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Localização de campos em branas isotrópicas e anisotrópicas em seis dimensões

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(1)

CENTRO DE CIˆENCIAS DEPARTAMENTO DE F´ISICA

PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM F´ISICA

LUIS JOS´

E SILVEIRA DE SOUSA

LOCALIZAC

¸ ˜

AO DE CAMPOS EM

BRANAS ISOTR ´

OPICAS E

ANISOTR ´

OPICAS EM SEIS DIMENS ˜

OES

(2)

LOCALIZAC

¸ ˜

AO DE CAMPOS EM

BRANAS ISOTR ´

OPICAS E

ANISOTR ´

OPICAS EM SEIS DIMENS ˜

OES

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica da Universidade Federal do Cear´a, como requisito parcial para a obten¸c˜ao do T´ıtulo de Doutor em F´ısica.

´

Area de Concentra¸c˜ao: F´ısica da Mat´eria Condensada.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Santos Almeida

(3)

LOCALIZAC

¸ ˜

AO DE CAMPOS EM

BRANAS ISOTR ´

OPICAS E

ANISOTR ´

OPICAS EM SEIS DIMENS ˜

OES

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica da Universidade Federal do Cear´a, como requisito parcial para a obten¸c˜ao do T´ıtulo de Doutor em F´ısica.

´

Area de Concentra¸c˜ao: F´ısica da Mat´eria Condensada.

Aprovada em 07/2013

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Carlos Alberto Santos Almeida (Orientador) Universidade Federal do Cear´a (UFC)

Prof. Dr. Roberto Vinhaes Maluf Cavalcante Universidade Federal do Cear´a (UFC)

Prof. Dr. Wilami Teixeira da Cruz

Instituto Federal de Educa¸c˜ao, Ciˆencia e Tecnologia do Cear´a (IFCE)

Prof. Dr. Carlos Alex Sousa da Silva

(4)
(5)

Biblioteca Setorial de F´ısica A000p Sousa, Luis Jos´e Silveira de .

Localiza¸c˜ao de campos em branas isotr´opicas e anisotr´opicas em seis dimens˜oes / Luis Jos´e Silveira de Sousa. – 2013.

106 p.;il.

Tese de Doutorado - Universidade Federal do Cear´a, Departa-mento de F´ısica, Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica, Centro de Ciˆencias, Fortaleza, 2013.

´

Area de Concentra¸c˜ao: F´ısica da Mat´eria Condensada Orienta¸c˜ao: Prof. Dr. Carlos Alberto Santos Almeida

1. Mundo brana. 2. Ondas estacion´arias. 3. Localiza¸c˜ao de campos. 4. Anisotropia. 5. Campo fantasma. I.

(6)

A todos os meus familiares, especialmente pais e

irm˜as. `

A nova fam´ıla que ganhei ao vir para

Fortaleza. `

(7)

AGRADECIMENTOS

A Deus Uno e Trino.

A meus familiares: meus pais Jo˜ao e Maria, minhas irm˜as Jaqueline e Concibida - minha pequena Carmelita. Aos tios, tias, primos e primas, afilhados, afilhadas, comadres, com-padres... a todos, emfim, pelo apoio e incentivo. Todos merecem ter o nome citado mas s˜ao tantos... Est˜ao no meu cora¸c˜ao.

`

A fam´ılia que me acolheu, me adotou por assim dizer. `A D. Zenaide e S. Napole˜ao. Aos seus filhos, particularmente meu irm˜ao Kilpatrick que acreditou em mim mais do que eu mesmo. Deus sabe o quanto lhes sou grato. Muito obrigado por tudo!

`

A minha namorada, Rafaela, por toda a ajuda, compreens˜ao, amizade, companheirismo, pela alegria, pela for¸ca, pelo apoio incessante... `A D. Irene pelo cuidado filial que tem tido para comigo. Eu lhes sou muito grato!

Aos professores e demais funcion´arios do Departamento de F´ısica da UFC, particular-mente ao meu orientador, professor Dr. Carlos Alberto pelas mais diversas li¸c˜oes, pela paciˆencia, confian¸ca e compreens˜ao.

Aos meus amigos que sempre me incentivaram. Aos colegas do LASSCO, particularmente, os professores Wilami e Alex, companheiros dos tempos de UECE. Devo agradecˆe-los pelo incentivo para realiza¸c˜ao da prova de admiss˜ao para o doutorado, no caso o Prof. Wil-ami, e ainda por participarem diretamente na minha forma¸c˜ao, ambos, Wilami e Alex. ´E necess´ario agradecer tamb´em aos professores Euclides e Victor pelas v´arias vezes em que me auxiliaram na compreens˜ao de v´arios assuntos da nossa ´area de estudos. Aos demais colegas: Diego, Davi, Julio, Samuel, Wagner, Ivan, Hudson, Aristeu, Maluf e Luciana tamb´em sou muito grato pelas mais variadas li¸c˜oes de f´ısica e de vida. Desculpem se cometi a injusti¸ca de esquecer algu´em. Tenho aprendido muito com vocˆes, meus caros.

(8)

Nesta tese prop˜oe-se o estudo de mundos branas isotr´opicos e anisotr´opicos em seis di-mens˜oes. No que concerne `as branas anisotr´opicas ´e realizada a extens˜ao de cinco para seis dimens˜oes de um modelo de mundo brana com solu¸c˜ao de ondas gravitacionais esta-cion´arias. N˜ao h´a preocupa¸c˜ao quanto ao estudo da cosmologia mas, principalmente, evidencia-se os mecanismos de localiza¸c˜ao de campos em tais cen´arios. Em cinco di-mens˜oes a brana ´e gerada por um campo do tipo fantasma, o qual n˜ao satisfaz as condi¸c˜oes de energia. Por esta raz˜ao no modelo em seis dimens˜oes aqui apresentado houve a pre-ocupa¸c˜ao de que o mesmo seja gerado por mat´eria normal a

. No contexto de branas isotr´opicas algumas solu¸c˜oes relevantes foram obtidas. Particularmente, foi constru´ıda uma 4-brana como solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein em seis dimens˜oes, sendo que neste caso a dimens˜ao compacta pertence `a brana e deve ser considerada pequena o suficiente para que a membrana possa representar o universo vis´ıvel (compactifica¸c˜ao h´ıbrida). Esta solu¸c˜ao representa uma brana espessa o que generaliza modelos j´a presentes na literatura, como o defeito tipo corda, por exemplo. Nessa geometria foi realizada a localiza¸c˜ao dos campos escalar, vetorial e fermiˆonico. Ainda no contexto de branas isotr´opicas foi re-alizada a localiza¸c˜ao do campo de Kalb-Ramond em um defeito tipo corda. No que se refere aos modelos de branas anisotr´opicas propostos aqui b

, foi poss´ıvel generalizar o modelo de cinco para seis dimens˜oes obtendo as seguintes solu¸c˜oes: um modelo de brana espessa anisotr´opica, o qual generaliza o modelo de brana espessa homogˆenea referido anteriormente; uma vers˜ao mais simples deste modelo, em que se considera uma 4-brana fina em seis dimens˜oes e dois outros modelos de brana anisotr´opica com solu¸c˜ao de on-das estacion´arias sendo um na presen¸ca de mat´eria n˜ao normal c

e um outro gerado por mat´eria normal, o que vem a ser o resultado principal desta tese. Nesta geometria foi poss´ıvel resolver o problema da hierarquia `a maneira do que se obt´em em modelos do tipo Randall-Sundrum. No que concerne `a localiza¸c˜ao de campos em branas anisotr´opicas foram considerados os campos escalar e fermiˆonico na brana fina antes referida. A local-iza¸c˜ao para ambos os campos foi realizada com sucesso.

Palavras-chave: Mundo brana. Ondas estacion´arias. Localiza¸c˜ao de campos. Anisotropia. Campo fantasma.

a

Chama-se mat´eria normal aquela que satisfaz as quatro condi¸c˜oes cl´assicas de energia: condi¸c˜oes nula, fraca, forte e dominante. Uma breve revis˜ao neste assunto pode ser encontrada no apˆendice.

b

Deve-se destacar que os modelos de branas anisotr´oicas considerados aqui, as quais s˜ao geradas por ondas gravitacionais estacion´arias, n˜ao s˜ao os modelos mais comuns de branas anisotr´opicas considerados na literatura.

c

(9)

ABSTRACT

This work describes isotropic and anisotropic braneworlds emphasizing the localization of fields in this scenarios. In spite of studding its cosmology, the approach consider the viability of field localization in such models. It is relevant to say that the anisotropic model presented here was first implemented in five dimensions. This solution was obtained in the presence of a phantom like scalar field, but this kind of matter do not satisfies the classical energy conditions. By this reason in the work proposed here it has been tried to obtain a standing wave braneworld solution in the presence of normal matter. In the context of isotropic braneworld it was found important solutions. Particularly, it was obtained a 4-brane as solution of a six dimensional Einstein gravitational theory with the feature that the compact dimension belongs to the brane (hybrid compactification). This solution, which represents a thick brane, generalizes some braneworld models in six dimensions, as the string-like defect. The localization of the scalar, vector and fermion fields was successfully performed. An other relevant result obtained in six dimensional isotropic braneworld was the study of localization of the tensor or Kalb-Ramond field in the string-like defect. In the context of anisotropic standing wave braneworld it was possible to generalizes the original five dimensional model to six dimensions. Particularly, the thick braneworld cited above was generalized for the case of an anisotropic thick brane. A simplified solution in the form of a thin brane was found and the study of localization for the scalar and fermions fields was implemented. This solution was obtained with a phantom like scalar as source similar to the solution found in five dimensions. Finally it has been found a solutions in the presence of not normal and normal matter. This last version satisfies the energy conditions and presents the possibility to solve the hierarchy problem in the same way that one solve it in Randall-Sundrum-like models.

(10)

1 Fator de warp - brana fina - e−2krc|ϕ| . . . . p. 26

2 Fator de warp - brana espessa - e−A(r). . . . . p. 26

3 Perfil do fator de warp e−A(r) para β = 1;a = 1 . . . . p. 30

4 Perfil de t0(r) = tθ(r) para v = −1 (linha cheia), e para v = 1 (linha

seccionada) . . . p. 31

5 Perfil de tr(r) para v = 1 (linha cheia), e para v =−1 (linha seccionada) p. 31

6 Perfil de hTtti , a= 1, ω = 3,38 . . . p. 40

7 Perfil de hTxxi , a= 1, ω = 3,38 . . . p. 40

8 Perfil de ρ(r) para a = 1 e ω = 12,3 . . . p. 49

9 Perfil de ρ(r) para a = -1 e ω= 12,3 . . . p. 49

10 Perfil de hTi , ω = 5,76. A linha cheia representa hTtti. A linha

sec-cionada representa hTrri. A linha pontilhada representa hTxxi=hTyyi=

hTzzi=hTθθi. . . . p. 52

11 Perfil de hTi , ω = 9,09. A linha cheia representa hTtti. A linha

sec-cionada representa hTrri. A linha pontilhada representa hTxxi=hTyyi=

hTzzi=hTθθi. . . . p. 52

12 Perfil de hT0i . ω = 5,76 e a = 1 para linha seccionada; ω = 11,52 e

a= 2 para linha pontilhada; ω = 17,28e a= 3 para linha cheia. . . . . p. 53

13 Perfil de hT0i. ω = 5,76 e a = 1 para linha seccionada; ω = 2,88 e

a= 0,50 para linha pontilhada;ω = 1,92 e a = 0,33 para linha cheia. . p. 53

14 Perfil de hRi. ω = 5,76(linha seccionada), ω= 9,09(linha pontilhada),

ω = 12,3 (linha cheia) . . . p. 53

15 Perfil de hR(4)i. ω = 5,76 (linha seccionada), ω = 9,09 (linha

(11)

17 Perfil de 3A′′(r) + 3 2A′

2 . . . . p. 56

18 Fun¸c˜ao ρ para c >0;c= 0,2;ω = 1,028. . . p. 61

19 Fun¸c˜ao ρ para c <0;c=0,2;ω = 1,028. . . p. 61

20 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c > 0 (c =

0,250). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 62

21 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c < 0 (c =

-0,250). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 62

22 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c > 0 (c =

0,200). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 63

23 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c < 0 (c =

-0,200). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 63

24 M´edia temporal para o escalar de curvatura do bulk hR6i para c >0. . . p. 64

25 M´edia temporal para o escalar de curvatura do bulk hR6i para c <0. . . p. 64

26 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c > 0 (c =

0,250). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 65

27 M´edia temporal das componentes n˜ao nulas de hTM

N i para c < 0 (c =

-0,250). Linha pontilhada: hTt

ti. Linha pontilhada-seccionada: hTxxi = hTy

yi=hTzzi. Linha seccionada: hTrri Linha cheia: hTθθi. . . . p. 65

28 Perfil de V(r) para β = 2;a= 1 . . . p. 81

29 M´edia temporal da exponencial da fun¸c˜ao u, hebuiparab.C

1 =±1; a= 1

; ω= 12,3 . . . p. 87

30 M´edia temporal da exponencial da fun¸c˜ao u, hebuiparab.C

1 =±3; a= 1

; ω= 12,3. . . p. 87

31 Integral de e12ρ¯para b.C

(12)

1 INTRODUC¸ ˜AO p. 13

2 MUNDO BRANA DO TIPO RANDALL-SUNDRUM EM CINCO

E SEIS DIMENS ˜OES p. 19

2.1 Solu¸c˜oes em cinco dimens˜oes . . . p. 21

2.1.1 Solu¸c˜ao tipo bounce . . . p. 23

2.1.2 O modelo Randall-Sundrum (RS) . . . p. 24

2.2 Solu¸c˜oes em seis dimens˜oes . . . p. 27

2.2.1 Solu¸c˜ao do tipo brana espessa . . . p. 28

2.2.2 Defeito tipo corda . . . p. 31

3 SOLUC¸ ˜OES DE ONDAS ESTACION ´ARIAS PARA BRANAS ANISOTR ´OPICAS

p. 34

3.1 Brana gerada a partir de ondas gravitacionais estacion´arias em cinco

dimens˜oes . . . p. 37

3.2 Outras solu¸c˜oes . . . p. 41

3.3 Branas geradas a partir de ondas gravitacionais estacion´arias em seis

dimens˜oes . . . p. 43

3.3.1 Solu¸c˜ao do tipo brana fina . . . p. 46

3.3.2 Solu¸c˜ao do tipo brana espessa . . . p. 53

3.3.3 Brana gerada por ondas gravitacionais estacion´arias na presen¸ca

de uma fonte normal . . . p. 57

(13)

4.1.1 Localiza¸c˜ao do campo escalar em um defeito tipo corda . . . p. 68

4.1.2 Localiza¸c˜ao do campo vetorial no defeito tipo corda. . . p. 69

4.1.3 Localiza¸c˜ao do campo fermiˆonico em um defeito tipo corda . . . p. 72

4.1.4 Localiza¸c˜ao do campo de Kalb-Ramond em um defeito tipo corda p. 75

4.2 Localiza¸c˜ao de campo em uma brana espessa em seis dimens˜oes . . . . p. 79

4.2.1 Campo escalar . . . p. 79

4.2.2 Campo vetorial . . . p. 82

4.2.3 Campo fermiˆonico . . . p. 83

4.3 Localiza¸c˜ao de campos em uma brana gerada por ondas gravitacionais

estacion´arias . . . p. 84

4.3.1 Localiza¸c˜ao do campo escalar . . . p. 84

4.3.2 Localiza¸c˜ao do modo zero do campo fermiˆonico . . . p. 90

5 CONCLUS ˜OES E PERSPECTIVAS p. 93

6 APˆENDICE - CONDIC¸ ˜OES CL ´ASSICAS DE ENERGIA p. 98 6.1 Condi¸c˜ao nula de energia - NEC . . . p. 98

6.2 Condi¸c˜ao fraca de energia - WEC . . . p. 99

6.3 Condi¸c˜ao forte de energia - SEC . . . p. 99

6.4 Condi¸c˜ao dominante de energia - DEC . . . p. 99

(14)

1

INTRODUC

¸ ˜

AO

Nos ´ultimos anos surgiram modelos de universo nos quais se considera que o mundo

em que vivemos est´a ’imerso’ em um universo com dimens˜oes extras chamadobulk. Den-tre esses modelos denominados de mundo brana (braneworld) destacam-se os que foram inicialmente propostos por Arkani-Hamed, Dimopoulos e Davili [1, 2, 3], conhecido sim-plesmente como modelo ADD e o modelo de Randall e Sundrum (RS), [4, 5], do qual

o trabalho aqui introduzido representa uma extens˜ao. A raz˜ao principal de se estudar modelos com dimens˜ao extra reside na possibilidade de explicar algumas dificuldades que surgem no Modelo Padr˜ao, como o problema da hierarquia.

Um dos aspectos estudados nos diversos modelos de brana ´e a possibilidade de ”local-iza¸c˜ao”de campo em um tal modelo. No cen´ario proposto originalmente por RS

assume-se que todos os campos est˜ao limitados a assume-se propagar apenas na brana (ou membrana) enquanto que a gravidade ´e livre, por assim dizer, para se propagar em todo obulk. En-tretanto, assumir ,a priori, que todos os campos, a exce¸c˜ao da gravidade, est˜ao restritos a se mover apenas na brana n˜ao parece uma op¸c˜ao suficientemente rigorosa. Por isso ´e

necess´ario buscar mecanismos te´oricos de localiza¸c˜ao de campo na membrana [6]. Em raz˜ao disso, a capacidade de um dado modelo de localizar campos ´e agora um parˆametro para classific´a-lo (ou n˜ao) como potencial candidato a nosso universo 1 . ´E vasta a liter-atura sobre a localiza¸c˜ao de campos em branas tanto em cinco, [4, 5, 6, 7, 8, 9], quanto

em seis dimens˜oes [10, 11, 12, 13, 14, 15, 16].

A maioria dos modelos de mundo brana presentes na literatura s˜ao est´aticos, ho-mogˆeneos e isotr´opicos. No entanto, apesar de que, em larga escala, nosso universo de fato se apresenta homogˆeneo e isotr´opico, a teoria de Friedmann–Lemaˆıtre–Robertson–Walker (FLRW), que descreve o referido universo, n˜ao ´e capaz de explicar certas caracter´ısticas

do mesmo. Por exemplo: porque nosso universo ´e isotr´opico hoje uma vez que ele deve ter sido anisotr´opico em seu est´agio inicial? Al´em disso, se na teoria de FLRW ´e

im-1

(15)

plementada uma perturba¸c˜ao encontram-se novos modelos que seriam mais importantes em ´epocas iniciais do que o modelo FLRW, ou, dizendo de outra maneira, flutua¸c˜oes estat´ısticas puras em FLRW n˜ao colapsam r´apido o suficiente para formar as gal´axias ob-servadas hoje [17]. Uma vez que os modelos de mundos branas pretendem descrever nosso

universo ´e razo´avel, pelo que foi dito acima, considerar modelos de branas anistr´opicas. Encontram-se na literatura trabalhos nesta perspectiva [18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25]. Nestes trabalhos o interesse maior reside em estudar a cosmologia de tais modelos (os quais s˜ao anisotr´opicos, mas homogˆeneos) desconsiderando-se o estudo de localiza¸c˜ao de

campos nesses cen´arios, na maioria dos casos. Excess˜ao feita a alguns deles, particular-mente ao modelo de brana gerado a partir ondas gravitacionais estacion´arias no qual os autores consideram a localiza¸c˜ao de gravidade [18], campos escalar e tensorial [9], bosons [8] e fermions [26] . Este modelo em 5 dimens˜oes representa uma generaliza¸c˜ao de RS

para o caso em que a m´etrica ´e n˜ao est´atica e anisotr´opica. Conforme citado acima, a localiza¸c˜ao do modo zero de todos os campos do Modelo Padr˜ao foi estudada neste cen´ario sendo considerada exitosa para todos a exce¸c˜ao do campo fermiˆonico cuja fun¸c˜ao de onda para o fermion direito ´e divergente.

Nesta tese objetiva-se estudar a localiza¸c˜ao de campos em branas isotr´opicas e anisotr´opicas em seis dimens˜oes. No que se refere `as branas anisotr´opicas, particularmente, houve a

preocupa¸c˜ao em se construir um modelo que seja eficiente na localiza¸c˜ao de campos e que resolva o problema da hierarquia. Para isso prop˜oe-se uma generaliza¸c˜ao para seis dimens˜oes do modelo de Merab [18] tendo em vista n˜ao a cosmologia, mas o estudo da localiza¸c˜ao de campos na referida geometria. Uma das principais dificuldades

apresen-tadas pelo modelo de ondas gravitacionais estacion´arias referido acima consiste no fato de que a fonte ´e um campo escalar do tipo fantasma. Teorias com esse tipo de fonte via de regra apresentam dificuldades de estabilidade. No modelo de cinco dimens˜oes j´a referido

o campo escalar do tipo fantasma ´e identificado com o escalar de Weyl. Sendo a teoria de Weyl est´avel, tamb´em ser´a a teoria de brana com o campo escalar fantasma. Esta ´e a l´ogica seguida no trabalho j´a citado. No entanto, conforme ser´a visto ao longo dessa tese, as componentes do tensor momento energia nessa teoria n˜ao satisfazem as condi¸c˜oes de

energia (vide apˆendice 6). Por isso procurou-se encontrar solu¸c˜oes de ondas estacion´arias, em seis dimens˜oes, geradas por uma fonte de mat´eria que satisfa¸ca as condi¸c˜oes cl´assicas de energia (vide apˆendice 6). ´E importante observar que a afirma¸c˜ao ”a solu¸c˜ao de ondas estacion´arias( ou a brana) ´e gerada por mat´eria normal”segue a afirma¸c˜ao do modelo

(16)

Como ser´a visto o modelo de Merab foi extendido para 6 dimens˜oes e neste novo cen´ario a localiza¸c˜ao do modo zero para os campos escalar e fermiˆonico foi obtida. In-teressante destacar que em cinco dimens˜oes n˜ao foi poss´ıvel localizar o fermion direito, enquanto que em seis dimens˜oes o estudo se mostrou exitoso. No que concerne `as solu¸c˜oes

na presen¸ca de mat´eria normal, as mesmas foram obtidas, embora tenha sido necess´ario considerar constante cosmol´ogica anisotr´opica nobulk, o que n˜ao vem a ser um absurdo tendo em vista que h´a modelos reais que consideram varia¸c˜ao na constante cosmol´ogica. Al´em disso obteve-se solu¸c˜ao de onda gravitacional estacion´aria na presen¸ca de fonte

que satisfaz algumas das condi¸c˜oes de energia, sem a necessidade de uma constante cos-mol´ogica anisotr´opica, o que vem a ser um avan¸co com rela¸c˜ao ao modelo de Merab em cinco dimens˜oes.

Ao longo do desenvolvimento desta tese foi realizado um estudo de revis˜ao da bibli-ografia, como n˜ao poderia deixar de ser. Particularmente foram revisadas as solu¸c˜oes das equa¸c˜oes de Einstein em cinco e seis dimens˜oes, no contexto de mundo brana, as quais

podem ser interpretadas como defeitos topol´ogicos, mais precisamente, solu¸c˜ao do tipo parede de dom´ınio e defeito tipo corda, respectivamente. Foram obtidas solu¸c˜oes que cor-respondem a branas finas e espessas em ambos os casos. Neste contexto se deu o estudo de localiza¸c˜ao de campos em branas isotr´opicas, em seis dimens˜oes. Estes estudos geraram

dois trabalhos que foram publicados no decorrer da tese e ser˜ao melhor detalhados nos cap´ıtulos espec´ıficos. A seguir a estrutura da tese ser´a apresentada.

Uma breve revis˜ao da chamada f´ısica de dimens˜oes extras, naquilo que se considera mais relevante para o desenvolvimento desta tese, ´e realizada no cap´ıtulo (2). No mesmo s˜ao apresentadas algumas solu¸c˜oes que generalizam os modelos revisados. Na subse¸c˜ao

(2.1.1) foi obtida a solu¸c˜ao tipo kink para as equa¸c˜oes de Einstein em cinco dimens˜oes, tendo um campo escalar (kink) como fonte. Esta ´e uma solu¸c˜ao j´a conhecida na liter-atura. Ela generaliza o modelo de RS para o caso de uma brana espessa. Este, por sua vez, ´e discutido na subse¸c˜ao (2.1.2) do cap´ıtulo referido acima. Essa revis˜ao geral

´e importante para que se possa posicionar os resultados aqui obtidos diante do que j´a existe na literatura. Ainda no cap´ıtulo (2), na subse¸c˜ao (2.2.1), descreve-se como obter uma 4-brana como solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein em seis dimens˜oes, sendo que neste caso a dimens˜ao compacta pertence `a brana e deve ser considerada pequena o suficiente

(17)

t´ıtulo ”Brane bounce-type configurations in a string-like scenario”. O cap´ıtulo ´e finalizado com a obten¸c˜ao de um defeito tipo corda como solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein em seis dimens˜oes. Este modelo representa uma generaliza¸c˜ao direta do modelo original de RS, para seis dimens˜oes. Neste cen´ario foi realizado a localiza¸c˜ao do campo de Kalb-Ramond,

complementando outros trabalhos que j´a tinham sido feito na localiza¸c˜ao dos campos escalar, de gauge e fermiˆonicos, [6]. Os resultados da localiza¸c˜ao do campo de Kalb-Ramond foram publicados tamb´em na PLB sob o t´ıtulo ”Tensor gauge field localization on a string-like defect”, [16].

O estudo das branas anisotr´opicas, geradas por ondas estacion´arias, se inicia no cap´ıtulo (3). J´a na se¸c˜ao (3.1) ´e discutido a solu¸c˜ao de ondas gravitacionais estacion´arias

para uma brana gerada a partir de um campo do tipo fantasma, [18], o qual ´e utilizado como referˆencia para as solu¸c˜oes de brana anisotr´opicas aqui obtidas. O referido modelo generaliza o modelo RS pois que a presen¸ca dos fatores eu(r,t), eu(r,t), e−2u(r,t) diante das vari´aves x, y e z, respectivamente, torna a m´etrica anisotr´opica. Tal modelo consiste em uma solu¸c˜ao para as equa¸c˜oes de Einstein em cinco dimens˜oes, tendo como fonte um campo do tipo fantasma, sendo a m´etrica anisotr´opica, conforme j´a foi dito. Uma das di-ficuldades que este modelo apresenta ´e justamente o fato de a fonte ser um campo escalar do tipo fantasma, uma vez que teorias na presen¸ca de tais campos costumam apresentar

problemas de instabilidade. Para escapar dessas dificuldades a teoria ´e ”mergulhada”em um modelo de gravidade de Weyl em cinco dimens˜oes. Pelo que foi poss´ıvel analisar mesmo nessas circunstˆancias a teoria n˜ao satisfaz as condi¸c˜oes de energia. Trata-se de solu¸c˜oes na presen¸ca de uma fonte ex´otica (vide apˆendice (6) para a defini¸c˜ao de mat´eria

ex´otica).

Foi realizado um esfor¸co no sentido de obter outras solu¸c˜oes, al´em da que foi obtida por Merab ([18]), ainda em cinco dimens˜os. Na se¸c˜ao (3.2) ´e apresentada uma solu¸c˜ao de v´acuo e uma solu¸c˜ao na presen¸ca de uma constante cosmol´ogica. No entanto em nenhum dos casos foi poss´ıvel obter solu¸c˜ao do tipo onda gravitacional estacion´aria, embora tal

solu¸c˜ao exista em quatro dimens˜oes, [28].

A generaliza¸c˜ao para seis dimens˜oes do modelo de Merab ´e realizada na se¸c˜ao (3.3). Foram obtidas solu¸c˜oes que representam tanto brana fina quanto brana espessa. Al´em disso foi poss´ıvel obter solu¸c˜ao na presen¸ca de mat´eria ”n˜ao normal”, que ´e bem menos ruim do que mat´eria ex´otica. Uma generaliza¸c˜ao direta do modelo de Merab foi obtida

(18)

o modelo muito se assemelha ao de Merab, principalmente no que concerne a natureza ex´otica da fonte. Por outro lado, no que se refere a localiza¸c˜ao de campos, se mostra mais eficiente. Os resultados aqui obtidos encontram-se em um trabalho submetido aoJournal of Physics G - JPG, [29] sob o t´ıtulo ”A 6D standing-wave Braneworld”. Al´em dessa

solu¸c˜ao foi poss´ıvel generalizar tanto o modelo de 4-brana considerado na subse¸c˜ao 2.2.1, como o pr´oprio modelo obtido na subse¸c˜ao (3.3.1), referido acima, atrav´es da obten¸c˜ao de uma solu¸c˜ao de brana espessa na presen¸ca de uma m´etrica anisotr´opica. Esta solu¸c˜ao se encontra na subse¸c˜ao (3.3.2). Apesar de mais geral que as duas anteriores esta solu¸c˜ao

est´a incompleta pois apenas se obteve o fator de warp e colocou-se a equa¸c˜ao para a fun¸c˜ao que representa a anisotropia em uma forma separ´avel, de tal maneira que se possa ter uma solu¸c˜ao do tipo onda estacion´aria. No entanto esta equa¸c˜ao n˜ao foi resolvida e fica como perspectiva de trabalho futuro resolvˆe-la e estud´a-la melhor. Por fim, na subse¸c˜ao (3.3.3)

obteve-se uma solu¸c˜ao do tipo onda estacion´aria na presen¸ca de uma fonte n˜ao normal (satisfaz a todas as condi¸c˜oes de energia, a excess˜ao da condi¸c˜ao dominante). Todas as componentes da press˜ao como a densidade de energia para essa fonte s˜ao positivas. Al´em disso ´e poss´ıvel obter solu¸c˜ao com fator de warp crescente ou decrescente. Apresenta

ainda a vantagem de resolver o problema da hierarquia, coisa que n˜ao ´e possivel no modelo original de Merab, bem como no modelo de seis dimens˜oes apresentado em (3.3.1). No entanto a solu¸c˜ao ´e gerada por mat´eria que, apesar de ter as componentes do tensor momento energia todas positivas e de satisfazer as condi¸c˜oes NEC, WEK e NEC n˜ao

satisfaz a condi¸c˜ao DEC, que seria suficiente para assegurar estabilidade. Por isso uma nova solu¸c˜ao foi obtida desta vez satisfazedendo a todas as condi¸c˜oes cl´assicas de energia acima referidas. Esta solu¸c˜ao, no entanto, exige que a constante cosmol´ogica assuma diferentes valores ao longo das coordenadas espaciais e temporal. Em outras palavras, a

constante cosmol´ogica neste caso ´e anisotr´opica e n˜ao homogˆenea. Estes resultados est˜ao submetidos aoJournal of High Energy Physics - JHEP, com t´ıtulo ”A 6D standing-wave Braneworld in the presence of anormal matter source”, [30].

A localiza¸c˜ao de campos ´e o objeto do cap´ıtulo (4) desta tese. Na se¸c˜ao (4.1) foi considerado o estudo dos campos escalar (4.1.1), vetorial (4.1.2), fermiˆonico (4.1.3) e

tensorial (4.1.4). Os trˆes primeiros s˜ao apresentados como uma revis˜ao bibliogr´afica en-quanto que a localiza¸c˜ao do campo tensorial (Kalb-Ramond), conforme foi dito, resultou em um trabalho recentemente publicado [16]. Nem todos os campos do modelo padr˜ao foram considerados no modelo de brana anisotr´opica, mas apenas os campos escalar e

(19)

para o caso da gravidade porque o resultado ´e semelhante ao que se obt´em para o campo escalar. A localiza¸c˜ao do campo escalar nesse modelo ´e obtida na subse¸c˜ao (4.2.1). O resultado mostra que a localiza¸c˜ao ´e poss´ıvel para o modo zero. Interessante notar que n˜ao h´a necessidade de intera¸c˜ao adicional, al´em da gravitacional, para se obter localiza¸c˜ao

do modo zero do campo escalar. No caso do campo vetorial tamb´em foi poss´ıvel obter a localiza¸c˜ao (4.2.2), o mesmo acontecendo para o campo fermiˆonico (4.2.3). Para que fosse poss´ıvel este ´ultimo resultado foi necess´ario alterar a derivada na equa¸c˜ao de Dirac de tal forma a considerar um acoplamento m´ınimo, semelhante ao que acontece no caso

do defeito tipo corda. Na subse¸c˜ao (4.3.1) considera-se a localiza¸c˜ao do campo escalar na brana anisotr´opica estudada na subse¸c˜ao (3.3.1). Mais uma vez ´e poss´ıvel verificar a localiza¸c˜ao do modo zero. Diferente do resultado obtido em [11] em que o campo escalar ´e localizado em um defeito tipo corda para um fator de warp que decresce

exponencial-mente, aqui obteve-se a localiza¸c˜ao para um fator exponencialmente crescente. Por fim foi realizado o estudo da localiza¸c˜ao do campo fermiˆonico neste mesmo cen´ario, 4.3.2. Foi poss´ıvel mostrar que h´a localiza¸c˜ao do modo zero o que vem a ser um resultado destac´avel uma vez que em cinco dimens˜oes n˜ao foi poss´ıvel obter tal resultado.

Conclus˜oes do que j´a foi feito e perspectivas para o desenvolvimento futuro s˜ao apon-tadas no cap´ıtulo (5). O apˆendice (6) traz uma breve descri¸c˜ao das condi¸c˜oes cl´assicas

(20)

2

MUNDO BRANA DO TIPO

RANDALL-SUNDRUM EM

CINCO E SEIS DIMENS ˜

OES

Por volta dos anos 20 surgiram as primeiras teorias que consideravam a existˆencia de dimens˜oes extras no universo, as denominadas teorias de Kaluza-Klein [31], nas quais o acr´escimo de uma dimens˜ao espacial extra no espa¸co-tempo quadridimensional tinha a pretens˜ao de unificar eletromagnetismo e gravidade. Outras motiva¸c˜oes existem para se

estudar teorias com dimens˜oes extras como, por exemplo, a necessidade de se explicar a velocidade com que as estrelas orbitam o centro das gal´axias (a massa necess´aria descon-hecida estaria oculta em dimens˜oes espaciais extras) e o fato de a intera¸c˜ao gravitacional se mostrar t˜ao fraca em nosso planeta [32]. Nesse contexto, depois de um vazio de cerca de

60 anos, teorias com dimens˜oes extras voltaram `a literatura. In 1982 Akama[33] usou a dinˆamica de v´ortice de Nielsen-Olesen para localizar o nosso universo em uma membrana mergulhada em um espa¸co tempo de seis dimens˜oes. Trabalhos semelhantes foram publi-cados em 1983 e 1985, por Rubakov e Shaposhnikov [34] e Visser [35], respectivamente. Os modelos ADD [1, 2, 3] e RS [4, 5] oferecem solu¸c˜oes para o problema da hierarquia [36] e alternativas `a compatifica¸c˜ao do tipoKaluza-Klein.

N˜ao ´e exagero dizer que os trabalhos de Randall e Sundrum s˜ao paradigm´aticos no contexto de dimens˜oes extras. Este trabalho que consiste em uma teoria de gravidade em 5 dimens˜oes foi rapidamente estendido de forma a compreender mais dimens˜oes. Par-ticularmente em seis dimens˜oes alguns autores contribuiram em menos de um ano do

surgimento do modelo original, [6, 10, 37]. O modelo de RS ´e usado como referˆencia de universo com dimens˜oes extras do qual o mundo em que se passam os fenˆomenos descritos pela dita f´ısica do modelo padr˜ao ´e uma membrana, ou simplesmente brana. O modelo proposto nesta tese, em seis dimens˜oes, apresenta-se como uma generaliza¸c˜ao do modelo

RS.

(21)

dimens˜oes ser˜ao descritas. Tamb´em ser´a estudado o modelo anisotr´opico de Merab. Ser˜ao apresentados modelos em cinco e seis dimens˜oes, por isso considerar-se-´a inicialmente o seguinteansatz para a m´etrica em um espa¸co tempo D-dimensional

ds2 =gM NdxMdxN

=gµνdxµdxν + ˜gabdxadxb

=e−A(r)gˆµνdxµdxν −dr2−e−B(r)dΩ2n−1 (2.1)

onde M, N, ... denotam ´ındices do espa¸co tempo D-dimensional , µ, ν, ..., representam ´ındices na membrana p-dimensional ea, b, ...representam as n-dimens˜oes espaciais extras. Como ser´a visto, para alguns dos modelos considerados aqui, a parte da m´etrica que no

devido limite representa a brana, ˆgµνdxµdxν, e em alguns casos, a fun¸c˜ao que multiplica

a dimens˜ao extra compacta conter˜ao termos do tipo eu, e−2u, e−3u, onde u´e uma fun¸c˜ao

que depende das vari´aveis r e t, u=u(r, t). Esta fun¸c˜ao ´e que definir´a a anisotropia nos modelos de branas com solu¸c˜ao do tipo onda estacion´aria.

A a¸c˜ao ´e dada em D-mimens˜oes por

S = 1 2κ2

D Z

dDxg(R2Λ) + Z

dDxgL

m (2.2)

na qual κD representa a constante gravitacional D-dimensional , Λ ´e a constante

cos-mol´ogica do bulk e Lm ´e a Lagrangiana de algum campo de mat´eria. Nesta tese ser´a

usada, de maneira geral, a conven¸c˜ao de sinais de Landau [38], conforme observado em Misner, Thorne e Wheeler [39]. Apenas nas subse¸c˜oes (2.1.2) e (2.2.1) ser´a utilizada a

m´etrica com assinatura (,+,+,+), por conveniˆencia, para seguir os trabalhos originais.

As equa¸c˜oes de Einstein obtidas da varia¸c˜ao da a¸c˜ao (2.2) com rela¸c˜ao ao tensor gM N

s˜ao dadas como segue

RM N −

1

2gM NR = ΛgM N+κ 2

DTM N (2.3)

onde o tensor TM N ´e definido por

TM N =

2

κ2 D

1 √

−g

δSm

δgM N (2.4)

e o tensor de Ricci ´e obtido pela contra¸c˜ao do tensor de curvatura,RM N =RM P NP , o qual

´e dado na forma tradicional

RP

(22)

onde a conex˜ao da m´etrica tamb´em se expressa na forma j´a conhecida

ΓPM N = 1 2g

P Q(

MgQN +∂NgQM −∂MgM N) (2.6)

e, finalmente, o escalar de curvatura ´e dado por R=gM NR

M N.

A seguir ser˜ao analizadas solu¸c˜oes para a m´etrica (2.1) que correspondem, respecti-vamente, a uma membrana do tipo parede de dom´ınio e ao modelo RS que ´e obtido desse como um caso limite. Apesar deste ´ultimo ser a referˆencia de mundo brana considerado

nesta tese n˜ao ser´a apresentado como primeiro exemplo, como at´e parece mais did´atico, porque preferiu-se apresentar solu¸c˜oes mais gerais para as equa¸c˜oes de Einstein e destas extrair as solu¸c˜oes particulares. ´E o oposto do desenvolvimento hist´orico, talvez, mas acredita-se que n˜ao trar´a preju´ızo `a compreens˜ao do leitor.

2.1

Solu¸c˜

oes em cinco dimens˜

oes

Nesta se¸c˜ao ser˜ao apresentados dois tipos b´asicos de modelos de branas em cinco

dimens˜oes. O primeiro deles ´e o modelo descripo por Kehagias [4]. Trata-se de uma geometria com brana espessa, caracterizada por um fator dewarp suave, cuja fonte ´e um kink. O segundo ´e o modelo RS. Os conceitos aqui apresentados s˜ao b´asicos e certamente

bastante conhecidos do leitor familiarizado com modelos de mundo brana. No entanto, tendo em vista que esta tese ´e devotada ao estudo de mundo brana (especificamente branas geradas por ondas gravitacionais) parece necess´ario apresentar esses conceitos. Encontrar solu¸c˜ao de brana consiste em resolver as equa¸c˜oes de Einstein para uma m´etrica

espec´ıfica, que possa ser separada de tal forma que se destaque a m´etrica da brana e a das dimens˜oes extras, devendo a m´etrica da brana, no limite conveniente, coincidir com a m´etrica de Minkowski em um espa¸co-tempo quadridimensional. A fonte de mat´eria pode ser apresentada explicitamente como em Kehagias [4] e RS [4], por exemplo, ou

escrevendo-a de forma gen´erica como em Oda [6] e Ghergeta [10]. A m´etrica geral 2.1 ´e conveniente para os prop´ositos dessa tese, bastando para isso escolher n = 1 ou n = 2 para cinco e seis dimens˜oes, respectivamente, al´em de acrescentar os termos que definem a anisotropia, quando for o caso. Para esta se¸c˜ao assume-se n = 1, que corresponde ao caso de uma dimens˜ao extra, portanto a m´etrica (2.1), sem anisotropia, ´e reescrita como

(23)

A presen¸ca do fator dewarp (o fator exponencial) na m´etrica acima merece ser destacada. A fun¸c˜ao A depende apenas da dimens˜ao extra r. Isso significa que uma vez fixada a posi¸c˜ao da brana nobulk sua m´etrica ser´a equivalente ouconforme a de Minkowski. Isso significa que na brana ser´a v´alida a f´ısica do modelo padr˜ao [40].

Isto posto ´e chegado o momento de se obter as componentes do tensor de Einstein para (2.7). Para esta m´etrica as ´unicas componentes n˜ao nulas da conex˜ao (2.6) s˜ao

Γxrx = Γyry = Γzrz = Γtrt=−

1 2A

(r) (2.8)

e

Γr

xx = Γryy = Γrzz =−Γrtt =

1 2e

−A(r)A

(r) (2.9)

onde x, y, z, t s˜ao as componentes usuais do espa¸co tempo de Minkowski, r ´e a dimens˜ao extra e a linha, ′, representa derivada com rela¸c˜ao `a coordenada extra. As componentes n˜ao nulas do tensor de Ricci, por sua vez, resultam

Rxx =Ryy =Rzz =−Rtt =

1 2e

−A(r)

−2A′2(r) +A′′(r), (2.10)

Rrr =−A ′2

(r) + 2A′′(r). (2.11)

Para possibilitar o c´alculo do tensor de Einstein falta ainda o escalar de curvatura, o qual ´e dado a seguir

R = 5A′2(r)4A′′(r). (2.12)

Com isso o tensor de Einstein ´e dado por

Gxx =Gyy =Gzz =−Gtt =

3 2e

−A(r)A2

(r)A′′(r), (2.13)

Grr=

3 2A

2

(r). (2.14)

(24)

2.1.1

Solu¸c˜

ao tipo

bounce

O t´ıtulo desta subse¸c˜ao remete ao trabalho deKehagias que assim denomina a solu¸c˜ao obtida. Outros autores diriam solu¸c˜ao do tipo kink (por isso essa denomina¸c˜ao tem sido

usada ao longo da tese) ou que a brana est´a localizada numa parede de dom´ınio ou ainda que ´e a pr´opria parede de dom´ınio [41], [42]. A solu¸c˜ao obtida aqui segue um caminho ligeiramente diferente do trabalho de Kehagias inclusive no que se refere `a assinatura da m´etrica. H´a tamb´em a diferen¸ca no fator de warp, pois no trabalho original a fun¸c˜ao

A(r) ´e multiplicada por 2. Al´em disso h´a ausˆencia de algumas constantes na defini¸c˜ao do campo escalar utilizado aqui, em compara¸c˜ao com o modelo original.

Depois dessas breves considera¸c˜oes pode-se avan¸car para a solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein. Considerando-se um campo escalar acoplado `a gravidade o tensor momentum energia para tal configura¸c˜ao ´e obtido a partir de (2.4)

TM N =∂MΦ∂NΦ−gM N

1 2∂

CΦ

CΦ +V(Φ)

, (2.15)

considerando-se que a Lagrangiana do campo escalar seja dada por

Lm =

1 2g

M N

MΦ∂NΦ +V(Φ). (2.16)

Com isso as equa¸c˜oes de Einstein (2.14), (2.13) e (2.3), para Λ = 0, se resumem ao sistema a seguir:

3 2

A′2(r)A′′

(r)=κ2 5

1 2φ

2

+V(φ)

(2.17)

3 2A

2

(r) = κ25

3 2φ

2

+V(φ)

(2.18)

em que κ5 representa a constante gravitacional em cinco dimens˜oes. A partir do sistema acima pode-se determinar a fun¸c˜ao de warp A(r). Para isso subtrai-se (2.18) de (2.17) resultando na seguinte equa¸c˜ao

A′′(r) =κ25φ′2. (2.19)

´

(25)

φ(r) = tanh(r) (2.20)

No caso em m˜aos, na presen¸ca de gravidade, admite-se uma solu¸c˜ao do tipo kink (2.20), encontra-se o fator de warp e depois retorna-se `as equa¸c˜oes de Einstein (2.18), (2.17) e calcula-se o novo potencial. Portanto, para φ dado em (2.20) a solu¸c˜ao de (2.19) ´e dada por

A(r) = 2 9κ

2

5log(cosh 2

(r)) + 1 9κ

2 5tanh

2

(r) (2.21)

para a qual A(0) = A′(0) = 0. A equa¸c˜ao para o potencial ´e obtida eliminando-se φ de (2.18) e (2.17)

V = 3 4κ2

5

3A′′(r)2A′2(r) (2.22)

A partir das derivadas de A dadas a seguir

A′(r) = 2 9κ

2

5tanh(r) tanh2(r)−3

; A′′(r) = 2 3κ

2

5 tanh2(r)−1

2

, (2.23)

substituindo-se em (2.22), usando (2.20) obtem-se para o potencial

V = 3 2

φ′212 2 27κ

2

5φ2 φ2−3

2

(2.24)

o qual reduz-se ao caso em que n˜ao h´a gravidade no limite κ2

5 → 0. Esta solu¸c˜ao

corre-sponde a uma membrana espessa que no limiter→ ∞assume a forma do modelo RS, ou seja,e−Ae−|r|para r → ∞. O fato de que esta solu¸c˜ao ´e uma generaliza¸c˜ao do modelo RS ser´a melhor discutido ao final deste cap´ıtulo. Como ser´a visto na subse¸c˜ao (2.2.1) este modelo foi generalizado para seis dimens˜oes, tendo este resultado sido publicado na

revista Physics Letter B [27]. A seguir ser´a analizado o modelo RS.

2.1.2

O modelo Randall-Sundrum (RS)

Ser´a apresentado aqui o modelo conhecido na literatura como RSI, [5]. A descri¸c˜ao desse modelo exige a solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein em 5 dimens˜oes em um pro-cedimento semelhante ao que foi feito acima, embora os modelos apresentem algumas

diferen¸cas. A primeira delas que se deve destacar ´e a fonte que neste caso ´e dada por

TM N(RSI) =

−G

4M3 Vvis √

−gvisgvisµνδ µ

MδνNδ(ϕ−π) +Vcom√−gcomgcomµν δ

µ

MδNνδ(ϕ)

(26)

em que os sub(super)escritovis, com referem-se, respectivamente, `as branas vis´ıvel, com a qual identifica-se nosso universo quadridimensional, e companheira [40]. Esta fonte representa pois as branas e ϕ representa a dimens˜ao extra que neste caso ´e compacta. A m´etrica no modelo RSI pode ser obtida de (2.7) fazendo-seA 2krc|ϕ|er≡rc2ϕem que

rc representa a distˆancia entre as branas, tamb´em chamado de raio de compactifica¸c˜ao.

Com essas modifica¸c˜oes, usando-se aassinatura + ++, a m´etrica para o modelo RSI ´e dada por

ds2 =e−2krc|ϕ|η

µνdxµdxν +r2cdϕ2 (2.26)

onde k ´e uma constante e ηµν representa a m´etrica de Minkowski.

O modelo RSI, portanto, consiste em um espa¸co tempo com cinco dimens˜oes com duas 3-branas, uma das quais modela nosso universo, e uma dimens˜ao extra transversa a

estas, `a qual da-se o nomeorbifold. Esta dimens˜ao extra tem simetriaZ2 a qual possibilita a identifica¸c˜ao entre (xµ, ϕ) e (xµ,ϕ). A dimens˜ao extra ´e angular e as duas 3-branas

podem ser fixadas nos extremosϕ = 0 eϕ=π desta dimens˜ao, al´em disso a geometria do bulk ´e anti de Sitter, (AdS5), [5, 40]. O modelo RSII pode ser obtido de RSI tomando-se o limite rc → ∞, [4]. Neste caso h´a apenas uma 3-brana presente e a dimens˜ao extra ´e

n˜ao compacta.

Uma das raz˜oes do sucesso, por assim dizer, do modelo RS reside na sua viabilidade fenomenol´ogica. Isto se reflete, por exemplo, na forma como este modelo apresenta uma solu¸c˜ao simples para o problema da hierarquia. Al´em disso, uma vez que o fator de warp depende apenas da coordenada extra, a fixa¸c˜ao da brana torna sua m´etrica conforme o

espa¸co de Minkowski, implicando em uma brana apta a suportar todos os campos do modelo padr˜ao, uma vez que a m´etrica (2.26) ´e um caso particular da m´etrica mais geral (2.7). No entanto, a localiza¸c˜ao de alguns campos exige a presen¸ca de campos auxiliares, como o dilaton, no setup de RS, fato que motivou a busca por modelos de branas mais

gerais que fossem capazes de localizar os campos do modelo padr˜ao atrav´es da intera¸c˜ao gravitacional, unicamente. Esta abordagem resumida do modelo RS ´e suficiente para o momento, outros aspectos ser˜ao discutidos em cap´ıtulos posteriores.

Antes de fechar este cap´ıtulo ´e interessante voltar `a solu¸c˜ao tipo kink encontrada na subse¸c˜ao (2.1.1) e compar´a-la com o modelo RSI da subse¸c˜ao (2.1.2) atual. O primeiro

(27)

-3 -2 -1 1 2 3 j 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

e-k rc¡j¥

Figura 1: Fator de warp brana fina

-e−2krc|ϕ| .

-3 -2 -1 1 2 3

r 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

e-AHrL

Figura 2: Fator de warp brana espessa

-e−A(r).

der, condizente com e−A(r) e−|r| no limite r → ∞ como j´a tinha sido dito antes. Dai pode-se concluir que na solu¸c˜ao tipo bounce, para regi˜oes distantes da brana, o espa¸co tempo ´e anti de Sitter, como no caso RS, [43]. No entanto o primeiro modelo, em que a brana ´e espessa, n˜ao apresenta singularidade, sendo esta caracter´ıstica uma vantagem

com rela¸c˜ao ao modelo RS. Al´em disso ´e mais real´ıstico um cen´ario em que a brana ou membrana tenha alguma espessura [44]. ´E importante explicar que entende-se por brana espessa uma estrutura que se espalhe pela dimens˜ao extra de tal forma que sua influˆencia

´e percebida nas vizinhan¸cas da posi¸c˜ao ao longo da referida dimens˜ao, na qual a brana se localiza. Em cinco dimens˜oes ela se assemelha `a parede de dom´ınio ferromagn´etica [43].

As figuras (1, 2) revelam ainda que a exponencial da fun¸c˜aoA(r) tem o mesmo perfil

para r± → ∞ o que torna o fator de warp da solu¸c˜ao tipo bounce condizente com a

simetriaZ2. Por fim, a forma do fator de warp com um pico apenas emr = 0 demonstra que a geometria se localiza junto `a brana espessa ou parede de dom´ınio [43]. Esta solu¸c˜ao

´e interessante tamb´em porque propicia a constru¸c˜ao de modelos de brana relacionadas a defeitos topol´ogicos.

Fica por aqui esta an´alise inicial de modelos de brana em 5 dimens˜oes, os quais ser˜ao revisitados para que outros aspectos como a generaliza¸c˜ao para modelos (anisotr´opicos) obtidos a partir de ondas estacion´arias e localiza¸c˜ao de campos sejam estudados. Na

(28)

2.2

Solu¸c˜

oes em seis dimens˜

oes

A generaliza¸c˜ao do modelo RS para seis dimens˜oes aconteceu t˜ao logo surgiu o modelo original [6, 10, 37]. O modelo aqui analizado parte da m´etrica (2.1) para o caso n = 2, ainda sem anisotropia, o que resulta

ds2 =e−A(r)gˆµνdxµdxν −dr2−R02e−B(r)dθ2 (2.27)

em queR2

0´e uma constante e as coordenadasreθest˜ao restritas aos respectivos intervalos: 0r ≤ ∞, 0 θ 2π. Este modelo, consistente com invariˆancia de Poincar´e em quatro dimens˜oes foi estudado por varios autores em diferentes contextos. Para o escopo desta

tese ´e importante destacar que as equa¸c˜oes de Einstein obtidas da m´etrica (2.27) podem ter como solu¸c˜ao um defeito tipo corda [6, 10, 37] bem como uma 4-brana em um cenario com compactifica¸c˜ao h´ıbrida, [45], por exemplo. Mais uma vez, a exemplo do que se passa em cinco dimens˜oes, como foi visto na se¸c˜ao 2.1, ´e poss´ıvel relacionar a brana com

um defeito topol´ogico: parede de dom´ınio em cinco dimens˜oes, defeito tipo corda em seis... Para a m´etrica dada acima, uma outra poss´ıvel solu¸c˜ao do sistema de equa¸c˜oes de Einstein ´e encontrada quando se admite a presen¸ca de um campo escalar no bulk, de forma semelhante ao que se obteve em 5 dimens˜oes em que a solu¸c˜ao ´e do tipo parede

de dom´ınio. Neste caso n˜ao se pode falar em parede de dom´ınio mas ´e ainda poss´ıvel a solu¸c˜ao na forma de uma 4-brana em que a coordenada compacta reside na brana, correspondendo a uma compactifica¸c˜ao h´ıbrida. A prop´osito a express˜aocompactifica¸c˜ao h´ıbrida´e utilizada porKoley [45] para referir ao fato de a coordenada compacta pertencer

`a brana, diferente do defeito tipo corda, por exemplo, em que a dita coordenada faz parte do espa¸co extra.

´

E tempo de obter as equa¸c˜oes de Einstein para a m´etrica (2.27). Para isso calcula-se inicialmente as componentes n˜ao nulas do s´ımbolo de Christoffel, (2.6), que neste caso s˜ao dadas por

Γxrx = Γyry = Γzrz = Γtrt =1 2A

(r), (2.28)

Γrxx = Γryy = Γrzz =Γrtt = 1 2e

−A(r)A

(r), (2.29)

e

Γr

θθ =

1 2R

2

0e−B(r)B ′

(r); Γθ

rθ =−

1 2B

(29)

Resumindo um pouco a quantidade de equa¸c˜oes e suprimindo, portanto, as componentes do tensor de Ricci, uma vez que os c´alculos muito se assemelham ao que se fez em cinco dimens˜oes, pode-se exibir diretamente as componentes n˜ao nulas do tensor de Einstein

Gxx =Gyy =Gzz =−Gtt =

1 4e

−A(r)6A2

+ 3A′B′ +B′22(3A′′+B′′) (2.31)

Grr =

3 2A

2

(r) +A′B′ (2.32)

Gθθ =

1 2R

2

0e−B(r)(5A ′2

(r)4A′′) (2.33)

Assumindo-se para o tensor momentum energia a express˜ao (2.4) as equa¸c˜oes de Einstein (2.3), (2.31), (2.32) e (2.33) resultam, de forma geral1

1 4

6A′2+ 3A′B′ +B′22(3A′′+B′′)=κ25

1 2φ

2

+V(φ)

+ Λ (2.34)

3 2A

2

(r) +A′B′ =κ25

3 2φ

2

+V(φ)

+ Λ (2.35)

e

1 2(5A

2

(r)4A′′) =κ25

1 2φ

2

+V(φ)

+ Λ (2.36)

as quais n˜ao diferem muito do que se obteve em cinco dimens˜oes. No entanto no que se refere `a localiza¸c˜ao de campos e a estabilidade esta solu¸c˜ao em seis dimens˜oes se mostra mais vantajosa em rela¸c˜ao `a solu¸c˜ao de cinco dimens˜oes, como ser´a visto. A seguir ser˜ao

ilustradas duas poss´ıveis solu¸c˜oes para este sistema de equa¸c˜oes. No primeiro caso a solu¸c˜ao corresponde a uma 4-brana espessa e no segundo caso tem-se o correspondente do modelo RS em seis dimens˜oes

2.2.1

Solu¸c˜

ao do tipo brana espessa

A brana obtida aqui como solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein (2.34 - 2.36)pode ser clas-sificada como topologicamente n˜ao trivial, conforme classifica¸c˜ao dada emDzhunushaliev [44] pois ´e gerada por um ´unico campo escalar, conforme discutido acima. Para obter

uma solu¸c˜ao do tipo 4-brana espessa admitir-se-´a o caso especial em que A(r) = B(r). Com esta simplifica¸c˜ao, a m´etrica (2.27) equivale a um defeito tipo corda local conforme

1

(30)

descri¸c˜ao dada no trabalho de Oda [6], embora como ser´a visto a solu¸c˜ao encontrada aqui n˜ao seja um defeito topol´ogico. Al´em disso, naquele artigo o autor optou pelo ansatz A(r) = cr, em que c ´e uma constante. Portanto o trabalho aqui representa uma generaliza¸c˜ao daquele, sendo esta abordagem in´edita na literatura, fato que justifica a

elabora¸c˜ao de um trabalho o qual foi publicado na revista Physics Letter B, sob o t´ıtulo ”Brane bounce-type configurations in a string-like scenario”, [27].

Para o caso A(r) = B(r) as equa¸c˜oes (2.31), (2.32) e (2.33) assumem a forma mais simples a seguir

1 2(5A

2

(r)4A′′) = κ26

1 2φ

2

+V(φ)

−Λ (2.37)

5 2A

2

(r) =κ26

1 2φ

2

−V(φ)

−Λ. (2.38)

Resalve-se que neste caso preferiu-se usar a assinatura,+,+,+, que est´a de acordo com [27].

Estas equa¸c˜oes, descontando-se a diferen¸ca de sinais em virtude da assinatura da m´etrica s˜ao as mesmas que se encontrou no caso da solu¸c˜ao tipo bounce, quais sejam, (2.17) e (2.18), com diferen¸cas apenas nos fatores que multiplicam as derivadas de A. Portanto a solu¸c˜ao para A(r) ´e a mesma que foi obtida para a solu¸c˜ao do tipo parede de dom´ınio, (2.21), sendo o potencial tamb´em equivalente ao caso da solu¸c˜ao em cinco dimens˜oes, (2.24). Cabe, portanto, a pergunta: que tem esta solu¸c˜ao a oferecer al´em do que j´a se obtem em cinco dimens˜oes? Sem querer detalhar todos os pormenores da diferen¸ca que pode haver entre os dois modelos, para o escopo desta tese importa saber

que para determinados modelos nos quais a localiza¸c˜ao de certos campos n˜ao ´e poss´ıvel em cinco dimens˜oes, a simples generaliza¸c˜ao destes para seis dimens˜oes torna poss´ıvel a localiza¸c˜ao . Um exemplo disso ´e a localiza¸c˜ao do campo de gauge que s´o ´e poss´ıvel com a adi¸c˜ao de um campo auxiliar na teoria, em cinco dimens˜oes [43], entretanto pode ser

localizado em seis dimens˜oes apenas atrav´es da intera¸c˜ao gravitacional, como pode ser visto em Oda [6] e ser´a revisto aqui no cap´ıtulo sobre localiza¸c˜ao. Esta, portanto, ´e a principal raz˜ao do interesse em estudar o mesmo modelo em cinco o seis dimens˜oes, neste trabalho.

Retornado `as equa¸c˜oes (2.37) e (2.38),φ representa o campo escalar que gera a brana, o qual ser´a dado por

φ(r) =νtanh(ar), (2.39)

com a2 λν2/2. O potencial corresponde ao modelo λφ4, ou seja, V(φ) = λ

(31)

Assim, a partir das equa¸c˜oes (2.37) e (2.38) encontra-se para a fun¸c˜ao A(r) a equa¸c˜ao diferencialA′′

= κ26

4 φ ′2

cuja solu¸c˜ao ´e

A(r) =βln cosh2(ar) + β 2 tanh

2(ar) (2.40)

onde β = 1 3κ

2

6ν2. Um perfil do fator de warp e−A(r) ´e dado na figura (3). O gr´afico se apresenta deslocado da origem, no entanto foi apenas para enaltecer visualmente que

representa uma brana com espessura n˜ao negligenci´avel. O mesmo apresenta um pico onde se localiza a brana, al´em disso ´e finito, ou seja e−A(r) 0 para r → ∞. Isto

0 2 4 6 8 10 r 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

e-AHrL

Figura 3: Perfil do fator de warp e−A(r) para β = 1;a= 1

assegura que a rela¸c˜ao entre as escalas de Plank reduzidas em quatro (Mp) e seis (M6) dimens˜oes dada a seguir ´e finita (2.41),

Mp2 = 2πM64

Z ∞

0

dre−3/2A(r), (2.41)

o que qualifica o modelo como potencial canditado a resolver o problema da hierarquia, o que vem a ser uma das raz˜oes, embora n˜ao a ´unica, de se estudar modelos com dimens˜oes

extras [10].

No que concerne `as condi¸c˜oes de energia pode ser observado a partir das componentes

t0, tr, tθ que dependendo dos valores das constantes presentes na defini¸c˜ao do campo

escalar, estas componentes podem ser positivas, assegurando a satisfa¸c˜ao das referidas condi¸c˜oes. Na figura 4 tem-se os perfis das componentest0(r) =tθ(r) e na figura 5 tem-se

a componente tr(r). Percebe-se que a depender dos valores escolhidos para v tais

com-ponentes podem ser positivas ou negativas. Por isso pode-se afirmar que a configura¸c˜ao debounce assegura a satisfa¸c˜ao das condi¸c˜oes de energia, o que qualifica o modelo como fisicamente aceit´avel. Isto vem a ser um resultado destac´avel em compara¸c˜ao com o

(32)

2 4 6 8 10 r

-0.4 -0.2 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

t0@rD

Figura 4: Perfil de t0(r) = tθ(r) para

v = 1 (linha cheia), e para v = 1 (linha seccionada)

2 4 6 8 10 r

-0.4 -0.2 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

tr@rD

Figura 5: Perfil de tr(r) para v = 1 (linha

cheia), e para v =1 (linha seccionada)

Quando for abordada a localiza¸c˜ao de campos no cap´ıtulo (4) ser´a realizada a lo-caliz¸c˜ao dos campos escalar, de gauge e o campo fermiˆonico no modelo acima descrito. N˜ao ´e poss´ıvel dizer que esta solu¸c˜ao seja um defeito topol´ogico pois sendo em seis

di-mens˜oes ela teria de representar o defeito tipo corda para merecer tal denomina¸c˜ao. No entanto, conforme revis˜ao dada na pr´oxima subse¸c˜ao, a solu¸c˜ao obtida acima poderia ser v´alida apenas em uma regi˜ao exterior ao n´ucleo da brana exigindo-se que em seu interior fossem v´alidas as condi¸c˜oes (2.46), as quais determinam um defeito tipo corda. Assim

seria poss´ıvel falar de um defeito tipo corda at´e mais realista do que a que se considera em Oda [6], que ser´a revista a seguir. No entanto, preferiu-se assumir uma 4-brana em que a dimens˜ao compacta ´e pequena o suficiente para que nela seja v´alida a f´ısica do modelo padr˜ao [45].

2.2.2

Defeito tipo corda

Uma vez que o universo conhecido pode ser identificado com um defeito topol´ogico, precisamente uma parede de dom´ınio, em um bulk com cinco dimens˜oes, ´e natural inquirir sobre a possibilidade de outros defeitos topol´ogicos em um bulk com mais dimens˜oes extras poderem ser identificados com o universo do modelo padr˜ao. Da´ı surgirem, por exemplo,

os modelos que consideram a existˆencia de defeito tipo corda e monopolo em espa¸co-tempo com dois e trˆes dimens˜oes extras, respectivamente [37]. O interesse principal aqui reside na descri¸c˜ao do defeito tipo corda uma vez que os estudos feitos aqui se restringem a modelos de brana em seis dimens˜oes 2. Alguns dos primeiros trabalhos na tentativa de obter o

2

(33)

que hoje se denomina defeito tipo corda em um bulk com duas dimens˜oes espaciais extras foram realizados por [34, 37, 46, 47]. No que se refere ao estudo de localiza¸c˜ao de campos em um defeito tipo corda Gherghetta [10], estudou o modo zero e os modos massivos para gravidade, Oda [6] estudou a localiza¸c˜ao do modo zero para os campos escalar, vetorial e

fermiˆonicos de spin 1/2 e 3/2 al´em da gravidade; estudou ainda os modos massivos para os campos escalar e vetorial [12].

O estudo da localiza¸c˜ao de fermions tamb´em foi realizado por Liu et al. [48]. A seguir ´e apresentada um defeito tipo corda como solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein seguindo o desenvolvimento efetuado em [6]. A localiza¸c˜ao do campo de Kalb-Ramond foi obtida ao longo do desenvolvimento desta tese e tal estudo se encontra publicado sob o t´ıtulo

”Tensor gauge field localization on a string-like defect”[16].

A m´etrica 2.27, como j´a foi dito, ´e compat´ıvel com um defeito tipo corda. Gherghetta [10] considera uma solu¸c˜ao com uma 3-brana na origem da dimens˜ao extra,r = 0, como ser´a considerado aqui. Similar modelo ´e considerado por Oda [6]. Assumir-se-´a para o tensor momentum energia o ansatz

Tνµ =δνµt0(r), Trr =tr(r), Tθθ =tθ(r) (2.42)

onde ti(i = o, r, θ) s˜ao fun¸c˜oes apenas de r, a coordenada radial. Este ansatz garante

simetria esf´erica. Para este cen´ario, no caso sem fonte (ti = 0), as equa¸c˜oes de Einstein

para A=B =cr, sendo c uma constante, tˆem como solu¸c˜ao um defeito tipo corda local com

c2 = 2

5(−Λ) (2.43)

exigindo que se tenha Λ<0. Esta solu¸c˜ao ´e facilmente obtida das equa¸c˜oes (2.34), (2.35) e (2.36) substituindo-se as componentes do tensor energia momentum nestas equa¸c˜oes pelo ansatz 2.42. Neste caso a solu¸c˜ao para o fator de warp resulta e−cr, o que equivale, por

assim dizer, a uma generaliza¸c˜ao do modelo RS para seis dimens˜oes. No caso tr = −tθ,

que representa uma quebra espontˆanea de simetria [6, 37] obtem-se como solu¸c˜ao um defeito tipo corda global

c1 =c− 8

pcκ

2

Dtθ (2.44)

c2 = 1

p(p+ 1)(−8Λ + 8κ 2

Dα)>0 (2.45)

onde A(r) =cr e B(r) = c1r.

(34)

sejam satisfeitas

e−12B(r)

|ǫ0 =−

δ

2π;

e−12B(0)

|ǫ0 = 1; e−B(ǫ) = 0 (2.46)

onde δ ´e o d´efice angular e ǫ ´e um pequeno raio contendo a brana. Estas condi¸c˜oes de contorno n˜ao s˜ao de grande relevˆancia quando se est´a interessado apenas na localiza¸c˜ao de campo, [6].

Neste modelo tamb´em ´e poss´ıvel resolver o problema da hierarquia, como no caso do modelo RS em cinco dimens˜oes. Al´em disso, ao contr´ario do que ocorre em cinco

dimens˜oes, nesse caso n˜ao h´a necessidade de ajuste fino entre a constante cosmol´ogica no bulk e a tens˜ao na brana. Isto se deve ao fato de que no caso de cinco dimens˜oes o espa¸co unidimensional na parede de dom´ınio ´e flat equanto que em seis dimens˜oes o espa¸co bidimensional ao redor da corda c´osmica pode ser curvo, [10].

Apesar desta solu¸c˜ao ser um defeito tipo corda, na pr´atica ela funciona como se fosse uma 4-brana tendo em vista que o fator que multiplica a dimens˜ao extra compacta θ, ´e e−cr ou e−c1

r, portanto n˜ao obedece `as condi¸c˜oes (2.46). ´E neste sentido que se afir-mou que o modelo proposto na subse¸c˜ao 2.2.1 pode ser modificado para comportar uma 3-brana que na linguagem desta subse¸c˜ao corresponde a um defeito tipo corda local em quatro dimens˜oes, mas tendo como solu¸c˜ao externa o perfil de brana espessa l´a

determi-nado. Um tal modelo uma vez construido seria, obviamente, uma generaliza¸c˜ao deste que descrevemos nesta subse¸c˜ao (2.2.2).

(35)

3

SOLUC

¸ ˜

OES DE ONDAS

ESTACION ´

ARIAS PARA

BRANAS ANISOTR ´

OPICAS

A suposi¸c˜ao de que o universo conhecido ´e isotr´opico, embora esteja de acordo com o que se observa em larga escala, deixa sem respostas algumas perguntas intrigantes e relevantes, tais como: porque nosso universo ´e isotr´opico hoje uma vez que ele deve ter

sido anisotr´opico em seu est´agio inicial? A mais comum resposta dada pela cosmologia ´e que a expans˜ao exponencial (infla¸c˜ao) no universo primordial eliminaria a anisotropia. No entanto, tem sido mostrado que modelos real´ısticos de universo inflacion´ario tˆem ex-pans˜ao aproximadamente, mas n˜ao exatamente exponencial [49]. Por outro lado

Watan-abe, Kanno e Soda mostraram que em um modelo com expans˜ao aproximadamente expo-nencial persiste alguma anisotropia [50]. Al´em disso, se na teoria de Friedman-Lamaˆıtre-Robertson-Walker (FLRW), que descreve o universo conhecido ´e implementada uma per-turba¸c˜ao encontram-se novos modelos que seriam mais importantes em ´epocas iniciais

do que o modelo FLRW, ou, dizendo de outra maneira, flutua¸c˜oes estat´ısticas puras em FLRW n˜ao colapsam r´apido o suficiente para formar as gal´axias observadas hoje [17].

Se h´a raz˜oes para estudar anisotropia no universo, igualmente h´a raz˜oes para estudar modelos de branas anisotr´opicas, uma vez que os modelos de brana tˆem todos a pretens˜ao de representar o universo. Neste sentido ´e poss´ıvel encontrar uma gama variada de trabal-hos que descrevem mundo brana em cen´arios anisotr´opicos, [18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25].

Hoogen eIbanez [20] consideram um modelo de brana anisotr´opico do tipo Bianchi II em que a fonte ´e uma combina¸c˜ao de um fluido perfeito com um campo escalar minimamente acoplado, o qual ´e restrito a se propagar apenas na brana. Um dos resultados desse

(36)

De maneira geral a grande maioria dos estudos de brana anisotr´opica est˜ao interessado na cosmologia dos modelos, n˜ao h´a preocupa¸c˜ao quanto ao estudo de localiza¸c˜ao de campos, excess˜ao feita ao trabalho de Merab [18] cuja extens˜ao para seis dimens˜oes ser´a realizada neste cap´ıtulo. Este modelo, recente na literatura, descreve um cen´ario ex´otico em que a

brana ´e gerada por ondas gravitacionais estacion´arias, sendo a fonte o campo escalar do tipo fantasma, ou seja, com um sinal negativo em frente ao termo cin´etico na Lagrangiana [8, 9, 18]. Como ser´a visto aqui o modelo original j´a foi por n´os generalizado, inclusive para seis dimens˜oes, e se encontra submetido ao PRD sob o t´ıtulo ”A 6D standing-wave

Braneworld”, [29].

Para o estudo do modelo anisotr´opico considerado aqui inicia-se pela m´etrica que

generaliza aquela usada na se¸c˜ao (2.1), precisamente a m´etrica (2.7)

ds2 =eA(r) dt2eu(r,t)dx2eu(r,t)dy2e−2u(r,t)dz2

−dr2 (3.1)

ondeA(r) ´e uma fun¸c˜ao que depende apenas de r eu=u(r, t) ´e a fun¸c˜ao que determina a anisotropia e depende de t e r.

Nas express˜oes a seguir, o ponto representa derivada com rela¸c˜ao ao tempo enquanto que a linha representa derivada com rela¸c˜ao a vari´avel extra r. Os termos n˜ao nulos da conex˜ao para esta m´etrica s˜ao

Γxtx = Γyty =

1 2u˙; Γ

z

tz =−u˙ (3.2)

Γxrx = Γyry = 1 2(A

+u′); Γzrz = 1 2(A

−2u′); Γtrt= 1 2A

, (3.3)

Γtxx = Γtyy = 1 2e

uu˙; Γt

zz =−

1 2e

−2uu˙; (3.4)

e

Γrxx = Γryy =1 2e

A+u(A

+u′); Γrzz =1 2e

A−2u(A

−2u′); Γrtt = 1 2e

AA

. (3.5)

A partir destes calculam-se as componentes n˜ao nulas do tensor de Ricci

Rxx =Ryy =−

1 2e

A+u2A2

+A′′e−Au¨+ 2A′u′ +u′′ (3.6)

Rzz =−

1 2e

A−2u2A2

(37)

Rtt =

1 2e

A2A2

+A′′3e−Au˙2 (3.8)

Rrt =−

3 2uu˙

(3.9)

Rrr =

1 2

−2A′24A′′

−3u′2 (3.10)

Enquanto isso o escalar de curvatura lˆe-se

R= 5A′2+ 4A′′+ 3 2

−e−Au˙2+u′2 (3.11)

Finalmente as equa¸c˜oes de Einstein resultam

Gxx =Gyy =

1 4e

A+u

6A′2+ 6A′′3e−Au˙2+ 2e−Au¨4A′u′+ 3u′22u′′

=κ25Txx−gxxΛ (3.12)

Gzz =

1 4e

A−2u

6A′2+ 6A′′3e−Au˙2 4e−Au¨+ 8A′u′ + 3u′2+ 4u′′

=κ25Tzz −gzzΛ (3.13)

Gtt =−

3 4e

A2A2

+ 2A′′+e−Au˙2+u′2=κ25Ttt−gttΛ (3.14)

Grt =−

3 2uu˙

=κ25Trt (3.15)

Grr=

3 4

2A′2e−Au˙2 u′2=κ25Trr−grrΛ (3.16)

onde o tensor energia momentum n˜ao est´a determinado, em princ´ıpio. No entanto, pela

(38)

fantasma, em cinco dimens˜oes, ´e dado por

TM N =−∂MΦ∂NΦ +gM N

1 2∂

CΦ

CΦ +gM NV(Φ) (3.17)

o qual pode ser obtido da Lagrangeana geral para um campo fantasma, para a m´etrica com assinatura (+,,,,) [51] que ´e considerada nesta se¸c˜ao

Lp =−gM N

1

2∇MΦ∇NΦ−V(Φ). (3.18)

A partir de (3.17), para o casoV(Φ) = 0 as equa¸c˜oes de Einstein (2.3) podem ser reescritas como

RM N =−κ25∂Mφ∂Nφ+

2

3gM NΛ (3.19)

cujas componentes n˜ao nulas s˜ao dadas por

Rxx =

2 3e

A+uΛ =R

yy (3.20)

Rzz =

2 3e

A−2uΛ (3.21)

Rtt =−κ25φ˙2− 2 3Λe

A (3.22)

Rrt=−κ25φφ˙ ′

(3.23)

Rrr =−κ25φ ′2

+2

3Λ (3.24)

A seguir ser˜ao apresentadas algumas solu¸c˜oes para as equa¸c˜oes de Einstein a come¸car

pelo modelo de Merab [18] que ser´a discutido na pr´oxima subse¸c˜ao.

3.1

Brana gerada a partir de ondas gravitacionais

estacion´

arias em cinco dimens˜

oes

O modelo aqui descrito representa uma generaliza¸c˜ao do modelo RS uma vez que apresenta anisotropia, mas no limite u 0, no que se refere ao ansatz para a m´etrica, resulta igual ao modelo RS para A(r) = 2a|r|. A solu¸c˜ao apresentada aqui segue aquela apresentada originalmente em [18], portanto considerar-se-´a apenas ondas estacion´arias

”se propagando para a direita”, ou seja, A(r) = 2ar. Com isso a m´etrica (3.1) assume a forma mais simples

ds2 =e2ar dt2eu(r,t)dx2eu(r,t)dy2e−2u(r,t)dz2

Imagem

Figura 1: Fator de warp - brana fina - -e − 2kr c | ϕ | . -3 -2 -1 1 2 3 r0.20.40.60.81.0e-AHrL
Figura 3: Perfil do fator de warp e − A(r) para β = 1; a = 1
Figura 5: Perfil de t r (r) para v = 1 (linha cheia), e para v = − 1 (linha seccionada) Quando for abordada a localiza¸c˜ao de campos no cap´ıtulo (4) ser´a realizada a  lo-caliz¸c˜ao dos campos escalar, de gauge e o campo fermiˆonico no modelo acima descr
Figura 8: Perfil de ρ(r) para a = 1 e ω = 12, 3
+7

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