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O impacto do programa PARES na rede de serviços e equipamentos sociais

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Academic year: 2021

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(1)Universidade de Aveiro 2014. Departamento de Ciências Sociais e Políticas. SÍLVIA O IMPACTO DO PROGRAMA PARES NA REDE DE SARAIVA CARVALHO SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS MARTINS.

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(3) Universidade de Aveiro 2014. SÍLVIA SARAIVA CARVALHO MARTINS. Departamento de Ciências Sociais e Políticas. O IMPACTO DO PROGRAMA PARES NA REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS. Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Administração e Gestão Pública, realizada sob a orientação científica da Professora Doutora Ana Isabel Pires Beato Alves de Melo, Professora Adjunta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro.

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(5) Aos meus três filhos..

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(7) o júri presidente. Prof. Doutora Maria Luís Rocha Pinto Professora Associada, Universidade de Aveiro. Doutor Jorge Manuel de Almeida Campino Professor Coordenador Convidado S/ Agregação, Universidade de Aveiro. Prof. Doutora Ana Isabel Pires Beato Alves de Melo Professora adjunta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro.

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(9) agradecimentos. Em primeiro lugar quero agradecer à minha orientadora, Prof. Doutora Ana Melo, pelo seu incansável apoio, dedicação e paciência. Realço em especial o seu papel motivador e incentivador, o seu dinamismo e as suas críticas construtivas que tanto me fizeram crescer e evoluir. Em segundo lugar quero agradecer o carinho e apoio incondicional da minha família, sobretudo a compreensão da minha ausência. Quero agradecer a todos que de forma direta ou indireta colaboraram para que fosse possível a obtenção de informação para a realização deste trabalho, nomeadamente, o Doutor Jorge Campino, Prof. Doutor Carlos Pereira da Silva, Dr.ª Mariana Ribeiro Ferreira, Dr.ª Elisabete Mateus, Dr.ª Tânia Fernandes, Dr. Santos Sousa, Dr. Manuel Ruivo, Arq. Sérgio Azeredo, Dr. João Ferreira, Dr. Pedro Carvalho e muitos outros que ficam no anonimato. Um especial apreço a todos os entrevistados que tornaram possível e enriqueceram este trabalho. Agradeço ainda de forma especial a dois companheiro de viagem que sempre me apoiaram – a Cristina Cortês e o Luís Santos –, pelo carinho, incentivo e paciência..

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(11) palavras-chave. Terceiro Setor, Economia Social, Organizações do Terceiro Setor, Organizações da Economia Social, Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), Rede de Serviços e Equipamentos Sociais, Ação Social, Programa de Investimento, Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), Distrito de Aveiro.. resumo. O trabalho aqui apresentado visa estudar o impacto do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES) do Distrito de Aveiro. O PARES foi lançado com objetivos muito precisos e ambiciosos no que concerne ao alargamento da capacidade respostas sociais nas áreas da infância e juventude, população idosa e pessoas com deficiência, incentivo ao investimento privado e diminuição das assimetrias. Atendendo à sua dimensão e abrangência, tentou-se perceber como, no Distrito de Aveiro, se concretizou e dinamizou o PARES, nomeadamente em termos de: financiamento; incentivo ao investimento privado; importância para a RSES; e contributo para o desenvolvimento das comunidades onde foi implementado. Para a realização deste estudo foi utilizada uma metodologia de investigação qualitativa, utilizando o desenho de estudo de caso. A recolha de informação foi obtida através da análise documental e entrevistas semiestruturadas. O trabalho inicia-se com a definição, desenvolvimento e caracterização do terceiro setor, a nível internacional e nacional. Apresenta-se depois a RSES, instituições, financiamento e caracterização quantitativa, e os programas de investimento em equipamentos sociais, patrocinados pelo Estado português nos últimos anos. Segue-se o programa de investimento PARES, suas características, normas de seriação e implementação a nível nacional. Posteriormente, é apresentada a metodologia de investigação, seguindo-se a discussão dos resultados, oriundos das fontes secundárias e das entrevistas realizadas. Finalmente, tecem-se as considerações finais e são apresentadas as limitações do estudo e as pistas para investigação futura. O estudo permitiu concluir que para a concretização do PARES foi fundamental o envolvimento do Estado, instituições e comunidades locais. Este programa contribuiu para o aumento quantitativo e qualitativo da capacidade instalada na RSES do Distrito de Aveiro, nomeadamente nas áreas da população idosa e infância e juventude; e para a diminuição das assimetrias. O financiamento privado não se verificou, contudo, de forma significativa, ao contrário do que se perspectivava. Denotaram-se falhas no planeamento da distribuição das respostas, lacunas na oferta de respostas sociais dedicadas à deficiência e falta de apoio ao desenvolvimento de respostas inovadoras. Seria importante perceber como impulsionar o investimento privado nesta área, uma vez que a maior parte da população não tem possibilidades de pagar os seus serviços. Seria interessante estudar os acordos de cooperação, sua importância e adequabilidade às necessidades e expectativas das instituições e população..

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(13) keywords. Third Sector, Social Economy, Third Sector Organizations, Organizations of the Social Economy, Private Social Solidarity Institutions (IPSS), Social Network of Services and Equipment, Programme for the Extension of the Social Facilities Network (PARES), Distrito of Aveiro.. abstract. This work aims to study the impact of the Programme for the Extension of the Social Facilities Network (PARES), in the Social Network of Services and Equipments (RSES) of Distrito of Aveiro. PARES was conceived with very precise and ambitious goals: enlarge the social response capacity in the areas of child, youth, elderly and individuals with disabilities care; encourage private investment; and reduce territorial disparities. Given the size and scope of PARES, the following questions were posed: how has PARES been implemented in Distrito of Aveiro, namely in terms of funding? Has PARES fostered private investment? What was its impact on RSES? What was this programme’s contribution to the development of the communities where it was implemented? In order to answer the research questions, a qualitative study was conducted, using a case study design. Mixed methods were used to gather data, namely documentary analysis and semi-structured interviews. The research begins with the definition, development and characterisation of the third sector, both internationally and nationally. Then, RSES is presented, namely in terms of organisations and financing. Also, investment programmes in social infrastructures sponsored by the Portuguese Government in recent years are discussed. After that, the features, serialization rules and the implementation level of PARES are discussed, both at a national level and in Distrito of Aveiro. Then, the methodology used in the study is described and data is analysed and discussed. Finally, conclusions are drawn, the limitations of study presented and a proposal for future research discussed. This research allows us to conclude that the involvement of the state, organisations and local communities was extremely important for the successful implementation of PARES. The programme contributed both to the quantitative and qualitative increase of the installed capacity in Distrito of Aveiro, namely in relation to the elderly, children and youth. It also contributed to reduce asymmetries. However, private funding was not as big as expected. There were failures in terms of the distribution of social responses, gaps in the provision on social responses dedicated to disabled individuals and a lack of support to the development of innovative responses. It would be important to understand how to foster private investment in this area, since the majority of the population is unable to pay for these services. As such, it would be interesting to study cooperation agreements, its importance and adequacy to the needs and expectations of institutions and population..

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(15) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Índice ÍNDICE .............................................................................................................................................................I ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................................III ÍNDICE DE GRÁFICOS ................................................................................................................................V ACRÓNIMOS...............................................................................................................................................VII ABREVIATURAS ......................................................................................................................................... IX INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 1 1. O TERCEIRO SETOR.......................................................................................................................... 3 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.5.1 1.5.2 1.5.3. CONCEITO ....................................................................................................................................... 3 DESENVOLVIMENTO DO TERCEIRO SETOR ....................................................................................... 4 ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR .............................................................................................. 7 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TERCEIRO SETOR ...................................................................... 9 O TERCEIRO SETOR EM PORTUGAL ................................................................................................ 11 As organizações do terceiro setor português........................................................................... 16 O Estado e o terceiro setor...................................................................................................... 23 Caraterização do terceiro setor............................................................................................... 24. 2 A REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS (RSES) E OS PROGRAMAS DE INVESTIMENTO ......................................................................................................................................... 29 2.1 A REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS (RSES) ............................................................ 30 2.1.1 Organizações da RSES ............................................................................................................ 31 2.1.2 Equipamento sociais da RSES ................................................................................................. 31 2.1.3 Respostas sociais ..................................................................................................................... 31 2.1.4 Financiamento......................................................................................................................... 32 2.2 OS PROGRAMAS DE INVESTIMENTO ............................................................................................... 36 2.2.1 Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) .............................................................................................................................................. 36 2.2.2 Apoio ao Investimento a Respostas Integradas de Apoio Social -POPH 6.12 ........................ 38 2.2.3 Programa de Apoio à Iniciativa Privada Social (PAIPS) ....................................................... 38 3. PROGRAMA DE ALARGAMENTO DA REDE DE EQUIPAMENTOS SOCIAIS (PARES) ... 41 3.1 SELEÇÃO DOS PROJETOS ................................................................................................................ 42 3.2 DOTAÇÃO ORÇAMENTAL DO PROGRAMA....................................................................................... 44 3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PARES..................................................................................... 45 3.3.1 O Distrito de Aveiro ................................................................................................................ 51. 4. METODOLOGIA DE ESTUDO ........................................................................................................ 53 4.1 4.2 4.2.1 4.2.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.4. 5. CONSTRUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO .................................................................................................. 53 PARADIGMA DE INVESTIGAÇÃO..................................................................................................... 53 Qualitativo............................................................................................................................... 53 Estudo de caso ......................................................................................................................... 55 INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS ....................................................................................... 55 Análise documental.................................................................................................................. 56 Dados de fontes secundárias ................................................................................................... 56 Entrevistas ............................................................................................................................... 57 ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................................................. 58. DISCUSSÃO DOS DADOS ................................................................................................................ 61 5.1 INFLUÊNCIA DO PARES NA RSES ................................................................................................ 61 5.1.1 Contributo para as respostas sociais ...................................................................................... 64 5.1.2 Diminuição das assimetrias..................................................................................................... 66. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. I.

(16) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. 5.1.3 Necessidades não supridas ...................................................................................................... 68 5.2 FINANCIAMENTO DO PROGRAMA PARES ..................................................................................... 69 5.2.1 Fontes de financiamento.......................................................................................................... 69 5.2.2 Adequabilidade do financiamento ........................................................................................... 71 5.3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA .................................................................................................. 72 5.3.1 Avaliação do programa ........................................................................................................... 76 5.3.2 Contribuição para o desenvolvimento local............................................................................ 80 6. CONCLUSÕES .................................................................................................................................... 83 6.1 6.2 6.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 83 LIMITAÇÕES DE ESTUDO ................................................................................................................ 85 INVESTIGAÇÃO FUTURA ................................................................................................................ 86. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................... 89 LEGISLAÇÃO CONSULTADA.................................................................................................................. 93 WEBGRAFIA................................................................................................................................................ 97 ANEXO 1 – “CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL – EXEMPLOS DE ENTIDADES” ......................................................................................................................................... 99 ANEXO 2 – A EVOLUÇÃO DA RESPOSTAS SOCIAIS NA REDE DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS NO PERÍODO DE 2000 A 2012............................................................................................ 101 ANEXO 3 - CAPACIDADE DAS RESPOSTAS SOCIAIS NO PROGRAMA PARES ....................... 105 ANEXO 4 - GUIÕES DAS ENTREVISTAS............................................................................................. 109 GUIÃO: DIRETOR DO CENTRO DISTRITAL DE SEGURANÇA SOCIAL DE AVEIRO ......................................... 109 GUIÃO: PRESIDENTE DE CÂMARA.............................................................................................................. 110 GUIÃO: DIRIGENTE DA FEDERAÇÃO DAS IPSS........................................................................................... 111 GUIÃO: DIRIGENTES DAS IPSS QUE FORAM ALVO DE FINANCIAMENTO AO ABRIGO DO PROGRAMA .......... 112. II. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(17) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Índice de Tabelas Tabela 1- Comparação da representatividade por tipo de atividade das organizações do terceiro setor (adaptado de INE & CASES, 2013, p.15) ....................................................................................................... 25 Tabela 2 - Comparação numérica e de representatividade por grupo das organizações do terceiro setor, em 2010 (adaptado de INE & CASES, 2013, p.19) .............................................................................................. 27 Tabela 3 - Repostas Sociais elegíveis pelo programa para cada um dos avisos de abertura. .......................... 43 Tabela 4 - Dotação orçamental correspondente ao montante de financiamento público por programa e resposta social.................................................................................................................................................. 44 Tabela 5 – Comparação dos métodos de investigação: Quantitativo, Misto e Qualitativo (Johnson & Christensen; 2008, p. 34)................................................................................................................................. 54 Tabela 6 - Evolução do número de respostas sociais, de 2005 a 2011(GEP 2013) ......................................... 61 Tabela 7 - Evolução da capacidade das respostas sociais de 2005 a 2012 (GEP 2013) .................................. 62 Tabela 8 – Contributo do PARES para a capacidade instalada na RSES, por resposta social até 2012 (GEP, 2013; Instituto da Segurança Social, IP, 2013)................................................................................................ 63 Tabela 9- Contributo para as respostas sociais ................................................................................................ 64 Tabela 10 – Diminuição das assimetrias ......................................................................................................... 67 Tabela 11 – Necessidades não supridas........................................................................................................... 68 Tabela 12 – Financiamento global contratualizado e efetivamente pago ao abrigo do programa PARES, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ............................................................................................... 69 Tabela 13 – Financiamento global contratualizado e efetivamente pago ao abrigo do programa PARES, em 2012, referente aos projetos já concluídos (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ..................................... 69 Tabela 14 –Fontes de financiamento ............................................................................................................... 70 Tabela 15 – Adequabilidade do financiamento ............................................................................................... 71 Tabela 16 - Distribuição dos projetos, por fases (PARES I, PARES II e PARES III), no território continental e no Distrito de Aveiro e sua taxa de execução, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP)........................ 73 Tabela 17 - Distribuição do n.º de respostas sociais, por fases (PARES I, PARES II e PARES III), no território continental e no distrito de Aveiro, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP) ............................ 74 Tabela 18 – Fatores potenciadores .................................................................................................................. 76 Tabela 19 – Pontos fortes ................................................................................................................................ 77 Tabela 20 - Pontos fracos ................................................................................................................................ 78 Tabela 21- Necessidades de melhoria ............................................................................................................. 79. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. III.

(18) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Tabela 22 - Contribuição para o desenvolvimento local ................................................................................. 80 Tabela 23 - Distribuição capacidade das respostas sociais contratualizada e concluída, por fases (PARES I, PARES II e PARES III), no Distrito de Aveiro, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP) ..................... 107. IV. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(19) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Índice de Gráficos Gráfico 1 - Distribuição das Cooperativas, por atividade (INE & CASES, 2013, p23) .................................. 17 Gráfico 2 - Distribuição das associações mutualistas, por atividade (INE & CASES, 2013, p. 26)................ 19 Gráfico 3 - Distribuição das misericórdias, por atividade (INE & CASES, 2013, p.29)................................. 20 Gráfico 4 - Distribuição das fundações, por atividade (INE & CASES, 2013, p.32) ..................................... 21 Gráfico 5 - Distribuição das IPSS, por tipo de organização (INE & CASES, 2013, p.38).............................. 22 Gráfico 6 - Distribuição das IPSS, por atividade (INE & CASES, 2013, p.38) .............................................. 22 Gráfico 7- Recursos das organizações do terceiro setor, por atividade, em 2010 (INE & CASES, 2013, p.16) ......................................................................................................................................................................... 26 Gráfico 8 - Recursos da economia social, por grupos de entidades – estrutura (INE & CASES, 2013, p.21) 28 Gráfico 9 - “Distribuição das respostas sociais por população-alvo, Continente 2011” (GEP, 2012, p.10).... 32 Gráfico 10 - Distribuição percentual da despesa de funcionamento por população alvo (GEP, 2012, p.46) .. 35 Gráfico 11 – Distribuição percentual da despesa de acordos de cooperação por resposta social (adaptado de GEP, 2012, p. 44) ............................................................................................................................................ 35 Gráfico 12 - Dotação orçamental por fase do programa.................................................................................. 45 Gráfico 13 – Projetos contratualizados por distrito e fase do programa, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) .............................................................................................................................................. 46 Gráfico 14 – Projetos contratualizados por fase do programa, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013)................................................................................................................................................................ 46 Gráfico 15 – Número de respostas sociais contratualizadas por distrito e fase do programa, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013)........................................................................................................................ 47 Gráfico 16 – Capacidade das respostas sociais contratualizadas por distrito e tipologia da intervenção (criar e remodelar) (Instituto da Segurança Social, IP, 2013)...................................................................................... 47 Gráfico 17 – Capacidade das respostas sociais contratualizados a intervencionar (criar e remodelar) por fases do programa, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ................................................................... 48 Gráfico 18 - Capacidade das respostas sociais contratualizadas, a criar e a remodelar no continente, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ........................................................................................................ 48 Gráfico 19 – Distribuição da capacidade das respostas sociais contratualizadas a intervencionar (criar e remodelar) por resposta social e por distrito, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) .................. 49 Gráfico 20 – Comparticipação pública (€) contratualizada em 31.12.2012 por distrito e por fases do programa, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ........................................................................ 50. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. V.

(20) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Gráfico 21 – Distribuição da comparticipação pública (€) (contratualizada em 31.12.2012) por fases do programa (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ........................................................................................ 50 Gráfico 22 - Capacidade das respostas sociais contratualizadas, a criar e a remodelar, no Distrito de Aveiro, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013).......................................................................................... 51 Gráfico 23 - Capacidade das respostas sociais contratualizadas a intervencionar, por fase do programa e resposta social no Distrito de Aveiro, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ............................. 52 Gráfico 24 - Evolução da conclusão dos projetos 2008-2012 no Distrito de Aveiro (Instituto da Segurança Social, IP) ........................................................................................................................................................ 73 Gráfico 25 - Taxa de execução da capacidade instalada no Distrito de Aveiro por fase do programa e tipo de intervenção, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ..................................................................... 75 Gráfico 26 - Taxa de execução da capacidade instalada no distrito de Aveiro por resposta social, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ........................................................................................................ 75 Gráfico 27 – Evolução do número de resposta sociais por resposta social no Continente de 2000 a 2012 (GEP, 2013)................................................................................................................................................... 101 Gráfico 28 – Evolução do número de resposta sociais por resposta social no Distrito de Aveiro de 2000 a 2012 (GEP, 2013).......................................................................................................................................... 101 Gráfico 29 – Evolução da capacidade instalada por resposta social no Continente de 2000 a 2012 (GEP, 2013).............................................................................................................................................................. 102 Gráfico 30 – Evolução da capacidade instalada por resposta social no Distrito de Aveiro de 2000 a 2012 (GEP, 2013)................................................................................................................................................... 102 Gráfico 31 – Evolução da taxa de cobertura das respostas sociais por segmento populacional no Continente de 2006 a 2011 (GEP, 2013) ......................................................................................................................... 103 Gráfico 32- Capacidade instalada das Respostas Sociais por distrito em 2012 (GEP 2013)........................ 103 Gráfico 33 - Capacidade das respostas sociais contratualizada por tipologia, por distrito e fase do programa (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) ...................................................................................................... 105 Gráfico 34 - Taxa de execução da capacidade instalada no Distrito de Aveiro, por fase do programa e resposta social, em 2012 (Instituto da Segurança Social, IP, 2013) .............................................................. 106. VI. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(21) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Acrónimos ANAFRE - Associação Nacional de Freguesias ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses ATL - Atividades de Tempos Livres CAO - Centro de Atividades Ocupacionais CAOES - Classificação das Atividades das Organizações da Economia Social CASES - Cooperativa António Sérgio para a Economia Social CATL - Centro de Atividades de Tempos Livres CES - Conselho Económico e Social CIRIEC – Centre International de Recherches et d’Information sur l’Economie Publique, Sociale et Coopérative CLA - Conselhos Locais de Ação Social CNSP - Projeto Comparativo do Setor Não Lucrativo CNIS - Confederação Nacional das Organizações de Solidariedade DRE - Diário da República Eletrónico GEP - Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social HNPI -Handbook on Non-Profit Institutions in the System of National Account das nações Unidas IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional INE -Instituto Nacional de Estatística IPSS- Organizações Particulares de Solidariedade Social ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa ISFL - Organizações sem fim lucrativo ISS, IP - Instituto da Segurança Social, IP ISTR - International Society for Third Setor Research OE - Orçamento de Estado ONCE - Organización Nacional de Ciegos Españoles ONG - Organizações Não Governamentais PAIPS - Programa de Apoio à Iniciativa Privada Social PARES - Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais PIDDAC - Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. VII.

(22) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. PIB – Produto Interno Bruto POPH - Programa Operacional Potencial Humano -Apoio ao Investimento a Respostas Integradas de Apoio Social QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional RSES - Rede de Serviços e Equipamentos Sociais SAD - Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa UDIPSS – União Distrital das Instituições Privadas de Solidariedade Social VAL - Valor Acrescentado Bruto. VIII. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(23) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Abreviaturas Art.º. Artigo. CRP. Constituição da República Portuguesa. cód. Código. DN. Despacho Normativo. n.º. Número. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. IX.

(24) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. X. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(25) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Introdução O terceiro setor tem vindo a ocupar um lugar cada vez mais relevante como ator económico, social e político, providenciando: o bem-estar dos cidadãos e de segmentos mais vulneráveis da população; a defesa de causas; e a representatividade de grupos de cidadãos. É um setor que se distingue dos outros por ser privado e não lucrativo, dedicando-se a causas que não visam o lucro, mas a qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos. A sua identidade é formada pelas organizações que o constituem, como associações, fundações, mutualidades e cooperativas. Em 2010, na Europa dos 27, existiam 2,8 milhões de organizações neste setor, que representavam 7,5% do emprego remunerado (INE & CASES, 2013). Em Portugal, em 2010, este setor era constituído por 55.383 organizações, representando, 2,8% da produção e do Valor Acrescentado Bruto (VAB) nacional (INE & CASES, 2013). É, com efeito, reconhecida vantagem no desenvolvimento de serviços por instituições privadas, em substituição do previsto inicialmente para o Estado, por razões económicas ou de eficácia junto da população alvo e por questões de proximidade. A ação social enquanto atividade ocupa um lugar relevante neste setor, desempenhando um papel crucial na sociedade portuguesa, não só pelo seu papel junto dos segmentos populacionais mais vulneráveis, mas também pelos serviços que presta, que vão muito para além do assistencialismo. É nesse âmbito que surge a RSES (Rede de Serviços e Equipamentos Sociais), em grande parte financiada pelo Estado, procurando disponibilizar respostas sociais e adaptá-las da melhor forma às realidades das comunidades locais. Esta rede tem vindo a ser desenvolvida em parceria com as organizações do setor, como as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), misericórdias, cooperativas, e com as forças vivas locais, sejam estas instituições públicas ou privadas. É precisamente neste enquadramento que os programas de investimento assumem especial relevo, pois é graças a eles que a RSES tem configuração e abrangência atual. O Programa PARES, lançado, na sua primeira fase, em 2006, é o maior programa deste género. Tratase de um programa de investimento bastante ambicioso e abrangente, tanto a nível territorial como social. Abrangente a nível territorial, por cobrir todo o território continental, com o intuito de colmatar assimetrias e aumentar as taxas de cobertura nacionais das respostas sociais. Abrangente a nível social, por abarcar quase todos os segmentos da população: infância e juventude, população idosa e população portadora de deficiência. Este programa tem também um forte impacto ao nível do desenvolvimento local, através do seu financiamento a fundo perdido, incentivo ao investimento privado, fomento de parcerias e criação de novos postos de trabalho. Foi uma aposta clara do governo de então, com um investimento dito público previsto de cerca de 220 milhões de euros e uma aposta inequívoca na pretensão do estímulo ao financiamento privado. Atendendo às suas linhas orientadoras, objetivos, montantes financeiros envolvidos e o seu público-alvo, perspetivava-se com a sua implementação a redefinição da RSES ao nível nacional, o que teria inevitavelmente impacto no sistema de ação social existente e, por consequência, no terceiro setor e nas comunidades locais. É nesta perspetiva que se desenvolve este trabalho, cuja questão de investigação central é: O impacto do Programa PARES na RSES, tendo sido estudado o caso do Distrito de Aveiro.. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. 1.

(26) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Este trabalho organiza-se da seguinte forma: o primeiro capítulo aborda a forma como surgiu o terceiro setor, conceito e desenvolvimento ao nível internacional, bem como a caracterização das organizações que o constituem, suas principais vantagens e desvantagens. Neste capítulo faz-se a caracterização do terceiro setor português, abordando o seu desenvolvimento, as suas organizações, a sua relação com o Estado e a sua caracterização quantitativa. O segundo capítulo divide-se em dois segmentos: no primeiro, descreve-se a RSES, com os seus principais conceitos e características, nomeadamente organizações, respostas sociais, financiamento e caracterização quantitativa. No segundo segmento descrevem-se, de forma sucinta, alguns dos programas investimento em equipamentos sociais, patrocinados pelo Estado português nos últimos anos. No terceiro capítulo descreve-se o programa de investimento PARES, suas características, normas de seriação de projetos e sua implementação a nível nacional. No quarto capítulo apresenta-se a metodologia de investigação, seu âmbito e universo. No quinto capítulo apresenta-se a análise dos resultados por dimensões, categorias e subcategorias, resultantes da análise das fontes secundárias e das entrevistas efetuadas. No último capítulo são apresentadas as conclusões, com as considerações finais, limitações do estudo e sugestões de investigação futura.. 2. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(27) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. 1 O terceiro setor 1.1 Conceito Numa primeira abordagem e, pesquisando o conceito de terceiro setor, percebe-se que este se carateriza por iniciativas privadas de utilidade pública e bem-estar social, que procuram dar resposta à sociedade, tendo como finalidade principal o bem público, complementando muitas vezes o Estado Social. O terceiro setor é constituído por instituições/organizações que não se enquadram nem no primeiro setor, o público (governamental), nem no segundo setor, o privado (mercantilista). Este setor tem como principais áreas de intervenção: serviços sociais, cultura, educação, saúde, habitação, ambiente, defesa de causas e representação dos cidadãos. Ao nível da terminologia, não há consenso quanto à expressão utilizada para designar o terceiro setor. Constata-se da bibliografia consultada, que muitas vezes são utilizados termos como: economia social, economia solidária, setor não lucrativo, economia alternativa, organizações não lucrativas ou organizações não governamentais. A utilização do termo ‘setor não lucrativo', embora muito frequente, não é a mais adequada, pois, o primeiro setor também se carateriza por ser não lucrativo. A nível internacional são utilizadas as expressões: nonprofit organizations or institutions, social and/or solidarity economy, nongovernmental organizations, third sector, third system, alternative economy, non lucrative organizations e economie sociale (Ferreira, 2009; Franco, Sokolowski, Hairel & Salomon, 2005; Pestoff & Brandsen, 2010). O conceito utilizado não é, assim, consensual, nem a nível mundial nem a nível europeu, não sendo também consensual o tipo de organizações que o constituem ou integram. Certo é que tem sido definido mais pela exclusão do que pela inclusão. Ou seja, o terceiro setor surge em função do que o setor de mercado e ou público oferecem (ou não) aos cidadãos enquanto sociedade de bem-estar e pluralismo. Os estados não oferecem ou disponibilizam determinados serviços ou respostas, por questões de ordem financeira ou política, ou porque não está no seu âmbito de abrangência e atuação. O mercado não disponibiliza ou não oferece por questões de rentabilidade ou por não estar no âmbito de abrangência ou por necessidade filantrópica. A definição de terceiro sector depende, assim, do contexto histórico, social, político e da existência ou não do Estado Social e da sua abrangência, distinguindo-se, claramente, duas correntes: a dos Estados Unidos da América (EUA) e a da Europa Continental. A principal diferença está na inclusão das fundações e mutualidades na Europa, em oposição aos EUA. Na Europa Continental tem-se utilizado mais a terminologia de Economia Social, muito devido à inclusão de organizações que podem ter fins lucrativos, sendo que no Relatório “The Social Economy in the European Union”, a Economia Social é definida como:. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. 3.

(28) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. “Conjunto de empresas privadas, organizadas formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de adesão, criadas para satisfazer as necessidades dos seus membros através do mercado, produzindo bens e serviços, assegurando o financiamento, onde o processo de tomada de decisão e distribuição de benefícios ou excedentes pelos membros não estão diretamente ligados ao capital ou quotizações de cada um, correspondendo a cada membro um voto. A Economia Social agrupa também as entidades privadas organizadas formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de adesão, que produzem serviços não mercantis para as famílias e cujos excedentes, quando existem, não podem ser apropriados pelos agentes económicos que os criam, controlam ou financiam.” (Campos & Ávila, 2012, p. 22). Nesta dissertação, o terceiro setor é entendido como o conjunto de organizações (fundações, cooperativas, associações ou mutualidades) que se ocupam da representatividade e/ou bem-estar dos cidadãos, não tendo como objetivo principal o lucro, mas sim a satisfação da população, servindo os membros associados, a população civil ou os utilizadores dos seus serviços.. 1.2 Desenvolvimento do terceiro setor O termo ‘terceiro setor’ é utilizado pela primeira vez por Theodor Levitt (1973) nos EUA, para descrever a grande variedade de iniciativas e organizações situadas entre o primeiro setor (o Estado) e o segundo setor (o mercado) (Ferreira, 2009; Kramer, 2000). As organizações do terceiro setor eram caraterizadas por oferecerem serviços que o mercado ou o Estado não ofereciam, de todo ou de forma suficiente (Ferreira, 2009). Mais tarde, a terminologia foi adotada na Europa, integrando atualmente o léxico português. Ainda que a terminologia tenha surgido da década de 70 do século passado, a verdade é que este setor existe há já muito tempo na nossa sociedade, tendo sido desenvolvido em função das tradições e culturas dos vários países e tomando por base as organizações já existentes, como organizações de caridade, fundações e associações de voluntariado (Defourny & Pestoff, 2008; Evers & Lalille, 2004). Na realidade, o terceiro setor e o estado de bem-estar social estão intimamente ligados na Europa, sendo que o primeiro deu, de certa forma, origem ao segundo, passando, a determinada altura, alguns serviços públicos prestados pelas suas organizações para a esfera do Estado. É o caso de organizações como as mutualidades e as cooperativas, cuja existência remonta ao século XIX na Europa, e que tiveram, mais tarde, um papel importantíssimo no desenvolvimento do Estado Social, fazendo, atualmente, parte do setor privado (Defourny & Pestoff, 2008; Evers & Lalille, 2004). Defourny & Pestoff, (2008) apontam essencialmente quatro razões para o desenvolvimento do terceiro setor: a primeira, a necessidade de filantropia; a segunda, o compromisso cívico relacionado com os objetivos de promoção de igualdade e democracia; a terceira, o princípio de subsidiariedade, em iniciativas relacionadas com a igreja; e a quarta, o cooperativismo, normalmente envolvendo o trabalho voluntariado, influenciado pela corrente religiosa ou pela necessidade de promover a participação cívica e democrática. Autores como Ralph Kramer (2000), referem a existência de razões de ordem política e ideológica para o aparecimento do terceiro setor, nomeadamente a necessidade de pôr um. 4. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(29) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. travão à expansão do Estado de Previdência, sendo visto como alternativa de aumento de bem-estar com maior participação dos cidadãos (Kramer, 2000). A partir da década 70 assiste-se ao proliferar do trabalho de voluntariado, surgindo muitas associações representativas dos cidadãos e não governamentais. Esta tendência mantém-se na década de 80, tendo como consequência a proliferação de organizações do terceiro setor (Ferreira, 2009; Kramer, 2000; Laville et al., 2000). No entanto, e à semelhança do que aconteceu nos EUA, também nas últimas duas décadas e meia do século XX, o terceiro setor surge revitalizado na Europa, tentando responder aos novos desafios da sociedade, pois, muitos dos novos serviços surgiram na sequência da necessidades representativas dos cidadãos e/ou defesa de causas, ou combate à exclusão social, ou necessidade de desenvolvimento local em regiões periféricas (Defourny & Pestoff, 2008, Evers & Lalille, 2004). Verificou-se, assim, a alteração de paradigma daquela que seria a tradição europeia, estando as “novas” organizações mais voltadas para o serviço aos seus membros do que as tradicionais, que estavam voltadas para prestar serviços a terceiros, como caridade, por exemplo (Defourny & Pestoff, 2008). Na Europa estuda-se a Economia Social, descrevendo-a como alternativa ao estudo do terceiro setor nos EUA, centrando-se nos direitos de propriedade e inclusão de cooperativas e de mutualidades, em oposição à observação do setor não lucrativo ou lucratividade do terceiro setor que exclui estas organizações (Evers & Lalille, 2004; Ferreira, 2009). Evers & Lalille, (2004, p. 13) defendem que as fronteiras para o terceiro setor na Europa devem ser definidas “entre organizações capitalistas e organizações da economia social, estas últimas centradas na geração de riqueza coletiva em vez de rendimento a um investimento individual (…)”. De facto “é difícil demarcar claramente a fronteira onde o setor Estado e organizações do terceiro setor operam para o bem público como parte do sistema de garantia de serviços de bem-estar, que está fortemente enraizado numa sociedade civil local” (Evers & Lalille, 2004, p. 14). O espaço do terceiro setor situar-se-á num espaço intermédio entre o mercado, o Estado, o espaço político e as comunidades, sem que estas fronteiras estejam bem delimitadas, encontrando-se eventualmente zonas de sobreposição (Evers & Lalille, 2004). A caraterização do terceiro setor, assim como das instituições/organizações que o integram, está diretamente ligada à constituição e modus operandis dos Estados em matérias de abrangência das políticas sociais, nomeadamente, da abrangência do Estado Social. Verifica-se uma relação inversa: mais Estado social, menos terceiro setor; menos Estado Social, mais terceiro setor. Com efeito, nos países em que o Estado Social é menor, por exemplo na área da saúde, surgem mais organizações no terceiro setor com esta missão. Desde os anos 90 o terceiro setor tem vindo a ganhar importância e visibilidade, sendo visto como um ator económico e político. Ator económico porque é capaz de gerar riqueza, emprego e satisfazer as necessidades dos seus clientes. Ator político porque promove cidadania e a participação da sociedade civil, desempenhando um papel importante na governação enquanto parceiro do Estado (Ferreira, 2009; Kramer, 2000; CIRIEC, 2012). Na realidade, “tem vindo a aumentar a complexidade da relação entre políticas públicas, autoridades estatais e os atores dentro do terceiro setor, o que resulta numa ampla e estável área de serviços de bem-estar com arranjos muitas vezes compartilhados e complementares para a prestação de serviços entre os setores” (Evers & Lalille, 2004, p. 14). Com efeito, a partir da década de 90 assiste-se ao surgimento e disseminação de acordos/pactos entre os. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. 5.

(30) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. governos e os representantes do terceiro setor, um pouco por todos os países da Europa e também no Canadá (Ferreira, 2009). Constata-se, nos últimos anos, a existência de maior financiamento por parte dos Estados às organizações do terceiro setor com o intuito de desenvolverem determinadas resposta sociais, o que se tem revelado numa maior profissionalização do setor (Defourny & Pestoff, 2008). A colaboração entre o Estado e o terceiro setor é considerada de grande importância atualmente, tendo o Estado e os políticos (independentemente do seu alinhamento político) defendido e apoiado o seu desenvolvimento, como uma solução para os problemas do estado social atual (Pestoff & Brandsen, 2010). Este apoio deve-se essencialmente a quatro razões: a primeira é o facto de estar separado do Estado e fornecer serviços públicos, ou que mais ninguém desenvolve; a segunda é a atual situação demográfica da Europa, caracterizada por uma população envelhecida; a terceira, a crónica crise do deficit do Estado; e a última “os decifit democráticos aos vários níveis, local, regional, nacional e europeu” (Pestoff & Brandsen, 2010, p 224). Esta colaboração é antiga na Europa, remontando ao século XIX, quando o Estado ainda não fornecia serviços sociais e estes eram fornecidos por este setor (Pestoff & Brandsen, 2010). Com a evolução do terceiro setor verificou-se uma alteração nas razões políticas e sociais que deram origem a grande parte das organizações deste setor, verificando-se que a sociedade se organiza atualmente em função das causas que defende, isto é, em função dos seus interesses particulares, dando origem a novas formas de organização, em contraposição com as originais, organizadas em função das classes sociais (Evers & Lalille, 2004). É na década de 90 que se verifica a consolidação do terceiro setor, como pode ser comprovado através dos inúmeros trabalhos científicos publicados sobre o tema, a realização de inúmeras conferências, o desenvolvimento de centros de pesquisa, e a criação de associações nacionais e internacionais de investigadores (Defourny & Pestoff, 2008; Ferreira, 2009). É disso exemplo a International Society for Third Sector Research (ISTR) com a publicação periódica da sua revista Voluntas (Ferreira, 2009). Em 1995, surge nos EUA, o Projeto Comparativo do Setor Não Lucrativo (CNSP) desenvolvido pela Universidade John Hopkins. Inicialmente focado apenas na perspetiva americana, disseminou-se a nível mundial abrangendo, em 2012, cerca de 40 países, incluindo muitos europeus. Este projeto carateriza-se pela sua definição focada nas caraterísticas das organizações que integram o setor sem fins lucrativos, a saber: “formais, autogovernadas, privadas, não lucrativas e voluntárias, classificadas em função das áreas de atividade” (Salomon et al., 2012, p.3). Ao nível da Europa continental realce-se o papel do Centre International de Recherches et d’Information sur l’Economie Publique, Sociale et Coopérative (CIRIEC) que estuda o terceiro setor utilizando a terminologia e conceito europeus (CIRIEC, 2012). Tem um papel determinante no desenho da conta satélite1 da economia social para o Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais em complemento com a conta satélite das 1 “As Contas Satélite das Contas Nacionais têm como ponto de partida conceptual os conceitos e métodos das Contas Nacionais, definidas no Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais (SEC 95). (…) As Contas Satélite constituem extensões e maior detalhe das Contas Nacionais, o que facilita a interpretação dos seus resultados. No entanto, como se destinam a ampliar a capacidade de observação de fenómenos particulares, podem divergir parcialmente dos conceitos e métodos de Contas Nacionais”. Link: http://www.ine.pt, acedido em 19-01-2013.. 6. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(31) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. Nações Unidas, permitindo a avaliação comparativa do setor a nível europeu e internacional (Ferreira, 2009; CIRIEC, 2012). Os estudos realizados por organizações como o CIRIEC, o ISTR e o CNSP, com classificação por indicadores, como o número de trabalhadores (remunerados ou voluntários), receitas e fontes de financiamento, caraterização e tipificação das organizações, são de extrema importância, pois permitem avaliar a abrangência e a dimensão do setor ao nível económico e político, possibilitando a avaliação do seu impacto na economia, no emprego e no bem-estar social, tanto a nível nacional, como internacional, possibilitando ainda a análise comparativa do terceiro setor em diversos países (Pestoff & Brandsen, 2010).. 1.3 Organizações do terceiro setor O terceiro setor é definido em função das organizações que o constituem. Estas são caraterizadas por serem organizações que se ocupam do bem-estar social, terem em consideração as necessidades dos cidadãos e por serem representativas de comunidades, setores da sociedade ou de ideologias. São organizações que perseguem objetivos sociais embora não sejam públicas, e não têm fins lucrativos embora sejam privadas. Esta última caraterística tem como vantagem a independência face ao funcionamento do mercado, uma vez que não são obrigadas a distribuir os lucros pelos acionistas (Salomon et al., 2012). O trabalho destas organizações é monitorizado e avaliado pelos membros, utilizadores dos seus serviços, pela comunidade local, ou por quem as financia, como o Estado, por exemplo, em determinadas situações. As organizações do terceiro setor distinguem-se pela proximidade às comunidades locais e por terem liberdade na seleção dos seus clientes/utentes com base em critérios explícitos compatíveis com a sua missão e público alvo, como sejam de residência, etnia, religião, etc.. Ao contrário do Estado, que tende a utilizar critérios universalistas, com base na equidade, eficiência e justiça, os critérios de seleção das organizações do terceiro setor são flexíveis (Hespanha, Monteiro, Ferreira, Rodrigues, Nunes et al., 2000). Segundo a corrente europeia, que inclui as fundações e mutualidades, os princípios que regem estas organizações são: “A primazia do individuo e o objetivo social sobre o capital, adesão livre e voluntária, controlo democrático sobre os seus membros (excecionando-se aqui as fundações, que não são constituídas por membros), combinação de interesses dos membros/utilizadores e/ou coletividade em geral, defesa e da aplicação do princípio da solidariedade e da responsabilidade, autonomia de gestão e independência dos poderes públicos, utilização da maior parte dos excedentes para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, serviços de interesse para seus membros ou da coletividade em geral.” (CIRIEC, 2012, p. 19). São exemplo de organizações do terceiro setor: associações artísticas, fundações, IPSS, associações mutualistas, organizações religiosas, organizações sindicais, associações profissionais, associações culturais, organizações voluntárias, cooperativas agrícolas e habitacionais, entre outras. O financiamento destas organizações provém de quotizações, doações de privados, financiamento público e auto financiamento. Na Europa, observa-se ainda um fenómeno interessante, que é o financiamento das organizações do terceiro setor através de jogos. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. 7.

(32) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. como a lotaria, do qual é exemplo o caso espanhol, onde “a fundação ONCE2, é o maior empregador do terceiro setor espanhol” (Defourny & Pestoff, 2008, p. 5) As organizações podem dividir-se em dois grandes grupos em função dos interesses que servem: as que zelam pelos interesses dos seus associados e as que zelam por interesses de terceiros. Enquadram-se no primeiro grupo, as associações profissionais e sindicais e, no segundo, as IPSS e as organizações voluntárias. São consideradas organizações do terceiro setor, segundo as definições do Projeto Comparativo do Setor Não Lucrativo (CNSP) desenvolvido pela Universidade John Hopkins, que tem por base a perspetiva americana (organizações sem fins lucrativos), as organizações que reúnem em simultâneo as seguintes caraterísticas (Franco, 2005; INE, 2011; Salomon et al., 2012): •. Estar organizada – “tem alguma forma de organização, ou seja, apresentam uma estrutura mínima de organização interna (objetivos, hierarquia e atividade)” (INE, 2011, p. 23). O que significa que a organização pode ou não estar formalmente constituída (pode ou não estar registada). Caso não esteja formalmente constituída, tem que evidenciar atividades regulares, como reuniões regulares, regras de procedimento, ou algum grau de regularidade organizacional.. •. Privada - são organizações privadas, que “não visam o lucro e não distribuem os excedentes gerados na atividade” (INE, 2011, p. 23), estando institucionalmente separadas do Estado.. •. Sem fins lucrativos - qualquer excedente gerado pela organização não pode ser distribuído pelos seus proprietários, diretores, ou membros, tendo de ser reinvestido na organização.. •. Autonomia de gestão - a organização é responsável por controlar as suas próprias atividades e órgãos de gestão. Tem os seus próprios procedimentos internos de governança e não é controlada por entidades externas.. •. Liberdade de adesão - legalmente os seus membros não são obrigados a participar com tempo ou dinheiro. A participação dos seus membros não é imposta por lei ou indispensável para o exercício dos direitos de cidadania.. A nível europeu, com a sua corrente de inclusão das mutualidades e fundações no setor, o CIRIEC (2012, p. 23) redefine a característica sem fins lucrativos, referindo que “qualquer distribuição de lucros ou excedentes entre os seus membros, caso surjam, não é proporcional ao capital ou às taxas dos seus contributos, mas às suas atividades ou transações com a organização” e acrescenta mais duas características: organizações dedicadas às pessoas e democráticas e de utilidade social. •. Organizações dedicadas às pessoas - embora “trabalhem com capital e outros recursos não monetários, não trabalham para o capital” (CIRIEC, 2012, p. 23). O. 2 ONCE (Organización Nacional de Ciegos Españoles) “é uma organização não governamental de solidariedade social e sem fins lucrativos espanhola”, cujo objectivo “é melhorar a qualidade de vida dos cegos e deficientes visuais de Espanha.” Sendo o seu financiamento angariado através de verbas do jogo, como a lotaria, sendo muito popular, o conhecido “Cupón da ONCE, uma lotaria que além do financiamento ajuda a empregar bastantes pessoas nela filiadas.” link http://pt.wikipedia.org/wiki/ONCE acedido em 2002-2013. 8. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

(33) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. seu principal propósito enquanto atividade económica são as necessidades dos cidadãos e das famílias. •. Democráticas e de utilidade social - as tomadas de decisão são efetuadas de forma participativa e democrática (normalmente um membro um voto), independentemente da percentagem de capital ou taxa contribuição. À exceção de algumas organizações que prestam serviços às famílias, todas se organizam de forma democrática.. Apesar das características das organizações variarem de país para país, em função da sua cultura, história e quadro legislativo, há algumas características em comum. A tabela seguinte, construída com base na bibliografia consultada, nomeadamente CIRIEC (2012) e Ferreira (2000), faz uma breve síntese comparativa da tipologia das organizações que caracterizam o terceiro setor na Europa. Caraterização. Associações. Mutualidades. Cooperativas. Função e âmbito. Podem servir os seus membros ou/e a comunidade alargada. Servem os seus membros. Satisfazem as necessidades dos seus membros. Diligenciam no sentido de realizar lucros nas atividades que estão no mercado.. Produtos e Serviços. Bens e serviços não mercantis (em regra). Bens e serviços não mercantis (em regra). Bens e serviços. Financiamento. Quotizações, financiamento público ou donativos. Quotizações periódicas. Distribuição de lucros. Nunca são distribuídos aos membros. São reinvestidos nos objetivos das associações.. É constituída reserva ou permitida redução das quotizações ou aumento dos benefícios. Ação social, saúde e apoio à família. Serviços de saúde, serviços sociais e seguros sociais. Normalmente como complemento das prestações sociais (ex. seguros de vida e doença). Áreas de atividade. Os membros subscrevem parte do capital ou fazem contribuições periódicas e, caso saiam, podem recuperar os montantes entregues Podem ser parcialmente distribuídos. São entregues aos membros que podem constituir reservas para melhorar os serviços e desenvolver a atividade. Quase todas as áreas. Podem ser organizações financeiras ou não financeiras. Exemplo: cooperativas de habitação ou agrícolas.. Tabela: 1 Comparação das organizações do terceiro setor. Refira-se ainda as fundações que surgem como organizações de responsabilidade coletiva com funções sociais, sequência das necessidades filantrópicas de alguns indivíduos ou grandes grupos empresariais (Defourny & Pestoff, 2008).. 1.4 Vantagens e desvantagens do terceiro setor Depois de apresentadas a terminologia, o desenvolvimento e as organizações do terceiro setor, importa refletir sobre as suas vantagens e desvantagens.. Sílvia Saraiva Carvalho Martins. 9.

(34) O impacto do Programa PARES na Rede de Serviços e Equipamentos Sociais. O terceiro setor apresenta essencialmente quatro vantagens: diminuição de custos, proximidade, criação de relações e redes de confiança e capacidade de inovação. 1. A diminuição de custos está relacionada fundamentalmente com três fatores. O primeiro é a possibilidade de combinar trabalho de voluntariado com trabalho remunerado. O segundo relaciona-se com o facto de o financiamento ser obtido através da comparticipação do Estado, pelo próprio ou através de donativos, o que resulta num preço mais baixo para o utilizador final. O terceiro está relacionado com o facto do pagamento de o serviço ser efetuado pelo próprio ou por familiares, em função dos rendimentos (quando existe acordo com Estado para assegurar o serviço) (Almeida, 2010; Metelo, Mateus, Gonçalves, Nogueira, Guterres & Nicola, 2010; Hespanha et al., 2000). A diminuição dos custos leva, assim, a que o preço dos serviços seja mais baixo, permitindo o acesso a indivíduos com menores rendimentos (Almeida, 2010). 2. A proximidade das organizações do terceiro setor permite dar uma resposta melhor e mais eficaz do que as organizações públicas, muitas vezes demasiado burocráticas e centralizadas. Como estas organizações estão integradas na comunidade e conhecem o meio, podem desenvolver respostas diferenciadas em função das necessidades do meio onde estão inseridas, podendo envolver a participação dos cidadãos. (Almeida, 2010). 3. A criação de relações e redes de confiança deve-se a três fatores. Um prende-se com as caraterísticas dos bens não transacionáveis, oferecidos pelas organizações do terceiro setor, que têm um caráter relacional, isto é, o seu valor depende da relação de confiança entre fornecedor e consumidor. O outro está ligado com a proximidade e a capacidade de criar parcerias com os atores locais, sejam públicos ou privados, contribuindo para a coesão social local. O último está relacionado com o facto de as organizações não terem fins lucrativos e restringirem a distribuição dos lucros, ficando, deste modo, os dirigentes e os trabalhadores mais focados na missão da organização, promovendo relações de confiança, desincentivando comportamentos oportunistas e criação de capital social (Almeida, 2010). 4. A capacidade de inovação é explicada por vários fatores. Um está relacionado com o facto de as organizações do terceiro setor serem de produção intensiva, o que as “torna mais flexíveis e aptas para a mudança” (Almeida, 2010, p.145). Outro fator relaciona-se com a sua natureza participativa, dado que tanto os trabalhadores como os clientes participam nos processos de tomada de decisão, estando todos envolvidos na missão. O último fator tem a ver com a suposta experiência dos seus dirigentes, que, através do seu envolvimento na instituição, estão vocacionados para encontrar novas formas de intervenção e novos produtos. Constata-se que, ao contrário do que seria expectável por se tratarem de organizações sem fins lucrativos, as organizações do terceiro setor conseguem ser bastante inovadoras, sendo capazes de desenvolver “novos produtos (…), novos métodos de organização da produção, novos fatores produtivos, novas relações de mercado e novas formas de empresa” (Almeida, 2010, p.145). De acordo com Almeida (2010), o terceiro setor apresenta quatro desvantagens: baixos custos, risco de comportamentos oportunistas, a não existência de universalidade na aceitação dos clientes e a falta de capacidade de inovação.. 10. Sílvia Saraiva Carvalho Martins.

Referências

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