compartilharam comigo todos os momentos vividos durante esses quatro anos na universidade. Ao nomear o Rafael Antônio Suécia Claro, agradeço a todos.

Gostaria de agradecer aos professores do curso de turismo da UFF, que dividiram comigo seus conhecimentos e contribuíram para a minha formação, como bacharel em Turismo e como pessoa. Ao nomear o Professor Carlos Alberto Lidízia Soares, que sempre me apoiou, agradeço a todos os professores.

Um agradecimento em especial ao amigo René A. Leitão que contribuiu significativamente para a construção deste trabalho ao me presentear com um livro raro de Nelson Speers.

Agradeço ao Zé Luiz, Coordenador da Unitevê, por ter me atendido com muita atenção e presteza e por ter cedido vídeos de cerimônias oficiais da UFF, a SCS, em especial a Divisão de Relações Públicas, onde fiz meu primeiro estágio e onde tive a oportunidade de ter a ideia do tema deste trabalho. Agradeço aos meus amigos, que trabalharam comigo na divisão, e ao me reportar a Renato Vasconcellos incluo todos.

Outro agradecimento especial à professora e ex-chefe do Setor de Relações Públicas e Cerimonial da UFF, Rutelena de Lacerda Simas, por ter contribuído de forma ímpar, e compartilhado comigo seus conhecimento sobre cerimonial.

Por fim, as pessoas que contribuíram diretamente para a realização deste trabalho, compartilhando seus conhecimentos, me orientando e me incentivando durante todo o período do curso, minha orientadora Telma Lasmar Gonçalves, e as professoras Erly Maria de Carvalho e Silva e Cláudia Corrêa de Almeida Moraes.

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“No Japão, participei da conhecida cerimônia do chá. Entra-se num pequeno quarto, o chá é servido, e nada mais. Só que tudo é feito com tanto ritual e protocolo, que uma prática cotidiana transforma-se num momento de comunhão com o Universo.”

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RESUMO

Este trabalho consiste em explorar a área do Cerimonial Universitário a partir das cerimônias oficiais da Universidade Federal Fluminense (UFF) - com base nas normas protocolares referentes a cada ocasião. A necessidade de se fazer esse estudo surgiu a partir da percepção do autor, nas cerimônias que participou por meio de um estágio na Divisão de Relações Públicas, de que as normas protocolares não eram seguidas em sua íntegra. Partindo do pressuposto que as normas se fazem necessárias para garantir uma boa condução do evento, facilitando a organização e assegurando os melhores resultados, o trabalho busca investigar qual a situação atual das cerimônias oficiais da UFF com relação ao cumprimento de protocolo. Para tal tarefa, buscou-se caracterizar o setor de eventos, descrever as situações teórico-práticas do Cerimonial Universitário e discutir a obediência às normas protocolares em três cerimônias oficiais da universidade. Para a realização da pesquisa, foram utilizados procedimentos metodológicos pertinentes à pesquisa descritiva, bibliográfica, documental e de campo, nesta última fez-se uso da técnica observacional. As informações e dados do presente trabalho são avaliados pelo ponto de vista qualitativo. Concluiu-se que a UFF não aplica, em alguns casos, a legislação pertinente às cerimônias e que há um desconhecimento, e, por conseguinte, um descumprimento das normas da universidade que, por sua vez, encontram-se desatualizadas.

Palavras-Chave: Eventos. Cerimonial. Cerimonial Universitário. Normas

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ABSTRACT

This work consists of exploring the area of university ceremonies with regard to the official ceremonies of Universidade Federal Fluminense (UFF), under the protocol for each occasion. The need to do this study arose from the author’s perception in ceremonies, attended as an intern at the Division of Public Relations, in which the protocol was not followed in its entirety. Accounting for the fact that the protocols are necessary to ensure a smooth conduct of the event, facilitating the organization of it and guaranteeing the best results, this study aims to investigate the current situation of official ceremonies at UFF regarding compliance with the protocols. For this task, we sought to characterize the events sector, describe the theoretical and practical situations at university ceremonies, and discuss obedience to protocols in three official ceremonies of the university aforementioned. To conduct the study, methodological procedures of descriptive, literary, documentary and field nature were used, considering observational techniques in the last one. The information and data presented in the study are evaluated by a qualitative perspective. As a conclusion, it is possible to state that the legislation concerning ceremonies is not applied by UFF due to a lack of knowledge of the university’s rules. This fact allows for noncompliance with the norms of the university, which are considered outdated.

Key-words: Events. Cerimonial. University Ceremonies. Protocol. Universidade

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO _______________________________________________ 8 2. EVENTOS:VISÃO GERAL ____________________________________ 11

2.1CONCEITUAÇÃO ___________________________________________ 11 2.2ETAPASDOEVENTO ________________________________________ 13 2.3CLASSIFICAÇÃODEEVENTOS _______________________________ 17

3. CERIMONIALEPROTOCOLO:FORMAS PRESENTESNOSEVENTOS ACADÊMICOS _________________________________________________ 29

3.1CONCEITUANDOCERIMONIAL _______________________________ 29 3.2PANORAMAHISTÓRICO _____________________________________ 30 3.3CERIMONIALUNIVERSITÁRIO ________________________________ 33

3.4NORMASEPROCEDIMENTOSDOCERIMONIALUNIVERSITÁRIO _ 34

4. CERIMÔNIASOFICIAISDAUNIVERSIDADEFEDERALFLUMINENSE -UFF __________________________________________________________ 45

4.1UNIVERSIDADEFEDERALFLUMINENSE:UMPOUCO DEHISTÓRIA46

4.2 A UFF E SEU CERIMONIAL ____________________________________ 49

4.2.1 Das Normas do Cerimonial da Universidade Federal Fluminense _ 51

4.3 ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UFF ___________________ 58

4.3.1 Cerimônia de Abertura Solene de Eventos ____________________ 60 4.3.3 Cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito __________ 63 4.3.3 CERIMÔNIA DE COLAÇÃO DE GRAU _____________________________ 67

4.4 PROPOSTAS _______________________________________________ 75 5. CONSIDERAÇÕESFINAIS ____________________________________ 78 REFERÊNCIAS _________________________________________________ 81 ANEXO I ______________________________________________________ 84 ANEXO II _____________________________________________________ 120 ANEXO III ____________________________________________________ 131 ANEXO IV ____________________________________________________ 135 ANEXO V ____________________________________________________ 144

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1.INTRODUÇÃO

Dentre os diversos tipos de eventos, nas universidades destaca-se o cerimonial. Este sempre esteve presente desde que o homem existe, por meio dos rituais. O tema para o presente estudo surgiu a partir de um estágio realizado pelo autor na Divisão de Relações Públicas da Universidade Federal Fluminense, setor responsável pelas cerimônias oficiais da universidade.

Com a experiência adquirida no estágio realizado, pode-se desenvolver um olhar mais apurado sobre as regras protocolares do cerimonial universitário. Ao analisar as cerimônias de que o autor participou ou assistiu, percebeu-se o não cumprimento de algumas normas protocolares. Partindo dessa observação, o trabalho pretende fazer um estudo acerca da atual situação do Cerimonial Universitário da UFF.

A Divisão de Relações Públicas da Universidade Federal Fluminense é responsável pelas cerimônias oficiais da instituição de ensino. As cerimônias são reguladas pelo protocolo referente a cada ocasião, sendo este definido por regulamentações próprias.

Os documentos legais como a Lei Nº 5700/ 71, o Decreto Nº 70.274/ 72, entre outros, estabelecem orientações e regras para os cerimoniais oficiais e nestes incluem-se as cerimônias das Universidades Federais. Desta forma, a Universidade Federal Fluminense tem o dever de cumprir o protocolo estabelecido para cada ocasião. No entanto, a UFF, em algumas circunstâncias, pode ter a necessidade de abrir exceções, mesmo que estas afetem as orientações legais, seja por causa da política institucional ou da maneira como a universidade é gerida.

A Divisão de Relações Públicas da UFF enfrenta dificuldades com relação à normatização das Cerimônias, por conta das unidades agirem de forma independente na organização das solenidades.

Baseado nisso, o presente trabalho pretende investigar: Qual a situação atual das cerimônias oficiais da UFF com relação ao cumprimento de protocolo que rege os cerimoniais e as cerimônias universitárias? Para responder a questão problema, pretende-se analisar as cerimônias oficiais realizadas pela UFF no que refere às normas protocolares.

Com a finalidade de alcançar tal objetivo, este trabalho pretende caracterizar o setor de eventos, descrever as implicações teórico-práticas do Cerimonial

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Universitário e discutir a obediência às normas protocolares em três cerimônias oficiais da UFF.

Por isso, o objeto de análise deste trabalho são as seguintes cerimônias oficiais: Cerimônia de Abertura de Evento, Outorga do Título de Professor Emérito, e a Cerimônia de Colação de Grau.

A escolha por essas cerimônias se deu pela participação do autor e também pelo fato da possibilidade de ocorrência destas cerimônias, durante o período de desenvolvimento deste trabalho, permitindo uma observação sistemática.

O setor responsável pelo cerimonial da Universidade Federal Fluminense é integrante da Superintendência de Comunicação Social, sendo esse organismo responsável por toda a comunicação oficial da universidade. É, portanto, um setor de fácil acesso para se realizar uma pesquisa.

A metodologia de trabalho utiliza os procedimentos da pesquisa de natureza descritiva do tipo bibliográfica, documental e de campo, esta última desenvolvida com uso da técnica observacional.

A pesquisa é descritiva do tipo bibliográfica e documental, pois norteia a apresentação da Universidade Federal Fluminense e a análise do objeto de estudo, com base em fontes teóricas, bem como, do ponto de vista documental aborda as leis que regem o cerimonial e normas de serviço da universidade.

Como parte da pesquisa de campo, foram assistidas pelo autor determinadas cerimônias com objetivo de comparar, por meio da observação sistemática, a execução da cerimônia com as normas protocolares.

Todos os dados e informações obtidos na pesquisa são avaliados sob o ponto de vista qualitativo.

O trabalho estrutura-se em três capítulos. O primeiro apresenta uma visão geral sobre o setor de eventos buscando caracterizá-lo, por meio da conceituação, descrição das suas fases e das diversas classificações dos eventos.

O segundo capítulo apresenta alguns conceitos acerca do tema e a visão do autor, expondo a trajetória do Cerimonial e chegando ao cerimonial universitário que é a base desse trabalho. Também são abordados normas e procedimentos protocolares, tendo como base documento legais Federais e autores conhecidos, principalmente da área de Relações Públicas, que aborda com mais frequência o tema.

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No terceiro capítulo o autor apresenta um pouco da história da UFF e das políticas adotadas pela universidade, também retrata as peculiaridades do cerimonial da instituição e apresenta um documento que regulamenta as cerimônias na UFF.

Com base na legislação referente ao cerimonial público, aos documentos da UFF que regulamentam o cerimonial e a um quadro elaborado pelo autor com um roteiro de três cerimônias da UFF, é realizada uma análise às cerimônias de: abertura solene de evento, de outorga de título de professor emérito e de colação de grau.

Com a realização da análise às referidas cerimônias, analisa-se a situação atual do cerimonial da UFF, sugerindo-se algumas propostas para que o quadro atual seja modificado.

A última parte do trabalho busca sintetizar o que foi estudado e apresentado, propondo sugestões para novas pesquisas, principalmente por estudantes e professores dos cursos de Turismo, pois ainda há poucas referências sobre Cerimonial na área do turismo e faz-se necessário um maior envolvimento do curso, tendo em vista que Cerimonial também é uma área de estudo dos Bacharéis em Turismo.

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2. EVENTOS:VISÃO GERAL

A área de eventos no Brasil está em expansão nestas últimas décadas. De acordo com a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA), em uma pesquisa realizada em maio de 2012, o Brasil subiu duas posições no ranking do número de eventos internacionais captados por cada país, de acordo com os critérios da ICCA. O Brasil teve um aumento de 10% em relação a 2011, ano em que o país captou 275 eventos, subindo de nono colocado para sétimo, recebendo 304 eventos.

No início de 2013, a ICCA aplicou a mesma pesquisa e os resultados foram novamente expressivos. Nessa nova pesquisa, a captação de eventos internacionais teve um aumento de 18%, obtendo o quinto maior crescimento em todo o mundo, aumentando de 304 para 360 eventos, mantendo sua sétima colocação no ranking internacional.

Esta atividade influencia significativamente o local onde o evento é realizado, seja pelo aspecto econômico, pela possibilidade de mudança da imagem da localidade, pelas trocas culturais, entre outros.

Este capítulo irá apresentar o significado e conceituar eventos, expondo a visão de alguns autores acerca do setor. Também irá definir o conceito de eventos pelo qual o trabalho se norteará.

Em seguida, o trabalho se aprofundará no estudo do setor de eventos, analisando todo o processo de sua realização, desde seu planejamento no Pré-evento, até seus acertos finais, na etapa de Pós-evento.

O próximo tema a ser abordado neste capítulo é a classificação, que auxilia no processo de organização do evento. Dentre todas as formas de classificação, a que se destaca é a Tipologia, que reúne diversas subdivisões.

2.1CONCEITUAÇÃO

De acordo com o Minidicionário Aurélio, evento significa acontecimento, eventualidade1 e Santos, Chehade e Rocha (2010, p.2) reafirmam o significado

1

FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o minidicionário da Língua Portuguesa. 4. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

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dicionarizado da palavra evento como sendo “um acontecimento, um acaso, uma eventualidade”.

É interessante confrontar o significado da palavra com sua origem, o que Campos, Wyse e Araújo (2002) fizeram ao dizer que o termo eventual dá origem a palavra evento, que é um acontecimento que não faz parte da rotina e é planejado com a finalidade de reunir um grupo de pessoas.

Na concepção de Zanella (2008, p.1):

Evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades realizada em data e local especial, com objetivos de celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contratos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, familiar, religiosa, científica etc.

Zanella (2008) conceitua evento como uma reunião, realizada em local e data especial, com a finalidade de celebrar acontecimentos importantes e estabelecer contratos. As próximas visões que serão abordadas neste trabalho serão complementares à de Zanella. Não, necessariamente uma visão exclui a outra.

Gonçalves, 2003 (apud ALBUQUERQUE, 2004, p.25) define evento como “[...] qualquer tipo de acontecimento onde as pessoas se reúnem visando troca de ideias, intercâmbio, confrarias, avaliação de projetos. Normalmente comungam com a mesma ideia e têm o mesmo objetivo”.

Apesar de Gonçalves conceituar eventos de uma forma mais sintética que a utilizada por Zanella, a ideia de reunião, do acontecimento e dos objetivos aparecem nos dois conceitos.

Outra visão de eventos é a de Britto e Fontes, que conceitua evento como:

Muito mais que um acontecimento de sucesso, festa, linguagem de comunicação, atividade de relações públicas ou mesmo estratégia de marketing, o evento é a soma de esforços e ações planejadas com o objetivo de alcançar resultados definidos junto ao seu público-alvo. (2002, p.20)

Britto e Fontes apresentam um conceito mais amplo e uma visão mercadológica, em que há a preocupação com os resultados e com o público alvo do evento, complementando os conceitos apresentados acima.

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Não existem conceitos certos ou errados, existem diversos conceitos sobre evento com finalidades distintas dependo da área de atuação e da visão que o autor tem acerca do tema. Por isso, foram selecionados conceitos similares, com o intuito de enfatizar e apresentar o conceito de eventos que este trabalho irá se guiar.

Neste trabalho, evento pode ser definido como um acontecimento previamente planejado, que ocorre esporadicamente e reúne um grupo de pessoas com um objetivo em comum.

Um evento acontece com a finalidade de atender não somente às necessidades dos organizadores que são entidades em geral, fornecedores, apoiadores, colaboradores, entre outros, mas principalmente do seu público-alvo, que é o cerne da realização do evento.

2.2 ETAPASDOEVENTO

Os diversos conceitos de eventos basicamente envolvem aspectos semelhantes, mas o teor de cada conceito difere de acordo com a abordagem que cada autor deseja ressaltar. No entanto, isto não acontece quando se trata de etapas do evento, pois há concordância quanto à classificação dos eventos em três etapas: pré-evento, transevento ou evento ou execução e pós-evento.

a) PRÉ-EVENTO

Na primeira etapa, o pré-evento2, os organizadores devem, se necessário, captar o evento e idealizá-lo para que comece o planejamento. Quando os eventos não são realizados em locais fixos e são, portanto, denominados itinerantes, surge a necessidade de captá-los, pois podem gerar muitos ganhos para o local que o realiza.

O Brasil possui alguns exemplos de captação de grandes eventos, como a Copa do Mundo de Futebol, em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Podem-se destacar alguns dos motivos para o Brasil captar esses eventos: político, com o intuito de fortalecer a imagem do Brasil no exterior e a entrada de divisas por meio do turismo

2

As informações referentes à fase de pré-evento são baseadas em BRITTO, Janaína; FONTES, Nena. Estratégias para eventos: uma ótica do marketing e do turismo. São Paulo: Aleph, 2002. 379 p.

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que os eventos propiciariam ocasionando melhoria na infraestrutura que poderia ser um legado dos jogos.

Na etapa de Pré-evento, a principal ação é o planejamento do evento. Segundo Britto e Fontes (2002), existem fases básicas para o processo de planejamento de qualquer evento, sendo essas as seguintes:

Pesquisa de mercado

Nessa primeira fase do planejamento, Britto e Fontes (2002) acreditam ser essencial um levantamento de dados que será utilizado mais tarde para a idealização de um plano de ações, que irá subsidiar a organização do evento, com as ações, prazos, responsáveis e recursos disponíveis.

Para um planejamento de sucesso, segundo as autoras supracitadas, é necessário uma pesquisa de mercado que contemple pesquisa de opinião e a determinação de público alvo potencial. O levantamento e a análise dos dados da pesquisa de mercado irão indicar a viabilidade da realização do evento e a determinação dos interesses do público alvo.

Essa etapa é fundamental para a concepção e construção do evento, pois é ela que norteia e fornece elementos para dar continuidade ao processo de planejamento do mesmo.

Objetivos

Os objetivos são as metas que o evento quer atingir, o resultado desejado ao realizar o evento. Eles são divididos em objetivo geral e objetivos específicos que devem ser delimitados quantitativa e qualitativamente para que se faça um planejamento organizado.

Definição de estratégias

A definição de estratégias é a forma que o responsável pelo evento utilizará para atingir os objetivos que foram traçados anteriormente. Na definição das estratégias, o organizador do evento, além de traçar o caminho que utilizará para atingir os objetivos, definirá as ferramentas que serão utilizadas.

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Nessa etapa é necessário desenvolver estratégias básicas claras e adequadas aos objetivos do evento que serão traduzidas no plano de ação, onde serão atribuídas responsabilidades, indicadas prioridades, prazos e formas para obtenção de recursos.

São consideradas como estratégias: análise de variáveis socioambientais, alocação de recursos financeiros, definição do local, definição de data e horário e elaboração de programa de marketing.

Elaboração de projeto do evento

No projeto do evento devem ser descritas todas as atividades de forma clara e objetiva de modo que as fases do evento fiquem bem definidas.

Britto e Fontes (2002) discorrem sobre a elaboração de um projeto a partir de uma abordagem sistêmica, focada em dois fatores: integração e controle. O primeiro é responsável pelos aspectos físicos, econômico-financeiros, humanos e político-institucionais e o segundo pelo cumprimento de metas, indicadores de resultados e indicadores de qualidade.

O próximo passo da concepção do projeto é colocar alguns itens de forma sistêmica, como por exemplo, determinação das necessidades, definição dos objetivos, identificação das restrições, geração das alternativas, seleção de alternativas, ajuste execução e controle de ações e avaliação de realimentação.

Em seguida, devem-se detalhar informações básicas que corresponderão ao projeto do evento. Essas informações compreendem:

 Título  Organização/Orientação  Execução  Patrocínio  Coordenação  Objetivos

 Público alvo e número de participantes

 Metodologia

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 Carga horária  Horário e local  Taxa  Inscrições e informações  Recursos necessários  Pessoal  Material didático  Material de divulgação  Material de secretaria  Instalações  Recursos audiovisuais  Recursos de vídeo  Serviços  Diversos  Previsão Orçamentária  Receita  Despesa  Cronograma

 Anexos: Carta convite, carta divulgação, ficha de inscrição, lista de presença, modelo de certificado, instruções, propostas de serviços.

B)TRANSEVENTO

A etapa que se segue ao pré-evento é o transevento, evento, ou execução. Nessa fase, segundo Martin, 2007 (apud SANTOS; CHEHADE; ROCHA, 2010, p.4) “há a montagem do evento no local escolhido e a operacionalização do atendimento ao público alvo”, ou seja, tudo que foi elaborado na etapa anterior é posto em prática no evento.

De acordo com Britto e Fontes (2002), para que o planejamento do evento seja bem executado é necessária à elaboração de um cronograma econômico-financeiro para que os custos sejam acompanhados o cronograma de atividades também conhecido como check-list, que determina prazos de início e fim das atividades.

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Tudo que é necessário providenciar para que o evento seja operacionalizado com qualidade deve constar no check-list, sendo este imprescindível para que os responsáveis possam realizar todas as atividades e ter um controle do processo produtivo.

C) PÓS-EVENTO

A última etapa do evento é o pós-evento, que acontece assim que o evento termina. Essa etapa contempla toda a desmontagem, limpeza do local do evento, acertos financeiros pendentes referentes aos serviços contratados e a elaboração de relatórios.

Os relatórios são muito importantes porque têm a finalidade de obter dados para a avaliação do evento. Esses documentos irão conter os impactos causados, os gastos, o lucro ou prejuízo que obteve, bem como apontar os acertos e erros cometidos pelos organizadores.

As informações contidas nos relatórios serão analisadas com a finalidade de aferir os objetivos e metas do evento e para que as próximas edições deste ou de qualquer outro evento tenham uma gama de informações maior para a fase de planejamento e evite erros.

2.3 CLASSIFICAÇÃODEEVENTOS

Existem diversas classificações de eventos que auxiliam os organizadores nas etapas dos mesmos. De acordo com Britto e Fontes (2002), convencionou-se classificá-los por: categoria, área de interesse, localização, características estruturais, espacialidade e tipologia.

2.3.1CATEGORIA

De acordo com a classificação por categoria, os eventos podem ser:

Institucionais: têm a finalidade de criar ou firmar conceito e imagem de uma empresa, entidade, governo ou pessoa;

Promocionais ou mercadológicos: têm por finalidade a promoção de um produto ou serviço.

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2.3.2ÁREA DE INTERESSE

Na classificação por área de interesse, o evento pode ser enquadrado em mais de uma área de interesse ao mesmo tempo. A classificação por área de interesse é a seguinte:

Artística: relacionada a qualquer tipo de arte;

Científica: assuntos que estejam relacionados com a pesquisa científica;

Cultural: ressalta a cultura. Engloba manifestações culturais;

Educativa: divulgação de cursos e didáticas no campo da educação;

Cívica: relacionada à nação e à sua trajetória;

Política: relacionados a assuntos da esfera política, ligados a entidades do ramo;

Governamental: realização de ações do governo em qualquer esfera, nível e instância;

Empresarial: relacionada a ações das organizações e seus associados;

Lazer: proporciona entretenimento aos participantes;

Social: eventos de interesse comum à sociedade, que visam confraternização entre os envolvidos, ou comemorações específicas;

Desportiva: qualquer tipo de evento realizado no universo esportivo;

Religiosa: relacionado a interesses e crenças religiosas;

Beneficente: relacionados a ações e programas sociais;

Turística: divulgação e promoção de produtos e serviços turísticos.

2.3.3 LOCALIZAÇÃO

Nessa classificação os eventos são distinguidos por sua localização de ocorrência e, por conseguinte por seu porte.

Locais (eventos de bairros);

Distritais;

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Estaduais;

Reguinais;

Nacionais;

Internacionais.

2.3.4 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS

Essa classificação analisa especificidades do evento e possui três subclassificações: porte, data e perfil.

2.3.4.1 CLASSIFICAÇÃO PELO PORTE DO EVENTO:

Pequeno: evento para um público de até 200 pessoas;

Médio: evento com um número de público estimado de 200 até 500 pessoas;

Grande: evento para 500 ou mais pessoas.

2.3.4.2 CLASSIFICAÇÃO PELA DATA DE REALIZAÇÃO DO EVENTO:

Fixo: evento com periodicidade determinada, data invariável;

Móvel: evento que se realiza sempre, em data variável;

Esporádico: eventos que acontecem em função de fatos extraordinários, de realização temporária.

2.3.4.3 CLASSIFICAÇÃO PELO PERFIL DOS PARTICIPANTES:

Geral: evento organizado para participantes em geral, sem restrições, limitado pela capacidade do local;

Dirigido: evento voltado para um público que se identifica com o tema, que pode se subdividir em grupos de interesses diversificados;

Específico: evento realizado para o público claramente definido pelo tema do evento.

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2.3.5ESPACIALIDADE

Essa classificação, além de determinar o espaço do evento, determina o processo operacional do mesmo.

Interno: são eventos realizados em locais fechados, ou semifechados;

Externos: são eventos realizados em locais abertos.

2.3.6CLASSIFICAÇÃO POR TIPOLOGIA

A classificação por tipologia, talvez seja a mais importante, pois é a classificação pelo tipo do evento, pela característica mais marcante. Essa classificação influencia diretamente o planejamento e a operacionalização do evento.

São eles:

A. PROGRAMAS DE VISITAS

São eventos que têm por objetivo promover a visitação. São eles:

Openday: São programas de visitação interna em empresas, que tem a finalidade de apresentá-las a seu público alvo;

Daycamp: São eventos voltados a grupos de interesse. São realizados em grandes áreas abertas;

Famtour: São visitações ou viagens realizadas por empresas turísticas com o objetivo de demonstrar um produto ou serviço.

B. EXPOSIÇÕES

São eventos que têm a finalidade de apresentar, promover, vender ou divulgar produtos ou serviços.

Feiras: São eventos produzidos por empresas, com a finalidade de comercializar seus serviços, produtos ou técnicas;

Exposições: São atividades de exibição com objetivo informativo;

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Showcasing: É uma variação de feira. Os produtos ficam dispostos em vitrines e as compras são efetuadas por telefone, que fica numa cabine em anexo a vitrine;

Mostras: São eventos de pequeno porte, com objetivo de divulgação histórica;

Salões: Eventos de exibição pública, para um público segmentado que tem por objetivo a promoção, divulgação e informação;

Vernissages: São apresentações de trabalhos artísticos.

C. ENCONTROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

São eventos que têm como principal objetivo a transmissão do conhecimento, por meio de exposições de pesquisas e trabalhos, muitas das vezes acadêmicos.

Congressos: São eventos voltados para um segmento específico, que discute temas recorrentes à determinada área e podem conter algumas atividades, como: simpósios, cursos, conferências, entre outros;

Conferências: São eventos em que o conferencista aborda um assunto em que tem muito conhecimento e que a plateia é familiar. É uma apresentação informativa, científica ou técnica. Ao final da apresentação, o conferencista responde algumas perguntas da plateia;

Videoconferências: Esse tipo de evento é uma variação da conferência, que exige internet, para que pessoas em diferentes lugares possam participar do evento;

Ciclo de palestras: É outra variação da conferência, que permite várias pessoas palestrarem. É menos formal que a conferência e permite gravações, fotos e outros registros;

Simpósios: São eventos destinados a um público específico que tem a finalidade de divulgação de trabalhos, pesquisas, entre outros e engloba discussões sobre aplicação do trabalho;

Mesas-redondas: Esses eventos se caracterizam pelas apresentações e discussões de um determinado tema, por alguns especialistas e moderada por um coordenador, também aceita perguntas do público;

Painéis: São explanações que podem conter até quatro especialistas e um moderador, que apresentam seus trabalhos individualmente, em forma de

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quadros. Em seguida, debatem o tema e respondem as perguntas do público;

Fóruns: Evento que tem um caráter menos técnico e que tem por objetivo reunir um grupo grande que participe efetivamente do evento;

Convenções: São reuniões de organizações, que têm como objetivo abordar um assunto pertinente para os integrantes das organizações;

Seminários: É muito semelhante ao congresso, porém é um evento de pequeno porte. Tem um tema central que pode ser desdobrado e o objetivo é a transmissão do conhecimento e o debate acerca do tema do evento;

Debates: São eventos em que duas ou mais pessoas participam de uma discussão, defendendo seus pontos de vista. Não há participação da plateia e o debate é conduzido por um moderador;

Conclaves: São eventos religiosos, católicos, em que são discutidos assuntos relacionados à religião e acontecem sempre que há a necessidade da escolha de um novo papa, responsável por dirigir a Igreja Católica;

Brainstormings: São reuniões moderadas, em que, na primeira fase, os participantes emitem ideias, com a finalidade de resolver um determinado problema, que ao decorrer da reunião são melhoradas. Na segunda etapa essas questões são avaliadas e escolhidas as melhores ideias para a resolução do problema em questão;

Semanas: São eventos semelhantes aos congressos, porém com duração de uma semana;

Jornadas: São reuniões formais que têm o objetivo de discutir assuntos pertinentes a um grupo e que não são discutidos em congressos;

Concentrações: São jornadas, que têm um caráter informal;

Entrevistas Coletivas: São realizadas com formadores de opinião, voltadas a um público determinado e com objetivo de transmitir determinado assunto;

Workshops: São eventos em que o objetivo é a disseminação de novos conhecimentos, por meio de uma apresentação voltada pra um determinado segmento que participa das discussões ativamente;

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Oficinas: São semelhantes aos workshops, apresentam a discutem o objeto de estudo, com a finalidade de difundir o conhecimento e a prática;

Assembleias: São reuniões voltadas para grupos. Nelas, podem-se decidir diversos assuntos referentes aos grupos, por meio de votações;

Estudo de Casos: Nesses eventos, são discutidos estudos de serviços ou produtos com o objetivo de selecionar os problemas e apontar as soluções

D. ENCONTROS DE CONVIVÊNCIA

Encontros de convivência se caracterizam por serem reuniões de pessoas, que tem como objetivo principal o lazer. Podem estar inseridos dentro de outros tipos de eventos.

Confrarias: É um encontro de pessoas que têm um interesse específico em determinado assunto e é realizado sempre no mesmo local;

Saraus: É uma reunião que ocorre sempre no final da tarde ou à noite, em que há apresentações musicais, artísticas ou literárias;

Pocket shows: São pequenas reuniões, em locais intimistas onde ocorrem apresentações, normalmente solos, musicais, literários ou artísticos;

Coquetéis: São eventos normalmente comemorativos, que fazem parte de outros eventos. Comidas e bebidas são servidas, mesas e cadeiras são expostas de acordo com a comemoração e porte do evento e o tempo de duração é curto;

Happy hours: São eventos informais. Encontros, normalmente após o trabalho e em bares, com a finalidade de confraternização entre amigos.

Chás da tarde: Evento de confraternização que reunia mulheres da alta sociedade durante à tarde para um chá com acompanhamentos. No século passado era muito comum, porém caiu em desuso;

Chás de bebê: Esse tipo de evento é oferecido para gestantes, com a finalidade de reunir amigos e parentes que a presenteiam, ajudando no enxoval do bebê;

Chás Beneficentes: São eventos à tarde, que tema finalidade de arrecadar doações para entidades filantrópicas;

Chás de cozinha: Esses eventos de confraternização são realizados para as noivas, com a finalidade de ajudá-las no enxoval de casamento.

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Chás-bar: Versão masculina dos chás de cozinha, os amigos e parentes do noivo, o presenteiam com bebidas e produtos voltados para o bar;

Almoços: São refeições realizadas por volta de meio dia, que podem ter diversas finalidades, comemorações, trabalho, filantropia, entre outros. O local, porte e a formalidade podem variar de acordo com o objetivo do evento;

Jantares: Eventos realizados à noite, podem ter diversas finalidades, assim como o almoço, porem é considerado um evento mais formal;

Banquetes: Eventos comemorativos em que são oferecidas refeições suntuosas, para um número grande de pessoas;

Cafés da manhã: Eventos que podem ser familiares, sociais ou de negócios. São encontros com comidas e bebidas, sempre no início da manhã;

Brunchs: É um evento mais descontraído, que une o almoço (lunch) ao breakfast (Café da manhã). É considerado um evento social ou empresarial, dependo do objetivo do brunch, pode ser realizado no intervalo de 10h as 14h, normalmente.

Coffee breaks: São intervalos de eventos de diversos tipos, onde se serve um lanche, normalmente em Buffet;

Welcome-coffees: Também são conhecidos como Guest-coffee. É similar ao coffee-break, porém é servido no início dos eventos, dando as boas vindas ou para os palestrantes, como um agrado, antes das apresentações;

Encontros culturais: Eventos que tem como principal objetivo difundir a cultura seja por meio de palestras, discussões, entre outros;

Shows: Apresentações musicais para um público específico;

Festivais: Os eventos que são classificados como festivais, são aqueles que contemplam diversas apresentações consecutivas, podendo ser musicais, teatrais, poéticas, entre outras;

Comícios: São realizados por candidatos a cargos políticos para apresentarem suas plataformas de governo;

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Passeatas: Grupo de pessoas que saem ás ruas com a finalidade de apoiar algum candidato a cargo político ou reivindicar pelos direitos da população;

Carreatas: Tem o mesmo objetivo das passeatas, porém as pessoas percorrem as ruas de carros;

E. EVENTOS COMPETITIVOS

Eventos Competitivos são aqueles em que os participantes realizam alguma competição durante o evento.

Concursos: São eventos em que há apresentações que são julgadas, com a finalidade de premiar os melhores. Esses eventos têm regras específicas para cada ocasião.

Gincanas: Na Gincana deve-se elaborar uma lista de tarefas para que os competidores possam realizar. O que apresentar os melhores resultados é definido vencedor;

Torneios: Assim como o concurso também existem regras que se aplicam a cada torneio, dependo do que estiver sendo disputado. O torneio é eliminatório, ou seja, os participantes são eliminados a cada rodada, sobrando apenas dois participantes que se enfrentam pela primeira posição;

Campeonatos: São eventos com regras mais rígidas que o torneio, normalmente são maiores e não necessariamente eliminatórios, ao final um participante é consagrado vencedor;

Olimpíadas: são definidas olimpíadas, os eventos que contém diversos torneios e campeonatos acontecendo simultaneamente.

F. INAUGURAÇÕES

As inaugurações são eventos de apresentação de um espaço novo a determinado público.

Espaços físicos: Inaugurações de espaços públicos ou privados;

Monumentos históricos: Inauguração de construções que resgatam a história de alguma localidade;

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Monumentos homenageativos: Normalmente são inauguração de bustos ou placas com a finalidade de homenagear alguém de relevância política, social, cultural, entre outros.

G. LANÇAMENTOS

O evento que é classificado como lançamento, tem como função apresentar pela primeira vez determinado objeto, produto ou serviço.

Pedra fundamental: A pedra fundamental marca o início de uma construção;

Livros: Acontecimento em que o escritor apresenta seu livro novo ao público e fica à disposição para atender a todos e dar autógrafos;

Empreendimentos imobiliários: Eventos em que é apresentado o empreendimento, na maioria das vezes, por meio de maquetes e em seguida é servido um coquetel e as vendas são iniciadas;

Produtos e Serviços: Esse evento tem a finalidade de divulgar o produto ou serviço e a imagem da empresa responsável pelo produto ou serviço.

H. EXCURSÕES

São viagens com fins específicos, em grupo, que podem ter ou não guia de turismo.

Técnicas: São viagens que apresentam um novo serviço ou produto,

normalmente utilizada por empresas;

De incentivo: Premiação dada a funcionários pelo desempenho na

empresa. A viagem é normalmente de lazer;

Educacionais: Viagem que tem um objetivo de aprendizagem;

I.DESFILES

São eventos de apresentação ou comemoração, em que há exposição do que se quer vender ou comemorar, por meio de um desfile.

Cívicos: São desfiles que comemoram datas importantes para a nação;

De moda: Nesses desfiles há lançamentos de produtos relacionados à nova tendência da área;

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De escolas de samba: Oriundo dos desfiles de blocos, nas ruas das cidades. São eventos grandes, em locais específicos, dias determinados de acordo com o carnaval, em que as escolas se preparam durante um ano para concorrer ao título de campeã do carnaval;

Paradas: Eventos com um número elevado de participantes nas ruas tem um objetivo a ser alcançado e contam com uma infraestrutura grande, carros de som, ás vezes carros alegóricos, entre outros.

J. OUTROS

Eventos que não são classificados em nenhuma outra tipologia já apresentada. Podem ser eventos comemorativos, de promoção, venda, entre outros.

Leilões: Apresentação e venda de produtos. O produto é vendido pelo maior preço oferecido;

Ruas de lazer: Eventos de lazer, em que a comunidade confraterniza, em local aberto da própria comunidade;

Degustação: São eventos de apresentação de produtos alimentícios;

L. CERIMÔNIAS

Cerimônias são eventos solenes, de diversas finalidades, em que há protocolos referentes a cada ocasião que necessitam ser seguidos.

De cunho religioso: São cerimônias relacionadas à religião

Casamentos: União de duas pessoas, perante Deus ou a lei;

Bodas: Cerimônia comemorativa de renovação dos votos realizados no casamento;

Fúnebres: São cerimônias que homenageiam pessoas que faleceram, em seus sepultamentos;

De posse: É realizada quando alguma autoridade é escolhida para determinado cargo e necessita ser empossado;

Acadêmicas ou Universitário: São realizadas por instituições de ensino superior, algumas das mais comuns são:

• Colação de Grau: Eventos em que os alunos colam grau e recebem o título de Bacharéis ou Licenciados;

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• Aula magna: São palestras, normalmente no início do ano letivo, que aborda o curso e a relação com o mercado;

• Outorga de títulos: Cerimônias de homenagem, reconhecendo o trabalho realizado pelo homenageado;

Como se pode observar, há diversas classificações de eventos, e a mais utilizada é a tipologia que discrimina diversos eventos com características e objetivos peculiares. Dentre os diversos tipos de eventos, o presente trabalho irá investigar as cerimônias acadêmicas, em especial a estrutura e execução, que é chamada de Cerimonial e/ou Protocolo.

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3. CERIMONIAL E PROTOCOLO: FORMAS PRESENTES NOS EVENTOS ACADÊMICOS

Cerimonial é um tema pouco explorado dentro do campo do Turismo, mas não menos importante no planejamento e realização de um evento. Devido à escassez de fontes bibliográficas específicas, para compor este capítulo o autor busca informações em outras áreas, como a de Relações Pública e Marketing, além da legislação federal que regulamenta as solenidades oficiais a fim de abordar o tema dentro de visões diferenciadas, mas complementares.

Alguns conceitos de cerimonial e protocolo são apresentados antes de se fazer um panorama histórico do tema, para que o trabalho tenha fluidez em sua abordagem. São utilizadas definições de diferentes autores, com a finalidade de expor visões distintas sobre o mesmo tema.

O campo do cerimonial é muito vasto, por isso o trabalho fará um recorte e abordará o cerimonial universitário, explorando sua história, suas normas e seus procedimentos.

3.1 CONCEITUAÇÃODECERIMONIAL

Há estudiosos que afirmam que cerimonial e protocolo são sinônimos, enquanto outros apontam diferenças entre eles.

Em “Cerimonial para Relações Públicas”, Speers (1984) faz um levantamento sobre conceitos de cerimonial e protocolo e cita os autores Delmée e Villalta, como autores que consideram protocolo e cerimonial como sinônimos.

As autoras Britto e Fontes (2002, p.226), no entanto, distinguem os dois conceitos, citando definições consagradas de cerimonial e protocolo, a saber:

Cerimonial é uma rigorosa observância de certas formalidades em eventos oficiais, entre autoridades nacionais e estrangeiras; conjunto de formalidades de atos solenes e festas públicas.

Protocolo: é a ordem hierárquica que determina normas de conduta dos governos e seus representantes em ocasiões oficiais ou particulares. Codifica as regras do cerimonial com o objetivo de oferecer e privilegiar prerrogativas e imunidades a quem de direito e na ocasião adequada.

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Por sua vez, Lukower (2009, p.9) define Cerimonial como “[...] a aplicação prática do protocolo, ou seja, as suas regras” e Protocolo como “Conjunto de normas jurídicas, regras de comportamento, costumes e ritos de uma sociedade em um dado momento histórico, geralmente utilizada nos três níveis de Governo [...]”.

Luz (2005, p.7) entende cerimonial como “termos que usamos para nos referimos às formas comuns de atos solenes e formais, públicos ou privados” e protocolo como “[...] normas relacionadas a atos e gestões relativos a atividades oficiais, particularmente na área da diplomacia”.

Com se pode depreender das definições elencadas não há concordância entre os estudiosos a respeito dos termos cerimonial e protocolo. Para fins do presente trabalho considera-se protocolo como sendo as regras de

procedimento em determinadas situações específicas, e o cerimonial, são atos solenes, a aplicação práticas dessas regras protocolares, e as cerimônias, respectivamente.

Existem duas pessoas essenciais para o desenvolvimento das cerimônias: o cerimonialista ou chefe do setor de cerimonial e o mestre de cerimônias.

O cerimonialista tem como função planejar, coordenar e organizar todo o evento, além de dar apoio e supervisionar o mestre de cerimônias. O cerimonialista determinará a ordem de precedência do evento.

A principal função do mestre de cerimônias é de apresentar a solenidade e ele também é responsável por elaborar o script final da cerimônia de acordo com as considerações do cerimonialista. Porém, em algumas instituições essa também é uma função do cerimonialista.

3.2 PANORAMAHISTÓRICO

O cerimonial passou a existir no momento em que normas de conduta para determinadas situações específicas foram criadas, mesmo que involuntariamente, fazendo com que as atividades passassem a ser organizadas.

De acordo com Lukower (2009, p.13):

Podemos afirmar com tranquilidade que Cerimonial e Protocolo são tão antigos quanto a história da Humanidade. Muito antes da descoberta do fogo e da roda os homens já se organizavam em clãs, onde havia uma hierarquia a ser respeitada em eventos, como a hora de saborear a caça.

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Lukower ainda relata que “Os homens primitivos iniciaram as tradições de cerimonial e precedência para as refeições mais importantes e também foram eles que vincularam todos os rituais e cerimoniais à religião”. (2009, p.14)

Speers (1984) observa que as cerimônias no antigo Egito tinham grande rigor e eram diretamente relacionadas ao Faraó, que pela crença do seu povo, era o representante de Deus na terra. Desde o Egito antigo o cerimonial e a religião eram estritamente relacionados e se confundiam.

O cotidiano do povo egípcio era marcado por cerimoniais, segundo Lukower “Para tudo havia um deus específico e seu ritual correspondente, para que as pessoas pudessem viver bem e usufruir da natureza e do seu trabalho da melhor maneira possível”. (2009, p.14)

Para Villata, 1981 (apud LUKOWER, 2009) a primeira compilação de cerimoniais foi realizada por Chou Kung, na China, onde se tem os primeiros registros sobre cerimoniais e rituais.

Apesar do cerimonial chinês não ter tido a influência religiosa que o Egito teve, ainda sim foi influenciado. Há de se concordar que simplesmente pelo fato do imperador ser considerado filho do céu, fica explícita a influência religiosa nessa cultura.

Segundo Speers (1984, p.40), os chineses foram:

[...] sem dúvida, os grandes mestres no assunto. O sentido de formação do indivíduo, enaltecendo o respeito mútuo, a mútua consideração e o respeito pelas hierarquias, é transcendental. Foi básico na formação da ordem social da civilização mais perfeita do passado. Ainda hoje, seu princípio de que a humildade é básica como caminho para o sucesso, é válido.

Assim como no Egito, a China também possuía diversos rituais que faziam parte do cotidiano e da cultura local, o que enfatiza a importância do cerimonial para esse povo.

Em Roma e na Grécia, o cerimonial está diretamente ligado à religião, sendo as crenças da época, influenciadoras de determinados ritos ocidentais que se conhece na atualidade.

Lukower (2009) afirma que na Roma antiga o povo incorporou o cerimonial aos seus hábitos e que todos conheciam e praticavam os rituais referentes a cada ocasião e de forma corriqueira.

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É importante salientar que alguns aspectos fazem parte da construção do cerimonial e influenciaram-no desde a antiguidade e se encontram presentes fortemente ainda hoje, como hábitos e rituais tradicionais e a religião.

Durante a Idade Média, todos os cerimoniais estavam baseados na liturgia. A Igreja, através das cerimônias, influenciava a vida das pessoas e com isso, as cerimônias passaram a fazer parte do cotidiano da época e foram propagadas.

Nesse mesmo período, o cerimonial do Oriente também era influenciado diretamente pelo poder militar e na Europa, as cortes de países como Áustria, França, Espanha e Itália, tinham um cerimonial cheio de ostentação e atritos pela precedência.

Speers (1984) define o cerimonial da Santa Sé como sendo um dos mais complexos da atualidade devido ao seu alto rigor. Na Santa Sé existia um protocolo muito rígido até a época do Papa Paulo VI que só foi atenuado a partir do Papa João XXIII, até então, o protocolo era extenso e rigoroso.

Speers também aborda o cerimonial universitário, citando a Universidade de Coimbra em uma posse de reitor. O cerimonial era pomposo e em diversos momentos se vê fortes influências religiosas, pois Coimbra era uma universidade católica.

Segundo Cornell, 1982 (apud ALBUQUERQUE, 2004) no Brasil, com a vinda de D. João VI e a Corte, o cerimonial se mostra mais presente, através de seus hábitos que eram muito diferentes com relação aos da população local. Foram se incorporando aos poucos na sociedade e quando a Corte voltou para Portugal, em 1815, seus descendentes continuaram seguindo seus rituais e protocolos.

A história do cerimonial brasileiro é marcada por três momentos: a Colônia, a Corte e a República, segundo Silva (2007).

O primeiro período retoma o descobrimento em 1.500. Com a chegada dos portugueses no país, logo as práticas cerimoniosas portuguesas foram iniciadas com a realização de uma missa. Esse período é marcado pela reprodução dos cerimoniais e costumes de Portugal e da Igreja Católica. Na Corte, com a chegada de D. João VI, foram criadas as instituições militares e instituições de ensino superior. E na República, o Itamaraty foi o grande responsável por dar continuidade às praticas cerimoniosas já existentes no Brasil.

Lukower (2009, p.15) traça o cenário do cerimonial moderno, afirmando que “todo cerimonial moderno, em qualquer lugar do mundo, tem a sua base no exército,

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já que não há setor que mais entenda de rituais e cerimoniais. Isso vale para qualquer nação”.

Apesar de todo cerimonial moderno ter a sua base no exército, há diversas influências que fazem com que cada nação tenha ainda cerimoniais civis e mesmo dentro das nações há normas e procedimentos diferentes nos diversos tipos de cerimônia.

3.3 CERIMONIALUNIVERSITÁRIO

O Cerimonial Universitário pode ser entendido como:

[...] uma área específica do cerimonial, que “corresponde ao conjunto de aspectos formais de um ato público que ocorre no ambiente universitário, numa sequência própria, observando-se uma ordem de precedência, uma indumentária própria e o cumprimento de um ritual” (VIANA, 1998, p. 39, apud SILVA, 2007, p.32)

O Cerimonial universitário é de grande importância, desde que, segundo Reinaux (1998, p. 17):

[...] tradições sejam preservadas, exercitadas, vividas em todos os seus detalhes. É o enriquecimento formal, com a coreografia das solenidades, o protocolo dos atos, o contexto da Ordem de Precedência, esta com a respeitabilidade a quem de direito, juntos poderão assegurar, naquilo que lhe compete, o brilho das solenidades universitárias.

O surgimento do cerimonial universitário está diretamente relacionado ao aparecimento da figura do reitor nas instituições de ensino superior, por volta do final do século XII, segundo Reinaux (1998).

Antes disso, os professores de direito canônico utilizavam vestes específicas que os diferenciavam dos alunos e estabeleciam a hierarquia de forma rígida durante suas aulas.

No início dos anos 1200 d.C., na Universidade de Sorbonne, foi implementada definitivamente a utilização das vestes talares3, que segundo Meirelles são “[...] (vestes longas até a altura dos calcanhares), têm o objetivo de destacar as autoridades, dando-lhes status e indicando sua posição de poder” (2011, p.210), e da cátedra, cadeira em formato de trono com diversos adornos e com o brasão da

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universidade utilizada somente pelo reitor ou chanceler, além do cerimonial rígido e apurado.

Com relação ao corpo discente, todos eram obrigados a circular com as capas acadêmicas, capas pretas utilizadas sobre os ombros e que eram motivo de privilégio e orgulho para os universitários. O modelo do Cerimonial da Sorbonne foi utilizado pela maioria das universidades europeias.

O Cerimonial das universidades brasileiras é reflexo das tradições e procedimentos da Universidade de Coimbra, em Portugal, por conta da colonização brasileira e por que a Universidade de Coimbra é reconhecida pelo, segundo Reinaux (1998,p.14), “exercício salutar, pleno e correto dos atos solenes da instituição”.

O cerimonial universitário brasileiro tem início na criação das primeiras universidades brasileiras: a de Olinda, em Pernambuco, em 1827 e a de São Paulo, em 1828, que a passar a ter autonomia como instituição a partir de 1945. Antes de 1827, a alta sociedade brasileira que queria ingressar em uma instituição de ensino superior, teria que estudar em alguma universidade portuguesa, pois Portugal não permitia a criação de universidades no Brasil.

3.4 NORMASEPROCEDIMENTOSDOCERIMONIALUNIVERSITÁRIO

As universidades brasileiras estão subordinadas ao Ministério da Educação e do Desporto, que está diretamente ligado à Presidência da República. Quando o assunto é cerimonial universitário, essa hierarquia também é seguida.

O Cerimonial público é gerido por algumas leis e decretos federais. Serão apresentadas duas das principais leis que norteiam as cerimônias oficiais, em todo território federal e nas missões diplomáticas. Além das leis e dos decretos, existem algumas regras, que serão apresentadas pelo autor, essenciais para a elaboração de uma cerimônia.

Os documentos legais como a Lei Nº 5700/ 71 de 1 de setembro de 1971, que Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências e o Decreto Nº 70.274/ 72 de 9 de março de 1972, que Aprova as normas de Cerimonial Público e a ordem de precedência estabelecem orientações e regras para os cerimoniais oficiais e nestes incluem-se as cerimônias das Universidades Federais. Desta forma, a UFF tem o dever de cumprir o protocolo

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estabelecido para cada ocasião. No entanto, a instituição pode ter necessidade de abrir exceções, mesmo que estas afetem as orientações legais, seja por causa da política institucional ou pela maneira como a universidade é gerida.

O Decreto Nº 70.274/72 é o responsável por regulamentar as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência. De acordo com seu Art. 1º:

São aprovadas as normas de cerimonial público e a ordem geral de precedência, anexas ao presente Decreto, que se deverão observar nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil.(BRASIL, 1972)

Esse decreto é o mais importante, pois aprova as normas do cerimonial público e é por meio dele que a Mesa Diretora de todas as cerimônias universitárias é composta, dando as posições de prestígio de forma hierárquica e estabelecendo a elaboração da ordem de pronunciamento, de forma que a hierarquia seja respeitada.

De acordo com seu Capítulo I, Art. 1º, sempre que o Presidente da República comparecer a uma cerimônia, ele deve presidi-la. Convém ressaltar que esse artigo é válido para as cerimônias do poder executivo, no qual o Presidente da República é a maior autoridade. E deve ser respeitado no contexto do cerimonial universitário.

Caso o Presidente da República não compareça, o presidente da cerimônia será o Vice-presidente, de acordo com o Art. 2 º, do Capítulo I. Nesse mesmo capítulo, há a ordem de precedência dos demais cargos oficiais do Brasil.

Quando existirem pessoas que irão compor a mesa e que não tenham cargos oficiais, o cerimonialista deve se pautar pelo Art. 15, do Capítulo I, que diz:

Art. 15. Para colocação de personalidades nacionais e estrangeiras, sem função oficial, o Chefe do Cerimonial levará em consideração a sua posição social, idade, cargos ou funções que ocupem ou tenham desempenhado ou a sua posição na hierarquia eclesiástica.

Parágrafo único. O chefe do Cerimonial poderá intercalar entre as altas autoridades da República, o Corpo Diplomático e personalidades estrangeiras. (BRASIL, 1972)

O Decreto Nº 70.274/72, no seu Art. 16, do Capítulo 1, discorre sobre os casos omissos:

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Art.16. Nos casos omissos, o Chefe do Cerimonial, quando solicitado, prestará esclarecimentos de natureza protocolar bem como determinará a colocação de autoridades e personalidades que não constem da Ordem Geral de Precedência. (BRASIL, 1972)

O Art. 16 existe porque o Decreto Nº 70.274/72 determina a precedência com base na hierarquia e os casos omissos são a determinação da precedência com base em outros critérios, pois não é possível utilizar a hierarquia para determiná-la.

Segundo Meirelles (2011), o profissional que atua com cerimonial deve utilizar diversos critérios para determinar a precedência nas cerimônias. Os critérios podem ser: Hierarquia, Anfitrião (preside a cerimônia, caso não exista autoridade superior), data da criação ou constituição da instituição ou órgão, antiguidade de diplomação ou cargo, poder econômico, poder da força, poder cultural e honraria, interesses políticos e empresariais, idade, sexo, ordem alfabética e bom senso.

A referida autora ainda faz outras considerações a respeito da precedência:

 Quando há funções de mesma hierarquia, a precedência é do mais velho;

 Com relação ao sexo, as senhoras têm a precedência sobre os senhores, quando ocuparem as mesmas funções;

 Entre os dois critérios exposto, idade e sexo, a idade precede;

 A composição da Mesa Diretora, definição de lugares, entrada das autoridades e citações são estabelecidas pela precedência.

A forma mais usual para compor a Mesa Diretora é a ordem de precedência, da autoridade maior para a menor. Porém, segundo Meirelles (2011) a ordem inversa de precedência também pode ser utilizada.

Quando há convidados nas cerimônias, utiliza-se a seguinte ordem de precedência:

 Anfitrião

 Autoridades Federais

 Autoridades Estaduais

 Autoridades Municipais

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As instituições e organizações, nos seus eventos internos, organizam a ordem de precedência de acordo com seu próprio organograma e regulamento, porém seguindo os documentos legais que regulamentam o cerimonial público.

A ordem de precedência de eventos universitários, seguindo Meirelles (2011) é organizada da seguinte forma:

 Reitor

 Chanceler (Ou maior autoridade da mantenedora )

 Vice-reitor

 Presidentes dos Conselhos existente na universidade

 Pró-reitores

 Diretores dos campi / Superintendentes

 Diretores de Institutos, Faculdades e Centros

 Chefes de Departamento

 Professores

Os eventos universitários são, normalmente, presididos pelos reitores, porém em algumas universidades o chanceler preside mesmo o reitor estando presente, pois ambos têm o mesmo nível hierárquico.

A primeira autoridade a ocupar seu lugar na Mesa Diretora em um evento universitário é o Reitor, em alguns casos o Chanceler, em seguida, as outras autoridades da mesa sentam-se à esquerda e a direita consecutivamente, tendo como base a plateia. Como mostra a figura a seguir:

Figura 1: Mesa com número ímpar de autoridades Fonte: Manual IFES,2010

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Quando a mesa diretora é composta com um número par de autoridades, cria-se um centro imaginário e a maior autoridade senta-se a direita. As próximas autoridades sentam-se à esquerda e à direita da maior autoridade, consecutivamente. Essa disposição apresenta-se da seguinte forma (Figura 2):

Figura 2: Mesa com número par de autoridades Fonte: Manual IFES, 2010

Autoridades como: Antigos Reitores (por ordem de decanato), Professores Eméritos e Honoris Causa, Doutor Honoris causa, entre outros presentes nos eventos universitários, devem ocupar lugar de destaque.

Outro importante documento federal, que é muito utilizado na realização dos cerimoniais públicos, é a Lei Nº 5700/ 71, que regulamenta a forma e apresentação dos símbolos nacionais: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. A Bandeira e o Hino Nacional são utilizados em todas as cerimônias universitárias.

 Bandeira Nacional

A referida lei serve de parâmetro nas cerimônias universitárias, no que diz respeito à Bandeira Nacional. Existem diversas regras, como tamanho da bandeira, precedência, posição das bandeiras no espaço, material de confecção das bandeiras, forma de utilização, entre outros.

Referências

Documentos relacionados