Derecho, gobernanza e innovación:
Dilemas jurídicos de la contemporaneidad
en perspectiva transdisciplinar
Directores
Rubén Miranda Gonçalves
Fábio da Silva Veiga
Coordinadora
Maria Manuela Magalhães
Universidade Portucalense
Porto, Portugal
Título: Derecho, gobernanza e innovación: Dilemas jurídicos de la contemporaneidad en perspectiva transdisciplinar
Dirección:
© Rubén Miranda Gonçalves (Universidade de Santiago de Compostela) © Fábio da Silva Veiga (Universidade de Vigo)
Coordinación:
© Maria Manuela Magalhães (Universidade Portucalense, Portugal)
1ª edición, 2017
ISBN: 978-972-9354-46-5
DOI: http://dx.doi.org/10.21788/isbn.978-972-9354465
Universidade Portucalense – Infante D. Henrique Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 541/619 4200-072 Porto
Portugal
Como citar: APA (6.ª ed.):
Miranda Gonçalves, R., Veiga, F. S., & Magalhães, M. M. (Eds.). (2017). Derecho, gobernanza e innovación:
Dilemas jurídicos de la contemporaneidad en perspectiva transdisciplinar. Porto: Universidade Portucalense.
ISBN 978-972-9354-46-5. doi: http://dx.doi.org/10.21788/isbn.978-972-9354465
ISO 690:
MIRANDA GONÇALVES, Rubén, VEIGA, Fábio da Silva e MAGALHÃES, Maria Manuela, eds. Derecho, gobernanza
e innovación: dilemas jurídicos de la contemporaneidad en perspectiva transdisciplinar. Porto: Universidade
Portucalense, 2017. ISBN 978-972-9354-46-5. Doi: http://dx.doi.org/10.21788/isbn.978-972-9354465 Este livro eletrónico está protegido pela Licença Creative Commons (BY-NC)
Comité Científico
André Lamas Leite (Universidade do Porto)
Antonio Carlos Pereira Menaut (Universidad de Santiago de Compostela)
António Gaio Junior (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Antonio Tirso Ester Sánchez (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria)
Armando Luiz Rovai (PUC-SP/Mackenzie)
Catarina Santos Botelho (Universidade Católica Portuguesa, Portugal)
Daniela Serra Castilhos (Universidade Portucalense)
Emilia Santana Ramos (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria)
Enoque Feitosa Sobreira Filho (Universidade Federal da Paraíba)
Érica Guerra da Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Fábio da Silva Veiga (Universidade de Vigo)
Gabriel Martín Rodríguez (Universidad Europea de Madrid)
Gilberto Atencio Valladares (Universidad de Salamanca)
Gonzalo Martínez Etxeberria (Universidad de Deusto)
Heron Gordilho (Universidade Federal da Bahia)
Irene Patrícia Nohara (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Irene Portela (IPCA)
Jaime Aneiros Pereira (Universidad de Vigo)
Joaquim Freitas da Rocha (Universidade do Minho)
Jose Gabriel Assis de Almeida (UNIRIO, Brasil)
Julio Álvarez Rubio (Universidad de Cantabria)
Lorena Freitas (Universidade Federal da Paraíba)
Lorenzo Mateo Bujosa (Universidad de Salamanca)
Lucas Gonçalves da Silva (Universidade Federal de Sergipe, Brasil)
Luciana Aboim Machado Gonçalves da Silva (Universidade Federal de Sergipe,
Brasil)
Luísa Neto (Universidade do Porto)
Marco Aurélio Gumieri Valério (Universidade de São Paulo)
Marcos Augusto Perez (Universidade de São Paulo)
Margareth Vetis Zaganelli (Universidade Federal do Espírito Santo)
Maria Cruz Barreiro Carril (Universidad de Vigo)
Maria Manuela Magalhães (Universidade Portucalense)
Maria Pilar Canedo (Universidad de Deusto)
Pablo Fernández Carballo-Calero (Universidad de Vigo)
Ricardo Gavilán (Universidad Nacional de Asunción)
Rubén Miranda Gonçalves (Universidad de Santiago de Compostela)
Salvador Tomás Tomás (Universidad de Murcia)
Sebastién Kiwonghi Bizawu (Escola de Direito Dom Helder)
Viviane Côelho de Séllos Knoerr (Unicuritiba)
Sumário
LA CONTRATACIÓN PÚBLICA PARA LA INNOVACIÓN EN COLOMBIA ... 12
DIANA CAROLINA VALENCIA-TELLO ... 12
JUAN DAVID DUQUE BOTERO ... 12
DOS NOVOS PARADIGMAS DA AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE E A NECESSIDADE DE UNIFORMIZAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAS ... 19
ARMANDO LUIZ ROVAI ... 19
PAULO SÉRGIO NOGUEIRA SALLES JR ... 19
O MODELO DE GOVERNAÇÃO POR RECURSO AO FEDERALISMO POLÍTICO: UMA VISÃO PARA O MUNDO E PARA A UNIÃO EUROPEIA ... 35
RUI MIGUEL ZEFERINO FERREIRA... 35
O MEIO AMBIENTE COMO ASPECTO DA RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DO CASO GABCÍKOVO-NAGYMAROS PARA O DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL ... 48
GABRIELA SOLDANO GARCEZ ... 48
NANOTECNOLOGIA E RISCOS SANITÁRIOS ... 62
GABRIELLE KÖLLING ... 62
THIAGO DE PAULALEITE ... 62
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FACE ÀS CÂMERAS ... 68
MARIANA ALMEIDA KATO ... 68
A JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA COMO TENDÊNCIA DA ATUAÇÃO JURISDICIONAL CONTEMPORÂNEA NO BRASIL ... 75
MURILO NAVES AMARAL ... 75
PROTEÇÃO DA DIVERSIDADE: UM PRINCÍPIO INVISÍVEL ... 90
FERNANDO RODRIGUES DA MOTTA BERTONCELLO... 90
INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES FISCAIS: O USO DE SOFT LAW NA EVOLUÇÃO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA INTERNACIONAL ... 102
LUCIANA PACÍFICO DE ARAÚJO SPONQUIADO ... 102
BRASIL À EXEMPLO DE BRASIL: JULGAMENTO COLEGIADO EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO PARA ALÉM DO QUE DISPÕE A LEI 12.694/2012 ... 109
IANA KARINE CORDEIRO DE CARVALHO ... 109
OLÍVIA MARIA CARDOSO GOMES ... 109
ATIVISMO JUDICIAL E DIREITOS FUNDAMENTAIS: A NEGOCIAÇÃO PROCESSUAL COMO NOVO PARADIGMA DE EFETIVIDADE ... 123
JAIME LEÔNIDAS MIRANDA ALVES ... 123
SIGILO DA ADVOCACIA EM XEQUE: BREVES APONTAMENTOS EM RELAÇÃO AOS DEVERES DE COMPLIANCE DO ADVOGADO ... 130
MARCELO AUGUSTO RODRIGUES DE LEMOS ... 130
A (DES)NECESSIDADE DE PRODUÇÃO EXCEDENTE EMBRIONÁRIA NA PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA ... 144
SINAIS NORMATIVOS DA VINCULAÇÃO CONSTITUCIONAL DA FUNÇÃO PÚBLICA NO BRASIL AO REGIME
JURÍDICO-ADMINISTRATIVO ... 158
ANTONIO RODRIGUES DO NASCIMENTO ... 158
PERSPECTIVAS DE UTILIZAÇÃO DE UM CIVIL JURY TRIAL NO BRASIL PARA O JULGAMENTO DE AÇÕES ENVOLVENDO DANOS MORAIS E A DEMOCRATIZAÇÃO DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO ... 174
ALEX MEIRA ALVES ... 174
CLÁUDIO OLIVEIRA DE CARVALHO ... 174
VENTURE CAPITAL REGULATION AND INVESTMENT ENTITIES IN PORTUGAL ... 189
FREDERICO FAYAD NASCIMENTO ... 189
UMA VISÃO CONSTITUCIONALIZADA DOS DANOS MORAIS: O DIREITO FUNDAMENTAL À INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA ... 201
ALEX MEIRA ALVES ... 201
CLÁUDIO OLIVEIRA DE CARVALHO ... 201
MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO ALTERNATIVO DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS COMO SUBSÍDIO PARA DESJUDICIALIZAR O PODER JUDICIÁRIO ... 214
CAROLINE BUARQUE LEITE DE OLIVEIRA ... 214
PRINCÍPIOS DA ADEQUAÇÃO SELETIVA E DA CONTRIBUTIVIDADE: UMA ANÁLISE CRÍTICA ANTE AOS DESAFIOS DO FINANCIAMENTO DO REGIME GERAL DA SEGURANÇA SOCIAL ... 221
J.EDUARDO AMORIM ... 221
SOCIAL DAMAGES - PORTUGUESE AND BRAZILIAN PERSPECTIVES ... 236
JOÃO PEDRO LEITE BARROS ... 236
O SUPERIOR INTERESSE DAS CRIANÇAS E SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS FAMILIARES . 252 HELENA DO PASSO NEVES ... 252
ROSANE DO SOCORRO COUTO PINHO ... 252
RUSSIA AND ITS CONNECTIONS WITH THE FAR-RIGHT PARTIES OF EUROPE, A CHALLENGE TO HUMAN RIGHTS AND LIBERAL ORDER PRINCIPLES ... 265
VASILE CIORICI ... 265
ACESSO À JUSTIÇA E INTERESSE DE AGIR: A PROBLEMÁTICA DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO ... 275
ALBANO BUSATO TEIXEIRA ... 275
FRANCIELI FREITAS MEOTTI ... 275
LA CONSCRIPCIÓN MILITAR COMO PEOR FORMA DE TRABAJO INFANTIL ... 281
TANIA GARCÍA SEDANO ... 281
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INADEQUAÇÃO DOS SERVIÇOS DESCONCENTRADOS PARA PROMOVER O PODER LOCAL À LUZ DA ORGANIZAÇÃO DEMOCRÁTICA DO ESTADO PORTUGUÊS ... 290
ARTUR DE SOUSA CARRIJO ... 290
O DIÁLOGO DAS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL E O PRINCÍPIO ANTICORRUPÇÃO - NORMA DE JUS COGENS? ... 297
PAULO AUGUSTO DE OLIVEIRA ... 297
IS TRANSPARENCY A USEFUL TOOL FOR FIGHTING CORRUPTION? ... 311
NATÁLIA REZENDE DE ALMEIDA SANTOS ... 311
DIREITO FUNDAMENTAL À CULTURA E REGISTRO DO PATRIMÔNIO IMATERIAL NO BRASIL: REFLEXÃO JURÍDICA SOBRE A SALVAGUARDA PÚBLICA DAS AÇÕES ANTRÓPICAS ... 326
OS MIGRANTE E REFUGIADOS DEFICIENTES E O PACTO GLOBAL PARA MIGRAÇÃO SEGURA ... 333
FERNANDO RODRIGUES DA M.BERTONCELLO... 333
ISABELLE DIAS CARNEIRO SANTOS ... 333
ESTRATÉGIAS LEGAIS DE EFETIVAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO FRENTE A COMPLEXIDADE CRIMINOSA ... 344
VINICIOS BATISTA DO VALLE ... 344
MARCELO LEMOS ... 344
O ARMAZENAMENTO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO E A TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL ... 357
RENATA DE ALMEIDA MONTEIRO ... 357
LAS FACULTADES DE CONTROL DE LA INFORMACIÓN PERSONAL EN EL REGLAMENTO GENERAL DE PROTECCIÓN DE DATOS ... 363
DANIEL JOVE-VILLARES ... 363
A APLICABILIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS NOS TRIBUNAIS DO BRASIL ... 381
HUGO ROGÉRIO GROKSKREUTZ ... 381
APLICAÇÃO DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NOS CRIMES AMBIENTAIS: O CASO DO RIO DOCE. ... 397
CHARLES DE SOUSA TRIGUEIRO ... 397
ÁLVARO DUARTE ... 397
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO BRASILEIRA: ESTUDO DE CASO DOS PORTAIS DOS EXECUTIVOS MUNICIPAIS DO SUL DE SANTA CATARINA ... 412
SEMÍRAMIS DAROS IDALINO ... 412
MARCIELE BERGER BERNARDES ... 412
A ECONOMIA COMPARTILHADA E SEUS DESAFIOS NO BRASIL ... 419
LUIZ GUEDES DA LUZ NETO ... 419
SAME RIGHTS ONLINE AND OFFLINE: PERSPECTIVE OF GENDER ON TIMES OF TECHNOLOGY ... 433
CATARINA ARAÚJO SILVEIRA WOYAMES PINTO ... 433
LA DETERMINACIÓN DE LA BASE IMPONIBLE EN EL IMPUESTO SOBRE SOCIEDADES. RÉGIMEN GENERAL. UNA PERSPECTIVA DE DERECHO COMPARADO DE ESPAÑA Y PORTUGAL ... 447
SUSANA CRISTINA RODRIGUES ALDEIA ... 447
FUNDAMENTOS PARA A DESCOLONIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA A PARTIR DA TEORIA CRÍTICA DOS DIREITOS HUMANOS ... 454
GABRIELA CRISTINA BRAGA NAVARRO ... 454
BRUNA MARIA EXPEDITO MARQUES ... 454
MEDIAÇÃO: MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRA ... 469
TAUA LIMA VERDAN RANGEL... 469
LUCIANE MARA CORREA GOMES ... 469
AS CUSTAS PROCESSUAIS E O DIREITO FUNDAMENTAL DE ACESSO À JUSTIÇA EM PORTUGAL ... 475
ISABEL BRITES ... 475
A SOLUÇÃO AMIGÁVEL DOS CONFLITOS NA COMISSÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS ... 485
LUCIANE MARA CORREA GOMES ... 485
CARMEN CAROLINE DO CARMO FERREIRA NADER ... 485
ÓRGÃO REGULADOR ÚNICO PARA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ... 492
LA PROBLEMÁTICA DE LOS DERECHOS FUNDAMENTALES DE LOS MENORES NACIDOS MEDIANTE LA
MATERNIDAD SUBROGADA. EL DERECHO A LA VIDA PRIVADA Y FAMILIAR ... 499
APANGUELA SAMUCO ... 499
GENOMA HUMANO E A NECESSIDADE DE NOVAS RELAÇÕES ENTRE O DIREITO E A BIOÉTICA ... 510
MICHELLE SOARES GARCIA ... 510
PRÁTICAS INSTITUCIONAIS NO EXCURSO DA REINSERÇÃO A PARTIR DE UMA VISÃO JURÍDICA-EMPÍRICA CRÍTICA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO PORTUGUÊS ... 517
MARCO RIBEIRO-HENRIQUES ... 517
CONSTITUIÇÃO CULTURAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA ... 530
MANUEL GAMA ... 530
ISABEL POÇAS ... 530
O ESTOPPEL COMO PRINCÍPIO DE VEDAÇÃO AO COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO: A ABORDAGEM DAS CORTES INTERNACIONAIS E SUA APLICABILIDADE NO DIREITO BRASILEIRO ... 536
FILIPE GOMES DIAS COSTA ... 536
PAULO AUGUSTO DE OLIVEIRA ... 536
O TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR (TNP) E A LEGALIDADE DE ARMAS NUCLEARES NO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: O ESPECTRO DO ACORDO COM O IRÃ ... 552
PATRÍCIA ANACHE ... 552
SILVIA GABRIEL TEIXEIRA ... 552
A ARBITRAGEM INTERNACIONAL COMERCIAL COMO MEIO DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS NOS LITÍGIOS COMERCIAIS ... 559
VALERIA EMÍLIA DE AQUINO ... 559
FABIANA AUGUSTA FERREIRA LIMA ... 559
A ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS PÚBLICOS SOB O REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA COMO UM ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ... 577
CHARLES DE SOUSA TRIGUEIRO ... 577
JAQUELINE ALVES ARAÚJO DE ABREU ... 577
REPRESENTATIVIDADE DEMOCRÁTICA E CIBERDEMOCRÁTICA: A ERA DAS MULTIDÕES ... 591
FRANCINI MENEGHINI LAZZARI ... 591
BÁRBARA DAL ROSSO LIMA ... 591
O TRATAMENTO JURÍDICO-POSITIVO CONFERIDO AO ÔNUS DAS PROVAS E SUA CORRELATA INVERSÃO SOB A PERSPECTIVA PROCESSUAL CIVIL PORTUGUESA E BRASILEIRA ... 606
LUCIO CARLOS AFONSO FERRAZ , AMANDA MARA DA SILVA ... 606
MEDIAÇÃO FAMILIAR EM PAUTA: O DIÁLOGO EM PROL DA PRESERVAÇÃO DOS FILHOS ... 621
TAUÃ LIMA VERDAN RANGEL... 621
LUCIANE MARA CORREA GOMES ... 621
LEI APLICÁVEL AOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA DE COMMODITIES AGRÍCOLAS E A CONVENÇÃO DE VIENA (CISG) ... 627
SCHEILA GOMES FRANÇA ... 627
CAROLINA MERIDA ... 627
O SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO, FEDERALISMO E POLÍTICAS PÚBLICAS ... 637
MAYKEL PONÇONI ... 637
A EVOLUÇÃO DO CYBERCRIME NO DIREITO PROCESSUAL PENAL PORTUGUÊS E A OCORRÊNCIA DO MONEY MULING ... 652
MÔNICA REGINA DUARTE DA CRUZ ... 652
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO FORMA DE CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA NO ESTADO BRASILEIRO DEMOCRATICO DE DIREITO ... 662
JOSÉ EDUARDO DE SANTANA MACEDO ... 662
THAYNÁ CAXICO BARRETO MACÊDO ... 662
INTERVENÇÕES ADMINISTRATIVAS NO DIREITO DE PROPRIEDADE: O INSTITUTO DA DESAPROPRIAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO ... 677
ELAINE BRITO DA SILVA ... 677
LEVI JEFFERSON BATISTA ... 677
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E A POLÍTICA PÚBLICA DE COTAS RACIAIS NO DIREITO BRASILEIRO ... 689
MARCELO MENDES TAVARES ... 689
DOAÇÃO POST MORTEM DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO BRASIL E NA FRANÇA: UM ESTUDO COMPARADO ... 705
MARGARETH VETIS ZAGANELLI ... 705
MATHEUS BELEI SILVA DE LORENCI ... 705
A SOCIEDADE DE RISCO E O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO ... 720
GISELE ALVES BONATTI... 720
PROGRAMA “PRODUTOR DE ÁGUAS”: O USO DO MECANISMO DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS COMO INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ... 733
CAROLINA MERIDA ... 733
O CONTRATO DE PARCERIA PARA A INOVAÇÃO COMO FATOR INDUTOR DO CRESCIMENTO INTELIGENTE, SUSTENTÁVEL E INCLUSIVO ... 745
CELINE RAMOS COELHO ... 745
CONSTITUCIONALIDADE E SOCIALIDADE EM DIÁLOGO: APORTES SISTÊMICOS A UMA HODIERNA JURIDICIDADE ... 752
DULCILENE APARECIDA MAPELLI RODRIGUES ... 752
ANDRÉA MADALENA WOLLMANN ... 752
DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO: A RELEVÂNCIA DA ELABORAÇÃO DO CONTRATO ... 768
RAQUEL VEGGI MOREIRA ... 768
MARGARETH VETIS ZAGANELLI ... 768
MISTANÁSIA: VULNERABILIDADE HUMANA E DESIGUALDADE SOCIAL ... 785
HILDELIZA LACERDA TINOCO BOECHAT CABRAL ... 785
MARGARETH VETIS ZAGANELLI ... 785
IMPEACHMENT NO BRASIL: DE GRIFO DECORATIVO A CURUPIRA ... 796
THIAGO SANTOS ROCHA ... 796
MICHEL EVANGELISTA LUZ ... 796
DA RELAÇÃO ENTRE A VALIDADE DOS ACORDOS DE VOTO E O INTERESSE SOCIAL ... 810
La Contratación Pública para la Innovación en Colombia
Diana Carolina Valencia-Tello
1Juan David Duque Botero
2Universidad del Rosario (Colombia)
SUMARIO
INTRODUCCIÓN – I. LA INNOVACIÓN EN EL SIGLO XXI – II. LA CONTRATACIÓN PÚBLICA PARA LA INNOVACIÓN– III. ESTRATEGIA PARA LA INNOVACIÓN EN ENTIDADES PÚBLICAS – CONCLUSIONES - REFERENCIAS
INTRODUCCIÓN
La contratación pública es una herramienta estratégica para el cumplimiento de las metas del Estado, mediante la ejecución de políticas, planes y proyectos trazados por las administraciones. El gasto público ejecutado mediante contratación estatal tiene una importante función en el fomento de la economía y, también influencia de diversas formas el desarrollo del capital físico y humano de las sociedades. Para el caso colombiano, la OCDE estima que la contratación pública representa el 15,8% del PIB.
En los últimos treinta años los gobiernos han diversificado las adquisiciones de bienes, obras y servicios, aumentando también la participación del sector privado en el desarrollo de las diversas funciones públicas. Esto ha propiciado espacios de acercamiento entre los sectores, generando estímulos que crean nuevos modelos de colaboración, con ayuda de las nuevas tecnologías disponibles.
Así, la revolución tecnológica iniciada el siglo pasado, ha transformado el modelo económico y social, mediante la formación de redes, en donde los procesos de innovación son fundamentales. En este contexto, la Contratación Pública para la Innovación (CPI) es una nueva herramienta utilizada por los Estados para promover la productividad y la competitividad en los territorios.
Para analizar las anteriores ideas, el presente artículo presentará primero el papel de la innovación en el siglo XXI, para después definir que es la compra pública innovadora en el contexto colombiano. En el tercer capitulo explicaremos la estrategia para la innovación creada por Colombia Compra Eficiente (CCE), entidad rectora del Sistema de Compra Pública en el país, para finalizar con algunas conclusiones.
1. LA INNOVACIÓN EN EL SIGLO XXI
Años atrás, se dio inicio una nueva revolución tecnológica que tuvo la capacidad de otorgar mayor autonomía a los individuos, y consecuentemente, transformar totalmente la organización social y política conocida hasta el momento. Las nuevas tecnologías aparecieron paulatinamente en diversas áreas del conocimiento, y se evidenciaron grandes esfuerzos por el perfeccionamiento de técnicas que facilitaran el
1Profesora de Contratación Estatal de la Universidad del Rosario (Colombia). Maestría, Doctorado y Post-Doctorado
de la Universidad Federal del Paraná (Brasil).
2 Profesor de Contratación Estatal. Magíster en Derecho Administrativo de la Universidad del Rosario. Doctor en
flujo, manejo y almacenamiento de la información, potencializando en diversos niveles la comunicación entre los individuos.
Por su naturaleza, estos nuevos mecanismos de interacción permitieron la construcción de una forma de organización social alternativa (redes), que se construyó de acuerdo a esquemas capaces de superar las barreras temporales, espaciales y estructurales del modelo clásico, para materializar los procesos de comunicación de forma eficiente, en cortos periodos de tiempo.
Los nuevos desarrollos tecnológicos (computadores, celulares, internet, televisión, etc.) simplificaron los diseños de interconexión entre individuos y grupos en diferentes territorios, permitiendo nuevas expectativas de contacto en tiempo real y de forma inmediata. La creación de un espacio global que admite mayor libertad a los individuos, amplió las fronteras de diversas formas (antes impensables), y eliminó en parte, las barreras culturales, económicas y políticas. (Valencia-Tello, 2015)
De otra parte, las crisis de los modelos de economía local, las ideas sobre apertura y privatización, la adopción de postulados propios de las tendencias de globalización y el reconocimiento del rol protagónico del sector privado en los sistemas, influenciaron a los Estados a reducir el despliegue de acciones intervencionistas para permitir mayor promoción de nuevos estándares de autonomía en la sociedad y el mercado.
Bajo esas condiciones se observa como la innovación tecnológica no fue un acontecimiento aislado, sino la concreción de varios procesos y diversas habilidades que reconocieron necesidades insatisfechas para los individuos, los modelos económicos y la sociedad. Las innovaciones fueron el producto de una mentalidad económicamente eficiente, a partir de la cual se pretendió aumentar los rendimientos de cada parte del negocio mediante la organización de una red de productos y usuarios que pudieran comunicar sus experiencias de forma acumulativa, aprendiendo a utilizar y crear permanentemente nuevas tecnologías. En la década de 1990, el inicio de la era de la información3, se implanta en la sociedad para indicar una forma
específica de organización social, en donde la generación, el procesamiento y la transmisión de información se convirtieran en fuentes fundamentales de productividad y de poder, erigidas gracias a las nuevas condiciones tecnológicas que surgieron en las últimas décadas del siglo XX. (Castells, 2008, p.47)
Para Castells, un aspecto fundamental de ésta revolución tecnológica fue la aplicación de saberes e información en aparatos de generación de conocimiento y procesamiento de datos, que permitieran establecer un círculo de retroalimentación acumulativa entre la innovación y sus usos. En este nuevo contexto, el Estado debe procurar mecanismos que promuevan la innovación y, uno de ellos, es la contratación pública.
2. LA COMPRA PÚBLICA INNOVADORA
La CPI puede definirse como, el conjunto de acciones de la Administración encaminadas a incentivar la participación de aquellos sectores del mercado capaces de proporcionar invención, creatividad y nuevas ideas a la satisfacción de necesidades y objetivos perseguidos por las entidades públicas, en cumplimiento
de su misión, buscando promover el interés general y aumentando los niveles de eficiencia de los procesos de compra pública. En concordancia, “los objetivos de la CPI son: [i.] Mejorar los servicios públicos incorporando bienes o servicios innovadores. [ii.] Fomentar la innovación empresarial. [iii.] Impulsar la internacionalización de la innovación empleando el mercado público local como cliente de lanzamiento o referencia.” (EVIA, 2014) Para cumplir con estos objetivos, la CPI deberá:
(…) articularse de tal manera que se remuevan los obstáculos que impiden promover la innovación desde la demanda pública, entre ellos la posible ausencia de experiencia en las unidades de contratación en relación con la búsqueda y adquisición de soluciones consideradas innovadoras, la organización del reparto de riesgos, las cuestiones ligadas a los derechos de propiedad intelectual e industrial o la posibilidad de financiación de la actividad innovadora. (Ministerio de Ciencia e Innovación, 2011, p. 4)
La OCDE (2013) destaca que, en la actualidad, el sistema de innovación en Colombia es pequeño y carece de un centro empresarial fuerte. El gasto en I+D es sólo del 0.2 del PIB, mientras que en Brasil es del 1,2% y en la OCDE es del 2,4%. Otros indicadores de innovación tales como el registro de patentes y publicaciones científicas per cápita, sitúan a Colombia por detrás de Brasil, Chile y Argentina.
Teniendo en cuenta recomendaciones de la OCDE (2013), CCE ha empezado a trabajar en el desarrollo de una política de CPI, con el objetivo de transformar la cultura de la contratación y dinamizar la inversión en el desarrollo de soluciones innovadoras para la entrega de bienes, obras y servicios que beneficien a los ciudadanos, promoviendo que el sector privado genere nuevas formas de satisfacer las necesidades de las Entidades Estatales.
3. ESTRATEGIA PARA LA INNOVACIÓN EN ENTIDADES PÚBLICAS
Según CCE (2017), la CPI es una herramienta que busca fomentar la innovación desde la demanda de bienes y servicios de las entidades estatales. En otras palabras, busca que los proveedores creen nuevas soluciones para satisfacer las necesidades de las Entidades Públicas, cuando no existen soluciones en el mercado. Así, la Compra Pública para la Innovación permite crear o desarrollar una actividad, encontrar nuevas y mejores formas de hacer las cosas o prestar un servicio a los ciudadanos, generando mayor valor por el dinero en el Sistema de Compra Pública.
Este nuevo modelo, tiene, tres finalidades principales. (CCE, 2017) La primera, busca mejorar los servicios públicos mediante la incorporación de bienes o servicios innovadores que satisfagan, de forma más eficiente, las necesidades de los ciudadanos. La segunda, fomenta la innovación empresarial de pequeñas y medianas empresas. Y, la tercera, promueve la internacionalización y comercialización de la innovación empleando el sector público como cliente de lanzamiento o de referencia.
Según CCE (2017), los procesos de CPI pueden ser desarrollados bajo dos perspectivas, según el alcance del objeto. La primera es la Compra Pública Comercial, en donde el objeto del proceso de compra es la adquisición de un bien o servicio que requiere la adaptación tecnológica para atender la necesidad del comprador y cuya salida al mercado es a corto o mediano plazo, y la segunda, es la compra pública precomercial,
que como su nombre lo indica es un tipo de compra que no incluye actividades comerciales sobre el bien o servicio, sino que aplica cuando el proceso de compra es la adquisición de servicios de investigación y desarrollo (I+D) que permitan la exploración de alternativas, el diseño de soluciones y el prototipado de primeros productos o servicios4. Así, el grado de innovación es mayor en la compra pre-comercial pues
exige mayor investigación y desarrollo previo mediante prototipos.
CCE (2017) resalta, además que, como en ambos casos las entidades estatales y los proveedores comparten los riesgos durante la fase de co-desarrollo de la solución innovadora, también comparten los beneficios materializados en mejores condiciones de compra de la solución o en regalías de la propiedad intelectual de la solución desarrollada. De ahí, que el tema de los riesgos sea fundamental para comprender la complejidad y los límites que puede tener la Compra Pública para la Innovación en Colombia.
Teniendo en cuenta las anteriores características, se evidencia que la Compra Pública para la Innovación no es una transacción tradicional de compra y venta, pues ésta se realiza sobre bienes y servicios que no existen en el mercado y, en consecuencia, las entidades públicas deben identificar una necesidad, lanzar un reto al mercado y esperar que sea desarrollado mediante procesos innovadores por parte de potenciales proponentes.
En este punto, debe mencionarse que las relaciones desplegadas entre contratación pública y la innovación son complejas por naturaleza. En efecto, a pesar de las intenciones que se evidenciaron con la expedición del Decreto-Ley 393 de 1991, el Decreto-Ley 591 de 1991 y la Circular 6 de 2013 expedida por CCE, la compra pública innovadora requiere un nivel de sensibilización ineludible por parte del servidor público encargado de dirigir el procedimiento de compra al cual va a integrarse. Para dar mayor claridad al proceso de contratación, CCE (2017) elaboró recientemente una Guía para entender este tipo de compra.
De acuerdo a esta guía, el esquema de Compra Pública para la Innovación, es un proceso ordenado que se ejecuta en tres etapas. La primera es la planeación, la segunda es la selección y contratación y la tercera es la ejecución. Con relación a la etapa de planeación, la entidad primero debe comunicar al mercado y a los potenciales interesados y proveedores de soluciones, la necesidad que quiere contratar, buscando comenzar un dialogo técnico que permita analizar y evaluar la viabilidad de encontrar una solución innovadora, definiendo los requerimientos funcionales que deberán ser tenidos en cuenta por parte de los proveedores. En esta etapa inicial, la entidad estatal debe primero conformar un equipo de trabajo multidisciplinario con las personas que tengan el conocimiento, la experiencia y la competencia para decidir durante el proceso de contratación. Luego, la entidad debe identificar claramente los retos que enfrenta, para poder priorizar aquél que pueda generar mayor impacto en la organización.
Por supuesto, la búsqueda de iniciativas innovadoras debe partir de un exhaustivo examen sobre las condiciones del mercado. Así, resulta necesario, indagar sobre las capacidades, los adelantos y los límites
4 “El impulso de la innovación desde la demanda genera un importante impacto en los niveles de inversión en
Investigación, Desarrollo e Innovación (I+D+i) y fortalece la competitividad del país. Suponemos que el valor del presupuesto de inversión de las Entidades del Estado es en billones de pesos 84 billones, 92 y 100 en 2016, 2017 y 2018 respectivamente”. (Colombia compra eficiente, 2017, párr 4)
concretos que existen en cada sector. Esta fase que se asemeja a los estudios del mercado y del sector en un procedimiento de compra normal, busca garantizar un margen de transparencia en todo el procedimiento, dotando de herramientas reales a la entidad pública, al momento de acceder a un mercado que de por si resulta extraño para la Administración.
Así, con el reto y el mercado plenamente identificados la entidad debe delimitar las necesidades funcionales que deben suplir las posibles soluciones técnicas y/o tecnológicas que se presenten, dando claridad sobre la finalidad que persigue la entidad al lanzar el reto al mercado. En esta etapa del proceso es fundamental la participación activa de los posibles proponentes y ciudadanos, con la finalidad de asegurar que las necesidades y los requerimientos técnicos o funcionales sean correctamente identificados, registrados y comunicados a los interesados.
Una vez identificada plenamente la necesidad y los requerimientos técnicos, la entidad debe adelantar un ejercicio de vigilancia tecnológica para confirmar si la necesidad puede ser atendida por el mercado actual, pues en caso de existir, la entidad deberá adelantar el proceso normal de contratación de bienes y servicios, dado que ya existe la tecnología en el mercado y, en consecuencia, ésta adquisición no podría encuadrarse como Innovación.
En caso contrario, si la entidad estatal confirma que su necesidad puede ser atendida a través de un reto de innovación, puede lanzar una o varias convocatorias de ideas innovadoras, por medio del portal de contratación pública SECOP o por cualquier otro canal de comunicación relevante para atraer posibles proponentes. Así, se presenta el reto al mercado, y se inicia la etapa de revisión de los conceptos preliminares de los posibles proponentes.
Aquí es importante resaltar que la entidad debe ser muy cautelosa en tratar las ideas presentadas como información confidencial, pues estas ideas serán el insumo para la construcción de los Pliegos de Condiciones, razón por la cual se deben identificar plenamente las ideas que tengan derechos de propiedad intelectual. Al mismo tiempo, se debe evitar establecer requerimientos técnicos o funcionales que limiten la capacidad de innovación de proveedores interesados en participar.
La etapa de planeación finaliza con el dialogo técnico entre la oferta y la demanda, el cual se realiza mediante reuniones individuales y/o conjuntas con las personas que presentaron sus ideas innovadoras. La entidad debe establecer y divulgar las características del dialogo competitivo para dar mayor transparencia al proceso de contratación, generando confianza y promoviendo la participación de potenciales oferentes. En este orden de ideas, la entidad está obligada a mantener un equilibrio entre la transparencia que requiere el dialogo competitivo y la confidencialidad que demanda las ideas innovadoras, lo que aumenta el nivel de complejidad del proceso.
La segunda etapa, que trata sobre la selección y la contratación, comienza con la elaboración de los pliegos de condiciones, invitando a los innovadores interesados a presentar formalmente su oferta. Los pliegos de condiciones se deben elaborar con base en los insumos recogidos en la etapa de planeación, los cuales son: (i) la descripción de la necesidad, (ii) requisitos de participación, (iii) requisitos mínimos de la oferta, (iv) criterios técnicos y económicos de evaluación de la oferta, (v) riesgos y, (vi) garantías. Posteriormente, como en todo proceso de contratación pública, la entidad recibe y evalúa las ofertas conforme lo establecido en el
pliego de condiciones para finalizar esta etapa con la negociación con el innovador seleccionado para mejorar las posibilidades de éxito de la innovación y la firma del contrato.
La tercera etapa, sobre la ejecución del contrato de innovación, trata sobre el trabajo colaborativo que deben realizar la entidad junto con el proveedor, con la finalidad de asegurar los insumos y las condiciones para el cumplimiento del objeto contractual. Durante esta etapa, la entidad deberá realizar seguimiento a las obligaciones del contrato, además de evaluar el desempeño del proveedor; documentando las diversas etapas del proceso de ejecución, para finalizar con la liquidación del contrato cuando se entregue el bien o servicio contratado.
CONCLUSIONES
La CPI es una herramienta que ayuda a promover la competitividad y productividad teniendo en cuenta que en la actualidad la innovación es fundamental para: (i) utilizar eficientemente las nuevas tecnologías disponibles, (ii) abrir nuevos mercados, (iii) generar empleo, (iv) diversificar las actividades de producción agrícola, industrial y de servicios, (v) fomentando en algunos casos la sostenibilidad ambiental, entre otros. No obstante, el acceso a los beneficios de la CPI dependerá en gran medida del adecuado despliegue de la etapa de planeación, el cual incluye la concertación de los actos preparatorios, conforme los objetivos públicos que pretendan satisfacerse. Aquí el análisis del mercado es fundamental para el éxito del proceso y para ello los funcionarios públicos encargados de la CPI deben contar con el conocimiento y las capacidades técnicas necesarias para ajustar el proceso conforme los cambios y las innovaciones que surjan en el mercado.
En este orden de ideas, consideramos que en la actualidad son pocas las entidades que van a verse beneficiadas por este nuevo modelo de contratación, pues ésta es una compra pública no tradicional, que requiere alto entrenamiento de las personas a cargo y permanente dialogo con el mercado, lo que muchas veces puede generar alto riesgo para las entidades. Así, las primeras CPI que surjan en los próximos años, serán un ejemplo importante para incentivar el cambio hacia la innovación en las entidades públicas colombianas.
REFERENCIAS
CASTELLS. M. (2008) La Era de la Información. Economía, sociedad y cultura. V. I. La sociedad red. Traducción: Carmen Martínez Gimeno. 7 Ed. México: Siglo XXI. 2008.
COLOMBIA COMPRA EFICIENTE. (2017). Compra pública para la innovación. Obtenido de https://www.colombiacompra.gov.co/compra-publica-innovadora/introduccion
DUQUE BOTERO, J. D. (2017). Contratación pública estratégica, socialmente responsable y competitiva. Bogotá D.C: Tirant lo Blanch
EVIA. (2014). Mapa de oferta innovadora en TIC y Salud, vida activa e independiente. Madrid: Plataformas de tecnologías para la salud y la vida activa e independiente. Obtenido de Portal de la contratación pública
http://www.madrid.org/cs/Satellite?cid=1354307981003&language=es&pagename=PortalContratacion %2FPage%2FPCON_contenidoFinal
MINISTERIO DE CIENCIA E INNOVACIÓN. (2011). Informe 37/11. Guía sobre compra pública innovadora. 28 de octubre de 2011
OCDE. (2013) Estudios de la OCDE de las políticas de innovación en Colombia. Evaluación General y Recomendaciones. Disponible en: https://www.mintic.gov.co/portal/604/articles-4616_recurso_1.pdf VALENCIA TELLO, Diana Carolina. (2015) El Estado en la era de la globalización y las nuevas
DOS NOVOS PARADIGMAS DA AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL
DE SOCIEDADE E A NECESSIDADE DE UNIFORMIZAÇÃO DAS
DECISÕES JUDICIAS
Armando Luiz Rovai
Paulo Sérgio Nogueira Salles Jr
Sumário: 1. Da Introdução; 2. Abstract; 3. Das Inovações do
Novo Código de Processo Civil; 4. Da Definição e dos
Procedimentos para a Dissolução Parcial de Sociedade; 5.
Da Previsão da Dissolução no Novo Código de Processo
Civil; 6. Dos Expedientes e dos Instrumentos Previstos para
Promover e Defender-se na Ação de Dissolução Parcial da
Sociedade; 7. Conclusão; 8. Bibliografia.
1. Da Introdução
Nota-se que o instituto da dissolução parcial de sociedade, apesar de só ter
sido inserido como norma positivada na redação do Novo Código de Processo Civil,
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015, há décadas apresenta-se como instrumento de
vital importância na atividade empresarial e nos seus reflexos jurídicos.
Vale ressaltar, neste diapasão, que tal instituto já vinha sendo aplicado pela
doutrina e jurisprudência, de modo a acompanhar as mudanças e os fenômenos
empresarias da atividade negocial e das relações societárias. Neste sentido,
registre-se
que, por
vezes,
a
legislação
demora
anos
para
incorporar
os aspectos entendidos pacíficos e importantes pela doutrina e jurisprudência, como
é o caso do tema abordado.
Na esteira deste entendimento faz-se necessário, assim, inicialmente, afirmar
que o instituto da dissolução parcial de sociedade já fazia parte da vida cotidiana e
jurídica do país, notadamente, nas questões envolvendo litígios societários.
O Código Civil de 2002, no seu Livro II, que trata do Direito de Empresa,
especificamente, nos artigos 1028 a 1030, do texto legal, previu instrumentos para a
resolução da sociedade em relação a um sócio, o que não deixa de ser uma forma
sinônima da modalidade processual da dissolução parcial de sociedade, apenas, na
seara do direito material.
Os referidos dispositivos, pois, surgiram como uma solução para que a saída
do sócio não viesse a acarretar a extinção total da sociedade, gerando com isso
graves prejuízos para os outros sócios e, consequentemente, para a atividade
empresarial, acarretando, via de consequência, danos para os funcionários que
perderiam seus empregos e, até mesmo, prejuízos para o fisco, que sem a
continuidade da atividade empresarial não arrecadaria os tributos provenientes do
desenvolvimento da atividade negocial.
2. Abstract
It should be noted that the Institute for the Partial Dissolution of the Company,
although it was only clarified in the drafting of the Civil Procedure Code of 2016, has
for decades been an instrument of vital importance in business activity and its legal
repercussions. It is worth mentioning, in this tuning fork, that such an institute had
already been applied by doctrine and jurisprudence, in order to follow, even if in tow,
the changes and entrepreneurial phenomena of business and corporate relations. It is
worth noting, in this sense, that sometimes legislation as a device inserted in legislation
takes years to incorporate the aspects considered peaceful and important by doctrine
and jurisprudence, as is the case of the topic addressed. In the wake of this
understanding it is necessary to state that the institute of partial dissolution of society
was already part of the daily and legal life of the country, especially in matters involving
corporate litigation. In this context, it should be noted that the Civil Code of 2002, in its
Book II, which deals with Company Law, specifically in articles 1028 to 1030 of the
legal text, provided instruments for solving the company in relation to a partner, which
It is a synonymous form of the procedural modality of the partial dissolution of society,
in the field of material law. These provisions refer to the institute of resolution of the
company with respect to a partner, as a solution so that the departure of the partner
would not entail the total extinction of the company, thereby causing serious damage
to the other partners and, consequently, For the business activity, as it would cause
damages to the employees who would lose their jobs and even losses to the Treasury,
that without the continuity of the business activity would not collect taxes from the
development of the activity.
3. Das Inovações do Novo Código de Processo Civil
A fim de tecer considerações acerca da entrada em vigor do Novo Código
de Processo Civil, haja vista que a sua vigência se deu em março de 2016 e trouxe
diversas mudanças no ordenamento jurídico, observa-se que o mesmo aborda, com
particular clareza, nos artigos 599 a 609, o tema dissolução parcial de sociedade e
todos os seus desdobramentos para sua viabilização, tanto processualmente
analisando, como do ponto de vista negocial.
Trata-se de modalidade processual que pode ser definida como não
abarcada na redação do revogado Código de Processo Civil de 1973, onde se
observava a previsão da dissolução total da sociedade, expediente este que gerava
problemas práticos relevantes, como o fato de ceifar a atividade empresarial e
obstaculizar o desenvolvimento da função social da empresa.
Há de se considerar, então, que o instituto da dissolução parcial da
sociedade já existia como uma criação doutrinária e jurisprudencial e, desde o Código
Civil de 2002, devidamente previsto no ordenamento legal atinente ao direito material,
isto é, em outras palavras, sem um regramento processual próprio. Não há dúvida
quanto aos benefícios trazidos a partir do momento que os específicos artigos próprios
para a dissolução parcial de sociedade foram inseridos no diploma processual, tanto
no âmbito empresarial, como no que se refere aos aspectos relativos à previsibilidade
e segurança jurídica das relações societária.
Neste aspecto, observa-se que o instituto tem em sua criação o objetivo de
garantir os princípios da preservação da empresa e sua função social, uma vez que,
baseando-se na teoria contratualista tradicional e que tinha respaldo nos textos legais
anteriormente vigentes, a preponderância da vontade dos sócios deixava de lado a
importância institucional da empresa, com todos seus consequentes reflexos
inerentes ao desenvolvimento e equilíbrio na estrutura social.
Com base nesse ponto deve-se notar que o objetivo da empresa é cumprir
com o fim que a mesma tem no seu contrato social e de acordo com sua função social
e, assim, poder alcançar o objetivo de toda a sociedade, seja ela empresária ou
simples, com destaque no escopo de obtenção de lucro, como retorno do trabalho e
esforço implementado pelos sócios, elementos fundamentais e intrínsecos aos
princípios da livre iniciativa e da inerência do risco negocial.
Para isso, fica evidente que o Novo Código de Processo Civil expressa a
continuidade da atividade empresarial, mesmo que tenha ocorrido a saída de um dos
seus sócios.
Tal expediente evita que a dissolução parcial da sociedade acarrete a
liquidação e extinção da sociedade, quando, por exemplo, ocorre algum
desentendimento entre os sócios, a quebra da “affectio societatis”, morte de sócio ou,
simplesmente, o desejo de algum dos sócios em se desvincular/retirar do quadro
societário. Tecnicamente, no âmbito legal do Código Civil, em sua parte de Direito de
Emrpesa, trata-se de resolução da sociedade em relação a um ou alguns sócios, em
razão da saída voluntária ou motivada; expulsão ou; morte de sócio, sendo certo que
em qualquer das hipóteses aqui aventadas, ocorrerá o desfazimento dos respectivos
vínculos inerentes à participação societária.
Do ponto de vista histórico e cronológico, cumpre, ainda, esclarecer que,
há tempos atrás, a dissolução parcial da sociedade era aplicada somente nas
sociedades pessoais, por quebra da “affectio societatis”, algo hoje superado, tendo
em vista o hibridismo da sociedade limitada e sua faceta empresarial que conjuga os
elementos que formam os fatores de produção, dessarte, responsável para sua
organicidade. Inclusive, cabe aqui dizer que diante do natural dinamismo das relações
negociais, o assunto evoluiu de tal modo que atualmente admite-se até a dissolução
parcial da sociedade anônima fechada, “intuitu personae”, conforme previsto no Novo
Código de Processo Civil.
4. Da Definição e dos Procedimentos para a Dissolução Parcial de
Sociedade
A dissolução parcial da sociedade nada mais é do que a resolução do contrato
de sociedade em relação a um ou mais sócios, mediante a existência de motivos
capazes de provocar a extinção do contrato societário mas não da sociedade. Em
outras palavras, não se extingue a empresa. Caso assim o fosse, ou seja, sua
extinção, seria necessário, antes, se passar por três etapas: dissolução, liquidação e
extinção.
Isto se deve ao fato de que a dissolução é um ato declaratório que inicia o
processo de liquidação, conduzindo a um ato declaratório de encerramento da
sociedade, que representa a confirmação do seu ato de dissolução e aprovação da
liquidação.
O Código Civil de 2002 que, conforme aqui já se consignou, não utiliza o termo
dissolução parcial - em razão da sua costumeira falta de precisão, mas resolução da
sociedade em relação a um sócio -, elenca as causas da dissolução parcial, quais
sejam: i) morte do sócio; ii) retirada voluntária ou motivada (em razão de justa causa)
e, iii) a exclusão extrajudicial e judicial do sócio, por motivos de falta grave no
cumprimento de suas obrigações ou por incapacidade superveniente.
Observe-se, contudo, que o artigo 1.035 dispõe que o contrato social pode
estipular outras causas de dissolução, a serem verificadas judicialmente quando
contestadas. Deste modo, é oportuno asseverar que as causas da dissolução não são
taxativas.
No que tange a questão que envolve as sociedades anônimas a dissolução é
regulada no artigo 206 da lei 6.404/76, e pode ser de pleno direito, por decisão judicial
e por decisão administrativa, bem como, agora, pelo Novo Código de Processo Civil
quando estiver dentro dos requisitos legais.
Especificamente, no caso inexorável de morte de um dos sócios, a dissolução
da sociedade só ocorrerá quando os sucessores e os demais sócios não tiverem
interesse em manter o vínculo societário. Já a retirada do sócio pode ser motivada
nos termos do artigo 1.077 do Código civil, ou imotivada nos termos do artigo 1.029
do Código Civil. Por outro lado, a exclusão do sócio pode ser extrajudicial nos casos
do artigo 1.085 do Código Civil, e judicial mediante iniciativa da maioria dos demais
sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por
incapacidade superveniente.
No que tange à avaliação e pagamento do sócio que se resolveu a sociedade
em relação a ele, a dissolução parcial de sociedade obriga a liquidação da quota do
sócio retirante, excluído ou dos sucessores, que se tornam credores da sociedade.
Nestes casos, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente
realizado, será aduzido por meio da apuração de haveres, liquidando-se, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à
data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. O capital social
sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor inerente
à retirada deste sócio e a quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa
dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário.
5. Da previsão da Dissolução no Novo Código de Processo Civil
Abordaremos, neste tópico, a previsão deste instituto no Novo Código de
Processo Civil propriamente dito. O texto legal trata da Ação de Dissolução Parcial da
Sociedade no seu título III, Capítulo V, conforme aqui já se disse entre os artigos 599
e 609 do referido diploma legal.
Os aludidos artigos citados têm a função de regulamentar os direitos inerentes
à Ação de Dissolução Parcial da Sociedade, bem como elencar as características e
critérios da referida ação.
Nota-se que o artigo 599 visa abordar quais são as sociedades que podem ser
parcialmente dissolvidas, bem como o objeto da ação de dissolução parcial de
sociedade. Logo no artigo seguinte, já se menciona quais são os sujeitos que podem
ajuizar a referida ação.
No artigo 601, a questão do prazo em que a sociedade e os sócios serão
citados para que possam anuir com a ação ou até mesmo contestar caso seja de
interesse de algum deles.
Estabelece, na sequência, que a sociedade poderá ser indenizada com os
valores compensáveis na apuração de haveres, bem como que caso todos concordem
com a dissolução o magistrado poderá declarar a mesma de plano e assim iniciar a
fase de liquidação.
A partir do seu artigo 604, estabelece que o juiz irá instruir a fase da apuração
de haveres, momento importante, pois deve-se observar o momento exato da
resolução parcial da sociedade, pois somente com este se tem o valor exato da
empresa no momento da resolução, assim como a nomeação de um perito para que
haja a correta apuração dos haveres da sociedade.
Para dirimir o problema do momento da resolução parcial da sociedade,
estabelece no artigo 605 que este se dará:
I - no caso de falecimento do sócio, a data do óbito;
II - na retirada imotivada, o sexagésimo dia seguinte ao do recebimento,
pela sociedade, da notificação do sócio retirante;
III - no recesso, o dia do recebimento, pela sociedade, da notificação do
sócio dissidente;
IV - na retirada por justa causa de sociedade por prazo determinado e na
exclusão judicial de sócio, a do trânsito em julgado da decisão que dissolver a
sociedade; e
V - na exclusão extrajudicial, a data da assembleia ou da reunião de sócios
que a tiver deliberado.
Expressa no artigo 606 ponto deveras importante, colocando que, nas
hipóteses onde o contrato social não expresse como será feita a apuração de haveres,
esta incumbência recairá sobre o magistrado, sendo que este se fidará do balanço de
determinação que além de levar em conta bens tangíveis como intangíveis, também,
considera o preço de saída dos bens que compõe o acervo patrimonial da empresa.
Preceitua-se, aqui, feliz iniciativa do Novo Código de Processo Civil, em evidente
segurança jurídica às partes envolvidas, expressando ainda, que caso haja a
necessidade de perícia, essa deverá ser feita por um especialista em avaliação de
sociedades.
Por fim, traz nos seus dois últimos artigos referentes à ação, que os valores
auferidos de lucro serão de direito ao ex-sócio, espólio ou sucessores, bem como
ressalva que após a resolução da sociedade só serão devidos a estes o valor somado,
a correção monetária que será paga de acordo com a previsão no contrato social da
empresa, ou nos termos previstos no artigo 1031,
§ 2
o,
do Código Civil de 2002.
6. Dos expedientes e dos instrumentos previstos para promover e
defender-se na ação de dissolução parcial da sociedade
Acerca da ação de dissolução parcial de sociedade, especificamente, no que
toca ao seu desencadear processual na sociedade limitada, há de se considerar e
registrar o seguinte: o instituto já era amparado pela doutrina e aceito pelos tribunais
brasileiros como um entendimento pacífico, pois, produzia a possibilidade de retirar
da sociedade um sócio que não trouxesse mais benefícios à sociedade, ou não mais
contribuísse a contento com o desenvolvimento de seu objetivo econômico,
especialmente, delineado pelo lucro empresarial e com respaldo moral na função e
responsabilidade social da empresa. Logicamente, tal situação somente é viabilizada
e permitida, desde que, evidente esteja a partir do levantamento de balanço de
determinação e através do devido pagamento dos haveres deste sócio, evitando-se,
dessarte, a extinção da empresa, para prosseguimento e desenvolvimento de suas
atividades.
Cabe, assim, consignar que tal posição já podia ser vista antes do Novo Código
de Processo Civil, conforme ensina Mauro Rodrigues Penteado.
“A chamada dissolução parcial, fórmula elaborada
pela doutrina e largamente admitida pelos tribunais, encontra
nas limitadas utilização intensiva que permite aos quotistas
obterem, na via judicial, resultado semelhante ao alcançado pelo
direito de recesso ou retirada
– com substancial diferença de
que, aqui, não precisam alegar nenhuma das hipóteses que
constam na lei, em elenco fechado, como pressuposto para o
exercício desse direito ( no caso do Dec. N. 3.708/19, a
divergência na alteração do contrato social – art. 15).
Basta que a sociedade seja por prazo indeterminado,
como sói ocorrer, ou que o prazo de duração seja longo e tenha
seu termo final ainda muito distante, e que o sócio alegue
desinteligência ou quebra da affectio societatis
– fundamento
carregado de subjetividade e de grande fluidez -, para que o
Judiciário, automaticamente, dê curso a essa forma por assim
dizer vazia de resilição parcial do contrato plurilateral da
sociedade por quotas de responsabilidade limitada.
A doutrina apoia esse entendimento, com o destaque
para a proteção do sócio minoritário, ao qual não é subtraída a
faculdade de requerer a dissolução total da sociedade, se
prejudicado pela maioria. Nesse sentido Edson Nelson Ubaldo
assinala: não resta dúvida que esse critério é acertado. Importa,
porém que seja utilizado com prudência, jamais de forma
generalizada. Mister se faz que a maioria prove sua intenção de
resguardar e respeitar os direitos do sócio minoritário,
prontificando-se a pagar as suas quotas integralizadas e seus
haveres pelo preço real. Caso contrário, poderá este, como já
vimos, promover de imediato a dissolução, sem que a maioria
tenha condições de se opor.”
55 Penteado, Mauro Rodrigues, Dissolução e Liquidação de Sociedades, 2ª edição revista, ampliada e atualizada
De acordo com a posição do aludido autor, reforça-se o entendimento de que
a dissolução parcial da sociedade, anteriormente à promulgação do Novo Código de
Processo Civil, já previa que a sociedade prosseguisse suas atividades normalmente
com a saída de um dos sócios. Também, se nota que tal instituto gera um benefício
ao sócio minoritário, pois, caso contrário, este não teria direito de pedir a dissolução
total, mas com a parcial, o mesmo pode sair da sociedade e ter a sua parte recebida
no valor dos haveres à época da resolução da sociedade.
Neste sentido, vale trazer à baila as observações de Fábio Ulhoa Coelho,
acerca das causas que acarretam a dissolução parcial da sociedade, assim vejamos:
“A dissolução parcial da sociedade (isto é, a
resolução da sociedade em relação a um sócio) pode ser
provocada na maioria das vezes, por: a) vontade dos sócios; b)
morte dos sócios; c) retirada de sócio; d) exclusão de sócio; e)
falência de sócio; liquidação da quota a pedido de credor de
sócio.
Por deliberação dos sócios, pode ser promovida a
dissolução parcial da sociedade, com a saída de um deles,
apurando-se os respectivos haveres. Não costuma haver
conflitos entre os interessados, nesse caso. Estando todos de
acordo com a dissolução parcial, o sócio que deixa a sociedade
fica satisfeito com o valor recebido pela sua antiga participação
e os que nela permanecerem consideram este valor adequado.
Quando morre sócio de sociedade contratual, os seus
sucessores – herdeiros ou legatários – não estão, em nenhuma
hipótese, obrigados a ingressar na sociedade, podendo
promover-lhe a dissolução parcial. É claro que, se desejarem os
sucessores do sócio morto ingressar na sociedade (e, se esta
for de pessoas, nenhum dos sócios sobreviventes se opuser),
não há nenhuma razão para a dissolução, sequer parcial, da
pessoa jurídica. Nem cláusula contratual dissolutória poderá
sobrepor-se à vontade dos interessados (sucessores e sócios
sobreviventes) e ao princípio da permanência da empresa.
A dissolução parcial é a solução jurídica que busca
compatibilizar os interesses conflitantes dos sucessores de
sócio morto que não desejam ingressar na sociedade ou de
sócio sobrevivente, em sociedade de pessoa, que veta o
ingresso deles. Mas inexistindo o conflito de interesses, a
sociedade deve permanecer, com a cota do de cujus transferida
a quem o suceder. O falecimento de sócio só é causa de
dissolução judicial, se não houver a concordância entre as partes
quanto à ocorrência da causa dissolutória (por exemplo, os
sócios supérstites recusarem-se a proceder à apuração de
haveres), ou extrajudicial, quando houver essa concordância
entre as partes.
A retirada de sócio também é causa de dissolução
parcial da sociedade. Relembrando, este é direito que o sócio
pode acionar a qualquer tempo, se a sociedade de que participa
é contratada com prazo indeterminado. A retirada, neste caso,
fica condicionada apenas à notificação aos demais sócios, com
prazo de 60 dias, para que se providencie a alteração contratual.
Quando a sociedade é contratada por prazo determinado, o
sócio só tem direito de retirada provando justa causa em juízo
ou, se for do tipo limitada, dissentindo de alteração contratual,
incorporação ou fusão deliberadas pela maioria. Poderá
operar-se judicial ou extrajudicialmente, exceto na hipóteoperar-se de retirada
por justa causa de sociedade por prazo determinado, em que
será necessariamente judicial a dissolução.
A exclusão de sócio, conforme já visto é causa de
dissolução parcial. Quando tem por causa a exclusão de sócio,
a dissolução pode ser judicial ou extrajudicial, em função de
variáveis diversas. Se a exclusão é de sócio remisso, pode-se
fazê-la extrajudicialmente em qualquer tipo de sociedade
contratual (CC, art. 1004). Se é motivada por falta grave no
cumprimento de obrigação societária ou incapacidade
superveniente, a dissolução será necessariamente judicial, em
qualquer tipo de sociedade contratual (art. 1030). Por fim, se a
motivação é a prática, por minoritários, de atos graves, que
põem em risco a continuidade da empresa, e sendo a sociedade
limitada, a dissolução parcial poderá ser extrajudicial (deliberada
em assembleia e formalizada em alteração contratual) se o
contrato social expressamente o permitir; se omisso, será
judicial (art. 1085.)
6Diante do entendimento do citado autor, observa-se que todas as formas
previstas para a ocorrência da dissolução parcial estão presentes tanto nas previsões
do Código Civil brasileiro de 2002, como no Novo Código de Processo Civil, uma vez
que, estão, expressamente, presentes todas essas possibilidades.
Isto posto, em razão da complexidade do tema, faz-se válido trazer ao
presente trabalho a inovação contemplada pelo estudo estatístico no Direito, disciplina
denominada por Jurimetria, criada, desenvolvida e narrada por Marcelo Guedes
Nunes, inclusive, por ocasião deste ser um dos inspiradores, intelectualmente e
juridicamente falando, do projeto acerca da inserção da temática Dissolução Parcial
de Sociedade no Novo Código de Processo Civil.
Tal estudo é relevante pelo fato de que, historicamente, todo operador do
direito é formado com uma base totalmente teórica e abstrata, sendo, enfim,
inadequadamente, preparado para lidar em aspectos concretos somente sob a ótica
jurídica teórica, olvidando-se, muitas vezes, da questão social e principalmente
econômica, inerente à todas as relações jurídicas, negociais e que desencadeiam, “in
casu”, os conflitos societários.
Destarte, a primeira forma de deixar de pensar e atuar como um operador do
direito tradicional é enxergar a realidade do mundo ao seu entorno, ou seja, observar
a conjuntura social, política, econômica da sociedade e a forma como se está se
6 Ulhoa, Fábio Coelho, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa – 23ª edição, 2ª tiragem, São Paulo,