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Revista Eletrônica de Biologia

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Revista Eletrônica de Biologia

REB Volume 3 (4): 35-55, 2010

ISSN 1983-7682 .

_______________________________________________________________ Frugivoria por aves em Zanthoxylum chiloperone (Rutaceae) numa área

urbana do Estado de São Paulo, sudeste do Brasil

Frugivory by birds in Zanthoxylum chiloperone (Rutaceae) in an urban area of São Paulo, southeastern Brazil

Suelen Barbosa Moraes Rodrigues

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Campus Sorocaba.

E-mail contato: suelenbdemoraes@hotmail.com

Resumo

Uma das principais interações entre plantas e animais é a frugivoria, em que animais frugívoros colaboram na dispersão das sementes de diversas espécies de plantas. O presente estudo visou analisar a frugivoria na Mamiqueira-fedorenta (Zanthoxylum chiloperone), espécie pioneira que pode ser utilizada em reflorestamento, além de ser muito usada na medicina popular para tratamento de doenças. O objetivo do estudo foi observar quais as espécies de aves que se alimentam do fruto e, se há ornitocoria ou são apenas oportunistas. O trabalho, então, foi desenvolvido numa área urbana na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, nas dependências do condomínio Parque das Árvores, onde aos fundos se encontram várias espécies de árvores nativas. As observações foram distribuídas em dois períodos, um de manhã e outro de tarde. Em cada período de observação foram sorteadas as árvores a serem visualizadas. O estudo mostrou que a maioria das espécies observadas não se alimentaram do fruto e a utilizaram como poleiro natural. As aves que se alimentaram, ingeriram apenas as sementes, o que representa um oportunismo por parte de algumas e também dispersão por parte de outras, pois algumas aves apenas digerem parcialmente as sementes e isso pode colaborar para uma melhor germinação.

Palavras chaves: Rutaceae; Mamiqueira-fedorenta; mamica-de-porca; Zanthoxylum

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Abstract

One of the key interactions between plants and animals is the frugivory, where frugivorous animals collaborate to dispersing the seeds of many plant species. This study aimed at analyzing the frugivory in Zanthoxylum chiloperone, a pioneering species which can be used in reforestation, as well as in popular medicine for treating diseases. The aim of this study was observing which species of birds eat the fruit and verify whether there is ornithochory or the dispersing is just opportunistic. The work, then, was developed in an urban area in the city of Sorocaba, at the Sao Paulo State’s interior, at the condominium Parque das Árvores; in its backyards there are several species of native trees. Observation was divided into two periods, one in the morning and another in the afternoon. In each period the trees under observation were balloted. The study showed that most of the species observed do not feed themselves from the fruit but used it as a natural perch. The birds that fed from the fruit ate only its seeds, something which represents opportunism on the part of some birds and also dispersal of seeds on the part of other ones, since some birds only partially digest the seeds and it can make for a better germination.

Key-words: rutaceae, Zanthoxylum chiloperone, dispersal of seeds, frugivory by birds.

1) Introdução

A evolução nos vegetais está intimamente ligada à evolução nos animais, principalmente com aqueles que os consomem (Raven et al., 1996). Do mesmo modo que as flores evoluíram de acordo com as características de seus polinizadores, os frutos evoluíram em relação a seus agentes dispersores (Raven et al., 1996). Isso pode ser explicado pela dicotomia existente entre esses organismos, em que plantas zoocóricas fornecem o alimento como recompensa pelos serviços prestados (McKey, 1975 apud Melo, 1997). Pois, quando os frutos são comidos por vertebrados, principalmente aves e mamíferos, as suas sementes são dispersas após passarem intactas pelo trato digestivo, ou, no caso das aves, podem também ser regurgitadas distante do local da ingestão, e mesmo quando há uma digestão parcial da semente, isso pode facilitar na germinação (Raven et al., 1996).

Na floresta tropical, mais de 80% das espécies de árvores arbustivas dependem de vertebrados frugívoros para a dispersão das sementes (Howe & Smallwood, 1982 apud Galindo-Gonzáles et al., 1998). Os animais mais efetivos na dispersão são aves e morcegos frugívoros, principalmente quando

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se trata de transporte entre fragmentos de vegetação (Galindo-Gonzáles et al., 1998; Reis et al., 2003; Guimarães, 2003), pois são vetores ideais de longa distância (Galindo-Gonzáles et al., 1998).

As aves têm o maior número de espécies frugívoras dos neotrópicos, possuindo famílias altamente dependentes de frutos (e.g. Cotingidae, Cracidae) e outras menos dependentes (eg. Emberezidae, Tyrannidae) (Fadini & Marco Jr., 2004).

Dessa maneira, saber quais espécies interagem entre si é um passo importante para entender e promover a conservação não apenas de espécies, mas também dos mutualismos em que participam (Fadini & Marco Jr., 2004; Jordano, 1974). Portanto, estudos sobre frugivoria tornam-se necessários para a manutenção da diversidade vegetal (Fadini & Marco Jr., 2004), uma vez que é a dispersão de sementes que inicia o processo de sucessão vegetal (Melo, 1997).

Embora as aves dispersem sementes de todas as formas de crescimento da floresta tropical, como árvores, arbustos, ervas, epífitas e trepadeiras, a maioria das sementes dispersadas são de árvores e arbustos, principalmente de espécies pioneiras de sucessão precoce, o que ajuda na recuperação de áreas devastadas, pois essas árvores passam a se comportar, a curto prazo, como poleiros naturais, além de promover sombra e umidade, facilitando o estabelecimento de espécies tardias sob seu dossel (Galindo-Gonzáles et al., 1998). Portanto, as aves podem ser consideradas táxons críticos para a recuperação de paisagens fragmentadas (Galindo-Gonzáles et al., 1998).

Este trabalho visa analisar a frugivoria por aves em mamiqueira-fedorenta (Zanthoxylum chiloperone), que é uma espécie nativa e pioneira e que, portanto, pode colaborar com a recuperação de áreas degradadas. Alem do mais, embora existam vários estudos sobre frugivoria em plantas nativas

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(Manhães et al., 2003; Francisco & Galetti, 2001), há poucos estudos sobre a interação dessa espécie com possíveis dispersores. No entanto, esta árvore é muito estudada pela farmacologia, comprovado que seus extratos possuem constituintes ativos com atividades antinociceptiva e antiinflamatória, sendo constantemente utilizada na medicina popular, principalmente por tribos indígenas do Paraguai que usa a espécie como antimalárico, enemagogo, anti-reumático, antimicrobiano e para dor de cabeça (Villalba, 2007).

Este trabalho teve por objetivos analisar a frugivoria por aves em Mamiqueira-fedorenta (Zanthoxylum chiloperone); observar se as possíveis aves que estejam se alimentando desta espécie colaboram para a dispersão das sementes ou são apenas oportunistas.

2) Metodologia

2.1 Área de estudo

O presente estudo foi realizado em um condomínio chamado Parque das Árvores, em uma área urbana no interior do estado de São Paulo, Sudeste do Brasil, na cidade de Sorocaba a 96 km de distância da capital (UNIESP, 2008).

Sorocaba possui uma população de aproximadamente 600 mil habitantes que somados às cidades circunvizinhas pode atingir um milhão (UNIESP, 2008). É um representativo pólo empresarial, com todas as facilidades do interior, porém bem próximo a capital (UNIESP, 2008). Outros atrativos da cidade é a mão-de-obra qualificada, incentivo às indústrias, comércio e mercado imobiliário dinâmico, logística em transportes, excelente infra-estrutura em telecomunicações e diversas atrações turísticas (UNIESP, 2008). Tais fatores vêm colaborando no crescimento da cidade, novos bairros surgem a cada ano e condomínios são cada vez mais freqüentes.

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O condomínio Parque das árvores localizado no bairro Jardim Gonçalves, é um exemplo desse crescimento exacerbado de Sorocaba. Há mais ou menos 20 anos o local onde se encontra esse condomínio era repleto de árvores arbustivas as quais se interligavam com a reserva de preservação permanente próxima ao bairro (Paulo Bruno Romagnoli Fernades, com.pess.).

3.2 A espécie

Zanthoxylum chiloperone, de nome popular mamiqueira-fedorenta ou mamiqueira, é uma árvore espinhenta de 8-14 m de altura, dotada de tronco bastante ramificado, revestido por casca lisa e desprovida de espinhos (Lorenzi, 1992). Todas as partes da planta desprende forte odor nauseabundo (Lorenzi, 1992). Folhas compostas imparipinadas, com 3-6 pares de folíolos glabros, de 4-9 cm de comprimento por 2-3 cm de largura (Lorenzi, 1992). Ocorre no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, na floresta latifoliada semidecídua. Floresce durante os meses de agosto-outubro (Lorenzi, 1992). Os frutos amadurecem nos meses de abril-maio, entretanto permanecendo abertos na árvore por mais tempo (Lorenzi, 1992). Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, moderadamente disseminadas por aves (Lorenzi, 1992).

3.3 Observação da avifauna

Para a observação das aves utilizou-se o método de árvore-focal, em que se analisou apenas uma árvore em cada período de observação. Duas árvores da mesma espécie foram observadas, a escolha da árvore foi aleatória. Teve dois períodos de observação: um no período da manhã e outro no da tarde. Cada período teve no mínimo duas horas de duração.

Foram registradas as espécies de aves que se alimentaram do fruto, o padrão de visita dessas aves (indivíduo solitário, aos pares, bandos), e o

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comportamento alimentar das mesmas. Pois dependendo do comportamento alimentar, as aves podem estar sendo benéficas à planta ou mesmo sendo apenas oportunista, em que se alimentam apenas da semente e deixam o fruto, não colaborando assim para a dispersão, pois a semente é totalmente digerida. Um binóculo Nikon, modelo Action 8X40 foi utilizado para as observações; uma máquina fotográfica Sony DSC-H50 com Zoom Óptico de 15X para o registro das espécies; e dois guias de aves para a identificação: “Guia de Campo – Aves da Grande São Paulo” e “Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem”.

4) Resultados e Discussão

No dia 30/09/2008, no período da manhã com início às 07:00h e término às 09:00h, foi observada a árvore 2. O dia estava frio (20°C) e chuvoso, várias aves foram observadas na árvore, porém somente algumas se alimentaram do fruto. As espécies que se alimentaram foram: sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) que em todo o período de observação usou a árvore também como poleiro; guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) que aparecia apenas para se alimentar; e o periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalma) o qual também aparecia para se alimentar em casal ou em grupo (Tabela 1).

A maioria das aves utilizou a árvore apenas como poleiro. Foram observados pardais (Passer domesticus), que permaneciam pousados vocalizando; bem-te-vis (Pitangus sulphuratus) que pousaram e vocalizaram; avoantes (Zenaida auriculata), que permaneciam empoleiradas apenas descansando; e a mariquita (Parula pitiayumi) que pegava algo da bromélia, que se encontra no tronco da árvore observada.

No período da tarde do mesmo dia, a observação teve início às 15:00 h e término às 17:00h, a árvore observada continuou a ser a árvore 2. O dia já estava um pouco mais ensolarado e a temperatura havia subido (25°C). As espécies que se alimentaram foram: sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) que

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repetiu seu comportamento do período da manhã; guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster); o periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalma) o qual novamente apareceu em casal ou em bandos; e o sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum) que possuiu os mesmos comportamentos do sanhaço-cinzento, porém, alimentou-se mais vezes (Tabela 2).

As aves que utilizaram a árvore apenas como poleiro foram: peitica (Empidonomus varius) e o suiriri (Tyrannus melancholicus) que pousavam na árvore enquanto capturavam insetos pelo chão e pelo ar; rolinha (Columbina talpacoti) que pousou para descanso; o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus); e os pardais (Passer domesticus).

Tabela 1: Aves observadas no dia 30/09/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 2).

Nome Científico Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento

Alimentar

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento 1 07h50-08h19

Come a semente do fruto aberto (seco). Elaenia flavogaster

Guaracava-de-barriga-amarela

1

08h05-08h07

Come a semente do fruto aberto (seco).

Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 08h21-08h39 Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico)

Tabela 2: Aves observadas no dia 30/09/2008 das 15:00-17:00h (Árvore 2). Nome

Científico

Nome Popular N° de indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 15:23-15:30h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 15:24-15:35h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 15:50-15:56h

Come a semente do fruto aberto (seco).

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flavogaster barriga-amarela 15:51h aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:03-16:05h

Come a semente do fruto aberto (seco). Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 6 16:04-16:38h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 16:18-16:38h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:14-16:15h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

1

16:20-16:20h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:23-16:25h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:31-16:57h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

1

16:38-16:56h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:45-16:57h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

1

16:53-16:56h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:59-17:00h

Come a semente do fruto aberto (seco).

No dia 06/10/2008, no período da manhã que teve início às 07:30h e término às 09:30h, foi observada a árvore 2. O dia estava um pouco frio (23°C) e chuvoso. As espécies observadas que se alimentaram foram: sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum) e o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) (Tabela 3).

As espécies que foram observadas na árvore sem se alimentarem foram: avoantes (Zenaida auriculata); pardais (Passer domesticus); corruíra (Troglodytes musculus); sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca); peitica (Empidonomus varius); guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster);

[A1] Comentário: Ver comentário A4.

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suiriri (Tyrannus melancholicus); sabiá-do-campo (Mimus saturninus); beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea).

No período da tarde, das 15:00h às 17:00h, o dia estava ainda chuvoso e com a mesma temperatura. As aves observadas que se alimentaram foram: periquitão-maracanã; sanhaço-do-coqueiro; guaracava-de-barriga-amarela; e o sanhaço-cinzento (Tabela 4).

As que utilizaram apenas como poleiro foram: pardais; suiriri; peitica; cambacica (Coereba flaveola); e o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura).

Tabela 3: Aves observadas no dia 06/10/2008 das 07:30-09:30h (Árvore 2). Nome Científico Nome Popular N° de

indivíduos Período Comportamento Alimentar Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 08:50-08:51h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Pitangus sulphuratus

Bem-te-vi 2

09:01-09:03h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Tabela 4: Aves observadas no dia 06/10/2008 das 15:00-17:00h (Árvore 2). Nome

Científico

Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 15:00-15:18h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 15:12-15:13h

Come a semente do fruto aberto (seco). Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 15:40-15:42h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 15:45-15:46h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com o bico) Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 1 15:52-15:53h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis Sanhaço-do- 1 16:24- Come a semente do fruto

[A2] Comentário: Inserir nome científico, repetindo o padrão dos textos anteriores. Ou optar por manter somente os nomes científicos no texto, uma vez que os nomes populares estão nas tabelas. Rever o texto a partir deste ponto.

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palmarum coqueiro 16:24h aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 16:26-16:35h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

2

16:28-16:30h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

2

16:45-16:50h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:49-17:00h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 16:55-17:00h

Come a semente do fruto aberto (seco).

No dia 25/10/2008, no período da manhã que teve início às 07:00h e término às 09:00h, foi observada a árvore 1. O dia estava quente (29°C) e ensolarado. As espécies observadas que se alimentaram foram: sabiá-do-campo; bem-te-vi; piriquitão-maracanã; e suiriri (Tabela 5).

As que utilizaram apenas como poleiro foram: pardais; avoantes; sanhaço-cinzento; e sanhaço-do-coqueiro.

No período da tarde, das 16:00h às 18:00h, o dia estava ainda mais quente (32°C) e ensolarado, a árvore observada foi a árvore 1. As espécies que se alimentaram foram: sanhaço-cinzento; suiriri; e bem-te-vi (Tabela 6).

As que utilizaram apenas como poleiro foram: avoante e sanhaço-do-coqueiro.

Tabela 5: Aves observadas no dia 25/10/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 1). Nome Científico Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento

Alimentar

Mimus saturninus sabiá-do-campo

3 07:01-07:03h Come a semente do fruto aberto (seco).

Pitangus sulphuratus

Bem-te-vi 1 07:01-07:02h Come a semente do fruto aberto (seco).

Aratinga Periquitão- 4 07:22-07:29h Come a semente de dentro

[A3] Comentário: Ver comentário A4.

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leucophthalma maracanã do fruto verde (quebra o fruto com o bico)

Tyrannus melancholicus

Suiriri 3 07:23-07:26h Come a semente do fruto aberto (seco).

Tyrannus melancholicus

Suiriri 1 08:34-08:38h Come a semente do fruto aberto (seco).

Tabela 6: Aves observadas no dia 25/10/2008 das 16:00-18:00h (Árvore 1).

Nome Científico Nome

Popular

N° de indivíduos

Período Comportamento

Alimentar

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

2

16:57-16:59h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Tyrannus melancholicus

Suiriri 1

17:14-17:15h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Pitangus sulphuratus

Bem-te-vi 1 17:43-17:44h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

1

17:44-17:45h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Pitangus sulphuratus

Bem-te-vi 1 17:46-17:53h

Come a semente do fruto aberto (seco).

No dia 27/10/2008, no período da manhã que teve início às 07:00h e término às 09:00h, a árvore observada foi a árvore 1. O dia estava quente (27°C) e nublado. Nenhuma ave se alimentou. As únic as aves observadas foram: bem-te-vi; rolinhas; joão-de-barro (Furnarius rufus); e sanhaço-do-coqueiro.

No período da tarde, das 16:00h às 18:00h, a árvore observada foi a árvore 2, o dia permaneceu calor e pouco nublado. A única ave que se alimentou nesse dia foi um casal de sanhaço-do-coqueiro (Tabela 7).

As que utilizaram a árvore como poleiro foram: rolinha; pardal; cambacica; avoante; sanhaço-cinzento; bem-te-vi.

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Nesse dia havia muitos jardineiros no local e as aves preferiam ir mais longe, em outra árvore, do que na observada no momento. Os piriquitão-maracanãs ficaram todo o tempo da observação se alimentando na árvore ao lado que é da mesma espécie. Às 17:15h foi interrompida a observação pelo fato da formação de um temporal.

Tabela 7: Aves observadas no dia 27/10/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 1). Nome

Científico

Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 17:10-17:15h

Come a semente do fruto aberto (seco).

No dia 30/10/2008, no período da manhã que teve início às 07:00h e término às 09:00h, foi observada a árvore 2. O dia estava com temperatura amena (25°C) e nublado. As únicas aves que se alime ntaram foram dois casais de sanhaço-do-coqueiro (Tabela 8).

As que utilizaram como poleiro foram: pardal; suiriri; peitica; mariquita dessa vez pousada e vocalizando; sabiá-branco (Turdus leucomelas); corruíra; beija-flor-tesoura(Eupetomena macroura); sanhaço-cinzento; bem-te-vi.

A todo o período de observação o peitica e o suiriri pegam insetos no ar e pousam na árvore.

No período da tarde, das 15:30h às 17:30h, o dia permaneceu nublado e com temperatura em torno de 25°C, a árvore observad a foi a árvore 2. As aves que se alimentaram foram: sanhaço-cinzento e piriquitão-maracanã (Tabela 9).

As aves que a utilizaram como poleiro foram: vi-vi (Euphonia chlorotica); asa-branca (Columba picazuro); sabiá-poca (Turdus amaurochalinus); pardal; rolinha; cambacica; suiriri.

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Tabela 8: Aves observadas no dia 30/10/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 1). Nome

Científico

Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 07:38-07:38h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 08:18-08:23h

Come a semente do fruto aberto (seco).

Tabela 9: Aves observadas no dia 30/10/2008 das 15:30-17:30h (Árvore 2).

Nome Científico Nome

Popular

N° de indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento

1

16:17-16:18h

Come a semente do fruto aberto (seco). Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 16:58-17:20h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico) Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 16:58-17:17h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico)

Obs.: os dois casais (quatro indivíduos) de piriquitos-maracanã que saíram da árvore às 17:20h foi devido a presença de um carcará (Caracara plancus) no local, este voou rente à árvore pois estava fugindo de um bem-te-vi que o “atacava” pelas costas.

No dia 03/11/2008, no período da manhã que teve início às 07:00h e término às 09:00h, o dia estava com uma temperatura amena (26°C) e levemente nublado, a árvore observada foi a árvore 1. As aves que se alimentaram foram: sanhaço-do-coqueiro e sanhaço-cinzento (Tabela 10).

As que utilizaram apenas como poleiro foram: cambacica e avoante.

No período da tarde, das 15:35h às 17:35h, a temperatura aumenta um pouco (28°C), mais o tempo continua nublado, a árvo re observada foi a árvore 2. As aves que se alimentaram foram: sanhaço-do-coqueiro e piriquitão-maracanã (Tabela 11).

(14)

As que utilizaram apenas como poleiro foram: sanhaço-cinzento; guaracava-de-barriga-amarela; pardal; tesoura (Tyrannus savana); rolinha; peitica; e vi-vi (Euphonia chlorotica).

Tabela 10: Aves observadas no dia 03/11/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 1). Nome Científico Nome Popular N° de indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 2 07:00-07:01h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento 1 07:01-07:04h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento 1 08:52-08:52h

Leva a semente do fruto aberto (seco) no bico.

Tabela 11: Aves observadas no dia 03/11/2008 das 15:35-17:35h (Árvore 2).

Nome Científico Nome

Popular

N° de indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 15:41-15:46h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico) Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 16:48-16:52h

Come a semente do fruto aberto (seco). Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 2 17:00-17:07h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico) Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 17:17-17:19h

Come a semente do fruto aberto (seco). Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 17:20-17:23h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico) Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 4 17:32-17:35h

Come a semente de dentro do fruto verde (quebra o fruto com

o bico)

No dia 10/11/2008, no período da manhã que teve início às 07:00h e

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(27°C) e nublado. As aves que se alimentaram foram: sanhaço-do-coqueiro e sanhaço-cinzento (Tabela 12).

As que utilizaram a árvore apenas como poleiro foram: bem-te-vi; pardal; sabiá-branco; bico-de-lacre (Estrilda astrild); sabiá-do-campo que após pegar um inseto no ar pousa na árvore para comê-lo; casal de rolinhas que se acasalam na árvore; tesouras; e corruíra.

O período da tarde desse dia choveu muito, e, portanto, a observação foi realizada no dia seguinte (11/11/2008), das 15:30h às 17:30h, o dia estava quente (28°C) e nublado, a árvore observada foi a á rvore 2. Nenhuma ave se alimentou nesse dia.

As que utilizaram como poleiro foram: rolinha; sanhaço-cinzento; cambacica; pardal; anu-branco (Guira guira); peitica; beija-flor-tesoura; e avoante.

Em todo o período de observação passaram piriquitos-maracanã sobrevoando a área, no entanto, em nenhum momento vieram à árvore para se alimentarem. Pois, a árvore parou de produzir frutos e o pouco que ainda restavam eram secos e abertos expondo as sementes, modo em que os passeriformes se alimentavam, porém, nem eles, nesse dia, comeram as sementes.

Tabela 12: Aves observadas no dia 10/11/2008 das 07:00-09:00h (Árvore 1). Nome

Científico

Nome Popular N° de

indivíduos

Período Comportamento Alimentar

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 07:36-07:37h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro 1 09:01-09:02h

Come a semente do fruto aberto (seco). Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento 1 09:01-09:02h

Come a semente do fruto aberto (seco).

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O fruto da árvore é muito duro quando verde, mas ao amadurecer fica seco e se abre deixando exposto a semente. Os piriquitos-maracanã foram os únicos a capturarem os frutos verdes, pois estes os quebravam com o bico, o qual é muito forte e resistente, e se alimentavam do conteúdo (semente). Os passeriformes alimentavam-se apenas da semente quando esta já estava exposta, ou seja, com o fruto já seco.

No total foram sete espécies que se alimentaram do fruto da Zanthoxylum chiloperone: sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca); guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster); periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalma); bem-te-vi (Pitangus sulphuratus); sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum); suiriri (Tyrannus melancholicus); sabiá-do-campo (Mimus saturninus).

Como o estudo foi realizado nos meses de setembro à novembro, meses em que a maioria das aves estão em seu período reprodutivo, a árvore também foi muito utilizada como um local de corte de acasalamento, pois a árvore além de ser grande, apresenta sua copa um pouco aberta, com espaçamentos entre os galhos o que permite uma maior mobilidade das aves em seu interior. Dessa maneira, a maioria das aves observadas apareceram em casais, ou mesmo em grupos, como foi o caso dos pardais, em que havia apenas uma fêmea e vários machos cortejando-as.

Vários fatores influenciaram nos resultados. Primeiramente o fato do estudo ter sido realizado em uma área urbana, onde a diversidade de espécies de aves é limitada, pois somente aves que se adaptaram em meio urbano estavam presentes, o que pode representar uma diminuição na abundancia de dispersores. Além do mais, a Zanthoxylum chiloperone também está presente no Paraná, Minas gerais e Rio de Janeiro, onde a avifauna é um pouco diferente da do estado de São Paulo. Sendo assim, não se sabe se nesses Estados essa espécie também é pouco atrativa no que diz respeito ao fruto, pois os piriquitos-maracanã no presente estudo se mostraram muito atraídos

[A6] Comentário: Rever esta afirmação pois, esse fato pode estar mais ligado a disponibilidade de alimento do que a arquitetura da copa da árvore.

[A7] Comentário: ?? Sorocaba tem registrado a ocorrência de aproximadamente 280 sp de aves, distribuídas em 60 famílias.

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pelo fruto, entretanto, foram os únicos psitacídeos observados durante todo o trabalho. Afinal, alterações na composição da fauna podem levar a alterações na interação entre as plantas e os animais frugívoros que dispersam suas

sementes (Jordano, 1974).

Outro fator foram os estágios da mamiqueira-fedorenta no decorrer do período do estudo, em que no início das observações, no mês de setembro, a produção de frutos estava em alta e suas folhas estavam caindo; no meio do mês de outubro, a produção de fruto começou a diminuir e a árvore estava praticamente sem folhas, no início de novembro restavam poucos frutos e suas folhas já voltara a reaparecerem. Esses estágios representaram uma maior ou menor visitação pelas aves, pois, no início de novembro, por exemplo, os piriquitos-maracanã já não visitavam a árvore com a mesma freqüência que no início do estudo.

Além do mais a presença de outros elementos próximos às árvores observadas também influenciaram nas observações, pois próximo a árvore 1 havia uma embaúba (Cecropia) que atraiam as aves, principalmente os sanhaços, as quais deixavam de se alimentarem na mamiqueira-fedorenta para se alimentarem no embaúba. Ao lado da árvore 2, a presença de uma árvore que possuía flores atrativas para beija-flores e um bebedouro artificial também para os mesmos, representou o aparecimento de beija-flores e cambacicas na árvore observada.

Assim, após a análise dos resultados observou-se, que as aves mais utilizaram a Zanthoxylum chiloperone como poleiro do que se alimentaram do fruto dela. Mesmo as aves que se alimentaram do “fruto”, também a utilizaram como poleiro, fato que confirma a grande importância dessa árvore para a recuperação de áreas degradadas, pois esta por ser uma espécie pioneira pode crescer muito bem em locais abertos, onde há muita radiação solar, seu crescimento é rápido e após crescida ela fornece sombra e umidade para plantas de crescimento tardio se desenvolver.

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5) Conclusão

Todas as aves observadas que se alimentaram do fruto, na verdade se alimentaram da semente que havia dentro do fruto, pois os passeriformes se alimentaram da semente quando o fruto já estava seco e aberto (o fruto abre-se espontaneamente para a liberação da abre-semente), e os psitacídeos abre-se alimentaram dos frutos verdes, porém estes quebravam os frutos e ingeriam apenas o conteúdo de dentro e essa “casca” que envolvia a semente (fruto) eles jogavam fora.

Portanto, as aves podem ser consideradas oportunistas, entretanto, em alguns casos, a semente pode ser ingerida parcialmente o que colabora para sua germinação (Raven et al., 1996; Guimarães 2003). Sendo assim, algumas aves podem estar colaborando para a dispersão das sementes mesmo que com sua parcial ingestão, pois ao defecarem longe do local essa semente parcialmente digerida terá ainda mais chance de germinar.

As observações concluíram também que, embora essas aves possam não ser dispersoras das sementes da Zanxylon quiloperone, elas podem utilizar essa árvore como poleiro natural e dispersar sementes de outras espécies em uma área degradada, contanto que a mamiqueira-fedorenta esteja localizada em uma área aberta por onde as sementes serão dispersas. Por tal fato é que essa espécie, embora moderadamente dispersa por ave, pode ser utilizada em reflorestamento, pois essa serve como poleiro natural para as aves.

Agradecimentos

Prof. Dr. Luciano Mendes Castanho, Depto. de Morfologia e Patologia, Centro de Ciências Médicas e Biológicas (CCMB), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP);Paulo Bruno Romagnoli Fernades;Profa. Dra. Vilma Palazeti de Almeida, Depto. de Morfologia e Patologia, FCMS, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Prof. Dr.Walter Barrella, Depto.

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de Ciências do Ambiente, FCMS, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Lucas e Lurdes do Laboratório de Bioquímica, FCMS Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

6) Referências Bibliográficas

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Anexos

Figura 1: Pontos de observações no presente estudo.

Referências

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