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revista Brasileira Fase VIII Janeiro-Fevereiro-Março 2012 Ano I N. o 70 Esta a glória que fica, eleva, honra e consola.

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revista Brasileira

Fase VIII Janeiro-Fevereiro-Março 2012 Ano I N.o 70

Esta a glória que fica, eleva, honra e consola.

Machado de Assis

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Ac A d e m i A B r A s i l e i r A d e l e t r A s 2 0 1 2

Diretoria

Presidente: Ana Maria Machado

secretário-Geral: Geraldo Holanda Cavalcanti Primeiro-secretário: Domício Proença Filho segundo-secretário: Marco Lucchesi tesoureiro: Evanildo Cavalcante Bechara

Membros efetivos

Affonso Arinos de mello Franco, Alberto da costa e silva, Alberto Venancio Filho, Alfredo Bosi, Ana maria machado, Antonio carlos secchin, Ariano suassuna, Arnaldo Niskier, candido mendes de Almeida, carlos Heitor cony, carlos Nejar, celso lafer, cícero sandroni, cleonice serôa da motta Berardinelli, domício Proença Filho, eduardo Portella, evanildo cavalcante Bechara, evaristo de moraes Filho, Geraldo Holanda cavalcanti, Helio Jaguaribe, ivan Junqueira, ivo Pitanguy, João de scantimburgo, João Ubaldo ribeiro, José murilo de carvalho, José sarney, lêdo ivo, luiz Paulo Horta, lygia Fagundes telles, marco lucchesi, marco maciel, marcos Vinicios Vilaça, merval Pereira, murilo melo Filho, Nélida Piñon, Nelson Pereira dos santos, Paulo coelho, sábato magaldi, sergio Paulo rouanet, tarcísio Padilha.

r e V i s tA B r A s i l e i r A

Diretor marco lucchesi

Conselho Editorial Arnaldo Niskier

lêdo ivo

murilo melo Filho

Comissão de Publicações Alfredo Bosi

Antonio carlos secchin ivan Junqueira

Produção editorial

monique cordeiro Figueiredo mendes Revisão

Gilberto Araújo Projeto g ráfico Victor Burton

Editoração eletrônica estúdio castellani

AcAdemiA BrAsileirA de letrAs Av. Presidente Wilson, 203 – 4.o andar rio de Janeiro – rJ – ceP 20030-021 telefones: Geral: (0xx21) 3974-2500 setor de Publicações: (0xx21) 3974-2525 Fax: (0xx21) 2220-6695

e-mail: publicacoes@academia.org.br site: http://www.academia.org.br As colaborações são solicitadas.

Os artigos refletem exclusivamente a opinião dos autores, sendo eles também responsáveis pelas exatidão das citações e referências bibliográficas de seus textos.

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sumário

editOriAl

Marco Lucchesi . . . .5

cUltO dA imOrtAlidAde Murilo Melo Filho Barão do rio Branco: cem anos depois . . . 7

PrOsA Ciclo “Caminhos do teatro brasileiro” João Roberto Faria A revolução Nelson rodrigues . . . 13

Tania Brandão As grandes companhias e a profissionalização . . . 35

Salgado Maranhão dos folguedos ao palco . . . 53

Flávio Marinho Presença dos musicais . . . 65

Ciclo “A Itália no Brasil:diálogos e influências” Alfredo Bosi A literatura italiana no Brasil . . . 75

Israel Pedrosa A presença permanente de leonardo da Vinci . . . 89

Aniello Angelo Avella A imperatriz teresa cristina: uma nova biografia . . . 103

Ciclo “Cartas de escritores” Sergio Paulo Rouanet A correspondência de machado de Assis . . . 125

Nádia Battella Gotlib A correspondência de clarice lispector. . . 143

Nilto Maciel epistolário hoje: muita comunicação, pouca literatura . . . 159

Ciclo “O humor na cultura” Ziraldo introdução para uma conversa sobre humor . . . 171

Sergio Fonta O humor no teatro brasileiro . . . 175

Susana Schild O humor no cinema . . . 193

Ciclo “Desafios da tradução literária” Andréia Guerini Zibaldone di pensieri de Giacomo leopardi traduzido para o português . 207 Ciclo “Perspectivas da crítica literária” Felipe Fortuna A crítica literária no jornal e no livro . . . 223

Eduardo Portella A lição de Afrânio coutinho . . . 241

Rodrigo Rossi Falconi entrevista com o Acadêmico José mindlin . . . 245

Luiza Nóbrega No reino da água o rei do vinho – ii . . . 251

André Seffrin O ano literário: 2011, segundo semestre . . . 265

POesiA Gabriel Nascente Poemas inéditos . . . 277

POesiA estrANGeirA António Maria Lisboa Alguns poemas . . . 287

GUArdAdOs dA memóriA João Ribeiro rubén darío na Academia Brasileira . . . 295

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Ocupante da cadeira 15 na Academia Brasileira de letras.

editorial

Marco Lucchesi

Assumo a direção da Revista Brasileira com um alto coeficiente de entrega e adesão. Nem poderia ser de outro modo e, ao confessá-lo, não faço mais que repisar o sentimento dos que me precederam. Quis fallere possit lectorem? Quem pode enganar o leitor?

Venho de olhos ambíguos, como confessou murilo mendes, suspenso entre o antigo e o contemporâneo, entre a fase memorável de um midosi – em companhia de machado, Veríssimo e Varela – e uma edição futura, que não sei nomear e que, no entanto, acena para um tempo de largos potenciais, que se desprendem imprecisos das entrelinhas do agora. Assim pensavam os místicos judeus, aplicados à leitura minuciosa do espaço entre as palavras.

Não é necessário lembrar como e quanto a história da cultura brasileira habita essas páginas, com a sua dialética, desafios e vicissi- tudes. A densidade específica da Revista Brasileira depende menos da fisiologia do olhar de seus diretores – como Alice entre espelhos – e mais do espírito coral que a atravessa, do acento de uma época, da

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Marco Lucchesi

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linha de um horizonte crítico revisitado. sua dinâmica responde pelas distin- tas visões de mundo e depende do embate natural entre dissenso e consenso – e muito especialmente entre projetos de ordem republicana ou de cunho estritamente pessoal. Quando essas duas inclinações se conjugam, de modo generoso e superior, a Revista adquire a qualidade de um conteúdo crescente, aberto e criativo.

este número não traduz a nova fase da Revista Brasileira. Havia uma deman- da de publicação, relativa ao ano de 2011, e ainda não atendida, como a dos ciclos dedicados ao teatro brasileiro, ao ano da itália no Brasil, às cartas dos escritores, ao humor na cultura, à tradução literária e às perspectivas da crítica.

Uma revista com as ressonâncias da respeitosa direção a que sucedo.

Apresso-me a dizê-lo para me escusar de duas passagens que citam o di- retor da Revista, cujo nome não deveria ultrapassar o editorial, para não haver justamente a dissonância do conflito de interesse.

mas é um tempo de passagem, como o estado de crisálida, a que se referem Goethe e machado de Assis. O sempre. e o ainda-não. de mãos dadas.

Referências

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