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Biblioteca Digital do IPG: Alimentação saudável

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Academic year: 2021

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(1)

TPG

1 daGuarda

Polytechnic of Guarda

Mestrado em Educação Pré-Escolar e

Ensino do 1° Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática

de Ensino Supervisionada

cátia Sofia Simão Regalado

dezembro 12013

Escola Superior

de Educação,

Comunicação e Desporto

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II

Relatório de Estágio da Prática de Ensino

Supervisionada

Nome do aluno: Cátia Sofia Simão Regalado

Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º Ciclo do

Ensino Básico

Orientador: Prof. Doutora Maria Eduarda Cunha Ferreira

Relatório de Estágio apresentado ao Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto para a obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

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iii

“Ser educador é ser um poeta do amor. Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.”

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iv

Com o culminar desta tão valiosíssima etapa, o presente relatório só foi possível devido ao apoio imensurável prestado pelas pessoas que me são próximas. Assim, quero prestar o meu enorme apreço e profundo agradecimento:

À minha mãe que sem ela nunca teria concretizado este objetivo, pelo seu apoio, amor, paciência e compreensão.

À Professora Doutora Maria Eduarda Cunha Ferreira, orientadora deste relatório, pela sua sapiência, dedicação, incentivo, conselhos, orientações, empenho e disponibilidade, que contribuíram para a qualidade deste projeto.

Aos professores cooperantes, bem como às crianças com as quais tive oportunidade de desenvolver o meu trabalho.

A todos os professores de curso pela transmissão dos seus conhecimentos que muito irão contribuir para a minha futura carreira profissional.

A todas as colegas pela amizade, disponibilidade e ajuda.

A todos os amigos pessoais que sempre tiveram uma palavra amiga, de força e encorajamento nas etapas mais difíceis. Sem querer discriminar nenhum, em especial à Lila, à Natércia, à Zinda, ao Ricardo pela paciência e “puxões de orelhas”, à Ana, à Cláudia, à Ju e à Rita pelo apoio e ajuda incondicional prestada.

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v

O presente relatório, integrado no Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, encontra-se dividido em três capítulos.

No primeiro capítulo procedemos à caraterização das instituições onde realizámos a nossa Prática de Ensino Supervisionada (PES), abrangendo esta a caraterização do meio em que estão inseridas, a caraterização das salas onde desenvolvemos o nosso estágio, bem como das respetivas turmas.

No segundo capítulo refletimos sobre a nossa Prática de Ensino Supervisionada nas instituições que nos acolheram, nomeadamente, sobre algumas práticas importantes utilizadas no processo de ensino e aprendizagem.

No terceiro e último capítulo apresentamos o projeto “Descobrir a Alimentação Saudável”, o qual se inseriu na área de Educação para a Saúde, desenvolvido na Educação Pré-escolar, com crianças entre os 3 e os 5 anos de idade.

O objetivo principal deste projeto foi o incutir e sensibilizar as crianças para a necessidade de adoção de comportamentos saudáveis de forma a beneficiar a sua saúde e o seu bem-estar. Estes comportamentos referem-se, sobretudo, à realização de uma alimentação saudável e à prática de atividade física. Ao terem em conta estes comportamentos as crianças estão a prevenir-se de doenças crónicas.

A Educação para a Saúde é uma área essencial e deve ser desenvolvida com as crianças desde a Educação Pré-escolar. Para tal, o educador tem que desenvolver atividades que abordem os temas pretendidos, sendo que estas têm que ir ao encontro dos interesses das crianças, bem como das suas necessidades. Ao desenvolver atividades no âmbito da saúde é fundamental a utilização de recursos educativos, tais como a Roda dos Alimentos. Esta ferramenta é para nós uma peça importante do puzzle de desenvolvimento do tema tratado. Neste sentido, reforçamos ao longo do projeto a importância da aquisição de hábitos alimentares na infância e, por conseguinte, a importância da educação alimentar quer no seio familiar, quer nas instituições escolares.

É nosso intuito refletir, ainda, na importância das aprendizagens precoces, sendo estas fundamentais ao nível da educação da saúde.

Com o concluir deste trabalho consideramos fundamental iniciar, desde cedo, com as crianças em Educação Pré-escolar o desenvolvimento destes temas pertinentes para o seu futuro, assim como a área de Educação para a Saúde faz sentido existir ao longo de toda a frequência escolar.

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vii

This integrated Masters in Kindergarten and 1st cycle of Basics education report is divided into three chapters.

In the first chapter we proceed to the characterization of the institutions where we held our Supervised Teaching Practice (PES), this covers the characterization of the environment in which they operate, the characterization of the rooms where we developed our stage as well as the respective classes.

In the second chapter we reflect on our Supervised Teaching Practice in the institutions that have welcomed us, particularly on some important practices in the teaching and learning process.

In the third and final chapter we presented the project "Discover Healthy Eating", which is entered in the field of Health Education, developed in pre-school education, with children between 3 and 5 years old.

The main purpose of this project was to instill and make children aware of the need to adopt healthy behaviors in ways that benefit their health and well-being. These behaviors relate primarily to the achievement of healthy eating and physical activity. To take into account these behaviors kids are preventing themselves from chronic diseases.

The health education is a key area and must be developed with children from pre-school education. To achieve this, the teacher has to develop activities that address the intended themes, and these have to meet the interests of children and their needs. When developing activities in health is essential to use educational resources, such as the Food Wheel. This tool is for us an important piece of the puzzle in the development of the theme. In this sense, we reinforced throughout the project the importance of the acquisition of food habits in childhood and therefore the importance of food education either within the family or in schools.

We aim to further reflect on the importance of early learning, which are fundamental to the level of health education.

With the conclusion of this work we consider essential to start early on with children in pre-school education development of these topics relevant to their future, as well as the area of Health Education makes sense exists throughout school attendance.

Keywords: Preschool Education, Health Education, Health Promotion, Healthy Eating and Physical Activity.

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viii

CAF – Componente de Apoio à Família

CEB – Ciclo do Ensino Básico

EED – Expressão e Educação Dramática EEFM – Expressão e Educação Físico-motora EEM – Expressão e Educação Musical EEP – Expressão e Educação Plástica

ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto IMC – Índice de Massa Corporal

OCEPE – Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar PES – Prática de Ensino Supervisionada

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ix

Agradecimentos ... iv Resumo ... v Abstract ... vii Siglas/Abreviaturas ... viii Índice ... ix Índice de Figuras ... x

Índice de gráficos ... xii

Índice de Quadros ... xiii

Introdução ... xiv

Capítulo I - Enquadramento Institucional ... 1

1. Enquadramento Institucional ... 2

1.1. Organização e Administração Escolar ... 3

1.2. Caraterização do Meio ... 5

1.3. Caraterização das Instituições da Prática de Ensino Supervisionada ... 7

1.3.1. Caraterização do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu ... 7

1.3.2. Caraterização da Escola EB1 Espírito Santo ... 23

1.4. Caraterização das turmas ... 27

1.4.1. Grupo da Educação Pré-escolar ... 27

1.4.2. Turma do 1º Ciclo do Ensino Básico da Escola EB1 Espírito Santo ... 31

Capítulo II – Prática de Ensino Supervisionada ... 40

2. Prática de Ensino Supervisionada ... 41

2.1. Descrição do Processo da Prática de Ensino Supervisionada ... 42

2.1.1. Prática de Ensino Supervisionada na Educação Pré-escolar ... 42

2.1.2. Prática de Ensino Supervisionada no 1º CEB ... 59

Capítulo III – Educação Alimentar na Infância ... 67

3. Educação Alimentar na Infância ... 68

3.1. Educação e Saúde ... 68

3.1.1. Estilos de vida ... 72

3.1.2. O Papel do Educador e do Professor ... 81

3.1.3. As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar ... 83

3.2. Projeto “Descobrir a Alimentação Saudável” ... 85

3.2.1. Contexto do projeto ... 85

3.2.2. Fase I – objetivos ... 86

3.2.3. Fase II – planificação e desenvolvimento do trabalho ... 87

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x

Conclusão Final ... 102 Conclusão Final ... 103 Bibliografia ... 105 Legislação ... 108 Sitografia ... 108 Apêndices ... 110

Apêndice 1 – Planificação da Área de Formação Pessoal e Social ... 111

Apêndice 2 – Planificação do Domínio da Expressão Motora ... 112

Apêndice 3 – Planificação do Domínio da Expressão Dramática ... 113

Apêndice 4 – Planificação do Domínio da Expressão Plástica ... 114

Apêndice 5 – Planificação do Domínio da Expressão Musical ... 115

Apêndice 6 – Planificação do Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita . 116 Apêndice 7 – Planificação do Domínio da Matemática ... 117

Apêndice 8 – Planificação da Área de Conhecimento do Mundo ... 118

Apêndice 9 – Planificação da Expressão e Educação Físico-motora ... 119

Apêndice 10 – Planificação da Expressão Musical ... 120

Apêndice 11 – Planificação da Expressão Plástica ... 121

Apêndice 12 – Planificação do Estudo do Meio ... 122

Apêndice 13 – Planificação da Língua Portuguesa ... 124

Apêndice 14 – Planificação da Matemática ... 126

Apêndice 15 – Brochura elaborada com as crianças e as suas famílias ... 127

Anexos ... 144

Anexo 1 – História “A Sr.ª Roda dos Alimentos” ... 145

Índice de Figuras

Figura 1 Mapa do Distrito da Guarda ... 6

Figura 2 – Estátua de D. Sancho I ... 6

Figura 3 – Jardim de Infância da Póvoa do Mileu ... 7

Figura 4 – Planta da Sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu ... 10

Figura 5 – Sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu ... 10

Figura 6 – Trabalhos das Crianças Expostos ... 11

Figura 7 – Trabalhos das Crianças Expostos ... 11

Figura 8 – Trabalhos das Crianças Expostos ... 11

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xi

Figura 12 – Exemplo de Quadro de Registo ... 12

Figura 13 – Material do Espaço das Experiências: Areia ... 13

Figura 14 – Materiais do Espaço das Experiências: Lupas e Balanças ... 13

Figura 15 – Espaço do “Faz de Conta”: Entrada... 14

Figura 16 – Espaço do “Faz de Conta”: Roupas ... 14

Figura 17 – Espaço do “Faz de Conta”: Cozinha ... 14

Figura 18 – Jogos de Mesa ... 15

Figura 19 – Jogos de Chão ... 15

Figura 20 – Espaço da Escrita e da Leitura ... 16

Figura 21 – Quadro com Letras e Números ... 16

Figura 22 – Materiais do Espaço da Expressão Plástica ... 17

Figura 23 – Cavalete do Espaço de Expressão Plástica ... 17

Figura 24 – Quadros do Espaço da Reunião ... 19

Figura 25 – Espaço da Reunião... 19

Figura 26 – Espaço Supermercado “Cogumelo” ... 20

Figura 27 – Espaço dos Fantoches ... 20

Figura 28 – Espaço da Oficina ... 20

Figura 29 – Espaço da Expressão Musical ... 20

Figura 30 – Espaço da Garagem ... 20

Figura 31 – Espaço da Informática ... 20

Figura 32 – Espaço do Ginásio “Campeão” ... 21

Figura 33 – Escola EB1 Espírito Santo ... 23

Figura 34 – Planta da Sala 3 da Escola EB1 Espírito Santo ... 24

Figura 35 – Sala 3 da Escola EB1 Espírito Santo ... 25

Figura 36 – Armários da Sala 3 ... 25

Figura 37 – Quadro de Regras de Comportamento e de Vivência na Escola ... 25

Figura 38 – Quadro de Exposição dos Trabalhos dos Alunos ... 26

Figura 39 – Quadro de Exposição dos Trabalhos dos Alunos ... 26

Figura 40 – EE Físico-motora: Marcha dos Soldados ... 49

Figura 41 – Recriação do Teatro das Estagiárias ... 50

Figura 42 – Recriação do Teatro das Estagiárias ... 50

Figura 43 – Representação da Quadra “A Primavera” em Desenho ... 51

Figura 44 – Leitura e Exploração da Quadra “A Primavera” ... 54

Figura 45 – Confeção da Barra de Cereais: Ingredientes ... 56

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xii

Figura 49 – Jogo das Cadeiras ... 59

Figura 50 – Recitação de uma Poesia ... 60

Figura 51 – Exemplo de Decalque ... 62

Figura 52 – Exemplo de Decalque ... 62

Figura 53 – Experiência do Fenómeno Precipitação... 63

Figura 54 – Experiência do Fenómeno Precipitação... 63

Figura 55 – Apresentação de um PowerPoint ... 65

Figura 56 – Pirâmide de Alimentação Saudável ... 78

Figura 57 – Teia das Atividades Realizadas ... 87

Figura 58 – Leitura da História “A Sr.ª Roda dos Alimentos” ... 89

Figura 59 – Ginásio de Musculação da ESECD ... 91

Figura 60 – Ginásio Polivalente da ESECD: Dança com os Alunos da ESECD ... 91

Figura 61 – Sala de Dança da ESECD ... 92

Figura 62 – Posto de Atividade Física: Perícia ... 93

Figura 63 – Posto de Atividade Física: Jogos Tradicionais ... 93

Figura 64 – Lanche no Espaço Exterior do Jardim de Infância ... 94

Figura 65 – Realização de Atividade Física ... 94

Figura 66 – Alimentos distribuídos na Roda dos Alimentos ... 95

Figura 67 – Confeção da Barra de Cereais ... 96

Figura 68 – Contagem das Colheres dos Ingredientes ... 97

Figura 69 – Teia de Consolidação de Conhecimentos ... 100

Índice de gráficos

Gráfico 1 – Idade e Género dos Alunos ... 30

Gráfico 2 – Habilitações Literárias dos Encarregados de Educação ... 30

Gráfico 4 – Género dos Alunos... 33

Gráfico 3 – Idade dos Alunos ... 33

Gráfico 5 – Meio de Deslocação Casa – Escola dos Alunos ... 34

Gráfico 6 – Área de Residência dos Alunos ... 34

Gráfico 7 – Tempo de Deslocação Casa – Escola dos Alunos ... 35

Gráfico 8 – Agregado Familiar dos Alunos ... 35

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xiii

Gráfico 12 – Acompanhamento nos Trabalhos de Casa ... 37

Gráfico 13 – Ocupação dos Tempos Livres ... 38

Gráfico 14 – Materiais Didáticos dos Alunos ... 38

Índice de Quadros

Quadro 1 – Caraterísticas da Instituição Jardim de Infância da Póvoa do Mileu ... 8

Quadro 2 – Objetivos e Regras do Espaço das Experiências ... 12

Quadro 3 – Objetivos e Regras do Espaço “Faz de Conta” ... 13

Quadro 4 – Objetivos e Regras do Espaço dos Jogos de Mesa ... 15

Quadro 5 – Objetivos e Regras do Espaço dos Jogos de Chão ... 16

Quadro 6 – Objetivos e Regras do Espaço da Leitura e da Escrita ... 17

Quadro 7 – Objetivos e Regras do Espaço da Expressão Plástica ... 18

Quadro 8 – Objetivos e Regras do Espaço da Reunião ... 19

Quadro 9 – Outros Espaços da Sala de Atividades ... 20

Quadro 10 – Objetivos e Regras do Espaço “Ginásio Campeão” ... 21

Quadro 11 – Rotinas da Sala de Atividades ... 22

Quadro 12 – Horário da Turma D21 do 4º ano ... 26

Quadro 13 – Desenvolvimento das Crianças em cada Área ... 31

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xiv

Este relatório surge no âmbito do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda. Nele apresentamos a informação que consideramos pertinente sobre a nossa Prática de Ensino Supervisionada que realizámos em duas instituições: a PES I no Jardim de Infância da Póvoa do Mileu e a PES II na Escola EB1 Espírito Santo.

O Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico é fundamental para a nossa formação académica, na medida em que este se centra no ensino, na aprendizagem, no currículo, na avaliação e no sistema escolar.

A Prática de Ensino Supervisionada é uma fase importante, é o momento de conciliar os conhecimentos teóricos e a aquisição de conhecimentos práticos, e assim detetar falhas e corrigi-las. Neste sentido, o estágio é a preparação para a vida profissional futura, ou seja, “o estágio pedagógico é um período de acompanhamento fundamental na aquisição de conhecimentos, experiência e de preparação para a vida profissional” (Hamido et al, 2006: 181). O presente relatório encontra-se dividido em três partes. Sendo que na primeira parte descrevemos o contexto, apresentando as principais caraterísticas do meio envolvente ao Jardim de Infância da Póvoa do Mileu e à Escola EB1 Espírito Santo, apresentando o enquadramento institucional, a caraterização das respetivas instituições, assim como das turmas.

Relativamente ao segundo capítulo, este descreve a nossa Prática de Ensino Supervisionada, indicando metodologias e processos utilizados de forma a garantir o sucesso dos alunos e a aquisição de conhecimentos, por parte dos mesmos.

No que concerne ao terceiro capítulo apresentamos propostas e atividades inerentes à prática docente enquadrada no tema do projeto, por nós escolhido, “Alimentação Saudável”. Atribuímos ainda importância às aprendizagens precoces, as quais consideramos importantes, uma vez que estas são necessárias para uma melhor interiorização de conhecimentos de forma a enraizar precocemente atitudes e comportamentos positivos e eficazes. Tornando assim futuros adultos mais saudáveis. No que concerne à alimentação saudável o seu desenvolvimento deve ser feito desde cedo, uma vez que esta tem uma influência direta na saúde de todos. Através do conhecimento e compreensão deste tema é possível fazer opções saudáveis e apropriadas com vista a uma boa saúde. Com esta reflexão é nossa pretensão sensibilizar para a importância da realização de uma alimentação correta e equilibrada, assim como para a adoção de comportamentos salutares de forma a beneficiar a saúde de todos. É, ainda, nosso propósito alertar para a necessidade de incutir, desde cedo, nas crianças este tipo de comportamentos,

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xv

“Uma parte muito importante de aquisição de (…) conhecimentos e hábitos (tão precocemente quanto possíveis, por razões de eficácia) tem um lugar e um domínio privilegiados de expressão: o lugar é a escola e o domínio a alimentação” (Ministério da Educação, 2006b: 5).

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1

Capítulo I -

(17)

2

A orgânica do Sistema Educativo Português decorre da Lei de Bases do Sistema Educativo nº 46/86, que estabelece o seu quadro geral e o define, no artigo 1º, como “o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade (…) garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares”.

É nesta lei que estão expressas as finalidades do Sistema Educativo. Assim, o Sistema Educativo deverá:

 assegurar o direito à educação e cultura;

 responder às necessidades do educando, de forma a contribuir para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos;

 assegurar o direito à diferença;

 desenvolver a capacidade para o trabalho com base numa formação sólida.

O Sistema Educativo Português compreende a Educação Pré-escolar, a Educação Escolar e a Educação Extra-escolar, sendo que a Educação Escolar engloba os ensinos Básico (dividido em três ciclos), Secundário e Superior.

Passamos de seguida ao enquadramento da Educação Pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB).

A Educação Pré-escolar destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, esta última, a idade de ingressar no 1º CEB. No entanto, a frequência do jardim de infância não é obrigatória, uma vez que a Educação Pré-escolar se entende como uma complementaridade da educação gerida pela família. É a esta que compete incrementar e gerir a educação da criança. Por conseguinte, a Educação Pré-escolar deverá desenvolver uma relação próxima com o meio familiar.

Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (OCEPE) do Ministério da Educação (2007) “a Educação Pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário” (p. 15).

Neste âmbito, podemos considerar que a Educação Pré-escolar tem como objetivos:  promover o desenvolvimento pessoal e social da criança;

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3

 desenvolver a expressão e a comunicação;

 despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

 promover momentos de segurança e bem-estar à criança;

 proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades;  incentivar a participação da família no processo educativo.

A Educação Pré-escolar tem particularidades que mais nenhum nível de ensino possui. Uma singularidade evidente é a organização da sala, apenas no jardim de infância a sala se apresenta dividida por espaços ou áreas, nos restantes níveis de ensino a sala é ampla sem qualquer divisão. Tal como é defendido nas OCEPE os espaços e os materiais que ali se encontram e a sua disposição na sala “condicionam, em grande medida, o que as crianças podem fazer e aprender” (Ministério da Educação, 2007: 37).

É da responsabilidade do Estado garantir a existência de uma rede de estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

No que diz respeito ao 1º CEB, este encontra-se organizado em 4 anos letivos. Este nível de ensino funciona em escolas do 1º ciclo e estas dividem-se em várias salas e, preferencialmente, a funcionar um ano letivo por sala. Cada turma é orientada por um único professor, titular da turma, desenvolvendo-se assim a monodocência. No entanto, o professor titular de turma pode ser coadjuvado por outros professores que tenham formação específica em áreas específicas, como é o caso das expressões artísticas, das tecnologias de informação, assim como das línguas estrangeiras e das atividades físicas e desportivas.

O ensino básico, onde se engloba o 1º Ciclo do Ensino Básico, comporta três aspetos fundamentais. Deve ser universal, obrigatório e gratuito. Este nível de ensino contém objetivos específicos, tais como: “o desenvolvimento da linguagem oral e o domínio da leitura e da escrita, das noções essenciais da aritmética e do cálculo, do meio físico e social, das expressões plástica, dramática, musical e motora” (Lei de Bases do Sistema Educativo nº 46/86, artigo 8º).

1.1.

Organização e Administração Escolar

As instituições escolares e da Educação Pré-escolar não são verdadeiramente autónomas nem trabalham de forma isolada. Elas encontram-se interligadas.

Para um melhor funcionamento da educação e do ensino foram criados agrupamentos. Atualmente, está quase generalizado o sistema de agrupamentos, unidades que agregam escolas dos diferentes níveis e ciclos de ensino e os estabelecimentos de Educação Pré-escolar. Embora o agrupamento tenha uma designação que o identifica, cada estabelecimento que o compõe mantém a sua identidade e denominação próprias.

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4

Os objetivos e critérios que sustentam a constituição dos agrupamentos, apontam para uma melhor articulação curricular entre os diferentes níveis e ciclos de ensino e para um percurso sequencial e articulado dos alunos de determinada área geográfica (decreto-lei nº. 137 de 2 de julho de 2012, artigo 6º).

Para além dos seus órgãos de administração e gestão, os agrupamentos possuem instrumentos próprios que lhes conferem autonomia, a saber: o Projeto Educativo, o Regulamento Interno, o Plano Anual de Atividades e o Orçamento. De seguida apresentamos a caraterização destes instrumentos importantes e necessários a todas as instituições (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008).

O Projeto Educativo é um documento de grande relevância uma vez que consagra a orientação educativa do Agrupamento de Escolas. É elaborado e aprovado pelos órgãos de Administração e Gestão, por um período de 3 anos (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 9º).

O Regulamento Interno define o regime de funcionamento de cada um dos órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e dos serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos, mas também os direitos e os deveres dos membros da comunidade escolar (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 9º).

No que concerne ao Plano Anual de Atividades nomeia-se como um documento que define a programação das atividades, os objetivos, os recursos necessários e o Orçamento, no qual se preveem as receitas a obter e as despesas a realizar pelo Agrupamento de Escolas (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 9º).

Quanto aos órgãos de Administração e Gestão destacam-se o Conselho Geral, o Diretor, o Conselho Pedagógico e o Conselho Administrativo. Passamos de seguida a caraterizar cada um deles.

O Conselho Geral é responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade da escola. O número de elementos que compõem este órgão é estabelecido por cada agrupamento de escolas ou escola não agrupada. No entanto, não pode ser superior a 21 e tem de ser número ímpar. Importa ainda referirmos que na constituição do Conselho Geral têm que estar presentes elementos do corpo docente e não docente, pais e encarregados de educação, alunos, representantes do município e da comunidade local. As principais funções do Conselho Geral recaem sobre a aprovação dos diferentes documentos necessários ao funcionamento pleno das instituições, sobre a apreciação dos resultados da implementação dos mesmos, bem como o acompanhamento da ação dos restantes órgãos. O presidente deste órgão máximo é eleito entre os seus representantes, excluindo-se os alunos, por maioria absoluta. Este órgão reúne-se, obrigatoriamente, uma vez por trimestre (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 11º - 17º).

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O Diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas nas áreas pedagógicas, cultural, administrativa, financeira e patrimonial. É coadjuvado por um subdiretor e por um a três adjuntos, dependendo da dimensão do agrupamento de escolas e escolas não agrupadas. São suas competências, por exemplo, elaborar os planos anual e plurianual e o relatório anual de atividades, proceder às alterações do regulamento interno, à aprovação do plano de formação do pessoal docente e não docente, bem como à elaboração do projeto de orçamento e representar a escola (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 18º - 30º).

O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa do agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente. A composição deste órgão é deliberada pelo agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas, num máximo de 17 elementos. As principais competências do Conselho Pedagógico são: a elaboração do projeto educativo, a apresentação da proposta do regulamento interno e planos anual e plurianual de atividade, bem como a emissão do parecer sobre o plano de formação. O Conselho Pedagógico reúne, obrigatoriamente, uma vez por mês (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 31º - 35º).

Por último, o Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas. Este órgão é constituído pelo diretor, o subdiretor ou um dos adjuntos do diretor e o chefe dos serviços administrativos. O Conselho Administrativo tem como função aprovar o projeto de orçamento anual, elaborar o relatório de contas, assim como gerir as despesas. Este órgão reúne uma vez por mês, sendo que o pode fazer sempre que algum elemento o requeira (decreto-lei nº. 75 de 22 de abril de 2008, artigo 36º - 41º).

1.2.

Caraterização do Meio

Designada como a cidade mais alta de Portugal continental, a cidade da Guarda situa-se na Beira Alta, “sagrada beira” como a enalteceu o ilustre poeta Augusto Gil (n. d.), sendo igualmente conhecida como a cidade dos 5 efes (forte, farta, fria, fiel e formosa).

Localizada à latitude N. 40º 24’ e longitude O. de P. 10º e 40’, encontramos o seu ponto mais alto na emblemática Torre de Menagem, com 1056 metros de altitude (Rodrigues, 2000).

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A cidade da Guarda é capital de distrito, com o mesmo nome, sendo este constituído por 14 concelhos (figura 1). Fazem fronteira com o distrito da Guarda: o município de Pinhel, de Almeida, do Sabugal, de Belmonte, da Covilhã, de Manteigas, de Gouveia e de Celorico da Beira. A cidade mais alta de Portugal continental possui 3 freguesias urbanas e 52 rurais, tendo na sua globalidade 42 541 habitantes, segundo os dados dos CENSOS de 20111.

Neste distrito correm rios como o Mondego, o Zêzere e o Côa, tendo estes tido um importante papel para as diferentes povoações que habitaram esta zona. A pastorícia e agricultura, muito desenvolvidas por estas regiões, foram sempre condicionadas por estes recursos hídricos naturais (Rodrigues, 2000).

Fonte2

Esta cidade guarda momentos únicos da História e, como consequência deste facto, chegaram até nós grandiosos monumentos, tais como: a

Sé Catedral, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Vicente, a Torre de Menagem, entre outros.

Um dos monumentos com maior simbolismo é a estátua de D. Sancho I (figura 2), o 2º Rei de Portugal, com o cognome “O Povoador”. Concedeu Foral a esta cidade em 27 de novembro de 1199 e, em jeito de homenagem, a tão notável personalidade, foi construída esta estátua, situada mesmo ao lado da Sé Catedral, de forma a eternizar o fundador e povoador3.

Fonte4

1http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=ine_censos_indicador&contexto=ind&indOcorrC od=0006347&selTab=tab10 2 http://nelsoncbaptista.no.sapo.pt/images/dist-guarda.gif 3 http://www.mun-guarda.pt/index.asp?idEdicao=51&id=104&idSeccao=691&Action=noticia 4 http://lh4.ggpht.com/_8Ia0w4O1jEw/SperbZ2HH0I/AAAAAAAAH20/69ILCDqq-C4/s640/monumento%2BsanchoI.jpg

Figura 1 Mapa do Distrito da Guarda

(22)

7

1.3.

Caraterização das Instituições da Prática de Ensino

Supervisionada

A nossa Prática de Ensino Supervisionada decorreu em dois momentos: iniciámos este percurso de aprendizagem na Educação Pré-escolar, a designada PES I, e num segundo momento decorreu a Prática de Ensino Supervisionada no 1º Ciclo do Ensino Básico, a designada PES II. A nossa PES decorreu em diferentes instituições. A PES I no Jardim de Infância da Póvoa do Mileu e a PES II na Escola EB1 Espírito Santo.

De seguida passamos, então, a descrever e caraterizar as instituições acima referidas.

1.3.1.

Caraterização do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

Figura 3 – Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

Fonte5

O Jardim de Infância da Póvoa do Mileu (figura 3) é um estabelecimento da rede pública do Ministério da Educação e pertence ao Agrupamento de Escolas de S. Miguel, da Guarda. Esta instituição recebe crianças dos 3 aos 5 anos de idade.

Situado no bairro da Póvoa do Mileu e pertencente à freguesia de S. Vicente, este jardim de infância é constituído por 3 salas situadas em edifícios separados e independentes. Sempre que surge a necessidade de as crianças se deslocarem de um local para o outro têm, obrigatoriamente, que se deslocar pelo exterior.

No que respeita aos recursos existentes, podemos distinguir os físicos e os humanos. No que concerne aos primeiros estes reportam-se às salas de atividades letivas (1 e 2), à

(23)

8

Componente de Apoio à Família (CAF), ao espaço exterior e aos materiais pedagógicos (jogos, materiais, entre outros) e não pedagógicos (mesas, cadeiras, armários, entre outros).

Os recursos humanos distribuem-se pela componente letiva e não letiva. Na componente letiva temos o pessoal docente e não docente que são, respetivamente, 2 educadoras e 2 assistentes operacionais. Estes recursos humanos distribuem-se pelas duas salas de atividade letiva, sendo que cada educadora é responsável pela sua sala, coadjuvada por uma assistente operacional. A componente não letiva comporta 3 animadoras socioculturais, que se encontram na CAF. Cada sala teve duas alunas de PES I.

De seguida passamos a apresentar as caraterísticas da instituição (quadro 1):

Quadro 1 – Caraterísticas da Instituição Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

Caraterísticas Objetivos

Sala 1

 Edifício isolado;

 1 sala de atividades de caráter educativo, dividida em vários espaços;

 2 instalações sanitárias (uma para adultos e outra para crianças);  1 sala de arrumação;

 1 hall de entrada;  1 espaço extertior.

Incrementar atividades de caráter educativo e pedagógico de forma a promover o desenvolvimento integral das crianças.

Sala 2

 Espaço comercial inserido num prédio de habitação;

 Espaço para atividades de caráter educativo, dividida em espaços;  2 instalações sanitárias (uma para

adultos e outra para crianças);  1 sala da educadora.

Incrementar atividades de caráter educativo e pedagógico de forma a promover o desenvolvimento integral das crianças.

CAF

 Espaço comercial inserido num prédio de habitação;

 sala ampla.

Receber as crianças fora da componente letiva, bem como efetuar a receção das crianças, assim como acolhê-las no período da tarde até à chegada dos pais.

É ainda neste espaço que as crianças realizam a(s) sua(s) refeição(ões) (almoço e lanche da tarde). Espaço exterior  Baloiços;  1 jardim;  1 horta;  Outros materiais.

Este espaço comporta duas finalidades: a lúdica e a pedagógica. As crianças podem brincar com os diversos materiais existentes. Este espaço contribui para o crescimento das crianças, bem como para proporcionar momentos ricos para o seu desenvolvimento pessoal e interrelacional.

(24)

9

O Jardim de Infância da Póvoa do Mileu apresenta condições favoráveis ao seu bom funcionamento, permitindo, assim, a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento integral das crianças. Um ponto positivo que podemos apontar é a segurança que a instituição garante às crianças que a frequentam. No entanto, o facto da instituição não funcionar num só edifício traz dificuldades, nomeadamente ao trabalho de equipa entre as educadoras e os restantes recursos humanos da instituição.

Uma vez que a sala 2 não se encontra perto do espaço exterior, a sua utilização é esporádica e insuficiente, o que condiciona a implementação de algumas estratégias.

Mais à frente, no subcapítulo 1.3.1.1, procedemos à descrição mais detalhada da sala onde realizámos a nossa Prática de Ensino Supervisionada I (PES I).

O horário do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu, no ano letivo 2012/2013 foi o seguinte: Pessoal docente:  09h00 – 12h00  14h00 – 16h00  Horário de estabelecimento: 3ª F 16h00 – 18h00

 Atendimento aos encarregados de educação: primeira 3ª F do mês.

Pessoal não docente: Assistentes operacionais:  08h30 – 12h15  13h45 – 17h00 Animadoras socioculturais:  07h45 – 09h45  11h30 – 14h15  15h30 – 18h45.

(25)

10

1.3.1.1. Caraterização da sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

A sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu encontra-se dividida por diversos espaços, tal como podemos observar na planta da mesma (figura 4).

A sala onde decorreu a nossa PES I (figura 5) tem esta disposição para dar resposta aos objetivos que a educadora definiu no início do ano letivo. A organização dos espaços da sala determina que “o ambiente resultante seja favorável e

confortável (…) e permita realizar as estratégias didáticas mais idóneas para conseguir os objetivos marcados” (Borrás, 2002: 180).

Os espaços devem favorecer e criar um clima de convivência entre as crianças/crianças e as crianças/adultos, de forma a beneficiar o processo de ensino e aprendizagem (Ministério da

Figura 4 – Planta da Sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

Figura 5 – Sala 2 do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu

(26)

11

Educação, 2007). Na sala 2, podemos observar que está decorada com os trabalhos executados pelas crianças, expostos em placares que se encontram nas paredes da mesma (figuras 6 - 9).

Figura 6 – Trabalhos das Crianças Expostos

Figura 7 – Trabalhos das Crianças Expostos

Figura 8 – Trabalhos das Crianças Expostos Figura 9 – Trabalhos das Crianças Expostos

Os espaços disponíveis na sala são identificados pela temática (figuras 10 e 11), tal como é preconizado por vários autores, cada espaço contém objetos, materiais e caraterísticas próprias de acordo com o tema em questão, facilitando assim o desenvolvimento da criança (Borrás, 2002).

(27)

12

Em todos os espaços existe um quadro de registo (figura

12), no qual a criança coloca o seu nome ou símbolo. Assim, tanto ela como a educadora e os pais, sabem quais são as suas escolhas ao longo da semana, destacando ainda as preferências que cada criança tem acerca dos espaços disponíveis na sala, pelo número de vezes que um espaço é frequentado.

A sala de atividades apresenta, ainda, os seguintes espaços:

i. Espaço das Experiências

Tal como o nome nos indica, este espaço proporciona a realização de experiências com diversos materiais adequados à manipulação pelas crianças.

O quadro 2 faz referência aos objetivos e às regras do Espaço das Experiências.

Quadro 2 – Objetivos e Regras do Espaço das Experiências

Objetivos Regras

 Favorecer a autonomia;

 incutir a responsabilidade de realizar a experiência até ao fim;  desenvolver a curiosidade e o desejo de querer saber;

 despertar o descobrir;  conhecer o meio próximo;

 desenvolver atitudes de observação e investigação;  sensibilizar para as ciências;

 desenvolver hábitos de trabalho segundo o Método Científico;  questionar;

 inferir;  avaliar;

 desenvolver o espírito crítico.

 Não atirar areia para o chão;  não danificar o material;  deixar o material arrumado;  só podem estar, no máximo,

3 crianças de cada vez.

Conforme vários autores nos referenciam, o educador tem a função de descobrir e conhecer as conceções das crianças e a partir destas proceder à transmissão de novas aprendizagens de forma a completar os conhecimentos até então adquiridos. Um outro aspeto a ter em atenção é a curiosidade

Figura 12 – Exemplo de Quadro de Registo

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13

inata que as crianças possuem sobre o mundo à sua volta. Desta forma a criança consegue desenvolver e melhorar as suas aprendizagens (Borrás, 2002).

Neste espaço as crianças podem, por exemplo manipular areia, fazer pesagens de vários objetos, utilizar diferentes tipos de lupas e de ímanes (figuras 13 e 14).

Figura 13 – Material do Espaço das Experiências: Areia

Figura 14 – Materiais do Espaço das Experiências: Lupas e Balanças

ii. Espaço do “Faz de Conta”

Como nos referem as Orientações Curriculares “a expressão e comunicação através do próprio corpo a que chamamos jogo simbólico é uma actividade espontânea que terá lugar no jardim de infância, em interacção com os outros e apoiada pelos recursos existentes. Materiais que oferecem diferentes possibilidades de «fazer de conta», permitindo à criança recrear experiências da vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar os objectos livremente, atribuindo-lhes significados múltiplos” (Ministério da Educação, 2007: 60).

No quadro 3 apresentamos os objetivos e regras do Espaço “Faz de Conta”.

Quadro 3 – Objetivos e Regras do Espaço Faz de Co ta

Objetivos Regras

 Desenvolver a compreensão das identidades;  exteriorizar emoções;

 desenvolver o jogo simbólico;

 desenvolver a capacidade de improvisar;  adquirir consciência do corpo humano.

 Arrumar todo o material;  respeitar as ideias das outras

crianças;

 só podem estar, no máximo, 4 crianças de cada vez.

(29)

14

Este espaço possui material variado para as criações das crianças. Nele encontramos uma mesa, vários bancos, um armário com pratos, talheres, copos, tachos e outros utensílios de cozinha, comida de plástico, tábua e ferro de engomar, enchidos, lareira, vaso com flores, fogão, forno, lava-loiça, armário com várias peças de roupa e acessórios, cama, mesa de cabeceira, bonecos, espelho, relógio, balança, entre outros.

Nas figuras seguintes (figuras 15 - 17) podemos observar a organização deste espaço.

Figura 15 – Espaço do Faz de Co ta : E trada Figura 16 – Espaço do Faz de Co ta : Roupas

Figura 17 – Espaço do Faz de Co ta : Cozi ha

iii. Espaço dos Jogos de Mesa

Este espaço está reservado à realização de jogos, os quais necessitam de uma mesa como suporte.

O jogo “é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana” (Huizinga, 2007: 33).

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15

O Espaço de Jogos de Mesa possui puzzles, jogos de

memória, blocos lógicos, legos, jogos de enfiamento, jogos de construção e jogos de correspondência (figura 18).

No quadro 4 estão elencados os objetivos e as regras deste espaço.

Quadro 4 – Objetivos e Regras do Espaço dos Jogos de Mesa

Objetivos Regras

 Respeitar as outras crianças;  desenvolver a autonomia pessoal;  incrementar a confiança;

 conhecer as regras do jogo;  explorar diferentes materiais;  ordenar;

 formar padrões;

 desenvolver a noção de número;  reconhecer símbolos;

 identificar números;  dispor corretamente o jogo;  reconhecer cores e objetos.

 Não estragar os materiais;

 deixar tudo arrumado ao terminar a atividade;

 não espalhar as peças do jogo por outros espaços;

 neste espaço podem permanecer todas as crianças.

iv. Espaço dos Jogos de Chão

Este espaço tem jogos de construção e desenvolvem-se no chão (figura 19) e tem os objetivos e as regras que constam no quadro 5.

Figura 18 – Jogos de Mesa

(31)

16

Quadro 5 – Objetivos e Regras do Espaço dos Jogos de Chão

Objetivos Regras

 Respeitar as outras crianças;  desenvolver a autonomia pessoal;  incrementar a confiança;

 conhecer as regras do jogo;  explorar diferentes materiais;  desenvolver a noção de número;  reconhecer símbolos;

 dispor corretamente o jogo;  reconhecer cores e objetos.

 Não estragar os materiais;

 deixar tudo arrumado ao terminar;  não espalhar o jogo por outros espaços;  podem permanecer, no máximo, 5 crianças.

v. Espaço da Escrita e da Leitura

Este espaço possui livros para estimular a leitura mas também a escrita (figuras 20 e 21).

Figura 20 – Espaço da Escrita e da Leitura Figura 21 – Quadro com Letras e Números

No que concerne à escrita, as OCEPE indicam-nos que “esta abordagem à escrita situa-se numa perspectiva de literacia enquanto competência global para a leitura no sentido de interpretação e tratamento da informação que implica a «leitura» da realidade, das «imagens» e de saber para que serve a escrita, mesmo sem saber ler formalmente” (Ministério da Educação, 2007: 66).

Neste espaço, as crianças manipulam livros e letras, são transportadas a universos fantasiosos através da leitura das imagens. Desenvolvem a memorização e iniciam-se na expressão escrita, não

(32)

17

tendo ainda a noção das regras da Língua Portuguesa. Os seus objetivos e regras são as que se elencam no quadro 6.

Quadro 6 – Objetivos e Regras do Espaço da Leitura e da Escrita

Objetivos Regras

 Promover o hábito da leitura;  manipular os livros;

 desenvolver a expressão oral e escrita;  respeitar os livros;

 estimular o imaginário e o sentido estético.

 Não rasgar os livros;  não sujar os livros;

 só podem estar, no máximo, 4 crianças.

Pode-se encontrar neste espaço livros, cadernos (das crianças que irão ingressar no 1º ano do 1º CEB), quadro magnético, letras magnéticas, jornais e revistas.

vi. Espaço da Expressão Plástica

O Espaço da Expressão Plástica promove o desenvolvimento de diversas atividades manuais. Este espaço possui o material necessário à sua realização (figuras 22 e 23).

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18

Os seus objetivos e regras são as que constam no quadro 7.

Quadro 7 – Objetivos e Regras do Espaço da Expressão Plástica

Objetivos Regras

 Estimular a criatividade;  desenvolver o sentido estético;

 adquirir hábitos de observação visual e retentiva das linhas e formas dos objetos;

 desenvolver a destreza manipulativa, mediante diferentes técnicas e materiais;

 observar e explorar a plasticidade dos corpos.

 Ter cuidado com os materiais;  arrumar todo o material após a

conclusão da atividade;  partilha de materiais.

“As actividades de expressão plástica são de iniciativa da criança que exterioriza espontaneamente imagens que interiormente construiu. Tornam-se situações educativas quando implicam um forte envolvimento da criança que se traduz pelo prazer e desejo de explorar e de realizar um trabalho que considera acabado” (Ministério da Educação, 2007: 61).

Neste espaço a criança utiliza materiais, instrumentos específicos e códigos próprios que influenciam o desenvolvimento da motricidade fina. A Expressão Plástica proporciona momentos em que a criança exprime as suas vivências individuais ou de grupo, reproduz momentos de atividades, passeios, histórias ou tema livre. Através da utilização das várias técnicas a criança exprime os seus sentimentos, dúvidas e experiências.

Este espaço tem lápis de cor, canetas de feltro, giz colorido, lápis de cera, tesouras, colas, materiais recicláveis, folhas brancas, picos e esponjas, plasticina, tintas, pincéis e um cavalete.

vii. Espaço da Reunião

Este espaço destina-se para diversas atividades (figuras 24 e 25). Logo pela manhã é utilizado para marcar as presenças das crianças, assim como registar o estado do tempo meteorológico, entre outras tarefas. É, ainda, usado para a realização de diálogos, de discussões e de decisões tomadas pela educadora e pelas crianças.

(34)

19

Figura 24 – Quadros do Espaço da Reunião Figura 25 – Espaço da Reunião

Assim, os objetivos e regras do mesmo são as que constam no quadro 8.

Quadro 8 – Objetivos e Regras do Espaço da Reunião

Objetivos Regras

 Desenvolver a expressão oral;  respeitar as outras crianças;  estimular a criatividade.

 Respeitar os colegas;

 fazer silêncio quando a educadora ou os colegas estão a falar;

 levantar a mão quando se quer falar.

“A capacidade do educador escutar cada criança, de valorizar a sua contribuição para o grupo, de comunicar com cada criança e com o grupo, de modo a dar espaço a que cada um fale, fomentando o diálogo entre crianças, facilita a expressão das crianças e o seu desejo de comunicar” (Ministério da Educação, 2007: 66).

Este espaço destina-se, ainda, à exploração de temas entre a educadora e as crianças, assim como cantar músicas novas ou já aprendidas, e ainda dentro da rotina marcar as estrelas do lanche e a data do dia.

viii. Outros espaços

No quadro 9 apresentamos figuras com os outros espaços existentes na sala (figuras 26 - 31). As crianças têm liberdade para os utilizar sempre que o desejarem.

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Quadro 9 – Outros Espaços da Sala de Atividades

Espaço Figuras Espaço Figuras

Espaço supermercado “Cogumelo”

Figura 26 – Espaço Supermercado Cogu elo

Espaço dos Fantoches

Figura 27 – Espaço dos Fantoches

Espaço da oficina

Figura 28 – Espaço da Oficina

Espaço da Expressão Musical

Figura 29 – Espaço da Expressão Musical

Espaço da Garagem

Figura 30 – Espaço da Garagem

Espaço da Informática

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21

ix. Espaço “Ginásio Campeão”

A meio do 3.º período foi feita uma alteração na sala: foi criado o espaço “Ginásio Campeão” (figura 32) que substituiu o espaço “Supermercado Cogumelo”.

Esta mudança aconteceu após uma saída de estudo à Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto (ESECD). Um dos objetivos da visita foi conhecer o ginásio, no âmbito do desenvolvimento do tema “A atividade física como promotora de saúde” que decorria nesse momento, de forma a terem conhecimento da constituição de um ginásio, bem como dos materiais e aparelhos que o preenchem. No quadro 10 estão apresentados os objetivos e regras do espaço.

Quadro 10 – Objetivos e Regras do Espaço Gi ásio Ca peão

Objetivos Regras

 Promover o gosto pela atividade física;

 explorar os materiais;  respeitar as outras crianças.

 Não ocupar os outros espaços;  não estragar os materiais;

 só podem estar, no máximo, 3 crianças.

Neste espaço encontramos os seguintes materiais: bolas saltitonas, halteres, barra de peso, pesos para os pés, arcos, cordas e um colchão, sendo alguns destes materiais feitos por nós com material reciclável.

Em termos gerais, constatamos que esta sala de atividades do Jardim de Infância da Póvoa do Mileu apresenta as seguintes caraterísticas:

 é um espaço amplo e luminoso;

 a acessibilidade poderia ser melhor (não há rampa de acesso, só escadas);  o conforto térmico é deficitário (por exemplo, não há aquecimento central);  as tomadas não estão devidamente protegidas;

 carece de extintores;

 as instalações sanitárias não estão adaptadas ao grupo etário.

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22

É de salientar que as crianças não podem escolher sempre as mesmas áreas, obrigando-se assim à rotatividade pelas outras diferentes. Por outro lado, ao escolherem uma área não a podem abandonar a qualquer momento, criando e desenvolvendo sentido de responsabilidade e poder/tomada de decisão sobre as suas escolhas.

As rotinas desta sala são as que constam no quadro 11:

Quadro 11 – Rotinas da Sala de Atividades

Horas Atividades Iniciativa Forma do grupo Local

09h00

-09h40 Acolhimento das crianças. Realização de jogos de mesa. Educadora Auxiliar Em grande grupo. Espaço jogos de mesa.

09h40

-09h45 Arrumação dos jogos. Educadora Crianças Em grande grupo. Espaço dos jogos de mesa.

09h45 -

09h55 Físico-motora. Educadora Em grande grupo.

Espaço de expressão plástica. (obs. afastam-se as mesas e cadeiras).

09h55 -

10h00 Ida à casa de banho. Educadora Auxiliar Em grande grupo. Casa de banho.

10h00 -

10h30 Lanche da manhã. Educadora Auxiliar Em grande grupo.

Espaço da expressão plástica, com utilização de uma toalha própria.

10h30 - 11h15

Marcação de presenças, estrelas*, o tempo meteorológico e data do dia. Diálogo com as crianças no espaço reunião sobre a planificação do trabalho para o dia.

Educadora

Crianças Em grande grupo. Espaço da reunião.

11h15 -

11h50 Realização de atividades/trabalhos. Atividades livres nos espaços da sala. Crianças

Em grande grupo ou individualmente. Espaço da expressão plástica. Espaços da sala. 11h50 -

12h00 Ida à casa de banho. Educadora Auxiliar Em grande grupo. Casa de banho.

12h00 -

14h00 Almoço. CAF.

14h00 -

15h00 Diálogo com as crianças no espaço reunião. Educadora Crianças Em grande grupo. Espaço da reunião.

15h00 -

15h50 Realização de atividades/trabalhos. Atividades livres nos espaços da sala. Crianças

Em grande grupo ou de forma individual. Espaço da expressão plástica. Espaços da sala. 15h50 -

16h00 Arrumação. Ida à casa de banho. Educadora Crianças Em grande grupo. Casa de banho.

*lanche com estrelas foi uma atividade que surgiu da ação conjunta com um nutricionista e teve como principal objetivo sensibilizar pais e crianças a realizarem uma alimentação saudável. Tem estrelas ao lanche quem comer alimentos saudáveis. Assim, por cada alimento saudável ingerido, tem 1 estrela (exemplo: uma peça de fruta – 1 estrela; 1 pão – 1 estrela; compota caseira – 1 estrela, etc.).

(38)

23

1.3.2.

Caraterização da Escola EB1 Espírito Santo

Figura 33 – Escola EB1 Espírito Santo

Fonte6

No que respeita à escola do 1º CEB, a nossa PES decorreu na Escola Espírito Santo da Guarda (figura 33). Esta encontra-se localizada na Rua Paiva Couceiro, bem no centro histórico da Guarda, embora já fora das muralhas da cidade. Nas suas imediações encontramos as muralhas da antiga cidadela, bem como uma das suas portas de entrada e saída. O centro da cidade mais alta de Portugal tem um vasto património artístico, representativo da história desta cidade, tais como a Torre de Menagem e a estátua de D. Sancho I.

Esta escola tem uma localização privilegiada, ficando assim perto de muitos serviços e de um leque variado de comércio. No que concerne aos serviços, podemos encontrar instituições bancárias, a Segurança Social, várias forças policiais (GNR, PSP), os correios, a Câmara Municipal, hospitais, farmácias, a repartição das finanças, o estádio municipal, a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, o Museu da Guarda, o Teatro Municipal da Guarda, a Escola do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico de Santa Clara, onde se situa a sede do agrupamento de escolas da Área Urbana da Guarda e ao qual pertence a Escola EB1 Espírito Santo.

Quanto ao comércio existente encontramos, na sua maioria, cafés e restaurantes, pastelarias/padarias, diferentes géneros de lojas (sapatarias, pronto a vestir, ourivesarias, entre outras), mercearias (lojas antigas e tradicionais) e o centro comercial Vivaci.

A escola EB1 Espírito Santo é composta por dois pisos, sendo que no primeiro encontramos duas salas de aula, um hall de receção, uma sala polivalente, a sala dos professores, casas de banho

(39)

24

(para os adultos e para os alunos) e uma sala de convívio para os adultos. No segundo piso apenas se encontram duas salas de aula.

No exterior há um pátio com uma zona de baloiços e com espaço livre para as brincadeiras dos alunos durante os intervalos.

Na escola lecionam 4 professores, sendo que cada um é titular de uma turma dos 4 anos de escolaridade. Há 3 assistentes operacionais, 2 professores coadjuvantes, bem como 1 professora de apoio educativo especial e, ainda, 6 professores para as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), nas áreas de Inglês, TIC, Apoio ao Estudo, Atividade Física e Desportiva e podemos ainda assinalar a presença de 2 alunas estagiárias.

1.3.2.1. Caraterização da Sala de Aula

A sala onde exercemos a nossa prática de ensino supervisionada foi a sala 3, sendo esta constituída por 19 mesas, 30 cadeiras, 4 armários, 1 computador, 1 quadro branco, 1 retroprojetor e 1 caixote de lixo, de acordo com a planta apresentada (figura 34).

Figura 34 – Planta da Sala 3 da Escola EB1 Espírito Santo

É uma sala ampla com 3 janelas de tamanho significativo o que lhe confere muita luminosidade (figura 35). Os alunos dispõem, na sala, de armários para arrumar os seus dossiês e materiais (figura 36).

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Figura 35 – Sala 3 da Escola EB1 Espírito Santo Figura 36 – Armários da Sala 3

As mesas e cadeiras estão dispostas por filas, sendo que os alunos se encontram por pares, à exceção de 5 alunos que estão sozinhos, pois os mesmos são muito distraídos.

A sala dispõe, ainda, de um retroprojetor. Este equipamento é de grande relevância nas estratégias de ensino e aprendizagem. É utilizado tanto pelos

alunos como pelos docentes.

Fixado, na parede, há um quadro (figura 37) com as regras que os alunos devem respeitar na escola.

Todo o material existente na sala é suficiente e bastante apropriado para os 25 alunos da turma.

Podemos, ainda, observar a existência de três placares onde estão expostos os trabalhos dos alunos, como podemos verificar, a título de exemplo, nas figuras 38 e 39.

Figura 37 – Quadro de Regras de Comportamento e de Vivência na Escola

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Figura 38 – Quadro de Exposição dos Trabalhos dos Alunos

Figura 39 – Quadro de Exposição dos Trabalhos dos Alunos

Relativamente à segurança na sala de aula, observamos que não há nenhum extintor na mesma, apenas na sala de convívio, no piso de baixo. Nesta última sala há, ainda, uma caixa de primeiros socorros.

Importa ainda mencionar o horário da turma D 21 (quadro 12):

Quadro 12 – Horário da Turma D21 do 4º ano

Tempos Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

09:00 – 09:45 1.º tempo Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa 09:45 – 10:30

2.º tempo Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa

11:00 – 12:00 3.º tempo Matemática Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Matemática Período de almoço 14:00 – 15:00 4.º tempo Expressões Artísticas (Plástica) Estudo do Meio Matemática Estudo do Meio Estudo do Meio 15:00 – 16:00 5.º tempo Estudo do Meio Expressão Físico-Motora Expressões Artísticas (Música) Estudo do Meio Expressões Artísticas (Dramática)

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27

1.4.

Caraterização das turmas

Este subcapítulo é dedicado à caraterização das turmas onde realizámos as respetivas práticas de ensino supervisionada (PES I e PES II).

1.4.1.

Grupo da Educação Pré-escolar

Segundo Piaget, as crianças do período pré-escolar encontram-se no estádio pré-operatório. Este estádio vai dos 2 aos 7 anos (Piaget, 1989). Neste “a criança desenvolve um sistema de representações e usa símbolos para representar pessoas, lugares e acontecimentos. A linguagem e o jogo simbólico são manifestações importantes deste estádio” (Papalia et al, 2001: 24).

Neste período, as crianças apresentam alterações a vários níveis, nomeadamente no desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.

i) Desenvolvimento físico

É por volta dos 3 anos que as crianças começam a perder as caraterísticas de bebé. Neste período de vida as crianças crescem, normalmente, “5 a 8 centímetros e ganham 2 a 3 quilos por ano” (Papalia et al, 2001: 282). A nível da dentição, por volta dos 3 anos, a criança já tem os primeiros 20 dentes, não havendo restrição à mastigação, e aos 6 anos desenvolve a dentição definitiva. Uma alimentação saudável e uma boa higiene são condicionantes deste desenvolvimento.

O desenvolvimento físico incorpora o desenvolvimento motor e, relativamente a este, podemos referir que é nesta fase que as crianças fazem grandes progressos ao nível da motricidade grossa e fina, tais como, correr e saltar, abotoar e desenhar, respetivamente. De igual forma, neste período, definem a preferência pela mão direita ou pela mão esquerda, determinando, assim, se serão destros ou esquerdinos.

Referimos, de seguida, algumas competências grossas e finas que se desenvolvem progressivamente nestas idades. Relativamente às competências grossas podemos apontar os seguintes exemplos: conseguirem virar ou parar de forma rápida, saltar, saltar ao pé coxinho e subir escadas.

As competências finas referem-se a todas as tarefas que envolvam a coordenação óculo-manual e pequenos músculos. Estas permitem à criança uma maior autonomia, bem como responsabilidade por si e pelo seu corpo. As que são desenvolvidas nesta faixa etária são: apertar os atacadores dos sapatos, abotoar os botões, cortar utilizando a tesoura e desenhar e pintar.

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28

À medida que as crianças adquirem as competências grossas e finas, que atrás escrevemos, ficam habilitadas e aptas para adquirirem novas competências de nível mais complexo.

ii) Desenvolvimento cognitivo

Quanto ao desenvolvimento cognitivo, as crianças na Educação Pré-escolar encontram-se no estádio pré-operatório, como já referimos.

Neste estádio têm um desenvolvimento notório a nível da função simbólica, da compreensão das identidades, da compreensão da causa e efeito, da capacidade para classificar e da compreensão do número. Tais capacidades só estarão completamente desenvolvidas no período escolar (Papalia et

al, 2001).

Quanto à função simbólica esta é, e passamos a citar, “a capacidade para usar símbolos ou representações mentais – palavras, números ou imagens aos quais a pessoa atribui significado” (Papalia et al, 2001: 312). Estes símbolos são importantes e indispensáveis para as crianças uma vez que lhes permite recordar e falar de determinadas coisas perante a sua ausência.

O mesmo autor refere, ainda, que a compreensão das identidades significa que “o mundo está mais ordenado e previsível; as crianças têm consciência de que as alterações superficiais não mudam a natureza das coisas” (Papalia et al, 2001: 312).

Ao nível da compreensão da causa e efeito, para as crianças, neste período, “torna-se mais evidente que o mundo está organizado [e para] além disso elas percebem que podem provocar os acontecimentos” (Papalia et al, 2001: 312).

Através da capacidade de classificar, a criança consegue organizar objetos, pessoas ou acontecimentos em categorias com significado.

Quanto à compreensão do número, as crianças conseguem contar e lidar com as quantidades. No entanto, Piaget definiu algumas limitações no período das pré-operações, como por exemplo a centração e o egocentrismo. Entende-se por centração a incapacidade que a criança tem de se descentrar perante uma situação, ou seja, a criança centra-se apenas num determinado aspeto da mesma, não conseguindo pensar ao mesmo tempo noutros aspetos.

O mesmo autor entende que o egocentrismo é uma forma de centração e define este como o estado em que “a criança pensa, sobretudo, para si, sem procurar ou sem chegar a se colocar do ponto de vista de outrem” (Piaget, 1967: 15).

Dentro do desenvolvimento cognitivo encontramos um ponto essencial que se desenvolve neste período escolar – o desenvolvimento da linguagem. Uma vez que durante a educação pré-escolar a criança é bastante ativa e curiosa, esta vai colocando várias questões sobre tudo o que a rodeia e, consequentemente, vai desenvolvendo as suas competências linguísticas. Ao mesmo tempo,

Referências

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