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Amar é arriscar Tudo sobre as mulheres Vizente Besteirol

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Academic year: 2018

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Amar é arriscar!

Abra o coração e experimente a ousadia de viver um grande amor.

POR SUZANA LAKATOS

Ah! O sonho de um grande amor! Quem nunca se imaginou vivendo um romance de filme, com direito a happy end? Pode apostar que dez entre dez mulheres já

perderam - ou ganharam - muitas noites de sono pensando nele. Porém, há aquela que nem viveu esse grande sonho e que, ao reconhecer o amor presente em sua vida, sua primeira reação é correr. Não em direção aos braços do amado, mas no sentido contrário. De preferência antes que o sentimento cresça. Assim, acha que não haverá risco de desilusões mais tarde, sem se dar conta de que morre de medo de amar. Outras já viveram um ou dois relacionamentos amorosos que,

infelizmente, terminaram deixando dor. Pronto! É o que basta para que não queiram abrir seu coração para uma nova possibilidade de ser feliz.

Ter medo de sofrer por amor é uma reação normal. Mas daí a se fechar para

envolvimentos afetivos vai uma enorme distância. A conseqüência é solidão e mais dor. Quem não libera o coração para se apaixonar não passa por desilusões, é verdade, mas também não curte as maravilhosas surpresas que a vida a dois pode trazer.

Em busca do par perfeito Ironicamente, as mulheres que idealizam demais as relações amorosas, fazendo delas sua principal fonte de realização na vida, são as mais propensas a procurar sua cara-metade e, ao mesmo tempo, fugir de

envolvimentos profundos, segundo a psicóloga Isabel Khan: "Pessoas muito carentes têm dificuldade em perceber que não existe 'outro' capaz de preencher todas as necessidades delas". Segundo Isabel, qualquer relacionamento carrega um pouco de desilusão.

Mas faz parte da magia do amor descobrir o parceiro, tentar aceitá-lo como é, negociar diferenças, fazer concessões. Mulheres que desistem de amar por não encontrarem o homem ideal ou porque tiveram relações que não deram certo, na verdade, não estão dispostas a construir um vínculo. Estão só esperando a chegada de alguém para desempenhar um papel que se encaixe direitinho no roteiro

romântico idealizado por elas.

Também para os especialistas em auto-ajuda Roberto Shinyashiki e Eliana

Bittencourt Dumet, autores do livro Amar Pode Dar Certo (Editora Gente), a busca do par ideal se baseia na idéia de que cada pessoa tem um par, criado sob medida e especialmente para ela. O desafio, dentro dessa lógica, se resumiria a encontrar esse parceiro perfeito. Só que, depois de algumas experiências amorosas que não são a maravilha esperada, algumas pessoas acabam desistindo e sentem-se vítimas de uma fatalidade - como se os deuses tivessem esquecido de "fazer" o seu par.

Elas se fecham para o amor e o resultado é a solidão - inevitável porto de chegada de quem não aceita que toda relação evolui numa lenta lapidação diária. "Esse é o relacionamento verdadeiro, em que duas pessoas se reinventam, admitindo e respeitando suas imperfeições. O par ideal é uma pessoa que esteja disposta a crescer junto com você", definem.

A visão equivocada de como funcionam as relações amorosas geralmente tem origem em dois tipos de experiências. Em um grupo, estão as mulheres que, por terem sido muito mimadas na infância, não foram treinadas para suportar

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Abra o coração e experimente a ousadia de viver um grande amor.

POR SUZANA LAKATOS

As primeiras vivem buscando o príncipe encantado (que nem existe!), enquanto as segundas aprenderam a não confiar em ninguém e estão convencidas de que, na dura realidade da vida, não há espaço para relacionamentos que proporcionem alegria, prazer e uma deliciosa sensação de encantamento. Para ambas, portanto, o amor e os homens de carne e osso não oferecem satisfação alguma. O que, se a gente pensar bem, é uma grande injustiça, tanto com o amor quanto com os homens.

O risco da auto-suficiência E se, antigamente, ir para um convento parecia a única saída para quem decidia se fechar para o amor, hoje o refúgio predileto das mulheres que tiveram o coração partido é a auto-suficiência. "Posturas do tipo 'cada um na sua' e aquela história do 'vai ficando e, se não der certo, separa' são mais valorizadas atualmente do que a idéia de construir uma relação. E o que muitos acham ser um sinal de independência é, na verdade, auto-suficiência", alerta Isabel Khan.

Na explicação da psicóloga, a pessoa independente confia em si mesma e

relaciona-se com os outros numa boa, sem se sentir ameaçada. Ela vê no parceiro uma companhia desejável, mas também sabe, e aceita com naturalidade, que ambos têm fragilidades e que todo relacionamento envolve imprevistos e até o risco de uma ruptura. Já a auto-suficiente acha-se invulnerável e busca uma realização solitária. Seu lema é "não espero nada de ninguém e, portanto, não sofro. Estou na minha".

Fechar-se para o amor, claro, não implica necessariamente viver o tempo todo de cara amarrada ou ter uma postura amargurada diante da vida. Há mulheres que criam estratégias diferentes para evitar os jogos de sedução e impedir que a paixão aconteça nas suas vidas. Como, por exemplo, a brincalhona, que faz piada de tudo e é expert em desmontar qualquer tentativa de aproximação masculina.

Ou aquela que, minutos depois de ser apresentada a um cara, já vira a maior confidente dele - provavelmente, nenhum homem se arriscaria a perder uma amigona tão bacana fazendo insinuações amorosas para ela. E o que dizer da baladeira, sempre pulando de agito em agito, o que não lhe dá tempo de investir numa paquera a longo prazo? Ou a workaholic, tão imersa no trabalho que

simplesmente elimina qualquer possibilidade de perder algumas horas do dia com coisas prazerosas, como conhecer gente nova, curtir programas divertidos,

paquerar, namorar. amar!

Sinais de alerta Reconhecer que isso está acontecendo na vida da gente é o primeiro passo para mudar a situação. E fica mais fácil quando começamos a prestar atenção em certas crenças, como achar que homem não faz falta e que ninguém consegue ser feliz no amor. Outro indício de que a mulher está fechando o coração é se pegar fazendo discursos do tipo "não vou pôr um filho no mundo para sofrer", ou "meu cachorro é o único que não me decepciona", ou "não existe

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preciso boa vontade para conviver com o fato de que nem sempre o ser amado estará disponível para satisfazer nossos desejos.

Claro que, até certo ponto, o sonho de encontrar um príncipe encantado é

acalentador. O desejo de ter alguém que nos paparique e aplaque nossas dores é natural. Mas, se pensarmos que só os príncipes valem a pena, nos fechamos para os sapos da vida real. Crescer, porém, significa aceitar que não há príncipes nem sapos. apenas homens. E é no convívio com eles que um amor de verdade pode acontecer. Basta dar uma chance ao coração. Afinal, como diz o ditado, quem não arrisca... não petisca.

Amar é arriscar!

Abra o coração e experimente a ousadia de viver um grande amor.

Referências

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