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RHEMA - REALIDADES DA NOVA CRIAÇÃO

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Academic year: 2021

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INTRODUÇÃO

______________________________________________________________________________________ PONTOS BÁSICOS PARA SE COMPREENDER ALGUMAS DAS REALIDADES

QUE TEMOS EM CRISTO JESUS

Compreendemos melhor essas realidades a partir da compreensão das Realidades da Primeira Criação, ou seja, uma ordem sobre a primeira criação nos dará base para compreender melhor as nossas realidades em Cristo hoje.

Tais coisas se resumem em: Por que houve o pecado? O pecado; a queda do

homem. Como a morte espiritual se instalou no coração do homem e se propagou a todos os outros? A razão de Deus ter enviado Jesus. A importância dessa vinda para a transformação do homem, e, detalhes sobre as questões da nova criação: Nossos direitos, privilégios, o que somos, temos e o que podemos em Cristo.

Essas verdades ou realidades nos serão substanciais para que possamos entender melhor nossa posição em Cristo, e guardá-la.

Saberemos o verdadeiro motivo da nossa existência e o porquê de precisarmos permanecer aqui por um determinado período de tempo.

Enfim, veremos que conheceremos mais a nós mesmo à medida que conhecermos mais ao Senhor, que nos criou à Sua imagem e semelhança, nos coroando de glória, honra e dando-nos domínio sobre as obras de Suas mãos.

COMENTANDO SOBRE A PRIMEIRA CRIAÇÃO

Gênesis é o livro do começo. Quando Deus começa a criar, Ele diz: Haja Luz (Gn 1:3).

Assim que Ele começou a criar a Bíblia diz que: “Ele disse”.

Para criar a primeira coisa Ele teve que dizer algo (E assim se fez, ou, e assim foi). Pela Palavra de Deus é que os mundos foram criados. (Hb 11:3)

Vejamos alguns exemplos de coisas criadas pela Palavra do Senhor

• Nos vv. 6 e 7 de Gênesis – Deus disse... e assim se fez.

• V. 9 – E disse também... e assim se fez.

• V.11 – E disse ... e assim se fez .

• Vv. 14 e 15 – E disse... e assim se fez.

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• V.24 – Disse também Deus: Produza a terra... e assim se fez.

No versículo 26 a Bíblia diz que também disse Deus: “façamos” o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”

• Ele não falou como quando criou os peixes que disse: produza as águas... (v.20). Ou quando criou os animais ou as plantas (vv. 11,12,24). Ele disse consigo mesmo: Façamos... (ver 26 e 27).

O HOMEM – O ÚNICO SER QUE DEUS NÃO FEZ APENAS COM PALAVRAS

Tudo o que Deus fez, Ele o fez dizendo, exceto o ser humano.

Há uma grande diferença entre os homens e os animais. O homem não é um animal racional. Crer nisso é crer na teoria de “Darwin” (evolução).

O homem é um ser animado, mas não um animal.

1Co 15:46 Fala de homem espiritual e homem natural, e não animal como algumas traduções apresentam.

O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, e Deus não é nenhuma “espécie de animal” (Gn 1:27; 5:1; 1Co 11:7; Tg 3:9; 1Co 15:39).

Deus os fez de formas diferentes pelo fato de estarem em categorias diferentes (Mt 6:26; 12:12; Jo 10:33-36).

Quando Deus criou os animais, Ele disse: Produza a terra... (v.24), e quando criou os peixes e as aves Ele disse: Povoem... voem (vv. 20 e 21).

Conforme as espécies deles, Deus disse: produzam e povoem. O homem todavia não foi feito por meio de palavras. Acerca do homem Deus disse: Façamos...

Alguns tradutores da Bíblia colocam “duplicata” em lugar de “imagem e

semelhança”, ou seja, “Façamos uma duplicata da nossa categoria e espécie”.

Isso justifica o que vem logo em seguida: “Tenha ele domínio...” (v.26).

Deus é o Criador e o sustentador de todas as coisas, do mundo visível e invisível (Hb 1:2-3).

Ele criou todo o mundo físico e espiritual. Tudo existe nele e por causa dEle. Deus domina o fundamento de tudo o que Ele mesmo fez.

Como imagem e semelhança (duplicata) de Deus, o homem receberia uma parte dessa capacidade para dominar. Por isso Ele diz: “... tenha ele domínio...”

Deus criara o homem como Ele, e lhe conferira autoridade sobre tudo que acabara de criar (Gn 1: 14 –28).

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Deus estabelece primeiro os céus que viria a servir a terra. Depois Ele dá inicio à criação da terra que viria a servir o homem.

Fomos feitos por Deus como Ele mesmo. Feitos com capacidade criativa.

Encontramos exemplos dessa capacidade em algumas invenções realizadas pelo homem tais como os ventiladores, os aviões, os computadores, etc.

Há um elemento latente de criação no homem.

Mesmo depois da queda, ele ainda é a imagem e semelhança do Criador, mesmo que de forma deturpada.

Esse elemento latente de criação no homem, é justificado no fato de ser ele um ser criado à imagem de Deus, conforme a Sua semelhança.

JESUS VEIO BUSCAR E SALVAR AQUELE QUE HAVIA SE PERDIDO

Ele se manifestou para destruir as obras do diabo que entraram em cena. Para poder dar ao homem a mesma autoridade, a mesma vida e o mesmo poder que ele tinha

quando Deus o fez como Ele mesmo.

Desta forma podemos entender que quando Deus fez o homem no princípio, o fez para reinar. Para ter domínio.

Jesus não só era a expressa imagem do Deus invisível, mas o real homem criado à imagem e semelhança de Deus, o segundo Adão (1Co 15:45).

A constituição do homem e como ele funciona

“O homem é espírito, alma e corpo. (I Ts 5:23), na verdade, ele é um espírito que tem uma alma e habita em um corpo”.

Essas três partes formam o homem e não podem ser separadas por nós. A divisão é feita apenas didaticamente a fim de nos conhecermos melhor.

É preciso saber porque Deus nos fez assim e a capacidade de cada parte do nosso ser.

ILUSTRAÇÃO

Conta-se que os americanos compraram uma máquina dos japoneses para uso em uma determinada empresa.

Essa máquina funcionou muito bem, durante muito tempo, até que, inesperadamente, ela pifou!

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Os americanos chamaram os seus técnicos para darem uma solução mas, passaram-se dias, semanas, um mês sem nenhuma solução, além dos gastos que foram aplicados.

Chegaram então a pensar: Já gastamos e nos desgastamos muito, façamos o seguinte: “contratemos a assistência técnica japonesa”.

Esperaram então do Japão os técnicos para resolverem o problema. Quando, porém, aguardavam os técnicos no aeroporto, o que viram foi apenas um pequeno homem japonês descendo do avião com uma maletinha em sua mão.

Eles se espantaram e se perguntaram: “O que é isso???”.

O homenzinho apresentou-se a eles, o que por sua vez, também fizeram o mesmo. Em seguida levaram-no a empresa deles, colocando-o defronte à máquina a ser consertada.

Os técnicos daquela empresa se aproximaram e o recepcionaram, dando-lhe as boas vindas.

Quando o técnico japonês abriu sua maleta, tal foi o espanto de todos ao verem que tudo o que ele trazia era uma chave de fenda e alicate. E, em poucos minutos a máquina estava pronta.

Os diretores admirados e prazerosos ante a perícia do técnico, elogiaram-no e, depois lhe perguntaram: Quanto lhe devemos?

Ao ouvirem sua resposta: Cem mil dólares, acharam um absurdo, e disseram: Não gastaríamos tudo isso com todos os nossos técnicos trabalhando direto durante um mês. Você chega aqui e em duas hora pede cem mil dólares?

O técnico olhou para eles e disse: “Tudo bem, vocês acham caro o que cobrei em virtude do tempo que gastei? -- Então façamos o seguinte, e, rasgando a nota fez outra no valor de 10 mil dólares”.

__ Eles disseram: Ah! Agora sim.

__ O técnico japonês disse: Esperem ai, tenham calma eu vou fazer a outra nota. __ Os americanos disseram: Como assim?

__ O japonês respondeu: Pelo tempo que gastei e o esforço que empreguei, 10 mil dólares, mas pelo conhecimento de onde estava o problema, 90 mil dólares.

A verdade é que perdemos muito tempo na vida por não sabermos como fomos constituídos.

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A exemplo dos americanos, podemos ter muitos prejuízos pela falta de conhecimento com relação à nossa verdadeira vida.

Não sabemos como funcionamos. Que parte de nós faz “o que”?

Tentamos resolver nossos problemas através de malabarismo teológicos. Deixamos de recorrer à fonte que fala ao nosso respeito.

Não ouvimos a voz do Criador. Não lemos o Manual do Fabricante.

Deus quer que nos conheçamos para que mudemos nosso amanhã, e as coisas nos sejam diferentes.

Precisamos saber sobre como fomos constituídos e o que nos foi conferido, para podermos entender o que Deus colocou sob o domínio do homem.

Paulo explica como funcionamos falando da parte física e espiritual do homem (IICo 4:16-18).

Anteriormente, ele trata das suas perseguições, mas acrescenta que não era desamparado, abatido, destruído...

Nesse versículo, o que ele diz é: “mas não desanimamos...”

Pelo contrário, ainda que o homem exterior se corrompa, contudo o homem interior se renova de dia em dia (v. 16).

Em II Co 5:1 (considerado aqui por nós como o versículo 19 porque é uma continuação do assunto do capítulo 4), Paulo diz que se a nossa casa terrestre se

desfizer, temos, da parte de Deus, um edifício...

Abrindo um parêntese para algumas explicações

Não podemos esquecer que a Bíblia foi escrita sem divisões de capítulos e versículos, e na organização dessas divisões não foi possível observar esses detalhes, ou seja, a possibilidade de que o assunto ainda não houvesse sido concluído.

Deve ser considerado o fato de que o assunto se estenderia muito dentro de um mesmo capítulo, como deveria ter sido feito, todavia, não sendo assim ele continua dentro do próximo capítulo, como é o caso do v. 1 do capítulo 5 que não está dentro do capítulo 4.

Pode também ter acontecido uma limitação na compreensão dos organizadores, achando que o assunto havia terminado, colocando o final no v.19, e quebrando o desenvolvimento da idéia inicial.

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A despeito dessas probabilidades, isso não se torna para nós um problema, pois o trabalho dos organizadores nos ajuda a identificar onde está o que queremos. Todavia precisamos está conscientes que, ao ler a Bíblia, aquele assunto não tenha sua conclusão dentro do mesmo capítulo.

Voltemos ao versículo 16

“Não desanimamos; embora nosso homem exterior se corrompa, nosso homem

interior se renova..."

Podemos ver que ele diz que há dois homens, um exterior: Que é visto (o corpo), e um homem interior: Que não é visto (o espírito).

Um que se corrompe e outro que se renova. (Corromper-se é envelhecer, deteriorar, acabar...).

Esse homem exterior se corrompe; o interior não se corrompe.

Ele diz para não prestarmos atenção ao que se vê (v.18). Aqui ele está falando do homem exterior, ou seja, o corpo.

Quando diz para atentarmos para as coisas que não se vêem, ele trata sobre o homem interior, ou seja, o espiritual.

As coisas que se vêem são passageiras. De fato estão se desfazendo, se acabando, envelhecendo. Mas as que não vemos, o homem interior, são eternas.

Se a casa terrena, o homem exterior se desfizer (se acabar), nós temos da parte de Deus um edifício (II Co 5:1), casa não feita por mãos.

O nosso homem interior é eterno.

Esse texto traz muita revelação e é também muito rico e poderia ser tirada dele muita lição, todavia, nos deteremos em uma única coisa para associar ao que foi falado no primeiro capitulo de Gênesis, e, esta coisa é a pequena expressão de Paulo no versículo um do capítulo cinco: “Casa não feita por mãos”.

CASA NÃO FEITA POR MÃOS

O apóstolo está se referindo aqui, ao homem interior, porque nosso espírito é a habitação de Deus.

O homem interior é contrário ao homem exterior.

A expressão: “não feito por mãos”, não tem nenhuma semelhança com outros textos que diz: “Não feita por mãos humanas”.

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Que essa casa não é feita por mãos humanas nós já sabemos, mas o que Paulo está dizendo mesmo é que o corpo do homem foi feito pelas mãos de Deus, mas seu espírito não foi feito pelas mãos de Deus.

Em Gênesis 2:7 temos uma explicação mais detalhada do capítulo 1:26 e27.

No v.26 ele diz: O homem exterior foi feito do pó da terra, – mas Ele fez algo mais que isso: Soprou-lhe nas narinas algo que é chamado de fôlego de vida. E, foi a partir daí que o homem se tornou alma vivente.

Paulo diz que temos um edifício, ou seja, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.

Não se trata de moradas eternas, no sentido de ser o céu (Fp 1:23),porque ele foi criado pelas mãos de Deus, e o texto diz: Não feita por mãos (2 Co 5:1).

O que Paulo está nos revelando é que Deus fez o homem no princípio como Ele. O homem é essencialmente um ser espiritual, tem uma alma que envolve a vontade, entendimento e emoções tendo por sede a mente, e, quanto ao corpo, dispensa comentários pois é visto, ao passo que as outras duas partes são imateriais, apesar de reais, e bem mais reais do que as que são vistas.

Analisemos o que a bíblia fala sobre o corpo

“...E não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também

gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Rm 8:23

Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da

nossa habitação que é do céu, se é que, estando vestidos, não formos achados nus.

Porque, na verdade, nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.

Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o Espírito. IICo 5:2-5

• Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. ICo 15:53.

O HOMEM É UM ESPÍRITO MAS, O QUE ELE É, E DE ONDE ELE VEIO?

A Bíblia diz que Deus é Espírito e que Ele fez o homem à sua imagem e semelhança, portanto, Ele o fez um espírito também.

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Deus não tem carne nem ossos porque é um Espírito.

A verdadeira parte do nosso ser também é espírito. Um espírito não tem carne e ossos.

A capacidade de Deus foi, em certa medida, transferida àqueles a quem Ele quis chamar de filhos.

Não é de Jesus que se faz alusão agora, mas ao homem que Deus criou à sua imagem e semelhança e que tinha comunhão com Ele.

A Bíblia trata sobre Adão como filho de Deus em Lucas 3:38.

Adão, antes da queda, é chamado de filho de Deus. Assim como filho de gato é gato, de peixe é peixe, filho de Deus só pode ser... (deusinho ?!) Sl 82:6.

Um filho de Deus tem a vida de Deus. Tem a sua natureza e essência. Tem os seus componentes e elementos divinos.

É claro que isso está em seu espírito e não em seu corpo. Também não estão no intelecto do homem por mais desenvolvida que seja essa mente, porque Deus não é uma idéia.

Tudo de Deus no homem está no espírito do homem

Por essa razão para o homem se relacionar com Deus terá de fazê-lo no nível dEle, ou seja, no nível espiritual.

Os atributos de Deus estão no espírito.

Quando Ele criou o homem, macho e fêmea os criou. Em Cristo não há homem nem mulher.

No espírito não há essa distinção que há por causa da carne.

Por causa da capacidade de Deus transferida ao homem, este estava pronto para dominar a terra.

O homem foi feito dono do mundo.

No princípio ele foi criado para dominar a terra. Representar Deus e ser Sua extensão aqui.

O Salmo 115:16 diz que os céus são os céus do Senhor, mas a terra Ele a deu aos filhos dos homens.

Os seres humanos estavam prontos para reinar em comunhão com Deus (Gn 1:28; Sl 8:6).

O desejo de Deus pra o homem, era que este usufruísse tudo o que Deus fez para ele desde o princípio.

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Havia coisas que o homem conheceria, mas devido o pecado se tornaram ocultas, porque o homem, infelizmente, jogou o plano de Deus por água abaixo.

Há muitos argumentos intelectuais como forma de explicar por que Deus fez o homem se ele sabia que este ia pecar.

Uns dizem que o homem foi feito para pecar e Deus sabia disso. Outros alegam que Deus não o fez para pecar mas sabia que isso ia acontecer. Ainda outros dizem: Graças a Deus que o homem pecou se não Jesus não teria vindo.

São argumentos puramente racionais, sem condições de resolver problemas espirituais.

As coisas espirituais são discernidas espiritualmente (1Co2:14) mas, ainda que não houvesse nenhuma maneira de explicar sobre o porque da queda, jamais deveríamos duvidar do caráter de Deus.

Ele não faria o homem perfeito mas com um plano por detrás da cortina, que o destinava à queda.

Ao conhecer o caráter de Deus, seu jeito de ser e o seu amor, jamais nos permitiremos duvidar dos Seus propósitos, ainda que não os entendamos.

Mesmo que sejamos tentados a duvidar influenciados pelo mundo ou por alguns oradores, nos conservaremos em Deus.

O espírito nos guia a toda a verdade

A Bíblia diz que os filhos de Deus são guiados por Seu Espírito, e também diz que nós temos a unção que nos ensina todas as coisas (Rm 8:14; I Jo 2:27).

Deus, quando criou o mundo, fez coisas que não foram conhecidas ao longo das gerações até chegar em Jesus.

Não era público, ninguém compreendia. Ninguém ouviu.

Nenhum patriarca ou profeta sabia mesmo que tenham tido alguns vislumbres, ou pensamentos sobre as coisas que Deus havia dado ao homem, ou no que diz respeito ao que o homem era, ou mesmo poderia fazer.

Deus todavia o fez para saber mais e mais quem Deus era e, à medida que conhecesse a Deus, mais saberia de si mesmo.

Jesus tornaria públicas essas coisas ocultas desde a criação do mundo (Mateus 13:34-35).

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À medida que sabemos dEle, mais sabemos o que somos, podemos e temos.Mas só se pode saber buscando, procurando.

Vemos em Mateus 13:34 e 35, que a maneira de falar de Jesus foi diferente de todos os homens que falavam sobre Deus.

Ele falava algo diferente e de forma diferente, de forma que todos se admiravam da sabedoria que lhe havia sido dada.

Em alguns momentos não compreendiam o que Ele dizia, até porque não eram letras e sim Espírito e vida (Jo 6:63).

Em Jo 14:24, Jesus disse que Suas palavras eram palavras do Pai e não dele mesmo. Recebia de Deus e falava.

Deus falou através de muitos profetas (Hb 1:1), todavia, nestes dias nos falou pelo Filho.

Uma coisa é o servo falar sobre coisas do seu patrão, e outra completamente diferente é o filho falar sobre seu pai.

Deus nos falou pelo Filho. Não diz que Jesus falou com as pessoas, mas que Deus falou por meio de Jesus. Isso porque as Palavras de Jesus eram as Palavras de Deus sobre o homem em sua vida humana normal.

I Coríntios 1:30, diz que Somos de Deus em Cristo, o qual foi feito por nós

sabedoria, justiça, santificação e redenção.

Nesse caso, tudo o que Ele foi, disse e fez, o fez por nossa causa. Sua santidade, sabedoria e justiça foram por nossa causa.

Mesmo João Batista se admirou quando Jesus o procurou. Isso lhe ocorreu porque o seu batismo era de arrependimento.

João sabia que Jesus não tinha pecados, pois, Ele era aquele que tirava o pecado do mundo (Jo 1:29). Ele chegou a dizer: “Senhor eu é que preciso ser batizado por ti...”.

João sabia que Jesus batizava com o Espírito Santo, Jesus todavia disse que era necessário ser assim. Mas só era necessário por nossa causa.

Ele é a Luz do mundo. Foi enviado para alumiar todo o homem.

Jesus é o segundo Adão. Ele veio mostrar o tipo de vida que jamais deveríamos ter perdido.

Nele somos também, a expressa imagem de Deus. A expressão: Nele, fala de estarmos na vida dele, ou na vida que Ele nos deu. A vida que havíamos perdido, mas que Ele nos restituiu (Jo14:19,20).

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Ele disse que publicaria coisas que estavam ocultas desde a criação do mundo (Mt 13:35).

Jesus chegou a dizer que muitos dos profetas do passado queriam ver e ouvir aquilo que os discípulos estavam tendo a oportunidade e, o privilégio de experimentar, ver e ouvir (Lc 10:24; 1Pe 1:10-12).

De onde lhes vinha a vontade de ouvir?

A vontade de ouvir veio a eles pelas pequenas e poucas coisas que o Espírito Santo lhes permitia que soubessem.

Havia em seus corações uma chama de ouvir algo mais que eles sabiam existir, mas Deus não lhes dizia porque não era a hora.

Podia ser que eles não estivessem prontos, mas em chegando a plenitude dos tempos, Jesus vem publicando as coisas que estavam ocultas.

Olhos não viram, ouvidos não ouviram, nem subiu ao coração do homem as coisas que Deus preparou para os que o amam (I Co 2:9). Mas Deus no-la revelou pelo Seu Espírito (I Co 2:10).

Ele no-la revelou pelo seu Espírito que em nós habita. Isso é uma realidade que só se tornou possível após a vinda de Jesus.

Jesus prometera enviar o Espírito da verdade que nos guiaria a toda verdade. E, Ele fez isso após ser glorificado.

O que o Senhor fez por nós, nos possibilitou conhecer a Deus como Ele queria ser conhecido.

Nos concedeu também a capacidade de conhecer coisas que estavam ocultas desde a fundação do mundo.

Além de nos possibilitar a revelação de quem Deus ´é, ou de quem nós somos, Ele também, garante a entrada no reino daqueles que lhe forem fiéis. O reino que foi preparado desde a fundação do mundo. (Mt 25:34).

Embora que a plenitude da autoridade desse reino só nos venha a ser dada naquele dia, quando formos redimidos plenamente no corpo, sabemos, pelo que ele disse, que esse reino já está preparado desde a fundação do mundo.

Quando Deus criou o mundo, Ele fez tudo e deixou tudo pronto para que o homem fosse aprendendo sobre Deus, sobre si e sobre esse reino que lhe fora conferido.

O homem foi feito deus deste mundo. É por isso que lhe cabia o domínio e autoridade. Porque no princípio Deus lhe fez dominador (Gn 1:26,27).

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Em II Co 4:4, o diabo é chamado de deus deste século, porque o homem lhe conferiu o reino que lhe pertencia.

Em Mt 8:29 Satanás vindica o direito de arrendamento da terra.

Em Lucas 4:5 e 6, na tentação de Jesus, satanás oferece a Ele todos os reinos do mundo se tão somente, o Senhor prostrado o adorasse, dizendo que lhe fora entregue.

Muitos pregadores e até mesmo nossa mente quer acreditar que o diabo estava mentindo quando vindicou o direito de ser dominador do mundo.

A base que tomam é João 8:48 que diz que o diabo é mentiroso e o pai da mentira, e, sem nenhuma consideração um pouco mais acurada, consideram que tudo o que ele diz é mentira, sem fundamento e sem sentido.

Na realidade não atentam que se suas palavras a Jesus não fossem autênticas, não teria sido uma tentação autêntica, pelo fato de que Jesus não podia ser tentado por uma coisa que não poderia tentar.

Satanás não poderia tentar nenhum homem a ter medo de menstruar porque é impossível a um homem passar por isso, ou tentá-lo a sentir medo da menopausa ou gravidez.

Mas, Jesus estava sendo tentado pois o Espírito Santo registrou esse episódio como tentação.

Isso indica que a autoridade e a glória dos reinos lhe haviam sido entregues, por isso ele as ofereceu a Jesus.

Embora Deus houvesse entregado o domínio ao homem, o homem deu o domínio que tinha a satanás.

Foi a partir de então, e somente por isso, que o diabo é chamado de Deus desse mundo (II Co 4:4).

Deus não poderia tomar de volta das mãos de satanás aquilo que Ele dera ao homem, porque era do homem, e este dera a satanás. Só o homem poderia tomá-lo de volta.

Foi por isso que Jesus veio em forma humana: para tomar de volta aquilo que foi dado ao homem.(Gn 1:26; 9:2; Sl8:6; Tg 3:7).

A isso chamamos de salvar o que se havia perdido.

O homem perdeu-se. Ficou desnorteado. Não sabia mais quem era e passou a viver como um filho do diabo, sob condenação.

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Ele se tornou maldito. Satanás usurpou-lhe os direitos e domínios. Esta foi a razão dele haver dito a Jesus: A mim me foi entregue (Lc4:6).

O fato é que foi dado para ele e, nesse ponto, satanás está dizendo a verdade embora seja ele um mentiroso.

Foi lhe entregue a autoridade do reino e da glória do mundo.

É importante que se atente para o fato de que não são as mentiras que se constituem as grandes cartadas de satanás, mas as suas meias verdades.

A meia verdade causa mais prejuízos que uma mentira, por ser mais fácil identificar a mentira porque ela já é mentira. Todavia, quando a mentira vem recheada ou disfarçada de verdade, não dá pra saber se é certo ou não.

O diabo só quer nos pôr em dúvida para nos pegar e, dessa forma tem conseguido prender e eliminar muitas pessoas.

Ele elimina a produtividade que temos. Elimina as capacidades intelectuais, espirituais e até profissionais que podem ser manifestas e mudar uma região, família, nossa vida e nossos entes queridos.

Temos a capacidade e a vida de Deus dentro de nós e satanás tem eliminado isso com meias verdades.

Essa meia verdade tem sido ditas em pregações gravadas e músicas cantadas. – É assim que ele faz.

Não pegamos um rato na ratoeira sem um bom pedaço de queijo.

As mensagens que tem enlaçado as pessoas parecem queijo, mas não é.

Se quisermos matar um animal não damos para ele uma bacia cheia de veneno pois talvez ele nem agüente o cheiro do veneno.

Nós colocamos um pedaço de carne com veneno dentro. Ele come e morre.

Enquanto esse animal poderia pensar que está fazendo a coisa certa e ficando mais forte, na verdade ele está sendo destruído.

Satanás tem feito isso com versículos da Bíblia, a partir dos púlpitos. Com isso muitas pessoas e comunidades cristãs têm perdido a força de Deus que está dentro delas.

Foi assim que o diabo tentou enganar a Jesus: Com meias verdades.

Jesus não o venceu por causa de uma capacidade peculiar concedida a Ele só, ou seja, por Ele, Jesus, está em categoria diferente dos outros seres humanos. Se fosse

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assim, seria injustiça da parte de Deus nos mandar andar como Jesus andou, quando não seria isso possível.

Dizer isso é o mesmo que concordar com o sentimento anticristo.

Deduzimos com isso, que nós podemos vencer a satanás como Jesus venceu.

Se a Bíblia diz que quem está em Cristo deve andar como Ele andou, é porque é possível.

Verdadeiramente, não só Jesus venceu o diabo como nós podemos vencê-lo, como também ele foi tentado como nós o somos.

Mas, a verdade é que, nós temos um Sumo sacerdote que foi tentado como nós (Hb 4:15).

Se quisermos saber como Jesus foi tentado é só saber pela Bíblia como nós somos tentados.

Pela Bíblia sabemos que somos tentados quando somos atraídos e engodados, cada um por sua própria concupiscência (Tg 1:14).

Jesus foi tentado como nós: Como homem (Hb 4:15).

Havia nEle, como homem, a vontade de fazer coisas que não eram da vontade de Deus, e o diabo queria que Jesus fizesse essas coisas.

Fazendo a vontade própria, Jesus não faria a vontade de Deus.

Mas Jesus disse que desceu do céu, não para fazer a Sua própria vontade, mas a vontade dAquele que o enviara (João 6:38).

Se a vontade humana de Jesus fosse igualmente à vontade de Deus, Ele não precisaria se preocupar em fazer a vontade de Deus, porque ao fazer a Sua própria vontade, estaria, automaticamente, fazendo a vontade de Deus.

Todavia, Ele estava precavido a não fazer a Sua própria vontade (Jo 6:38), e isso determina que Ele tinha uma vontade própria, a qual Ele não queria fazer pra que conseguisse fazer a de Deus.

Ele tinha uma vontade natural igual a todos os homens, e satanás queria que essa vontade fosse salientada, amaciada.

Satanás amaciou essa vontade dizendo: Te darei as glórias e as riquezas deste mundo... Mas Jesus disse: Não! Somente ao Senhor teu Deus adorará e prestará culto.

Jesus confessou a Palavra resistindo firme na fé. Ele disse: Está escrito... (resistiu com a Palavra).

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Satanás não tomou Jesus pela mão e em um passe de mágica passou a lhe mostrar tudo como em um grande cinema. – Não!

A Bíblia diz que Jesus foi tentado como nós.

Nós somos tentados através de pensamentos, que não são de Deus, surgindo em nossa cabeça como que do nada. Por esses pensamentos parecerem não vim de lugar nenhum, pensamos que são pensamentos nossos.

Os seres espirituais, demônios e anjos caídos falam ainda que não vejamos o movimento dos seus lábios, dentes batendo e a saliva deles nos respingando.

Eles falam e quando não sabemos o que Deus diria acerca de determinado assunto, ficamos confusos.

A nossa ignorância é o que faz a meia verdade ter poder.

I Pedro 4:1 diz que Jesus sofreu na carne e que devemos nos armar desse mesmo pensamento.

Tiago diz: Bem aventurado o varão que sofre a tentação. (Tg 1:2) Ele (Jesus) sofreu porque não fez o que a carne queria.

Ele não fez o que a sua vontade humana queria porque havia um propósito específico para a vida dEle aqui.

Semelhantemente, precisamos entender qual o propósito específico para vivermos aqui. Precisamos entender coisas tais, como: Porque somos crentes? Qual o propósito da nossa maneira de vida e da nossa fé???

Jesus disse: “Eu desci do céu para fazer a vontade dAquele que me enviou”.

A Bíblia diz que Lúcifer caiu do céu, mas Jesus não caiu. Ele veio com propósito específico. – Desceu para fazer a vontade do Pai.

Satanás não veio porque quis, Jesus sim. Ele disse: Eu desci... Há propósito, consciência e determinação.

O elemento aqui nos mostra que devemos ser como Ele: Fazer a vontade de Deus para a nossa vida.

A Bíblia não diz que Jesus não tinha vontade própria. Ela diz que Ele a deixava de lado, como também diz que Ele considerava a vontade de Deus uma comida especial (Jo $:32-34).

Não havia para Jesus, e não deve haver para nós, melhor banquete que fazer a vontade do Pai.

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Jesus disse: Eu vim para fazer a vontade DELE.

A VONTADE DE DEUS PARA A NOSSA VIDA É QUE FAÇAMOS AQUILO QUE SÓ NÓS PODEMOS FAZER

"A vontade de Deus para a vida de Jesus era que Ele fizesse aquilo que só Ele podia".

Precisamos atentar para a realidade de que, Deus nos recompensará à luz da capacidade que temos, e da fidelidade que empregamos.

Não devemos nos sentir ou achar-nos inferiores ao olharmos a capacidade de outros, pelo fato de os vermos fazendo o que fazem tão bem, que jamais poderíamos fazer igual.

Jesus disse: Amará o Senhor teu Deus :

Observe que Ele diz: Teu, Tua... E, não com a habilidade e força de outros.

1. De todo o teu coração. 2. De toda a tua alma.

3. De todo o teu entendimento. 4. De todas as tuas forças.

COMO FAZER A VONTADE DE DEUS PRA NOSSA VIDA

Para fazermos a vontade de Deus Pra nossa vida, é só não fazermos a nossa.

Satanás quer fazer com que façamos a nossa vontade.

Podemos nos lembrar quando Pedro disse a Jesus sobre Ele ter pena de Si mesmo, e não aceitar morrer por nós?

Às palavras de Pedro, Jesus disse: Passa para trás de mim satanás, porque não

cogitais das coisas de Deus e sim de homens (Mt 16: 21-23).

Pedro que havia recebido revelação, agora estava dando lugar ao diabo.

Satanás não compreendia as coisas de Deus. Cogitar é inquirir, imaginar, compreender, pensar profundamente.

Não se tratava apenas de morte física, mas de morte espiritual também, e satanás queria alimentar a vontade de Jesus de não querer morrer espiritualmente.

(17)

Na verdade Jesus mesmo não queria morrer espiritualmente e por isso orou três vezes ao Pai no Getsêmani.- Mas sempre concluía: Não se faça, todavia, a minha vontade, mas a Tua.

A vontade dEle era não passar por aquilo, e satanás tentou amaciar isso, através de Pedro.

Ele disse para satanás: Tu és para mim uma pedra de tropeço.

Não disse que satanás era pedra de tropeço para Pedro ou para os discípulos que o ouviam mas para Ele mesmo, Jesus, pois satanás não cogitava as coisas de Deus e sim de homens.

Ele queria levar Jesus a pensar naturalmente naquela situação difícil. E Jesus estava dizendo que a maneira de pensar natural era uma pedra de tropeço para Ele.

Não podemos nos sentir seguros também se pensarmos naturalmente como qualquer homem faria quando diante de algumas situações, que se-nos representa uma pressão.

Pensar como mero homem era para Jesus uma pedra de tropeço. Poderia fazê-lo cair ou tropeçar no seu propósito para o qual ele havia descido do céu.

Isso também pode nos fazer tropeçar no plano que Deus tem para nós.

Se pensar nas coisas como homem era perigoso para Jesus, também é para nós. Por essa razão Pedro diz que, por haver Jesus sofrido na carne, armemo-nos também do mesmo pensamento (1 Pe 4:1).

O pensamento é uma arma. Cuidado com o que fazemos com os pensamentos, idéias e intenções porque são perigosas.

O REINO QUE FOI PREPARADO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO

Deus preparou o reino, deu-o ao homem, e este o repassou a satanás.

As coisas que o homem passou para satanás foram: autoridade, domínio, glória, riquezas do mundo e a si mesmo.

Haviam coisas que estavam preparadas para o homem saber, mas o pecado impossibilitou esse conhecimento. Mas, que coisas eram essas que estavam ocultas, que estavam preparadas por Deus para o homem?

Quais eram essas coisas ocultas que ainda não haviam sido descobertas, mas estavam lá prontas para serem experimentadas à medida que o homem desenvolvesse e amadurecesse na busca da compreensão delas?

(18)

Que coisas ocultas eram essas que os olhos humanos não haviam visto – que os ouvidos humanos não haviam ouvido – que não havia penetrado no coração humano, mas que Deus havia preparado?

Que habilidades, capacidades e realidades eram essas que Deus dera ao homem no princípio da criação?

É preciso entender que as realidades da nova criação não são muito diferentes das realidades da primeira.

As coisas que Deus deu ao homem no princípio da primeira criação não são muito diferentes das que temos hoje em Cristo Jesus.

Uma coisa é fato: Deus havia deixado tudo pronto: Os direitos, as bênçãos, os privilégios, a capacidade, a potência, a força de Deus e muitas outras coisas estavam prontas para o homem usufruir.

A Bíblia relata que o homem vai dominar a terra, controlar tudo – exercer esses domínios.

Após o pecado, e do surgimento dos profetas, e de muitos homens passarem a buscar a Deus novamente, esses homens, ainda no Antigo Testamento, começaram a se perguntar sobre a grandeza do homem.

Ao meditar nas escrituras e ao orar, esses homens começaram a descobrir que o homem era muito mais que a teoria da época dizia. Muito mais que a teologia ou a doutrina daquela época ensinava.

O povo do Antigo Testamento não conhecia a Deus. Seus líderes também não. Até os patriarcas O conheciam muito limitadamente, e não na Sua plenitude.

Eles tinham apenas alguns vislumbres sobre a Pessoa de Deus, mas não sabiam quem Ele realmente era.

Não conheciam o coração de Deus.

Foi por isso que, quando Jesus veio, eles não O reconheceram.

Jesus era Deus na carne, mas os homens não podiam entender essas coisas. Não podiam entender o cumprimento das profecias na pessoa de Jesus.

Eles se diziam ser povo de Deus. Diziam ser Sua herança, Sua nação, mas quando o encontraram, não sabiam de quem se tratava.

(19)

Quando Deus veio em carne não o reconheceram porque não o conheciam

É como reconhecer uma voz pelo telefone, por que já a conhecemos pelo telefone.

O plano de Deus era que o homem fosse descobrindo as coisas que estavam ocultas ao buscá-lO.

Tudo ainda era mistério. As coisas não lhes estavam descobertas.

Pv 25:2 diz que: A Glória de Deus está em encobrir as coisas, mas a dos reis está em descobri-las.

Isso indica que as coisas que ainda não foram descobertas glorificam a capacidade de Deus em fazer isso.

Porém os homens (que são os únicos a quem a Bíblia se refere como reis) são glorificados ao descobrir as coisas que Deus ocultou.

Podemos dizer então que a Glória de Deus está em encobrir as coisas e a glória dos homens está em descobri-las.

Deus havia destinado a descoberta deste conhecimento para a nossa glória

Em I Coríntios 2, Paulo fala sobre essa glória destinada ao homem. Não era que Deus pretendesse que o homem ficasse no obscurecimento, mas o pecado lhe impedia de saber as coisas que no princípio foram criadas para ele.

A descoberta dessas coisas, que só agora nos são reveladas por meio de Paulo, já era destinada para o nosso crescimento desde o princípio do mundo.

Não é só porque Jesus veio que podemos experimentá-las, mas se tornou assim por causa da queda, e o homem ficou impossibilitado de usufruí-las.

Jesus veio para restaurar aquilo que Deus havia estabelecido no princípio. Restaurar o Seu plano para dar ao homem, mais uma vez, a possibilidade de ter comunhão com Ele e experimentar o que lhe havia sido preparado por Deus.

Jesus veio desfazer o que o diabo fez e, ao fazer isso, as obras de Deus que foram impedidas pela obra do diabo ficariam livres para fluir na raça humana.

O homem poderia entender as coisas de Deus, conforme Ele queria que fossem entendidas.

Os atributos divinos poderiam ser conhecidos pelas coisas que foram criadas (Rm 1:20).

Embora não houvesse Escrituras, poderiam ser entendidos.

(20)

A natureza, o casamento, as ciências, e, tudo o mais, foram criados para uma melhor compreensão de Deus.

Por meio dessas descobertas o homem estava amadurecendo em Deus, porque é o conhecimento que nos amadurece, mas, com o pecado, tudo se perdeu e virou uma grande bagunça.

Ninguém sabia mais nada, nem quem era quem! (Jó 7:17)

Os poucos homens que tocavam Deus, tinham apenas um pequeno vislumbre de Quem era Deus ou de quem era o homem, por isso, a Grandeza de Deus que fora colocada no homem não passava de uma indagação profética: “Quem é o homem , pra que dele te lembres, ó Deus? Quem é o seu filho pra que o visites?” (Sl 8:4).

O texto complementa essa sentença. Embora que de forma aparentemente inconsciente, responde a tal pergunta:

1. Todavia Tu o fizeste por um pouco menor que Deus. 2. De glória e de honra o coroastes.

3. Deste-lhe domínio sobre as obras das Tuas mãos. 4. (Sl 8: 5,6; Hb 2:6-8).

É importante atentar que até a vinda de Jesus, esta pergunta continuou sendo feita.

Quem é o homem? - Ninguém sabia! Mas, agora ela era um pouco mais esclarecida.

Os discípulos se perguntavam ao olhá-lo: “Quem é este homem que até o vento e o

mar lhe obedecem?” (Lc 8:25).

Não esqueçamos: Deus dera ao homem a autoridade sobre as obras de Suas mãos. O vento, o mar, a lua, as estrelas são obras das mãos de Deus.

A pergunta poderia ser: “Quem é o homem para que as coisas que Deus fez lhe

obedeçam?”.

Quem é este ... (Jesus) para que as coisas que Deus fez o obedeça.

Eles não se deram conta que aquele homem para quem olhavam admirados, era o mesmo homem que Deus fez no princípio. O Filho de Deus em comunhão com Deus, cheio de poder e autoridade.

Esses são você e eu. Somos nós. Em Cristo isso é uma realidade. Hoje somos aquilo que Cristo foi.

(21)

I João 4:17 diz: porque assim como Ele é, tais somos nós, neste mundo.

O SALMO 8:3-8 NOS TRAS MUITA REVELAÇÃO

Este Salmo revela o que foi dito ao homem ou referente a ele, no início quando este fora criado (Gn 1:26).

O salmista declara sua admiração à obra de Deus antes de pesquisar sobre a mesma.

No v. 3 ele diz que quando contemplava os céus que Deus havia feito com Suas mãos, a lua, o sol e todo o sistema solar, ele se perguntava: “Afinal que é o homem

para que dele te lembre, e o filho do homem que o visites?”

Ele se perguntava, ao contemplar as obras da criação de Deus, que grandeza era essa que havia no homem.

Ao pensar na criação ele lembrou-se do homem.

Ele foi levado a isso porque sabia do que Deus havia dado ao homem (v.6).

A expressão: “Deste-lhe (ao homem) domínio sobre as obras da Tua mão” (v.6), referia-se a obra do v.3: céus, luas, estrelas e dos v. 7 e 8. – Na verdade o domínio era sobre as obras que o dedo de Deus realizara (Gn 1:7a 30).

Davi lembrava-se do homem e perguntava o que era esse homem para Deus, pelo fato de haver Deus lhe dado o domínio sobre tudo aquilo que ele contemplava.

É verdade que, ainda hoje, nós ao contemplarmos as grandezas da criação, dizemos: “Meu Deus , como somos pequenos diante de tamanha infinitude e beleza”.

Na realidade, nós nos inferiorizamos ao contemplar tudo isso.

Davi, ao pensar sobre o que Deus pensava sobre o homem, não se permitiu pensar em termos de inferioridade.

Ao olhar para o céu ele deve ter pensado: Pôxa! O homem deve ser grande demais...

O contrário de muitos de nós que se sentem pequenos demais.

Quando sabemos, porém , que Deus deu este céu para o domínio do homem passamos a pensar sobre nós de uma forma diferente.

Há um testemunho na Bíblia que fala da nossa grandeza. O Salmista diz: “O que é

o homem para que dele Te lembres...”

A Segunda parte diz: “...e o filho do homem para que o visites?”

Esta parte poderia ser posta como: “e o filho do homem para que, quando ele

(22)

Deus está nas crianças.

Até as pessoas do mundo, inconscientemente, guardam a idéia de que quando as crianças morrem, elas viram anjos.

É verdade que os seres humanos nunca serão anjos pois são classes de seres diferentes.

Não há nenhuma transmutação energética que ocasione isso e, no mais, isso não seria progresso e sim regressão, porque os anjos são servos de Deus e o homem foi criado para ser filho.

Na verdade há algo de Deus no homem, e, se não fora o pecado todas as pessoas teriam o conhecimento de Deus, sem que fosse preciso ser ensinadas, porque cresceriam conhecendo ao Senhor desde a meninice. Isso facilitaria o ensino às crianças no caminho em que devem andar.

Sem o pecado, o relacionamento familiar seria diferente, e todos conheceriam a Deus por está Ele dentro de todos.

O pecado nunca foi vontade de Deus, bem como Ele não queria que houvesse salvação, mas esta foi necessária por causa da perdição.

A salvação tornou-se vontade por causa do pecado que levava os homens à perdição.

O Espírito quer nos fazer compreender como Deus pensa. Como Ele vê e sente as coisas. Quer fazer-nos conhecer Seu coração.

Esse Espírito Santo conhece até as profundezas de Deus.

A Bíblia diz que não recebemos o espírito que vem do mundo, mas o Espírito de Deus para que por ele soubéssemos o que nos foi dado gratuitamente. (1Co 2:12).

A SALVAÇÃO NÃO ERA O PLANO DE DEUS, MAS QUANDO ELA ENTROU EM CENA, ELA FOI PERFEITA

Se Deus desejasse, em seu plano original, salvar o homem, uma das duas opções abaixo seria verdadeira:

1. Ele criaria o homem em pecado para que pudesse concretizar o seu desejo de salvá-lo.

2. Ou, faria o homem puro, à sua imagem e semelhança, mas com o plano debaixo dos panos, que o destinava a pecar.

Para que Deus desejasse salvar o homem, Ele deveria tê-lo feito pecador ou destinado ao pecado, à queda.

(23)

Mas nós sabemos que não foi nenhuma dessas, a posição de Deus, pois o Seu desejo para o homem era a comunhão com Ele.

Não foi para ser pecador ou para cair que Deus o criou, e sim para a comunhão Seu desejo era que o homem se desenvolvesse ao longo das gerações.

Hoje podemos entender que Deus não faz acepção de pessoas, mas que ama a todos da mesma forma.

Não é uma cultura, história, religião ou outra coisa referente a um povo que o faz mais amado de Deus (Rm 3:23).

Ele fez com que toda a raça humana existisse para buscá-lo. Este é o sentido da existência do homem.

Em uma situação invertida, Deus fez os céus para servirem a terra. Deus fez a terra para servir ao homem. Deus fez o homem para servir a Ele em comunhão.

O HOMEM FOI FEITO PARA BUSCAR A DEUS E, SE ESTE NÃO O BUSCA, ESTÁ FORA DO PROPÓSITO DELE PARA A SUA VIDA

Paulo disse que Ele (Deus) não está longe de cada um de nós. (At 17:27)

Quando Paulo disse: “se bem que Ele não está longe de cada um dos que o

estavam ouvindo”, ele não falou para crentes ou judeus, ou mesmo para algum grupo

religioso da sua nação.

Suas palavras eram profundas e o seu conhecimento complicou ainda mais ao dizer: “nEle vivemos e nos movemos e nEle existimos. (At 17:28)”.

Isso é um contraste na nossa teologia moderna, com relação ao fato de Deus fazer distinção entre “Quem, e quem”, no que diz respeito a: quem Ele ama? E, a: quem

Ele aborrece? – Os destinados ao céu e os destinados ao inferno!

Paulo falava a respeito de como Deus estava próximo deles, ao dizer as palavras:

viver, mover e existir em Deus.

Ele foi buscar o subterfúgio de suas palavras nas palavras de um dos poetas deles:

Porque dele também somos geração. (At 17:28)

Não sabemos como, nem através de que esse poeta falou, mas ele o fez e Paulo sabia que ele tinha falado, e, o mais fantástico é que Paulo concordava com ele, por isso disse: “como alguns de vossos poetas tem dito: também de Deus somos

geração” (v.28).

(24)

Vemos aqui o coração de Deus, em como Ele valoriza o homem. Esse texto nos mostra que Deus vê as coisas de maneira diferente.

Se alguém como Paulo, ou ele mesmo aparecesse em nossos dias pregando essas coisas, com certeza ficaríamos preocupados ou preparássemos nosso povo contra esse ensino.

Diríamos como dizemos: É heresia. É Nova era...

Mas como está na Bíblia, foi escrito por Paulo, e por sabermos quem ele era, achamos que está tudo bem.

Nem paramos para perceber o que ele disse. Talvez nem concordemos com ele, mas sabemos que essa palavra é Palavra de Deus.

DEUS VALORIZA O HOMEM

Se pudermos responder a pergunta do salmista: “O que é o homem?”, nossa vida se tornará diferente. Nossos valores e prioridades serão outros. Haverá mudança nas

nossas preocupações.

Saber quem é o homem é uma das maiores descobertas durante esse período de transição enquanto estamos aqui na terra.

Viemos de Deus e voltaremos para Ele. Mas, o que estamos fazendo enquanto isso? Temos permitido que Ele fale, sinta e opere em, e através de nós?

Nossas palavras podem ser consideradas a Palavra de Deus?

Quanto mais conhecemos a Deus, mais nos conhecemos, e mais O amaremos, como também aos outros.

No mais, não podemos amar a Deus a quem não vemos se não amarmos ao próximo a quem vemos.

Quando Paulo dizia o que dizia, não o fazia para se mostrar, mas porque amava a Deus, Sua obra, e aos homens.

Ainda que ele fosse julgado como herege por causa do que falava, ele dizia: Quem me julga é Deus.

Ele sabia e dizia que era necessário que os ministros se achassem cada um fiel (I Co 4:1-5).

No versículo 5 ele diz: Nada julgueis antes do tempo, dando a idéia de que haverá um tempo em que poderemos julgar as outras pessoas.

A Bíblia diz que: “Nesse tempo julgaremos o mundo, os anjos e todas as coisas”, mas esse tempo não chegou ainda.

(25)

Essa é a razão dele dizer: Nada julgueis antes do tempo.

Esse “não julgueis antes do tempo”, nos dar a resposta sobre quando isso deve ser: “...até que o Senhor venha!” E diz o porque da necessidade desse comportamento:

Ele (o Senhor) trará à luz as coisas ocultas das trevas e Manifestará os desígnios dos corações (1 Co 4:5).

O verdadeiro julgamento se baseia no conhecimento do “porque” a pessoa fez o que fez, mas não somos Deus para saber isso, porque o que as leva a fazerem o que fazem é o desígnio do coração delas.

Desígnio é intento, plano, propósito, projeto. Por isso somente quando Deus manifestar os desígnios do coração dos homens é que poderemos julgar.

Isso nos mostra que o que designamos, projetamos, planejamos ou intentamos para a vida, vão nos julgar no último dia do juízo.

Na verdade Deus vê os desígnios do nosso coração como uma coisa muito séria. O desígnio do coração de Paulo quando ele fazia aquilo que muitas pessoas diziam que era heresia, errado, ou antibíblico (levando em consideração o ter ele muitas vezes se feito de louco para ganhar os loucos), na verdade tinha um desígnio correto.

Na parábola do joio e do trigo o Senhor Jesus fala que o senhor da terra em que o inimigo semeou o joio, não permitiu que o joio fosse arrancado por receio que ao arrancar o joio, arrancassem também o trigo.

Ora, despercebidamente, podiam confundir o trigo com o joio pois um parecia com o outro.

Tanto o joio parece com o trigo, como o trigo parece com o joio. Por isso nunca devemos julgar as pessoas.

Paulo era mal interpretado por causa disso, ou seja, na opinião de alguns ele era joio (falso profeta), mas Deus conhecia o desígnio do seu coração.

A Bíblia diz que o julgamento começa pela casa do Senhor, mas, o julgamento que nos cabe, é aquele que fazemos de nós mesmos.

Cada um deve julgar-se para não ser julgado. É verdade que a Palavra de Deus assegura que seremos julgados pelas nossas obras.

Isso deve nos precaver quanto à nossa necessidade de buscar conhecer mais nossas responsabilidades no Senhor quanto ao que somos em Cristo, como também o que podemos e temos nele.

(26)

Houve uma época que os homens não podiam saber o que Deus queria e tinha para eles. Na verdade eram as coisas que Deus havia dado a eles, mas sua situação e ignorância os impossibilitavam de se apropriarem do que lhes pertencia por direito e herança.

É importante lembrar que aqueles tempos passaram. Não estamos mais neles. A realidade agora é outra.

Foi em relação aquele tempo que Paulo se referiu quanto a Deus não mais levar em conta.

DEUS NÃO LEVOU EM CONTA O TEMPO DA IGNORÂNCIA Atos 17:19-30

Houve tempo em que as pessoas não tinham condições de conhecer a Deus na sua plenitude como Ele sempre desejou ser conhecido.

Paulo chama esse tempo de “tempo da ignorância”, e Deus não levou em conta o tempo onde as pessoas não conseguiam conhecê-lo como convém.

Paulo faz uma chamada quando diz: Agora porém... E isso quer dizer duas coisas: 1) Não estamos mais no tempo da ignorância. – Mostra que o conhecimento chegou – que a luz raiou. 2) Não há mais desculpas para não sabermos, pois o conhecimento de Deus tem se espalhado por toda a terra assim como as águas enchem o mar.

Se esse conhecimento não tem enchido as nossas vidas como as águas enchem o mar, a culpa não é de Deus mas do homem, por isso não há mais desculpas.

Em Atos 17:30 Paulo diz: Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;

agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam. E, no

versículo 31 ele continua dizendo que Deus estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.

no versículo 30 ele deixa claro que os tempos da ignorância haviam passado e que Deus não levava em conta esses tempos passados.

Paulo todavia diz: Mas agora, porém... (At 17:30).

Esse porém fala que o que Deus fazia nos tempos da ignorância ele não faz mais. Como Deus sabia que o homem não podia conhecê-lo nesse tempo de ignorância, como Ele gostaria de ser conhecido, Ele não considerou esse tempo, ou seja, não levou em conta.

(27)

Agora, porém, Deus leva em conta, por isso é que Ele notifica, através do evangelho que “todos”, em toda parte, se arrependam.

Essa é a Palavra de Deus para nossa época. E já estamos em média de 2.000 anos nessa nova realidade estabelecida por Deus (Considerando que estamos às vésperas do ano 2.000).

Esse é o momento que devemos ter consciência do plano de Deus para nós. Entender o que Ele quer.

Entender como fazer Sua vontade e maximizar nosso potencial para abençoar os outros que nos cercam.

O que podemos fazer? O que dizer? O que realmente somos? Na Igreja de Jesus devemos aprender mais sobre nós.

Muitas pessoas estudam sobre Deus e diz conhecê-lo, mas não conhecem a si mesmas.

Não há como conhecer a Deus e não se conhecer a si mesmo.

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e quanto mais eu sei como Deus faz as coisas, mais eu aprendo como eu posso fazer.

Quanto mais entendo a Sua maneira de pensar, mais eu entendo como pensar também.

A nossa maneira de pensar deve ser de acordo com a maneira de Deus, e isso nos lembra que Paulo nos dar uma lista de coisas em que devemos pensar (Fp 4:8).

O que devemos pensar são pensamentos divinos. Deus pensa daquela forma e Paulo ainda insiste em dizer: “pensem nas coisas lá do alto” (Cl 3:2).

Infelizmente nós insistimos em duvidar em que podemos pensar como Deus pensou e até procuramos na Bíblia uma desculpa para o nosso comportamento.

Alguém pode dizer: Ah! em algum lugar da Bíblia está escrito que Deus disse: “Os

meus pensamentos são mais altos que os vossos” (Is 55:9). O problema é que não

nos apercebemos que quando Deus disse isso, Ele dizia às pessoas que viviam no tempo da ignorância.

Ele o falou referente às pessoas que não tinham condições de conhecê-lo em profundidade.

Aquelas pessoas tinham apenas vislumbres sobre a pessoa de Deus.

Haviam coisas que tinham sido ditas a eles a cerca de Deus, que serviam de testemunho, mas aquelas coisas não respondiam a pergunta: “Quem é o homem?”

(28)

Eles não sabiam quem era Deus, por isso não conheciam quem era o homem.

Precisamos nos reportar ao que Deus falou nesta mesma passagem de Isaías que diz: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo seus pensamentos” (Is 55:7).

Aquelas pessoas não pensavam como o Senhor, e nem andavam no caminho que Deus tinha para eles, por isso Deus disse: Deixe o perverso o seu caminho...

Ele falou isso um pouco antes de ter dito que os pensamentos dEle não eram iguais aos pensamentos daqueles a quem Ele se dirigia (Is 55:8). Mas havia dito antes: “mude os seus pensamentos” (v.7).

Nesse versículo, Deus nos faz uma chamada a pensarmos como Ele, quando diz: Deixe... o iníquo os seus pensamentos.

Se isso não for bastante para cremos que podemos pensar como Ele, precisamos nos lembrar que Ele nos deu a mente de Cristo (I Co 2:16).

Os caminhos de muitos não são os caminhos do Senhor. Até alguns crentes não andam no caminho do Senhor. Não andam em sua Palavra, nem desfrutam de sua vida.

Deus quer que mudemos nossos pensamentos e, conseqüentemente, nossos caminhos.

É PRECISO ATENTAR PARA O FATO DE QUE, SOMOS MUITO MAIS DO QUE MUITOS PREGADORES GOSTARIAM QUE ACREDITÁSSEMOS QUE NÓS

SOMOS

Já pensamos que foi Deus quem pagou o preço por nossas vidas?

A Bíblia diz que Ele nos comprou por seu próprio Sangue. Ele comprou – pagou. Saiu do “bolso dEle”, por assim dizer.

Deus achou justo pagar o que Ele pagou, então na cabeça dEle o que Ele deu é o que a gente vale.

Ao avaliar o nosso valor – não esqueça que, quando ele nos avaliou, éramos pecadores, e ao avaliar o nosso valor, Ele deu Jesus.

Já pensamos no valor que Deus atribui à pessoa humana? É por isso que Ele nos ama tanto.

Paulo diz que Deus prova o seu amor para conosco, pelo fato de ter enviado Jesus para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores. Quanto mais agora, como não seremos salvos por Ele por meio de Sua vida? (Rm 5: 8-10).

O

(29)

Jesus dizia aos judeus que creram nEle, no cap. 8 de João: “se permanecerdes nas

minhas Palavras, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:31,32).

Não há mais como não saber. Temos como conhecer a Deus. Ele disse: “se vocês permanecerem...”.

Este “se” é uma condição, portanto, podiam permanecer ou não. Se permanecessem conheceriam a verdade.

Isso mostra que não se conheceria a verdade da noite para o dia, mas se houvesse permanência na Palavra.

Se permanecerdes... Isto é uma questão de perseverança.

ILUSTRAÇÃO

A perseverança nos trará a qualidade do rio Os rios nascem nos lugares altos e vão descendo até caírem dentro do mar, mas, no seu trajeto, encontram obstáculos: Pedras, montes, árvores, até vales, mas alcançam seus objetivos porque aprenderam a contornar os obstáculos.

Por causa da sua flexibilidade ele consegue se ajuntar, se acumular mais à frente, pra ganhar forças para cobrir aquele monte que lhe impedia.

Se for preciso, ele se divide para passar pelos dois lados de uma árvore, para se encontrar mais a frente.

Mas ele não para! Vai em frente.

Por ter a capacidade de contornar os obstáculos, o rio alcança o seu alvo: o mar. Podemos aprender com as coisas que foram criadas. Essas coisas nos ensinam profundidades de Deus.

Se formos perseverantes não haverá nenhuma justificativa para a derrota.

Isso não quer dizer que os problemas cessaram, pois Jesus disse que no mundo teríamos aflições.

O que estamos dizendo é que a perseverança na Palavra nos ensinará a vencer os obstáculos.

(30)

Supersticiosamente, pode ser que pensemos que quando as coisas ocorram de maneira difícil, estejamos sob maldições.

Esquecemos que o mundo jaz no maligno, e Jesus disse que no mundo (o mundo que jaz no maligno) teríamos aflições.

É bíblico, portanto, ter problemas no mundo, o que não é bíblico é perder o ânimo por causa deles.

É possível ter bom ânimo no problema, se não Jesus não teria dito isso. Isso é fé na Palavra de Deus.

Fé não é negar um fato. Se estiver com dor na cabeça não posso dizer que não estou por que isso seria mentira. Só que agimos em fé para receber a cura.

A fé se baseia na Palavra de Deus, e ela diz que Jesus levou todas as minhas (nossas) enfermidades (1Pe 2:24).

Quando a Bíblia diz que fé é chamar à existência as coisas que não são como se fossem, está nos dizendo para chamar a cura “que não é” (ou seja, não está em evidência), como se fosse. Não é chamar as coisas que são (no caso as doenças, porque elas são, ou sejam, no momento estão acontecendo), como se não fossem. Isso é agir contrário à Palavra.

Não devemos pensar que Deus não está conosco por causa das dificuldades que acontecem. Fique firme até o fim.

Sua fé lhe levará a vitória (I Jo 5:4).

Tudo o que Jesus nos disse, Ele o disse para que tivéssemos paz (Jo 16:33)

Não é estranho que Ele tenha dito tudo isso para que tenhamos paz, quando diz que teríamos aflições?

É preciso perceber que, se não estamos experimentando a Paz que temos, é porque não cremos que a temos.

Se não cremos é porque não ouvimos o que Jesus falou, ou não atentamos, e a fé vem pelo ouvir.

É necessário considerarmos a Palavra de Deus, senão ela não fará nenhum efeito em nossa vida.

É quando cremos nela e agimos à altura do que Deus diz que desfrutamos dos benefícios nela contidos.

Salomão é bastante preciso quanto a isso. Ele fala de atentar para a Palavra de Deus; inclinar os ouvidos aos Seus ensinamentos; não desviar os olhos da Palavra; e,

(31)

enterrá-la no mais profundo do coração. A conseqüência disso vai ser vida e saúde. (Pv 4:20 – 22).

Semelhantemente, o Senhor Jesus nos diz que quem pratica a Palavra é comparado a um homem sensato que constrói sua casa firmada em sólidos alicerces. Nada a destruirá.

Jesus disse: “Eu disse essas coisas para que tenhais Paz”.

Se não temos experimentado a paz que Deus diz que nós temos, é porque não cremos no que Ele diz. Se não cremos é porque não lemos, se não lemos é porque não percebemos Suas palavras a respeito do assunto.

Posicionalmente, já temos todas as bênçãos em Cristo (Ef 1:3).

Um fato de suma importância que não percebemos é que, embora estejamos em Cristo, estamos no mundo, e no mundo teremos aflições pois ele jaz no maligno.

Jesus nem orou para que saíssemos do mundo (Jo 17:15). Isso não foi um ato de desamor, pois, o mais importante e glorioso disso tudo é que podemos experimentar essas realidades de Deus, aqui nessa terra que jaz no maligno, onde teremos aflições.

Não podemos confundir aflições com tribulações.

Aflições dizem respeito às pressões que se desencadeiam no nosso dia a dia. Enquanto que tribulações são um estágio mais avançado que o crente sofre, por haver cedido às pressões.

Se prestarmos atenção no que Ele disse, viveremos no estilo de vida que Ele desejou para nós: paz e ânimo em meio às aflições.

Não experimentar a paz é um resultado de não considerar o que Ele disse.

Não quer dizer que não se esteja lendo ou ouvindo, mas que não se está considerando o que Ele disse.

Os tempos da ignorância realmente passaram. Vivemos em uma época de luz, quando podemos saber sobre Deus, conhecê-lo profundamente e mergulhar nessas descobertas.

O plano de Deus para o homem no início, se não houvesse pecado, era que ele crescesse, crescesse e crescesse espiritualmente e, quando chegasse a plenitude dos tempos o homem seria aquilo que Jesus fez que ele fosse.

JESUS POSSIBILITOU O CONHECIMENTO DE DEUS - POSSIBILITOU A COMUNHÃO COM O PAI

(32)

Ele tornou possível a vida que temos agora. A sermos o que somos hoje, restaurando o que Deus tinha estabelecido desde o princípio.Quando Jesus abria a

boca publicava as coisas que estavam ocultas desde o princípio do mundo.

Com a vinda de Jesus a Palavra de Deus pode, mais uma vez, fluir no coração do homem.

Vejamos João 1:1-9 Parafraseando o v.4: A vida estava nEle (na palavra) e a vida (que estava na palavra) era a luz dos homens.

Observemos a posição dos verbos: “estava” e “era”. Estão no passado.

A razão disso é porque houve um tempo em que a vida que estava na Palavra de Deus deixou de ser luz para o ser humano.

Verbo que dizer palavra, e nós precisamos entender o que é a Palavra.

Nós nos dirigimos à Bíblia como a Palavra de Deus, e de fato ela é, mas ela, a palavra escrita, nos foi dada apenas para conhecermos a essência da Palavra viva que é a pessoa de Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus.

Então, a Palavra é o que Jesus nos diria: é Espírito (Jo 6:63), ela não é uma coisa material, algo físico. Ela é Espírito.

Adão não tinha a Bíblia, todavia houve uma época, antes do pecado, que a Palavra era a luz dos homens.

Observemos que dos vv. 1 ao 5, ele não está tratando da vida física de Jesus e sim da Sua vida antes da encarnação.

Antes de pecar Adão tinha comunhão com Deus, e essa comunhão possibilitava ouvir a voz de Deus e, essa Palavra que ele ouvia, o fazia entender as coisas de Deus pela Palavra que fluía do coração.

Essa Palavra o fazia compreender a vida, entender as coisas e ser como Deus era. A palavra que fluía do seu coração é Espírito. Deus falava-lhe em seu espírito. A Palavra, que era Espírito, trazia vida para o homem.

A vida que o homem tinha estava completamente apoiada no que Deus dizia.

Essa Palavra iluminava o homem em tudo que ele haveria de fazer. É isso que diz o versículo 4: A vida estava na Palavra, e a vida que estava na Palavra era a luz dos

homens.

O pecado impossibilita da voz de Deus ser ouvida no coração do homem. Adão pecou e a comunhão espiritual foi perdida.

(33)

A Palavra não fluía mais, e o homem ficou sem saber o que fazer. Ele começou a andar sem luz. Começou a andar nas trevas.

As trevas invadiram toda a terra, e a partir daí, todos os seres humanos que nasceriam nesse ambiente de trevas, não teriam o conhecimento de Deus adquirido por revelação.

As crianças nasciam com a natureza de Deus mas, à medida que cresciam, não continuavam ouvindo Deus nos seus corações. Isso porque, o mundo havia sido invadido por satanás.

As trevas haviam invadido o mundo, e as crianças que nasciam no mundo eram invadidas por satanás.

Desta forma as crianças perdiam o contato com Deus. Por isso cada vez mais, as gerações se distanciaram da verdade de Deus pra suas vidas.

A Bíblia mostra que a luz sempre resplandece nas trevas, e, as trevas não conseguem prevalecer sobre a luz (Jo 1:5).

Ainda que o homem se distancie da Palavra, a Luz que está na Palavra, continuará lá, latente e viva.

Os vv. 6 e 7 dizem que houve um homem de Deus chamado João que veio para dar testemunho daquela luz que havia sido perdida.

Esse João não era a luz, mais veio testemunhar a respeito dela. A verdadeira luz que vindo ao mundo ilumina todo homem.

Esse “vindo” deveria ser entendido assim: “Que voltando ao contado com os homens iluminaria todos eles” (v.9).

A verdadeira Luz... – O que é a verdadeira luz? O v.4 responde: “A verdadeira vida” Como sabemos isso? Ora, está escrito no v.4: “A vida era a luz dos homens”.

João veio para dar testemunho sobre a verdadeira luz (v.8). A vida de Jesus era a verdadeira luz.

Jesus veio a este mundo para nos dar a luz que havíamos perdido, ou mesmo a vida que havíamos perdido.

Veio nos trazer de volta a condição de ouvir Deus dentro do nosso coração, e a possibilidade de termos a sua Palavra fluindo dentro de nós, para sabermos que tipo de vida podemos viver.

Ele veio iluminar a todo o homem. Ele trouxe em si essa luz. PORQUE JESUS TEVE QUE SE FAZER HOMEM?

(34)

“Às vezes não compreendemos a missão de Jesus, por isso não entendemos porque Ele teve que se fazer homem”.

Analisemos João 18:33-37

Pilatos, pois, tornou a entrar no pretório, chamou a Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?

Respondeu Jesus: Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?

Replicou Pilatos: Porventura sou eu judeu? O teu povo e os principais sacerdotes entregaram-te a mim; que fizeste?

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.

Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei?

Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

Esse texto se refere a Jesus um pouco antes da sua crucificação Jesus é a verdade, é o que dizemos muitas vezes, mas quando não compreendemos o que isso significa, não vamos entender quando Ele diz que dá testemunho da verdade (v.37).

Dizemos que Jesus é a verdade porque a vida humana que Ele viveu é a vida humana verdadeira, por isso Ele é a verdade.

Pilatos pergunta-lhe: “Você é rei?” ou poderia ser: “Você tem um reino?” e Jesus respondeu: Eu nasci para isso.

Se Jesus não tivesse nascido como homem Ele não poderia dizer o que estava dizendo agora: Nasci para ser Rei.

Se Ele não tivesse vivido dentro da realidade humana não poderia argumentar da forma que argumentou.

Não se tratava de um governo humano, ou um reino político. Se fosse assim, Ele não teria se desvencilhado das vezes que a multidão o quis faze-lo rei.

O reino ao qual Ele se referia, era um reino espiritual.

Ele nasceu para reinar em vida, e, foi para que reinássemos em vida que Ele morreu por nós (Rm 5:17).

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