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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E HUMANIDADES Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. AUDREY MARQUES DUARTE. A REVISTA, O DESIGN GRÁFICO E A TIPOGRAFIA DIGITAL: um estudo de caso sobre as capas de Elle. São Bernardo do Campo, 2017.

(2) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E HUMANIDADES Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. AUDREY MARQUES DUARTE. A REVISTA, O DESIGN GRÁFICO E A TIPOGRAFIA DIGITAL: um estudo de caso sobre as capas de Elle. Tese apresentada em cumprimento parcial às exigências do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), para obtenção de grau de Doutor. Orientadora: Profa. Dra. Marli dos Santos. São Bernardo do Campo, 2017.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA. D85r. Duarte, Audrey Marques A revista, o design gráfico e a tipografia digital: um estudo de caso sobre as capas de Elle / Audrey Marques Duarte. 2017. 348 p.. Tese (Doutorado em Comunicação Social) --Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2017. Orientação de: Marli dos Santos.. 1. Comunicação visual 2. Design gráfico 3. Tipografia 4. Revista Elle Brasil - Estudo de caso I. Título. CDD 302.2.

(4) FOLHA DE APROVAÇÃO. A tese de doutorado sob o título “A REVISTA, O DESIGN GRÁFICO E A TIPOGRAFIA DIGITAL: um estudo de caso sobre as capas de Elle.”, elaborada por Audrey Marques Duarte foi defendida e aprovada em 24 de agosto de 2017, perante banca examinadora composta por Profa. Dra. Marli dos Santos (Presidente/UMESP), Profa. Dra. Elizabeth M. Gonçalves (Titular/UMESP), Prof. Dr. Roberto Joaquim de Oliveira (Titular/UMESP), Profa. Dra. Ana Carolina Temer (Titular/UFG), Prof. Dr. Francisco de Assis (Titular/FIAM).. __________________________________________ Profa. Dra. Marli dos Santos Orientadora e Presidente da Banca Examinadora. __________________________________________ Profa. Dra. Marli dos Santos Coordenadora do Programa de Pós-Graduação. Programa: Pós-Graduação em Comunicação Social Área de Concentração: Processos Comunicacionais Linha de Pesquisa: Comunicação Midiática, Processos e Práticas Socioculturais.

(5) A Deus..

(6) “Você não sente, não vê Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo Que uma nova mudança em breve vai acontecer O que há algum tempo era jovem, novo, hoje é antigo E precisamos todos rejuvenescer.”. Velha Roupa Colorida (Belchior) (Feche os olhos e ouça na voz de Elis Regina.).

(7) AGRADECIMENTOS. A Deus, meu amigo.. A Profa. Dra. Marli dos Santos, incomparável. Uma aula contínua. Uma professora e educadora legítima, com foco profissional e olhar responsável.. Manuela Ferreira, pelo grande coração que tem e pelo apoio ininterrupto.. Mario Sant’Ana, pelos cuidados artísticos.. Marli Marques Duarte, minha mãe, porque continua cuidando de nós.. Profa. Dra. Elisabeth Gonçalves, pelo acolhimento e força no momento certo.. Kátia Bizan, pelos incentivos constantes e carinho.. Profa. Dra. Suzana Barbosa, pela gentileza e apoio ao estudo científico..

(8) LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - O triângulo semiótico com os termos de Peirce. ............................................... 16 FIGURA 2 - Xilogravura de Jost Almman - O Gravador ...................................................... 20 FIGURA 3 - Estágios básicos do desenvolvimento econômico e da comunicação ............... 29 FIGURA 4 - O processo do design......................................................................................... 39 FIGURA 5 - Linha do tempo do design gráfico (com exemplos). ......................................... 42 FIGURA 6 - Linha do tempo do design gráfico (com datas específicas) .............................. 45 FIGURA 7 - Linha do tempo das artes - Parte I - Da Pré-história à Idade Média ................. 49 FIGURA 8 - Linha do tempo das artes - Parte II - Da Idade Moderna ao Modernismo. ....... 50 FIGURA 9 - Linha do tempo das artes - Parte III - Modernismo .......................................... 51 FIGURA 10 - Linha do tempo das artes - Parte IV - Modernismo .......................................... 52 FIGURA 11 - Linha do tempo das artes - Parte V - Do Modernismo à Pós-modernidade ...... 53 FIGURA 12 - Design aplicado em jornais ............................................................................... 55 FIGURA 13 - Design aplicado em revistas. ............................................................................. 56 FIGURA 14 - Gerador de Caracteres (GC) de telejornal ......................................................... 58 FIGURA 15 - Selos de telejornais ............................................................................................ 58 FIGURA 16 - Logotipos para a revista eletrônica Fantástico (Rede Globo), a qual tem seu primeiro logotipo datado de 1973 ..................................................................... 59 FIGURA 17 - A tipografia como forma de expressão - Poema ............................................... 65 FIGURA 18 - Evolução histórica do desenho da letra A. ........................................................ 73 FIGURA 19 - Hieróglifos egípcios (escrita por meio de desenhos e símbolos) ...................... 74 FIGURA 20 - A história dos alfabetos. .................................................................................... 77 FIGURA 21 - Comparação entre Turma da Mônica e Batman................................................ 79 FIGURA 22 - Apresentação de variações de uma mesma fonte tipográfica - Helvética. ........ 82 FIGURA 23 - Estrutura de um tipo .......................................................................................... 85 FIGURA 24 - Tipos soltos, à disposição para que sejam utilizados ........................................ 86 FIGURA 25 - Tipógrafo manipulando os tipos e fazendo a composição ................................ 86 FIGURA 26 - Tipos já compostos em sequência, formando frases ......................................... 87 FIGURA 27 - Tipos, espaços e intervalos de chumbo. ............................................................ 88 FIGURA 28 - Características da estrutura dos tipos (1) ........................................................... 89 FIGURA 29 - Características da estrutura dos tipos (2) ........................................................... 89 FIGURA 30 - Características da estrutura dos tipos (3) ........................................................... 90 FIGURA 31 - Características da estrutura dos tipos (4) ........................................................... 90 FIGURA 32 - Características da estrutura dos tipos (5) ........................................................... 91 FIGURA 33 - Desenho de uma fonte. ...................................................................................... 92 FIGURA 34 - Altura dos tipos com pontos e paicas. ............................................................... 93 FIGURA 35 - Distorção das letras ........................................................................................... 95 FIGURA 36 - Exemplos de escalas com o contraste entre tipos com tamanhos diferentes ..... 96 FIGURA 37 - Exemplos de ocorrências onde os tamanhos das letras iguais são iguais em pontos, mas diferentes em alturas, pesos e proporções ..................................... 97 FIGURA 38 - Tamanhos ópticos - Parte I ................................................................................ 98 FIGURA 39 - Tamanhos ópticos - Parte II............................................................................... 98 FIGURA 40 - Classificação tipográfica - Parte I - Humanistas, Tradicionais e Modernas ... 100 FIGURA 41 - Classificação tipográfica - Parte II - Egípcias. ................................................ 100.

(9) FIGURA 42 - Classificação tipográfica - Parte III - Humanistas, Tradicionais e Modernas. 101 FIGURA 43 - Fontes clássicas ............................................................................................... 102 FIGURA 44 - A escolha das famílias tipográficas. ................................................................ 103 FIGURA 45 - A fonte Colaboratte Minimal Font ................................................................. 106 FIGURA 46 - Esquematização da classificação Vox-ATyPl (Versão original de Maximilien Vox)............................................................................................. 107 FIGURA 47 - Esquematização da classificação Vox-ATyPl .................................................. 108 FIGURA 48 - As grandes famílias tipográficas - Góticas ...................................................... 109 FIGURA 49 - As grandes famílias tipográficas - Romanas Antigas e de Transição ............. 109 FIGURA 50 - As grandes famílias tipográficas - Cursivas. ................................................... 110 FIGURA 51 - As grandes famílias tipográficas - Latinas ...................................................... 110 FIGURA 52 - As grandes famílias tipográficas - Egípcias .................................................... 111 FIGURA 53 - As grandes famílias tipográficas - Grotescas .................................................. 111 FIGURA 54 - As grandes famílias tipográficas - Fantasia ..................................................... 112 FIGURA 55 - Exemplos de projeção, integração e objetividade ........................................... 113 FIGURA 56 - Anatomia de uma grande família .................................................................... 114 FIGURA 57 - Numerais ......................................................................................................... 115 FIGURA 58 - Calendário mensal de 1892 ............................................................................. 115 FIGURA 59 - Sinais de pontuação comumente mais usados ................................................. 116 FIGURA 60 - Ornamentos tipográficos ................................................................................. 117 FIGURA 61 - Letterings (Exemplo 1).................................................................................... 118 FIGURA 62 - Letterings (Exemplo 2).................................................................................... 118 FIGURA 63 - Exemplos do uso dos caracteres gerando dramatização - Pierre Duplan. ....... 120 FIGURA 64 - O poder da tipografia nas sensações do texto ................................................. 121 FIGURA 65 - Exemplos de uso do silêncio branco e da redundância plástica ...................... 122 FIGURA 66 - 10 mandamentos da tipografia ........................................................................ 124 FIGURA 67 - Primeira publicação brasileira (jornal). ........................................................... 127 FIGURA 68 - Máquinas antigas de impressão - Linotipo ...................................................... 128 FIGURA 69 - O teclado de uma máquina de linotipo ............................................................ 129 FIGURA 70 - Operador de linotipo........................................................................................ 130 FIGURA 71 - O aprendiz de impressão ................................................................................. 131 FIGURA 72 - Aprendendo a lidar com a nova tecnologia de impressão. .............................. 132 FIGURA 73 - A evolução tipográfica e estética do jornal impresso. ..................................... 134 FIGURA 74 - Evolução das capas da revista TIME. .............................................................. 136 FIGURA 75 - Fontes que dão personalidade ao conteúdo (Exemplo 1). ............................... 137 FIGURA 76 - Fontes que dão personalidade ao conteúdo (Exemplo 2). ............................... 138 FIGURA 77 - Fonte “Chicago” no visor de um iPod ............................................................ 142 FIGURA 78 - Domínios dos meios de comunicação ............................................................. 145 FIGURA 79 - Site de Annie Lennox ...................................................................................... 148 FIGURA 80 - Site do Cirque Du Soleil .................................................................................. 149 FIGURA 81 - Fonte Didot ...................................................................................................... 150 FIGURA 82 - Fonte Garamond ............................................................................................. 150 FIGURA 83 - Sistema de avaliação para legibilidade de fontes tipográficas - Christopher Clark ................................................................................................................ 151 FIGURA 84 - Pessoas com deficiência no Brasil e o grau de instrução ................................ 157 FIGURA 85 - Site da BBC dedicado à acessibilidade. ........................................................... 159 FIGURA 86 - O leitor pode fazer o seu jornal a partir das notícias de O Estadão ................ 162.

(10) FIGURA 87 - Funcionalidades de O Público ....................................................................... 163 FIGURA 88 - Possibilidade de selecionar as notícias preferidas ......................................... 163 FIGURA 89 - Versões do hinting da fonte Fedra Sans Screen Regular.............................. 166 FIGURA 90 - Tipografia responsiva em dispositivos de tamanhos diferentes. ................... 171 FIGURA 91 - O mesmo conteúdo em telas e aparelhos diferentes ...................................... 172 FIGURA 92 - Diferentes marcas e formatos de tablet. ........................................................ 174 FIGURA 93 - Grid ............................................................................................................... 175 FIGURA 94 - Fluxo de conteúdo - Páginas estáticas ........................................................... 176 FIGURA 95 - Fluxo de conteúdo - Varal. ............................................................................ 177 FIGURA 96 - Fluxo de conteúdo - Espinha. ........................................................................ 177 FIGURA 97 - Fluxo de conteúdo - Rolo. ............................................................................. 178 FIGURA 98 - Fluxo de conteúdo - Grid .............................................................................. 178 FIGURA 99 - Fluxo de conteúdo - Slides. ........................................................................... 179 FIGURA 100 - Fontes disponíveis no smartphone Samsung Galaxy. ................................... 180 FIGURA 101 - Samsung Sans e demais fontes. ..................................................................... 181 FIGURA 102 - A fonte Samsung Sans ................................................................................... 181 FIGURA 103 - Página de rosto do Novelista Brasileiro ou Armazem de Novellas Escolhidas ...................................................................................................................... 192 FIGURA 104 - A Moda da Revista Feminina ........................................................................ 193 FIGURA 105 - Página de A Cigarra. ..................................................................................... 194 FIGURA 106 - Capa de Grande Hotel ................................................................................... 195 FIGURA 107 - Capa de Capricho .......................................................................................... 196 FIGURA 108 - Capa de Claudia. ........................................................................................... 197 FIGURA 109 - Capa de Carícia ............................................................................................. 198 FIGURA 110 - Capa do jornal Nós Mulheres. ....................................................................... 199 FIGURA 111 - Capa do jornal Mulherio ............................................................................... 200 FIGURA 112 - Revista feminina Íntima ................................................................................ 201 FIGURA 113 - Perfil demográfico dos consumidores de revista ........................................... 203 FIGURA 114 - Ranking de revistas pagas no Brasil (Participação da Elle Brasil) ............... 204 FIGURA 115 - Utilização de dispositivos para leitura de revistas online ............................. 206 FIGURA 116 - Consumo de revistas impressas (off-line) e online ........................................ 207 FIGURA 117 - Flipboard ....................................................................................................... 208 FIGURA 118 - As capas de uma revista ................................................................................ 211 FIGURA 119 - Localização clássica dos elementos da capa (grid) ....................................... 212 FIGURA 120 - Criadora de Elle, Hélène Lazareff ................................................................. 216 FIGURA 121 - A primeira capa de Elle, 1945. ...................................................................... 217 FIGURA 122 - Análise da tipografia na capa de Elle (edições de lançamento 1945/França e 1988/Brasil). ................................................................................................. 219 FIGURA 123 - A expansão da marca Elle por meio do design de Suzanne Sykes................ 222 FIGURA 124 - Números de Elle no mundo. .......................................................................... 225 FIGURA 125 - Números mundiais para a versão impressa de Elle . ..................................... 225 FIGURA 126 - Números mundiais para a versão digital de Elle . ......................................... 226 FIGURA 127 - Dados comerciais de Elle (I) ........................................................................ 227 FIGURA 128 - Dados comerciais de Elle (II) ....................................................................... 228 FIGURA 129 - Leitor: comportamento, classe social e faixa etária da Elle Brasil ............... 229 FIGURA 130 - Dados atuais sobre audiência da Elle Brasil (impressa e digital).................. 230 FIGURA 131 - Global Brand Elle ......................................................................................... 231.

(11) FIGURA 132 - Revista Elle Brasil - Seção Elle Online ........................................................ 234 FIGURA 133 - Revista Elle Brasil - Mobile View (MV). ....................................................... 234 FIGURA 134 - Elle Brasil e matéria com Mobile View (MV) ............................................... 235 FIGURA 135 - Instruções para utilizar o Mobile View (MV) ................................................ 236 FIGURA 136 - Aplicativo para acesso à Elle Brasil e Elle Brasil nas redes sociais ............. 237 FIGURA 137 - Capa da Elle Brasil (também presente na versão digital) e a presença das fontes tipográficas......................................................................................... 239 FIGURA 138 - Tipografia utilizada como base para o logotipo de Elle (Didot Condensed Bold) ............................................................................................................. 241 FIGURA 139 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Didot Bold)................. 241 FIGURA 140 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Didot Italic) ................ 242 FIGURA 141 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Garamond) .................. 242 FIGURA 142 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Garamond Italic) ....... 243 FIGURA 143 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Garamond Condensed) ...................................................................................................................... 243 FIGURA 144 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Garamond Condensed Italic).......................................................................................... 244 FIGURA 145 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Futura Light).............. 244 FIGURA 146 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Futura Extra Bold) ..... 245 FIGURA 147 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Futura Medium). ........ 245 FIGURA 148 - Tipografia utilizada nas chamadas de capa de Elle (Futura Condensed) .... 246 FIGURA 149 - Modelo de ficha para análise da capa da revista. .......................................... 255 FIGURA 150 - Conjunto de capas da Elle Brasil utilizado em nosso estudo. ....................... 259 FIGURA 151 - Capa da Elle Brasil utilizada também na versão digital e a presença das fontes tipográficas......................................................................................... 269 FIGURA 152 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 1) ........................................................................................................ 271 FIGURA 153 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 2) ........................................................................................................ 276 FIGURA 154 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 3) ........................................................................................................ 280 FIGURA 155 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 4) ........................................................................................................ 284 FIGURA 156 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 5) ........................................................................................................ 288 FIGURA 157 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 6) ........................................................................................................ 293 FIGURA 158 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 7) ........................................................................................................ 297 FIGURA 159 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 8) ........................................................................................................ 301 FIGURA 160 - Cartaz do filme Matrix ................................................................................. 303 FIGURA 161 - Textura Matrix............................................................................................... 303 FIGURA 162 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 9) ........................................................................................................ 306 FIGURA 163 - Presença online em todos os dispositivos, ao mesmo tempo - Elle Brasil (Capa 10) ...................................................................................................... 311.

(12) LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO GRÁFICO GRÁFICO GRÁFICO. 1 - Evolução da Comunicação Visual .................................................................. 22 2 - O design do século XX. .................................................................................. 48 3 - Evolução da escrita. ........................................................................................ 75 4 - Estrutura de usabilidade................................................................................ 161.

(13) LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - Ocorrência dos repertórios visuais. ................................................................. 14 QUADRO 2 - Taxonomia da comunicação visual. ................................................................ 17 QUADRO 3 - Elementos da comunicação visual .................................................................. 24 QUADRO 4 - Evolução da tecnologia de comunicação e de informática ............................. 32 QUADRO 5 - O designer e sua relação com a equipe editorial ............................................. 40 QUADRO 6 - Glossário resumido de termos usados em artes gráficas ................................. 83 QUADRO 7 - Equivalência das medidas ............................................................................... 93 QUADRO 8 - Abreviações de paicas e pontos ...................................................................... 94 QUADRO 9 - Espaços sociais diferenciáveis da comunicação ........................................... 112 QUADRO 10 - Terminologias ............................................................................................... 164 QUADRO 11 - Elementos para medir o tamanho das fontes na tela ..................................... 168 QUADRO 12 - Aplicações e cuidados para a tipografia digital............................................. 169 QUADRO 13 - Equipamentos utilizados para o registro de capas da Elle Brasil em dispositivos para acesso à internet, meio digital .......................................... 254 QUADRO 14 - Conjunto de capas de Elle Brasil, identificação e acesso ............................. 260 QUADRO 15 - Categorias e subcategorias de análise ........................................................... 262.

(14) SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1 Capítulo I - COMUNICAÇÃO VISUAL, DESIGN E TECNOLOGIA .................................. 11 1. Comunicação visual: conceitos e evolução .................................................................... 11 1.1. A comunicação visual: trazendo alguns conceitos ..................................................... 13 1.2. Os tipos de comunicação visual no tempo ................................................................ 19 1.3. Elementos e técnicas da comunicação visual ............................................................. 24 1.4. Comunicação visual e tecnologia .............................................................................. 28 1.5. Comunicação visual e design gráfico ........................................................................ 34 1.5.1. Design gráfico: alguns conceitos ................................................................... 34 1.5.2. O papel do designer ....................................................................................... 36 1.5.3. O design gráfico no tempo ........................................................................... 41 1.5.4. Os movimentos da arte e o impacto no design gráfico ................................ 46 1.5.5. O design gráfico nos meios de comunicação: algumas visões ..................... 53 Capítulo II - TIPOGRAFIA: A EXPRESSÃO ESCRITA DA COMUNICAÇÃO VISUAL 61 1. A tipografia na comunicação visual ................................................................................. 62 1.1. O lugar da tipografia na comunicação visual ............................................................ 62 1.2. Tipografia no contexto cultural, econômico e tecnológico ........................................ 67 1.3. A tipografia como facilitadora do entendimento das mensagens e no contexto da leitura .......................................................................................................................... 70 2. Características da tipografia ............................................................................................ 79 2.1. A estrutura dos tipos ................................................................................................... 84 2.2. A classificação tipográfica ......................................................................................... 99 2.3. Regras da tipografia .................................................................................................. 119 3. Evolução da tipografia: jornais e revistas .................................................................... 126 3.1. Tipografia em jornais ............................................................................................... 126 3.2. Tipografia em revistas impressas ............................................................................. 135 Capítulo III - TIPOGRAFIA DIGITAL, UMA TIPOGRAFIA PARA AS NOVAS MÍDIAS ......................................................................................................... 139 1. Conceituação do termo “tipografia digital” .................................................................. 139 2. Midiamorfose ................................................................................................................ 143.

(15) 3. Legibilidade ................................................................................................................. 147 4. Acessibilidade .............................................................................................................. 156 5. Usabilidade ................................................................................................................... 159 6. Tipografia digital: fontes, formatos, cortes, estilos ...................................................... 164 7. Tipografia em múltiplas telas: desktop, notebooks, tablets e smartphones ................. 171 Capítulo IV - REVISTA, UM MEIO QUE SE RENOVA .................................................... 183 1. Revista e revista feminina: conceitos e breve contextualização ................................... 184 1.1. Alguns conceitos sobre revista ................................................................................. 184 1.2. A revista feminina .................................................................................................... 187 1.3. Evolução das revistas femininas no Brasil ...............................................................190 1.4. O foco no público feminino ...................................................................................... 202 2. Design das capas de revista........................................................................................... 208 2.1. A importância das capas de revista ......................................................................... 209 2.2. Os elementos de composição: cor, textura, imagens, tipografia, formatos e grid ... 211 3. A revista Elle no mundo e no Brasil ............................................................................... 215 3.1. Os números de Elle ................................................................................................. 224 3.2. O mercado de Elle no Brasil .................................................................................... 226 3.3. Elle versão digital ..................................................................................................... 231 3.4. A tipografia utilizada nas capas de Elle ................................................................... 238. CAPÍTULO V - TIPOGRAFIA: PERFORMANCE NOS FORMATOS IMPRESSO E DIGITAL ................................................................................................................................ 247 1. Percurso Metodológico ................................................................................................. 247 1.1 O estudo .................................................................................................................. 248 1.2 Perspectiva e procedimentos metodológicos ......................................................... 249 2. Equipamentos utilizados para a análise de tipografia da Elle Brasil em diversos suportes ........................................................................................................................ 253 2.1. Modelo da ficha para avaliação de cada capa de revista ....................................... 254 2.2. Entrevista semiestruturada .................................................................................... 256 2.3. Seleção das capas da Elle Brasil ........................................................................... 257 2.4. Categorias de análise ............................................................................................. 261 2.4.1. Categoria 1 - Legibilidade/Leiturabilidade ...................................................... 262 2.4.2. Categoria 2 - Usabilidade ................................................................................ 264.

(16) 3. O desenho da pesquisa .................................................................................................... 267 4. Análises ......................................................................................................................... 270 4.1. Capa nº 1 .................................................................................................................. 270 4.2. Capa nº 2 .................................................................................................................. 275 4.3. Capa nº 3 .................................................................................................................. 279 4.4. Capa nº 4 .................................................................................................................. 283 4.5. Capa nº 5 .................................................................................................................. 287 4.6. Capa nº 6 .................................................................................................................. 292 4.7. Capa nº 7 .................................................................................................................. 296 4.8. Capa nº 8 .................................................................................................................. 300 4.9. Capa nº 9 .................................................................................................................. 305 4.10. Capa nº 10 .............................................................................................................. 310 5. Considerações sobre as análises realizadas ..................................................................... 314 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 319 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 325 APÊNDICES .................................................................................................................. 332 APÊNDICE A - Entrevista I .......................................................................................... 332 APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) - Entrevista com Profa. Dra. Suzana Barbosa ........................................................ 347.

(17) RESUMO A crescente evolução tecnológica na sociedade - juntamente com as demandas impulsionadas pelos desejos e necessidades presentes nos receptores das mensagens - requer análises sobre que está ocorrendo nos processos comunicacionais já que o público leitor demonstra estar mais atento às mensagens visuais não somente no que diz respeito à qualidade, mas também à forma de apresentação das mesmas (imagens substituindo cada vez mais os textos). Aqui, encontramos o nosso momento, a contemporaneidade de nosso estudo, a interação entre comunicação, design gráfico, tecnologia, ambiente digital e revistas especificamente as capas da revista Elle Brasil, com as mudanças que observamos em componentes da comunicação visual, como em nosso caso, na tipografia. Nosso objetivo foi explorar o ambiente da tipografia digital, analisando a sua presença nas capas da Elle Brasil e encontrar critérios que viessem a oferecer condições de auxiliar o controle da qualidade da presença tipográfica nas plataformas digitais. Como metodologia, fizemos uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório e descritivo, do tipo estudo de caso, que utilizou a análise de conteúdo da forma de apresentação da tipografia digital nas capas de Elle Brasil em diversos dispositivos, elegendo categorias que possibilitaram observar a relação entre as características das telas e o design onde está presente a tipografia. Além disso, foi realizada ampla pesquisa bibliográfica e entrevista semiestruturada com especialista para aprofundamento do tema abordado nesta tese. Com base nas análises e apontamentos, temos como principal que é possível estabelecer critérios para averiguar o controle da qualidade da presença tipográfica em ambiente digital, tendo em vista as características das plataformas e a identidade do veículo de comunicação, de forma que a mesma tipografia usada off ou offline não perca legibilidade e leiturabilidade. Ainda que a transição aos dispositivos digitais leve a tipografia a ter conflitos, a presença da usabilidade nos equipamentos corrige o desconforto e torna-a satisfatória.. Palavras-chave: Comunicação Visual; Design Gráfico; Tipografia Digital; Revista; Elle Brasil..

(18) RESUMEN La creciente evolución tecnológica en la sociedad – además de las demandas impulsadas por deseos y necesidades presentes en los receptores de mensajes – requiere un análisis acerca de lo que ocurre en los procesos comunicacionales, ya que el público lector demuestra estar más atento a los mensajes visuales no solo con relación a la calidad, sino a la forma de su presentación (imágenes sustituyendo cada vez más los textos). Aquí, encontramos nuestro momento, la contemporaneidad de nuestro estudio, la interacción entre comunicación, diseño gráfico, tecnología, entorno digital y revistas – específicamente las portadas de la revista Elle Brasil, con los cambios que hemos observado en componentes de la comunicación visual, como, en nuestro caso, en la tipografía. Nuestro objetivo fue explorar el entorno de la tipografía digital, analizando su presencia en las portadas de Elle Brasil, y encontrar criterios que ofrecieran condiciones de auxiliar el control de calidad de la presencia tipográfica en las plataformas digitales. Como metodología, conducimos una investigación cualitativa exploratoria y descriptiva, como un estudio de caso, que usó el análisis de contenido de la forma de presentación de la tipografía digital en las portadas de Elle Brasil en diferentes dispositivos, seleccionando categorías que posibilitaron observar la relación entre las características de las pantallas y el diseño en que la tipografía está presente. Además, se hizo amplia investigación bibliográfica y una entrevista semi-estructurada con un experto especialista para profundar el tema abordado en esta tesis. Con base en los análisis e indicaciones, tenemos como principal argumento que es posible establecer criterios para averiguar el control de calidad de la presencia tipográfica en entorno digital, considerando las características de las plataformas y la identidad del vehículo de comunicación, de forma que la misma tipografía usada offline u offline no pierda legibilidad tipográfica y lingüística. Aun que la transición a dispositivos digitales lleve la tipografía a conflictos, la presencia de la usabilidad en los dispositivos corrige la descomodidad y la hace satisfactoria.. Palabras-claves: Comunicación Visual; Diseño Gráfico; Tipografía Digital; Revista; Elle Brasil..

(19) ABSTRACT The growing technology evolution in society - along with the demands boosted by desires and needs expressed by receivers of messages - requires analyses about what is happening in communicational processes, since the reading audience is demonstrating more attention to visual messages not only concerning their quality, but also to what they are presented (images increasingly replacing texts). Here, we find our moment, the contemporariness of our study, the interaction between communication, graphic design, technology, digital environment and magazines – specifically the covers of the Elle Brasil magazine, with the changes we have observed in visual communication components, such as, in our case, in the typography. Our goal was to explore the environment of digital typography, analyzing its presence in the covers of Elle Brasil, and find criteria that offered conditions to help controlling the typographic presence in digital platforms. As methodology, we conducted a qualitative exploratory and descriptive research, like a case study, using the analysis of content on the method of presentation of digital typography in the covers of Elle Brasil available in different devices, selecting categories that allowed an observation of the relation between the display features and the design where the typography is present. Additionally, an extensive bibliography research and a semi-structured interview with an expert were conducted to deepen the topic addressed in this thesis. Based on analyses and indications, our main argument is that it is possible to established criteria to check the quality control for the typography presence in the digital environment, considering the characteristics of the platforms and the identity of the media outlet, so that the same typography used offline or offline does not lose readability and legibility. Even if the transition to digital devices leads the typography to conflicts, the presence of usability in the devices corrects the discomfort and makes it satisfactory.. Keywords: Visual Communication; Graphic Design; Digital Typography; Magazine; Elle Brasil..

(20) 1. INTRODUÇÃO. Era uma vez uma criança. Uma criança ainda bebê, que não enxergava, ainda não conseguia formar as figuras que os olhinhos, ávidos, procuravam ao seu redor, enquanto estava no berço. Ao chegar aos dois anos, a criança já havia formado um repertório, por meio da linguagem. Já começava a entender formas, identificar texturas, perceber tonalidades e cores. Maior, a criança passou a receber outros estímulos, vindos por meio do vídeo e do áudio dos desenhos que assistia na TV, sentada no chão da sala de estar, com seu copo de Toddy e abraçando um balde de pipocas. Gostava, sim, de pipocas e Toddy ao mesmo tempo. Criança pode! O tempo passou. Maior, como a maioria de nós: gostava de falar, de ouvir, de escutar músicas, ver filmes etc. Seus olhos eram uma das ferramentas principais para os momentos preferidos do dia: a leitura de suas revistas prediletas pois a paixão por certos temas fazia dela uma leitora assídua. Um dia ela recebeu um computador de seus pais. A máquina chegava para ajudá-la nos estudos. Dali para frente ela teve um grande amigo! De seu quarto para o universo, ela viajava em conexões com vários assuntos, países, pessoas das mais diferentes que gostavam... de ler. Já não era mais somente a revista: o volume somava-se agora ao computador, ao celular (smartphone), ou ao seu tablet. Ela lia a revista, ela lia as telas. Tocava na revista para virar as páginas, tocava nas telas para virar as páginas, ou rolar para cima ou para baixo. Os assuntos ganhavam conexões amplas: das fotos dos desfiles na revista ela podia, por meio do computador conectado à internet, conhecer até a casa do estilista, ou saber mais da vida das modelos do seu desfile - uma delas, inclusive, tinha nascido no mesmo país daquela criança. Eram da mesma terra, mesmo sobrenome: do Brasil. O universo de informações visuais expandia-se a cada dia. Formas diferentes de ver as coisas, deliciosamente presentes nos aparelhos que possuía. A criança já mudava a forma de interação com os objetos. A criança já não era mais criança e, maior, diziam que era adulta, apesar de ainda relembrar o gostinho da infância ao comer aquela pipoca quentinha e tomar Toddy de vez em quando. Ela cresceu e já tinha seus olhos preparados para entender o mundo - achava ela - e, assim, começar a ensinar seu filho a desenhar, agora não mais num bloco de desenhos, mas numa mesa com uma caneta mágica conectada a um sistema que transferia os traços para a tela do computador. A revista, ah, permaneceu ali, com toda sua.

(21) 2. mágica presença sobre o centro da pequena mesa na sala e era folheada quase todos os dias, junto ao smartphone, ambos prontos para a viagem da leitura diária daquela criança. Pausa A história acima ilustra de maneira bem simples como a comunicação evoluiu com as tecnologias e como os sujeitos foram se apropriando delas para fazer leituras do mundo. Apesar dessa história estar longe do fim, uma vez que o futuro próximo, muito próximo, nos reserva muitas novidades ainda, temos de começar aqui outro tipo de relato, o científico. Dessa forma, esta tese aborda um tema que às vezes passa despercebido sobre aqueles que buscam no conteúdo apenas as formas de se ler o mundo e de interpretá-lo. Sabemos que a forma dialoga com o conteúdo, e uma não existe sem a outra. Assim, o foco deste estudo é a tipografia digital, enquanto parte da comunicação visual, que compõem a linguagem dos textos lidos e disseminados no ciberespaço pelas revistas, particularmente pela revista Elle. A inquietude sobre os acontecimentos que vêm ocorrendo com as novas mídias começou a nos incomodar no sentido de indagar a respeito dos impactos que a comunicação visual vem sofrendo. Não no sentido de estar sendo prejudicada, pelo contrário, mas no sentido de alterá-la, adaptá-la, transformá-la a ponto de observarmos que antes ela mantinhase em um ambiente físico - com a produção feita em departamentos de arte, utilizando técnicas como as de marcar layouts, montar past-ups, fazer arte-final em papel, com caneta nanquim etc. - e agora expandindo-se para o ambiente digital. A vertente da docência e do trabalho diário com design, ambos na área da comunicação social e já por mais de 25 anos, naturalmente nos levou à experimentação e observação da ocorrência de fenômenos tanto no meio profissional quanto no meio científico, provocando novas situações para um contexto novo. Apesar de ter a consciência sobre um grande volume de pesquisas realizadas sobre o impacto das novas tecnologias sobre a comunicação, vimos que o fenômeno também vem ocorrendo na tipografia, elemento da área da comunicação visual, embutida no segmento do design gráfico: vimos os designers conhecerem e passarem a trabalhar com os novos softwares nos anos 80 a 90, otimizando o tempo de produção das peças gráficas, fosse nos parques gráficos dos veículos de comunicação, fosse nas agências de propaganda. Os hardwares chegaram e ocuparam os lugares das pranchetas e os designers viram ali um aproveitamento até antes não conhecido do tempo dedicado ao seu ofício, como também as possibilidades que os softwares como.

(22) 3. PageMaker, CorelDraw!, Photoshop, Illustrator, InDesign etc. traziam para a produção gráfica e a criação, impactando diretamente na comunicação visual que então passava a contar com uma nova forma de produção. Hora de deixar de lado as canetas para tinta nanquim, as colas, o estilete, o trabalho de past-up e começar a tomar hábito com os mouses, teclados e monitores - que vinham a substituir a máquina de escrever, as cartelas de Letraset, a marcação dos layouts com as canetas hidrocor, aerógrafos e os guaches especiais por um elenco de equipamentos e periféricos desenvolvidos para os fins da comunicação visual. Assim esta primeira mudança já impactava o controle da produção e o processo da comunicação visual não somente no âmbito da produção e criação, mas também no ambiente do público receptor das peças gráficas e produtos editoriais. Passava-se a transitar numa comunicação que tinha a oportunidade do uso de vasto elenco de instrumentos (hardwares) e conteúdos (softwares). Os olhos de quem criava e os olhos de quem recebia já passavam a utilizar e conhecer novos impactos vindos de uma gama de possibilidades visuais que, até então, não podiam ser produzidas. Não demorou muito tempo e logo chegamos ao advento da internet. Passamos a ter a comunicação online junto ao nosso dia a dia, em nossos escritórios, estúdios de arte, editorias, redações, enfim, começava uma nova dinâmica no trânsito de informações e mensagens e a comunicação visual que estava se adequando à chegada do uso da informática, agora também tinha outras peças visuais a serem desenvolvidas: os sites e as suas homepages, os banners e os pop-ups de anúncios destes sites, as homepages que tinham, principalmente, o software Front Page, da Microsoft, como principal aliado daqueles que iniciavam os primeiros passos para desenvolvimento de artes digitais na web. Dentro de todo este processo, uma nova forma de comunicação visual começou a participar do dia a dia dos produtores e consumidores de informação: a linguagem digital. Seja pela dinâmica mais veloz, seja pelo visual vivo, com suas telas iluminadas, e com a possibilidade de imagens em movimento (vídeos) e o áudio (trilha sonoras, efeitos etc.), a comunicação das mensagens visuais passou a ser altamente utilizada e a importância da imagem ganhou proporções muito maiores: o discurso visual está presente em todos os dispositivos - sejam eles fixos (desktop) ou móveis (smartphones, tablets e notebooks), com o público caracterizando-se como grande receptor e emissor de mensagens visuais. Neste contexto também vimos os meios de comunicação se adaptando ao ambiente digital e, particularmente como suporte do objeto de nosso estudo, vimos as revistas também migrarem para o digital, porém muitas delas também mantendo o formato impresso. Muito.

(23) 4. já se falou a respeito da migração de meios para o digital, mas em questões da tipografia o que vemos é que ela permanece sendo utilizada tanto dentro como fora da internet. Das revistas tomamos as capas e o uso da tipografia nas mesmas como instrumento de análise. As capas têm extrema importância tanto para os veículos quanto para o público leitor, estando dentro ou fora das plataformas digitais. A capa funciona como aquela que pontua a periodicidade do veículo, com a chegada de uma nova edição nas bancas ou no site da publicação; ela também é uma embalagem para o veículo, identificando-o por meio de seu projeto gráfico; ela mantém o conceito do veículo com a sua identidade visual, ajudando-o como uma referência para identificá-lo em meio a tantos outros numa banca de jornais, por exemplo, ou na busca sobre um determinado assunto em revistas, quando se pode digitar uma palavra-chave em um buscador da internet como o Google e, dentre as opções, ter a oportunidade de encontrar a marca da revista. A aplicação do design gráfico em capas de revista é forte. Marca a presença da tipografia na maioria das vezes numa composição que une textos com fotografias, ilustrações etc. Seja por meio do logotipo das revistas, seja pelo título da matéria principal, seja pelas chamadas de capa, um desfile tipográfico ocorre em bancas de jornal e em visitas a sites na internet quando o tema é revistas e tipografia. A utilização corrente de famílias tipográficas juntamente com outros elementos componentes da sintaxe visual, torna a expressão visual de um determinado veículo de comunicação como se fosse um reflexo da necessidade existente para que permaneçamos nos comunicando visualmente e respeitando os conteúdos e discursos oriundos das edições das revistas em forma de texto e imagens à procura da satisfação do seu público receptor, seja no formato impresso ou no formato digital. Como os hábitos de consumo da mídia vão mudando de forma cada vez mais acelerada na atualidade e lembrando que manter e/ou ampliar a audiência do público é importante, a responsabilidade sobre a produção visual deve manter-se atenta para dar conta de todos os processos, sendo necessário controlar a qualidade desta produção por meio de critérios e instrumentos que auxiliem aqueles que participam do processo criativo e operacional/produtivo - editores, designers e, porque não, estender-se também este conhecimento aos estudantes dos cursos de comunicação que devem ter conhecimento do que está disponível para participarem da área profissional da maneira ideal..

(24) 5. Tendo em vista este cenário, nossa pergunta-problema reside, como visto acima, em: Como se apresenta a performance da tipografia na capa da publicação na versão digital, para atender satisfatoriamente aos requisitos do controle da produção dos elementos visuais que compõem as capas de revista neste ambiente? Como a tipografia digital ali se comporta? Consideramos que o controle da qualidade se tornou muito maior na produção do conteúdo quando este vai para as telas digitais, já que a resolução das telas, a farta possibilidade de escolha de fontes tipográficas, a farta escolha de tipos diferentes de equipamentos de acordo com o usuário/leitor/receptor da mensagem (smartphones, tablets, notebooks e desktops), nos fazem indagar quais as características ideais que a tipografia da versão digital da revista Elle deve possuir, tendo em vista as demandas das plataformas digitais, considerando seu design e perfil editorial. Partimos numa missão científica em busca de encontrar informações, tomar conhecimento de experiências relatadas por profissionais e cientistas, transcender o que até então tínhamos como base de nossas reflexões a respeito do tema. Nossos objetivos foram delineados desde o princípio com base no que explanamos acima, quando nos referimos às mudanças ocorridas com a tipografia, para as capas de Elle, com as novas tecnologias. Elencamos assim: Objetivo geral Vivemos um fenômeno que é a apresentação de uma nova forma de apresentação da comunicação visual proveniente do trânsito dinâmico e crescente de conteúdos por meio das plataformas digitais - que comumente nos expõe a extensa variedade de imagens e textos que ampliam a audiência pela atenção proveniente dos impactos visuais. Desde o design presente nos próprios equipamentos, até mesmo na produção das mensagens, percebem-se os cuidados com e a valorização do aspecto visual. Assim, torna-se significativo aprofundar a pesquisa neste sentido. Considerando que estamos analisando um meio (revista) que atualmente caracterizase por estar presente em ambientes de comunicação distintos porém convergentes (impressa e digital) e num momento favorável à evolução das tecnologias da informação e do conhecimento, pretendemos verificar, estudar e apontar critérios que venham a oferecer condições de auxiliar o controle da qualidade da presença tipográfica nas capas da revista Elle Brasil, onde as características das fontes e a forma como participam da composição visual são determinantes para que sejam atingidos padrões satisfatórios, considerando a boa comunicação visual..

(25) 6. Objetivos específicos Identificar e analisar a evolução da presença tipográfica em meio ao consumo de mensagens, buscando conhecimento aprofundado sobre as ferramentas e processos, técnicas, relevâncias e eficiência das tecnologias aplicadas antes e depois da chegada do momento em que veículos de comunicação passam a ter também a sua versão digital. Apresentar estudos referentes a quem está avançando no uso e também na criação da tipografia digital, os quais se relacionem com a nossa pesquisa. Aprofundar o conhecimento sobre como as fontes tipográficas estão expostas na versão física e na versão digital da revista, considerando, para o digital, os diferentes suportes utilizados (desktop, notebook, tablet, smartphone). Por fim, tratar da análise e reflexão sobre o caráter que a tipografia pode ofertar ao meio revista quando na composição de sua capa - que é a primeira e mais potente forma de impacto que uma revista possui no diálogo inicial da edição com o público.. Metodologia A pesquisa científica é definida como investigação e estudo minudentes e sistemáticos com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios relativos a uma área qualquer do conhecimento (Rey, 1998, p. 21). Assim, nossa pesquisa é desenvolvida com a devida importância ao conhecimento da metodologia utilizada, com base em um tema único onde reunimos informações e refletimos a respeito, consideramos sua relevância para a dissertação. Nosso trabalho possui características de análise morfológica, de acordo com Marques de Melo em seu título Estudos de Jornalismo Comparado, embora nos estudos de jornalismo digital não se mencione essa técnica. A maior parte dos estudiosos na área fazem análises descritivas sobre o jornalismo na internet, por meio de categorias, assim como este estudo, tendo em vista as características do suporte. Dessa forma, nesta tese, nos inspiramos em Marques de Melo (1972), mas não consideramos, como o autor, que a análise morfológica seria uma análise preliminar, mais superficial, na medida em que a tipografia no meio digital interfere na leitura e compreensão dos conteúdos.. Optamos pela pesquisa exploratória e descritiva, que, segundo SAMPIERI (1991, p. 60), serve para que aumentemos a familiaridade com fenômenos desconhecidos, onde.

(26) 7. podemos obter informações sobre a possibilidade de seguir em frente com investigações mais profundas sobre um contexto particular da vida real e estabelecer prioridades para investigações posteriores, entre outras utilizações. Em poucas vezes os estudos exploratórios constituem um fim em si mesmos, conforme diz o autor: Eles se caracterizam por serem mais flexíveis em sua metodologia em comparação com os estudos descritivos ou explicativos, e são mais amplos e dispersos que estes dois últimos tipos (por exemplo, buscam observar tantas manifestações do fenômeno estudado quanto for possível). (SAMPIERI et al., 1991, p. 60).. Dentre os tipos de estudo, optamos pelo estudo de caso, pois acreditamos ser ele o tipo ideal de análise para que pudéssemos ampliar nosso conhecimento acerca do estudo pretendido mediante a colheita de informações que se considerou encontrar. Severino (2007, p. 121) define o estudo de caso como: Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo. A coleta dos dados e sua análise se dão da mesma forma que nas pesquisas de campo, em geral. O caso colhido para a pesquisa deve ser significativo e bem representativo, de modo a ser apto a fundamentar uma generalização para situações análogas, autorizando inferências os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados, mediante análise rigorosa, e apresentados em relatórios qualificados (SEVERINO, 2007, p. 121).. A escolha da revista Elle Brasil ocorreu por sua presença em diversas plataformas fixas e móveis, impressa e digitais; pela longevidade dessa publicação, com mais de 70 anos - tendo vivenciado diversas transformações históricas, culturais e tecnológicas -; pela abrangência mundial, com presença em dezenas de países (inclusive o Brasil); e por pertencer ao maior grupo editorial do Brasil, o Grupo Abril. As capas foram escolhidas por sua importância como porta de entrada para a publicação, por sua força na atração de leitores, seja no impresso ou no ambiente digital. É também onde a identidade visual do veículo se expressa, com a forte presença de seu logotipo e as estratégicas chamadas de capa, que apontam os principais destaques da revista. Foram selecionadas 10 capas da revista Elle Brasil, de abril de 2016 a fevereiro de 2017 (sendo que a edição de maio 2016 não foi disponibilizada pela Editora Abril/GoRead. Constitui-se em amostra não probabilística, do tipo intencional. As capas foram observadas em suas versões nas plataformas digitais: desktop, notebooks, tablets e smartphones. Como dito anteriormente, a.

(27) 8. legibilidade e leiturabilidade são essenciais para que haja qualidade no processo comunicacional, por isso a presença da tipografia nesses suportes depende de condições do próprio suporte. As técnicas de pesquisa utilizadas são a pesquisa bibliográfica, especialmente relevante para entender as mudanças da tipografia no impresso para o digital; a análise de conteúdo aplicada às capas, cujas categorias abrangem duas grandes categorias: Legibilidade (que diz respeito diretamente à tipografia) e Usabilidade (que diz respeito à plataforma), e estão detalhadas no capítulo 5; e a entrevista semiestruturada com especialista, que nos ajudou a contextualizar alguns processos.. Estrutura da tese Nosso estudo está dividido em cinco capítulos, sendo que o Capítulo I aborda a comunicação social com o recorte da comunicação visual, o design gráfico e as novas tecnologias, pois é dentro do ambiente da comunicação visual que os impactos vindos com as novas tecnologias vão atingir a tipografia e provocar mudanças. Com a grande aceleração que é característica dos meios digitais, estes impactos são cada vez mais frequentes e a atenção conquistada pelo uso significativo de imagens. O design, com as devidas alterações e ajustes, prossegue em dispositivos que possuem, por exemplo, telas de tamanhos diferentes e iluminação própria e, ainda, com a possibilidade de recursos que a tecnologia oferece além do que citamos: os softwares que possibilitam a animação e os efeitos que podem tornar o uso da tipografia bem mais amplo do que nos meios impressos. Portanto é pertinente aprofundar o avanço do conhecimento na área da comunicação social - sobretudo do design gráfico no jornalismo de revistas femininas e a sua relação íntima com as imagens - em foco a tipografia digital. No Capítulo II abordamos a tipografia como expressão escrita da comunicação visual. Tratamos dos conceitos que formam o conhecimento sobre a tipografia em si, com sua evolução, anatomia, usos e adequações às necessidades de comunicação às quais ela serve e trabalhando em prol de que os textos estejam presentes e adequados para que a comunicação visual funcione perfeitamente. Neste capítulo visitamos as origens da tipografia e percorremos sua evolução até os dias de hoje. Também tratamos da tipografia enquanto aquela que facilita o entendimento das mensagens escritas. Ainda, abordamos a tipografia presente nos meios editoriais (jornais e revistas), sendo que a tipografia também.

(28) 9. tem sua parcela de responsabilidade em contribuir para a boa leitura dos conteúdos que os veículos pretendem transmitir ao seu público, seja nos anos de Gutenberg, seja nos tempos de hoje. Já no terceiro capítulo de nosso trabalho tratamos a tipografia digital, considerando o avanço tecnológico que tivemos na área da informática e softwares gráficos que trouxeram ganhos para a produção dos conteúdos visuais quando impressos e também nas telas digitais. Não somente o controle da qualidade visual, mas também a vertente criativa e as ferramentas de produção puderam ser alargadas com tantos recursos disponíveis - seja por parte dos softwares, seja por parte dos hardwares, e também pela dinâmica que o acesso à internet trouxe. O capítulo trata da tipografia digital, desde o cunho do conceito que a determina, até as suas adaptações aos novos tempos, onde encontra mais uma vez lugares para permanecer e colaborar com uma rede de produtores, emissores, receptores que estão envolvidos num sistema onde tudo deve funcionar para que o conteúdo da mensagem seja bem administrado e, assim, faça o seu papel de acordo com os objetivos de quem os instituiu. O capítulo trata também de considerações sobre a presença da tipografia em plataformas digitais e os dispositivos usados para o tráfego das mensagens, trazendo os conceitos de legibilidade, leiturabilidade e usabilidade, dentre outras informações, para que se tenha visão ampla das referências às quais ela deve atender. No Capítulo IV encontraremos o meio de comunicação por meio do qual estabelecemos os estudos de nossa tese: a revista. Trouxemos a origem e história da revista no mundo e no Brasil, como também brevemente passamos pelo contexto da imprensa feminina. A revista é um meio de comunicação que possui amplas condições para que o design gráfico se estenda com um elenco de formas e cores onde a tipografia pode ser fartamente utilizada mas que, independente das escolhas dos editores e designers gráficos, o que valorizamos é que a revista porta-se como um local onde notamos claramente a expressão tipográfica, principalmente nas capas de revista (basta dedicar um pouco de tempo para notar o quanto é utilizada olhando as prateleiras de uma banca de jornais e revistas e/ou digitando “capas de revista” em um buscador de internet como o Google, por exemplo). Assim, trazemos no capítulo o veículo que optamos por analisar profundamente: a revista Elle Brasil, com o foco específico para suas capas no ambiente físico e digital. O capítulo também visita a origem deste veículo e, além de informações sobre sua cobertura mundial e sua audiência no Brasil, também abordamos a revista impressa e a sua presença digital..

(29) 10. Nosso quinto capítulo focaliza-se principalmente na estruturação e aplicação da pesquisa sobre os elementos da comunicação visual que auxiliam na análise sobre a presença tipográfica em meios digitais. Tratamos da metodologia utilizada e das justificativas necessárias para utilizar tal critério. Apresentamos qual a nossa amostra dentro do universo das capas da revista Elle Brasil e também apresentamos o instrumental que desenvolvemos para que pudéssemos avaliar a tipografia mediante as categorias e subcategorias elencadas e determinar fatores que afetam ou promovem sua boa performance no ambiente digital..

(30) 11. Capítulo I - COMUNICAÇÃO VISUAL, DESIGN E TECNOLOGIA. Este capítulo aborda o que parece uma atividade automática e muitas vezes inconsciente e de todos os seres: a comunicação visual. Trata também da comunicação visual instalada sobre o design gráfico e a tipografia, onde a tecnologia avança e altera as relações com estes elementos, num ambiente de coexistência social. Os traços que delineiam os caminhos por onde a comunicação está progredindo, e apresentando suas novas formas de existência como o acesso cada vez mais constante à informação digital, sustentam a necessidade percebida de tratar da comunicação visual para buscar fortemente a captura dos fenômenos que estão presentes de forma significativa pelos amplos apelos do uso da imagem - nos dias de hoje. Este é um contexto que geograficamente abrange grande parte da população de países com acesso à internet e onde percebe-se que a aceleração, os impactos e apelos para a atenção, a alta evidência das intervenções econômicas e as necessidades de satisfação dos usuários está cada vez mais manifesta. Este cenário nos convida a resgatar alguns conceitos e estudos sobre comunicação visual e design gráfico, com o objetivo de contribuir no avanço do conhecimento na área da comunicação social - sobretudo do design gráfico no jornalismo de revistas femininas e a sua relação íntima com as imagens - em foco a tipografia digital.. 1. Comunicação visual: conceitos e evolução Ao iniciar este estudo consideramos pertinente a presença de uma breve reflexão sobre os caminhos da comunicação. Ao refletir sobre ela, não temos certezas sobre seu futuro, no máximo tateamos tendências. Passado, presente e futuro são, na realidade, dimensões do território da comunicação juntamente com os passos da humanidade, conforme encontramos em Teixeira (2012), um apontamento sobre a adaptação dos meios de comunicação à sociedade em mudanças. Diz o autor: Cronologicamente, os principais meios de comunicação se adaptaram as necessidades de comunicação das pessoas no convívio social. Gritos e gestos foram as primeiras tentativas do homem em estabelecer contato com o seu semelhante e com os animais. Daí, surgiu a pintura rupestre, ilustrando nas paredes das cavernas emoções, sentimentos e percepções de um mundo em descoberta (são os primeiros indícios da comunicação sonora e simbólica). Em seguida, a escrita pictográfica tornou-se o principal meio de comunicação (o.

Referências

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