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Rev. bras. ortop. vol.52 número5

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Academic year: 2018

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rev bras ortop.2017;52(5):511–512

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Editorial

Educar

é

uma

de

nossas

missões

Educate

is

one

of

our

missions

Educaréamaisdignadasmanifestac¸õeshumanasemrelac¸ão aosseuspares.Ensinar,queéparteintegrantedaeducac¸ão, nanossaáreaéumaatitudenobrejárealc¸adaporHipócrates nonossojuramento.

“Honrareioprofessorquemeensinaressaartecomoos meusprópriospais”.

Temosrespeitadoessesprincípiosdesdesempreeessaé aatividadeprincipaldaSociedadeBrasileiradeOrtopediae Traumatologia(Sbot),daqualaRevistaBrasileiradeOrtopedia (RBO)éumaparte.

Precisamostornarosnossossistemasdeensinomaiságeis paraatenderàstendênciasatuais,asnossasaulas,àsvezes, parecemleituradejornaisdodiaanteriorparaosjovens.

Paranós,ensinareeducarcolegaséumaatividade volun-tária,semremunerac¸ão,feitaporrespeitoanossaprofissão comoHipócratesescreveu.

Aeducac¸ãomédicacontinuadatemsidoconsiderada tam-bémumbomnegócio. Amaioriadas empresasfabricantes oudistribuidorasdemateriaiscirúrgicosteminvestidomuito nessaárea,poisdescobriuqueesseéomelhoremaisdigno caminhodeserelacionarcomomédico.

Patrocinamnossoscongressos,estágiosemhospitais espe-cializadosnoexterioreagoraatécomcentrosespecíficosde formac¸ãonosquaisoferecemmaterialecadáverespara trei-namento.Éevidentequecabeanósmanteropadrãoético desserelacionamento, pois aparte éticada medicina édo medico.Aéticadocomerciantecabeaocomerciante.

Acreditoque, no que tange a nós, ortopedistas, há um esforc¸oenormeebastantefrutíferonoensinoenaeducac¸ão. Emrelac¸ãoànossaclientelaissonãoocorreeoquevemos éumgrandevazionessaáreaderelacionamentonossocom ospacientes,sejanoplanopessoalsejanoplanoinstitucional. Comumlinguajarinacessível eumaposturarígida,nos colocamosemumaposic¸ãomuitodistantedenossosclientes. Essaposturagerouaolongodosanosumaantipatiaclara pelaclassemédica,queéresponsabilizadapelamaioriadas falhasdeumsistema,noqualnãotemosparticipac¸ão.

Énítido,emqualquernotíciaqueveiculealgumfatoque envolva saúde,aresponsabilizac¸ãodomédicoporalgoque nadatemavercomasuaatuac¸ãoprofissional.Sehádemora ou faltadeequipamentos assistenciais,nunca épornossa culpa.

Socialmentesomos vistos deforma distante eemgeral consideradosmercenários,pordesenvolverumtrabalhoque, pelo grau de responsabilidade,não tem prec¸o. Além desse aspecto,observamosemnossosambulatóriosinstitucionais pacientesperdidosouquetomaramatitudesprejudiciaispara aevoluc¸ãodeseustratamentos.Pisaramsempoderpisar,não semovimentaramquandodeveriamsemovimentar, mexe-ram onde não deviam, não tomaram medicac¸ão de forma correta,nãoretornaramquandodeveriamretornaretantos outroserrosdecorrentesdefaltadeeducac¸ão.

Essadistânciafavorecemuitoosurgimentodecharlatães, que,pelasimpatia,atenc¸ãoeclarezanacomunicac¸ão, preju-dicamaspessoascomasuaatividadedesonesta.

Somosbonsemeducar,comojávimosnoiníciodestetexto, faltadesenvolvercanaisdecomunicac¸ãocomtudoquenos cercacomamesmahabilidadecomqueeducamos.

Essaatitudeéfundamentalparamelhorarnosso relaciona-mentocomaclientela,sejaelainstitucionalouprivada,ecom asinstituic¸õesquenoscercam,comogovernoeimprensa.

Adistânciaaparentementeética,osilêncioemmomentos quenosafetamnãosãoatitudespositivas.

São frequentes asnotícias que sereferem à nossa prá-ticaqueficamsemesclarecimentoepassamaserverdades. Orelacionamentoentrenóseasempresasdesegurosaúde, queinteressamuitoaoconsumidor,nãoéclaroparaos nos-sosclientes.Onossoclientenãosabe,porexemplo,quena maioriadas vezesoencarecimentodeseuplanonão signi-ficamudanc¸anosvalorespagospararemunerac¸ãodoservic¸o medico.

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atitudesagressivascomoprocessosquenamaioriadasvezes ocorremporerroderelacionamentoeinformac¸ão.

Comousamosnanossaformac¸ão,educar deveseruma atitudepessoaleinstitucional.

Tenho certeza de que se nos dispusermos a edu-car nossos clientes e se a Sbot destinar parte de suas preocupac¸õesaeducareinformarapopulac¸ãonanossaárea deatuac¸ão,teremosumaposic¸ãomelhoremaisrespeitadana sociedade.

GilbertoLuisCamanho RevistaBrasileiradeOrtopedia,SãoPaulo,SP,Brasil

E-mail:gilbertocamanho@uol.com.br

0102-3616/©2017PublicadoporElsevierEditoraLtda.em nomedeSociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia. Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2017.06.001

Referências

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