INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E
GESTÃO
R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O
GILBERTO FIGUEIREDO ALVES
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL
EM ENGENHARIA CIVIL
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Acompanhamento/fiscalização de obra, estudo e coordenação de projecto,
assistência técnica, organização de recursos e apoio aos serviços
comerciais.
Guarda, Dezembro de 2008
Relatório de Estágio
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Identificação Aluno
Nome:
Gilberto Figueiredo Alves
N.I.F.:
222470585
Nacionalidade:
Portuguesa
B.I.:
11740012
Data Nascimento:
1980-08-14
Morada
:
Rua da Horta, Nº1, 2ºEsq
Vasco Esteves de Cima
6270-014 Alvoco da Serra
Telemóvel:
964 413 985
Identificação Empresa
Nome
:
TONDELAR, Sociedade Imobiliária, Lda.
N.F:
216431611
Morada
:
Travessa à Rua Dr. António Manuel Tenreiro da Cruz
edf. FORVM nº20B – 1ºE/F
3460- TONDELA
Telefone:
232 814 270
Telefax:
232 814 271
Identificação Acompanhante Empresa
Nome
:
Sara Matos Silva
Nacionalidade:
Portuguesa
Grau Académico:
Licenciada Engenharia Civil
C.P. nº 37038
Nível Qualificação Profissional:
Membro
Identificação Professor Acompanhante
Nome
:
Carlos Aquino Monteiro
Nacionalidade:
Portuguesa
Grau Académico:
Mestre em Engenharia Civil
Período de Estágio
Relatório de Estágio
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Gilberto Figueiredo Alves
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ÍNDICE
Pág.
1. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO ... 5
1.1. Objectivo ... 5
1.2. Local de Estágio ... 6
1.2.1. Tondelar | Esquema Organizacional ... 8
1.2.2. Esquema Organo – Funcional | Departamento Técnico ... 9
1.2.3. Organização Departamental ... 10
1.2.4. Technical Marketing Task Force ... 10
1.2.5. Relações Inter Empresas ... 12
2. TRABALHO DESENVOLVIDO ... 13
2.1. Resumo do Trabalho Realizado ... 13
2.2. Edifício Luxor ... 15
2.3. Edifício Pátium ... 20
2.4. Jardins de Água – Aldeamento do Fojo ... 32
2.5. Gabinete Técnico da Tondelar Imobiliária ... 35
1.2.1. Gestão de Recursos ... 36
1.2.2. Gestão de Arquivo ... 37
1.2.3. Serviço Apoio Técnico a Projectos Exteriores ... 37
2.6. Departamento Comercial e de Marketing ... 38
3. CONCLUSÕES ... 39
4. BIBLIOGRAFIA ... 41
Relatório de Estágio
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1.
ÍNDICE DE ESQUEMAS, FIGURAS E FOTOS
ESQUEMAS:
Pág.
Esquema 1 – Esquema Organizacional - Tondelar ... 8
Esquema 2 – Esquema Organo-Funcional – Departamento Técnico ... 9
Esquema 3 – Esquema das Relações Inter-empresas ... 12
Esquema 4 – Resumo Esquemático das Actividades Exercidas pelo Estagiário ... 14
Esquema 5 – Processo das Reclamações ... 36
FIGURAS:
Pág.
Figura 1 – Logótipo da Tondelar, Sociedade Imobiliária, Lda. ... 7
Figura 2 – Maqueta do Edifício Luxor ... 15
Figura 3 – Planta de um andar em fase de licenciamento ... 16
Figura 4 – Planta de um andar, após alterações à arquitectura ... 16
Figura 5 – Maqueta do Edifício Pátium... 20
Figura 6 – Planta do piso 2 em fase de licenciamento ... 21
Figura 7 – Planta do piso 2, após alterações ... 21
Figura 8 – Planta geral do Aldeamento do Fojo ... 32
FOTOS:
Pág.
Foto 1 – Execução parede divisória em bloco isolsónico ... 18
Foto 2 – Execução parede dupla interior com aplicação de lã de rocha em caixa de ar ... 18
Foto 3 – Frente do edifício Luxor no final do estágio ... 19
Foto 4 – Traseiras do edifício Luxor no final do estágio... 19
Foto 5 – Frente do edifício Pátium, vista exterior no inicio dos trabalhos ... 30
Foto 6 – Frente do edifício Pátium no inicio dos trabalhos ... 31
Foto 7 – Alçado esquerdo do edifício Pátium no final do estágio ... 31
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1. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO
1.1.
Objectivo
Neste relatório procurar-se-á descrever e evidenciar os aspectos essenciais dos
métodos de trabalho seguidos, os principais pormenores técnicos e, na perspectiva do
estagiário, as situações mais relevantes.
As funções que foram atribuídas ao estagiário envolveram, de forma resumida,
as seguintes vertentes:
Estudo e coordenação de projectos de arquitectura e especialidades nas
suas diversas fases e tipologias de construção;
Prestação de assistência técnica na fase de concurso através da elaboração
de medições, análise técnico-económica de propostas;
Acompanhamento, fiscalização (representando o dono de obra) das obras e
medição da obra executada;
Elaboração de elementos complementares, tais como: telas finais e fichas
técnicas de habitação;
Organização geral de recursos materiais, equipamento e documentação;
Apoio aos serviços comerciais, nomeadamente na elucidação de dúvidas
sobre leitura de projecto (plantas e alçados) e sobre outras questões e
aspectos de carácter técnico e fornecimento de peças desenhadas/ gráficas/
escritas.
O estágio formal é parte integrante da formação de um recém-formado, que
permite complementar essa formação com o acompanhamento contínuo do patrono
orientador, facilitando posteriormente o exercício autónomo da actividade profissional.
Na generalidade, o objectivo do estágio é a compreensão global da realidade do
exercício da profissão, percebendo as condicionantes de natureza económica,
deontológica, legal, ambiental, de segurança, de recursos humanos e de gestão em geral,
que caracterizam o exercício da mesma de forma plena, integral e consciente das
responsabilidades que daí advêm.
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1.2.
Local de Estágio
Fundada em 1990, a Tondelar Imobiliária, Lda., beneficia de sinergias
técnico-económicas e financeiras de grupo, a partir do relacionamento privilegiado com a
empresa JCF-Construções, prestigiada por mais de 40 anos no mercado distrital de
Viseu.
O êxito das primeiras iniciativas imobiliárias da empresa, visível logo a partir de
1992, determinou, dois anos após, a criação da TONDELAR - Sociedade de Mediação
Imobiliária, Lda. (1994).
Dispõe de uma equipa técnica interdisciplinar que constitui um grupo
profissional, capaz de responder a quaisquer solicitações no âmbito da actividade
imobiliária, com prontidão e eficácia.
Com o êxito demonstrado, apostou, persistentemente, nas potencialidades do
mercado imobiliário do distrito de Viseu e da Região do Planalto Beirão, onde oferece,
em condições aliciantes, novas oportunidades ao pequeno e médio investimento.
Contribuiu activamente para superar as dificuldades sócio económicas e
culturais,
tradicionalmente
consideradas
como
obstáculo
desanimador
ao
desenvolvimento das regiões do interior.
Possui a dinâmica exigida para responder, com eficácia, competência técnica e
seriedade, à maioria das solicitações de atendimento personalizado que lhe são
encaminhadas, nas suas áreas de actividade ou intervenção.
O local designado para o estágio foi uma Unidade de Apoio Técnico, que
funciona em espaço próprio criado para satisfazer necessidades derivadas da expansão
empresarial e da diversificação dos seus produtos imobiliários, sendo-lhe atribuídas –
independentemente da sua actual dimensão – missões e responsabilidades
Relatório de Estágio
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departamentais,
com
carácter
acentuadamente
tecnico-operacional.
O
seu
desenvolvimento foi estabelecido sob a orientação técnica da Engª. Civil Sara Silva, on
line com o Gestor da Empresa, José Marques da Costa, para quem remete:
Figura 1 – Logótipo da Tondelar, Sociedade Imobiliária, Lda.
TONDELAR, Sociedade Imobiliária, Lda.
(fundação: 23 de Maio de 1990)
Sede: Tondela – Travessa à Rua Dr. António Manuel Tenreiro da Cruz, edf.
FORVM nº20B – 1ºE/F,
Actividades: promoção imobiliária – urbanística (loteamentos), habitação, comércio
e indústria, compra e venda de propriedades
Cap. soc. € 39.903,84
Recursos técnicos e humanos: 6 funcionários
Membro da APPII – Associação dos Promotores Imobiliários (associado nº151)
Implantação dom. Mercado: Distrito de Viseu (Concelhos de Tondela, Viseu,
Santa Comba Dão, Carregal do Sal)
Obras concluídas: Edifício nº1, Edifício Vista da Serra, Edifício Solaris, Edifício
Animus, Edifício Forvm, Edifício Residence
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1.2.1 Tondelar | Esquema Organizacional
Esquema 1 – Esquema organizacional - Tondelar.
COORDENA -ÇÃO ACESSORIAO e SUPERVISÃO OPERACIONAL GERÊNCIA ADMINISTRAÇÃO GESTÃO GLOBAL CONSULTORES JURIDICOECONÓMICOS CONSULTOR PERMANENTE RP & MKT Departamento TÉCNICO Gabinete pluridisciplinar de Estudos e Projectos Departamento COMERCIAL Promoção de Vendas, Negociação Departamento RELAÇÕES PÚBLICAS, MARKETING, COMUNICAÇÃO E PUBLICIDADE Departamento ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS GESTÃO ASSISTÊNCIA Departamento ADMINISTRATIVO EXPEDIENTE GERAL E CONTABILIDADE RECEPÇÃO E ATENDIMENTO POLIVALENTE
Relatório de Estágio
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DEP. TÉCNICO
|
Enquadramento Funcional
COORDENA-ÇÃO ACESSORIA E SUPERVISÃO OPERACIONA L GERÊNCIA ADMINISTRAÇÃO GESTÃO GLOBAL CONSULTORES JURIDICOECONÓMICOS CONSULTOR PERMANENTE RP & MKT
Departamento
TÉCNICO
Pluridisciplinar,
Estudos e Projectos
Departamento COMERCIAL Promoção de Vendas E Negociação Departamento RELAÇÕES PÚBLICAS MKT COMUNICAÇÃO PUBLICIDADE Departamento ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS GESTÃO ASSISTÊNCIA Departamento ADMINISTRATIVO EXPEDIENTE GERAL DOC.CONTAB. RECEPÇÃO ATENDIMENTO POLIVALENTE INSPECÇÃO OBRAS POLIVALENTE AVALIAÇÕES PERITAGENS INTERACÇÕES ARQUITECTURA INTERFACE SOLUÇÕES INTEGR.DAS INOVAÇÃO TECNOLÓGICA INVESTIGAÇÃO PESQUISA PLANEAMENTO DOCUM.ÇÃO ESCRITA GESTÃO OBRAS PROJECTOS PROCESSO & EXEC.ÃO ESTUDOS TÉCN.ECON. POLIVALÊNCIA TÉCNICO-COMERCIAL1.2.2. Esquema Organo-Funcional | Departamento Técnico
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1.2.3. Organização Departamental
COORDENAÇÃO-Geral
Centraliza, preferencialmente, o relacionamento funcional inter-departamental, exigindo
intercomunicação e informação permanente, sob forma de registo (informático) de notícia
que lhe seja imediatamente acessível e controlável
A interlocução privilegiada de qualquer Colaborador/Funcionário da Empresa, com a
Administração, apenas terá lugar a título de excepção, em casos específicos e por sua
iniciativa directa, ou em situações de prioridade absoluta e insuperável, determinados por
delegação tácita da COORDENAÇÃO, ou verificando-se a sua ausência, impedimento
presencial, ou contacto prévio.
ATRIBUIÇÃO RESPONSABILIDADES DEPARTAMENTAIS
Dep.to TÉCNICO
Cumprem os estudos de projecto, planeamento e acompanhamento crítico na gestão de
execução da Obra, ab initio e, ainda, a selecção de informação, seu fornecimento e
esclarecimento técnico sobre o Programa, a Caracterização, os Desenhos, Peças Gráficas e
Memórias Descritivas, na parte e no todo dos projectos imobiliários próprios da Empresa, as
Avaliações periciais (e/ou colaboração técnica inerente) sobre todo o tipo de imóveis de
Terceiros (Mediação) e, ainda, a satisfação de consultoria técnica generalizada, ou através de
pareceres pontuais, relativamente à apreciação e recomendações solicitadas, ou de iniciativa
própria, abrangendo caracterização essencial em aspectos de qualidade, deficiências e
necessidades construtivas, equipamentos, acabamentos, especificações técnicas
especializadas, reparações, etc.
Dep.to RP|Mkt & Comunicação
Funções de criatividade, sustentabilidade e divulgação de Imagem e Notoriedade Empresarial
unívoca, de Representatividade e Modelação Normativa de relacionamento e Comunicação (interna
e com o exterior), Estudos de Mkt e Media, projectados na missão de esboçar as Estratégias de
Marketing de Produto e de Marketing Creative em Comunicação e Publicidade, em concomitância
à preparação de todo o material promocional e de divulgação, utilizado pela Empresa no seu
todo institucional e pelo Dep.to COMERCIAL com o qual constitui task forces para
lançamento, promoção e manutenção em vendas (ales promotion), adjuvando a orientação
estratégica para contactos, em acções de pós-venda.
Dep.to ADM.º- FINANCEIRO
Competências de Orçamentação, atribuição, dotações e distribuição de Verbas e , Gestão de
Tesouraria, Banking e Controlo de Custos, Supervisão e Gestão processual em Recursos
Humanos, Meios e Equipamentos, Formalização de Contratação e Negócios, Facturação,
Recebimentos e Pagamentos, sua Organização Contabilística e Fiscal, etc. O Departamento
centraliza, ainda, a guarda e conservação de todos os Registos os Arquivos Documentais
Legais e Oficiais (suportes físicos e informáticos originais), remetendo para estes, necessária
e obrigatoriamente, todos os documentos originais constitutivos de processos, estáticos e
dinâmicos, integrantes de toda a contratação da Empresa com Terceiros [outorgada
contratualmente com Clientes, em todas as áreas de prestação de serviços – Mediação
(Arrendamentos, Trespasses, etc.) e, de Promoção (em Promessa, Compra e Venda].
Dep.to COMERCIAL
Responsabilidades técnicas e administrativas compreendidas no desenvolvimento das
tarefas operacionais que lhe compete estabelecer com o Mercado/Clientes [desde o primeiro
contacto, até a sua consecução contratual – integradas, sob o aspecto inter-departamental, no todo
estrutural e gestionário da Empresa, conforme as atribuições e competências definidas] para
execução estratégica de ales promotion (promoção de vendas) sob formas de actuação
personalizadas-singulares, tendo por objectivo a consecução de objectivos de vendas
definidos pela ADMINISTRAÇÃO, controlados pela COORDENAÇÃO, equacionados pelo
Dep.to ADMº- FINANCEIRO, com o apoio do Dep.to RP|Mkt & Comunicação.
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1.2.4. Tecnichal Marketing Task Force
ARQUITECTURA
Arq.ª CRISTINA ROBALO
Proj. paisagísticas. Ideia Verde
Arq.ª RITA CANTISANO DIZ
Proj. edifícios/moradias
Arq. RUI S. NUNES DO REGO
Proj. vivendas
Arq.ª VICTOR CORREIA
Coord. |gab. Téc. TONDELAR
Arq.ª ISABEL ALVES
Loteamento/estudo-base
ENGENHARIA
Eng. HELDER FERNANDES BALÇA
Infraestruras técs. Urbaniz. |gabinete HFB
Eng. ELÍSIO MIRANDA LINDO
ests. e Proj. infraests. Telecomunic. e electr.
Eng. CARLOS RIBEIRO
Direcção técnica | gestão de obra
TECNOLOGIAS DE APOIO
CARLOS ALBERTO
fotogr. aérea |Foto Raf
ALCIDES COSTA
gab. Ideia Verde
Eng. SARA SILVA
gab. téc. TONDELAR
ESTAGIÁRIO | Eng. MARCIO VIEIRA
MARKETING & IMAGEM
Dr. JOSÉ-LUÍS FERREIRA
marketing creative, coord.
RAQUEL SANTOS
marketing advisor
CARLOS SILVA
design gráfico | gab. Esferagráfica
PUBLIC RELATIONS & PROM. VENDAS
RAQUEL SANTOS
marketing Advisor
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CLARA COIMBRA / MÁRIO LINO
promoção/vendas
VIABILIDADE TECNICOECONÓMICA
Eng. CARLOS RIBEIRO | Eng.ª SARA
SILVA
Est.º téc. orçamental
APOIO JURÍDICO-ECONÓMICO
Dra. MARIA JOSÉ LOUREIRO
serviços jurídicos
CONTROLO TÉCN.º ADMINISTRATIVO
FÁTIMA MARCELINO
apoio à gestão
ADMINISTRAÇÃO
GRACIANO MARQUES DA COSTA
administração geral
JOSÉ MARQUES DA COSTA
administração/gestão estratégica
1.2.5. Relações Inter-Empresas
(Diagrama)
Esquema 3 – Esquema Relação inter-empresas.
Mediadora CONDOMÍNIOS Promotora IMOBILIÁRIA Construção Civil E Obras Públicas
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2.
TRABALHO DESENVOLVIDO
2.1.
Resumo do trabalho realizado
Ao estagiário foi solicitado a polivalência de funções, pelo que acabou por estar
envolvido em todas as fases de projecto e prestação de vários serviços.
A variedade e diversidade de funções contribuíram para o enriquecimento em
áreas sobre as quais apenas detinha conhecimentos e fundamentação teórica.
O estagiário participou nas seguintes obras: Edifício Luxor, Edifício Patium e
várias moradias pertencentes ao Aldeamento Jardins de Água.
De forma sintética, procurou-se traduzir no esquema 4 as tarefas mais
importantes em que o estagiário participou no âmbito do Estágio, remetendo-as para os
empreendimentos e imóveis identificados, onde foram exercidas.
- Acompanhamento / fiscalização da obra; - Medição de obra executada;
- Mapas de quantidades;
- Adaptação de especialidades à obra em execução; - Definição e execução de pormenores de execução.
- Mapas de quantidades;
- Adaptação de especialidades à obra em execução; - Definição e execução de pormenores de execução.
- Execução de telas finais; - Fichas técnicas de habitação;
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Esquema 4 – Resumo esquemático das actividades exercidas pelo estagiário.
Gabinete Técnico:- Gestão de recursos; - Gestão de Arquivo;
- Serviço de apoio técnico a projectos exteriores. Ao Departamento Comercial e de Marketing: - Apoio técnico;
- Fornecimento de peças escritas e desenhadas relativas aos projectos da empresa.
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2.2.
Edifício Luxor
A Tondelar Imobiliária desenvolveu este projecto com o intuito de ser o melhor
edifício de momento na cidade de Tondela, pois seu conceito tem sido inovar de edifício
para edifício que constrói.
Este edifício possui uma área de implantação de 1052m
2e envolve uma área total
de construção de 7474,90m
2. Trata-se de um edifício habitacional e comercial com 6
pisos (cave; rés-do-chão; 1º andar; 2º andar; 3º andar duplex), composto por dois
blocos, A e B, com 29 apartamentos.
Foi dotado de várias infra-estruturas, aquecimento central, domótica, sistema solar
para aquecimento de águas quentes sanitárias, aplicação de entradas de ar auto
reguláveis nos compartimentos para uma boa e adequada ventilação das habitações,
pré-instalação de infra-estruturas de ar condicionado e aspiração central. É o primeiro da
empresa em que será aplicada fachada ventilada, o que é, para muitos, o sistema de topo
na construção de paredes exteriores.
Com a obra a iniciar-se em Maio de 2007, a equipa técnica foi chamada a
trabalhar o projecto, ao mesmo tempo que ia sendo alterada a arquitectura interna do
edifício, tendo o estagiário participado nestas alterações/adequações que iam surgindo
de acordo com as pretensões do promotor/dono de obra. Esta obra já possuía processo
de licenciamento aprovado.
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Fig. 3 – Planta de um andar em fase de licenciamento
Relatório de Estágio
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O estagiário esteve envolvido na adequação das especialidades às alterações que o
dono de obra ia solicitando ao projecto de arquitectura. Estas alterações sucederam-se
com a obra em curso, havendo muita necessidade de fornecer novos elementos, para
marcação de aberturas da passagem da tubagem de esgoto, ou ventilações/exaustão de
cozinhas, no dia anterior a serem betonadas as lajes e posteriormente para marcação de
paredes divisórias.
No decorrer da obra e das alterações de arquitectura o estagiário esteve envolvido
num vasto rol de situações a resolver e definir, não só para obra mas também para
pedidos de orçamentos aos fornecedores. Desses elementos podem destacar-se a
realização de pormenores de execução de fachadas exteriores de tijolo face à vista,
pormenores de cozinhas e instalações sanitárias depois de definidas as loiças e materiais
a aplicar, definição da localização de pontos de luz, interruptores e tomadas de
electricidade e de todos os equipamentos de que cada compartimento possui.
Quando a arquitectura ficou totalmente definida coube à equipe técnica e ao
estagiário proceder às medições e elaboração detalhada dos mapas de vãos exteriores e
interiores, de acabamentos e de quantidades de todo o edifício, tarefa que se mostrou
morosa devido à dimensão do edifício e ao diversificado numero de materiais que o
compõem.
Uma das tarefas destinadas ao estagiário foi a medição, em obra, e fiscalização de
alvenaria e respectivos autos de medição. Para que a fiscalização funcionasse, foi
indispensável que o estagiário analisasse e tomasse conhecimento do caderno de
encargos relativo às alvenarias para poder ficar habilitado a resolver qualquer questão
que pudesse ser colocada pelo empreiteiro no decorrer dos trabalhos. No entanto, as
decisões sobre reclamações ou trabalhos omissos dependiam sempre da decisão
hierárquica da qual o estagiário dependia. Nos actos de fiscalização o estagiário estava
incumbido de fazer a vigilância e verificação do cumprimento do projecto e suas
alterações, de acordo com os cadernos de encargos e plano de trabalhos em vigor,
procurando-se analisar e verificar a seguinte metodologia:
Verificar a implantação da obra, de acordo com os elementos fornecidos ao
empreiteiro;
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Verificar e vigiar os processos de execução;
Verificar as características dimensionais da obra;
Verificar, em geral, o modo como são executados os trabalhos;
Verificar o cumprimento dos prazos estabelecidos;
Proceder às medições necessárias e verificar o estado dos trabalhos;
Resolver, quando for da sua competência, ou submeter, à decisão do dono de
obra, todas as questões que surjam ou lhe sejam colocadas pelo empreiteiro;
Transmitir ao empreiteiro as ordens e decisões do dono de obra, bem como
verificar o seu cumprimento.
Ao executarem-se as alvenarias, foi necessário fiscalizar as marcações e
cumprimento das peças desenhadas de arquitectura que iam sendo fornecidas ao
empreiteiro. Também era necessário verificar e impor à boa execução das mesmas,
relativamente a boa aplicação do isolamento térmico nas paredes exteriores duplas, a
colocação da lã de rocha nas paredes duplas divisórias entre apartamentos, etc..
Foto 1 – Execução de parede divisória em bloco isolsónico
Foto 2 –
Execução de
parede dupla
interior com
aplicação de lã
de rocha em
caixa-de-ar
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Foto 3 – Frente do edifício no final do estágio
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2.3.
Edifício Patium
Este edifício, à semelhança do anterior, também foi alvo de muitas alterações,
inclusive em fase de obra. Mais uma vez, esperou-se que a equipa técnica procedesse à
rectificação/ adequação das alterações impostas ao projecto de arquitectura, alterações
estas em que o estagiário esteve envolvido. Esta obra também já possuía processo de
licenciamento aprovado.
O Edifício Patium possui uma área de implantação de 380m
2e envolve uma área
total de construção de 940m
2. Trata-se de um edifício habitacional com 2 pisos
(rés-do-chão e 1º andar), composto por 6 apartamentos.
Corresponde a uma construção mais económica que a anterior, com outro
objectivo a nível comercial. Iniciou-se esta obra a finais de Setembro de 2007.
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Fig. 6 – Planta do piso 2, em fase de licenciamento
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O Edifício Pátium entrou em execução posteriormente ao Edifício Luxor, por volta
do mês de Outubro iniciou-se a implantação do edifico e foi solicitado ao estagiário a
elaboração, em planta, do plano de segurança e saúde para o estaleiro da obra.
Tal como aconteceu no Edifício Luxor também no Edifício Pátium se efectuaram
alterações à arquitectura e respectivas especialidades, de encontro às necessidades dos
clientes. De referir que no final do estágio, faltando ainda cerca de um ano para a
conclusão da obra, todos os 6 apartamentos constituintes do Edifício Pátium tinham já
sido vendidos.
No decorrer dessas alterações/adequações às exigências dos clientes/promotor
foi solicitado ao estagiário um estudo e elaboração da especialidade para o sistema de
aquecimento central através de piso radiante eléctrico.
No final da arquitectura definida e da adequação das diversas especialidades
procedeu-se às medições de todos os materiais da obra em que o estagiário e o colega
Eng.º Márcio Vieira estiveram exaustivamente envolvidos, dividindo os vários tópicos
entre eles e trabalhando em equipa, a fim de, a pedido do promotor, fosse fornecido o
mapa de quantidades na máxima urgência.
As medições de um projecto ou de uma obra consistem na quantificação
objectiva, global e específica, dos diferentes trabalhos e encargos definidos.
Processo de cálculo
As medições podem ser efectuadas tendo por base os elementos constituintes de um
projecto ou de uma obra.
A elaboração de um mapa de medições deve ter uma sequência que esteja de acordo
com a ordem dos trabalhos a executar em obra, reunindo em grupos distintos e
ordenados os diferentes trabalhos existentes.
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Objectivos e importância das medições
Por norma as medições têm, os seguintes objectivos:
1. Possibilitar a determinação prévia de custos e a orçamentação, total ou parcial,
de uma obra;
2. Permitir a quantificação de materiais, de mão-de-obra, de equipamentos e outros
encargos a utilizar numa obra;
3. Estabelecer uma base comum para a elaboração de orçamentos e de prazos de
execução, necessários à apresentação de propostas para concorrer à execução de
uma obra adjudicada;
4. Permitir a análise e o controlo de custos durante a execução de uma obra,
possibilitando às empresas uma adequada gestão dos seus recursos financeiros;
5. Facilitar às empresas uma correcta gestão dos seus recursos humanos,
adaptando-os o melhor possível aos trabalhos existentes, em função das suas
qualificações profissionais e das disponibilidades de cada momento;
6. Permitir às empresas a elaboração, ou verificação, de rendimentos de
mão-de-obra, materiais e equipamentos, que lhes permitam uma maior fiabilidade na
análise e cálculo de orçamentos;
7. Indicar os diversos custos que constituem o preço total de uma obra,
designadamente os custos directos, indirectos e de estaleiro.
Unidades de medida
As unidades de medida são:
Designação
Símbolo
Unidade genérica
unidade
u
Unidade
de
medidas
lineares
metro
m
Unidade se superfície
metro
quadrado
m
2Unidade de volume
metro cúbico
m
3Unidade de peso
quilograma
kg
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Os arredondamentos dos resultados parciais obtidos devem obedecer às seguintes
regras:
Casa arredondada
Medidas em metros
Centímetro
Medidas em metros quadrados
Decímetro quadrado
Medidas em metros cúbicos
Decímetro cúbico
Medidas em quilogramas
Decigrama
Os arredondamentos dos resultados globais obtidos devem obedecer às seguintes regras:
Casa arredondada
Medidas em metros
Centímetro
Medidas em metros quadrados
Decímetro quadrado
Medidas em metros cúbicos
Decímetro cúbico
Medidas em quilogramas
decigrama
Regras das medições
As medições dos vários elementos de uma obra devem, de um modo geral, ser
executados segundo a seguinte sequencia:
- Comprimento;
- Largura;
- Altura ou profundidade.
Designação
dos trabalhos
N.º de
partes
iguais
Dimensões
Superfícies,
Volumes, etc.
Comp. Larg.
Relatório de Estágio
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As medições devem ser organizadas em diferentes capítulos, correspondentes aos
diversos tipos e natureza de trabalhos, descriminando-se em seguida os mais
significativos:
Estaleiro
Estas podem ser divididas da seguinte maneira:
Instalações provisórias de estaleiro.
Considera-se essencial a medição da área do terreno necessária para a instalação do
estaleiro, do número de pessoas necessárias para a execução da obra e a verificação do
cumprimento dos regulamentos existentes relativamente a estas instalações.
Equipamento do estaleiro
Consistem na medição, em unidades, dos vários equipamentos existentes no estaleiro.
Trabalhos preparatórios
Consiste na medição dos trabalhos que é necessário efectuar antes do inicio das
obras, tais como:
- Protecção de construções contíguas à obra;
- Drenagem de águas;
- Desmatação de arbustos, sebes e árvores de reduzido porte;
- Abate ou derrube de árvores;
Demolições
Deve englobar todas as operações necessárias à demolição, total ou parcial, de um
edifício.
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Movimento de terras
Devem ser acompanhadas da indicação da classe de terreno a que se referem.
As medições são feitas a partir dos elementos constantes do projecto e podem
dividir-se nos seguintes grupos:
Terraplanagens
- Decapagem ou remoção de terra vegetal;
- Escavação (esta deve contemplar os trabalhos de escavação, baldeação, carga,
transporte e descarga. Esta é feita em m
3);
- Aterro (são medidos em m
3);
- Regularização e compactação superficial (é feita em m2 a partir das áreas
definidas em projecto);
Betão, betão armado e betão pré-esforçado
Betão
Regras gerais:
Deve-se ter em conta a classe e qualidade do betão;
- Nas sapatas a medição é feita em m
3- Nos muros a medição é feita em m3 (as alturas são delimitadas pelas
faces superiores das lajes ou das vigas);
- Nas lajes maciças a medição é feita em m
3(o comprimento e a largura
são delimitados pelas faces das vigas, pilares e paredes em que se insere
na laje);
- Nas escadas a medição é feita em m
3(incluí os patins, patamares, lanços
de degraus e cortinas das guardas);
- Nos pilares e montantes a medição é feita em m
3(as alturas são definidas
entre as superiores das lajes ou das vigas);
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- Nas vigas, lintéis e cintas a medição é feita em m
3(os comprimentos são
definidos pelas faces dos pilares ou pelas vigas que interceptem as vigas,
lintéis ou cintas).
Cofragens
Estas são medidas em m
2e na medição tem-se de considerar todas as operações
necessárias à sua execução tal como o fornecimento e transporte de materiais,
fabrico, montagem, desmontagem, carga, transporte, descarga, reparações e limpeza.
Armaduras
Estas medições são feitas em quilogramas e estas medições devem referir os
seguintes trabalhos: fornecimento e transporte do aço, dobragens, armações,
ligações, emendas, carga, transporte, descarga e colocação em obra.
Alvenarias
Estas medições descrevem a natureza, forma e dimensões dos materiais
constituintes, a composição das argamassas, o tipo de acabamentos dos parâmetros e
condições de execução. Devem ainda estar englobadas nas medições as operações
de fornecimento e transporte dos materiais, assim como as relativas ao fabrico das
argamassas.
Isolamentos e impermeabilizações
Estas medições devem esclarecer correctamente as características e natureza e o
seu modo de aplicação em obra.
Para o isolamento com placas ou bandas a unidade de medida é o m
2, para o
isolamento com material a granel ou moldado no local a unidade de medida é o
m
3.
Nas situações de isolamento, tais como as necessárias para a passagem de
canalizações, chaminés, condutas, etc., a medição é feita em unidades ou metros
lineares, devendo identificar-se as características dos trabalhos executados.
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Para impermeabilizações de coberturas em terraços a unidade de medida é m
2,
na impermeabilização de juntas de coberturas em terraço ou de fachadas deve
ser em metros, sendo indicados os materiais aplicados na sua construção.
Revestimentos
As medições de revestimentos devem ser divididas pelos seguintes sub-capítulos, de
acordo com o material utilizado:
Massas grossas, designadamente rebocos e betonilhas;
Massas finas e gesso, designadamente estuques, estafes e moldes;
Calçadas;
Azulejos e ladrilhos;
Tacos;
Aglomerados de cortiça;
Tectos falsos constituídos por vários componentes;
Etc.
As medições devem também ainda ser agrupadas segundo a sua aplicação.
Nos revestimentos a unidade de medida é o m
2.
Revestimentos de coberturas inclinadas
As medições de revestimentos de coberturas inclinadas devem ser divididas pelos
seguintes subcapítulos, com forme os materiais de revestimento sejam telhas, placas de
ardósia, chapas metálicas, chapas de fibrocimento, etc.
Os revestimentos de coberturas inclinadas são medidos em m2 excepto o revestimento
que servir para a drenagem de águas pluviais tal como as caleiras, tubos de queda,
remates com parâmetros verticais (abas, rufos e canais) que são medidos em metros
lineares.
Pinturas
As medições das pinturas devem ser realizadas de modo a que se integrem
independentes, de acordo com as seguintes características:
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Trabalhos preparatórios das superfícies a pintar como limpeza, decapagem,
lixagem, remoção de pintura, etc.;
Natureza e qualidade dos materiais como a pintura a tinta de esmalte, a tinta de
água, caiação, enceramento, envernizamento, metalizado a frio, etc.;
Número de demãos a aplicar.
As medições devem incluir todos os trabalhos necessários à execução da pintura tais
como o fornecimento e preparação dos materiais e das superfícies a pintar.
Podem considerar as seguintes unidades de medida:
- O m2 para a maioria das superfícies a pintar;
- O m para os perfis com largura inferior ou igual a 0.30 m e para tubos e condutas
com perímetro exterior inferior ou igual a 0.30 m;
- Medição em unidades para peças isoladas.
Instalações de canalização
As medições relativas às instalações de canalização dividem-se nos seguintes
subcapítulos:
1. Esgoto domestico ou de águas residuais e respectiva ventilação;
2. Esgoto de águas pluviais;
3. Distribuição de água;
4. Aparelhos sanitários;
5. Distribuição de gás;
6. Evacuação de lixo.
Na maioria das situações, a unidade de medida adoptada para as canalizações (tubos e
acessórios) é o metro e para o equipamento (torneiras, esquentadores, etc.) a
quantificação das peças (medição à unidade).
Instalações eléctricas
As medições relativas a instalações eléctricas dividem-se nos seguintes subcapítulos:
1. Alimentação geral (cabos de alimentação, portinhola e posto de transformação e
quadro geral de baixa tensão).
2. Colunas montantes e derivações (tubos de protecção, caixas de coluna, cabos e
condutores).
Relatório de Estágio
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3. Instalações de iluminação, tomadas e força-motoriz (quadro de distribuição,
tubos de protecção, caixas, cabos e condutores, aparelhagem de manobra,
ligação e protecção).
4. Instalações eléctricas especiais (sinalização, telefone de porta, campainhas e
trinco eléctrico, telefones, antena colectiva, pára-raios, etc.).
As medições devem ser individualizadas de acordo com as seguintes alíneas:
1. Instalações enterradas;
2. Instalações embebidas em roço;
3. Instalações embebidas em betão;
4. Instalações à vista;
5. Instalações aéreas;
As medições devem incluir as operações de fornecimento, execução, assentamento
ou montagem.
A unidade de medição dos roços é o metro, medindo-se a maioria dos elementos
(transformador, quadro geral, caixas, etc.) à unidade.
Foto 5 – Frente do edifício, vista exterior, no início dos trabalhos
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Foto 6 – Frente do edifício no início dos trabalhos
Foto 7 – Alçado esquerdo no final do estágio
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2.4.
Jardins de Água – Aldeamento do Fojo
Fig. 8 – Planta geral do Aldeamento do Fojo
O terreno situa-se numa das principais entradas da Cidade de Tondela, junto ao
IP3 e à saída para a freguesia de Nandufe. Dada esta localização privilegiada e tendo em
conta a sua exposição numa plataforma mais elevada em relação à Cidade, o que
permite uma ampla visão sobre a mesma, o projecto foi elaborado de forma a tirar o
maior partido desta realidade.
Tendo em conta todas as condicionantes existentes, nomeadamente a servidão da
IP3, rede viária e outras infra-estruturas públicas existentes, topografia do terreno, a
proposta de ordenamento urbano desenvolveu-se através da criação do acesso da rede
viária prevista para o Loteamento, à estrada municipal de acesso a Nandufe.
Em termos urbanísticos optou-se por centralizar-se um espaço destinado a 2 lotes
destinados à construção de edifícios de 3 pisos, para habitação colectiva, em que o
Relatório de Estágio
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R/Chão poderá ser destinado a comércio/serviços, formando um U debruçado sobre a
Cidade e frontal à área destinada a espaço verde e equipamentos de utilização colectiva.
Ao longo da via estruturante foram criados lotes de dimensões variadas para a
construção de edifícios de dois pisos destinados a habitação com as seguintes tipologias:
14 lotes para moradias unifamiliares,
4 lotes para moradias geminadas
12 lotes formando 3 conjuntos de moradias em banda de 4 lotes cada.
No dimensionamento das áreas destinadas a espaços verdes e equipamentos de
utilização colectiva optou-se por ceder dois espaços com a seguinte descrição:
- Um espaço, com a área de 450.00m2, constituído por uma praça, circundada por
galerias com 2.00m de largura, que deverão ser previstas nos edifícios de 3 pisos
destinados a habitação colectiva e eventualmente a comércio/serviços.
- Um outro espaço, com a área de 4 246.00m2, destinado a espaço verde, onde
deverão ser previstos também equipamentos desportivos e de lazer (campo
polidesportivo, parque de diversões para crianças), que poderão ser apoiados por
um pequeno estabelecimento de restauração e bebidas.
Área total loteada – 28 727.00m2
Área total destinada a lotes – 18 518.00m2
Área de cedência para Domínio Público – 10 209.00m2
Arruamentos – 2 844.00m2
Passeios – 1 994.00m2
Estacionamentos – 675.00m2
Espaços Verdes de utilização colectiva – 1 987.00m2
Equipamentos de utilização colectiva – 2 709.00m2
Área de implantação (CAS = 0,24) – 6 702.00m2
Área Bruta de Construção (COS = 0,51) – 14 582.00m2
Área Bruta de Construção para Habitação – 13 862.00m2
Área Bruta de construção para comércio/serviços – 720.00m2
Outras Áreas de construção – 10 876.50m2
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Sótãos (arrumos) – 2 843.00m2
Anexos (garagens/arrumos) – 1 241.50m2
Área impermeabilizada (CIS =0,40) – 11 463.00m2
Cércea máxima – 10
Número máximo de pisos acima da cota de implantação – 3
Número máximo de pisos abaixo da cota de implantação – 1
Número máximo de fogos – 65
Número de lotes – 32
No decorrer do estágio, alguns lotes do Aldeamento Jardins de Água estavam em
fase de conclusão, sendo necessário proceder às respectivas telas finais e fichas técnicas
da habitação para os processos darem entrada na Câmara Municipal de Tondela. Foi
então solicitado ao estagiário que fosse às obras verificar e registar, em conjunto com o
director de obra, o Eng.º Carlos da JCF, as pequenas alterações e acertos de obra para
depois e com os elementos fornecidos pelo Eng.º Carlos proceder às telas finais dos
lotes 6, 24, 25, 26 e 27.
Dos mesmos lotes foi também pedido ao estagiário que procedesse à elaboração,
sobre base já existente de outros projectos, das fichas técnicas da habitação, em
constante comunicação com o director de obra e com os dados por ele fornecidos.
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2.5.
Gabinete Técnico
Como principais funções, o Departamento Técnico assegura o cumprimento de
estudos de projecto, planeamento e acompanhamento crítico na gestão de execução da
Obra, ab initio, a selecção de informação, seu fornecimento e esclarecimento técnico
sobre o programa, a caracterização, os desenhos, peças gráficas e memórias descritivas,
na parte e no todo dos projectos imobiliários próprios da Empresa, as Avaliações
periciais (e/ou colaboração técnica inerente) sobre todo o tipo de imóveis de terceiros
(mediação), também a satisfação de consultoria técnica generalizada, ou através de
pareceres pontuais, relativamente à apreciação e recomendações solicitadas, ou de
iniciativa própria, abrangendo caracterização essencial em aspectos de qualidade,
deficiências e necessidades construtivas, equipamentos, acabamentos, especificações
técnicas especializadas, reparações, etc.
Internamente coube ao estagiário uma parte significativa da organização global do
Gabinete Técnico, tendo a sua participação no âmbito da gestão de recursos humanos e
gestão de arquivo. Durante a decorrer do estágio foi também função do estagiário fazer
a recepção, organização e tratamento de dados e encaminhamento das reclamações
existentes dos clientes da Tondelar Imobiliária.
Foi também pedido ao estagiário, já na segunda metade do estágio, para fazer o
acompanhamento de técnicos especializados aos apartamentos dos clientes para fazerem
as devidas reparações e/ou resolução de problemas existentes.
Em baixo é então apresentado um esquema elucidativo de como era o processo
das reclamações, desde a reclamação do cliente até à sua resolução.
Posteriormente, o estagiário, a pedido do director do Dep. Técnico, elaborou
também um quadro estatístico das reclamações, a fim de se ter uma ideia geral das
situações novas, pendentes e resolvidas, mês a mês.
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Esquema 5 – Processo das reclamações
2.5.1. Gestão de Recursos
Em relação a gestão de recursos, desde o primeiro dia de estágio, o estagiário
ficou responsável das fichas diárias de registo de horas e gastos de consumíveis dos
funcionários do Gabinete Técnico da Tondelar para semanalmente proceder ao
preenchimento de um ficheiro tipo já existente em “exel” onde era depositada toda a
informação geral de registos de horas e consumíveis gastos nos diversos projectos e/ou
assuntos do departamento técnico.
Além dos registos diários e semanais de horas o estagiário era responsável pelo
registo da entrada e saída de equipamento (ex: máquina fotográfica e medidor lazer)
utilizado pelos colaboradores do Gabinete Técnico, bem como do registo do chaveiro,
entrada e saída de chaves, já que o Gabinete Técnico tinha em sua posse um vasto leque
de chaves dos diversos edifícios da Tondelar Imobiliária.
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2.5.2. Gestão de Arquivo
Em questões relacionadas com o arquivo, tanto arquivo de projectos e
documentos do Gabinete Técnico como de amostras e catálogos de materiais, legislação
e bibliografia foi pedido ao estagiário que procedesse à sua organização, etiquetagem
das pastas dos projectos em curso e organização dos muitos catálogos e amostras de
materiais existentes por temas.
Foi também pedido pela gerência que o estagiário fizesse um levantamento de
todo o tipo de amostras e catálogos para que se actualizasse todo o arquivo existente.
Após o levantamento o estagiário procedeu então à elaboração de cartas para pedido de
novas amostras e catálogos aos vários fornecedores enquanto ia seleccionando os que
estavam desactualizados para, em caso de papel ou plástico, reciclagem ou para o lixo.
Durante este processo o estagiário criou também uma base de dados de contactos e
fornecedores.
2.5.3. Serviço de Apoio Técnico a Projectos Exteriores
No início do estágio, o Gabinete Técnico da Tondela Imobiliária não realizava
projecto nem prestava qualquer tipo de serviços técnicos exteriores à Tondelar. Mas, no
decorrer do estágio a gerência decidiu que se passariam a realizar serviços exteriores à
Tondelar.
Foi então solicitado ao estagiário que fizesse umas telas finais/legalização de
alterações a uma moradia unifamiliar isolada previamente licenciada pela Câmara
Municipal de Tondela pelo processo de obras nº 37/74 que no decorrer da construção o
proprietário procedeu a algumas alterações. Foi necessário que o estagiário fizesse o
levantamento do existente para proceder as devidas alterações nas peças desenhadas e
elaborasse o respectivo termo de responsabilidade e memória descritiva. Estes últimos
sob a alçada da orientadora de estágio Eng.ª Sara Silva.
O estagiário preparou todo o processo para entrega na Câmara Municipal de
Tondela.
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2.6. Departamento Comercial e de Marketing
Pelo departamento comercial e de marketing foi, por diversas situações, pedido
ao estagiário que prestasse apoio técnico aos comerciais da empresa Tondelar
Imobiliária. Apoio técnico esse que consistia, grande maiorias das vezes, no
esclarecimento e na ajuda à leitura do projecto, bem como fornecimento de valores de
áreas e em alguns casos, principalmente em relação as lojas do Edifício Luxor, a
elaboração de estudos de distribuição das mesmas, de encontro às necessidades dos
clientes.
Outra matéria que era função do estagiário eram as plantas humanizadas,
separadas, de todos os espaços e/ou apartamentos dos diversos edifícios. Plantas
humanizadas que ao irem sendo concluídas, em muitos casos houve a necessidade de
refazê-las devido as constantes alterações de arquitectura, o estagiário ia imprimindo e
enviando para o departamento comercial.
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3.
CONCLUSÃO
Numa breve auto-análise, o empenhamento do estagiário ao longo do período
estágio dá-lhe convicção de ter sido muito proveitoso, na perspectiva dos objectivos
alcançados e na óptica pessoal e profissional.
O perfil e enquadramento da Empresa permitiram antever a possibilidade de
exercitar e autoavaliar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, no confronto
com realidades práticas, no campo profissional e para além disso, a aquisição de novas
experiências, em face das técnicas construtivas praticadas e de tecnologias inovadoras,
em vários domínios.
Assim, as funções desempenhadas durante o presente período de estágio
complementaram-se, permitindo contactar com várias realidades de obra totalmente
distintas e essenciais para um conhecimento dos domínios de cada actividade de
construção.
O trabalho desenvolvido correspondeu às expectativas, ainda que no campo do
planeamento, pouca coisa foi solicitada ao estagiário. Possibilitou por à prova os
conhecimentos e ensinamentos recebidos durante o curso bem como em relação ao
aprendizado e à aquisição de novos conhecimentos em contacto ou aproximação à
problemática profissional, embora, reconhecidamente, numa fase ainda muito primária.
O contacto diário em gabinete, com um arquivo actualizado e extenso dos mais variados
materiais e soluções construtivos, foi também uma fonte poderosa de aquisição de
conhecimento.
Em relação a algumas inevitáveis dificuldades que, não obstante, pode superar
com o apoio e ajuda da Eng.ª Sara Silva e dos restantes técnicos com quem conviveu e
teve contactos regulares, nas áreas em que foi dado participar, resultou de forma
benéfica o confronto com algumas realidades e situações, imprevistas ou inesperadas,
que foram surgindo no dia-a-dia.
Foi atingido, na opinião do estagiário, todo o propósito e conotação a que é
atribuído o estágio, proporcionando uma boa integração na carreira profissional e na
sociedade em geral. O estagiário teve a oportunidade de realizar algumas visitas às
obras, pelo que foram muito proveitosas, representando uma mais valia na aquisição de
conhecimentos fruto do contacto com o que está para além do “papel”.
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As expectativas em relação ao estágio foram preenchidas, tanto do forro técnico
como humano, deixando o estagiário bastante motivado para uma carreira em
engenharia civil.
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4.
BIBLIOGRAFIA
Regulamento Geral das Edificações Urbanas – “ Decreto-lei n.º 61/93, de 3
Março, 1993
Regime jurídico das empreitadas de obras Publicas – Decreto-Lei n.º 59/99 - 2
Março, 1999
Regime de Licenciamento de Obras Particulares – Decreto-Lei n.º 250/94 – 15
Outubro, 1994
Gestão da qualidade na Construção Civil, Carlos T. Formoso / 1997
Sebenta de Construções Civis
Sebenta de Instalações Especiais
Catálogos Técnicos da GEBERIT
Catálogos Técnicos da SHINDLER
Catálogos Técnico/Comerciais da INDUSA
Catálogos Técnico/Comerciais da ROCA
Catálogos Técnico/Comerciais da GRÉSVISTO
Catalogo Técnico da Cerâmica Val de Gândara
Catálogos Técnico/Comerciais da ARKIAL
Catálogos Técnico/Comerciais da TECHNAL
Catálogos Técnicos da KNAUF
Catálogos Técnicos da PLADUR
Catálogos Técnicos da STYROFOAM
Catálogos Técnicos da DANOSA
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