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Rev. bras. ortop. vol.52 número5

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

de

Atualizac¸ão

Atualizac¸ão

em

artroplastia

total

de

quadril:

uma

técnica

ainda

em

desenvolvimento

Carlos

Roberto

Galia

a,

,

Cristiano

Valter

Diesel

a,c

,

Marcelo

Reuwsaat

Guimarães

a,c

e

Tiango

Aguiar

Ribeiro

b

aUniversidadeFederaldoRioGrandedoSul(UFRGS),FaculdadedeMedicina(FAMED),GrupodeCirurgiadoQuadrildoHospitaldas

ClínicasdePortoAlegre(HCPA),PortoAlegre,RS,Brasil

bUniversidadeFederaldeSantaMaria(UFSM),DepartamentodeCirurgia,Servic¸odeOrtopediaeTraumatologiadoHospital

UniversitáriodeSantaMaria(SOT-HUSM),SantaMaria,RS,Brasil

cUniversidadeFederaldoRioGrandedoSul(UFRGS),ProgramadePós-Graduac¸ãoemMedicina-CiênciasCirúrgicas,PortoAlegre,RS,

Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem16deagostode2016 Aceitoem5desetembrode2016

On-lineem31deagostode2017

Palavras-chave:

Artroplastiadequadril/métodos Artroplastiadequadril/cirurgia Artroplastiade

quadril/instrumentac¸ão Prótesedequadril

r

e

s

u

m

o

A artroplastiatotal doquadril(ATQ) éuma dascirurgiasde maiorsucessona história da medicina.Nosanos1960,SirJohnCharnleyintroduziueaperfeic¸oouasartroplastias cimentadas. PillareGalanteestabeleceramosconceitos dafixac¸ãobiológica,basepara odesenvolvimentodasartroplastiasnãocimentadas.Atualmente,aATQéumacirurgia mundialmentedifundidaefeitaemmilhõesdepessoas.Noentanto,ograndenúmerode informac¸õesdisponíveissobreasartroplastias,especialmentequantoàformadefixac¸ãodo implanteaoosso,aosdiferentesdesignsdashastesedosacetábulos,aosdiferentespares tribológicoseaosresultadosnolongoprazoporvezesdificultaatomadadedecisão.Este artigoéumabreveatualizac¸ãosobreosprincipaisaspectosdaATQ.

©2017PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadeBrasileirade OrtopediaeTraumatologia.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Total

hip

arthroplasty:

a

still

evolving

technique

Keywords:

Arthroplasty,replacement, hip/methods

Arthroplasty,replacement, hip/surgery

a

b

s

t

r

a

c

t

Ithasbeenadvocatedthattotal hiparthroplasty(THA)isprobablythemostsuccessful surgicalinterventionperformedbyhumanbeings.Inthe1960s,SirJohnCharnleynotonly introduced,butalsomodifiedandimprovedthetechniqueofcementedarthroplasties.The conceptsonbiologicalfixationestablishedbyPillarandGalanteservedasthefoundation forthedevelopmentofthecementlessimplantsthatarenowusedworldwide.Currently,

TrabalhodesenvolvidonoHospitaldeClínicasdePortoAlegre,DepartamentodeCirurgia,Servic¸odeTraumatologiaeOrtopedia,Porto Alegre,RS,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:cgalia@hcpa.edu.br(C.R.Galia). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.09.013

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Arthroplasty,replacement, hip/instrumentation Hipprosthesis

THAisaworldwidewidespreadsurgeryperformedonmillionsofpeople.However,keeping abreastofthelargenumberofinformationavailableontheseprocedures,especiallyon implantfixation,designs,differenttribologicalpairings,andthelong-termresultscanbe challengingattimes.ThisarticleisabriefupdateonthemainaspectsofTHA.

©2017PublishedbyElsevierEditoraLtda.onbehalfofSociedadeBrasileirade OrtopediaeTraumatologia.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

A artroplastia do quadril é considerada um dos maiores avanc¸os no tratamento das doenc¸as ortopédicas e uma das cirurgias mais feitas no mundo.1 Devidoa sua rápida

recuperac¸ãoeretornoàmaioriadasatividadesdavida diá-ria,étidacomoumdospoucosprocedimentosmédicosque beneficiamopacientecomoumtodoeconsideradaacirurgia commelhoresresultadosnaortopedia.2

Osfundamentosdessacirurgiainiciaramnofimdoséculo 19,quandoThemistoclesGluckdemonstrouatolerânciado corpohumanoacorposestranhos.Smith-Petersen,em1923,

apudCallaghanetal.,3desenvolveuestudoscompróteses

reco-bertascomvidro,baqueliteeresinassintéticasePhilipeWiles, em1938,elaborouoconceitodaprimeiraATQ.

A grande evoluc¸ão na ATQ coube a Sir John Charnley,4

quedesenvolveuoconceitodaartroplastiadebaixafricc¸ão pelo uso de cabec¸as femorais com 22mm de diâmetro e a associac¸ão do polietileno de alto peso molecular com o metil-metacrilato, este último material usado sob influên-ciasdeLeonWiltsieapudCharnley.5Houvecrescentebusca

por melhorar a qualidade da cimentac¸ão. Krause et al.6

desenvolveramocimentodebaixaviscosidade;Harrisetal.7

descreveramtécnicasparamelhoraracimentac¸ãoeLeeetal.8

enfatizaramaimportânciadapressurizac¸ãodocimento. Durante muito tempo, as falhas das artroplastias e as grandesosteólisesforamatribuídasaocimentoósseo,foram chamadas“doenc¸adocimento”.Issomotivoudiversos pes-quisadoresadesenvolverprótesesnãocimentadas.

Bobyn et al.9 e Galante10 introduziram os conceitos

das artroplastias não cimentadas, tiveram o press fit e a osteointegrac¸ão como formas de fixac¸ão entre o osso e o implante. Essa modalidade de fixac¸ão é conhecida como fixac¸ãobiológica.Diversosoutrosautorespropuserame intro-duzirammateriais,artifíciosedesignsprotéticoscomobjetivo defacilitarafixac¸ãobiológica.

Apesardosucessodessacirurgia,abuscapeloseu aprimo-ramentoemelhoresresultados,sobretudoemlongoprazo, prossegue, principalmente no desenvolvimento de novas superfícies,materiaiscommaiorbiocompatibilidadee técni-casmenosagressivasdecirurgia.

Viasdeacesso

AATQiniciapelaescolhadotipodeabordagem.Asprincipais viasdeacessosãoaposterior,aanterolateralealateral.

Aabordagemposterior,tambémchamadadeMoore, atual-menteéamaisusada.Essaviapopularizou-sepelafacilidade na exposic¸ão do acetábulo e canal femoral. Além dessa

vantagem,nãoháinterferêncianoaparelhoabdutor(músculo glúteomédio),étambématribuídaaelaumamenor preva-lência detrombose venosa profunda(TVP).11 ummaior

potencial,teóricodeluxac¸ãoemaisdificuldadeparaaferiro comprimentodosmembrosinferiores.Oriscodeinstabilidade écontroversonaliteratura,oqualpodeserminimizadopela reinserc¸ãodacápsulaposterior.12,13

A abordagem anterior clássica foi descrita por Smith--Petersen14 eO’Brien.15Umdosseuspontospositivosénão

violarainserc¸ãodetendõesemúsculos.Porém,em pacien-tescomalterac¸õesanatômicas,podesermaistrabalhosa.Há riscodelesãodonervocutâneolateraldacoxa.Mais recen-temente, adaptaram-seosconceitosda abordagemanterior paraumanovaforma,aabordagemanteriordireta.Essavia teriaumriscoteóricomenordeluxac¸ãodaartroplastia.Seu usomaisdifundidoesbarrananecessidadedefresas femo-raiseacetabularesanguladas(comoffset),damesadetrac¸ão elongacurvadeaprendizado.16

A abordagem lateral ou Hardinge17 tem como principal

pontoforteafacilidadenacolocac¸ãodosimplantese teori-camenteobaixoriscodeinstabilidade.Durantemuitotempo foiaprincipalabordagemdoquadril.Porémexisteoriscode lesãonainserc¸ãodosmúsculosabdutores.Emalgunscasos, adesinserc¸ãoparcialdomúsculoglúteomédioénecessária paramelhorexposic¸ão.Esserecursopodecausarclaudicac¸ão pordeficiênciadamusculaturaabdutora,transitóriana maio-riadoscasos.

Tiposdeimplanteeparestribológicos

Basicamenteosimplantespodemserdivididosemdois gru-pos:cimentadosenãocimentados.Essadivisãorepresenta asdiferentesformasdefixac¸ãodoimplanteaoosso,a prin-cipal diferenc¸aéapresenc¸aouausênciadocimentoósseo (polimetilmetacrilato-PMMA).

Osimplantescimentadosusamainterposic¸ãodePMMA entreoossoeoimplante.OPMMAtemseumódulode elas-ticidademuitopróximoaodoosso(módulodeelasticidade docimento±2GPaversus±0,5-1GPadoossotrabecular)eé resistenteàsforc¸ascompressivas,masnãoàsdetensãoou cisalhamento.18

(3)

retrógrado docanal femoral, iniciou-se,também, o usode restritoresdistaisdocanal,comoobjetivodecriaruma bar-reiraefavorecerainterdigitac¸ãodoPMMAporaumentoda pressurizac¸ão.19Naterceiragerac¸ãoforamintroduzidas

téc-nicasespeciaisdemisturadocimento(misturaavácuoou centrífuga);contudo, essas técnicasde misturasão contro-versaseparecemnãomelhoraraspropriedadesmecânicas doPMMA.20Aintroduc¸ãodeumcentralizadorproximal,além

dasmudanc¸asjáadotadas,caracterizouaquartagerac¸ãoda cimentac¸ão.21

Aausênciadebolhasoulinhasderadioluscênciaentreo ossoeo cimentocaracteriza umaboa cimentac¸ão.22 Outro

parâmetroéa espessura domanto,considerado adequado quandotem2mmnocanalfemoral22e3mmnoacetábulo.23

Essepadrãocorriqueirodecimentac¸ãotemcomocontraponto ocontroverso “paradoxofrancês”,forma de cimentac¸ão na qualocanalfemoralépreenchidocomamaiorhastepossível comoPMMAparaocuparosespac¸osrestantes.Omantode cimentoéfinoenãouniforme.24

Algumascaracterísticasdas hastesfemoraiscimentadas podeminterferirnosresultadosedevemserobservadas aten-tamente:

1) Design – as hastes cimentadas podem ser classificadas comocunhasimples,duplacunhaoutriplacunha, con-formeageometriadoimplante.Seusexemplossãoas has-tesdeCharnley,deExetereaC-Stemrespectivamente.25

Embora as hastes em tripla cunha apresentem menor estresse no mantode cimento, estão relacionadas com maior rotac¸ão posterior;26 até o momento esse modelo

de haste não demonstrou superioridade em relac¸ão às outras.27Atualmenteashastesemduplacunhasãoasmais

usadas.

2) Coberturadoimplante–osmelhoresresultadossão obti-doscomimplantespolidos(lisos).Existemhastesfemorais comsuperfícierugosa,porémnãosãoamplamenteaceitos eseusresultadosemlongoprazocontroversos.28

3) Material–usualmentesãofabricadosemligasde cromo--coblatoouac¸oinoxidável. Osimplantesproduzidosem titâniotiveramresultadosaquémdosobtidoscomasligas metálicastradicionais.29

Osimplantesnãocimentadosvisamàobtenc¸ãodeuma fixac¸ãobiológicaentreoimplanteeoosso.Resumidamente há expectativa de crescimento ósseo para as porosidades doscomponenteseassimsuafixac¸ãodefinitiva aoosso. A presenc¸adeporosidadeséumrequisitoindispensávelnesses implantes.

Outro requisito para ocorrer o crescimento ósseo é a estabilidade primária imediata obtida com a impactac¸ão dos componentes. Mesmo movimentos muito discretos na interface implante-osso podem atrasar ou impedir a osteointegrac¸ãoefavoreceraformac¸ãodetecidofibroso.30–32

Assimosucessodasprótesesnãocimentadasdependede umafixac¸ãoprimáriaimediata(macrotravamento)egarantida pela fixac¸ão secundária (microtravamento). O macrotrava-mentodeveocorrernomomento dainserc¸ão,éobtidopelo íntimoajustedoimplanteaoosso.Omicrotravamentodecorre

doboneingrowth,istoé,aformac¸ãodepontesósseasentre

oossoeosporosdocomponente.31Emúltimaanálise,éo

fatorquedeterminaalongevidadeeosucessodaATQnão cimentada.

O macrotravamento pode ser auxiliado por diversos recursos,comoafixac¸ãoporparafusos,aletasousulcos. Atu-almenteatécnicamaisempregadaéopress-fit,quepressupõe acolocac¸ãodapróteseemumacavidadesubdimensionada, éinseridosobpressão.Oacetábulonãocimentadotambémé fixadoporpress-fit,podemounãoserusadosparafusoscomo auxiliaresnafixac¸ãoprimária.31,32

A osteointegrac¸ãodepende, também, das características da porosidade presentes na cobertura dos implantes. São importantessuadimensão,geometriaeinterconexão. Estu-dosdemostraramqueotamanhodosporosdeveficarentre 100␮m e400␮m. Porosmenores doque50␮mou maiores

doque500␮mfacilitamocrescimentodotecidofibrosoem

vezdotecidoósseo.30 três tipostradicionais de

revesti-mento:oplasma-spray,asmicroesferas eafibermesh.30Nos

últimosanos,superfíciesderivadasdometaltrabeculartêm semostradopromissoras,porémresultadoscommaiortempo deseguimentosãoaguardados.Estima-sequeopercentualde porosidadenasuperfíciedoimplanteémaiornofibermesh– entre40%e50%–enometaltrabecular–entre75%e80%.33

Ainterconexãoentreosporostambémdesempenhapapel fundamental.Quantomaiorainterconexão,maioraforc¸ade ligac¸ãoentreaspontesósseaseaprótese.Teoricamente,a cobertura emfibermesh emetaltrabecularpermitemelhor interconexãoentreosporosemcomparac¸ãocomosoutros tipos.

Um outro tipo de artroplastia comumente usado é a híbrida. Nessecaso,umdoscomponentesécimentadoeo outronão.Convencionou-sechamardeartroplastiahíbridaa próteseemqueoacetábuloénãocimentadoeahaste femo-ralcimentada.Quandooacetábuloécimentadoeahastenão cimentada,foidenominadaartroplastiahíbridareversa.

Comrelac¸ãoàssuperfíciesdecarga,opartribológicomais usadoeestudadoéometal-polietileno.Tambémsãousados acerâmica-polietileno,ometal-metaleacerâmica-cerâmica, essesdoisúltimossãodenominadoshard-on-hard.

Atualmenteháumatendência nasubstituic¸ãodo polie-tileno deultraelevado pesomolecular pelo polietilenocom ligac¸ões cruzadas ou polietileno crosslinked. O crosslinked

resultadeumasériedeintervenc¸õesduranteafabricac¸ãoque buscamalterarasligac¸õesentresuasmoléculas,produzem ummaterialmaisduroeresistenteaodesgaste.34Estima-se

em0,04mm/anoataxadedesgastelinearcomocrosslinked

comparadacom0,22mm/anodopolietilenoconvencional.35

Todososnovosparestribológicosapresentammenor des-gastevolumétrico,fatoqueemteoriapodetrazerbenefícios paraalongevidadedaartroplastia. Há,entretanto,algumas peculiaridadesnessespares.

A superfície metal-metal apresenta desgaste volumé-tricoextremamentebaixo,mas podeliberaríonsde cromo e cobalto com potenciais efeitos locais e sistêmicos. A principal complicac¸ão local é a formac¸ão dos chamados pseudotumores.36Osefeitossistêmicosincluemdanos

neuro-lógicosecardíacos.37potencialcarcinogênicodaliberac¸ão

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Acerâmica-cerâmicaapresentaamaiorresistênciaao des-gastevolumétrico.É indicadapara pacientes muitojovens, comaltograudeatividade,enãoapresentacontraindicac¸ão paramulheresemidadefértil.Seusinconvenientessãoorisco defraturadassuperfíciesdecarga,aproduc¸ãoderuídos(

sque-aking)duranteomovimentodoquadrileostripewear.Orisco

de squeaking émultifatorial, são considerados seus

princi-paisfatoresomauposicionamento,odesigndosimplantes, otipodematerialusadonafabricac¸ão,emboranemsempre ofatordesencadeantesejareconhecido.39Oriscodefratura

dacerâmicaestáentre0,004%e0,010%egeralmente associ-adoaomauposicionamentodoscomponentes.40Osripewear

podeocorrerquandoàdiminuic¸ãodaáreadecontatoentre acabec¸afemoraleasuperfícieacetabular,provocapequenos deslocamentosentreacabec¸afemoraleoacetábulo;pode sur-girdurante afasedebalanc¸odamarchaouquandoocorre impactoentreocoloeoacetábulo.Podecausargrande des-gastevolumétrico.Indivíduoscomhiperlaxidãotecidual ou com arcode movimentoacimadoesperado eaqueles que requerememsuasatividadesumarcodemovimentoamplo doquadril são propensos ao impacto econsequente stripe

wear.41

A superfície cerâmica-polietileno crosslinked agrega os benefíciosdenãoliberaríonsmetálicos,nãoapresentaorisco

de squeaking, além de ter um desgaste volumétrico muito

baixo,emboramaiordoqueodas superfícieshard-on-hard. Existeumriscomínimodefraturadacabec¸adecerâmica. Tal-vezrepresenteumaopc¸ãoadequadaparapacientesjovense comfatoresquepossamcomplicarousodosoutrostiposde parestribológicos.

Aescolhaadequadadoimplante,seja elecimentadoou não,bemcomodosdiferentesparestribológicos,develevar emconsiderac¸ãooconhecimentoteóricosobreas caracterís-ticasdodesign,domaterialedosresultadosdelongoprazo, alémdascaracterísticasdopacienteedaexperiênciado cirur-gião.

Complicac¸ões

Ascomplicac¸õesassociadascomaATQpodemvariarem gru-posespecíficosdepacientes,sofreminfluênciadafaixaetária, dogênero,daqualidadeósseaedapresenc¸adecomorbidades. Temporalmente podem ser intraoperatórias, agudas (entre 30e90diasdacirurgia)outardias.

O número de ATQs aumentoumuito nos últimos anos, seja em jovens ou idosos. Os pacientes idosos apresen-tam um risco aumentado de complicac¸ões clínicas graves. Estudosrecentes atribuemumamortalidade nospacientes submetidos a ATQ de 6,9%. Esse número sofre interferên-cia significativa das doenc¸as preexistentes e da reserva funcional.

Atrombose venosa profunda (TVP)éoutra complicac¸ão importante e relativamente frequente. O percentual de hospitalizac¸ãonos primeiros90 diaspodeatingir 0,7%dos pacienteseoscasosdeemboliapulmonarpodemsomar0,3%. Quandoaprofilaxianãoerausada,aprevalênciadesseevento erapróximade50%noscasosdeATQ.Na6a

Conferênciado ColégioAmericanodeCirurgiaTorácicadefiniu-sequetodos ospacientes submetidos à ATQdeveriam serconsiderados como alto risco para TVP.42 Atualmente foram elaborados

guidelinesna tentativade padronizaro usode

medicamen-tosparaprevenc¸ãodaTVPpós-artroplastiadoquadril,como asheparinasdebaixopesomolecular,osanticoagulantesvia oral,aaspirina,alémdasprofilaxiasmecânicas(meiase dispo-sitivosdecompressãointermitentedaspanturrilhas).Apesar dosesforc¸os,ométodoidealdetromboprofilaxiapermanece controverso.Oúnicoconsensopareceseroefeitobenéficoda mobilizac¸ãoprecoce,istoé,oretornomaisbrevepossívelpara adeambulac¸ão.

Aluxac¸ãodaATQéumadascomplicac¸õesmaistemidas eumadas principaiscausasderevisãocirúrgica.Estima-se suaincidênciaentre1%a3%eamaioriadosepisódiosocorre nos três primeiros meses.43 Os principais fatores de risco

sãoomauposicionamentodoscomponentes,aobesidade,as cirurgiasprévias,ainsuficiênciadamusculaturaabdutora.44

Algunsfatoresderiscosãomaiscontroversos,comoaviade acessoposterior.Otratamentoinicialéareduc¸ãoincruenta, que atingesucessona maioriadoscasos. Quandosetorna recorrenteaopc¸ão,namaioriadoscasos,éotratamento cirúr-gico.

Aincidênciadelesõesneurológicasmaioresvariade0,8%a 3,5%,alesãodonervociáticoéamaiscomum,seguidapelado nervofemoral.Afrequênciadessetipodelesãohabitualmente éinfluenciadapelotipodeviadeacesso.45Lesõesneurológicas

commenorrepercussão,comoadonervocutâneolateralda coxa,podemocorrerematé15%,especialmentenaabordagem anteriordireta.

As lesões vascularessão extremamenteraras nas ATQ, sãomaisfrequentesquandoénecessárioo usodeenxerto ósseoestrutural,anéisdereforc¸oououtrosdispositivosem casoscomplexos,comonasdisplasiasdoquadrilenas protru-sõesacetabulares.45 Existepotencialriscodelesãovascular

durante acolocac¸ão dosparafusos para fixac¸ãoacetabular, minimizadopeloconhecimentodaszonasdeseguranc¸a,isto é, osquadrantesposterossuperiorposteroinferior, descritas porWasielewskietal.46

Outra complicac¸ão são as fraturas, o fêmur é o seg-mento mais afetado, especialmente quandoo implante de escolha é o não cimentado. Existem situac¸ões em que a chancedefraturaintraoperatóriaémaior,comoempacientes idosos,portadoresde artritereumatoide,emquadris extre-mamenterígidos quandosãousadas manobrasdeluxac¸ão da articulac¸ãomaisvigorosas.Nolado acetabular,as fratu-rassãomuitomaisraraserelacionadascomumafresagem subdimensionada para o componente acetabular que será implantado.

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Discussão

Nasartroplastias, como qualquercirurgia,o passoinicial é aselec¸ãocriteriosadopaciente,oconhecimentodas expec-tativasdeleemrelac¸ãoaotratamento,aorientac¸ãorigorosa dos cuidados com a artroplastia e um planejamento pré--operatórioapurado.

Aselec¸ãodopacientedeveserbalizadapeladoreaperda daqualidadede vida,isto é,quandojáforamesgotadas as medidasopcionaisdetratamentonãocirúrgico.Passadaessa etapa,umacuidadosaavaliac¸ãodascomorbidadesedeoutros fatoresqueafetamosresultadosimediatosoutardiosdeveser feita.

O planejamento cirúrgico é fator indispensável para o sucessoda cirurgia. Ele comec¸a pelo amplo conhecimento do paciente (doenc¸as ortopédicas – displasias do quadril, protrusãoacetabular–cirurgiasprévias,dismetriados mem-bros inferiores, lesões neurológicas preexistentes, etiologia daartrose doquadril– primáriaousecundária).Após isso, procede-seàescolhadoimplantepropriamentedito,combase nosexamesdeimagem,fundamentalmentearadiografiade bacia.

Umdosobjetivosdacirurgiaéareproduc¸ãodaanatomia dopaciente.Aradiografiadabaciafeitademadeiraadequada éfundamentaledevalorinestimávelparaisso.Nela identifi-camoscaracterísticasespecíficasdamorfologiaóssea,comoo ângulocérvico-diafisárioeooffsetfemoral,diâmetrodocanal femoraletamanho da cavidadeacetabular,alémde outros aspectos,comoaqualidadeóssea,coberturaeprofundidade acetabular.

Ébem conhecido quenúmero de complicac¸ões diminui comaexperiênciadocirurgiãoeainstituic¸ãonaqualfoifeita acirurgia.Resumidamente,quantomaioronúmerode proce-dimentosexecutadospelocirurgiãoporano,menorachance decomplicac¸ãoemaioraprobabilidadedesucesso.

Umadaspreocupac¸õesquedevemestarsemprepresentes éoresultadodas ATQemlongoprazo.Asreferênciasmais confiáveisecadavezmaiscitadassãoosregistrosnacionais deartroplastias.Comosdadosobtidosneles,setornou pos-sívelterumavisãomuitomaisamplae,aomesmotempo, muitomaisaprofundada das causasde falhaesucessode determinadosimplantes.

Ascausasmaiscomunsderevisãodeartroplastiade qua-drilsãoasmesmas entreosregistroseaspublicac¸ões. Por vezesosdesfechosvariaram,dependemdapopulac¸ão especí-ficaestudada,masdeummodogeralosmotivoseascausas derevisãosãoosmesmos:solturaasséptica,luxac¸ão,infecc¸ão efraturasperiprotéticas.48,49

Observou-seumatendência mundialao usode implan-tesnãocimentados.ORegistroNacionaldaInglaterra,Paísde GaleseIrlandadoNorte,publicadoem2014,relatouque,em 2003,implantescimentadosforamusadosem60,5%dasATQs emrelac¸ãoa33,2%noanode2013;osimplantesnão cimen-tados apresentaram um aumento de 16,8% para 42,5% no mesmoperíodo.48Issoprovavelmentesedeveàmaior

repro-dutibilidadedosresultadoscomimplantesnãocimentadose àdificuldadenaexecuc¸ãodeumaperfeitacimentac¸ão.

VáriosregistrosnacionaisobservaramqueasATQs cimen-tadasapresentarammelhoresresultadosempacientesmais

velhos.49,50Entretanto,centrosdereferênciadomundotodo

demonstraramaté99%desobrevidaemhastesfemoraisnão cimentadasapós12eaté26anosdeseguimento.51,52

Estudos sobre a posic¸ão do componente acetabular apontam para um melhor posicionamento dos acetábulos cimentados quando comparados com os não cimentados, pois essestenderiam adesviardoseuposicionamento ori-ginal durante a impactac¸ão. Esse fato deve ser levado em considerac¸ão e todos os cuidados devem ser observados duranteacirurgiaparaevitartalproblema.Sempreébom lem-brarqueummauposicionamentodoacetábulopodetrazer diversosriscos,comoinstabilidade,aumentododesgastedo polietilenoesolturaassépticaprecoce.

A incidênciade fraturas de fêmurtransoperatórias tem aumentadocom ousodehastesnãocimentadas.Adorna coxa também é mais comum em hastes não cimentadas. Entretanto,oconhecimentodoimplante,seuusohabituale aexperiênciadocirurgiãominimizamessesriscos.

Omaiorquestionamentoemrelac¸ãoaosimplantes cimen-tadosserefereàreprodutibilidade.Paraatingirosexcelentes resultadospublicadosporcentrosqueusamimplantes cimen-tados,atécnicadecimentac¸ãodeveserexecutavadeforma perfeita.Paraisso,sãoconsideradospré-requisitosousode lavagem pulsátil, a pressurizac¸ão adequada e o manto de cimentouniforme.

Quando asATQssão feitaspara otratamento da osteo-artrose, osregistrosnacionais apresentam dadossimilares. A taxa global de revisão para todas as idades, no período de10 anos,variaentre5a6%.Quandodividimospelotipo de implante, o britânico reporta uma taxa de 3,2% para cimentadostotais,7,68%paranãocimentadose3,95%para artroplastiashíbridas,enquantooaustralianorelatataxasde 6%,5,4%e4,8%respectivamente.Sesepararmosascirurgias porsexoeidade,mulheresjovenstêmmaiorriscoderevisão emdezanos.Ocorreumainversãoseaartroplastiaéfeitaao redordos65anos,quandoaincidênciaderevisão,nomesmo período,éumpoucomaiornoshomens.48,49

Com relac¸ão aos pares tribológicos, semantivermos de lado os custos ealguns ensaios de laboratório, não existe evidênciarealafavoroucontraqualquerumadessas super-fícies,exclusiveacombinac¸ãometal-metal,queapresentou desfechos inferioresempraticamentetodasaspublicac¸ões. Emseurelatóriode2014osaustralianosregistravamumataxa de revisãoem 10anos muito similaresparaa combinac¸ão da cabec¸a de cerâmica com acetábulo de cerâmica ou de polietileno: 4,7%e4,5%respectivamente. Amenor taxa de revisãoseriaparaacombinac¸ãodemetalepolietileno

cros-slinked,nãomuitodistantedosdemais,com4,3%nomesmo

período.49Norelatóriobritânico,umamontagemhíbridacom

a combinac¸ãocerâmica-polietileno crosslinkedapresentou o melhordesfecho com2,19%de falhasem10anos.48 Dessa

forma,permaneceemabertoomelhorpar tribológicoaser usado; acreditamos que a cabec¸a de cerâmica associada ao polietilenocrosslinked possa ser amelhor escolhaneste momento,considerandoriscosebenefícios.

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dediâmetroapresentammenortaxaderevisãoquando com-paradascomasde28mm.Noentanto,nãoexistediferenc¸a entreasde32mmsecomparadascomcabec¸asmaiores.Foi sugeridoqueessedadopodeterrelac¸ãocomamaior incidên-ciadeluxac¸ãoencontradacomcabec¸asde28mmoumenores. Osrelatosdospacientesquantoàsatisfac¸ãocomos resul-tados, ou PROMs (patient-reported outcome), têm se tornado cadavezmaisimportantes.53 Norelatóriosuecode 2012,a

satisfac¸ãodospacientesapósumanodaartroplastiatotalde quadril,de2010a2011,variouentre82,8a93,4%.Depressãoe ansiedadeforamapontadascomopreditoresimportantesna dorpós-cirúrgica,noalíviodadorenasatisfac¸ãogeralcom oprocedimento.53Nãoexistemdúvidadequeemumfuturo

próximoosrelatosdospacientesterãoumpapel fundamen-talnosavanc¸osdaartroplastiadoquadriledeverãoestarno centrodasatenc¸õesporpartedaequipecirúrgica.

OsbenefíciostrazidospelaATQaospacientessão inques-tionáveis,noentanto,muitosdetalhesdevemserobservados, conhecidosedominados.PrimeiramentelembrarqueaATQ, emborasejaumadascirurgiasmaisfeitasesistematizadas, nãodeve,emhipótesealguma,serbanalizada.Oscirurgiões queaexecutamdevemseraltamentetreinados,terequipes especializadaseatuaremhospitaisequipados.Somentedessa formahaverá,defato,umaminimizac¸ãoderiscoseresultados maisprevisíveis.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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