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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Relatório final

Mestrado Integrado em Medicina

Faculdade de Ciências Médicas

Nova Medical School, Lisboa

ESTÁGIO

PROFISSIONALIZANTE

Gil Silva Santos / 2013188

Orientador: Prof. Doutor Bruno Heleno

Regente: Prof. Doutor Rui Maio

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"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." José Saramago

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Agradecimentos

Agradeço à Faculdade de Ciências Médicas, aos professores e aos tutores pela dedicação ao ensino da medicina. Agradeço ao Prof. Doutor Bruno Heleno pela orientação neste relatório. Agradeço aos doentes pelos ensinamentos e colaboração. Agradeço à Família, Amigos e à Ana pelo constante apoio.

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ÍNDICE

Epígrafe Agradecimentos 1. Introdução ... p. 5 2. Objetivos ... p. 5 3. Corpo de trabalho ... p. 6 3.1 Estágios

Medicina Geral e Familiar ...

.

... p. 6 Pediatria ... p. 6 Ginecologia e Obstetrícia ...p. 7 Psiquiatria ... p. 8 Medicina Interna ...

.

...

.

... p. 8 Cirurgia Geral ... p. 9 Unidade curricular opcional – Trauma ... p. 9 3.2 Elementos Valorativos

Curso A.T.L.S. ... p. 10 Equipa Andebol NOVA ... p. 10 Comissão organização iMed 9.0 ... p. 10 4. Análise critica ...

..

... p. 11 5. Anexos ...p. 13 6. Bibliografia ... p. 22

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1. INTRODUÇÃO

O sexto ano é diferente de todos os outros anos que compõem o Mestrado Integrado em Medicina. Por ser aquele que mais perto se encontra de uma vida profissional, que até então parecia distante, é acompanhado de uma sensação de responsabilidade e consequentemente um receio de não corresponder. A forma como o ano é organizado procura minimizar esse receio, permitindo desenvolver uma grande diversidade de competências teóricas, práticas e relacionais que são a componente basilar de um bom profissional em Ciências Médicas.

Este ano está dividido em seis estágios obrigatórios mais uma disciplina opcional. São eles Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia, Saúde Mental, Medicina Interna e Cirurgia Geral (todos eles com uma duração entre quatro e oito semanas), tendo escolhido a Unidade Curricular de Trauma como opcional. Foram realizados na USF Fernão Ferro mais, Hospital D. Estefânia, Hospital Fernando Fonseca, Hospital Egas Moniz, Hospital Beatriz Ângelo e Hospital de S. José. (v. anexo A1)

No corpo do trabalho deste relatório, procurarei fazer uma descrição sucinta dos estágios que fiz, com especial foco nas valências que explorei, nas patologias mais prevalentes em cada um destes locais e também nas características socioeconómicas e culturais dos doentes. Abordarei ainda um pouco daquilo que foi o percurso universitário que me trouxe à escrita do presente relatório.

Por último, farei uma análise critica aquilo que se passou este ano, aos olhos do que são os objetivos gerais do estágio profissionalizante, dos objetivos de um estudante de medicina, mas também aqueles que foram os objetivos por mim delineados no início do ano.

Este relatório será mais do que um registo sumário dos últimos 284 dias do meu curso. Mais do que apresentar uma lista de objetivos cumpridos, procurarei, mais do que ver, reparar. Reparar no conhecimento que adquiri, reparar nos espaços onde estagiei e reparar nas pessoas que pela sua necessidade ou por razões da medicina me encontraram no outro lado da secretária.

2. OBJETIVOS

No final do século XX, um projeto denominado Medical School Objectives Project (MSOP) juntou vários médicos na tentativa de atingir um consenso acerca de quais seriam os objetivos de aprendizagem para estudantes de medicina, que poderiam servir como um guia para a criação de planos pedagógicos de faculdades de medicina1. Da mesma forma, o documento denominado o licenciado médico em Portugal (que contou com a colaboração da totalidade das escolas médicas Portuguesas) procurou também fazer esta definição. Da análise de ambos os documentos, juntamente com a das fichas das unidades curriculares é possível definir que o aluno, no final destes 6 anos tenha as seguintes características: (i) seja altruísta; (ii) tenha um vasto conhecimento do normal funcionamento do ser humano bem como das patologias em que este pode incorrer; (iii) tenha um comportamento profissional em todos os momentos da sua prática; (iv)

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seja capaz de ajudar aqueles que a si recorrem, quer através da aptidão clinica, quer através da realização de procedimentos; (v) seja capaz de trabalhar em equipa e comunicar com os diversos profissionais de saúde; (vi) ter noção das suas limitações e vontade de aperfeiçoar as suas valências de modo a servir a comunidade ao seu cuidado; (vii) Valorizar a medicina baseada na evidência promovendo a saúde das populações. 1;2;3

A estes objetivos gerais, resta-me acrescentar como objetivos pessoais: (i) perceber em que área da medicina as minhas qualidades poderão trazer um maior benefício; (ii) melhorar a comunicação, tanto com os doentes, como com os seus familiares e outros profissionais de saúde; (iii) ser capaz de delinear um plano de tratamento completo e individualizado para doentes com patologias diversas, quer durante o internamento, quer no período pós alta; (iv) trabalhar a autonomia em todos os momentos do ato médico; (v) Conseguir estabelecer uma ponte entre os conhecimentos obtidos nos estágios e a preparação para a prova nacional de acesso, que tem um papel central no sexto ano de todos os estudantes de medicina.

3. CORPO DE TRABALHO

3.1. ESTÁGIOS

Medicina Geral e Familiar

O estágio de MGF teve a duração de 4 semanas e realizou-se na Unidade de saúde familiar Fernão Ferro +. Teve como tutora a Drª. Ana Campos.

Através da participação na Consulta Aberta, nas consultas de Vigilância de Saúde (nas suas múltiplas vertentes: Planeamento Familiar; Saúde Materna; Saúde infantil; Saúde de Adultos; Diabetes e Hipertensão) e nas consultas de enfermagem (realização de pensos, realização de suturas e remoção de pontos, vacinas) tive a oportunidade assistir a mais de 150 consultas, observando patologia muito diversa, num intervalo de idades compreendido entre os 2 meses e os 94 anos.

Ressalvo como patologias mais prevalentes a hipertensão sem complicações e a diabetes não insulino-dependente, destacando também um grande número de consultas para rastreios oncológicos.

Esta é uma unidade localizada a cerca de 25 km’s do centro de lisboa, apresentando, assim, uma população de doentes que em tudo varia daquela que encontrei nos outros locais onde estagiei anteriormente. Aqui encontrei diferenças culturais, sociais e económicas que acabam por ter um papel muito vincado, tanto no acesso à terapêutica e adesão a alterações ao estilo de vida, como também na própria relação com a família e a doença.

Pediatria

O estágio de Pediatria teve a duração de 4 semanas e realizou-se no Hospital D. Estefânia, tendo como Tutora a Drª. Sara Nóbrega. Foi passado maioritariamente na unidade de cuidados extremos de nutrição e respiração (UCERN), nas consultas de gastrenterologia e no serviço de urgência. Contou também com uma passagem

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na consulta de imunoalergologia e um workshop de urgências pediátricas, onde foram simuladas várias situações de urgências médicas.

Diariamente foi possível acompanhar diversos doentes que, pela complexidade da sua situação clínica, se encontravam hospitalizados por longos períodos. Este contacto diário e prolongado permitiu que fosse desenvolvida uma boa relação médico / doente / familiar de doente, tornando-se, contudo, um desafio no momento de garantir que, pela repetição da avaliação clínica, esta não se tornava um processo menos minucioso e atento.

Pela subespecialização da tutora em gastrenterologia, foi possível assistir a uma grande quantidade de procedimentos, como colonoscopias e endoscopias, e também consultas de patologias especificas desta área, como colite ulcerosa, litíase biliar, estenose cáustica do esófago, etc.

O fato do hospital Dona Estefânia se tratar de um hospital de referência da especialidade, permitiu-me ter contato com patologia mais diversa e mais complexa, sendo importante para perceber como se interligam as diferentes subespecialidades da pediatria. Gostaria também de destacar as reuniões multidisciplinares realizadas diariamente, como importantes momentos de aprendizagem.

Ginecologia e Obstetrícia

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia teve a duração de 4 semanas e realizou-se no Hospital Fernando Fonseca. Teve como Tutoras a Drª. Elsa Landim e a Drª. Teresa Costa.

Foi um estágio que considero ter sido extremamente completo, tendo me sido permitido explorar quase todas as valências desta especialidade tão abrangente. Incluiu passagens pelo internamento de Ginecologia e obstetrícia, pelas consultas, serviço de urgência, sala de partos, bloco operatório, sala de ecografias e colposcopias.

Para além da componente observacional muito variada, foi possível participar ativamente em diversas técnicas, como cesarianas, ecografias, pesquisa de foco fetal, colocação de dispositivos intrauterinos e conizações de colo uterino.

Marquei também presença num workshop de técnicas de cirurgia laparoscópica e assisti ao congresso “5º ABC de Imunologia para Médicos – Imunologia na grávida.” (v. anexo B1).

O Hospital Fernando Fonseca presta cuidados a uma população com um nível socioeconómico mais baixo que outros centros hospitalares apresentando, assim, uma população com menos educação para a saúde, incluído também um grande número de imigrantes. Este fato representou um desafio, tanto ao nível da comunicação como ao nível das expectativas que estes doentes apresentam quando recorrem ao hospital.

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Saúde Mental

O estágio de Saúde Mental teve a duração de 4 semanas e realizou-se no Hospital Fernando Fonseca, mais precisamente no hospital de dia. Teve como tutor o Dr. João Melo.

O hospital de dia de psiquiatria é um serviço especializado, em regime ambulatório que se diferencia de todos os outros, uma vez que presta assistência a doentes que exigem um plano terapêutico individualizado, intensivo e multidisciplinar, que compreenda não só o tratamento psicofarmacológico, mas sobretudo o tratamento e o acompanhamento psicoterapêutico e de reabilitação social e ocupacional.

Neste sentido, o hospital de dia, permitiu-me acompanhar os doentes numa variedade enorme de atividades como treino de competências do lar, grupos psicoterapêuticos ou exercício físico, que promovem a autonomia e integração social dos doentes bem como um sentido de responsabilidade que será fundamental na sua vida pós-alta.

Foi também possível marcar presença em várias reuniões com as equipas comunitárias, que me permitiram entender a importância de um seguimento individualizado e de qualidade, para garantir uma adesão às consultas e à terapêutica por parte dos doentes psiquiátricos. Tive ainda hipótese de observar entrevistas clínicas, com foco maioritário na gestão da medicação e de efeitos secundários desta.

Como patologias mais prevalentes destaco esquizofrenia, perturbação afetiva bipolar e perturbação de personalidade do cluster B.

Medicina Interna

O estágio de Medicina Interna teve a duração de 8 semanas e realizou-se no Hospital Egas Moniz, tendo sido maioritariamente passado no serviço de medicina 1ª e no serviço de urgência do hospital São Francisco Xavier. Foi tutorado pelo Dr. João Pereira.

Ao longo das oito semanas foi-me atribuído, diariamente, 1 a 3 doentes, sobre os quais, com a autonomia prevista na UC, realizei a anamnese e exame objetivo, leitura e registo de intercorrências, pedido de exames complementares de diagnóstico e avaliações analíticas, participando ativamente no processo de discussão do diagnóstico diferencial e gestão do doente. Elaborei diários clínicos, notas de entrada, de alta e óbito. Observei e realizei procedimentos como gasimetrias, punções venosas, colocação de cateteres, algaliação, toracocentese, etc.

Foi possível contactar com profissionais das diversas áreas presentes no serviço de medicina interna: enfermeiras, fisioterapeutas, auxiliares e assistente social, percebendo melhor agora a necessidade de uma boa colaboração entre todos estes profissionais para dar aos doentes os melhores cuidados que a medicina atual pode oferecer.

Os doentes internados neste serviço eram, na sua maioria, de idade avançada apresentando um elevado número de comorbilidades e internamentos prévios, sendo também importante referir o elevado

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número de casos sociais. Como patologias mais prevalentes destaco infeções respiratórias, infeções urinárias e descompensação de insuficiência cardíaca.

Cirurgia Geral

O estágio de Cirurgia Geral teve a duração de 8 semanas e realizou-se no Hospital Beatriz Ângelo, tendo incluído passagens pelo serviço de cirurgia 2, bloco operatório, unidade de cuidados intensivos, bloco operatório e serviço de urgência. Foi tutorado pela Dra. Sílvia Silva e pela Dra. Rita Roque.

Para além dos componentes acima mencionados, durante a primeira semana de estágio realizaram-se diversas realizaram-sessões de caracter teórico e prático, de forma a dotar os alunos de valências que pudesrealizaram-sem utilizar nas semanas seguintes. Nestas sessões incluiu-se o curso TEAM (certificado no anexo B2), onde os participantes foram convidados a, através de simuladores ou casos clínicos, colocar em prática os conhecimentos acerca de situações de compromisso da via aérea, choque, rx de trauma e trauma Vertebro-medular.

Foi me permitido observar e, em determinadas situações, participar ativamente nos procedimentos cirúrgicos (como primeiro ajudante), estando agora mais treinado em diversas competências cirúrgicas, bem como observar procedimentos pré e pós-operatórios, como a algaliação, colocação de cateteres venosos centrais, entubação orotraqueal e administração de fármacos anestésicos.

Como patologias mais prevalentes destaco doença neoplásica abdominal, patologia herniária, patologia da tiroide e feocromocitomas.

Como complemento dos estágios realizados, realizei 5 apresentações (v. anexo B2), que me permitiram desenvolver competências no domínio da investigação clínica e na comunicação de resultados a outros colegas de profissão.

Unidade curricular opcional – Trauma

O conceito de trauma em medicina sempre me suscitou uma especial curiosidade, devendo se isto à capacidade de um especialista em trauma, com pequenos gestos, melhorar a vida de um doente de uma forma muito marcada, pela complexidade de cada técnica efetuada e pelas dificuldades inerentes a cenários de trauma.

A escolha desta disciplina opcional surge então como uma tentativa de colmatar o facto de esta área ser pouco abordada ao longo dos seis anos de curso.

Esta Unidade curricular tem um carácter marcadamente prático, incluindo passagem pelo Serviço de Urgência do hospital de S. José, sala de Trauma, serviço de Neurocirurgia, Unidade Vertebro-Medular, Unidade de Cirurgia Maxilofacial, Unidade de Queimado, bem como uma abordagem pré hospitalar com acompanhamento em viatura do INEM.

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3.2. ELEMENTOS VALORATIVOS

Curso ATLS:

No seguimento das motivações para a escolha da Unidade curricular opcional de Trauma, tive oportunidade de participar + no curso ATLS, realizado entre os dias 24 e 26 de Maio no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Neste foram abordados temas como: Avaliação inicial de politraumatizados, abordagem via aérea e ventilação, choque, traumatismo torácico e abdominal, traumatismo crânio-encefálico, da coluna e espinhal medula, músculo-esquelético, identificação radiológica de lesões torácicas e vertebrais;

Para além da componente teórica, foi também possível participar, através de simuladores e de encenações num número elevado de situações de trauma (acidentes de viação, quedas, agressões, etc).

Considero este curso (certificado poderá ser consultado no Anexo B3) um complemento importante ao curso, uma vez que aborda situações especificas que muito provavelmente vão cruzar a vida de todos os médicos e que, tendo sido abordados sumariamente ao longo do curso, não o foram com o rigor e atenção ao detalhe desta formação intensiva.

Equipa de Andebol da NOVA

Desde que me lembro, o desporto foi uma constante da minha vida. Pratiquei ténis, natação e Andebol de forma federada até à entrada na Faculdade, altura em que, por achar que estes seriam incompatíveis, parei. No início do segundo ano da faculdade, descobri a equipa de andebol da NOVA que, desde esse momento, se revelou uma grande mais valia para o meu percurso académico e algo de que não abdiquei nem mesmo neste ano especialmente trabalhoso.

Contrariando o pensamento que me fez parar a prática federada no inico da faculdade, mais uma vez, o desporto provou ser uma grande mais valia no desenvolvimento de competências que vão muito para além das físicas, como por exemplo, competências de liderança, trabalho de equipa e capacidade de lidar com ambientes de pressão, que serão sem dúvida de extrema utilidade nos anos futuros (v. anexo B4).

Comissão organizadora do iMed 9.0 e das II Jornadas Médicas da Nova

Outra grande mais valia deste curso prende-se com a tremenda variedade de oportunidades que nos são apresentadas. Tanto a participação na comissão de organização das II jornadas médicas da Nova, como na do iMed Conference 9.0 revelaram-se desafios que foram muito importantes na definição daquilo que fui enquanto estudante deste curso.

Esta importância, mais do que pelas pessoas que conheci, deveu-se também ao desenvolvimento de competências que em nenhuma unidade curricular deste curso o poderia ter feito, como por exemplo definir estratégias de comunicação para um congresso de 600 pessoas, angariar financiamento de diversas empresas, contratar empresas de catering ou simplesmente fazer small talk com o Prof. Doutor Eric Wieschaus, prémio Nobel da Medicina (v. Anexo B5).

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4. REFLEXÃO CRÍTICA FINAL

Analisando retrospetivamente o último ano deste curso, chego à conclusão de que este foi o ano onde mais evolui enquanto aluno de medicina. O carácter profissionalizante, transversal a todos os estágios permite envolver os alunos naquilo que é o dia-a-dia de um médico na respetiva especialidade, dotando-os de uma maior autonomia, bem como uma capacidade de pensamento clínico e também de conhecimentos práticos de procedimentos realizados que até então não tinham sido explorados na totalidade. Para isto também contribuiu o excelente rácio tutor/aluno que se verifica em todos os estágios.

A atribuição de doentes de forma diária, mas acima de tudo a integração nas discussões acerca dos planos de tratamento destes, fizeram me sentir uma mais valia em praticamente todos os locais onde estagiei, destacando aqui os estágios de medicina Interna, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina geral e familiar.

Uma grande mais valia deste ano prende-se com o fato de ter observado doentes muito variados, em diferentes contextos (rastreios, consultas de vigilância de saúde, consultas de especialidade, transporte em viatura médica de emergência e reanimação, serviço de urgência, bloco de partos, bloco operatório, internamento, etc), com idades compreendidas entre os 0 e os 99 anos, de meios rurais e citadinos, de diversas crenças e nacionalidades.

Considero que neste momento sou um estudante de medicina cujas capacidades se aproximam daquelas que foram estabelecidas como objetivos de formação de um curso em ciências médicas, tanto no MSOP, como no documento “o licenciado médico em Portugal”. Considero ter as motivações certas no momento do ato médico, tratando sempre o doente que se encontra à minha frente com o máximo respeito e tentando em todos as situações colocar-me na sua posição. Considero também ter um conhecimento considerável de medicina, tendo, apesar disso, a noção das minhas limitações, sabendo em que momentos devo procurar ajuda, não negando, contudo, uma vontade constante de me melhorar enquanto médico e ser humano.

Ao longo deste ano, foi também possível melhorar a realização de técnicas especificas das diversas especialidades, reforçando aqui a importância da opcional de Trauma e do curso ATLS e TEAM no desenvolvimento destas competências.

Relativamente aos objetivos pessoais definidos no início do ano letivo, considero que a comunicação com doentes foi a valência que mais desenvolvi, tendo para isto contribuído de forma marcada os estágios de Medicina Geral e Familiar e de Saúde Mental. No primeiro tive hipótese de, em situações controladas, assumir o controlo total da consulta, tendo inclusive um gabinete próprio, situação que embora muito desafiante em determinados momentos, permitiu que melhorasse significativamente aspetos como a escuta ativa e a empatia, bem como o raciocino clínico. No estágio de Saúde Mental percebi a importância de “gastar

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tempo” com os doentes, ouvindo sem julgamentos a sua história passada, que invariavelmente revela situações de risco para o desenvolvimento de patologia do foro psiquiátrico, e que tem um papel preponderante no delineamento de estratégias de acompanhamento destes doentes.

No que diz respeito ao objetivo de melhorar a criação de planos de tratamento completos e individualizados para doentes com patologias diversas, considero que este foi especialmente explorado nos estágios de Medicina Interna e de MGF, tendo os tutores desenvolvido um papel muito ativo nesta melhoria, incumbindo-me de preparar diariamente planos terapêuticos para diversos doentes. Considero, contudo, não ter ainda uma lista de p(ersonal)-drugs que me permitam encarar o início da atividade profissional com total confiança. Procurarei consolidar esta lista ao longo do ano de formação geral.

Em relação ao objetivo de conciliar o estudo para a prova nacional de acesso com a aprendizagem obtida nos estágios, acredito que este foi um atingido na sua totalidade, tendo os doentes observados servido muitas vezes como motivação para o aprofundar de temas que serão alvo de avaliação na prova.

Apesar de considerar que o 6º e último ano deste curso se encontra extremamente bem organizado, sinto que em estágios como Pediatria e Psiquiatria, poderia ser organizada uma rotação intra-estágio, dividindo-se as 4 semanas em duas componentes distintas da especialidade. Um outro fator que poderá ser melhorado é garantir que os tutores se encontram a par dos objetivos esperados para os alunos, envolvendo-os mais a fundo no seu dia-a-dia, minimizando envolvendo-os tempenvolvendo-os mortenvolvendo-os que se acabam por verificar em alguns momentos dos estágios.

No anexo B3, poderá ser consultada uma tabela com o que considero terem sido os pontos positivos e negativos de cada estágio.

Por último, resta-me dizer que, desde que me lembro, finalizar o curso de medicina e praticar a arte médica é algo que está presente nos meus objetivos, sendo que nem sempre este percurso foi fácil. Agora que esse momento se aproxima, fico extremamente orgulhoso por o ter realizado na nossa Faculdade de Ciências Médicas, faculdade esta que procura sempre tornar-se uma melhor escola médica, que permite aos alunos explorarem um grande número de caminhos e que os motiva a aproveitarem as hipóteses que o mundo atual nos faculta.

Apesar de algum grau de ansiedade, que compreendo agora estar sempre inerente à profissão de médico, considero estar preparado para poder servir os outros através da Medicina.

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ANEXOS

Lista de anexos:

A – Gráficos

1 – Locais de estágio

2 – Tabela apresentações realizadas

3 – Tabela de pontos positivos e negativos de cada estágio

B – Certificados

1 – 5º ABC da imunologia para Médicos 2 – Curso TEAM

3 – ATLS Advanced Trauma Life Support 4 – Equipa de Andebol da NOVA

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A - Gráficos

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A2 - Tabela apresentações realizadas

APRESENTAÇÕES REALIZADAS

Estenose esofágica por ingestão de cáusticos

Abordagem ao doente com Lesão renal aguda Aneurismas da artéria esplénica

Panfleto informação sobre prática de exercício físico

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A3- Tabela de pontos positivos e negativos de cada estágio

ESTÁGIO LOCALIZAÇÃO

PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

MGF USF Fernão

Ferro

- Estágio bem organizado - Autonomia

- Contato com população meio rural

- Localização

Pediatria H. D. Estefânia

- Hospital de referência

- Comunicação com várias especialidades - Workshop de urgências pediátricas

- Pouca variedade nos doentes observados no Internamento Ginecologia /Obstetrícia H. Fernando Fonseca

- Estágio muito completo e organizado - Autonomia

- Contato com população muito variada

---

Psiquiatria H. Fernando

Fonseca - Contato diário com os doentes

- Reduzido número de entrevistas clínicas Medicina

Interna H. Egas Moniz

- Autonomia

- Comunicação com outros profissionais de saúde

---

Cirurgia H. Beatriz Ângelo

- Estágio muito completo e organizado - Vertente teórica e curso TEAM

- Treino de técnicas cirúrgicas

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B – Certificados

B1 - 5º ABC da imunologia para Médicos

Participação em Eventos Científicos

Certificado

Certifica-se que Gil André espírito santo silva Santos, titular do Cartão de Cidadão com o nº de identificação 13558583 , frequentou o seguinte evento

científico:

5º ABC de Imunologia para Médicos

que decorreu a 9 de Novembro de 2018, com a duração de 5:30 horas, no seguinte local: Fundação Calouste Gulbenkian

Carnaxide, 9 de Novembro de 2018

Cláudia Silveira

Código de Certificado: C-5b184baab3520

Av. do Forte, nº3 – Edifício Suécia III, Piso 2 - Carnaxide

academiacuf.up.events

Comprovativo de Emissão de Certificado Electrónico

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B5 - Comissão organizadora iMed Conference 9.0

CERTIFICATE

iMed Conference® 9.0

Organising Committee

It is hereby certified that

Gil Santos – ID Number: 13558583

Integrated the iMed Conference® 9.0 – Lisbon 2017 Organising Committee as

Strategist. This grand project by the Student’s Union of NOVA Medical School (AEFCM)

took place at Teatro Camões and NOVA Medical School | Faculdade de Ciências

Médicas, on October 25th to 29th, 2017.

The iMed Conference® is an annual event organised by the Student’s Union of NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (AEFCM), aiming to bring the most recent scientific and medical innovations to the next generation of Life Science’s students.

Its 9th edition, under the motto ‘Explore the Exceptional’, presented Keynote Lectures

by Professor Eric Wieschaus (Nobel Lecture) and Professor Sir Ian Wilmut., and

Scientific Sessions dedicated to Cardiology, Surgery and Critical Care, Innovative Approaches and Medical Sexology, along with the inspiring Humanitarian Lectures

and iMed Sessions, namely ‘Emotional First Aid Box’, ‘Humour in Healthcare’ and ‘Knok’.

Edgar Simões AEFCM | President

Filipa Rodrigues Organising Committee | President

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6. BIBLIOGRAFIA

[1] Learning objectives for medical student education—guidelines for medical schools: report I of the Medical School Objectives Project. Acad Med. 1999 Jan;74(1):13–8.

[2] Victorino RM, Jollie C, McKimm J. O Licenciado Médico em Portugal - Core Graduates Learning Outcomes Project. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

[3] Regulamento do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa - 821/2016, 2016-08-19

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